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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO OS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS DE ḤIRBET QUMRAN E MASSADA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO

Pós-Graduação em Ciências da Religião.

Grupo de Pesquisa: Arqueologia das Terras da Bíblia. Docente: Prof. Dr. José Ademar Kaefer.

Pesquisador: Prof. Dr. Edson de Faria Francisco.

OS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS DE ḤIRBET QUMRAN E MASSADA

1. Localização geográfica1

Ḥirbet Qumran. O nome original do sítio arqueológico é (em letras hebraicas)  (árab. ḥirbeṯ-qûmra’n, ruína de Qumran) e tal topônimo é de procedência árabe. Normalmente, o nome da localidade é transcrito na literatura acadêmica bíblica como Ḥirbet Qumran ou como Khirbet Qumran. Vários estudiosos preferem se referir ao local apenas como Qumran. Este sítio arqueológico é localizado no deserto da Judeia, sendo situado a cerca de 42,6 km a leste de Jerusalém e a cerca de 12 km ao sul de Jericó, na região noroeste do mar Morto, em Israel. O local se situa a cerca de 1 km da margem ocidental do mar Morto. Além disso, a localidade é também muito próxima ao  (árab. wā’ḏî-qûmra’n, uádi de Qumran ou leito de rio seco de Qumran), sendo localizada ao norte deste uádi. Normalmente, este topônimo é transcrito na literatura acadêmica bíblica como Wadi Qumran. A área total das ruínas de Ḥirbet Qumran é quase quadrada, possuindo cerca de 4.500 m2.

Massada. O nome original do sítio arqueológico é  (hebr. mǝṣāḏâ, Fortaleza). A fortaleza de Massada localiza-se no deserto da Judeia, em Israel, ao sul do mar Morto. Este sítio é uma fortaleza de pedra, situado a cerca de 50 km ao sul de Jerusalém. As falésias na extremidade leste de Massada são cerca de 400 m de altura e as falésias do oeste são cerca de 91 m de altura. O cume é plano, tendo formato de losango, com cerca de 550 m de compri-mento por 270 m de largura.

Tanto Ḥirbet Qumran como Massada são localizados na margem ocidental do mar Morto, em Israel. Este mar, onde o rio Jordão desemboca, possui 80 km de comprimento por 15 km de largura, levando em consideração a parte mais larga do mar. O seu ponto de maior profundidade está a 400 m abaixo do nível do mar, o ponto mais baixo da Terra. Na região, a temperatura pode chegar de 30° C a 40° C e a precipitação anual é de 5 cm ou até menos. Na região, faz 330 dias de sol, aproximadamente.

1

Cf. Vermès, 1994, p. 11; Golb, 1996, p. 21-33 e 170-172; Laperrousaz, 1992, p. 9, 12, 28 e 29; Mackenzie, 1984, p. 761-762; Kaefer, 2012, p. 51 e 57; Machado e Funari, 2012, p. 29, 37 e 40; Calina e Calina, 2004, p. 12 e Francis-co, 2008b, p. 385 e 391.

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Localização dos sítios arqueológicos de Ḥirbet Qumran e de Massada2

2. Localização na Bíblia e breve descrição no texto bíblico3

Tanto Ḥirbet Qumran quanto Massada não são mencionados na Bíblia. Em relação ao mar Morto, o relato bíblico menciona o mar do Sal (hebr. , yām-ham-melāḥ, o mar do Sal) (cf. Gn 14.3; Nm 34.3; 34.12; Dt 3.17; Js 3.16; 12.3; 15.2; 15.5 e 18.19), que corresponde-ria, segundo os estudiosos, a esse local. Outro nome que seria o equivalente ao mar Morto é o mar de Arabá (hebr. , yām hā‘ărāḇâ, lit. o mar da Estepe) (cf. Dt 4.49; Js 3.16; 12.3 e 2Rs 14.25). Então, tanto o mar do Sal quanto o mar de Arabá seriam os correspondentes do mar Morto na narrativa bíblica.4 Existem possíveis alusões a Ḥirbet Qumran no texto bíblico, mas não por meio de tal nome. Alguns eruditos defendem que Ḥirbet Qumran seria a cidade do Sal (hebr. , ‘îr-ham-melāḥ, a cidade do Sal) (cf. Js 15.62).5 Porém, outros

estudio-sos argumentam que seria Secaca (hebr. , səḵāḵâ, lit. Abrigo) (cf. Js 15.61). Outros cogi-tam que Secaca corresponderia não a Ḥirbet Qumran, mas a Ḥirbet es-Samra, no vale de Acor, a 18 km a sudeste de Jerusalém.6 Tanto a cidade do Sal quanto Secaca seriam localizadas na atual região do mar Morto. Massada não é mencionada na Bíblia, mas é citada por Flávio

2

Cf. Zwickel, 2010, p. 42.

