Bífiz
/ ..-fJ:
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
CENTRO
DE CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
CURSQ
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
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CCSM
Nfham-TCC
UFSC ENF
0282TCC
Título:Assistência de enfermagem ao
UFSC
paciente de unidade deterapia inlensiwc
ENF
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¿\.¿¿z£z'.-. 1-~- -" ' L L'-',~`f.§Í1.`1-Çíã. I»-`.¬íi"°-"-Dedicamos
o
presente
relatórioa
Deus
por
ternos concedido
o
dom
da
vida.Ao
grupo:
Aldanéa
Norma
de
Souza
Alzira
Testoni
Feiber
Carla
Patrícia Ferreira SilvaNara
CristianeCorrea
da
SilvaAGRADECIMENTOS
ESPECIAIS
~
Aos
nossos
pais,irmaos, esposos,
filhos
e
sogros,pela
presença
e
apoio
constante,
pela
disponibilidade,pela
compreensão
e
auxílioenquanto estivemos
ausentes,
pela proteção, pelo carinho
eamor
a nós
dedicados.
Ao
Sr.Elcio
EliasCorrea
( Inmemorium).
Aos
pacientes e seus
familiaresque
aceitaram
participardesta jornada,
sem
a sua
disponibilidade
estetrabalho
não
se concretizaria.À
equipe
multiprofissional
da
UTI
do
Hospital
Govemador
Celso
Ramos,
pela
compreensão, apoio
eestímulo
à
proposta
de
trabalho.À
Professora
Tânia
Mara
Xavier
Scóz,
por
ser“
simplesmente”
TÂNIA.
À
Sayonara de Fátima
Faria
Barbosa,
pela
amizade, apoio
e
por
representar
como
profissional,
tudo
o
que
almejamos
dentro
da
assistênciaem
AGRADECIMENTOS
A
todas as
pessoas
que
diretaou
indiretamente, contribuírarnpara
a
nossa formação.
Em
particular:À
Orientadora
Professora
Eliane
Regina
PereiraNascimento;
Supervisora
Enfermeira
Ana
CristinaMaciel, pela dedicação, colaboração,
que
tanto
nos
ajudaram
a superar as
barreirasdessa
etapa
final.Aos
acadêmicos
que
por nós passaram,
e
aos
que
continuam.
Em
especial
ao Adriano
Corrêia Jacob.
Ao
Departamento
e
Coordenadoria de
Enfermagem,
por estarem
disponíveis
sempre que
necessitamos.
A
todos
os professores e funcionários
do
Centro de
Ciências
da
Saúde,
pela
atenção
e
carinho
com
que sempre
nos
atenderam.
Em
especialà
fimcionária
Neide Maria
Pereira.Ao
Centro
de
Ciências Biológicas
(Genética);Dr.
AltairAcorde,
Florindo Testoni Filho
eMônica
PatríciaCorrêa, pela
presença marcante
nesta
etapa
de
nossa
vida.“As
sofistícações tecnológicasparecem
terembotado
osprincípios de humanização, levando-nos a olvidar as necessidades
psico-sócio-espirituais
do
paciente, da família e da própria equipeque
atua na UTI.O
sucessodo
tratamento, a aceitação,o
entendimento, acooperação
do
paciente eda
família é alcançado atravésdo
relacionamento terapêutico entre esses e a equipe de saúde,aliado à tecnologia apropriada, pois não se cura
um
desesperado
com
alguns comprimidos. Essespodem
adormecer-lhes os males,
podem
às vezes, suprimi-los, fazê-lomenos
desesperado;
mas
a felicidade, aspiração essencial de todoser
humano,
não se distribuiem
cápsulasou
injeções” (Riquet inFavretto),
mas
sim “por genteque
cuida de gente”.RESUMO
O
presente trabalho, descreve e analisa a elaboração e implementação deum
projetoassistencial
de
enfermagem, a pacientes da unidade de terapia intensiva e seus familiares,assim
como
o acompanhamento de
sua evoluçãona
clínica e seu domicílio,com
base na Teoria das NecessidadesHumanas
Básicasde
Wanda
Aguiar Horta.Foram
utilizados l3conceitos,
segundo
Horta, adaptados aUnidade
de Terapia Intensiva (UTI): Serhumano/Indivíduo; Ser humano/Familiares; Necessidades
Humanas
Básicas;Saúde/Doença;Interação;
Enfermagem;
Enfermeiro; Assistirem
enfermagem; Assistênciaem
enfermagem;Cuidado
de enfermagem;Problema de enfermagem
e Ambiente.Os
principais objetivos
do
trabalho foram:Conhecer
oscomponentes da
Administração eindicadores hospitalares; Viabilizar a humananização da assistência de
enfermagem
naUTI;
Elaborar e implementar
o
processo de enfermagem; Desenvolver habilidadesno
cuidado executando, técnicas específicas e geraisem
UTI
eAcompanhar
a evolução dos pacientespós-alta
da UTI, na
clínica e seu domicílio.Para operacionalizar
o
referencial teórico na prática, utilizou-se as seguintes fasesdo
processo de enfermagem, proposto pela teorísta,com
algumas adaptações: Histórico deEnfermagem;
Diagnóstico; Prescrição;Evolução
e Prognóstico.Sendo que
a evolução foirealizada
na UTI,
unidade de internação e domicílio.A
prática envolveu todos os pacientesenfermagem foram
elaborados, dos quais I3( treze) pertencem a primeira etapado
projeto,“assitência integral ao paciente” .e l8(dezoito) a segunda etapa , “ administração da
assistência
de
enfermagem”.Do
total de 31 (trinta eum)
pacientes, l0(dez) foramacompanhados
desde aUTI
até seu domicilio.As
atividades práticasforam
realizadasna
UTI
do
HospitalGovemador
CelsoRamos
e tiveram seu iníciono
finaldo
mês
de agosto, estendendo-se aténovembro
/ 95,quando foram
concluídas.O
método
assitencial proposto mostrouque
o
referencial teórico, possibilitou assistiràs necessidades
humanas
básicas, a nível biopsicossocioespiritual dos pacientesem
UTI
e seus familiares de acordocom
o
planejado parao
estágio,com
algumas limitações,possibilitou a associação teórico / prática, favorecendo as ações
de
enfermagem.O
contatopaciente/família e equipe, permitiu
uma
melhor interação, diminuindo a angústia,o
“stress”do
paciente e de seus respectivos familiares, além de nos gratificar.Reconhecendo
a deficiência quantitativado
pessoal deenfermagem da
UTI
