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INFORME EPIDEMIOLÓGICO N o 06/ /08/2020. Destaques da Semana Epidemiológica a 08 de agosto

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Vigilância em Saúde Vigilância Epidemiológica

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INFORME EPIDEMIOLÓGICO N

o

06/2020

08/08/2020

O Informe Epidemiológico sobre a COVID-19, tem o objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos confirmados de COVID-19 em residentes em Várzea Grande.

Neste informe apresentamos as informações desde a data da notificação do primeiro caso em Várzea Grande até a 32ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de 16 de março, quando foi registrado o primeiro caso de residentes em Várzea Grande à 08 de agosto de 2020.

Destaques da Semana Epidemiológica 32 –02 a 08 de agosto

- Até 08 de agosto:

- 5.102 casos de COVID-19 em residentes em Várzea Grande

- 4.132 recuperados de COVID-19 ou seja - 81% dos residentes infectados residentes de Várzea Grande, estão livres da doença.

- Taxa de incidência é inferior à de Mato Grosso

- Idosos representaram 15,4% do total de casos notificados; 42,8% dos pacientes internados e 62,5% dos óbitos.

- Na última semana

- Redução do número de casos notificados e de óbitos quando comparados com as semanas anteriores.

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Casos confirmados de COVID-19 em residentes em Várzea Grande-MT de 16 de março a 08 de agosto

Desde a notificação do primeiro caso de COVID-19 em residentes em Várzea Grande em 16 de março até 08 de agosto, foram confirmados 5.102 casos. Desses, a maioria (4.132; 81,0%) se recuperou, 331 (6,5%) foram a óbito, 551 (10,8%) estão sendo monitorados (em isolamento) e 87 (1,7%) continuavam internados (Figura 1).

Figura 1. Situação dos casos de COVID-19 em Várzea Grande até 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS-Várzea Grande

Nesta semana (SE 32) foram notificados (sintomáticos e assintomáticos) 322 casos de COVID-19 (Figura 2). Apesar da oscilação do número de casos notificados semanalmente, observamos diminuição de novos casos notificados nessas últimas quatro semanas (SE 31: 416; SE 30: 537; SE 29: 634). Contudo, a redução pode ser verificada principalmente nas duas últimas semanas (SE 31 e SE 32). Mesmo com essa diminuição, no último mês (12 de julho a 08 de agosto) foi registrado aproximadamente 37% do total de casos notificados de COVID-19 desde 16 de março (Figura 2).

Nesta semana epidemiológica (SE 32) foram registrados diariamente 46 casos novos, valor inferior às três semanas anteriores (SE 31: 59/dia; SE 30: 77/dia; SE 29: 91/dia).

331 óbitos 86 hospitalizados 4.132 recuperados 5.102 casos de COVID-19 551 monitorados

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Figura 2. Número de casos registrados por COVID-19 segundo semana epidemiológica de notificação*. Várzea Grande, 16 de março a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS-Várzea Grande *Um caso sem data de notificação

Para melhor análise epidemiológica da distribuição dos casos de COVID-19 em Várzea Grande, apresentaremos, além do número de casos notificados semanalmente, o quantitativo semanal do número de casos de acordo com a data de início dos sintomas. Sendo assim, os dados apresentados na Figura 3, referem-se aos casos de indivíduos que estiveram sintomáticos e cuja informação da data de início de sintomas foi referida pelos mesmos (4.753), sendo que, desta forma excluídos os casos assintomáticos ou aqueles que se desconheciam a data de início dos sintomas.

A SE 25 (14 a 20 de junho) foi aquela com o maior número de indivíduos com início de sintomas (707) (Figura 3). A partir desta semana o número de casos novos vem diminuindo sistematicamente, tendo 46 casos referidos o início dos sintomas nesta última semana (02 a 08 de agosto). 3 2 128 0 0 1 4 16 29 87 116 185257 573635 538618 634537 416 322 3 5 133 133 133 134138 154 183 270 386 571 828 1401 2036 2574 3192 3826 4363 4779 5101 0 500 1000 1500 2000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 12° 13° 14° 15° 16° 17° 18° 19° 20° 21° 22° 23° 24° 25° 26° 27° 28° 29° 30° 31° 32° N úm er o de c as o s a cum ul ado s Semana Epidemiológica

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Figura 3. Número de casos registrados por COVID-19 segundo semana epidemiológica de início de sintomas. Várzea Grande, 16 de março a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS-Várzea Grande

Do total de casos de COVID-19 em residentes em Mato Grosso (63.336)1, 8% foram de residentes em Várzea Grande sendo o segundo município com o maior número de casos no estado, mas equivalente a representatividade populacional do Estado, 8,8%.

