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CONTROVÉRSIAS SOCIOAMBIENTAIS: RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA E ECOLOGIA

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Academic year: 2021

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Departamento de Ciências Sociais

CONTROVÉRSIAS SOCIOAMBIENTAIS:

RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA E ECOLOGIA

Aluno: Caio Mendes Muniz Orientador: Felipe Süssekind

Introdução

Esta pesquisa se insere no Laboratório de Estudos Socioambientais do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Trata-se de uma investigação antropológica acerca da relações entre religiões de matriz africana e natureza, tendo como ponto de partida um levantamento bibliográfico exaustivo a respeito do tema, identificando as abordagens e as discussões teóricas e metodológicas suscitadas por ele.

Revisão de Literatura

O trabalho envolveu o levantamento de trinta e cinco títulos bibliográficos que abordam questões referentes às relações das religiões de matriz africana com a natureza, incluindo produções em diversas áreas do conhecimento. Os títulos se distribuíram da seguinte forma: onze de antropologia e outros dezesseis dos seguintes campos: filosofia, arqueologia, ciências ambientais, estudos étnicos e africanos, psicossociologia, ecologia social, educação e direito. Incluíram pesquisas realizadas em cinco estados brasileiros: Rio de Janeiro, Sergipe, Bahia, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. Incluíram também pesquisas nas nações Ketu e Angola do Candomblé, na Umbanda e no Batuque. Múltiplos temas são abordados nos textos, entre eles a importância da conservação da natureza paras as religiões de matriz africana, como tais religiões podem ser consideradas ecológicas, políticas públicas, ecoteologia, ecopedagogia, eco(cosmo)logia, etnopesquisa-ação, projetos de conscientização ambiental, (re)configuração de práticas e lugares tradicionais, ressignificação provocada pela escassez de elementos naturais, crenças ambientais, etnografia sobre práticas ecológicas, relação sociedade e natureza, relação humano e animal, relação de processos culturais e elementos da paisagem, entre outros.

Como referências principais optamos por três dissertações de mestrado na área de antropologia, por se tratarem de pesquisas etnográficas e trabalhos com o enfoque em questões que margeiam a controvérsia entre religião de matriz africana e ecologia. A primeira delas é a dissertação de mestrado de Mariana Vitor Renou [18], de 2011, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o título “Oferenda e Lixo Religioso: como um grupo de

sacerdotes do candomblé angola de Nova Iguaçu ‘faz o social’”. Trata-se de uma etnografia

desenvolvida com um grupo de sacerdotes de candomblé angola do município de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, na qual a autora explora os trabalhos sociais desenvolvido pelos sacerdotes, concentrando sua reflexão em torno da conciliação da preservação do meio ambiente e do direito à realização de práticas religiosas em ambientes públicos e naturais.

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A segunda é dissertação de mestrado de Marina Barbosa e Silva [20], defendida em 2012 no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo com o título “‘Orixás, guardiões da ecologia’: Um estudo sobre conflito e legitimação das

práticas religiosas afro-brasileiras em Porto Alegre”. Tal trabalho tem como objetivo o

estudo de que forma os adeptos das religiões de matriz africana em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, legitimam sua religião para defendê-la dos ataques evangélicos e também amenizar alguns conflitos entre prática religiosa afro-brasileira e sociedade em geral após a criação de leis que tentam coibir a prática dos cultos afros-religiosos por políticos evangélicos.

E a terceira é dissertação de mestrado de Roberta Machado Boniolo [1], apresentada no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense em 2014com o título “‘Um Tempo Que Se Faz Novo’: o encantamento de uma política pública

voltada à regulamentação dos rituais de religiões afro-brasileiras”. Já este trabalho é uma

etnografia sobre a implementação do Espaço Sagrado da Curva do S pelos membros do Elos da Diversidade (Superintendência de Educação Ambiental/ Secretaria de Estado do Meio Ambiente) em área próxima ao Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Metodologia

