MEMÓRIAS DA FAPSI
Histórias e Relatos de professores, funcionários, professores e ex-funcionários da Faculdade de Psicologia da PUC Minas
faculdade de Psicologia começou sua história em 1959, quando a
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS criou o Instituto de
Psicologia, antecipando-se à regulamentação da profissão – que
aconteceu em 29 de agosto de 1962. Desde seu início muitas
histórias e vivências marcaram – e marcam – o exitoso percurso acadêmico
e de formação profissional – e porque não, pessoal – celebrando a
maturidade da entrada nos sessenta anos, a Faculdade vem partilhar essas
histórias nesse documento, dividindo com toda a comunidade a “história
viva” presente nos discursos, vivências e experiências dos professores,
ex-professores, funcionários e ex-funcionários. Tais discursos revelam, através
da sensibilidade de cada relato, os atravessamentos afetivos, políticos, éticos,
teórico-práticos e sobretudo humanos, contidos no fazer formativo do
Psicólogo e Psicóloga da Faculdade de Psicologia da PUC Minas.
MEMÓRIAS DA FAPSI
Histórias e Relatos de professores, funcionários, professores e ex-funcionários da Faculdade de Psicologia da PUC Minas
Professor desde 1980 e ex-aluno da instituição, o ex-professor da PUC Minas
Antônio Ângelo Fávaro Coppe conta, através do seu depoimento um pouco
da própria história na PUC Minas
Entrei na PUC Minas em 1975 como aluno, tendo colado grau em 13 de dezembro de 1979. Quando aluno fui monitor de Estatística e de Técnicas do Exame e Aconselhamento Psicológico (TEAP) e na época era com carteira assinada; naturalmente que isso me despertou para a docência. Participei o 2º Eapsi (Encontro Anual de Psicologia) que era organizado também pelos alunos. Fiz estágio no SIPUC (Serviços do Instituo de Psicologia da Universidade Católica de Minas Gerais), dirigido pelo psicólogo Silvio Ferreira e Maria José Barbosa Freitas, que a época fazia seleção de grandes empresas como Embratel, Petrobrás, Vale do Rio Doce, além de aplicar laudo psicológico aos candidatos dos cursos de Psicologia, Enfermagem e Serviço Social. O laudo deixou de ser exigido em 1980. Na década de 1980 o SIPUC começou a organizar concursos, que pelo seu volume foi absorvido pela recém-criada FUMARC. O SIPUC foi um grande laboratório para mim. A Biblioteca Central funcionava no 1º andar do prédio 12 e a Praça de Esportes é onde hoje se localiza o “Trailler” de Lanches, sendo ali a piscina e o campo de futebol onde hoje é o estacionamento do prédio das Ciências Biológicas. Os estacionamentos eram de terra e quando chovia era um barro só! Os prédios que existiam eram os do antigo seminário e os de tijolinhos (iguais ao prédio 12) que foram construídos em 1972. Creio que nessa época a Universidade tinha aproximadamente 6.000 alunos. Como, também creio, que o turno da manhã da Psicologia começou em 1973. Nesse aspecto posso dizer que acompanhei o crescimento da Universidade, inclusive assistindo a sua passagem para Pontifícia Universidade Católica de MG.
