• Nenhum resultado encontrado

Bactérias, vírus e outros microorganismos. tão grandes à humanidade quanto as mais terríveis guerras, terremotos e erupções de vulcões

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Bactérias, vírus e outros microorganismos. tão grandes à humanidade quanto as mais terríveis guerras, terremotos e erupções de vulcões"

Copied!
53
0
0

Texto

(1)

1

Crânio humano asiático da Idade do Bronze (entre 3.300 a.C. e 700 a.C.) da cultura Yamnaya, que apresentava a bactéria Y.

pestis, causadora da peste

Bactérias, vírus e outros micro-organismos já causaram estragos tão grandes à humanidade quanto

as mais terríveis guerras,

(2)

2 VARÍOLA 300 milhões de mortos -1896 a 1980 Vacinação, ERRADICADA Higiene, saneamento, antibióticos CÓLERA Centenas de milhares de mortos - 1817 a 1824 TIFO 3 milhões de mortos (Europa Oriental e Rússia) - 1918 a 1922 Antibióticos

As pestes

humanas

PESTE NEGRA 50 milhões de mortos (Europa e Ásia) - 1333 a 1351 Higiene, saneamento, antibióticos

(3)

3 Gripe Espanhola 300 milhões de mortos -1896 a 1980 Vacinação contra tipos conhecidos FEBRE AMARELA 30 000 mortos (Etiópia) - 1960 a 1962 Vacina Vacina SARAMPO

6 milhões de mortos por ano - Até 1963

(4)

4 TUBERCULOSE 1 bilhão de mortos -1850 a 1950 Antibióticos AIDS 34 milhões de mortos -Desde 1981 Antivirais MALÁRIA

3 milhões de mortos por ano - Desde 1980

(5)

5

Prevenção e controle de

infecções virais

(6)

6

Medidas de prevenção de doenças virais

1.

Quarentena

Isolamento físico de

pessoas infectadas

de pessoas não

infectadas. Ex:

varíola, vírus Ebola

(7)

7

Medidas de prevenção de doenças virais

2.

Eliminação do Vetor

Medida de controle de

arboviroses. Controle

do mosquito

(eliminação de sítios

de reprodução,

destruição dos

mosquitos e larvas).

Ex. dengue e febre

(8)

8

Medidas de prevenção de doenças virais

3. Redução do risco de

exposição

 Introdução de melhorias

sanitárias (ex. infecções entéricas)

 Adoção de práticas e

vestuários protetores (ex. HBV, HIV)

 Veiculação de informações

para a população (doenças sexualmente transmitidas,

(9)

9

Medidas de prevenção de doenças virais

4. Controle do

sangue e

derivados (HBV,

HCV, HIV,

(10)

10

Medidas de prevenção de doenças virais

5.

Imunização:

passiva

(imunoglobulina) e

ativa (vacinação)

(11)

11

PREVENÇÃO E CONTROLE NA SAÚDE

PÚBLICA

1.

VACINAÇÃO

(12)

Brasil regiões Número de municípios (%) água encanada (%) rede de esgoto 2000 2008 2000 2008 2000 2008 Norte 449 449 94 98.4 7.1 13.4 Nordeste 1787 1793 96.4 96 42.9 45.7 Sudeste 1666 1668 100 100 92.9 95.1 sul 1159 1188 98.5 99.8 38.9 39.7 Centro-oeste 446 466 98.4 99.6 17.9 28.3 BRASIL 5507 5564 97.9 99.4 52.2 55.2

Brasil: número de municípios com cobertura

sanitária 2000/2008

Source: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2008

Houve um aumento no número de municípios com cobertura sanitária em todas as regiões Brasileiras, embora permaneçam diferenças regionais marcantes com relação a extenção destes serviços

(13)

Tendências nas causas de óbito no Brasil

(14)

Programa Nacional de

Imunizações (PNI)

• Uma das maiores taxas de cobertura vacinal no

mundo

• Um total de 16 tipos de vacinas gratuitamente

distribuídas em 30.000 postos de saúde

(15)

Pegue a sua lupa

(16)

VIP

15

2 doses 9 -13 anos

BCG (ID): Formas graves de tuberculose

Pentavalente:triplice bacteriana (difteria, tétano e pertussis) + HBV + Hib(meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b)

PNEUMOCOCICA 10V: Doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae tipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F 23F.