3

Cf. Würthwein, 1995, p. 146, n. 1; Laperrousaz, 1992, p. 28; Frank, 1993, p. 5 e Machado e Funari, 2012, p. 29.

4

Cf. Koehler e Baumgartner, 2001, p. 414 e 880; Brown, Driver e Briggs, 1996, p. 411 e 787; Holladay, 2010, p. 192 e 400 e Alonso Schökel, 2004, p. 280 e 516.

5

Cf. Koehler e Baumgartner, 2001, p. 822 e Alonso Schökel, 2004, p. 773.

6

Cf. Koehler e Baumgartner, 2001, p. 754 e Alonso Schökel, 2004, p. 768.

Ḥirbet Qumran

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3

fo, em suas duas obras principais: Guerra Judaica (c. 76-79) (I, 238; 294, 303; II, 447; IV, 555; VII, 305 etc.) e Antiguidades Judaicas (c. 93-94) (XIV, 400 etc.).

A seguir, são transcritos cinco textos da Bíblia Hebraica que fazem alusão à região do mar Morto e, possivelmente, também a Ḥirbet Qumran.7

Durante a época patriarcal, alguns reis do oriente (quatro reis contra cinco) travaram uma batalha no vale do Sidim, identificado com o mar do Sal, na região do atual mar Morto: Todos estes se uniram no vale do Sidim; aquele que é o mar do Sal (cf. Gn 14.3).

Durante a peregrinação dos israelitas pelo Sinai em direção à terra de Canaã, Moisés os orienta sobre as fronteiras de Israel, e o mar do Sal indicaria a fronteira sul do futuro terri-tório: (...) e descerá a fronteira para o Jordão, e as saídas dela serão o mar do Sal; esta será para vós a terra, conforme as fronteiras dela, ao derredor (cf. Nm 34.12); (...) e r e r e r e r desde Quinerete e até o mar de Arabá, o mar do Sal, debaixo das encostas de Pisga, para o levante (cf. Dt 3.17).

Após a conquista da terra de Canaã, Josué orienta os israelitas sobre a herança territo-rial que caberia à tribo de Judá. No relato, as localidades cidade do sal e Secaca, que corres-ponderiam a Ḥirbet Qumran, são mencionadas: No deserto: Bete-Arabá, Midim, e Secaca; e a e e l e - e seis cidades e as aldeias delas (cf. Js 15.61-62).

No período de Jeroboão II, o rei de Israel, houve o restabelecimento do território de Is-rael, e há indicações sobre a fronteira sul: Ele restabeleceu a fronteira de IsIs-rael, desde o entrar Hamate até o mar de Arabá; como a palavra de YHWH, o Deus de Israel, que falou por meio do servo dele, Jonas, o filho de Amitai, o anunciador, que era de Gate-Hefer (cf. 2Rs 14.25).

3. Importância na história de Israel8

Ḥirbet Qumran. O local teria sido habitado em várias fases durante o período bíblico. Por meio dos estudos do padre Roland G. de Vaux, da École Biblique et Arquéologique de Jeru-salém, é possível estabelecer uma fase israelita e uma fase comunal com três períodos de ocu-pação humana em Ḥirbet Qumran: 1. Fase israelita (c. séc. VIII-VII a.C.): edificação retangular com um grande pátio e uma fileira de quartos no muro leste e com cisterna circular. 2. Fase comunal (c. 135 a.C.-73 d.C.): Período Ia (c. 135-100 a.C.): ocupação com edificações, com duas cisternas retangulares e alguns aposentossobre ruínas de uma antiga fortaleza israelita aban-donada no século VI a.C. Período Ib (c. 100-31 a.C.): ocupação com novas edificações até o

7

A tradução do texto bíblico foi adaptada de Edson de F. Francisco (trad.), Antigo Testamento Interlinear

Hebraico-Português, vol. 1: Pentateuco (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012) e idem (trad.), Antigo Testamento Interli-near Hebraico-Português, vol. 2: Profetas Anteriores (Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, publicação futura).

8

Cf. Würthwein, 1995, p. 146; Golb, 1996, p. 171-172; Mackenzie, 1984, p. 762; Vermès, 1992, p. 36-37; Saulnier e Rolland, 1983, p. 86-94; VV.AA, 1986, p. 85-92; Kaefer, 2012, p. 53, 54, 57, 58 e 59 e Machado e Funari, 2012, p. 38-38.