do
HGCR
e a importânciada
metodologia assistencial por nós experenciada, para a qualidadede
assistênciade
enfermagem, sugerimos à equipe, a utilização de pelomenos
três fasesdo
SUMÁRIO
1 -INTRODUÇÃO
.....10
2
-OBJETIVOS
... ..18 2.1 -Objetivo Geral
... ..l82.2
-Objetivos
Específicos
... ..18 3 -REFERENCIAL TEORICO
... ..19 3.1 -Definição
de Conceitos
... ..203.2 -
Processo
de
Enfermagem
segrmdo
Wanda
Aguiar Horta
eAdaptações
... ..264
-METODOLOGIA
... ..3O 4.1 - Característicasdo
Local
... ..304.2 -
População Alvo
... ..304.3 -
Etapas
da Implementação
... ..314.4
-Proteção dos
DireitosHumanos
... ..32'
4.5
-Planejamento das
Ações
-Objetivos/
Estratégia/
Avaliação
... ..335 -
CRONOGRAMA
... ..37ó
-APRESENTAÇÃO, ANÁLISE
E
DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS
.4o ~ ~7
-REFLEXOES
ACERCA
DA
UTILIZAÇAO
DO
REFERENCIAL
TEORICO
E
PROCESSO DE
ENFERMAGEM
NA
PRATICA
... ..141
~
8
CONSIDERAÇOES
FINAIS
... ..l639
-BIBLIOGRAFIA
... ..l6510
-ANEXOS
... ..1681 -
1NTRoDUÇÃo
A
Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) é consideradaum
setor de alta complexidade,a nível
de
equipamentos, técnicas, profissionais qualificados e principalmente pacientesem
estado crítico, levando
algms
profissionais daenfermagem
a não aceitarem atuar namesma,
assim
como
acadêmicostemerem
nela desenvolver suas atividades práticas.No
interiorde
sua instalação dura e fria, aUTI
torna-seum
ambiente hostil eassustador para os pacientes
que
necessitam de tratamento intensivo,não
somente parasobreviver,
mas
sim para tentar sua reintegração aomeio do
qual pertencem.Além
disto,este ambiente considerado preponderanteientre a vida e a morte, geralmente resulta
em uma
assistência mecanicista, pelo fato de atuarem concomitantemente conflitos antagônicos na
equipe
de
enfermagem, antagonismo este representado pela mecanizaçãoda
assistênciaque
muitas vezes requer intervenção rápida, precisa e vital para
o
paciente, serve a sótempo
como
“escudo de proteção” paraque
o profissionalnão
reflita sobre a sua prática e destamaneira,
não
se exponha. Isto é,não
sensibilize emocionalmente tanto quanto ao pacienteque
presta assistência.Segundo
Leopardi (1990, p. 89), “nessa co_n‹_iição de instabilidadepela qual passa a humanidade, 9_s_ gestos _¶e__ cuidados prestad_os pela
enfermagem,
são cada vez mais a expressãoda
resistência dos homer_r_s,à desuyanização, a oferta deuma
profissãoque não
saiuda
moda
eportanto partedo
processo de “sobrevivência” diantedo modelo
...- -
industrial de organização e de
uma
valorização enviesadada
ciência eda
tecnologia, que asO
paciente deUTI, pode
ser enquadrado,como
aquele que é considerado critico eagudo
recuperável.Do
parâmetroanátomo
patológico, segundoGomes
(1988, p. 13), “háprioridades
de
cuidados apropriados aos pacientes de pós-operatório à qual nãohouve
reação suficientemente,
bem
para serem atendidos nas unidades normais, pacientescom
enfermidades cardíacas aguda,
quando
o hospitalnão
tem
uma
unidade separada de cuidadocardíaco, assim
como
insuficiência renal aguda, pacientes de emergência séria, sofrendo decoma, choque, hemorragia, perturbações respiratórias
ou
convulsões.Além
daquelescom
problemas sérios de fluidos
ou
eletrólitos”.Dentro
desta unidade cada paciente reagede
uma
maneira pois a entrada súbitadeste,
na UTI,
considerada para ele assustadora, éum
corte na sua vida, principalmente poreste ter perdido a última das liberdades humanas, isto é a de escolher seu próprio caminho.
Segundo, Walacce-Barwhill (1992, p. 1394), “a
passagem
por estemundo
desconhecido e
não
identificado requer grandes ajustamentos mentais e emocionais.Precisam lutar para terem
uma
sensação de estabilidade e autocontrole.A
sua realidadepassa a ser então de
uma
dependência praticamente totalou
seja, a perda de controledo
seuambiente normal e
do
seubem
estar pessoal”.O
estado de dependência total,ou
quaseque
total é devastador para os pacientes.Normas
e rotinas de seu cotidiano são quebradas, háum
profissional para fazer-lhe tudo,desde a simples escovação dos dentes ao controle de suas funções corpóreas,
tomando-o
um
ser dicotornizado, fragmentado. Muitas vezes, a preocupação deste paciente não ésomente
com
seu corpo estatelado e manipulado,mas
simcom
a possibilidadeda
morte.Temem
ainda por aqueles quedependem
tanto emocionalmentecomo
financeiramente dele,ou
seja sua família.O
tema
morte,sempre
despertou grandetemor
etem
estado associado aum
significativo silêncio.
Segundo Souza
Martins (1983), “o silêncio antigo e sertanejo era aforma
cultural de reconhecimento da morte.O
silêncio que agora nosdeparamos
é denatureza diferente, por expressar
o
inteiro desconhecimentodo
problemada
morte e nossa dificuldadeem
lidarcom
ela”.A
morte
é encarada de várias formas e vista sobre vários ângulos.A
cultura, crençase valores de
um
povo
determinacomo
esta deve ser trabalhada e admitida. Aceitação enegação
caminham
juntas, estão interligadas eum
dos fatores que asfazem
emergir é a situação presentedo
paciente. Patologia, idade,sofiimento
são parâmetros quepesam
no
momento
de se avaliar a morte.Hoje,
pode
se dizerque
o morrer, foi deslocado da casa para os leitos dos hospitais, deixando de serum
processo natural para ser amorte
fria e escondida. Máquinas,terapêuticas, técnicas, especialistas são procurados de qualquer maneira para prolongar esse
“vudu”
atéo máximo.