MENINGOCOCICA C:Doenças invasivas causadas por Neisseria meningitidis do sorogrupo C

FEBRE AMARELA: todos os estados das regiões Norte e Centro Oeste; Minas Gerais e Maranhão; alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

(17)

Onde está a sua carteira de

vacinação?

(18)

A sua carteira de vacinação está

em dia?

(19)

Vacinação de profissionais de saúde

»Influenza

»Varicela

»DT

»Hepatite A

»Hepatite B

»Tríplice viral

19

(20)

Avanços recentes no diagnóstico,

prevenção e controle de doenças

infecciosas

• Desenvolvimento de novas metodologias de

diagnóstico

• Melhor conhecimento da biologia dos

diferentes

patógenos

e dos mecanismos

patogenéticos

• Desenho de novas

drogas terapêuticas

• Desenvolvimento de novas metodologias de

vacinas

(21)

21

Apesar dos grandes avanços na medicina, as

doenças infecciosas ainda afligem a espécie

humana:

Pandemias

Emergência e re-emergência de novas

doenças

(22)

Medidas de

prevenção

22

(23)

23

As medidas ambientais e de comportamento

como forma de controle reduzem as chances de

infecção. Entretanto, a vacinação representa a

medida mais eficaz,

porque torna o indivíduo

resistente a infecção

.

(24)

24

Varíola

 Varíola: doença devastadora,

desfigurante a altamente infecciosa. Descrita desde 1500 anos a. C.

 Caracterizava-se pelo

aparecimento de inúmeras pústulas por todo corpo, com taxa de

mortalidade de 5% (Varíola menor) a mais de 25% (Varíola maior).

(25)

Varíola

“O corpo todo, da cabeça aos pés, fica coberto com inúmeras pústulas, que queimam como fogo. A face é terrivelmente inchada e desfigurada. A garganta exala um odor fétido. Dos ollhos fluem lágrimas e pus, da boca flui uma saliva azeda e do intestino um excremento apodrecido, geralmente misturado com pús e sangue. O corpo todo é um abscesso. Não se pode mesmo ver o homem no doente.”

(26)

26

Variolação

Primeira tentativa de

controle do sarampo

adotada a partir do

século X. Crostas de

lesões de uma

pessoa infectada

eram dessecadas e

inaladas.

(27)

27

A primeira vacinação (1796)

Edward Jenner vacinou um indívíduo (Mr Phipps), que

trabalhava para ele, e seu filho com o vírus cowpox

extraído de uma vaca e depois desafiou-os com uma amostra virulenta de vírus da

(28)

28

Edward Jenner

“.... A eliminação da varíola, um dos mais temidos flagelos da espécie humana, deve ser o resultado final desta prática.”

(Edward Jenner, 1801)

“A medicina nunca havia produzido um evento de tamanha utilidade. Jenner apagou do calendário uma das maiores aflições humanas”.

(29)

29 Iniciada de forma irregular ainda no século XVIII, a vacinação contra varíola só se tornou efetiva a partir do século XX, após a campanha iniciada no Rio de Janeiro por Oswaldo Cruz.

