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PS7DX AERO ESPAÇ. Troca da fita do gravador RACAL - DTCEA-FI N O T Í C I A S. - A n o 4. - n º 2 5

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PS7DX

Troca da fita do gravador RACAL - DTCEA-FI

ESP

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA

N O T ÍC IA S - A no 4 -n º 2 5

AER

O

(2)

PS7DX

Índice

Visitas de Inspeção do DECEA

Seção:

Usina de Idéias

Desenvolvimento e validação de

metodologia para automação da

calibração de multímetros digitais

Encontro referenda a

Psicologia como ferramenta

de utilização do SISCEAB

ICA comemora seus 24 anos

Expediente

Nossa capa

A foto da capa desta edição traz o 2S BET Gilberto Batista, que é técnico em telecomunicações do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Foz do Iguaçu (DTCEA-FI), responsável, dentre outras atividades, pela operação e manutenção das fitas do gravador RACAL, que registra por 24 horas, todos os dias do ano, todos os contatos operacionais ou de âmbito técnico realizados no Destacamento.

As fitas de caráter preventivo e de segurança – como a que o 2S Gilberto está segurando – são armazenadas por 45 dias (30 dias do mês corrido, mais quinze dias de margem por precaução) para que fiquem disponíveis para eventuais consultas em caso de sinistro, acidentes e quaisquer outras irregularidades que possam porventura ocorrer. Após o período de armazenamento as fitas, se liberadas, são reutilizadas para novas gravações.

No momento da foto o Sargento está efetuando a troca da fita. Trabalham com ele mais três outros técnicos do DTCEA-FI, que é o destaque da nossa seção “Conhecendo o DTCEA”.

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA

Diretor-Geral:

Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso

Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Cel Av R1

Redação:

Daisy Meireles (RJ 21523-JP) Telma Penteado (RJ 22794-JP) Diagramação & Capa: Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ) Fotografia:

Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF)

Contatos:

Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer

Email: esteves@ciscea.gov.br / aeroespaco@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 - Centro

CEP 20021-130 - Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2123-6585 - Fax: (21) 2262-1691 Editado em julho/2007

Fotolitos & Impressão: Ingrafoto

Troca da fita do Gravador RACAL DTCEA-FI

Reportagem Especial

Radioamadorismo – uma paixão

sem interferência

Novos sistemas e tecnologias

para o SISCEAB são discutidos

na Jornada de Telecomunicações

promovida pela CNS/ATM

1º GCC lança selo

comemorativo ao seu

Jubileu de Prata

Seção:

Conhecendo o DTCEA

Foz do Iguaçu - PR

Solução de segurança

baseada em software livre

protege a rede local do CGNA

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DAPH implementa

o Programa de Planejamento

do Orçamento Familiar

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Maj Brig Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral Interino do DECEA

C

hegamos à metade do ano de 2007. Seguimos acudindo nossas

mais urgentes providências em meio às turbulências decorrentes

dos episódios de setembro do ano passado.

Muito aprendemos com tudo isto e continuamos acumulando novas

experiências, que certamente irão servir para o fortalecimento do

nosso Sistema.

A este propósito, devemos compreender que a superação de nossas

dificuldades só foram possíveis por conta da qualidade do nosso

material humano - do qual você, caro leitor, faz parte - e também por

nossos precisos e coerentes propósitos de continuar servindo ao Estado

com inequívocas e sucessivas demonstrações de profissionalismo e

competência.

De qualquer forma, o tempo vai se encarregar de demonstrar a

qualidade do nosso trabalho e, principalmente, o quanto de abnegação

e entrega foi e tem sido necessária ao cumprimento de nossa missão

institucional.

Enquanto estivemos sob o fogo intenso dos acontecimentos, em

momento algum perdemos o sentido do cumprimento do dever e isto

por conta de uma sólida estrutura moral e psicológica sedimentada

pelos exemplos de desprendimento e de trabalho de todos aqueles

que nos antecederam nas seis últimas décadas.

Saibamos, pois, reconhecer este legado e fazer com que nossos atos

e atitudes de hoje sejam os mais adequados e corretos como uma

maneira de expressar a nossa gratidão por esta herança de valor.

Devemos saber admitir que temos muito, ainda, a aprimorar e que

este trabalho de aperfeiçoamento é sem tréguas, para o qual devemos

aplicar sempre o melhor de nossos esforços.

Cada tarefa cotidiana é importante, cada atitude de atenção e cuidado

para com o Sistema é fundamental, cada gesto de solidariedade e

companheirismo é imprescindível para mantermos em alta nosso

espírito de equipe, o que, afinal, sempre nos identificou.

Aí está mais um número da nossa Revista Aeroespaço, caixa de

ressonância de nossas realizações, mosaico colorido e atraente do

que somos na verdade e para o qual sua colaboração segue sendo

importante e bem-vinda.