Enfrentar a morte deuma
pessoa é confrontar-secom
a realidade da
própria morte,
ou
seja, estar admitindo a própria vulnerabilidade, quanto a esteacontecimento
que
guilhotina a vida.A
partirdo
momento
em
que
se negar a morte desta pessoa, está se criando a própria imortalidade.Para
D°Assumpção
(1984), “admitir a própria morte, aceitando-aquando
ecomo
vier, permite ao
homem,
como
tal, viverem
plenitude e ao profissional de saúdeuma
melhorcompreensão
dos pacientes terminais, proporcionando-lhes os meios necessários paraassisti-los da maneira mais
adequada
e completa possível”.Não
nosesqueçamos
porém
que o
serhumano
por natureza possui limitações econvivência diária
com
pacientes graves não prepara totalmente a equipe de saúde para aperda, pois se trabalha
em
funçãoda
vida, e a morte é vistacomo
um
fracasso.Todas
as pessoaspossuem
problemas emocionais perante a morte,em
grausdiferentes, teme-se esta e ao
mesmo
tempo
preocupam-se pela própria saúde.A
equipe deenfermagem da
UTI
está continuamente exposta à morte e ao pesar. Então, assimcomo
o
paciente e sua família necessitam
também
expressar suas necessidades,como
a negação,culpa, frustração, racionalização, depressão,
que
poderão evoluir parauma
fase de aceitaçãoou
de
“estress”.As
necessidades das famílias muitas vezes são vistas de maneiras diferentespelos enfermeiros.
Comunicar
à família sobre a mortedo
paciente,não
é tarefa fácil, portudo isso, se a função, conhecimentos e experiências,
não
resolve determinada situação,ou
sevocê
se sentir impotente,não
hesiteem
usaro
seu toque pessoal, a sua humanidade.Segundo
Aurélio, (1986, p. 755), “família consisteem
pessoas aparentadas,que
vivem
em
geral namesma
casa, particularmente o pai, amãe
e os filhos. Pessoasdo
mesmo
sangue, ascendência, linhagem, estirpe.
Grupo
formado
por indivíduosque
sãoou
seconsideram consaguíneos uns dos outros,
ou
por descendentes deum
tronco ancestralcomum
e estranhos admitidos por adoção”.Considera-se este conceito limitado, de
modo
que não
exprime toda a complexidadeda
definição de família.Sendo
esta, de acordocom
os princípios de Horta, vistacomo
um
todo, estando
em
constante transformação e interaçãocom
o
ambiente,dando
e recebendoenergia. Este
fenômeno
também
ocorre entre seusmembros,
que se interligam por laçosafetivos,
formando
uma
unidade biológica, cultural, social e espiritual influenciada poruma
cultura e nível sócio-econômico.
Tendo
como
uma
de suas firnções principais,promover
13
estabilidade a seus
membros,
sendo ela emocionalou
não, além de servir de ponto de apoioao indivíduo.
De
acordocom
Ciosak&
Sena, (1983, p. 10),“quando
um
membro
da família éacometido de
algum
fatoque
interfereem
sua saúde eem
suas atividades ocorre repercussãoem
toda a família;um
bloqueiono
cotidiano familiar quenão
foiopção
damesma
e simuma
imposiçãoque
estes terãoque
enfrentar e aceitar”.Verificou-se
no
dia à diaque
o
impactoda
admissão deum
indivíduo naUTI
éuma
experiência aque poucos
familiares estão preparados.Os
mesmos
deparam-secom uma
situação para qual
não possuem
controle, seus eventos nãoocorrem
em uma
sequênciacompreensível e a
imagem
que nonnalmente possuem
da unidade é negativa.“O
corredorda
morte”.Wallace ~ Bamhill, (1992, p. 1395), “coloca
que
embora
os familiares tentemcompreender o que
está ocorrendo, a sua confusão é imensa. Eles dificilmenteentendem
asinformações médicas transmitidas pela equipe da UTI. Para suportar essa situação é necessário contar
com
suas defesas psicológicas, tanto conscientes quanto inconscientes.As
famílias desejam obter informações honestas sobre seus entes queridos,
mas
aomesmo
tempo
sóquerem
ouvir notícias boas”.Em
vista destes fatos, a assistência à família, para que amesma
possa se“reestruturar” e
com
isso apoiaro
paciente é imprenscindível, poispode
tomar-se doente àpartir
do
momento
queum
de seusmembros
adoeça.É
assistência deenfermagem na
UTI com
qualidade é primordial ao paciente e àfa&lia.
Requer
da equipeuma
atuação competente, humanizada, específica, eque
garantaum
atendimento adequado, tanto quantitativa quanto qualitativamente, através dadeterminação de prioridades identificando necessidades terapêuticas e valores pessoais
do
mesmo,
selecionando recursos indicados para a realização dos cuidados.A
sistematizaçãoda
assistência deenfermagem
éuma
das formas de individualizar e melhorar a qualidadedesta, assim
como,
tomá-la independente da interferência de outros profissionais, facilitandotambém
a questãoda comunicação
interpessoal.Segundo
Daboit, (1988, p. 443), “cada indivíduo éuma
unidadecom
caracteristicaspróprias,
que
reage diferentemente,embora
os estímulos sejam osmesmos,
constituindoesse fato a
chamada
individualidade. Para tanto0
atendimento das necessidades deste deveser por sua vez
também
individualizada,o que
requerum
planejamentoda
assistênciaque
iráser prestada. Esta deve englobar
não
somente as necessidades psicobiológicas, assimcomo
as psicossociais e espirituais”. Para isso
há
a necessidade de que o enfermeiro reconheça naprática a importância
da
assistência psicoemocional aos pacientes gravesem
UTI.Contribuindo para a assistência à saúde mental dos pacientes, que
pode
ser alcançadaatravés
da comunicação
interpessoal (comunicação terapêutica), quetem
a finalidade deajudar a identificar e atender as necessidades de assistência à saúde
do
paciente. Todavia deve ser aprendida e praticadacom
o
intuito de beneficiaro
paciente e facilitar a relaçãopessoa à pessoa, caracterizando a humanização
da
assistênciade
enfemlagem.Com
baseno que
foi exposto até então consideramos que:a) Foi
um
desafio conseguirmos aliar a assistência voltada parao
pacienteno
seu todo, tendo a farníliacomo
suporte básico,em
uma
unidadeonde
a tecnologiatambém
é necessária e competitiva para a realização dessa assistência.Com
relação a isso, Ciosak&
Sena, ( 1983, p.