Brasil: A revolta da vacina

(30)

30

Quatro gerações de vacinas virais

1a geração Animais Varíola Raiva 2a geração Ovos Febre Amarela Influenza 3a geração Cultura Celular Polio Sarampo Cachumba Rubéola 4a geração DNA recombinante Hepatite B HPV Antes 1900 30´ 50´ 80´

(31)

31

Considerações imunológicas sobre as vacinas

Principal objetivo de uma imunização artificial pela

vacina é de estimular a formação de um título alto

de anticorpos da

classe apropriada

, direcionados

contra os

epítopos relevantes

na superfície do

vírion para

prevenção da infecção

pelo vírus

selvagem

• Infecções virais disseminadas (sangue): imunidade

atribuída ao anticorpo

IgG

• Infecções virais localizadas: imunidade atribuída ao

anticorpo

IgA

(32)

32

Métodos tradicionais de produção de vacinas

1.

Vacinas de vírus vivo (atenuada)

Uso de vírus vivo (produz infecção) mas atenuado

(não causa doença)

Replicação viral: resposta imune celular e humoral

de longa duração

Atenuação: Perda progressiva da virulência para o

hospedeiro original. Na atenuação, os mutantes

são selecionados por passagens em hospedeiros

(33)

33

2.

Vacinas de vírus morto (inativada)

Preparada a partir de cepas virulentas

Princípio: destruição da infecciosidade (p.ex.

formaldeído) com retenção da

imunogenicidade

Não ocorre replicação da vírus vacinal:

resposta imune predominantemente humoral

(34)

34

 Simula infecção natural

 Induz resposta imune humoral e

celular (imunidade de longa duração)

 OPV: facilmente administrada e

infecção de rebanho

 Possibilidade de doença associada a

vacina

 Reversão a virulência

 Risco de inativação

 Não podem ser administradas em

mulheres grávidas

 Seguras

 Boa estabilidade (transporte e

armazenamento)

 Podem ser administradas a

mulheres grávidas

 Induz somente resposta imune

humoral

 Doses múltiplas

 Maior custo

Vantagens

Desvantagens

(35)

35

Outras metodologias de produção de vacinas

Problemas ainda existentes..

Algumas vacinas não proporcionam uma proteção

adequada;

Algumas vacinas não são seguras em indivíduos

imunocomprometidos;

Ainda existe um grande número de doenças

infecciosas para as quais não existem vacinas

(36)

36

Novas metodologias de produção de vacinas

Vacinas de subunidades virais

Proteínas virais recombinantes (a partir de

genes clonados): vacinas seguras e não

infecciosas, sem necessidade de cultivo celular.

P.ex. Hepatite B, HPV

(37)

37

Vacina recombinante de hepatite B

Gene S Clonagem em leveduras Expressão e purificação da proteína HBsAg Genoma do HBV

(38)

38

Novas metodologias de produção de vacinas

Vacinas de subunidades virais

Proteínas virais purificadas: proteínas de

superfície que induzem anticorpos

(39)

Um importante obstáculo da imunização com

proteínas recombinantes é que essas vacinas

de subunidades são pouco imunogênicas...

(40)

Indução da resposta imune

O objetivo da vacinação a partir de qualquer

formulação é de estimular as respostas adaptativas e inatas do sistema imune para uma determinada infecção.

CÉLULAS DENDRÍTICAS: interface predominante entre as respostas imunes

inata e adaptativa

Achegada de antígenos nas células dendríticas é

central para o desenvolvimento de uma resposta imune

protetora

A eficiência de entrada de antígenos solúveis nas

células dendriticas é significantemente menor em comparação com as partículas virais

(41)

41

Novas metodologias de produção de vacinas

Vacinas com vetores virais

 Vem sendo testadas visando aumentar o potencial imunogênico

das proteínas recombinantes

 Vacina potencialmente segura, capaz de induzir uma resposta

imune vigorosa (pela simulação de uma infecção natural)

 Clonagem do gene de interesse em um vírus vetor: vaccinia,

canaripox, adenovírus

(42)

42

Erradicação de doenças virais

Medidas de controle

diminuem as chances de infecção mas

precisam ser mantidas indefinidamente

A erradicação implica na eliminação do agente

(43)

Donald Millar, William Foege, Michael Lane, CDC Smallpox Eradication Program

Varíola: erradicada em 1977 em um processo internacional, com vacinas potentes, estáveis, de fácil administração acompanhados

