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UNIVERSIDADE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIENCIEE DA EAÚDE ' CURSO DE cnggpàçäo Em ENFERMAGEM EEAEâLEo DE coucLusÃo DE cnnso
PROJETO
,AvAL1AçÃo nos EEsULTAnos DÁ UTILIEAÇÃQ DE UMA
â' METonoLøcIA DE ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM EE
E W UMA CEECEE PúEL1cA
l'lC2l ‹ 4.4 0068 dos da e ass s e 022
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..- *:.' 3; B CCSM TCC UFSC ENF 0068 Ex. -1 ELon1ANÓPoLIs,_mARço DE 1986EL1zETE BESEN
MARIA DE Lovnnss câmros
Rosa MARIA JUNCKES
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ORIENTADORA E SUPERVISORA: MARIA 'l`EREZA'LEOPARDI DA ROSA
E SE SOMOS SEVERINOS IGUAIS EM 'IQ
no nú vrnâ uonnnmbs DE Honra
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É A Monrn que ss nonns ns vsLa1cE
ànrss nos rnrnrâ, na Emnoscànâ
Aurea nos vznrs, na roms um Pouco
Poa nxâ (na rnàquszà E na nosnçâ É aos fà Honra ssvsnlnà AIACA Em
QUALQUER Inânn E ATÉ csnra nÃo
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João CABRAL nn mELo Nato x š l I u E
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1. TEORIA DE IMOGENE KING - TEORIA DO ALCÂICE DOS
OOOOOIOOOO'OOOOIOOOOO0000000000000OOOOOIOOOOOI' 1.1. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS DA TEORIA D0 ALCANCE `
OOOOOOCOOOODOOIOOO.-Õ:OOOOOOOOO0.00CÓ
111 - nEsumo EA Elsrónxfi E EE1cÃc1A nàš cREcáEs ... 16
Iv - nlâcnósrlco DA cEEcEE SANTA INES ... 1a 1. 1nENr1E1çÃo ..}... 1a 2. oBJET1vo DA cEEcHE ...J... 18
3. REGIME DE ArEEn1mENTo ...¡... E9 4. cL1EuTELA ...;... 19
z 5. calrfinxos DE sELEçÃo ur1L1zAnos ... 19
6. ÁREA Eíslcâ INTERNA ...,... 20
7. ÁREA Eísxcâ Exrsnnâ ...¡... 22
e. coNn1ÇõEs DE sANEAMENTo ... 22
9. Escuasos E1NANcE1nos ... 23
1o. EEcEnsos Eunâmos ...L... 23
110 OOOOOOOOOOOOOOOCIOOOOIOOIOOI0000000
OIOOOÔÓÓ'ÓODO0.0UOÕOOCÓIOÓÓÓOÕÓÓÍÓÇÓ.Ô
V - FATORES QUE DETERMINAM A CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO
DE OOOÓUOOOIOÓÍOOIOOOIOUCOOOOIÕOOOCIOOOIOOOOOOO 2
1
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1. REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO E LOCALIZAÇÃO ... 26 20 OOOIIIOOUOOOIOOOOOOOIIOO00000000100000000 30 IOQIOIOOIOIOOOOOOOOOOOIOOOIIÓOO
v1-omaiwm..H.".".“."."~.".".“.“.H."."."."
1. oBJEr1vos GERAIS ... 2. oBJET1vos Esrscírlcos ... VII - mzrononoclâ ...;.;... v111 - cnonocnàmâ ... ...Ixt
.OÍ#Ó...ÓIÓOÓOOOOIIÍÓOÓCOOOOIÓÔOOIÍOOIOÓIÓÔÓÍÓ x - Rsrsnfincxàs B1BL1ocnÃF1cAs ... 40 ANEXOSf
A assistência governamental ã infância, nos paises sub-desen
volvidos constitui-se num ponto fundamental para o futuro da nação,
no que Êiz respeito ao seu desenvolvimento político-socio-econômico.
Um país que apresenta um planejamento de assistência qualitativa e
quantitativa para a população e que execute esse planejamento, aval;
ando-o constantemente, estará trabalhando sobre uma das variáveis
mais importantes e decisivas para o seu desenvolvimento. V
Governos de vários países têm notado a`importância de pres~
tar um correto e completo atendimento às crianças. Desta forma, re~
presentantes de setenta e oito nações aprovaram o texto elaborado pg
lo Comitê Social Humanitária e Cultural da Assembleia Geral das Na-
cões Unidasl em 1959, que resultou na Declaração Universal dos Dire;
tos da Criança. '
É consenso geral que a assistência ã infância deva ser consi
derada uma área de atendimento prioritário. O problema ë complexo e,
ao falarmos em criança, devemos ter em mente que ela se encontra in-
serida em um contexto social que se inicia na unidade familiar.e que
esta se insere na comunidade, municipio, estado e pais. Sabemos que
o alicerce do adequado equilibrio bio-psico-social futuro do indivi~
duo origina~se e fundamenta-se na primeira infância, alcançando o au
ge no decorrer de seu crescimento e desenvolvimento, refletido-se pg
sitiva ou negativamente na vida adulta. Em países menos desenvolvi ~
prioritários, não sõ por ser a saude uma manifestação do processo de
adaptação física, biológica e social do homem ao meio ambiente, mas
por ser a infância a época mais oportuna para se desenvolver esta a-
daptabilidade.
Acreditando que podemos ter uma experiência importante para
o nosso amadurecimento profissional e que temos capacidade para aju-
dar na criação de condições para esta adaptabilidade, resolvemos de-
senvolver o estagio na área infantil, numa creche de um bairro peri-
férico da Grande Florianópolis.
Milhões de pessoas morrem de enfermidades curãveis e evitã-
veis, ou sobrevivem com grandes sequelas físicas ou mentais, decor-
rentes da precária ou inexistente atenção sanitária elementar. É ex- tremamente difícil expressar extensão desta ausência, quando o indi-
víduo em questão ê uma criança. O numero de creches tem aumentado
consideravelmente nos ultimos anos, motivado pela necessidade de me-
lhorar o atendimento à criança, o que tem se definido como mais uma
conquista popular do que um comprometimento real nos programas poli-
ticos dos governos. Alêm disso, o trabalho realizado em uma creche não deve voltar-se somente para a criança em particular, mas ser "um
I ..
todo integrado" visando sempre o bem estar da criança na família e
comunidade. ` '
`
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›
A partir destas reflexões optamos por trabalhar com as criag
ças da Creche Santa Inês em Barreiros, órgão de assistência da Pre -
feitura Municipal de São Jose. Essa creche compflrfifiâ Gm P°Tí°d° intâ
gral (O7 às 18:30 hs), noventa crianças, na faixa etária de O2 ã 06
anos, que frequentemente estão expostas aos mais variáveis estresse-
res biolõgico-sociais, necessitando mobilizar seus recursos indivi -
duais e familiares para atingir o potencial máximo para vivef no dia
a dia de modo a poder"funcionar nos seus papeis sociais" (King p.w_,
o
V
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Nosso objetivo com a aplicação deste projeto ë promover uma'
relação interpessoal com os funcionários de modo a facilitar o apri
moramento dos‹mmmecimentos relativos à saúde, assim como, promover a
implantação de um programa de assistência às crianças em seu proces-
so de integração com seus sistemas sociais, auxiliando-as a suprir
suas necessidades básicas, na realização de suas atividades diárias
e a enfrentar estas necessidades com saúde ou doença, nos ãfiiííerentes
momentos do seu ciclo vital, promovendo desta forma, um melhor nível
de crescimento e desenvolvimento (Adaptado do conceito de_Enfermagem
de King). e
Para que este trabalho se desenvolva de forma adequada e a
assistência seja condizente com as necessidades da criança, um dos
aspectos fungamentais ë o estabelecimento de planos de assistência,
embasados por uma teoria que nos direcione da melhor forma tpossível
ao alcance dos nossos objetivos, englobando a criança no seu contex-
to social, pois conforme Kinás, "o ser humano ë um ser social, racig
nal e pensante, que possui habilidades para perceber, sentir, esco - lher dentre alternativas o seu curso de ação e estabelecer metas e/ ou objetivos". A enfermagem a partir deste pressuposto ê definida cg
mo; "Um processo de integração humana entre enfermeiro e cliente pe-
lo qual cada um percebe o outro e a situação, e através da comunica-
ção estabelece objetivos, exploram os meios e concordam com os meios
para atingir os objetivos".