26
), referem que; “as sofisticações tecnológicasparecem
terembotado
osprincípios
de
humanização, levando-nos a olvidar as necessidades psicobiológicasdo
paciente,
da
família e da própria equipeque
atua na UTI”.b)
O
campo
do
estágio, ofereceu oportunidade de desenvolvermos habilidadestécnicas científicas e administrativas
num
setorpouco
explorado pelo curso.âesizolha
da
Teoria das NecessidadesHumanas
Básicas deWanda
Aguiar Hor_ta,_em
primei_ro lugar deu-se pelo fato desta ter
sidoa
teoriacom
a qual mantivemos-ao primeirocontato
no
iníciodo
curso de graduação, assimcomo
no
decorrer deste, aplicando-a nasatividades teórico-práticas.
No
campo
teórico amesma
nos foi repassada deforma
ampla, englobando o serhumano “como
um
todo” indivísivel.Porém
no
localonde
ocorreu sua aplicabilidade,verificou-se
que
a teoriaem
questão é mais enfatizadano
seu lado biológico,dada
adificuldade de sua operacionalização. Adaptando-se dessa forma
ab\modelo
biomédicoexistente
na
instituição,tomando-se
incoerentecom
o que
“aprendemos”em
sala de aula,todavia coerente
com
o nosso curriculoque
éembasado
praticamenteno
modelo
biológico.Partindo
do
pressuposto,que
a Teoria das NecessidadesHumanas
Básicas, envolveo
lado biopsicossocioespiritualdo
paciente, nós acadêmicas, prestamos a assistência de enfermagem, baseando-nosem
alguns princípios e conceitos desta teon`sta. Pois, de acordocom
Leopardi, (1991), “a proposta de ampliaçãodo modelo anátomo
patalógico,com
vistasà integralidade, (que a autora prefere
chamar de
equidiversidade), individualidade eextensividade
da
assistência deenfermagem
parauma
melhor qualidade damesma”, não
significa negaro
biológico,mas
sim, ampliá-loconforme
descrito.Já para prática, consideramos conforme, Felisbino, (1990), “o conjunto de
serviram
de
guia para levantar dados, identificar problemas, diagnósticar necessidadesafetadas, para planejar, executar e avaliar a assistência de
enfermagem
prestada ao pacientede
UTI
e seus familiares”,conforme
apresentamosno
presente relatório.2
-OBJETIVOS
2.1 -
Objetivo Geral
Prestar assistência sistematizada imediata e mediata
com
base na Teoria deWanda
AguiarHorta
ao paciente e família submetido aos cuidados intensivos.2.2 -
Objetivos
Específicos
-
Conhecer
oscomponentes da
administração e recursoshumanos
e indicadoreshospitalares
da
UTI
do
HospitalGovemador
CelsoRamos.
- Viabilizar a
humanização da
assistência deenfermagem da UTI,
consideradao
“corredor
da
vida eda
morte”.UTI.
- Desenvolver habilidades
no
cuidado executando técnicas específicas e geraisem
- Elaborar e implementar
o
processo de enfermagem.3
-REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo
Felisbino (1990, p. 35) “osmarcos
conceituais e as teorias deenfermagem
são importantes guias para a prática.As
teorias sãoemanadas
dos respectivos marcos, sãomais específicas e concretas, e os
marcos
conceituais por sua vez são altamente abstratos”.Souza
(1984) relataque na
atividade prática, osmarcos
conceituais“atuam
como
guias~
sobre
o que
é importante observar, relacionar e planejar nas situaçoes de interaçãocom
opaciente; as teorias funcionam
como
guias específicos, para levantar dados, diagnosticar,executar as ações de assistência e avaliá-las”.
Para
o
estágio,foram
feitas algumas adaptações nos conceitos da teoria dasNecessidades
Humanas
Básicas deWanda
Aguiar Horta e utilizado alguns passosdo
seu processo,com
a finalidade de viabilizar a sua aplicaçãona
área específica deUTI.
Wanda
de Aguiar Horta, foiuma
idealista,uma
pioneira euma
cientista, lecionoudurante
20
anos na escola deenfermagem
daUSP.
Criou a revista“Enfermagem
deNovas
Dimensões”.
Sua
última publicação foio
livro “Processo deEnfermagem”,
quecontém
ateoria das “Necessidades
Humanas
Básicas” e sua operacionalização.Morreu
em
1982, apósvários anos de sofrimento
com
doença. VEm
1968, desenvolveuum
método
que
proporcionou a observação dos aspectos fisicos dos problemasde enfermagem
com
o
intuito de introduzir a técnica da observaçãosistematizada na prática.
Após
isto, ela desenvolveu a teoria das NecessidadesHumanas
Básicas. Foi a pioneirano
Brasil a incentivar a utilização deuma
teoriaque
servisse
de
guia parao
planejamento, direcionamento, coordenação, execução e avalição daassistência de enfermagem. Baseando-se por sua vez
na
motivaçãohumana
segundoMaslow,
adotando a classificação dasNHB,
segundo JoãoMohana.
3.1 -
Definição
dos Conceitos
O
quadro
'a seguir visa facilitaro
entendimento dos conceitos da teorista ecomo
foram
trabalhadosna
UTI.Sendo que
todos são igualmente importantes, independentes daordem
de
apresentação.QUADRO
O1 - Conceitosda
teoria dasNHB
deHorta
ecomo
estes foram trabalhados naUTI.