(44)
(45)

45

Vacina atenuada (Sabin):

Via oral, replicação no intestino (resposta de IgA): impede a replicação do vírus selvagem, resposta humoral e celular

Casos de polio associados a vacina: reversão a virulência (1 em 4,000,000 doses de OPV)

Vacina inativada (Salk)

Não estimula imunidade de mucosa (IgA)

Não previne a infecção pelo vírus selvagem

(46)

46

ERRADICAÇÃO DO VÍRUS DA POLIOMIELITE

1988 Doença endêmica em 125 países (350.000 casos) 2003 Doença endêmica em 6 países

(47)

Hoje: Doença endêmica* em somente 3 países:

- Paquistão - Afeganistão - Nigéria

País Casos 2016 Casos 2015 último caso

Paquistão* 9 54 27/07/2016 Afeganistão* 14 20 11/08/2016

Nigéria* 3 0 06/08/2016 TOTAL 26 74

(48)

48

Troca da vacina oral de polio

trivalente (1,2,3) pela vacina

bivalente (1,3)

Processo previsto para ocorrer de

forma sincronizada no mundo

dentro do Plano Global de

Erradicação da Poliomielite entre 17 abril e 1 Maio de 2016.

Poliovirus tipo 2* considerado

erradicado no mundo em setembro de 2015 (último caso na Índia em 1999)

*Envolvido na maioria dos casos de polio associados a vacina

(49)

Em dezembro de 2015, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da rubéola em território nacional. Para receber o título, o País

comprovou não registrar casos da transmissão endêmica de rubéola e da Sindrome da Rubéola Congênita desde 2008 e 2009,

respectivamente.

(50)

Sarampo

Os últimos casos de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2001 e, desde então, os casos registrados foram

importados ou relacionados à importação.

Entre 2013 a 2015, foram registrados 1.310 casos da doença no País (1.278 foram confirmados nos

(51)

Sarampo

51

O continente americano é a primeira região do mundo a ser declarada

livre do sarampo.

Publicado: 27/09/2016 19h39

Para manter a eliminação do sarampo, a Opas recomenda a todos os países das Américas que fortaleçam a vigilância ativa e mantenham a imunidade de sua população pela vacinação.

(52)

Vírus como arma biológica

Vírus da varíola: erradicado mas com potencial

de uso no bioterrorismo (após 11 setembro e

ataques com Anthrax nos EUA):

População mundial em grande parte

suscetível

Vírus com alto poder de disseminação

… “Melhor ficar apavorado por uma possibilidade improvável do que estar

despreparado para uma realidade catastrófica”. (Rep. Christopher Shay)

(53)

“The single biggest threat to man’s continued dominance on the planet is a virus” (Joshua Lederberg – Nobel Prize Winner)

Referências

Documentos relacionados

A) o entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida

[r]

As mulheres a tomarem COMETRIQ não devem amamentar durante o tratamento e durante, pelo menos 4 meses, após o tratamento ter acabado, por que cabozantinib e/ou os seus

A anotação que se faz sobre tais normas é que, da forma como estão sendo elaboradas, privilegiam muito mais a manutenção de um sistema de visitação turística que é elitista e

Essa dimensão é composta pelos conceitos que permitem refletir sobre a origem e a dinâmica de transformação nas representações e práticas sociais que se relacionam com as

O espaço conta agora com mesas altas comunitárias e individuais, mesas baixas para crianças, mesas quadradas para duas e quatro pessoas ou redondas para grupos maiores

A correlação entre os domínios PDQL e a escala de Hoehn e Yahr se mostrou com alta correla- ção; os dados mostram moderadamente boa percepção de QV dos pacientes, média de 98,47

Pela primeira vez, são implicados no PE três estruturas orgânicas: (1) de acordo com o artigo 32.º, o conselho pedagógico, enquanto órgão técnico e consultivo de “coordenação