Neste trabalho nos beneficiamos da leitura da teoria ator-rede [11][12][13] para refletirmos sobre o que compõe a discussão que envolve a relação entre as religiões de matriz africana e a natureza. Comumente nas ciência sociais, o que define o “social” e “sociedade” ou o “natural” e a “natureza” é o pressuposto de um conjunto de coisas já existentes e não questionáveis. O qual é usado para explicar tudo, tudo pode ser explicado rapidamente pelo social ou pelo natural. Em “Reagregando o Social: uma introdução a teoria ator-rede” [12], Bruno Latour se debruça sobre as controvérsias do social, a fim de chegar a uma nova definição de “social” e “sociedade”. Para Latour, “Sociedade” e “social” seriam antes de tudo associações compostas por relações não necessariamente sociais. “Social”, para o autor, trata-se de um movimento que permite reunir e estabelecer novas conexões e, para estabelecer e pensar nessas associações é necessário seguir os atores, pois são os atores que devem desdobrar o próprio mundo, defini-lo e colocá-lo em ordem. Ao pesquisador, resta perguntá-los como fizeram.

Partindo para o que chama de “controvérsias sobre o social”, Latour demonstra que se deve começar a pensar no social elegendo os processos contraditórios de formação e desmantelamento dos diversos grupos aos quais se pode estar submetido simultaneamente. O autor toma o processo de reagrupamento e formação dos grupos, feitos e refeitos constantemente, e as práticas utilizadas para mantê-los de maneira constante. Em seguida, indica a necessidade de explorar as incertezas sobre o que provocam as ações, o que age quando agimos, o que nos faz agir. O autor propõe seguir o discurso dos atores, destacando que somos levados a fazer coisas por entidades que não temos controle, até por não humanos. Já que não se pode saber com certeza o que nos faz agir, ele lista o que está sempre presente nos argumentos contraditórios que relatam uma ação.

Dessa forma, na teoria do ator-rede, ou sociologia das associações, é fundamental incluir objetos. Tudo que vem modificar uma situação torna-se um ator, ou melhor, um actante, quando se opta pelas controvérsias sobre as formas de existência que participam de um curso de ação. O autor substitui “sociedade”, que designa aquilo que já está reunido, por “coletivo”, ação que reúne diferentes tipos de forças que são associadas porque são

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diferentes, um projeto de reunir novas entidades que ainda não foram coletadas. Para ele, a inclusão dos objetos e o coletivo são fundamentais para a compreensão de novas dinâmicas e para levar a sério os informantes.

“Social” passa ser um movimento que coloca em relação necessariamente elementos não sociais, e estes actantes estarão de tal maneira associados que fazem agir os outros. Nestas associações, o que se percebe é o lugar não habitual conferido aos objetos “naturais”. Tanto quanto “social”, termos como “natural” e “natureza” devem ser questionados naquilo que o compõe e define, e não se devem reunir sob esta idéia fatos indiscutíveis, prematuramente. Latour também aponta o que diz respeito à produção dos textos científicos, que também agem como um mediador. Capaz de apreender e transmitir o social, que é um fluido que circula, o texto representa o social, com os participantes que o performam e lhe dão forma. Um bom texto científico é aquele que traça uma “rede”.

Para Latour, “rede” é o que é traçado nos relatórios dos pesquisadores pelas conexões que veiculam transformações e pressupõem coexistência de dois mediadores, o que chama de “tradução”. É a corrente de ações em que cada participante é tratado como mediador, em que cada actante é capaz de fazer fazer coisas inesperadas. A “rede” é um conceito e uma ferramenta descritiva, e não algo objetivo. Os movimentos, fluxos e mudanças é que são privilegiados nessa ideia de “rede”. Ela permite ver as transformações acontecendo e depende da ação que se desdobra entre cada mediador. A ideia de ator-rede surge justamente da necessidade de desdobrar atores enquanto redes de mediação.