Conceitos
segundo
Wanda
de AguiarHorta
Conceitos propostos parao
trabalho71-sERrnnúANo/nunvfinxâ
É
um
todo, estáem
constante interaçãocom
o
universodando
e recebendo energia.A
dinâmicado
universo provocamudanças
que
o levam
a estados de equilíbrio edesequilíbrio
no
tempo
eno
espaço.Os
desequilíbrios geram,
no
serhumano
necessidades
que
se caracterizam por estadosde tensão conscientes
ou
inconscientesque o
levam
a buscar satisfaçãode
taisnecessidades para manter seu equilíbrio
dinâmico
no
tempo
eno
espaço (Horta,1979)
O
indivíduo, paciente internado naUTI,
éum
todo, serhumano
indivisível e único; estáem
constante interaçãocom
o
ambientedando
e recebendo energia, possuidesequilíbrios de
NHB
a nívelpsicobiológico, psicossocial
ou
psicoespiritual.
Quando
possível, é elementoativo na busca de satisfação
de
suasnecessidades,
podendo
estar totalou
parcialmente dependente da enfermagem, de
outros profissionais de saúde e dos familiares, para recuperar seu equilíbrio
Conceitos
segundo
Wanda
de Aguiar Horta Conceitos propostos para o trabalho¿ 2 -
SER HUMANO/FAMILIARES
É
um
todo, estáem
constante interaçãocom
o
universodando
e recebendo energia.A
dinâmica
do
universo provocamudanças que
o
leva a estados de equilíbrio e desequilíbrio.Por
suas caracteristicas étambém
agente demudança
no
universo dinâmico, osdesequilíbrios
geram
necessidadesque
precisam ser atendidos para manter seu
equilíbrio dinâmico
no
tempo
- eno
espaço(Horta, 1979)
A
famíliado
paciente daUTI,
éum
todoem
constante interação e transformação
com
oambiente,
dando
e recebendo energia. Seusmemlâros estão unidos por laços
cosanguíneos, de interesse e
ou
afetividade,formando
uma
unidade biológica, cultural,social e espiritual, influenciados por
uma
cultura e nível sócio-econômicos. Pessoas
que
convivem,com
uma
estrutura e organizaçãoque
também
viveem
constante transformação,com
objetivos comuns.Sendo
uma
de suas principais funções,promover
aestabilidade de seus
membros,
assimcomo
servir de ponto de apoio ao indivíduo.
Todavia, sua estrutura é abalada sempre
que
alguns de seusmembros
são acometidos porfatos
que
interferemem
sua vivência.Em
especial, se este fato estiver relacionado ao processo saúde I doença, peculiar a cada ser
humano.
Agravando-sequando o
mesmo
necessita de tratamentos intensivos,
onde
seumembro,
toma-se dependente de fatores forado
alcance familiar, fazendo_com
que amesma
sinta-se impotente frente a situaçãocrítica apresentada e desconhecedora
de
suaimportância. Justificando assim a relevância
de prestarmos assistência a esta família
que
sente-se tão abalada quanto ao seu
membro
hospitalizado, influenciando desta maneira, a
forma
como
o
paciente percebe a sua doença, ambiente, equipamentos e tratamentos aos quais é submetido, durante a sua internaçãona
UTI.Porque
consideramos a “instituiçãofamília”,
como uma
das mais importantesinstituições
da
sociedade, a qualque
opaciente fez, faz e fará parte.
\
Conceitos
segundo
Wanda
de Aguiar Hortaq Conceitos propostos para o trabalho
3
-NECESSIDADES
HUMANAS
BASICAS
* .Q
Estado de tensão, conscientes
ou
inconscientes, resultantes dos desequilíbrios
homeodinâmicos
dosfenômenos
vitais.As
NHB
são universais Oíorta, 1979)São
conjunto de entesdo
serhumano,
cujasfunções
podem
ser representadas pela buscado
necessário.,
Necessidades: são entes dos seres vivos e
da
enfermagem, representadas pela busca
do
necessário, identificáveis
em
qualquer estadoem
que o
indivíduo se encontre.As
necessidades
formam
uma
basede
necessidades e são fundamentaisou
particulares.
A
totalidade de seus entescaracteriza a individualidade, unicidade e
indivisibilidade
do
serhumano.
As
necessidades caracterizam-se
também
por serem universais, latentes, vitais, fiexíveis,constantes e infinitas. (Paula, 'l985).
Os
pacientes submetidosao
tratamentointensivo, apresentam quase
que
todas suasNecessidades
Humanas
Básicas,em
desiquilíbrio.
Sendo que
estepode
prevalecertanto a nível psicobiológicos, psicossocial
ou
psicoespiritual,
dependendo
de cada paciente.*
Anexo
I: Classificação das NecessidadesConceitos
segundo
Wanda
de
AguiarHorta
Conceitos propostos parao
trabalho_ 4/5 -
SAÚDE
/DOENÇA
Saúde: “estado
de
equilíbrio dinâmicono
tempo
e espaço” (Horta, 1979).Doença:
“estadode
desequilíbrio U¬Iorta,1979).
Ç
A
palavra saúde éum
tanto subjetiva edepende da
interpretação de cadaum,
pois oque
é saúde para nós,pode
serdoença
paraoutros.
Para
o
indivíduo internadoem
UTI
é acapacidade deste de reagir, perante
uma
situação
que
o oprime. Levando-seem
consideração
que
cada indivíduo reage deforma
diferente diante das situações à qualestá sendo submetido.
E
doença
para estes indivíduos não consisteno
oposto de saúde,mas
ambas
sãoconcepções diferentes
que
podem
estarparalelas, congruentes
ou
opostasem
determinadas ocasiões.
Quanto
a doença, esta não trata-se de algo negativomas
sim, da respostado
corpo; deuma
reaçãodo
organismo;um
sinal deque
algo o esta perturbando, à nível bío-psico-
sócio-espiritual. 6 -
INTERAÇÃO
É
aforma
atravésda
qual se processa a trocade
energia entreo
serhumano
eo
universodinâmico (Horta, 1979)
É
o
processo de troca de energia entre ospacientes
de UTI,
seus familiares eo
ambiente
que
os cerca.O
pacientede UTI,
no meio
de muita tecnologia e complexidade,às vezes é esquecido
ou
relegado asegundo
plano.