A teoria do Alcance de Objetivos de Imogene King, foi sele á
cionada porque compartilhamos com a autora em muito dos seus concei-
tos e por entendermos ser aplicável neste tipo de serviço. O princi-
pal foco da teoria ê de que "cada se humano percebe o mundo como uma
pessoa total â medida que estabelece transação com indivíduos e coi-
sas do meio ambiente". Em uma das suas afirmações a autora diz que; "se são'feitas transações entre enfermeiro-e cliente, o crescimento
e desenvolvimento serão fortalecidos". A escolha de uma teoria de eg
fermagem para fundamentar a assistência ã cliente1a'da creche foi bg
seada nos pressupostos de que a teoria:' ã
;
a) Ajuda a clarificar conceitos sobre o homem, saude, socie-
dade, enfermagem e sobre a razão deste indivíduo necessitar de enfeg
magem; ,
b) Ajuda-nos a refletir e integrar, na prática, o que pensa-
mos, o que fazemos e porque fazemos; '"
c) Proporciona fundamentação teorica para o desenvolvimento
de uma metodologia de assistência de enfermagemô. ,
Não podemos deixar de ressaltar a importância de uma equipe
de trabalho selecionada com preparo, capaz de estabelecer uma re1a,$ ção de afetividade sadia, criando um ambiente de estimulação, no mí-
nimo satisfatõrio, e o importante papel que o enfermeiro pode desen-
volver nesta equipe, estendendo-se deste a prestação da assistência
direta à criança até a atuação junto ã família e junto a equipe de
11 - rtmnàmsmiçlo náönicâ
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1
' .
1. TEORIA DE IMOGENE KING - TEORIA-DO-ALCANCE DOS OBJETIVOS
`
v
Êara a elaboração deste planejamento utilizamos a teoria de
Imogene King - Teoria do Alcance dos Objetivos, que engloba um con-
junto de conceitos e definições, pressuposições e proposições inter-
relacionadas, que mostram uma idéia global dos elementos essenciais
no campo da pesquisa. Para isso, King visualiza a-prática da enfermg
gem envolvendo individuos e grupos no sistema social. Sua utilidade
ê obviamente empregada em campos de atuação onde se ddseja que os ig
divíduos mantenham ou desenvolvam sua autonomia, participem constan-
temente dos cuidados e tenham responsabilidade e interesse crescen-
tes pelos assuntos envolvidos com a saúde. A teoria teve sua cria»
ção baseada na teoria dos sistemas abertos. Embora a assistência a'
saúde receba influências dos sistemas pessoal e social, King limita
sua teoria nas características das relações interpessoais, objetiva;
do transações que culminam com o alcance dos objetivos.
Consideramos essencial para o enfermeiro, o entendimento das
formas como os indivíduos interagem nos seus ambientes para manterem a saúde, pois isso os ajuda a promover a saúde, prevenir doenças e a
cuidar das pessoas doentes e/ou incapacitadas. Importante, também 6
o conhecimento de uma teoria para fundamentar a prática da enfermapú
gem. Para a elaboração da teoria do Alcance dos Objetivos, King con-
tados de saude, significando uma habilidade para funcionar nos seus papéis sociãšs. Filosoficamente, King pressupõe os indivíduos como seres sociais, pensantes racionais, que controlam, que tem propõsi-
tos, que recebem, que reagem, orientados e dirigidos para a ação. No
que diz respeito a interação enfermeiro¬cliente, King afirma:
-a) "As percepções do enfermeiro e do cliente influenciam o
processo de interação; '
b) Objetivos, necessidades e valores do enfermeiro e cliente
influenciam o processo de interação;
c) Os indivíduos têm direito de conhecimento sobre si mesmos;
d) Os individuos têm direito de participar nas decisões que
influenciam sua vida, sua saude e serviços comunitários; _
e) Os profissionais de saude têm responsabilidade de compar-
tilhar informações que ajudem os individuos a tomarem decisões com base na informação sobre seu cuidado de saúde;
f) Os individuos têm direito de aceitar ou rejeitar o cuida-
do a saúde;
zg) Os objetivos dos profissionais de saúde e os objetivos
dos receptores do cuidado a saude podem ser cóngruentes.'
'
Partindo dessas pressuposições, King elaborou proposições,
que descrevem as relações entre os conceitos que compõe a teoria do
Alcance dos Objetivos, sendo que algumas das proposições dizem res -
peito ao processo e outras aos resultados. São~elas:
a) "Se a percepção acurada está presente nas interações en-
fermeiro-cliente, ocorrerão as transações;
b) Se enfermeiro e cliente fazem transações, os objetivos eg
rão atingidos; '"
c) Se os objetivos forem atingidos ocorrerão satisfações; ;
d) Se os objetivos forem atingidos ocorrerá cuidado de enfeg
magem efetivo;
e) Se são feitas transações nas interações enfermeiro-clienê
te o crescimento e desenvolvimento serão fortalecidos;
f) Se as expectativas do papel e o desempenho do papel. como
são percebidos pelo enfermeiro e cliente são congruentes, "ocorrerão
transações;
g) Se o conflito de papel ê experienciado pelo enfermeiro ou
cliente ou ambos, ocorrerá estresse nas interações enfèrmeiro-clien-
te;
comunicam informações apropriadas para os clientes, ocorrerá mútuo
estabelecimento de objetivos e obtenção do objetivo."
Kingadefine o processo de enfermagem como "um processo dinâ-
mico interpessoal, em curso, no qual enfermeiro e cliente são vistos
como um sistema, cada qual afetando o comportamento do outro, e am- bos sendo afetados pelos fatores dentro da situação". 0 processo in-
clui: ação, reação, interação e transação, no qual enfermeiro e cli-
ente participam de informações sobre suas percepções na situação de enfermagem, reconhecem os problemas ou preocupações, organizam obje-
tivos mutuos, exploram e concordam com os meios para atingir os mag
mos. 0 modelo de registro que King propôs inclui:
a) Dados de base; histõrico de enfermagem, histórico médico,
exame físico, resultados de exames laboratoriais e Rx, informações
de familiares e outros profissionais; _
_
b) Lista de problemas: serve de guia para identificar o diag
nõstico de enfermagem e planejar a assistência;
c) Lista de objetivos; ajudam o indivíduo a atingir o estado
de saúde desejado;
jd) Plano: subjetivo, objetivo, análise, plano;
f e) Evolução: sumário final.
