UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA.
CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA-
SAÚDE.
DEPARTAMENTD
DE
CLÍNICA
CIRÚRGICA.
CC
221
DIsCII»LINA_
DE
TÉCNICA OPERATÓRIA E
CIRURGI¿zExI>ERIMENTAL.
CoRI›o
ESTRANHO
No
TUBO
-DIGESTWQ
PoR
INGEsTAo=*ACIDENTAL
ou
1>RoI>osITAL
ALUN@z
LUISATEIXEIRA
DE
s. TI~1¡1AGo'hrabalho
de
«cbnélusãodo
Cúríso deGraduaçãp
.em Médicina.fürientüäorz Prof. Arrnantfdflosé* d”
Acampora,
CORPO ESIRANHO
NO
TUBO
DIGESTIVO
POR
INGESTAO ACIDENTAL
OU
PROPOSITAL
Autor:
André
Luis Teixeira de S. ThiagoRESUMO
O
autor mostra 7 casos deCORPOS
ESTRANHOS,
deglutidos acidentalou
propositadamente, cujas repercussõesforam
variadas, assimcomo
a ocorrênciado
tipode
CORPO ESTRANHO
nos pacientes estudados ( espinhade
peixe, ossosde
galinha,agulha, dois pedaços de ferro, palito de madeira, prótese dentária e prego).
'
/
Quatro pacientes
foram
submetidos a laparotomia, dois a retirada sob visão direta por via baixa eum
aacompanhamento
radiológico até a elimiminaçäo naturaldo
CORPO
ESTRANHO.
'~
Os
casos serão discutidos quantoao manejo
diagnóstico-terapêutico,1NTRoDUgÃo.-
Denomina-se
CORPO
ESTRANHO
(CE) no
tubo digestivo, todo elemento povenientedo
exterior,ou do
próprio paciente,que
possa, por si só, perturbaro
trânsito intestinal (8).
O
acessodo CE,
provenientedo
exterior, ao tubo digestivo,ocorre mais
comumente
por ingestão,embora
possa ocorrer através de outras formas:instrumentação terapêutica
ou
diagnóstica, erosãoou
entrada à partir de ferimentos(4 12)
adjacentes, agressão
ou
acidental, etc..., ' .Nos
EstadosUnidos da
América, a ingestão deCE
apresenta incidênciade
120/ 1.000.000, e suas complicações são responsáveis poraproximadamente
1.500 mortes/ano (7).
Existem
gmpos
na populaçãoque
apresentam maior risco de ingerirCE:
crianças (principalmentemenor
de 4 anos), alcoolistas, edêntuloscom
usode
próteses, epilépticos, suicidas, pacientes
com
distúrbios psiquiátricos e portadoresde
qualquer patologia
que
divididos
em
<*›*°>~altere a motilidade e/ou
o
diâmetro esofágicoW'
“'l5°l8).De
acordocom
a morfologia, osCE
ingeridospodem
ser- arredondados
ou
prismáticos:moeda, pedaço
decame, bolinha de gude, botão de camisa, etc...;
- ponteagudos: espinha de peixe, osso
de
galinha,prego, alfinete, grampo, etc...; etc...;
- alongados e finos: parafuso, corrente metálica, pino,
Em
um
estudo realizado,em
crianças e adultos, encontrou-se,ao
diagnóstico, as seguintes localizações de
CE
no
tubo digestivo "mz-
0,24%
no
esôfago; -64%
no
estômago;-
29,5%
nos intestinos delgado e grosso; -6,15%
no
reto e sigmóide.Dos
CE
que adentramo
esôfago, maisou
menos 90%,
percorremsem
problemas todoo
tubo digestivo. (U)brônquica (4).
tubo digestivo são (M8):
Aproximadamente
10%
dosCE
ingeridos impactam-sena
árvore- o esôfago e seus estreitamentos fisiológicos
(principalmente
na
junção entre as musculaturas lisa e estriada).Na
criançatem
maior frequência por ser de calibre menor;-
o
piloro;- ângulo duodeno-jejunal; - válvula íleo-cecal; - apêndice vermiforme; - divertículos.