Sendo
importanteque
ocorra arelação pessoa à pessoa de
forma
intensa,verdadeira e espontânea, procurando assim,
amenizar a hostilidade e mecanização
do
ambiente.Conceitos
segundo
Wanda
de Aguiar Horta Conceitos propostos para o trabalho). 7 -
ENFERMAGEM
É
a ciência e a arte de assistiro
serhumano
no
atendimento de suas necessidadeshumanas
básicas,de
tomá-lo independentedesta assistência
quando
possível, pelo ensinodo
auto-cuidado; de recuperar,manter,
promover
a saúdeem
colaboraçãocom
outros profissionais (Horta, 1979).É
a ciência e a arte de assistiro
paciente deUTI
'e seus familiares,no
atendimento desuas necessidades
humanas
básicas à nivelpsico-bio-sócio-espiritual. Procurando
atender o paciente e família
em
conjuntocom
outros profissionais, afim
de recuperar,manter e
promover
a saúdeem
ambos.Assistir os familiares para
que
osmesmos
tomem-se
aptos a participardo
processo de atendimento das suas NecessidadesHumanas
Básicas e de seu
membro.
1'
8 -
ENFERMEIRO
É
um
serhumano
com
todas as suasdimensões, potencialidades e restrições,
alegrias e frustrações, é aberto para
o
futuro,para a vida e nela se engaja pelo
compromisso
assumidocom
a enfermagem. Essecompromisso
levou-o a receberconhecimentos, habilidades e
formação
deenfermeiros, sancionados pela sociedade que
lhe outorgou
o
direito de cuidar de gente, deoutros seres
humanos
(Horta, 1979)Enfermeiro
da UTI,
éum
serhumano
com
todas as suas dimensões, potencialidades e
restrições, alegrias e fiustrações, é aberto
para o futuro, para a vida e nela se engaja pelo
compromisso
assumidocom
aenfermagem
de prestar assistência asNHB
anível psico-bio-sócio-espiritual
do
paciente efamília submetidos a terapia intensiva,
tornando-os independentes quanto possível
desta assistência, pelo recebimento de conhecimentos e habilidades fomecidos pela sua formação profissional e outorgados pela sociedade a cuidar de gente.
“ 9 -
ASSISTIR
EM
ENFERMAGEM
É
o fazer pelo serhumano
aquiloque
elenão
pode
fazer por simesmo;
ajudarou
auxiliar
quando
parcialmente impossibilitadode se autocuidar, orientar
ou
ensinar,supervisionar e encaminhar a outros _profissionais (Horta, 1979)
É
atender as necessidadeshumanas
básicasdo
paciente daUTI
e seus familiares a nívelpsico-bio-sócio-espiritual, fazendo aquilo que
eles
não
conseguem
realizar por elespróprios, ajudando, orientando e
encaminhando
a outros profissionais.Conceitos
segundo
Wanda
de Aguiar Horta Conceitos propostos parao
trabalho1o _
As
s1sTÊNc1A
DE
ENFERMAGEM
É
a aplicação pelo(a) enf`ermeiro(a)do
processo de
enfermagem
para prestaro
conjunto
de
cuidados e medidas que visamatender as necessidades básicas
do
serhumano
(Horta, 1979).Em
UTI,
é a aplicação pelo(a) enfermeiro(a)do
processo deenfermagem
como
forma
desistematizar assistência, prestando os
cuidados
que
visam atender as necessidadesbásicas
do
serhumano,
respeitando asprioridades de cada um.
°
ll -
CUIDADO
DE
ENFERMAGEM
É
a ação planejada, deliberadaou
automática do(a) enfermeiro(a), resultante de
sua percepção, observação e análise
do
comportamento, situação
ou
condiçãodo
serhumano
(Horta, 1979).É
a ação e interação direcionada ao pacientede
UTI
e seus familiares, pormeio
deprocedimentos, contatos fisicos e pessoal,
visando previnir, minimizar
ou
eliminar seus problemas.K 12 -
PROBLEMA
DE
ENFERMAGEM
São
situaçõesou
condições decorrentesdo
desequilíbrio das necessidades básicas
do
indivíduo, família e comunidade, e
que
exigedo(a) enfermeiro(a) sua assistência
profissional (Horta, 1979)
São
situaçõesou
condições, apresentadaspelo paciente de
UTI
e seus familiares,decorrentes
do
desequilíbrio, de suas necessidadeshumanas
básicas, identificadas pelo paciente, famíliaou
profissional desaúde,
que
exigedo
enfermeiro sua açãoprofissional.
13 -
AMBIENTE
x,
Diz
respeito a todas as condiçõesdo
ecossistema
que permitem ao
indivíduo atender correta e completamente suas necessidades- taiscomo:
ambiente fisico,normas, regulamentos, grupo social, família e
outras condições
do
ecossistema (Horta,1979)
É
tudo oque
cerca, envolve, influencia e agesobre
o
paciente daUTI
e seus familiares deforma
diretaou
indireta.3.2 -
Processo
de
Enfermagem
segimdo
Wanda
de Aguiar Horta
e
Adaptações
” O~ processo
de enfermagem, segundo
Horta
(1979, p. 35), “é a dinâmica das açõessistematizadas e interrelacionadas visando a assistência ao ser
humano”.
A
autorapropõe O6
(seis) fases
ou
passos para a elaboraçãodo mesmo, que
serão descrito a seguir:/
Histórico de
Enfermagem:
é caracterizadocomo
o
roteiro sistematizado para o levantamento de dadosdo
serhumano,
o que permite a identificação de seus problemas. Foiutilizado pelas acadêmicas o roteiro de histórico, aplicado na 5”
Unidade
Cunicular(Anexo
II ).
Assim
como
para obtermos a avaliação neurológicado
paciente, utilizamos a Escala deComa
de
Glasgow,(Anexo
III ).Diagnóstico de
Enfennagem:
é a identificação dasNHB
do
indivíduo que necessitade atendimento e a determinação
do
grau de dependência deste atendimentoem
natureza e extensão. Duranteo
curso de graduação, não foi realizado pelas acadêmicas o diagnósticode Horta, pelo fato deste apresentar demasiado grau de complexidade, optando-se por
outros diagnósticos a serem escolhidos pela determinada disciplina apresentada.