1.1. DEFINIÇÃO DE CONCEITOS DA TEORIA DO AL¿ANCE DOS OBJETIQ
5 6 ' VOS ' .- I . 1 \ 4 _
O marco conceitual de King, conforme representado na figura
agbaixo, compõe-se de três sistemas de interação: pessoal, interpes-
soal e social r__________ ____________________________N___¿___"___
---l--_-_____J organização
5 autoridade
Sistemas Sociais (sociedade) poder -
status _--_-____-___~_ _______ _»____ ___ _______ _t‹_›=×_›a_d5 _d_¢¿ _‹1_e_‹=iflöef› --- -- ¡~“--" _ """`1
V
interação ' transaçãoSistema Interpessoais (grupos) comunicação
papel '
estresse
-_
--E
v--V
' Sistemas Pessoais P9T°°PÇã°A '
(individuos) 391f _ Imagem coporal _________ Crescimento e ' ' desenvolveimento tempo ' j
L.---_,__-_-ʧ2Ê29_____-_-__j
L_.___.Indixiduos são chamados sistemas pessoais. Isto significa que
o enfermeiro como pessoa ë um sistema total e que o paciente como
pessoa é um sistema total. King apresenta as relações entre os con -
ceitos componentes do sistema pessoal como segue: as peccepções do
indivíduo sobre si mesmo, sobre seu próprio corpo, sobre tempo e es-
paço influenciando a maneira como ele responde às pessoas, objetos e
eventos em sua vida. Os conceitos identificados como relevantes para
a compreensão dos seres humanos como pessoa são: percepção, self, i-
magem corporal, crescimento e desenvolvimento, tempo e espaço.
1.1.2. SISTEMAS INTERPESSOAIS
Existem diversos tipos de sistemas interpessoais. Por exem -
plo, a interação entre dois individuos se chama "díade", a interação
entre três individuos se chama "tríade". Os conceitos selecionados
que ajudam a compreender a interação entre seres humanos são: papel,
interação, comunicação, transação e estresse. Pequenos e grandes gru
pos são também chamados sistemas interpessoais. Alguns destes grupos
com objetivos e interesses comuns criam outro tipo de experiência hu
mana dentro de uma comunidade ou de uma sociedade e`são chamados sig
temas sociais. 1 u ' - .« . 1.1.3. SISTEMA SOCIAL .
O sistema social ê um "sistema delimitado, organizado por pa
pêis, comportamentos e práticas sociais e desenvolvida para manter
valores e mecanismos que regulam as práticas e normas"(King, p.l15).
As forças sociais estão em constante movimento dentro dos sistemas M
sociais; este jogo de força influencia o comportamento social, as in
terações, as percepções, a saude. Alguns poucos exemplos de sistemas
sociais nos quais enfermeiros e consumidores dos cuidados de saúde
interagem são: sistemas familiares, sistemas;re1igiosos ou de 'cren-
ças, sistemas educacionais, sistemas de trabalho.
1.1.4. SAÚDE
Saude ê definida como as experiências dinâmicas- de vida dos seres humanos, que implicam no ajustamento contínuo aos estressores
no ambiente interno e externo através da õtima utilização dos recur-
sosgindividuais para atingir o potencial máximo para a sobrevivência
A saude relqgiona-se com as maneiras pelas quais os indivíduos fazem
face aos estressores de crescimento e desenvolvimento enquanto fun - cionando dentro de padrões culturais nos quais eles nasceram e aos quais eles tenham se adaptado.
1.1.5. PERcePçÃo
Percepção 6 definida como representação de cada pessoa sobre
a realidade; uma conscientização das pessoas, objetos e eventos. É o
processo de organização, interpretação e transformação dos dados seg
sitivos e da memória. É um processo de transação humana com o ambieg
te. A percepção dá sentido ã experiência de cada um, representa a i-
magem da realidade de cada um e influencia o comportamento de cada
um. As percepções do indivíduo estão relacionadas às experiênciasfz
›
passadas do conceito do eu, aos grupos sócio-econômicos, herança big
lógica e base educacional. _
`
I
z '1.1.6. coMUN1cAçÃo
"Ê o processo pelo qual'a informação ê transmitida~entre pes-
soas que utilizam sinais e símbolos significativos_para possibilitar
¡ .
a interação e transação. Para que a comunicação seja efetiva, ela dg
ve ocorrer em uma atmosfera de mútuo respeito e desejo de entendimeg
to"(King,p.l98). Comunicação ê o meio pelo qual a informação ê pres-
tada numa determinada situação de enfermagem a fim de identificar
preocupações e/ou problemas, compartilhar informações que _ auxiliam
os indivíduos na tomada de decisões que conduzem a obtensão de obje-
tivo no ambiente. , zf
1.1.7. INTERAÇÃQ
É definido como o processo de percepção e comunicação entre
pessoa e ambiente e entre pessoa e pessoa, representados por compor-
tamentos verbais e não verbais, os quais são dirigidos para um obje-
tivo. Nas interações pessoa a pessoa, cada indivíduo traz diferentes
conhecimentos, necessidades, objetivos, experiências passadas e per-
cepções, as quais influenciam as interações. Quando dois indivíduos
magem, cada um deles está percebendo a outra pessoa e a situação ,
fazendo julgamento, elaborando uma ação mental ou tomando uma deci-
são para agir. 0 diagrama da interação humana mostrando a interação
enfermeiro-cliente está descrito abaixo:
_ r---~--~retroalimentação"--» percepção (feedback) enfermeiro-'”/'julgamento ação _ _ ~ i::::j›reaçao--binteraçao¬-ptransaçao ação f paciente julgamento
""`operoepçao
=---~---retroa1imentaçao_«__- (feedback) I 1.1.8. TRANSAÇÃO"Transação ê o processo de interação pelo qual os seres huma-
nos se comunicam buscando alcançar objetivos que são valorizados por
ambos. Quando os indivíduos concordam com os meios para alcançar os
objetivos eles se movem em direção a transações, que só ocorrem com
o alcance dos objetivos"(King,198l). Se enfermeiros e clientes esta-
belecem transações em situações de enfermagem, eles se comunicam pa-
ra intercambiar seus valores relativo â situação. Isto envolve "bar-
ganha", negociação e intercâmbio social. Quando enfermeiros e clien-
tes compartilham seu quadro de referência sobre eventos no presente
eles identificam comunalidades pelas quais eles podem mutuamente es-
tabelecer objetivos.
1.1.9. SELF (EU)
O conhecimento É a chave para a compreensão do comportamento
humano, porque o "eu" ê a maneira como eu me defino para mim mesmo e
para outros. 0"eu"ê tudo que eu sou. Eu sou uma pessoa total. O "eu"
ê o que eu penso de mim e o que eu sou capaz de ser e fazer. O "eu"
ê subjetivo, ou seja, ê o que eu penso que eu deveria ser ou gosta -
ria de ser. O "eu" é uma composição de pensamentos e sentimentos que
constituem a consciência de uma pessoa, de sua existencia individual
sua concepção de quem e o que ele ë. O "eu" ¢0nBtifiui 0 mUnd0 inte -
rior da pessoa, distinto do mundo exterior constituido de todas as
14
1.1.10. PAPEL
Papel ê definido como um conjunto de comportamentos espera-
dos_de pessoas que ocupam uma posição no sistema social; regras üque
~definem os direitos e obrigações na posição; uma relação com um ou
mais individuos, interagindo em situações específicas para um propõ-
sito. O papel de um enfermeiro ê definido pelas funções esperadas
dos enfermeiros profissionais baseadas em conhecimentos, habilidades
e valores da profissão. É importante para os enfermeiros compreender
seu papel para os outros. O conflito de papéis e a confusão de pa -
pêis diminuem a eficácia do cuidado aos cliente e cria estresse ~nas
situações.
1.1.11. ESTRESSE
Estresse ê definido como um estado dinâmico por meio do qual
os seres humanos interagem com o ambiente para manter o"balanço" pa-
ra o crescimento, desenvolvimento e desempenho. Isto envolve uma trg
ca de energia e informação entre a pessoa e o ambiente para
š
regulação e controle dos estressores. Quando o estresse aumenta na intera-
ção dos individuos em determinadas situações, seu campo perceptual
diminui e sua tomada de decisão diminui em termos de racionalidade.