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terremoto ocorrido em 31 a.C. Período II (c. 4 a.C.-68 d.C.): ocupação próxima ao início da era cristã com término em 68, no decorrer da guerra judaica contra o poderio romano. Período III (c. 69-73): manutenção de guarnição romana para controlar o acesso ao mar Morto até a eli-minação da revolta judaica contra o domínio romano em 73. Segundo De Vaux, durante o Pe-ríodo Ia, na época dos reinados de João Hircano (135-104 a.C.) e Alexandre Janeu (103-76 a.C.), uma comunidade de essênios (um dos principais grupos judaicos da época) teria se estabeleci-do no local, abanestabeleci-donanestabeleci-do-o por causa de um terremoto ocorriestabeleci-do em 31 a.C. Por volta estabeleci-do início da era cristã, o mesmo grupo teria retornado, habitando o local até 68, durante a Primeira Revolta Judaica contra Roma (66-73). Na fase da guerra contra os romanos, a comunidade essênia também teria se envolvido, sendo exterminada por completo.

Palestina na época de Herodes, o Grande (37-4 a.C.)9

Massada. De acordo com Flávio Josefo (37/38-100), João Hircano ou Alexandre Janeu teriam dado início à construção da fortaleza, com o propósito de protegerem a fronteira co-mercial na região sul de Israel. Mais tarde, tal fortaleza teria sido ampliada por Herodes, o Grande (37-4 a.C.), que a teria circundado com um muro torreado, tornando-a uma fortaleza inexpugnável, como proteção e como refúgio para si e para a sua família contra os seus inimi-gos. Massada tornou-se, assim, propriedade de sua família. Posteriormente, em 66, durante a Primeira Revolta Judaica contra Roma, os zelotes a teriam tornado o último reduto contra os

9

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romanos. O cerco romano contra os zelotes e os refugiados judeus deu-se no final de 73, de-pois da queda de Jerusalém, do Herodium e do Maqueronte. O principal líder judeu em Mas-sada era Eleazar ben Jair e o legado romano da Judeia, Lúcio Flávio Silva (73-81), chefiou a X legião romana Fretensis contra a fortaleza. Os romanos cercaram Massada com oito acampa-mentos e o cerco durou vários meses. Eles construíram uma pequena muralha ao redor da montanha que serviria para evitar a fuga de algum refugiado e uma rampa no lado ocidental da montanha na intensão de invadirem a fortaleza e fazerem prisioneiros os que estariam re-fugiados ali. No final, quando os romanos finalmente conseguiram invadir Massada, encontra-ram 960 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, todos mortos. Apenas duas mulheres e cinco crianças teriam se escondido para escaparem do suicídio coletivo, e posteriormente, relataram o acontecimento. De acordo com Flávio Josefo, teria havido suicídio coletivo entre os próprios refugiados judeus. Após essa época, Massada foi abandonada e somente foi ocu-pada nos séculos V e VI, mas desta vez por monges bizantinos que edificaram uma igreja no local. Até hoje são encontradas no sítio arqueológico a rampa, os locais dos acampamentos romanos, a pequena muralha romana e as pedras lançadas pelas catapultas contra a fortaleza.

Palestina na época da Primeira Revolta Judaica contra Roma (66-73)10

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6 4. História da escavação arqueológica11

Entre 1947 e 1965 arqueólogos de várias nacionalidades iniciaram expedições às 11 grutas de Ḥirbet Qumran e à fortaleza de Massada a procura de manuscritos e artefatos que datavam da época bíblica ou de época próxima a ela. A seguir há as principais informações sobre os achados nos dois sítios arqueológicos.

Ḥirbet Qumran. Entre o inverno e a primavera de 1947, dois beduínos da tribo Ta‘amireh, Jum‘a Muhammed e Muhammed Ahmed el-Hamed, encontraram acidentalmente os primeiros manuscritos na gruta 1 de Ḥirbet Qumran, sendo encontrados dentro de jarros. Entre os itens foram achados um rolo completo (1QIsa) e outro fragmentário (1QIsb) do texto de Isaías, um rolo contendo um comentário ao texto de Habacuque (1QpHc) e um rolo con-tendo regras de uma determinada comunidade judaica (1QS). Os quatro manuscritos foram adquiridos pelo patriarca mar Athanasius Yeshue Samuel, do Mosteiro Ortodoxo Sírio de São Marcos, em Jerusalém. Mais tarde, tais manuscritos foram datados entre o século II a.C. e o século I a.C. por estudiosos da American Schools of Oriental Research de Jerusalém.