Desta forma, Por Cartografia de Controvérsia, entende-se como uma versão didática desenvolvida pelo Bruno Latour para a teoria ator-rede, metodologia que pretende dar conta do emaranhado de relações sociotécnicoambientais nesta pesquisa. Tal Cartografia pressupõe, como demarcou Tommaso Venturini [25], “apenas observar”, “apenas” segundo o autor pressupõe três significados: (1) não deve-se limitar a observação a uma única teoria ou metodologia; (2) deve-se observar um fenômeno do maior número de pontos de vistas possíveis; (3) deve-se ouvir a voz dos atores mais do que suas próprias presunções. E, no que diz respeito às “Controvérsias”, Venturini afirma que (1) Controvérsias envolvem todo tipo de atores, não somente humanos; (2) Controvérsias mostram o social em sua forma mais dinâmica; (3) controvérsias são resistentes a redução; e (4) controvérsias são debatidas.

Resultados

Da leitura pode-se extrair alguns pontos centrais em torno da controvérsia. O primeiro deles, talvez o mais fundamental, são as oferendas. Oferendas são vitais para a manutenção da existência das religiões de matriz africana. Mariana Renou [18], arrisca a dizer, no capítulo da sua dissertação dedicado ao tema, que “não existe candomblé angola, não existe filhos e filhas de santo, clientes e, em última análise, até Nkisis ou qualquer outra divindade sem as oferendas”, visto o caráter elementar em torno da oferenda e todo conjunto de procedimentos e de rituais que a compõe. Como salienta a autora, é através dela que o encontro entre os adeptos e as divindades acontecem, através dela também que divindades e seres humanos são criados. Afinal, os santos, sejam eles orixás, nkisis ou voduns são “feitos”, os filhos e filhas “fazem o santo” e “fazem a cabeça” ao se iniciarem. Como aponta Marcio Goldman, as divindades “são feitas ao mesmo tempo em que são feitas as pessoas dos próprios iniciados, aqueles que deverão ser possuídos pelas divindades” [8]. Entretanto, é que „fazer a cabeça‟ ou „fazer o santo‟ não significa, na perspectiva dos adeptos do candomblé, criar algo do nada, as divindades e as pessoas “já existem antes de serem feitas – ainda que, claro, não existam da mesma maneira”. Cada elemento da “natureza” e tudo que existe no

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universo é de um orixá, e alguns elementos “devem ou podem ser consagrados, preparados ou feitos para eles” [8].

“Nesse processo de „fazer o santo‟ e „fazer a cabeça‟, as oferendas ocupam um lugar fundamental. São parte essencial em todo o longo processo de iniciação dos rodantes, assim como da iniciação das equedes e dos ogãs. São muito importantes no processo de criação, de conformação e de reforço e ativação „das forças‟, das divindades. Se são importantes ao criar, ao transformar o que já existe potencialmente, conformando os „santos‟ e as „pessoas‟ na „feitura‟, são importantes mesmo antes disso, quando se pretende reforçar e ativar as „forças‟ para agir em determinadas direções.” [18]

Clientes que não querem se iniciar, mas que consultam as divindades por intermédio dos sacerdotes, são direcionados muitas vezes a realizar “oferendas”, “trabalhos”, além de outros procedimentos rituais, a fim de buscar equilíbrio, direcionamento ou energia para alcançar determinado objetivo. Deste modo, Roberta Boniolo [1], aponta que a diferenciação entre “religiosos” e “simpatizantes” passou ser um instrumento fundamental para mostrar ao “poder público”, e principalmente aos funcionários do Parque Nacional da Tijuca, que os religiosos que eram acusados de causarem impactos ao meio ambiente, também tinham responsabilidades. A preservação da natureza, para os religiosos, se tratava da preservação dos próprios orixás, pois orixá é a natureza. “A negação de que as práticas feitas de modo ‘errado’ eram realizadas pelos ‘nossos’ pretendia estabelecer uma demarcação clara entre os que seriam os ‘poluidores da natureza’ e os que cuidariam desta [1].