A taxa de incidência (1.795,3 casos/100.000 habitantes) cresceu quando comparada com a da semana passada (1.488,1/100.000) mas, manteve-se inferior à taxa em Mato Grosso (1.833,1/100.000 habitantes) e com aumento proporcional semelhante, tendo em vista que no estado o crescimento, na última semana, foi de 19,2% e no município, 20,6%.

Características dos casos de COVID-19 residentes em Várzea Grande

Entre os casos confirmados de COVID-19 residentes em Várzea Grande (5.102) 52,2% foi do sexo feminino dentre estas 18 eram gestantes. A idade média foi 42 anos sendo que quase a metade (46,4%) dos casos, tinha entre 30 e 49 anos, e o grupo de 20 a 49 anos concentrou 63,1% dos casos; idosos 15,4% (786) dos casos; e cerca de 7% eram crianças e adolescentes (0 a 19 anos). Com proporções semelhantes entre os sexos, chamando atenção o percentual bem mais elevado de crianças no sexo masculino quando comparado ao sexo feminino (Figura 4).

2 3 4 4 1 1 1 8 18 65 99 164226 385 551 707 585 541534 398 239 171 46 2 5 9 13 14 15 16 24 42 107206 370596 981 1532 2239 2824 3365 3899 42974536 47074753 0 500 1000 1500 2000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 10° 11° 12° 13° 14° 15° 16° 17° 18° 19° 20° 21° 22° 23° 24° 25° 26° 27° 28° 29° 30° 31° 32° N úm er o de c as o s na s em ana N úm er o de c as o s a cum ul ado s Semana Epidemiológica

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Figura 4. Percentual de casos de COVID-19 segundo faixa etária (anos) e sexo. Várzea Grande, 16 de março a 8 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande. *por 100.000 habitantes

A taxa de incidência por faixa etária (Figura 5), revela que a taxa mais elevada foi de idosos (2.737,0/100.000 habitantes), seguida por 40 a 49 anos (2.717,0/100.000) e adultos de 50 a 59 anos (2.623,4/100.000).

Figura 5. Taxa de incidência* de COVID-19 segundo grupo etário. Várzea Grande, 16 de março a 8 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande. *por 100.000 habitantes

1.5% 4.4% 17.2% 25.5% 22.5% 13.8% 15.0% 30.0% 20.0% 10.0% 0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 0 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e mais F ai x a E tá ri a ( ano s) Feminino Masculino 15,8% 16,3% 20,8% 23,8% 16,1% 4,5% 2,7% 234.1 508.5 1801.2 2578.3 2717.0 2623.4 2737.0 0.0 500.0 1000.0 1500.0 2000.0 2500.0 3000.0 0 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 50 60 e mais T ax a de in cid ênc ia ( 100.000 ha b)

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Aproximadamente 44% dos indivíduos com COVID-19 residentes em Várzea Grande referiram a presença de comorbidades. Entre os indivíduos que informaram comorbidades (2.236), isoladas ou associadas, prevaleceram hipertensão arterial (566), diabetes mellitus (467), doença cardiovascular crônica (251), doença pulmonar crônica (108), doença renal crônica (55), obesidade (57) e neoplasia (18) (Figura 6). Hipertensão arterial e diabetes mellitus estiveram presentes conjuntamente em 333 indivíduos e 73,2% daqueles com obesidade também eram portadores de hipertensão arterial (41).

Figura 6. Principais morbidades referidas pelos casos confirmados de COVID-19. Várzea Grande, 16 de março a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

Os sintomas mais frequentes entre os indivíduos sintomáticos (4.747) foram: tosse (2.076), febre (2.004), dor de garganta (1.292), dispneia (746), cefaleia/dor de cabeça (724), desconforto respiratório (472), diarreia (468), perda do paladar (435), perda do olfato (422), mialgia (284), coriza (254), dor no corpo (221) e vômito (153) (Figura 7). Cerca de 6% dos casos de COVID-19 residentes em Várzea Grande foram assintomáticos. (Figura 7)

566 467 251 108 55 57 18 Hipertensão arterial Diabetes mellitus Doença cardiovascular crônica Doença pulmonar crônica Doença renal crônica Obesidade Neoplasia

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Figura 7. Principais sintomas referidos pelos casos confirmados de COVID-19. Várzea Grande, 16 de março a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

Internações por COVID-19 em residentes em Várzea Grande

Desde 1º de abril a 08 de agosto estiveram internados 915 indivíduos com COVID-19 residentes em Várzea Grande e desses, 64,3% haviam se recuperado e recebido alta e 33,9% foram a óbito até 08 de agosto. Mais da metade dos pacientes internados eram do sexo masculino (55,4%) e entre as mulheres 3,4% (14) estavam gestantes.