Por
isso, optou-se trabalharcom
o
diagnóstico deNANDA
(NorthAmericamn
Nursing DiagnosisAssociation), por considerarmos
que
este enquadra-se melhor aos objetivos propostos pelasacadêmicas, apesar de
conhecermos
superficialmente a sua operacionalização. Estediagnóstico apresenta padrões funcionais de saúde sendo eles: padrão
de
percepção emanutenção da
saúde:- padrão nutricional metabólico
- padrão de eliminação
- padrão de atividade e exercício
26
- padrão de sono e repouso
- padrão perceptual cognitivo
- padrão de autopercepção e autoconceito - padrão de relacionamento de papéis
~ padrão sexual reprodutivo
- padrão de tolerância
do
stresse- padrão de crenças e valores
e padrões de respostas humanas:
- trocar: envolver, dar e receber
mutuamente
- comunicar: envolvendo o envio de
mensagens
- relacionar: envolvendo o estabelecimento de vínculos
- valorizar: envolvendo atribuições de
um
valorrelativo
- escolher: envolvendo a seleção de
altemativas
- mover: envolvendo atividades
- perceber: envolvendo a recepção de informações
- conhecer: envolvendo
o
significado associadocom
a informação
- sentir: envolvendo
uma
consciência subjetivada
informação.Plano Assistencial: é a determinação global
da
assistência deenfennagem que o
indivíduo deve receber diantedo
diagnóstico estabelecido. Este passo,não
foi utilizadopelas acadêmicas.
Plano de Cuidados
ou
Prescrição deEnfermagem:
é a implementaçãodo
plano assistencial pelo roteiro diárioque
coordena a ação da equipe deenfermagem
na execuçãodos cuidados
adequados
ao atendimento das necessidades básicas e específicasdo
serhumano.
Evolução
de Enferrnagem: éo
relato diário dasmudanças
sucessivas queocorrem
com
o
indivíduo, enquanto estiver sob assistência profissional.A
evolução foi realizadaatravés
do
método
orientado para o problema (sistemaWeed)
que está fundamentadono
método
científico, sendoque
esta evolução foi aplicado, tantona
UTI como
na
unidade deinternação e posteriormente
no
dorniciliodo
paciente.Na
visita domiciliar alémdo
SOAP,
foi utilizado
um
formulário.(Anexo
IV).As
notas de evolução são divididosem
quatropartes, designadas pela sigla
SOAP
que correspondem
respectivamente a:S -
Dados
Subjetivos - são informações e observaçõesdo
paciente (família, amigosou
reponsáveis) sobre elemesmo,
ou
seja, oque
o paciente sente, observa e/ou acredita ser.O
-Dados
Objetivos - são observaçõesou
dados mensuráveis obtidos por elementosda
equipede
saúde e/ou enfermagem, taiscomo
observações clínicas (sinais e sintomas),resultados de
exames que requerem
ações de enfermagem, resultados da execução decuidados, tratamentos, orientações, etc. Utilizar-se-á a Escala de
Coma
de Glascow, paraavaliação neurológica
do
paciente.i
A
- Análise - explica e interpreta o significado dos dados objetivos e subjetivos.Aqui
o
profissional registra a sua opinião sobrecomo
definiro
problemanum
grau de maiorprecisão. Avalia ao
mesmo
tempo
a evoluçãoda
conduta adotada e a identificação denovos
problemas.
Devem
estar incluídas as razões para manter,mudar
ou
abandonar a conduta.P
- Plano -o
plano representa a decisao paratomar
uma
conduta específica, baseadaPrognóstico de
Enfennagem:
é a estimativa da capacidadedo
serhumano
em
atenderas suas necessidades básicas após a implementação
do
plano assistencial e à luz dos dadosfornecidos pela evolução de
enfermagem
(Horta, 1979, pag. 68). Indica as condições que opaciente atingiu na alta hospitalar, se este encontra-se independente para o auto cuidado, seu prognóstico é considerado
bom,
se considerado dependenteo
prognóstico é ruim.V
OBS.:
Os
seguintes passosdo
processo:. Histórico
. Prescrição
.
Evolução
Foram
anexados ao prontuário dos pacientes assistidos pelas acadêmicas, adaptadosà partir dos formulários utilizados
no
Hospital Universitán'o(HU)
(Anexo
V).4
-METODOLOGIA
4.1 - Característicasdo
Local
O
trabalho foi desenvolvidona
UTI
do
HospitalGovernador
CelsoRamos,
localizado à
Rua
Innã Benwarda, 205 na
cidade de Florianópolis - SC. Sendo, esteum
órgão público, pertencente a Secretaria Estadual de Saúde.
A
UTI
deste hospital é dereferência neurológica,
mas
além disso atende pacientescom
problemas cardíacos epacientes
em
situação de pós operatório de risco. Esta, é a maiorUTI
de Santa Catarina,construída recentemente dentro dos padrões estabelecidos pelo Ministério
da
Saúde, tendo aenfermagem
participado ativamentedo
processo de planejamentoda
obra. Foi inauguradaem
março
de 1994.Localiza-se
no
3° andar,próximo do
centro cirúrgico, centro de material eesterilização,
banco
de sangue e laboratório de plantão e está isoladada
circulação. Possuium
totalde
14 leitos, sendoque O2
são para isolamento.Sua
estrutura fisica é dividida em:área para estocagem de material e equipamentos, sala de utilidades, posto de -enfennagem,
sala de reuniões, sala de visitas, secretaria, sanitários, vestiários, laboratório, quarto para
plantonista, copa, sala de lanche, depósito de material de limpeza, expurgo, rouparia, área
para recepçao
do
paciente e salada
chefia de enfermagem.Os
dados referentes aos recursoshumanos
e indicadores hospitalaresda UTI,
serão apresentadosno
capítulo 6.4.2 -
População Alvo
A
população alvodo
trabalhoforam
os pacientes submetidos a tratamentossendo
que
estes deveriam residir na grande Florianópolis.O
número
total de pacientes foi de 31 (trinta um), aquem
foram
aplicados o processo deenfermagem
deWanda
de AguiarHorta,
com
suas adaptações,conforme
citado anteriormente.4.3 -
Etapas
da Implementação
Duas
acadêmicas prestaram assistência integral ao paciente sob sua responsabilidade,durante todo o periodo de internação na UTI.