É possível traçar vários paralelos da vitalidade da alimentação. “A alimentação é fundamental para que divindades e pessoas existam plenamente, para manter as forças em equilíbrio, o universo em bom funcionamento” [18]. A oferenda é o momento propício para comunicação com as divindades, do mesmo modo que oferecemos um jantar se quisermos conversar com alguém, oferecemos a oferenda a uma divindade. Além do mais, alimentar as divindades é dotá-las de forças que fazem com que ajam em alguma direção. “A materialidade e a centralidade de objetos ainda nesta religião vão além do ato das oferendas e recobrem todo o conjunto de crença, práticas e sentidos do candomblé, desde seus princípios mais básicos” [18]. Contudo, as oferendas passam a se tornar grandes transtornos quando os espaços sagrados que restam aos afro-religiosos nas cidades são os parques naturais e outros espaços públicos, quando a oferenda deixa de ser algo sagrado e se torna lixo?

Primeiro, deveríamos compreender o significado de “natureza” para os diversos atores que participam desta controvérsia. Boniolo [1], em sua dissertação, afirma identificar nas falas de alguns funcionários do Parque Nacional da Tijuca e ambientalistas uma visão de oposição entre natureza e cultura, onde atividades antrópicas pudesse colocar em risco toda uma biodiversidade. Em oposição, os membros do Elos da Diversidade, argumentavam que os afro-religiosos necessitavam usar as florestas e as cachoeiras do Parque em seus rituais, reforçando uma ideia de aproximação do homem com a natureza, seja pela construção de sua identidade, seja pela sua responsabilidade de protegê-la.

Além do que, havia sempre a argumentação por parte dos afro-religiosos, que antes da chegada do colonizador, havia uma relação harmoniosa entre o homem e a natureza, e que após o desmatamento da região onde hoje é o Parque para a plantação de café e cana de açúcar, o reflorestamento teria sido feito pelos negros escravizados. “O discurso de reivindicação de um passado de culto pelos indígenas, e, sobretudo, pelos negros escravos nessa região da cidade era corroborado pela falta de áreas naturais para a prática religiosa

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devido ao intenso processo de urbanização” [1]. Nessa direção, os atores empenhados na implementação do Espaço Sagrado passaram a estimular o uso de elementos que causassem “menos impactos ao ambiente”, reforçado pelo retorno às “origens africanas” na realização dos rituais. A incorporação de elementos biodegradáveis, pretendida pelo grupo, pode ser entendido, nesse sentido, como uma reatualização desse momento, na busca de uma solução para os conflitos dentro de áreas de preservação ambiental.

Se a oferenda é dotada de axé (energia), há uma crença de quem não é do culto, de que botar a mão ou qualquer coisa, pode trazer a energia da oferenda para a pessoa, por isso, a coleta regular de resíduos era um dos desafios da equipe diante do medo e de uma preconceituosa resistência em recolher os materiais utilizados nos rituais pelos funcionários do Parque ou da COMLURB. Entretanto, os funcionários evangélicos eram os únicos que não teriam medo de retirar os resíduos religiosos. O que provavelmente teria parentesco com o que Marcio Goldman chamou de “semiótica reacionária” em relação aos discursos de proibição de sacrifício de animais, um dos tipos de oferenda realizada pelos afro-religiosos, em oposição da “semiótica moderna” dos ecologistas, “supões que as religiões de matriz africana estão erradas porque acreditam e cultuam seres maléficos que, erroneamente, consideram benéficas” [10].

Referências

1 - BONIOLO, R M. “Um tempo que se faz novo”: o encantamento de uma política pública voltada à regulamentação dos rituais de religiões afro-brasileiras. Niterói, 2014. 150p. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal Fluminense.

2 - CARVALHO, J. J. As artes sagradas afro-brasileiras e a preservação da natureza. Série Antropologia, 381. Brasília, 2005.

3 - DESCOLA, P. Outras Naturezas, outras Culturas. 1 .ed. Coleção Fábula, Editora 34, 2016. 64p.

4 - EMIL, L. R. Habitar entre dois: Etnografia com a egbé do Ilê Asè Omi Olodô, em Porto Alegre, RS. Porto Alegre, 2013. 136p. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 5 - GUATTARI, F. As três ecologias. Tradução de Maria Cristina F. Bittencourt. 1990. 6 - GUEDES, L. “Porque a natureza é o altar de todos nós” Uma etnografia sobre as práticas ecológicas das religiões afro-brasileiras na Região Metropolitana de Porto Alegre. Porto Alegre, 2013. 59p. Monografia (Bacharelado em Ciências Sociais) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

7 - GOLDMAN, M. Formas do saber e modos do ser: observações sobre multiplicidade e ontologia no candomblé. Religião e Sociedade, v. 25, n. 2, p. 102-120. 2005.