A maioria das internações ocorreu em hospitais públicos (74,3%). Cabe ressaltar que mais da metade (66,4%) dos leitos eram pactuados pelo SUS para o atendimento a pacientes com COVID-19. Cerca de 60% (58,3%) das internações ocorreram em hospitais de Várzea Grande e 41,7% ocorreram em hospitais de Cuiabá. Do total de internados residentes em Várzea Grande, 38,6% foram no Hospital Estadual Metropolitano (Figura 8).

2076 2004 1292 746 724 472 468 435 422 284 254 221 153 0 400 800 1200 1600 2000 2400 N Sintomas

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Figura 8 Distribuição (%) dos pacientes com COVID-19 internados em hospitais de Várzea Grande. Várzea Grande-MT, 1º de abril a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

A média de idade entre os pacientes internados era de 56,3 anos (mediana 56,0 anos), 42,8% com 60 anos ou mais de idade (Figura 9). Entre os pacientes internados, 24 eram profissionais de saúde sendo 41,7% da área da enfermagem.

Figura 9. Faixa etária (%) de indivíduos, residentes em Várzea Grande, internados por COVID-19. Várzea Grande-MT, 1º de abril a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

1.3 0.9 3.5 10.2 18.1 23.2 42.8 0 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e mais

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A taxa de permanência hospitalar entre aqueles que já receberam alta ou foram à óbito foi de 8,2 dias com tempo mínimo de 0 dia e máximo de 61 dias e mediana 6 dias. O intervalo entre o início dos sintomas e a internação foi de 8 dias (0 a 65 dias), mediana de 7 dias.

Entre todos os pacientes internados com evolução do caso (cura/óbito), 10,9% ocuparam leitos de UTI desde o momento de internação até a alta/óbito. No momento da internação 13,9% (127) precisaram de leitos de UTI, tendo ocorrido melhora de alguns que, posteriormente, foram transferidos para leitos de enfermaria (16,5%). Entretanto, entre os pacientes que internaram em leitos de enfermaria (697), 14,1% necessitaram ser transferidos para leitos de UTI durante a internação.

Fizeram uso de ventilação mecânica 242 (26,4%) indivíduos, sendo que durante a internação, somente 237 necessitaram desse procedimento. Entre os 503 pacientes com informação sobre a saturação de oxigênio na internação, 70,7% foi classificada com moderada ou grave. Entre os pacientes internados com confirmação laboratorial (754) dos casos, 32,4% foram por meio de RT-PCR e 63,4% por teste rápido; 152 pacientes tiveram diagnóstico clínico. Mais da metade dos pacientes internados até o dia 08 de agosto referiram comorbidades (559 ou 61,1%). Entre as mais frequentes destacam-se hipertensão (409), diabetes mellitus (230), doença cardiovascular (80), doença pulmonar (36), neoplasia (21), obesidade (19) e doença renal crônica (35) (Figura 10).

Figura 10. Principais comorbidades referidas pelos residentes em Várzea Grande internados por COVID-19. Várzea Grande-MT, 1º de abril a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

44.7 25.1 8.7 3.9 3.8 2.3 2.1 Hipertensão arterial Diabetes mellitus Doença cardiovascular crônica Doença pulmonar crônica Doença renal crônica Neoplasia Obesidade C o m o rbi d a d e s

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Mortalidade por COVID-19 em residentes em Várzea Grande

Desde a notificação do primeiro óbito em 07 de maio (SE 19) até 08 de agosto (SE 32) foram registrados 331 óbitos em residentes em Várzea Grande, resultando em taxa de letalidade de 6,5%, A taxa de mortalidade por COVID-19 em residentes de Várzea Grande (116,1/100.000 habitantes).