Recém-formado, no início de 1980 fui convidado para substituir a Prof. Yeda Marques, de quem havia sido monitor na disciplina Estatística. Nesse momento, iniciou a minha trajetória como professor da PUC Minas. Em 8 de agosto de 1980 saiu o ato de minha nomeação como professor, assinado pelo então Reitor, Dom Serafim Fernandes de Araújo. Lecionei Psicologia da Aprendizagem (um semestre) no curso de Psicologia, Psicologia II na Filosofia, Psicologia na enfermagem e Odontologia até 1985. A partir de 1982 comecei lecionar Psicologia da Personalidade II-B, Psicologia da Personalidade I de cunho humanista existencial, que ao longo das mudanças curriculares mudou de nome, sendo que em 2012 ela se chamava Teorias Humanistas Existenciais I, no 4º período e Teorias e Técnicas Psicoterápicas–B, que em 2012 se chamava Psicoterapia Humanista Existencial I, no 8º período. Fui Orientador de Monografia I e II, e professor de Estágio Supervisionado II, V, VI, VIII, X, XI e XIII. Criei um estagio em 1991 de Psicologia Hospitalar que era realizado no Pronto Socorro e, em 2005 um em Violência Doméstica que era realizado na Delegacia de Crimes Especializados contra a Mulher. De 1986 a 1987 fui membro da Comissão de estudos e elaboração da proposta do novo currículo, que é pai do currículo vigente. Em 1997 criamos a 1ª Pós-graduação lato-sensu em Psicologia Hospitalar de Minas Gerais, via IEC-PUCMinas em parceria com o Hospital Odilon Behrens, cuja turma se formou em 1999. Em 2005 retomamos a pós-graduação em Psicologia Hospitalar em parceria com a
Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte que durou até 2009 e em 2010 fizemos uma parceria com o Hospital Felício Rocho para a realização da pós, parceria que durou até 2012. Na pós-graduação exerci a função de Coordenador Acadêmico e professor de várias disciplinas. Tive a oportunidade, também de coordenar o curso de Psicologia do VIII PREPES entre 1982 a 1984. Participei do Colegiado de Coordenação de Didática dos cursos de Filosofia (1984-1985) e de Psicologia (1990-1992) e, também do Conselho de Ensino e Pesquisa (1998-2001). De 2004 a 2005 fui eleito Coordenador de Estágios do Curso de Psicologia, onde começamos a implantação dos estágios I a XIII. A minha coordenação foi
interrompida e em dezembro de 2005 devido a minha escolha pelo Reitor Prof. Eustáquio de Araújo Fernandes em consonância com a Pró Reitora de Graduação, Prof. Maria Inês Martins para a Coordenação de Estágio do campus Coração Eucarístico, onde implantamos o SGE e criamos, via reitoria, em maio de 2006 a resolução que normatizava os estágios da PUC Minas; ressalva-se que parte da Lei de Estágio 11.788/08 está baseada nessa resolução. Fomos modelo para várias instituições de ensino e agentes de estágio. Essa coordenação era responsável por 44 cursos de graduação e 23.000 alunos. No início tínhamos convênio com aproximadamente 3.550 empresas e quando saí em 31 de dezembro de 2008, tínhamos, aproximadamente, 10.000 empresas conveniadas. Muito do que sou como pessoa e profissional, agradeço à minha vivência de 37 anos na PUC Minas, onde tive a oportunidade de conviver com pessoas como Escípio da Cunha Lobo, Silvio Ferreira, Moisés Vital Assis, Maria José B. Freitas, Yêda Marques Pereira, Ana Maria Sarmento S. Poelman, Mauro Luiz Pinto, Dalva Nogueira da Gama entre tantos outros. Tive o privilégio de ter os meus filhos Gabriela Viola Coppe e Rômulo Viola Coppe batizados pelo então Reitor Dom Serafim Fernandes de Araújo, como também de vê-los formados na PUC Minas em Fonoaudiologia e Odontologia, respectivamente. E, também, o batizado das minhas filhas Luíza Maia Coppe (hoje cursando Engenharia de Produção na PUC Minas) e Clara Maia Coppe feito pelo então Reitor Pe. Geraldo Magela, além da crisma de
Clara ser feita pelo Reitor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães. Enfim, fiz a graduação e a pós “lato sensu” na PUC Minas e o mestrado
“Muito do que sou como pessoa e profissional, agradeço à minha vivência de 37 anos na PUC Minas, onde tive a oportunidade de conviver com pessoas como Escípio da Cunha Lobo, Silvio Ferreira, Moisés Vital Assis, Maria José B. Freitas, Yêda Marques Pereira,
Ana Maria Sarmento S.
Poelman, Mauro Luiz Pinto, Dalva Nogueira da Gama entre tantos outros”.
na UFRJ, e isso obviamente contribuiu para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. E finalizo agradecendo por ter vivido mais da metade da minha vida em relação com a PUC Minas.
Prof. Antônio Ângelo Fávaro Coppe Dezembro de 2015