(1703
W
Podem
ocorrer complicações decorrentesda
ingestão deCE,
taiscomo:
' *- perfiiração (mais freqüente
no
intestino delgado); - obstrução;- hemorragia por erosão de parede; - peritonite local e difiasa; -
- obstrução por granuloma;
- intoxicação por material degradado.
À
seguir, sete casos de ingestãode
CE
atendidosem
nosso meio,DESCRIÇÃO
Dos
CASOS.-
,ozfl
Deu
entrada nos Hospital de Florianópolis,com
quadro deabdome
agudo
inflamatório,
com
abdome
em
tábua.Dos
antecedentes, era alcoolista.Realizado rotina para
abdome
agudo, apresentou aohemograma,
uma
leucocitose acentuada
com
desvio importante para a esquerda. Amilase era normal.Ao
raioX
deabdome,
apresentavaapagamento do
psoas a direita.Foi indicada a laparotomia
com
o
diagnóstico de úlcera peptica perfurada. Realizada a laparotomia, foi encontradouma
peritonite difusa,com
secreção abdominal esverdeada, purulenta e fétida.
No
inventário da cavidade,notamos
uma
massa
arredondada, localizadano
grande epiplo,com
8 centímetros de diâmetro,próximo
ao ângulo hepáticodo
colo.Feita a exérese
da massa
e lavada a cavidade exaustivamente, nada mais seachou na mesma.
Ao
abrirmos a massa,finda
a cirurgia,deparamo-nos
com
um
corpoestranho, ( espinha de peixe ),
no
interiorda
massa, totalmente recoberto por secreçãopurulenta e incluído dentro
do
epiplo. (fig
1)Diagnóstico histopatológico: peritonite , consequente a perfuração
intestinal por corpo estranho ( espinha de peixe).
O
paciente evoluiu satisfatoriamente, obtendo altano
12°. dia pós-CASO
1. L.C.M., masculino, branco, 33 anos, solteiro, motorista.operatório.
FIGURA
1.MASSA
NO
INTERIOR
DA
QUAL
ESTAVA
A
ESPINI-IA
DE
PEIXE.
V
-~/
w^/OZ
CASO
2. J.N.C.,57
anos, feminino,do
lar, natural e procedente deFlorianópolis
A
paciente queixava-sede
dor abdominalem
cólica,na
fossa íliacaesquerda,
com
perda de 15 kilogramasem
6 meses. Realizadoo
clister opaco, surgiuuma
massa
localizadano
sigmóide médio,com
alteraçãoda
mucosa
e aspectode
anelde
guardanapo.
A
paciente intemoucom
clínica de suboclusão intestinal, e foi levada alaparotornia
com
o
diagnóstico de oclusão intestinal por neoplasia.A
laparotomia, apresentavacomo
alteração,uma
massa
localizadano
sigmóide médio,
com
aderênciada
trompa
esquerda, adenomegalia de mesosigmóide,sem
qualquer outra anormalidade intracavitária.
Ao
realizarmoso
descolamentoda
trompa da
alça intestinal,houve
aliberação
de
um
corpo estranho e material fecaldo
interiorda
alça. Realizamos aressecção segmentar
do
sigmóide,com
sutura término-terminalem
plano único.Ao
abrirmoso segmento
ressecado,finda
a cirurgia,observamos
um
diverticulo perfurado, por
onde
saíao
corpo estranho, então identificadocomo
um
segmento
ósseo de ave.A
paciente evoluiucom
fistula estercoralque
fechou espontaneamenteem
VC/›fi
CASO
3. K.C.24
anos, sexo feminino, casada, comerciante,com
queixasde dor abdominal na fossa ilíaca direita, de média intensidade,
com
3 dias de evolução.Ao
ser atendida,houve
a suspeita de apendiciteaguda
e o colega solicitouum
raioX
simples deabdome.