Obrigado!

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No ano de 2004, depois de contatar profis-sionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) que realizam programas de capacitação na área de finanças e orçamento familiar e constatar o alto grau de endivida-mento do efetivo do Sistema, a Divisão de Apoio ao Homem (DAPH) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) se es-truturou para implantar o Programa de Plane-jamento do Orçamento Familiar em diversas Organizações Militares do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

Então, o Subdepartamento de Administra-ção (SDAD) do DECEA, através do trabalho das assistentes sociais da DAPH, Ibla Azeredo Bastos e a 1º Ten ASS Fernanda, iniciou, no primeiro semestre de 2007, a efetiva implanta-ção do Programa.

De acordo com a justificativa apresentada, a implantação do Plano Real e sua “tentativa de estabilização econômica”, apesar de não ter resolvido “todos os problemas existentes em nosso País, sem dúvida, marcou um novo período em nossa história”. Isto se deu pelo fato dos consumidores poderem vivenciar uma economia com inflação reduzida.

Porém, dentro da nova conjuntura e diante do maciço apelo do comércio, os consumido-res perderam o controle sobre suas finanças e acabaram endividando-se, entrando numa bola de neve de taxas, cobranças e juros exor-bitantes.

Sendo assim, esta iniciativa do DECEA é mais que bem-vinda.

O Programa é dividido em quatro fases: pla-nejamento; sensibilização e divulgação; imple-mentação e acompanhamento individual.

A fase do planejamento envolve o contato entre a DAPH e o elo na OM onde será reali-zado o evento; a elaboração das apresentações e o contato do gestor social da OM com autori-dades do PROCON para sua participação no Programa sobre os Direitos do Consumidor baseadas no Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, bem como com órgãos respon-sáveis pelo fornecimento dos serviços de água, luz, gás e telefone, no que se refere à otimiza-ção do uso dos mesmos.

Na fase da sensibilização e divulgação é anunciada a implementação do Programa na OM por intermédio da Intraer, de cartazes e de contatos pessoais.

Dando seqüência ao cronograma, a terceira fase, da implementação propriamente dita, conta com as palestras e apresentação de vídeos institucionais. Uma das fitas apresentadas, com duração de sete minutos, é um documentário realizado pela Rede Globo de Televisão e ce-dido ao DECEA para sua veiculação ao nosso efetivo.

Trata-se da história de uma analista de Re-cursos Humanos de uma empresa privada que passou a usar uma caderneta para anotar todos os seus gastos, desde contas a pagar até a com-pra de artigos aparentemente sem relevância financeira, tais como doces, lanches, revistas, entre outros.

Mesmo a princípio desacreditada pela fa-mília, esta mulher prosseguiu com o gerencia-mento de seu dinheiro e, em alguns meses, já estava planejando sua poupança. Sua resistên-cia e sua determinação romperam as barreiras dentro de sua casa e, em pouco tempo, toda família estava colaborando. Como resultado da adoção desta nova postura, ela pôde pagar todas as suas dívidas, engordar sua poupança e comprar um apartamento.

Histórias como a dela são exemplo para to-dos nós. Há, sim, uma saída para nossas

dívi-das e uma possibilidade real e concreta de con-quistar equilíbrio financeiro. Tudo se resume num comportamento diferente, consciente e atuante com relação ao nosso dinheiro e à nos-sa vida. É mesmo uma nova postura de vida.

Ao final das apresentações é sorteado um livro que aprofunda o tema e brindes, como cartilhas, cofrinhos e porta recibos.

A quarta e última fase é de responsabilidade do Assistente Social e de cada funcionário, que buscarão o acompanhamento individual junto a uma equipe multidisciplinar com o objetivo de estabelecer uma conduta de atendimento adequada à problemática apresentada, sempre observando o sigilo profissional.

Dentro do cronograma de atividades de implantação do Programa para o primeiro semestre de 2007 foram visitados os Terceiro e Quarto Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III e IV).

O Programa foi aplicado ao efetivo do CINDACTA III no período de 23 a 27 de abril. O elo estabelecido pela DAPH foi com a assistente social da OM, 1º Ten QCOA ASS Elizângela dos Santos Carneiro.

O efetivo foi dividido em grupos, que,

du-DAPH implementa o Programa de

Planejamento do Orçamento Familiar

O programa, implementado com sucesso no CINDACTA III, contou com a participação de outros órgãos, como PROCON e SERASA

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rante a semana, foram atendidos nos períodos da manhã e da tarde, perfazendo um total de 10 grupos.

Na ocasião, a Ten Elizângela contatou e trouxe para o evento representantes do PRO-CON (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor) e do SERASA e o advogado especializado em Direitos do Consumidor, Mestre em Políticas Internacionais e Dou-torando em Direito, Dr. Álvaro de Oliveira Azevedo Neto.