Este fator pode conduzir ã diminuição das interações e estabelecimeg
to dos objetivos e ineficiência dos cuidados de enfermagem. Além dig
so, pode ocorrer interferência nas etapas de desenvolvimento de cada
pessoa.
1.1.12. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
São definidos como as mudanças continuas em indivíduos nos
níveis de atividades celulares, moleculares e comportamentais. Cres-
cimento e desenvolvimento são uma função da bagagem genética, das eg
periências significativas e satisfatórias, e de um ambiente que con-
tribua para ajudar os indivíduos a atingir maturidade. O crescimento
e desenvolvimento têm sido definidos como um processo que tem lugar
na vida dos individuos que os ajuda a mover-se na capacidade poten -
cial para atingir a auto-realização.
.
Tempo é definido como uma sequência de eventos se movendo pg
ra o futuro, progressivamente. Tempo ê a duração entre um euento e
outro, como uma experiência unica vivenciada por cada ser humano¿¿_
_šempo se relaciona com ritmidade nas funções dos seres e pode ser
visto nas flutuações da temperatura corporal, eliminação de detritos
ciclos de sono e vigília, metabolismo e balanço de líquidos e eletré
litos.
1.1.14. ESPAÇO
Espaço ê uma área física chamada tefritõrio, e ê definida pg
lo comportamentodos indivíduos que ocupam o espaço, tais como gestos,
osturas e limites visíveis diri idos ara demarcar o es aço pesso
-P
al. A percepção do espaço influenciarâ a maneira como os indivíduos
se comportam em determinadas situações. A distância espacial e a
proximidade são fatores a considerar nas interações enfermeiro-clieg
..
te. O espaço está explicitado nesta teoria porque ele ê o ambiente i
mediato no qual enfermeiro e cliente interagem e mobilizam-se para
5
16
111 - assumo ni HISTÓRIA E
Er1cÃcIA
ms
cnscassA primeira creche estabelecida, foi fundada na frança, nas
aldeias de Ban De La Roche, na região dos Vosges em 1770, e sua cria
ção foi motivada pela necessidade de se dar assistência aos lacten
tes de famílias que trabalhavam no campo durante longa jornada de trabalho. Com o decorrer do tempo a utilidade foi sendo reconhecida
na França, t foram aparecendo varias outras que eram mantidas .pelas
Igrejas ou pelo governo. No ano de 1846, París já possuia 14 creches
agrupadas numa sociedade chamada "La Societé des Creches". Posterior
mente surgiram creches particulares e várias congregações passaram a
dedicar-se a elas, com mais ênfase, a Congregação de São Vicente de
Paula.1
--ç"' No Brasil, Não existem dados precisos, mas sabe-se que as
creches surgiram há muitos anos, primeiramente organizadas e dirigi-
das por freiras de congregações religiosas, que para lá foram como
a fas missionárias em tempos passados.
Em 1971 o governo federal fixou as diretrizes da ação gover
namental no campo de proteção à infância e maternidade, que dispõem
sobre a organização administrativa do Ministério da Saude, que deter
mina, no artigo 26, sobre a coordenação de proteção materno infantiL
Posteriormente, surgiu o decreto n9 69.514, de 09 de Novembro del971
que no artigo O7, ítem IV, estabeleceu as normas disciplinadoras da
orientação, coordenação, controle e execução das atividades relati-
ins-~ truções para a administrção, organização e funcionamento das cre-
chestl _. =
Há inúmeros profissionais da área de saúde social e outros,
que questionam a validade ou não das creches, como substitutas dos
lares. Discute-se também, se os profissionais que trabalham na org
che dando assistência â criança, têm condições de lhe proporcionar o
mesmo atendimento que receberia da mãe em casa. A validade da creche
fica comprovada quanto a necessidade para a nossa sociedade atua$,fg
ce ao grande número de mulheres que trabalham fora de seus lares du~ rante grande parte do dia e não contam com pessoas adequadas para
cuidarem de seus filhosz. '
“_' '
As creches possuem aspectos altamente positivos quando se -
guem uma programação correta, baseada em procedimentos técnicos, que
podem beneficiar as crianças de todas as classes sociais, sobretudo
as carentes. ›
z
J
18
Iv - niâcnösrico DA cascas SANTA INÊS
1. IDENTIFICAÇÃO
A creche Santa Inês foi fundada em 14/05/1982, em Barreiros,
na gestão do prefeito Gecy Thives, construída pela Prefeitura Munici
pal de São José, sendo administrada e mantida pela mesma, em convë -
nio com a LADESC, LBA e Merenda Escolar. -
“
2. OBJETIVO DA CRECHE
2.1. Desenvolvimento bio-psico-social integral e harmônico
da criança conforme as suas necessidades, visando proporcionar- lhes
meios para a formação de uma imagem valorativa a seu respeito e do
prõximo.e
Para alcançar esse objetivo, na intensão dos seus idealizado
res, ê necessário que a criança passe por certas etapas de seu deseg
volvimento: i i "` ' i Mi A
a) Descoberta de si mesmo;
b)_Des§oberta do ambiente;
c) Aquisição de novos conhecimentos e ambição dos já forma -
dos;
d) Expressão criadora;
e) Disposição para assumir uma atitude de cooperação frente
f) Disposição para assumir uma atitude responsável;
5) Reconhecimento da importância de fazer novos amigos;
h) Aquisição de comportamentos essenciais para um desenvolvi
mento harmonioso. " `
2.2. Proporcionar às mães que necessitam trabalhar para con -
tribuição na renda familiar, um atendimento adequado as suas crian -
Çaso _
3. REGIME BE ATENDIMENTO
É de semi-internato. Geralmente as crianças permanecem na
creche por um período de 10 a 12 horas, de segunda a sexta-feira, eš
cluindo-se os feriados.
4. CLIENTELA
São atendidas crianças de G2 ã O6 anos, pertencentes,a famí~
«
lias”de baixa renda; A creche conta atualmente com 79 crianças, sen-
do sua capacidade total de 120. Porém, devido a deficiência de recug
sos humanos e materiais disponíveis, uma sala destinada a lactentes,
c.a aproximadamente 30 vagas, encontra-se desativada, ficando a comu
n_dade desprovida deste serviço.
As crianças são divididas em níveis conforme a faixa etária:
a) Nível I - crianças de 1,5 à 3 anos;
b) Nível II - crianças de 3 ã 4 anos;
go
c) Nivel III - crianças de 4 6 anos.
A passagem da criança de um nivel para outro, ê feito obser-
vando-se a idade ou o nível de desenvolvimento integral.
5. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO UTILIZADOS`
5.1. Nível sócio econômico baixo (baixa renda per capta fami
liarli F __ _ Í
5.2. Os pais ou responsáveis da criança que comprovadamente
trabalham fora do lar.
2
2) Cartão de vacinação completo;
b) Carteira profissional ou atestado de emprego.
No caso de atraso no esquema de imunização, ê dado um prazo
_de 15 dias, para que o familiar apresente o cartão de vacinação atua
lizado, caso contrário a criança perderá sua vaga. 0 mesmo ocorre
com relação ao desemprego da mãe.
5.4. Assinatura do termo de compromisso com o regimento in-
terno da instituição (anexo 15).