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8 - GOLDMAN, M. Histórias, Devires e Fetiches das Religiões Afro-Brasileiras. Ensaio de Simetrização Antropológica. Análise Social, v. XLIV, p. 105-137, 2009

9 - GOLDMAN, M. Dois ou três platôs de uma antropologia de esquerda. Cosmos e Contexto. 2014.

10 - GOLDMAN, M. Dez gritos sobre a campanha contra as religiões de matriz africana. Disponível em: https://www.facebook.com/nucleodeantropologiasimetrica/posts/dez-gritos-sobre-a-campanha/903091399747254/.Acesso em: 31 de jul. de 2018.

11 - LATOUR, B. Jamais Fomos Modernos - Ensaios de Antropologia Simétrica. São Paulo: Editora 34. 2005 [1991].

12 - LATOUR, B. Reagregando o Social: Uma introdução à Teoria Ator-Rede. Salvador/Bauru, EDUFBA/EDUSC, pp, 17-40. 2012 [2005].

13 - LAW, J. ‘Actor Network Theory and Material Semiotics. In: Turner, Bryan S. ed. The New Blackwell Companion to Social Theory, 3rd Edition. Oxford: Blackwell, pp. 141-158 . 2009.

14 - ORO, A. P. O sacrifício de animais nas religiões afro-brasileiras: análise de uma polêmica recente no Rio Grande do Sul. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, ISER/CER, v.25, n.2, pp. 11-31. 2005.

15 - PIEVES, S. M. N. Romaria das águas: entre práticas religiosas e práticas ecológicas no Rio Grande do Sul. Iluminuras, Porto Alegre, v.12, n. 29, p. 67-81. 2011.

16 - PRANDI, R. Os orixás e a natureza. In: Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Companhia das letras. 2005.

17 - RAMOS, J. A (cosmo)lógica das relações humano-animais nas religiões afro-brasileiras. Iluminuras, Porto Alegre, v. 17, n. 42, p. 166-189. 2016.

18 - RENOU, M. Oferenda e Lixo Religioso - como um grupo de sacerdotes do candomblé angola de Nova Iguaçu „faz o social‟. Rio de Janeiro, 2011. 192p. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

19 - SANTOS, F. Igiosè no reino de obaràyí - Uma etnografia acerca da presença do baobá no Ilê Axé Opô Aganjú, Bahia. Recife, 2016. 182p. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Pernambuco. 20 - SILVA, M. Orixás, guardiões da ecologia: Um estudo sobre conflito e legitimação das práticas religiosas afro-brasileiras em Porto Alegre. São Paulo, 2012. 140p. Dissertação

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(Mestrado em Antropologia Social) - Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de São Paulo.

21 - STENGERS, I. Reativar o animismo. Net, Chão da Feira. Caderno de Leituras n. 62. 2017. Disponível em: < http://chaodafeira.com/wp-content/uploads/2017/05/caderno-62-reativar-ok.pdf> Acesso em: 29 jun. 2018.

22 - STENGERS, I. A proposição cosmopolítica. Net, Revista do Instituto de Estudos

Brasileiros, Brasil, n. 69, p. 442-464. 2018. Disponível em:

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23 - TESSEROLLI, M. Breves reflexões sobre o ebó, uma oferenda ritual.

24 - TSING, A. Margens indomáveis: cogumelos como espécies companheiras. Ilha Revista de Antropologia, 17.1. 2015.

25 - VENTURINI, T. “Diving in magma: how to explore controversies with actor-network theory”, 258-273. In: Public Understanding of Science 19 (3). 2010.

26 - VERGER, P. Ewé - o uso das plantas na sociedade yorubá. Companhias das Letras. 1995 27 - VIVEIROS DE CASTRO, E. O nativo relativo. Mana. vol.8, n.1 [cited 2018-03-01], pg.113-148. 2002.

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