Durante sua apresentação o SERASA forne-ceu aos participantes uma cartilha, contendo informações valiosas sobre como utilizar o che-que e, caso seja necessário, como proceder em casos de inadimplência e resgate de dívidas.

Outros profissionais também foram con-vidados para falar com o efetivo do Centro. Cada qual falou sobre sua competência (luz, gás, telefone e água), ressaltando o uso adequa-do destes serviços com o objetivo da economia dos mesmos.

No Dia das Mães, a Ten Elizângela orga-nizou um evento no CINDACTA III, que reuniu as esposas dos militares para a partici-pação em duas palestras. A primeira foi a da Doutora em Nutrição e Instrutora do Curso de Nutrição do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Manuela Batista de Oliveira, que falou sobre “Como reaproveitar os alimentos”. A segunda palestra, ministrada pelo Gerente Comercial do SERASA, José Marques de Oliveira, intitulada “O Papel da Mulher na Gestão do Orçamento Familiar”.

Já o Ten Cel INF F. Campos, Coorde-nador dos Destacamentos subordinados ao CINDACTA III, sinalizou que vários deles se encontram com graves problemas e convidou as assistentes para fazerem a implantação do Programa para o segundo semestre, de acordo com a disponibilidade das mesmas.

No CINDACTA IV, a equipe da DAPH foi recebida na semana de 24 a 29 de junho. O contato do Centro foi o 1º Ten QOCPL Mar-cos Luiz Duarte, Capelão e Psicopedagogo, que gerenciou o Fundo de Assistência Social do Centro, num trabalho mais direto com o efetivo.

Até o presente momento, somente foi feita a implantação do Programa no Centro. O pró-ximo passo será o acompanhamento individual dos interessados.

O Ten Cel Av Aguiar, Diretor Adminis-trativo do Centro - que já está à frente do Programa de Qualidade de Vida (voltado para saúde) que teve início com cinco participantes e hoje conta com 50 pessoas - se comprome-teu a trazer autoridades do PROCON e do SERASA e demais profissionais dos serviços de utilidade pública para aprofundar a assistência ao efetivo na busca pelo seu gerenciamento orçamentário.

Uma das propostas é trazer o programa

“Cozinha Brasileira”, que educa as pessoas a re-aproveitarem alimentos para, não só obter uma dieta mais saudável e diversificada, como tam-bém a redução dos custos com alimentação.

Vale ressaltar que, por conta das longas distâncias na região amazônica, o custo dos alimentos chega a ser exorbitante. Muitos le-gumes são vendidos exclusivamente por quilo. Um quilo de tomate pode chegar a custar cerca de 25 reais. Um quilo de couve-flor, treze reais. Já foi até registrado o pagamento de 23 reais por 100 gramas de vagem.

Há também o interesse do CINDACTA IV em contatar uma ONG para realizar a integra-ção das esposas no trabalho dos militares atra-vés das oficinas profissionalizantes. Integração social e identificação cultural – aproveitamento do que a região já oferece.

Fazendo um levantamento do Programa, até o momento cerca de 550 pessoas foram atendidas, somando os efetivos do CINDACTA III e IV, do 1º/1º GT (Grupo de Transporte) – visitado em 21 de junho na Base Aérea do Galeão, a convite de seu Co-mandante – e do Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro (GAP-RJ), onde foi realizado, no início do ano, um Café da Manhã para os funcionários e suas esposas, por ocasião da co-memoração do Dia do Motorista.

O sucesso desta empreitada foi tamanho, que a agenda para o 2º semestre está ficando lotada.

O CINDACTA I foi visitado na semana de 09 a 13 de julho; o CINDACTA II foi agen-dado para o mês de agosto e a idéia seguinte é começar a percorrer os Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEAs) com maiores índices de endividamento até que se atenda a todo o Sistema.

O Programa de Planejamento do Orçamen-to Familiar já foi apresentado no 2º Simpósio de Serviço Social do Comando da Aeronáuti-ca, realizado de 11 a 15 de junho, na Diretoria de Intendência/Subdiretoria de Encargos Especiais (DIRINT/SDEE), na modalidade de

apresentação através de pôster. Na ocasião, o Maj Brig Int Eliseu Mendes Barbosa, Diretor de Intendência, ressaltou e elogiou veemente-mente a iniciativa da DAPH.

Em outubro deste ano o programa será di-vulgado no Congresso Brasileiro de Assistência Social em Foz do Iguaçu. É uma meta aprovei-tar a oportunidade para implanaprovei-tar o Programa no DTCEA–FI.

Outros convites já foram feitos para a implantação do Programa na Base Aérea de Anápolis (BAAN) e no DTCEA-AN (ambos em Goiás) e no Terceiro Comando Aéreo Re-gional (COMAR III) e Base Aérea do Galeão (BAGL), ambos no Rio de Janeiro.