6. ÁREA rísicâ INTERNA
A área física interna consta de 13 dependências, distribuídas
conforme planta anexo (anexo 16). Suas salas são amplas, bem venti1§~
das e com boa iluminação. As paredes e pisos são revestidos em mateàz
rial de fácil limpeza e conservação, sendo os pisos dos banheiros,cg
zinha e sala de serviço, em cerâmica e paredes de azuleijos claros.
O teto de madeira ê pintado em cor clara. Cada dependência onde es-
tão distribuídas as turmas de crianças por faixa etária; estão des-
critas abaixo: »
6.1. Nível I - Compreende a faixa etária de 1,5 a 3 anos:
a) O1 sala subdividida por um armario de madeira, que serve
fara guarda de brinquedos e roupas de cama;
‹
b) O9 berços com colchões em bom estado de conservação e em
uso;
c) 01 cama de madeira para troca de fraldas;
â) oi balcão de madeira;
~ a e) 04 mesas com cadeiras, infantis.
6.2. Nível II - Compreende a faixa etária de 3 a 4 anos;
a) Ol sala com 05 mesas com cadeiras infantis; b) 01 quadro negro;
c) Cabides onde são guardados os pertences das crianças;
~- --
~ ~d) O2 prateleirasa- . .W" e) 01 balcão de madeira. H
O wc ê único para as crianças dos níveis I e II. Possui O2
bacios, O2 pias (infantis) e O1 chuveiro elétrico.
a) 01
b) oi
c) O2
d) 01
e) wc
sala com 05 mesas com cadeiras infantis;
banco de madeira;
prateleiras;
balcão de madeira; .
próprio com 02 bacios ( Gl feminino e 01 masculino) e
se comunica com outra sala, que é destinada ao repouso
02 pias. Este
das crianças, possuindo O5 colchões.
6.4. A dependência destinada ao preparo dos alimentos possui
todos os utencílios necessários para a conservação e guarda dos mes-
ʶ§~ ' i az» io; b) Gl c) 01 d) O1 e) 01 f) 04 g)-02 fogões; geladeira; freezer;
mesa com cadeiras;
armário de madeira; pias; balcões. z ' ~ . 4
,6.5.`A creche possui uma sala especial para atendimento de saãde, :çquipda_parcialmente:
a) 01 escrivaninha;
~« Jb) Gl berço com colchão;
c) Gl maca;
d) 02 balanças (adulto e infantil);
e) Ol armário de vidro contendo:
- Medicamentos: aldrox, sulfato ferroso,polivitaminas,clg
ranfenicol colírio, argirol, dexametasona colírio, ami-
nofilina comprimidos 100mg, violeta genciana, elixir pa
regõrico, caolin + pectina, eritromicina, benzoato de benzila, iodeto de potássio, metronidazol e mebendazol.
- Material para curativo: água oxigenada, mercúrio cromo,
algodão, neomicina pomada, ataduras, band aid, espara -
drapo, fibrase pomada, tesoura de Mayo e pinça cirúrgi-
~
-~
ca.~--
_ o_ _
'
- 01 termômetro.
- O6 seringas de vidro de 10 ml.
6.6. A dependência destinada a administração é formada por 3
22
a direção, equipada com:
a) 01 mesa retangular;
b) 01 mesa quadrada;
c) Cadeiras; .
~dÍ_Ó1 armario de madeira_destinado a guarda de'documéfiÊEs da '__ creche.
6.7. A sala de serviços ê composta de:
a) O3 lavabos;
b) 01 mesa;
c) 01 máquina de lalar roupas;
d) Materiais de limpeza.
K h _ _
6.8. A creche possui um corredor central, amplo e com pare-
des ricamente decoradas e conservadas. O mesmo possui:
a) 04 bancos de madeira; b) O2 extitores de incêndio; c) 02 armários embutidos. . i `~' 'ø o '
\ 6.9. A iluminaçao eletrica e disposta de maneira inadequada, com as tomadas › baÍxas,descobertae e estragadas, propiciando aciden~
tes. A iluminação artificial é realizada por lâmpadas fluorescentes.
`
7. ÁREA Físlcâ EXTERNA
A creche foi construída numa área de 620m2, sendo 410m2 de
É
_
rea construída, cercada por muros altos. Possui calçamento em torno,
com área aberta e coberta. O pátio ë desprovido de pavimentação. Pa-
ra recreação, encontra-se somente O3 gangorras e pneus implantados
no chão.
a. coanzçõzs DE sâmeâmznro
8.1. Água: a agua servida provêm da rede de abastecimento ge
-' ral da Casan, não-sendo acondicionadazemzreservatõrio próprio elnem
" tratada para uso.
8.2. Esgoto: Ó sistema de esgoto da creche é o de fossa sép~
tica.
8.3. Lixo: os residuos sólidos são condicionados em embala -
gens plásticas para posterior recolhimento por caminhoes da Prefeitg
ra Municipal de São José, às segundas, quartas e sextas-feira. “
9.
RECURSS
FI É :av '25 C) F1 F4 57 Õ U.)A principal fonte de renda da creche provém da Prefeitura Mg
nicipal de São José, havendo convênios com a LÀDESC, äerenda Escolar
e LBA. Outra fonte de obtenção de recursos financeiros ê por doações
mensais espotâneas dos familiares da clientela da creche.
10. RECURSOS HUMANOS
0 quadro funcional se constitui por:
a) O1 pedagoga (diretora); b) 01 auxiliar de direção; c) 01 médica; d) 06 professoras; e) 01 cozinheira; ‹ f) 02 serviçais; g) 02 estagiãrias de 29 grau. « \ ' 11.
Pxooxmição
BÁSICA ll.l. Para a criança:a) Atendimento de saúde: o programa de saúde abrange o aten-
dimento direto a criança. 0 médico acompanha a criança semanalmente
caso seja necessario. A mãe poderá vir ã creche conversar com a med;
ca as sextas-feira no período da tarde.
b) Roupas: a mãe deverá trazer roupa suficiente para seu fi-
lho passar o dia.
c} Higiene: a criança sô tomará banho na creche quando for
necessário. As mães são orientadas para que cuidam de seus filhos
quando a higiene corporal e do couro cabeludo. Em casos de detecta -
ção de pédioulose e/ou escabiose, a criança será suspensa por um dia
para que a mãe tome providências. As professoras fazem semanalmente
duas vistorias no couro cabeludo, na tentativa de detectar e tratar
novos casos.
d) Doenças infecto~contagiosas: por medidas de seguranca as
24
do atendimento da creche enquanto perdurar a infecção.
11.2. Nutrição;
Em relação a alimentação, a creche tenta:
DA-
a) Oferecer alimentação equilibrada;
Í
b) Ter atenção especial quanto ao armazenamento, conservação
e preparo dos alimentos.
V
O cardãpio diário ê elaborado pela diretora, que leva em con
sideração os produtos da epoca. Conforme nossa concepção, os alimen-
tos oferecidos apresentam bee variedade, pois num cardápio equilibra
do ê necessário que haja qualidade e quantidade adequadas, a fim de
suprir as necessidades nutricionais das crianças. V
12. ANÁLISE csíricâ
Sendo a creche Santa Inês uma unidade implantada recentemen-
te, suas dependências estão bem conservadas. Quanto a limpeza, encog
tra-se bem higienizada. Toda pintura ê de cor clara (gelo), indicada
para retratar melhor a limpesa e refletir a luz, iluminando o ambien
te e transmitindo sensação de calma. As cores fortes e vivas deixam
as crianças mais irrequietas3.
As dependências destinadas ao armazenamento e preparo das rg
feições, estão estruturadas e organizadas, possuindo os equipamentos
necessários. Observamos que os mobiliários como balcões, mesas, ca -
deiras, apresentam-se conservados e de tamanho adequado e de acordo
com as normas das creches padr5es4.