Ao
raio X,notamos
um
corpo estranho radioopacoque
assemelhava-se a
uma
agulha de costurar, localizada na topografiado
ceco.Optamos
então por aguardar24
horas e refazer 0 estudo radiológicoda
paciente.Neste estudo
notamos que
a agulha havia semovido
e estava na topografiado
colo tranverso.
Como
condutaoptamos
por fazeruma
colonoscopia,quando
localizamos o corpo estranho ao nível de 1/3 proximaldo
colo transverso, e deonde o
retiramoscom
uma
pinça de corpo estranho.FIGURA
2.RAIO
X
DE
ABDOIVIE
MOSTRANDO
A
PRESENÇA
DA
AGULHA DENTRO
DO
INTESTINO GROSSO.
1 l
z/‹2°“")4
CASO
4. E. B. V., 30 anos, masculino, solteiro, pedreiro,com
história deter engolido propositalmente 2 pedaços de ferro ha 2 dias,
permanecendo
com
dor abdominal intensaem
todo o abdome.Ao
exame
na admissão, apresentava de positivo, dor intensa a palpaçãosuperficial e profunda
do
abdome.Na
rotina deabdome
agudo,notamos
hemograma
dentro dos limitesda
normalidade e ao raio
X
simples deabdome,
apresentava 2 corpos estranhos na topografiagastroduodenal. Indicamos a laparotomia por perfuração de viscera ôca.
O
achado cirúrgico, foi de perfuração da 2“ e 3” porçõesdo duodeno
por corpo estranho ( 2 pedaços de ferro de construção civil) e ascaridiased'
juno.
A
conduta foi exéresedo
corpo estranho porduoden~ia
com
retirada de dois pedaços de ferro de construção civil, e rafiada
duodenost 'acom
drenagem.Havia
um
corpo estranhono estômago
o que foi retirado por gastrotomia.Realizado rafia
do estômago
eduodeno
em
plano único,com
vycril 3zeros.
A
evolução foiboa
e o paciente teve altaem
8 dias._
FIGURA
3.RAIO
X
DE
ABDOMÍE
MOSTRANDO
CORPO
ESTRANHO RADIOOPACO
NO
INTERIOR
DA
CAVIDADE
ABDOMINAL
(FIGURA
4.ATO
OPERATÓRIO
MOSTRANDO
O
CORPO
ESTRANHO
(ARAME
)SAINDO
POR
ORIFICIO SITUAD_O
NO
E
DUODENO.
CASO
5. C.G.J.,66
anos, masculino, lavrador, queixava-se de dorinfraumbelical contínua
que
vinhaaumentando
de intensidade há alguns dias.Exacerbava-se
com
a movimentação, principahnente amudança
dedecúbito.Constipação intestinal há 8 dias. Astenia. Anorexia. Emagrecimento. Cefaléia e calafrios
quando
a dor setomava
intensa.Ao
Exame
de admissão, havia defesa abdominalsem
BLUMBERG.
Massa
palpável infraumbelical de aproximadamente 10cm
de diametro. Foi realizado clisteropaco
na suspeita de diverticulitedo
colo sigrnóide, oque
não foiconfirmado.
Demais exames
dentroda
normalidade, apresentandouma
leucocitosecom
desvio para a esquerda aohemograma.
Exame
ultrassonográfico abdominal mostravamassa
hipogástrica sólida.Levado
a laparotornia,notamos
um
palito de madeira forada
alça intestinal,
com
bloqueio de epiplo e alças delgadas,onde houve
necessidade deenterectomia de 15
cm
de extensãocom
anastomose témaino-terminalem
1 planocom
ácido poliglicóico 3 zeros.
Como
complicação apresentouno
pós-operatório, abscesso deFIGURA
5.I
PEÇA OPERATÓRIA
MOSTRALNDO
PAL-ITO
DE
CASO
ó. E. P. M., 65 anos, feminina, deglutiu prótese dentária durante arefeição. Foi
acompanhada
radiologicamente até impactar-seem
cripta anal,quando
entãofoi retirado por via baixa.