Quando
o
paciente era transferido para aunidade de intemação, à partir
do
terceiro dia, efetuávamos duas visitas semanais, nestaunidade e
uma
visita domiciliar.A
visitana
unidade de intemação era realizada à partir das 11:00 horas nos diasestipulados
no
decorrerdo
estágio, assimcomo
a visita domiciliar, foi realizada às sextasfeiras,
uma
semana
apóso
paciente receber altada
unidade.O
estágio foi desenvolvido altemadamente cadasemana no
período matutino evespertino, nos horários das 7:00 às 11:30 h. e das 13:00 às 17:30 h.
Sendo
que, cadaacadêmica efetuou
um
plantaonotumo.
Segundo
Kawamoto,
(1995, p. 35-39), “a visita domiciliar consisteem
ações de saúde coletadas tanto para a assistênciacomo
para educação”.Sua
importância estáno
fatode se realizar
no
ambiente fisicodo
paciente, oportunjzandouma
avaliação das condiçõesambientais e fisicas
em
que
vivem
pacientes e suas famílias.A
enfermagem
leva ao domicíliodo
paciente assistência e orientação sobre saúde atravésda
supervisão dos cuidadosdesenvolvidos pela familia
ou
próprio paciente.Bem
como
orientação e/ou execução dos cuidados de enfermagem, levantamento das condições de saneamento e orientações geraissobre assuntos de higiene, etc.
Acreditamos
que
as vantagens da visita domiciliar incluemum
planejamento dasações
da enfermagem
de acordocom
as condições observadasno
domicílio,um
melhorrelacionamento
do grupo
familiarcom
o profissional, maior liberdade para se expor os maisvariados problemas, -
As
desvantagensficam
por conta dos horários, maior gastodo
tempo
e de custo,em
relação a locomoção.
A
avaliaçãoda
VD
(visita domiciliar) sedeu
atravésdo
plano de visita, dos pontospositivos e negativos observados e se a família progrediu
na
resolução de seus problemas.A
execução
da
VD,
pode
serda
responsabilidadedo
enfermeiro, visitador domiciliarou
auxiliar/ técnico de enfennagem.
É
necessárioum
conhecimentoadequado do
assunto, pois as necessidades eproblemas são muitos diversos, exigindo
do
profissional medidas próprias a cada caso.4.4 -
Proteção dos
DireitosHumanos
Todos
os pacientes conscientes e seus familiares foram previamente consultadosquanto ao interesse
em
participarou
nãodo
nosso trabalho.No
caso de pacientes inconscientes a autorização era pedida a seus familiares, tendo sido garantido o anonimato eliberdade de interromper sua participação a qualquer
momento.
Além
de terem abertura paraexpressar através de relatos, suas opiniões, reclamações e sugestões frente a assistência
recebida.
Aos
inconscientes a partir da evolução de seu quadro,eram
informados esolicitados a continuarem a fazerem parte
do
trabalho.Não
houve
nenhum
caso de recusa-.-agr
ai/
'S 7»Biblioteca Universitária
Í
UFÊG
4.5 -
Planejamento das
Ações
oBJET1vos
ESTRATÉGIA
AVALIAÇÃO
1.
Conhecer
oscomponentes
da administração e recursos
humanos
e indicadoreshospitalares da
UTI
do
HGCR.
- Apresentar equipe de
enfermagem
daunidade os objetivos
do
estágio.- Observar a coerência na
distribuição
de pessoal por
tumo
de trabalho.- Averiguar os critérios para
a
distribuição de tarefas.
-
Reconhecer
asnormas
e rotinastécnicas administrativas
supervisionando e avaliando as
execuções
na
prática.- Consultar
0
material disponível naunidade.
- Conversar
com
escriturário sobrematerial de expediente.
- Investigar
como
é feitoo
controle dematerial.
- Observar se
há algum
processo dedesinfecção na unidade e
como
é feito.- Elaborar cálculo de pessoal de
acordo
com
a realidade da unidade.-
Acompanhar
a enfermeira naelaboração da escala de serviço.
- Proporcionar encontros
com
aequipe de
enfermagem da
unidade afim
de discutir assuntos de interessecomum.
- Observar a cooperação
da
equipecom
a chefia de enfermagem.- Auxiliar a equipe na prestação de
cuidado ao paciente.
- Averiguar a evolução diária de todos
os pacientes.
-
Acompanhar
passagem
de plantãodiariamente assim
como
efetuá-la.- Identificar
na passagem
de plantãoas prioridades dos pacientes.
- Realizar
um
plantãonotumo.
O
objetivo será considerado alcançado se os alunosno
finaldo
estágio conseguirem descrever e analisar oscomponentes
da administração e recursoshumanos
e indicadores hospitalares daUTI
do
HGCR.
33OBJETIVOS
ESTRATÉGIA
AVALIAÇÃO
2 - Viabilizar ahumanização
da
assistência deenfermagem
na
UTI,
consideradao
“corredor da vida eda
morte”..- Respeitar a privacidade
do
paciente. - Evitar comentários impróprios frenteao
paciente, independentedo
nível deconsciência.
- Prestar orientação e esclarecimentos
concretos ao paciente e família a
respeito
do
que é aUTI,
normas
erotinas
da
unidade.- Personalizar o atendimento,
chamando
o
paciente pelo seunome;
não
utilizar denominações imprópñas;prestar cuidados individualizados,
reconhecendo-o na sua totalidade
como
um
ser bio-psico-sÓcio-espiritual.
- Estimular a colaboração
do
pacienteem
seu tratamento.- Explicar previamente ao paciente os
procedimentos a serem executados e
aparelhagem
em
uso.- Infonnar a família sobre a real
situação
do
paciente assimcomo
osprocedimentos submetidos ao
mesmo
e alterações que ocorra
com
seuestado fisico e emocional.
-
Compreender
e aceitar oscomportamentos
apresentados pelos pacientes e familiares.- Tentar sanar
na medida do
possívelas causas de ansiedade
do
paciente efamília.
- Saber escutar
o
paciente, facilitar suaverbalização através
da
escrita, mímica, valorizando suas queixas.- Estabelecer
um
laço deconfiança
com
paciente, família,demonstrando
seriedade e responsabilidade
profissional.
- Proporcionar ambiente calmo,
tentando diminuir os agressores
do
ambiente
como:
barulho excessivo,conversas impróprias, solicitação
O
objetivo seráalcançado se as
acadêmicas conseguirem
estabelecer a relação
pessoa à pessoa junto
a paciente/família e
equipe de