Entre os 331 óbitos por COVID-19 de residentes em Várzea Grande com informação da data do óbito, 23 ocorreram nesta última semana (SE 32), com cerca de 4 óbitos/dia, verificando-se tendência de aumento de óbitos a partir da SE 24, em que o número mais que dobrou ao comprar com a semana anterior. A SE 28 foi a que ocorreu o maior número de óbitos (43) sendo observado redução de mortes nas semanas seguintes. Nas cinco últimas semanas (05 de julho a 08 de agosto de 2020) foram registrados mais da metade dos óbitos (52,2%) (Figura 11).

Figura 11. Número de óbitos por COVID-19 segundo Semana Epidemiológica. Várzea Grande, 07 de maio a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

Nota: Um óbito não consta a data a ocorrência do mesmo.

1 3 2 7 11 23 32 37 42 43 42 36 28 23 1 4 6 13 24 47 79 116 158 201 243 279 307 330 0 100 200 300 400 0 100 200 300 400 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º 31º 32º N úm er o a cum ul ado de óbi to s N úm er o de óbi to s po r se m ana Semana Epidemiológica

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Entre os 331 óbitos por COVID-19 de residentes em Várzea Grande, 58,3% eram do sexo masculino, com idade média de 64,2 anos sendo 62,5% idosos e entre eles cerca de 39% tinham entre 60 a 69 anos (Figura 12).

Figura 12. Óbitos (%) segundo faixa etária. Várzea Grande, 07 de maio a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

Dos 309 indivíduos que estiveram internados e vieram a óbito, 87,0% ocuparam leitos de UTI sendo que 46% estiveram em leitos de UTI desde o momento da internação. A média de permanência (média entre a data de internação e data do óbito) foi 9,6 dias (1 a 61 dias). O tempo médio entre o início dos sintomas e a internação foi de 7,4 dias (1 a 47 dias) e entre o início dos sintomas e a morte foi 16,6 dias (1 a 70 dias).

Mais de 3/4 dos indivíduos que foram a óbito apresentavam comorbidades (77,6%). Entre os que se conheciam a comorbidade (257), as mais frequentes foram: hipertensão (191), diabetes (144), doença cardíaca (53), doença renal (22), doença pulmonar (20), neoplasia (2) e obesidade (8). 0.6 0.3 3.9 13.6 19.0 62.5 0 20 40 60 80 10 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e mais %

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Distribuição espacial dos casos de COVID-19 em residentes de Várzea Grande

A figura 13 apresenta a distribuição espacial dos casos de COVID-19 em Várzea Grande desde 06 de junho (SE 23) até 08 de agosto (SE 32), evidenciando áreas de maior concentração, contudo com dispersão por toda a cidade. Na figura é possível observar que na maioria dos bairros não há um forte incremento em determinado período. Em grande parte dos bairros há diminuição do ritmo de surgimento de casos novos após a SE 29, porém no Centro e no Cristo Rei esta diminuição do ritmo é menor do que nas outras áreas da cidade.

Figura 13. Distribuição geográfica dos casos de COVID-19 segundo bairro de residência*. Várzea Grande, 06 de junho a 08 de agosto de 2020.

Fonte: VE/SMS Várzea Grande

Nota: A análise da figura se dá pela comparação da largura dos anéis que representam cada semana: quanto mais largo o anel, maior o percentual de crescimento em relação ao período anterior.

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Os bairros com o maior número de casos são: Centro (413), Cristo Rei (307), Parque do Lago (243), Jardim Glória (221), Canelas (210), São Mateus (150), Costa Verde (143), Mapin (141), Ikaray (138), Marajoara (138), Santa Isabel (127), Jardim dos Estados (125), Ponte Nova (106), Ipase (103).

Projeção de casos de COVID-19 para residentes em Várzea Grande

Considerando que não haja alteração referente as medidas de controle no município de Várzea Grande, a previsão é que o número total de casos de COVID-19 na próxima semana, continuará em crescimento, contudo mais lento, alcançando em 15 de agosto, 5.828 (5.442-6.213). Essa projeção, realizada por meio de modelos matemáticos3, considera a proporção de

infectados e o número acumulados de casos e evidenciou um aumento em torno de 15%. As simulações do modelo SIR3 realizadas a partir dos valores de parâmetros que melhor aproxima o modelo ao histórico do acumulado de casos nos indicam que Várzea Grande já passou por um pico de casos e está em uma fase de crescimento desacelerado para o acumulado de casos, fato evidenciado nas figuras 2 e 3 deste infome.