FIGURA
6.RAIO
X
DE
ABDO1\/[E
MOSTRANDO
PRÓTESE
ENCRAVADA
NA
CRIPTA
ANAL.
5
' fl
CASO
7. J.D.L.P.,24
anos, masculino, branco, carpinteiro, deglutiuum
prego
que
estavaem
suaboca
duranteo
trabalho.DISCUSSÃO:
Dentro da conduta diagnóstico-terapêutica, a história relatada pelo paciente,
ou
por acompanhantes,pode
nos trazer informações acerca dascaracterísticas
do
CE
que
possa ter adentradoo
tubo digestivo. (8):Assim
pode-se suporo comportamente
do
CE
após ter sido ingerido.As
espinhas de peixe (vg.), geralmente, impactam-seem
orofaringe; os ossosde
galinha,
na
hipofaringe e esôfago; pedaços decame, no
esôfago cervical; moedas,em
hipofaringe e esôfago; etc... (8).
Pelo quadro de sinais e sintomas, pode-se ter
uma
idéia sobre a localizaçãodo
CE
(8):-
no
tracto gastro-intestinal-alto: disfagia, odinofagia,sialorréia, dor retro-estemal, sensação de
CE
no
esôfago;-
no
aparelho respiratório: estridor laringeo, dispnéiapelo
CE
ou
suas complicações;- perfuração faringo-esofagiana: tumefação cervical,
enfisema
sub-cutâneo, hipertermia e leucocitose; `-abdominal: geralmente assintomático.
Pode
manifestar-se através das complicações.De
acordocomo
nosso ponto de vista, a investigação dagnóstica, seja por raioX, ou Endoscopia
Digestiva Alta, deve estar relacionadacom
a topografiada
sintomatologia
do
paciente. Entretanto, existem serviçosque
ante a suspeita de ingestãode
CE,
realizam a seguinte rotina de investigação:exame
radiológico simplesem
PA
e perfil de pescoço, tórax eabdome
W”
. Posteriormente realizamEDA
com
fins diagnósticoe
sempre que
possível terapêutico (8).Quando
aEDA
não
detectao CE,
mas
visualizauma
laceração de
mucosa ou
edema, suspeita-se de migração extra-luminal. Neste caso, indica- se antibiótico-terapia profilática e investigação porUSG
ou
TC
(943). Alguns autoresindicam a realização
de
exame
radiológico contrastado de esôfago para poder 7 evidenciaruma
perfuração (W.No
caso 1, o paciente não referia história de ingestãode CE,
eao
raio
x
deabdome
de rotina paraabdome
agudo,não
foi visualizadoCE,
acontecendoo
mesmo,
com
os pacientesdo
casos 2 e 5. Desta forma, os diagnósticos ocorreramsomente
Em
casosonde
a colheitada
história é dificultada (crianças, doentes mentais, alcoolistas, perda de memória, etc...),ou
os objeto ingeridos são radiotransparentes, a possibilidade de se diagnosticar precocemente a ingestãode CE,
toma-se
menor
ms).Portanto a conduta nesses três casos ocorreram de acordo
com
seus quadros sindrômicos e a laparotomia é
que
possibilitouo
diagnóstico definitivo. Jáno
caso 4, tanto a história, quantoo
exame
radiológico,induziram ao diagnóstico causal
do
quador clínicodo
paciente. Entretanto, oque
levouo
paciente a procurar
o
auxílio médico, decorreude
complicaçõesdo
CE
que
detemiinaramuma
abordagem
terapêutica mais agressiva.A
pacientedo
caso 3, por sua vez,não
referiu ingestãode
CE,
mas
na
investigação de seu quadro clínico, encontrou-seum
CE
radiopaco projetando-sena topografia
do
ceco.A
conduta inicial expectante está de acordocom
a encontradana
literatura (7).
Com
o
deslocamentodo CE,
facilitou-seo
acesso endoscópico intestinalbaixo e a sua retirada foi determinada, eliminando-se o risco de complicações.