Jum‘a Muhammed e Muhammed Ahmed el-Hamed: beduínos da tribo Ta‘amireh; ambos encontraram os primeiros manuscritos na gruta 1 de Ḥirbet Qumran, entre o inverno e a primavera de 194712

11

Cf. Würthwein, 1995, p. 31-32; Brotzman, 1994, p. 87-90; Laperrousaz, 1992, p. 10-33; Golb, 1996, p. 21-25 e 170-174; Frank, 1993, p. 5-20; Mackenzie, 1984, p. 761-763; Pisano, 2000, p. 50; Kaefer, 2012, p. 53, 54, 57, 58 e 59; Machado e Funari, 2012, p. 30, 31 e 58; Lawrence, 2008, p. 134; Miller e Huber, 2006; p. 218-219; Batchelor, 1995, p. 104; Calina e Calina, 2004, p. 14 e Francisco, 2008b, p. 385-388.

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Jarros encontrados em Ḥirbet Qumran nos quais foram guardados manuscritos13

Garrafas encontradas em Ḥirbet Qumran14

Em 1948 foi anunciada a importante descoberta na imprensa internacional. Entre 1952 e 1956, vários arqueólogos organizaram expedições, descobrindo mais 10 grutas em Ḥirbet Qumran: grutas 2 e 3 (março de 1952), grutas 4, 5 e 6 (setembro de 1952), grutas 7, 8, 9 e 10 (fevereiro, março e abril de 1955) e gruta 11 (fevereiro e março de 1956).

13

Cf. Calina e Calina, 2004, p. 16.

14

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8

Localização das onze grutas (cavernas) de Ḥirbet Qumran15

Além das 11 grutas, descobriu-se um platô próximo ao Wadi Qumran com antigas ruí-nas de uma determinada edificação. Em tal platô (plataforma) havia várias repartições: torre, cozinha, sala de reunião, escritório, refeitório, copa, forno, estábulo, despensa, pátios, entrada de aqueduto, bacia de decantação, banheiros, salas para banho ritual (hebr. , miqweh, banho ritual), cisternas e canalizações. Em tais sítios foram encontrados manuscritos, objetos sagrados judaicos como filactérios e mezuzás, sandálias, moedas, panelas, pratos, garrafas, jarros, copos, tinteiros, tecidos, fusos espirais e eixos, entre outros artefatos. Três cemitérios foram localizados próximos ao local com o total estimado de 1.142 sepulcros. De acordo com as conclusões de De Vaux, a comunidade que ocupou Ḥirbet Qumran teria sido a dos essênios.

Moedas (sheqels) encontradas em Ḥirbet Qumran16

15

Cf. Lawrence, 2008, p. 134.

16

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9

Planta de Ḥirbet Qumran17

Em 1952 foi dado início à pesquisa dos fragmentos dos manuscritos encontrados nas 11 grutas de Ḥirbet Qumran por uma equipe de estudiosos internacionais. Em 1967, o Instituto de Antiguidades de Israel (IAA) foi designado como custodiante das centenas de manuscritos. A partir de 1991, o IAA estabeleceu uma grande equipe internacional de eruditos para a publi-cação em uma década de todos os manuscritos encontrados nas localidades da região do mar Morto, incluindo Ḥirbet Qumran, Wadi Murabba‘at, Naḥal Ḥever, Ḥirbet Feshkha, Ḥirbet Mird, Naḥal Ṣeelim, Naḥal Mishmar, Ein Guedi, Wadi Daliyeh, entre outros sítios. Tal equipe foi che-fiada por Emanuel Tov, da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Massada. Entre 1955 e 1956 foi iniciada a primeira exploração a Massada por arqueó-logos israelenses. A segunda expedição arqueológica deu-se entre 1963 e 1965. Ali foram en-contrados oito manuscritos contendo textos bíblicos (sete canônicos e um deuterocanônico), todos datados da época da Primeira Revolta Judaica contra Roma. Uma equipe de arqueólogos israelenses chefiada por Yigael Yadin desenterrou toda a área, incluindo o palácio de Herodes, o Grande e parte do lugar onde os zelotes e os refugiados judeus usaram como resistência contra o cerco dos romanos. No complexo, havia várias repartições como: piscina, columbário, balneário romano, igreja bizantina, sinagoga dos zelotes, torre, muros, trincheira, residências, alojamentos, almoxarifados, reservatório de água, cisternas de água, cidadela e quarto de es-tudo da Torá. O palácio, no lado setentrional (norte) da fortaleza, é dividido em três terraços (superior, médio e inferior).