O prédio encontra-se localizado em rua não pavimentada, ao
lado de um terreno baldio, com vias de acesso mal conservadas difi -
cultando, em época de chuva, a vinda das crianças ä creche, pelo acá
mulo de água e lama.
O quaâro funcional existente apresenta-se incompleto, com rg
lação a falta de profissionais especializados ao atendimento da cri-
ança, além de faltar enfermeiro, nutricionista, psicólogo e odontõlg
go.
A instituição tendo fins educativo> e social, atingirá~ me -
lhor seus'objetivos*se oferecer"aos pais a possibilidade de aumentar
e/ou modificar os seus conhecimentos através de palestras, cursos ig
formais e formais. Ainda através de análise bibliográfica, constata-
mos o número excessivo de crianças por faixa etária dificultando des
am-biente, podendo gerar estresse.
26
v - rorâoass QUE DETERMINÀM A consrag
ÇÃO E 1NsTALAçÃo DE UMA CRECHE
1. asouisiros PARA iusràtâçäo E LocALIzAçÃo
J
A escolha de um local para instalação de uma creche, deve;
ser estudado minuciosamente com a finalidade de constatar sua real
necessidade, para que a mesma atenda aos seus objetivos. Tendo como
finalidade atender as mães que trabalham fora, o local da creche de-
ve ser de fácil acesso, próximo aos locais de trabalho da mulher ou
no bairro próximo, onde tenham grande número de crianças na idade
pré-escolar. É importante também, que a creche esteja localizada em
área salubre e isolada de grandes ares de circulação de veícu1os,ruí
dos e poluição ambiental. Também deve estar próxima de outros recur-
sos educacionais ou de saúde, tais como: escolas, maternais, centros
ou postos de saúde. Isto facilita muito à mãe que tem filhos em ida-
des diferentes, já que poderá utilizar-se desses recursos sem se lo-
comover demasiadaáente. De preferência a creche deverá estar locali-
zada em terrenos planos, amplos e as dependências destinadas as cri-
anças deverão estar voltadas para a face norte, com facilidade de
instalação de água, luz e esgoto, permitindo a existência de áreas
livres para que se possam programar passeios para as crianças. Será
portanto, um equipamento social básico para uma comunidade, que pros tara uma correta assistência ä criança, contribuindo para a melhoria
2. PLANTA FÍSICA
No planejamento de uma creche, devem participar sempre' que
possível, além do arquiteto e do engenheiro, a enfermeira pediatra,a
nutricionista e a pedagoga, pois esses profissionais forneceräo sub-
sídios para tornar a planta fisica a mais funcional possível, sem o-
mitir qualquer dependência ou detalhe importante para a boa assistên
cia à criança. Após estudos preliminares para determinar a necessidg
de e a localização da creche, deve-se procurar sua capacidade, a fai
xa etária a ser atendida, de acordo com os dados fornecidos pelo es-
tudo. A capacidade da creche deve ser bem definida, levando em consi
deração o custo da construção, da manutenção e das reais necessida-
des da assistência global â criança. As creches muito pequenas, que
atendem em média 20 crianças, são muito onerosas, pois uma assistên-
cia global exige estrutura adequada com relação ao pessoal, equipa -
mentos e materiais. Para uma melhor orientação, o ideal seria a cong
tração de creches que atendam entre 60 a 80 crianças. Cada sala deve
ria abrigar entre 12a 18 crianças para o desenvolvimento das ativida
des; salas muito grandes e lotadas dificultam o atendimento indiwi -
dual e de grupos; salas menores com grupos pequenos, possibilitam um
bom relacionamento entre as crianças e destas com as professoras,que
devem permanecer nas salas para que se estabeleçam um relacionamento
afetivo, o que muito beneficiará a criança, favorecendo um correto
desenvolvimento emocional, intelectual e social. Para atender os re-
quisitos citados, ê preciso que a área livre construída disponível
para cada criança sejam, no minimo de 10 ou llma, ou ainda de l5m2.
O anexo 1. mostra uma planta modelo de uma creche com capacidade pa-
ra 5O crianças.
Iricâçõss Ificnicâs
×»I m ozwmO
As áreas de circulação de uma creche devem ser espaçosas o
suficiente para facilitar a circulaçao do pessoal, da equipe, dos
pais e crianças, assim como, carrinhos de roupas e de alimentos. As
salas destínadas~šs-crianças também devem-ser-espaçosas e possuir-cg
berturas exteriores“duplas.-As janelas ou vidrõs devem permitir ven-
tilação, claridade e segurança suficientes, assim como, proteger cep
tra o excesso de sol e frio e permitir o escurecimento nos horários
de repouso. Os vidrõs devem ser baixos permitindo as crianças a visg
-M 1
28
ção. As janelas da cozinha deverão possuir proteção com telas evita; do a entrada de insetos. O piso deve ser de superfície lisa, sem fnä
tas, porém, não escorregadias. Na cozinha e no banheiro o piso deve-
rá ser de cerâmica clara e facilmente lavâvel. As paredes deverão
ser lisas, com pinturas laváveis em cores claras, alegres, variando
nas diversas salas para evitar a monotonia, e decoradas com motivos
infantis, a fim de promover a estimulação visual, e serem facilmente
substituíveis para evitar o cansaço e consequente desinteresse das
crianças. As tomadas e interruptores deverão estar colocadas em altg
ra tal que as crianças não possam alcançar. .
1
VI - OBJETIVOS
1. OBJETIVOS GERAIS
1.1. Promover a implantação de um programa de assistência às
crianças da creche Santa Inês em seu processo de interação com seus
sistemas sociais, auxiliando-as a suprir suas necessidades básicas,
na realização de suas atividades diárias e a enfrentar estas necessi
dades com saúde ou doença, em um momento do seu ciclo vital, promo -
vendo destafiforma, um melhor nível de crescimento e desenvolvimento
(adaptado do conceito de enfermagem de King).
1.2. Promover uma relação interpessoal com os funcionários ,
de modo a facilitar o aprimoramento dos conhecimentos relativos a ea
fide.
2. oBJErIros Esrscfrlcos
._ 2.1. Promover a integração da equipe com os funcionários
da creche.
201010 Ações;
a) Realizar reuniões para exposição dos objetivos do estágio
e esclarecimento de dúvidas;
b) Auxiliar nas atividades sempre que necessário;
c) Realizar reuniãe«para apresentação de resultados do está-
30
2.1.2. Justificativa com relação a teoria: _
No processo de interação do indivíduo consigo mesmo, com gru
pos ou com a sociedade, ele reage com base nas percepções, expectati
vas, necessidades, valores e objetivos dele proprio e doB_elementos
envolvidos no processo.
2.2. Fromover a intera ão da família com a institui ão e sua
V Ç
equipe.
2.2.1. Ações:
a) Realizar reunião com familiares;
b) Orientarjfamiliares individualmente ou através de visitas
domiciliares, quando necessario;
c) Orientar a família quanto aos encaminhamentos que se fi
zerem.necessãrios. '
2.2.2. Justificativa com relação a teoria:
0 homem ë visto por King como "sistemas abertos interagindo
com o meio ambiente, havendo troca de matéria e energia e informação
entre e1es".A prática da enfermagem envolve indivíduos e grupos no
sistema social. 6
2.3. Gferecer curso de primeiros socorros aos funcionários
da crecne e/ou comunidade, visando a aquisição de conhecimentos e/ou
desenvolvimento de habilidades necessárias ao atendimento nos casos
de emergência mais comuns.
2.3.l. Ações: I
a) Organizar e realizar o curso de primeiros socorros;
b) Fornecer certificadoraos participantes.