Duas medidas são essenciais na análise de dinâmica de doenças infecciosas: i) o número acumulado de casos. Isto é, a quantidade total de indivíduos que já contraíram o virus; ii) O número de indivíduos infectados e que são capazes de transmitir a doença. A importância da segunda medida está no fato de que são os indivíduos capazes de transmitir a doença os principais responsáveis pela dinâmica de crescimento do acumulado de casos.

Assim, a variação no número de indivíduos infectados em cada instante de tempo ocorre pela diferença entre o número de novos indivíduos infectados e o número de indivíduos que se recuperam da doença ou, eventualmente, venham a óbito. Portanto, para cada instante de tempo, quando o número de novos casos é maior do que o número de recuperados (ou óbitos) temos um aumento no número de indivíduos infectados. Caso contrário, quando o número de novos casos é menor do que o número de recuperados (ou óbitos) temos um decréscimo no número de indivíduos infectados. Sendo assim, um dos principais mecanismos da dinâmica de doenças infecciosas é a relação entre o número de novos casos e o número de recuperados (ou óbitos).

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Dessa forma, quando olhadas através do tempo, a primeira dessas medidas é sempre crescente (mais precisamente, não-decrescente) enquanto que a segunda medida apresenta uma fase de crescimento, atinge um pico e entra em uma fase de decrescimento com relação ao tempo.

Observamos que desde a SE 12 o Rt oscilou entre 0,00 (SE 15; SE 16 e SE 17) e 6,92 (SE 14) demonstrando grandes diferenças no que se refere a reprodução do vírus, ou seja, ao número médio de contágios causados por cada pessoa infectada, em uma população onde todos são suscetíveis.

Nesta última semana (SE 32 – 02 a 08 de agosto) estimou-se o Rt em 0,63, valor pouco mais elevado que a semana anterior (0,46), entretanto inferior as outras semanas desde a semana semelhante aos observados nas últimas quatro semanas (SE 30: 0,80; SE 29: 0,98; SE 28: 0,90; SE 27: 0,87), sugerindo redução da dispersão da epidemia no município de Várzea Grande e provável efeito das medidas de controles mais rígidas praticadas nesse período. Entretanto, frizamos que somente se o Rt se mantiver menor do que 1 por várias semanas a epidemia irá diminuir de tamanho até ser eliminada ao longo do tempo e, como referido anteriormente, a desaceleração se dá lentamente, ou seja, a disseminação do vírus permanece, mas o número de infectados se espalha ao longo do tempo até cessar o número casos.

Enfatizamos que os modelos matemáticos podem, e devem, ser vistos como uma aproximação da realidade. A confiabilidade de tais modelos depende fortemente da confiabilidade das fontes de informações da realidade que temos acesso. Quanto mais precisas forem as informações disponíveis, maior será o grau de previsibilidade do modelo sobre a realidade3.

Apesar da atenuação do número de casos e mortes de COVID-19 na população várzea-grandense, tanto a taxa de incidência quanto a de mortalidade permanecem elevadas. Tal fato aponta para a necessidade de reforçar as medidas de isolamento social, o uso de máscara em locais públicos, evitar aglomerações, como eventos festivos, reuniões em bares e outros. A inexistência de vacina para prevenir a infecção por COVID-19 tão pouco medicamento antiviral específico para seu tratamento, torna a prevenção a melhor estratégia para o controle da doença.

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Várzea Grande, 10 de agosto de 2020.

Vigilância Epidemiológica-SMS de Várzea Grande Instituto de Saúde Coletiva-UFMT Departamento de Geografia-UFMT Departamento de Matemática- UFMT

Referências

1. Secretaria de Estado da Saúde de Mato Grosso. Boletim informativo nº 153. Situação epidemiológica SRAG e COVID-19. Publicado 08 de agosto de 2020. Disponível: http://www.saude.mt.gov.br/informe/584. Acesso em 08 de agosto de 2020. 2. Ministério da Saúde. Painel Coronavirus. Disponível: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em 08 de agosto de 2020. 3. Cecconello M S. Evolução da Covid-19 no Brasil, Mato Grosso e Cuiabá. Relatório técnico No 1, 2020.Publicado em 13 de maio de 2020. Disponível: https://www.dropbox.com/s/w9m08dz7qvawgv9/Notatecnica.pdf?dl=0. Acesso em 18 de maio de 2020.

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