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10 Planta de Massada18

a. Os achados arqueológicos19

As localidades de Ḥirbet Qumran e Massada são importantes por serem sítios arqueo-lógicos onde foram achados centenas de manuscritos, sendo que a maioria em estado frag-mentário, compostos em hebraico, em aramaico e em grego. Nas 11 grutas de Ḥirbet Qumran foram encontrados cerca de 930 manuscritos, dos quais entre 210 e 212 documentos com textos de todos os livros da Bíblia Hebraica, exceto o livro de Ester. Cerca de 22% dos manus-critos são de conteúdo bíblico (excluindo os filactérios e as mezuzás). Em Massada foram en-contrados oito manuscritos. Os textos enen-contrados em Ḥirbet Qumran e em Massada foram datados entre o século III a.C. e o século I d.C.

Ḥirbet Qumran. Os seguintes manuscritos bíblicos encontrados nas 11 grutas deste sí-tio arqueológico são alguns dos mais conhecidos: 1QIsa, 1QIsb, 4QJrb, 4QÊxf e 3QEz. Parte de tais achados (cerca de 35%) reflete um tipo textual que, mais tarde, daria origem ao Texto Massorético, na época medieval. Todavia, há manuscritos que refletem um tipo textual próxi-mo ao da Septuaginta e outros ao do Pentateuco Samaritano.

18

Cf. www.willhiteweb.com/israel/masada-national_park/dead_sea_255.htm. Página acessada em 8/5/2013. Tra-dução para o português das 40 indicações de Massada: Edson de Faria Francisco.

19

Cf. Tov, 2008a, p. 131, 135, 146, 147 e 148; idem, 2008b, p. 429 e 431; idem, 2012, p. 94, 95, 107, 108 e 109; Würthwein, 1995, p. 31-32; Brotzman, 1994, p. 90-94; Laperrousaz, 1992, p. 37-49; Golb, 1996, p. 67-69; Cross, 1993, p. 22-25 e 155-159; Mackenzie, 1984, p. 761-763; Trebolle Barrera, 1996, p. 334-338; Gottwald, 1988, p. 98; Pisano, 2000, p. 50-52; Rhymer, 1992, p. 87; Machado e Funari, 2012, p. 46 e 48; Silva, 2010, p. 125 e Fran-cisco, 2008b, p. 382, 385, 386, 387, 388, 391 e 392.

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11

Gruta 4 de Ḥirbet Qumran20

Vista interna da gruta 4 de Ḥirbet Qumran21

Ruínas de Ḥirbet Qumran22 20 Cf. Calina e Calina, 2004, p. 19. 21 Cf. Miller e Huber, 2006, p. 218. 22 Cf. Alexander e Alexander, 2008, p. 32.

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12

Locais de banho ritual (miqweh) de Ḥirbet Qumran23

Além de tais manuscritos bíblicos, também foram encontrados em Ḥirbet Qumran cen-tenas de textos com conteúdo não bíblico com assuntos diversos: um texto apócrifo sobre narrativas do Gênesis (hebr. , ḥîṣônîṯ libərē’šîṯ, apócrifo do Gênesis), o 1QGnAp; um texto sobre regras de uma determinada confraria religiosa judaica (hebr. , sereḵ hay-yaḥāḏ, costume da comunidade), o 1QS; um texto sobre uma guerra contra determinados inimigos (hebr. , məḡillaṯ milḥāmaṯ bənê ḥōšeḵ, rolo de guerra de filhos de escuridão), o 1QM; um texto dedicado a determinados hinos de ação de graças (hebr. , hôḏāyôṯ, cânticos de louvor), o 1QH; um texto sobre o templo de Jerusalém (hebr. , məḡillaṯ ham-m q āš, o rolo do templo), o 11QT e um texto sobre um determinado tesouro (hebr. , məḡillaṯ han-nəḥōšeṯ, o rolo do cobre), o 3Q15, além de outros textos. Afora tais escritos, foram localizados manuscritos contendo co-mentários e interpretações sectárias a livros bíblicos, conhecidos como Pesher (hebr. , pēšer, explicação, interpretação), tais como: 1QpHc, 1QpMq, 4QpNa e 4QpSl 37. Ainda foram descobertas traduções aramaicas de textos bíblicos, conhecidos como Targum (hebr. , targûm, tradução), tais como: 11QtgJó e 4QtgLv.