2.3.2. Justificativa com relação a teoria: -
Se o enfermeiro com conhecimentos e habilidades, interage
com o grupo social transmitindo informações apropriadas, ecorrerá má
tuo estabelecimento e alcance de objetivos. .
2
. . si ir a crian a ro r n o r mover me o. n've1 de
2 4 As st , p ou a d p o lh r 1
crescimento e desenvolvimento.
. _ _,._ .,V_. A ___ zz z__-._ . - z f-
2.4.1. Açoes:
a) ?reencher as fichas modelos contidas nos prontuários indi
viduais, envolvendo a equipe multiprofissional;
b) Comparar os resultados obtidos nos registros das fichas
dos prontuários individuais, conforme a tabela por faixa etária;
presentada pela criança avaliada; -
d) Avaliar os resultados obtidos com os procedimentos duran-
te as ações de enfermagem. "
2.4.2. Justificativa com relação a teoria;
0 crescimento e desenvolvimento têm sido definidos como um
processo que tem lugar na vida dos individuos, que os ajuda a mover-
se na capacidade de potencial para atingir a auto realização (King).
2.5. Contribuir para a prevenção dos distúrbios de saúde
mais comuns e acidentes. _
2.5.1. Ações:
a) Realizar exame físico para detectar problemas;
b) Selecionar as prioridades para atendimento;
c) Encaminhar ao médico se necessário;
d) Realizar ações de enfermagem que possibilitem prevenção,
cura ou estabilização da doença;
e) Realizar visitas domiciliares quando necessário.
2.5.2. Justificativa com relação a teoria:
_
O campo de ação de enfermagem inclui a promoção, a manuten -
ção e a recuperação da saúde.
2.6. Realizar exames laboratoriais para verificar as condi -
ções do hematõcrito, infestação parasitária e excreção urinária.
2.6.1. Ações:
a) Colher e encaminhar material para os seguintes exames: ng
matõcrito, parazitolõgico de fezes e parcial de urina;
b) Comparar os resultados com as bases teöricas;
c) Informar a familia quanto aos resultados e orientar quan-
to aos cuidados necessärios em situações de anormalidades.
2.6.2. Justificativa com relação a teoria:
A saude relaciona-se com as maneiras pelas quais os_indiví -
duos fazem face aos estressores de crescimento e desenvolvimento, eg
quanto funcionam dentro de padröes culturais nos quais eles nasceram
e as quais eles tentam adaptar-se; Saúde ê um processo de crescimen-
to e desenvolvimento que nem sempre ocorre tranquilamente e sem con-
flitos. Os distúrbios de saãde podem atingir quaisquer faixa etária
32
VII - METODOLOGIA
O trabalho teve inico propriamente dito, com o levantamento
e análise de bibliografia específica sobre atendimento a criança e
sobre metodologia da assistência. Isso foi necessário para facilitar
a definição do método de trabalho a ser desenvolvido.
A `
Este projeto será implantado no período de 18/03/86 à 06/06/
86. ,Aplicaremos a Teoria do Alcance dos Objetivos de Imogene King
para a assistência de enfermagem, cujo processo enrolve o historico
de enfermagem, exame físico, ficha deavaliação de condutas e roteiro
individual para levantamento de problemas, planejamento e avaliação
das condutas de enfermagem. 0 historico de enfermagem completo sô se
rã aplicado nas crianças que tivermos oportunidade de conversarmos
com a família, seja na creche, seja durante visita domiciliar.Prete§
a Inês “Ê”
É
cf'de-se atingir o total de crinças matriculadas na creche '
em Barreiros, até o dia 18/O3/86, durante o período de estágio cita-
do acima. A atuação será efetuada em conjunto com funcionários e fa-
miliares, procurando assistir a criança em interação com o seu sistg
ma social.
A família será envolvida em oportunidades diversas, através
do contato com os pais na creche, seja em reuniões promovidas pela
direção ou ao trazerem a criança na creche, ou mais especificamente,
atraves de visitas domiciliares. As visitas domiciliares serão efetg
adas, quando forem detestados problemas que exijam orientações e/ou
da disponibilidade e aceitação da visita. A segunda visita domicili-
ar sera realizada em casos de recidiva de patologias, cujo controle
envolva a participação da família.
Os encaminhamentos serão feitos quando se detectar problemas
cujo atendimento seja da competência de outros profissionais. Antes
do encaminhamento, a criança será reavaliada, juntamente_com a médi-
ca responsável pela assistência as crianças da creche, quando será
descutida a necessidade do mesmo.' Para o encaminhamento haverá uma
ficha contendo os dados relevantes da criança, importantes para a
compreensão da situação.
Para a avaliação dos resultados obtidos na aplicação do pro-
cesso de enfermagem serão usadas tabelas de normalidade conforme des
crição abaixo:
a) Tabela de peso para meninos e meninas (anexo 3)i
b) Tabela de estatura para meninos e meninas (anexo4);
c) Tabela de perímetros cefálico e torãcico (anexo 5);
d) Tabela de padrões de normalidade dos sinais vitais (anexo
6); _
`
e) Tabela de normalidade dos exames laboratoriais (anexo 7);
f) Tabela de imunização (anexo 8).
A tabela de peso será utilizada no inicio e no final do está
gio. Nos casos de diarréia e/ou desidratação, a criança será pesada diariamente.
.
A tabela de normalidade dos exames laboratoriais, será util;
zada na quarta até a nona semanas de estágio quando da avaliação dos
resultados dos exames. ~
A tabela de imunização será utilizada na quarta semana de
estágio, quando da aplicação do processo de enfermagem e se constado
esquema incompleto, será feita a revisão conforme necessidade.
As tabelas de estatura e sinais vitais, serão utilizadas na
quarta semana de estágio. _
O prontuário será montada na quarta semana de estágio e con§
tarã de:
P, Histórico de enfermagem (anexo 9);
_ "
b) Ficha"de exãme`físico (anexo l0);' "
c) Roteiro individual de levantamento de problemas, planeja-
mento e avaliação das ações de enfermagem (anexo ll);
d) Roteiro para avaliacao da evolução de condutas(anexo 12);
f) Ficha de triagem (anexo 13);
,
g) Ficha de composição familiar (anexo 14).
As fichas de triagem e composição familiar são preenchidas
pela pedagoga quando da matrícula da criança na instituição.
Ficou definida a adoção do roteiro já implantado na creche,
como ficha de observação padrão de evolução de condutas, com o obje
tivo de valorizar o serviço e por ser considerada adequada.