Os
dois últimos casos tiveram seus cursosacompanhados
radiologicamente.
Um
deles, até sua eliminação natural pelo tubo digestivo.Ao
diagnóstico, seus corpos estranhos estavam ao alcance endoscópico e porserem
ponteagudos, a literatura
recomenda
que se realize a sua retirada endoscópicaou
cirúrgica, devido ao risco de perfuração (8). Optou-se por conduta espectante,
aguardadando-se por eventual quadro de complicação para então realizar-se terapêutica
mais agressiva.
`
_
Defendemos
como
conduta terapêutica ideal,em
ingestãode
CE,
na ausência
de
irnpactaçãoou
complicações, ado
tipo espectante,com
acompanhamento
clinico e/ou radiológico (quando
CE
radiopaco) adequados.Conduta
maisintervencionista, dependerá
do
quadro evolutivodo
paciente.Sabe-se que,
em
média,um
CE
leva, maisou
menos, 5 dias paraser eliminado naturalmente pelo tubo digestivo “°).
Defende-se terapêutica cirúrgica, se o
CE
levar mais de30
diaspara ser eliminado,
ou
impactar-senum
mesmo
local por mais de 10 dias (18).~
Deve-se saber
que
algumas vezes, a impactação deCE
pode
revelar patologias intra-luminais até então silenciosas, principalmente
em
esôfago (ms).Estima-se
em
50%, o
indicede comprovaçao
dos relatosde
ingestão de
CE
,seja por eliminação naturalou exames
complementares 0°).Por
outro lado, o risco de impactação deCE
estáaumentado
naqueles indivíduos que sesubmeteram
à cirurgia abdominalno
passado (U).Deve-se lembrar,
que na
maioria das vezes, oCE
na
cavidade abdominal decorreda
presença de compressa e gazeem
laparotomia (W.Semelhante ao ocorrido
em
alguns de nossos casos, a ingesta deCE
pode, após a perfiiraçãodo
tubo digestivo, apresentar diferentes qu'adros clínicos,de
acordocom
a reação desencadeadano
hospedeiro (13).Após
a entradado
CE
na
cavidadeabdominal, geralmente
ocorrem
,dois tiposde
reações:uma
que
produzirá aderência eencapsulamento
do
CE;
outra, exsudativa, responsável pelo aparecimento de abcesso e fistulização.Os
CE
intra-cavitários,podem
assumir formas clínicas variadas: assintomaticos ,pseudo-tumorais, suboclusivas, oclusivas e infecciosas (13).coMENTÁR1os.-
Percebe-se,
que
em
nosso meio, a conduta básica nos relatosde
ingestãode CE,
fundamenta-seem
evidências clínicas decorrentesdo
trânsitodo
CE
ou de
suas complicações.Não
se realizam rotinas diagnóstico - terapêuticas prè-determinadas,
como
observa-seem
outros serviços.Deve-se ter
em
mente que
apesardo
baixo índice decomplicações, a ingestão de
CE
pode
levar a complicaçõesde
grande morbi - mortalidade,tais
como
perfuração faringo - esofageana. Sabidamente, esta é a mais séria e rapidamenteS UMDIAR
Y
The
autorshows
7 casesof
foreign bodies, acidentaly or propositaly ingested,whose
repercutionswere
varied, as well as the type of foreingbody
ingested in the studied patients ( fishbone, chicken bone, needle,two
iron pieces,wood
stick, dental protesisand
a nail).
Four
patients,were
submited to laparotomy, intwo
patients, the removalwere
under direct vision and in
one
patient the foreignbody
was
radiographicaly observed until its natural elimination.The
cases will be discussed in respectof
diaginosisand
management
basedon
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'cc
0221 Ezx.l* N-Ch=1m-TCC UFSC CC
0221Autor: Thiago, André Luis
Título: Corpo estranhono tubo digestivo
IIII II I||II|I||| IIIIIH IIIIII
V 972306957 C ' A¢.253o43 Ex.l UFSC BSCCSM ñ