23

(13)

13

Manuscrito 4QDta; a gravura mostra um fragmento avulso (Dt 23.26-24.8)24

O manuscrito 4QDta: transcrição de um fragmento avulso (Dt 23.26-24.8) como publicada na obra

The Biblical Qumran Scrolls: Transcriptions and Textual Variants (2010)25

Foram encontrados objetos sagrados judaicos como filactérios (tefilin) (hebr. , təp illîn, filactérios) e invólucros para batentes de porta (mezuzá) (hebr. , məzûzôṯ, baten-tes de porta) e tais peças continham trechos bíblicos (cf. Êx 12 e 13 e Dt 5; 6; 10; 11 e 32). Co-mo exemplo, podem ser mencionadas as seguintes peças religiosas: 5QFil e 8QMez.

24 Cf. Calina e Calina, 2004, p. 61. 25 Cf. Ulrich, 2010, p. 223-224.

(14)

14

Localização dos sítios arqueológicos de Ḥirbet Qumran, Wadi Murabba‘at, Naḥal Ḥever e Massada26

Massada. Foram encontrados oito manuscritos contendo textos bíblicos (sete canôni-cos e um deuterocanônico) neste sítio arqueológico: MasGn, MasLva, MasLvb, MasDt, MasEz, MasSla e MasSlb. Além de tais textos, um manuscrito do Eclesiástico/Sirácida composto em hebraico também foi encontrado (MasEclo). Os manuscritos bíblicos canônicos datam do sécu-lo I d.C. e refletem um tipo textual que, mais tarde, daria origem ao Texto Massorético.

Platô de Massada27 26 Cf. Lawrence, 2008, p. 134. 27

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Acampamento romano em Massada28

b. Os arqueólogos que escavaram os sítios arqueológicos29

Ḥirbet Qumran. Os arqueólogos da primeira geração que se dedicaram aos achados de Ḥirbet Qumran foram: Eleazar L. Sukenik, Harold H. Rowley, William F. Albright, Roland G. de Vaux, André Dupont-Sommer, Yigael Yadin, Naḥman Avigad e Józef T. Milik. Estudiosos das gerações posteriores que se dedicaram ao assunto foram Géza Vermès, John Strugnell, Eugene C. Ulrich, Émile Puech, Torleif Elgvin, Florentino García Martínez, Lawrence H. Schiffman, Ema-nuel Tov, Ada Yardeni, James H. Charlesworth, Magen Broshi, entre outros.

Todos os manuscritos encontrados nas 11 grutas de Ḥirbet Qumran foram publicados desde os anos 1950. O primeiro texto foi o de Millar Burrows, John C. Trever e William H. Brownlee, The Dead Sea Scrolls of the St. Mark’s Monastery, vol. 1: The Isaiah Scroll and the Habakkuk Commentary (New Haven, 1950). A série mais importante que traz os textos é a Discoveries in the Judaean Desert (DJD), 40 volumes (Oxford, 1955-2011). O primeiro texto desta série foi o de Dominique Barthélemy e Józef T. Milik, Qumran Cave 1 (DJD 1) (Oxford, 1955) e o último foi o de Eugene C. Ulrich, Peter W. Flint e Martin G. Abbeg, Jr, Qumran Cave 1. II: The Isaiah Scrolls, partes 1 e 2 (DJD 32) (Oxford, 2011).

28

Cf. José Ademar Kaefer (arquivos de imagens de Israel e Jordânia).

29

Cf. Tov, 2010, p. 113-132; idem, 2012, p. 99; McCarter, Jr, 1986, p. 82-85; Vermès, 1992, p. 5, 323 e 324; Macha-do e Funari, 2012, p. 55 e Francisco, 2008b, p. 384, 400, 401, 402, 403 e 404.

(16)

16

Manuscrito 4QIsa; a gravura mostra o fragmento 8 (Is 12.4-13.16).30

Manuscrito 4QIsa: transcrição do fragmento 8 (Is 12.4-13.16) como publicada na obra

The Biblical Qumran Scrolls: Transcriptions and Textual Variants (2010)31

30

Cf. Calina e Calina, 2004, p. 63.

31

(17)

17

Manuscrito 11QSla; a gravura mostra as colunas XIV, XV e XVI (Sl 119.171-145.7).32

Manuscrito 11QSla: transcrição da coluna XIV (Sl 119.171-176; 135.1-9) como publicada na obra

The Biblical Qumran Scrolls: Transcriptions and Textual Variants (2010)33

Massada. Yigael Yadin foi um dos principais arqueólogos responsáveis pelas escava-ções em Massada, publicando estudos durante os anos 1960. Segundo ele, os textos bíblicos encontrados no referido sítio arqueológico seriam datados da época da Primeira Revolta Judai-ca contra Roma, refletindo um texto bíblico hebraico muito próximo ao daquele que mais tar-de se tornaria, durante o período medieval, o Texto Massorético, padronizado pelos massore-tas. As duas principais obras de Yadin dedicadas às descobertas em Massada são:  (hebr. məg l e yr ’ m mǝṣā â) (ingl.: The Ben Sira Scroll from Ma-sada) (Jerusalém, 1965) e M : Her ’ F r re he Ze l ’ L (Nova York,

32

Cf. Lawrence, 2008, p. 13.