nn _____, VIII - CRONOGRAMA às __¡__ ¬ _ _ fz f-f
mm
ATI vlnàoas ' 19 semana - 24/02 za/02/se a \ ' .aí " "_ 1 ' 1;.29 5°“ana ° 93/93 a - Elaboração do planejamento de estágio
07/03/86 _ ' ' Inf ' '_ 39 semana - 10/03 14/03/as 8 49 semana - 18/03 a 21/OZ/86
Apresentação do planejamento de estágio
Reunião com funcionários para apresenta-
çao dos objetivos do estágio ~
Organização äos prontuários das_oriaaças
--\
_ . \
Reallzar exames físxcos ~
Realizar observação de condutas
Colher e encaminhar exames laboratoriais
Prestar assistência às crianças se neceg
sério `
» _ _ L 36 r- ~-- 1 59 semana - 24/03 a 27/03/86
Colher e encaminhar exames laboratoriais
Auxiliar nas atividades
Prestar assistência de
Realizar exames físicos
Relizar observação de c diárias enfermagem " ondutas ¡69 semana - 31/03 a 04/04/86 v nd \ Í
Colher e encaminhar exames laboratoriais
Avaliar resultados dos
riais
Fazer visita domiciliar Realizar exames físicos
Realizar observação de Prestar assistência de Desenvolver atividades crianças exames laboratoté se necessário condutas enfermagem recreativas com a S v \ 179 semana - 07/04 a _ ii/04/sô _ Prestar assistência de Desenvolver atividades crianças
Fazer visita domiciliar
Realizar exames de labo
Avaliar os resultados dos exames labaratQ_
riais enfermagem recreativas com a se necessário ratõrio _ S 89 semana¿¡_}§/04 a 18/O4/86 Prestar assistência de
Realizar curso de prime
Realizar exames laborat
Avaliar.resultados dos riais Desenvolver atividades as crianças enfermagem iros socorros oriais exames laborato - recreativas com ›. 3 1' 'Ã `99 semana - 22/O4 a 25/04/se §
Prestar assistência de enfermagem
_ ø
Auxiliar nas atividades
Realizar visitas domici
rio
Realizar exames laborat
Avaliar exames laborato
diarias liares se necessá oriais riais ›
.‹_-nc ' ' 7 .___
_ f :_..___ __*
169 semana - 29/O4 a
02/05/86
E
?restar assistência de enfermagem ~
Promover atividades recreacionais
Avaliar resultados de exames laborato-
riais
Realizar visita domiciliar se necessário
Auxiliar nas atividades diárias
4
1
4 z '_ .___ A›
119 semana - O5/05/86
a 09/05/86
Prestar assistência de enfermagem_ '
Promover atividades recreacionaís Auxiliar nas atividades diárias
Realizar visita domiciliar se necessario
129 semana - l2/O5 a e
16/05/86 z
Prestar assistência de enfermagem
Promover atividades recreacionais
Realizar visita domiciliar se necessário
Auxiliar nas atividades diárias.
J
f .V --"
Ç Í
1`139 semana - 19/05 a 16/O5/86
Grientar familiares das crianças que a-
presentarem alterações nos resultados ~
dos exames laboratoriais '
Prestar assistência de enfermagem
Realizar visita domiciliar se neeessário
Promover atividades recreacionais
_ _ _ _ _ __ __ __ _ _ _ _ __¬J
¬_ _ :.__. l ¬ ac
\l49 semana - 27/05 a
tão/os/se
Prestar assistência de enfermagem
Realizar visita domiciliar se necessário
Promover atividades recreacicnais
L l
flãë semana fi*02/Oéia-~*
Êoõ/os/só r
Prestar assistência de enfermagem
eComputar dados dos_resu1tados _=li;;-___
Promover atividades recreacionais
Pesar as crianças
169 semana ¬ O9/O6 a
l3/O6/86 i
Elaboração do relatório de estágio
r
\›3 (0
ix - comcmrsão
O estudo do problema da criança não ê conclusivo e nem pre-
tende ser, uma vez que se tem em mente que este assunto ê de suma ig
I
ortância e necessita ser discutido rofundamente ara viabilizar
P p 9
as'soluções mais adequadas dentro da realidade em que se vise.
V É preciso lembrar que os processos de assistência a criança
têm uma esfera de ação limitada pelas próprias condições de vida que
a sociedade possibilita a seus membros. Se as forças econômicas e eg
ciais atuam no sentido da deteriorização da qualidade de vida de
grandes parcelas da população, não há de ser os programs de assis»
tência à criança (creches) que poderão inverter o sentido e as consg
quências deste processo.
Também ê preciso analisar a forma de abordagem governamental
ou parficular que se da de cima para baixo, resolvendo nos gabinetes
como o trabalho será realizado. Tudo ê resolvido pela comunidade não
havendo consulta sobre o que a mesma espera ou como vê este progra-
ma. Z šälO discute com ela os objetivos do mesmo. Não conscientiza a pg
pulaçäo as necessidade e possibilidades de sua participaçäo.U§liâs ,
este tipo de enfoque ê muito utilizado com relação aos programas de
assistência.à criança, mais especificamente as creches. mm decorrên~
cia disto fica bastante prejudicada a discusão, o debate, o espirito
critico,e as creches passam a desenvolver um papel paternalistico pa
ra com a comunidade.
meio da disànibuiçäo de renda mais justa, criação de mercado de tra~ balho, ensino público gratuito, melhor assistência a saúde, liberda-
de de expressão, etc. -
Somente desta forma a creche poderá desenvolver o seu verâa-
deiro papel no auxílio a formação biopsicosocial da criança e com a
participação êecísiva da comuniüade.
1
1
40
X - Rsrznãncxâs B1EL1ocRÃFxcAs
1. AUGUSTO, M. et alii. Çomunidade Infantil, Rio de Janeiro, Guanabê
ra xoogzz, 1979. ` ‹
2. Brasil, Ministério da Previdência e Assistência Social, Fundo das
Nações Unidas para a Infância, gggpqgta gaç§Ce”eteg§;mento_:a;3
çriença carente @e“0Wafi6Zenos de idagg, 2. ed.,Braeília, MPAS/S
PR, 1983, 115 P.
3. FUNDAÇÃO EDUcAc1oNAL PADRE LÀNDELL DE MOURA, yrgiggg saúge+e¬ÇQQg
nidade. Porto Alegre, s. ed., B. d., n. p. (Grupo Materno-Infag
til).
4. m_ . Prgjetq_Caeq19, Diretrizes Básicas para Implantação e
Funcionamento. s.l., LBA, s. d., 91 p.
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PnɬEscoLAnA criança ê um ser em acelerado processo de crescimento e
desenvolvimento, isto ê, em etapa critica de incremento organizado de
massa física e de amadurecimento de funções. Este processode crescer
e desenvolver ê que caracteriza e peculiariza toda criança tornando-a
um ser completo em cada idade, mas inacabado para a idade seguinte.
g
Por estar em franco processo de construção 5 que a criança ê dos se ~
res, o mas susceptível a todos os fatores hereditãrios e ambientais,
já que tanto a herança como o ambiente interagem para a construção do
produto final. Criança não ê, pois, um adulto em miniatura.
1. ac Indicadores ' -1--- de Crescimento p-r ; 'gif e D _-_: Desenvolvimento :_ ,,,,,,,J.
l.1.Pe : o peso não ë o melhor indicador para avaliar Q ones
cimento, pois ele sofre influência de diversos fatores, como: proble-
01O
mas nutricionais, fatores psicológicos e enfermidades. As caracterís-
ticas hereditârias do peso e altura são fortemente influenciadas pelo
meio ambiente e pelo sexo. É normal nesta fase, observarmos que as mg
ninas apresentam peso e altura maiores que os meninos no 29 ano de vida.
0 ganho médio de peso s partir do 29 ano ê de 2 a 3 Kg por ano até 6
anos de idade, sendo que seu peso médio ê de 10 a 22 Kg.
1.2. Estatura: a estatura para as crianças nesta fase, ê a
alteração mais visível com uma variação média de 75 a 1,17 cm até as
5 anos. Ocrescimento médio ë de 5 a õcm por ano. As pernas têm cerca de 345 do comprimento do corpo para as crianças de 2 a 3 anos. Aos 4 anos
as pernas perfazem cerca de 44% do comprimento corporal.
1.3. Egrímetyg C&fâ1iÊ9= 0 Perímetro cefálico indica o cresci
mento do cérebro. Este perímetro aumenta 10cm no.primeiro semestre de
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1.4. gerímetro Toragicg: O perímetro torácico no segundo ano
de vida apresenta um ritmo acelerado de crescimento.
l‹5. Sinais Vitais: de acordo com o crescimento da criança na
fase prá-escolar, os valores normais de pressão arterial, frequência reg