33

(18)

18

1966). Todos os manuscritos com conteúdo bíblico encontrados em Massada foram publicados na obra “Hebrew Fragments from Masada”, in Masada VI, The Yigael Yadin Excavations 1963-1965, Final Reports, editado por Shemaryahu Talmon e Yigael Yadin (Jerusalém, 1999). Uma edição dedicada a todos os manuscritos existentes do Eclesiástico/Sirácida em hebraico e en-contrados em Massada, na Guenizá do Cairo e em outros sítios arqueológicos foi publicada por Pancratius C. Beentjes, The Book of Ben Sira in Hebrew: a Text Edition of all Extant Hebrew Manuscripts and a Synopsis of all Parallel Hebrew Ben Sira Texts (Supplements to Vetus Tes-tament 68, 1997).

Ruína do palácio (terraço inferior) de Herodes, o Grande em Massada34

Palácio setentrional (terraços superior, médio e inferior) de Herodes, o Grande em Massada35

34

Cf. José Ademar Kaefer (arquivos de imagens de Israel e Jordânia).

35

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19 Ruínas de Massada36

c. A importância para o estudo da Bíblia37

Uma das contribuições mais relevantes dos achados arqueológicos de Ḥirbet Qumran e de Massada é referente ao estado do texto da Bíblia Hebraica entre os séculos III a.C. e I d.C. Os manuscritos revelam que o texto bíblico não era ainda definitivo, revelando alguns tipos textuais como o Texto Proto-Massorético, o Pentateuco Samaritano, a Septuaginta e outros não identificáveis com estas três recensões bíblicas. Alguns manuscritos compostos em hebrai-co, como os 4QSma, 4QSmb, 4QSmc, 4QJrb e 4QJrd, entre outros, se aproximam mais da tradi-ção textual da Septuaginta do que da traditradi-ção textual do Texto Proto-Massorético. Outros manuscritos, como os 4QpaleoÊxm, 4QNmb, 4QDtn, entre outros, atestam a tradição textual do Pentateuco Samaritano. Outros documentos, como os 1QIsa, 1QIsb, 4QEza, MasLva, MasEz, entre outros, atestam a recensão que, posteriormente, daria origem ao Texto Massorético. Tal constatação indica que a padronização do texto bíblico estava ainda em processo de cristaliza-ção, isto é, ainda não apresentava forma redacional definitiva que se conhece atualmente, por meio da recensão massorética. Os manuscritos são as mais antigas cópias do texto bíblico do que os códices massoréticos, datados do século IX em diante, servindo, também, para os estu-dos da crítica textual dedicada à Bíblia Hebraica.

Outra contribuição relevante dos achados arqueológicos de Ḥirbet Qumran e de Mas-sada é em relação à existência dos vários grupos religiosos do judaísmo entre os séculos III a.C. e I d.C., como os essênios, os zelotes, os fariseus, os saduceus e os samaritanos. Por meio das descobertas é possível constatar de como teria sido o ambiente histórico, religioso, social e econômico, entre outros aspectos, no qual o cristianismo surgiu e se desenvolveu a partir do judaísmo. Mesmo que não tenha sido encontrado nenhum manuscrito do Novo Testamento,

36

Cf. Batchelor, 1995, p. 99.

37

Cf. Tov, 2012, p. 107-111; Brotzman, 1994, p. 94-96; Laperrousaz, 1992, 50-52; Cross, 1993, p. 155-156; Macken-zie, 1984, p. 767; Gottwald, 1988, p. 96, 122 e 123; Trebolle Barrera, 1996, p. 330-339; Pisano, 2000, p. 52-53; Machado e Funari, 2012, p. 67-68; Lawrence, 2008, p. 126, 127 e 135; Alexander e Alexander, 2008, p. 529-531; Batchelor, 1995, p. 102-103; Rhymer, 1992, p. 109; Calina e Calina, 2004, p. 15 e Francisco, 2008b, p. 225, 383, 386, 391 e 408.

(20)

20

os achados são importantes, pois fornecem vários indícios sobre o pano de fundo das narrati-vas dos evangelhos e dos demais escritos neotestamentários.

Os manuscritos encontrados nos dois referidos sítios arqueológicos contribuem, igualmente, para a pesquisa linguística sobre a ortografia, a fonologia, a morfologia, o vocabu-lário e a pronúncia do hebraico na época em que os textos foram escritos. Entre os documen-tos, principalmente aqueles achados nas 11 grutas de Ḥirbet Qumran, pode-se constatar o emprego de ortografia hebraica um tanto diferente em relação àquela registrada nos códices massoréticos da época medieval. A ortografia nos textos encontrados na região do mar Morto é típica do período dos Hasmoneus (séc. II a.C.), sendo empregada pelos escribas na composi-ção dos manuscritos. Os seguintes vocábulos hebraicos servem como exemplos:  [hebr. lw’, não],  [hebr. ’lwhym, Deus],  [hebr. rw’š, cabeça],  [hebr. ky’, porque],  [hebr. ’wm, enunciado] etc.38 Tal constatação textual, entre outras, revela como foi a prática ortográfica adotada na época e como teria sido a possível pronúncia do hebraico naquele perí-odo em comparação com a pronúncia fixada pelos massoretas durante a Idade Média e que está registrada no texto atual da Bíblia Hebraica.39

5. Siglas dos Manuscritos Bíblicos encontrados em Ḥirbet Qumran e em Massada40

Ḥirbet Qumran

1QIsa primeiro manuscrito de Isaías da gruta 1 de Ḥirbet Qumran. 1QIsb segundo manuscrito de Isaías da gruta 1 de Ḥirbet Qumran. 1QpMq pesher de Miqueias da gruta 1 de Ḥirbet Qumran.

1QpHc pesher de Habacuque da gruta 1 de Ḥirbet Qumran.

1QGnAp manuscrito do Gênesis Apócrifo da gruta 1 de Ḥirbet Qumran.

1QH manuscrito dos Hinos de Ação de Graças da gruta 1 de Ḥirbet Qumran. 1QM manuscrito da Regra da Guerra da gruta 1 de Ḥirbet Qumran.

1QS manuscrito da Regra da Comunidade da gruta 1 de Ḥirbet Qumran. 3QEz manuscrito de Ezequiel da gruta 3 de Ḥirbet Qumran.

3Q15 Rolo de Cobre da gruta 3 de Ḥirbet Qumran.

4QÊxf sexto manuscrito de Êxodo da gruta 4 de Ḥirbet Qumran.

4QpaleoÊxm décimo terceiro manuscrito de Êxodo em paleohebraico da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QNmb segundo manuscrito de Números da gruta 4 de Ḥirbet Qumran.

38

A ortografia e a vocalização de tais vocábulos, de acordo com a norma massorética, é a seguinte:  (hebr. lō’, não),  (hebr. ’ĕlōhîm, Deus), (hebr. rō’š, cabeça),  (hebr. kî, porque) e  (hebr. nə’um, enunciado).

39

Cf. Qimron, 2008, p. 14-15; Sáenz-Badillos, 1996, p. 136-140; Joüon e Muraoka, 2009, p. 44 e 83; Waltke e O’Connor, 2006, p. 18; Trebolle Barrera, 1996, p. 333; Francisco, 2008a, p. 132-133 e idem, 2008b, p. 396-399.

40

(21)

21

4QDtn décimo quarto manuscrito de Deuteronômio da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QSma primeiro manuscrito de Samuel da gruta 4 de Ḥirbet Qumran.

4QSmb segundo manuscrito de Samuel da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QSmc terceiro manuscrito de Samuel da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QJrb segundo manuscrito de Jeremias da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QJrd quarto manuscrito de Jeremias da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QEza primeiro manuscrito de Ezequiel da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QtgLv targum de Levítico da gruta 4 de Ḥirbet Qumran.

4QpNa pesher de Naum da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 4QpSl 37 pesher do Salmo 37 da gruta 4 de Ḥirbet Qumran. 5QFil filactério da gruta 5 de Ḥirbet Qumran.

8QMez mezuzá da gruta 8 de Ḥirbet Qumran. 11QtgJó targum de Jó da gruta 11 de Ḥirbet Qumran.

11QT manuscrito do Templo da gruta 11 de Ḥirbet Qumran.

Massada

MasGn manuscrito de Gênesis de Massada.

MasLva primeiro manuscrito de Levítico de Massada. MasLvb segundo manuscrito de Levítico de Massada. MasDt manuscrito de Deuteronômio de Massada. MasEz manuscrito de Ezequiel de Massada.

MasSla primeiro manuscrito dos Salmos de Massada. MasSlb segundo manuscrito dos Salmos de Massada. MasEclo manuscrito de Eclesiástico/Sirácida de Massada.

(22)

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