No que diz respeito à avaliação do Progra-ma, num primeiro momento a DAPH aplicou um questionário aos participantes, desejando obter deles um feedback com relação à im-plantação do Programa. Foram avaliados os seguintes quesitos: escolha do local, instalações e apoio, escolha dos temas, organização, equi-pamentos de multimídia e divulgação. O resul-tado foi excelente e elogios não faltaram.

Para Ibla, “o objetivo é que cada Organi-zação faça sua avaliação final no prazo de um ano do início da implementação do programa. Em diversos países do mundo, como EUA, Austrália e Japão, o tema finanças é abordado e lecionado nos bancos escolares como disciplina curricular. Trata-se de um verdadeiro aprendi-zado de vida”.

O Chefe do Subdepartamento de Adminis-tração (SDAD), Cel Av Gracza, informou que já existe a intenção de incorporar esta matéria na Escola de Especialistas de Aeronáutica e na Academia da Força Aérea (AFA). E ele conta com a contribuição do SDAD nesta emprei-tada.

Como impactos da aplicação do Progra-ma espera-se, dentre os principais resulta-dos, a elevação da qualidade de vida dos usuários e de seus familiares, o aumento dos índices de produtividade e a redução do ab-senteísmo (falta ao trabalho).

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NOTÍCIAS DO SISCEAB

CCA-SJ entrega primeira versão do

Banco de Dados Visual de Boa Vista

ao 1°/3° GAv

A Equipe de Suporte ao Treinamento Virtual do Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos (CCA-SJ) instalou, em 29 de junho de 2007, a primeira versão do cenário vi-sual de Boa Vista para o simulador da aeronave A-29 no Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAv).

Esta versão cobre uma área de 153.664 Km2, abrangendo a maior

parte do estado de Roraima. Ele é com-posto pelo modelo digital de elevação de terreno, por imagens satélites da re-gião, objetos 3-D (três dimensões), tex-turas genéricas e específicas de pontos de referência, aeroportos civil e militar de Boa Vista e da Base Aérea, com

ilu-minação para vôo ao crepúsculo, além de possibilitar o treinamento IFR (vôo por instrumento), incluindo meios de auxílio às navegações simuladas, ins-trução de tráfego visual e navegação à baixa altura.

Este novo avanço atende à necessida-de do 1º/3º GAv e contribui para que aquele Grupo de Aviação cumpra sua missão, proporcionando treinamento constante aos seus pilotos de forma efi-ciente e segura.

Com isso, o simulador da Base Aérea de Boa Vista (BABV) encontra-se com três opções para seus treinamentos: 1- o cenário da Base Aérea de Santa Maria (BASM) - desenvolvido e entregue pela empresa contratada; 2 - o cenário de

Natal - desenvolvido pelo CCA-SJ; e 3 - o cenário de Boa Vista, na ver-são 1.0, também desenvolvido pelo CCA-SJ.

O desafio de desenvolver por com-pleto o cenário visual de Boa Vista estimula a equipe do CCA-SJ que, certamente, atenderá todas as expec-tativas do cliente quando da entrega de sua versão final.

A versão 1.0 desse cenário foi tes-tada e aprovada pelos responsáveis pelo simulador no 1º/3º GAv e, uma vez mais, confirma a capacidade do CCA-SJ em honrar seu compromisso com os prazos estabelecidos, com a qualidade e de atender às necessida-des da Força Aérea Brasileira.

CCA-BR moderniza a infra-estrutura

de comunicação de dados da

sede do COMAER

A substituição e a modernização da atual estrutura dos equipamentos da infra-estrutura da rede de comunicação de dados do prédio do Comando da Aeronáutica (COMAER), à cargo do Centro de Computação da Aeronáuti-ca de Brasília (CCA-BR), possibilitou sua modernização, redundância e me-lhor administração.

O resultado esperado para a comu-nidade usuária será uma melhoria sig-nificativa no acesso às informações e aos servidores de rede hospedados na Sala-Cofre do CCA-BR. Diante disso, houve um substancial incremento da segurança realizado pelas tecnologias disponibilizadas nos Firewall e Servi-dores de Proteção contra Intrusões, os IPS, o que permitirá, por exemplo, fe-char “portas” para os ataques contra a rede de dados, atualização de páginas da INTRANET e da INTERNET de forma dinâmica e uma melhor gestão

das 3000 contas de correio eletrônico. A maior vantagem será que o CCA-BR, como um dos Elos Especializados do Sistema de Tecnologia da Informa-ção (STI) do COMAER, estará em melhor condição de prestar serviços e orientar a melhoria da infra-estrutura das demais redes locais que, ao serem modernizadas, compartilharão de to-dos os benefícios desta nova capacida-de, que elevará o status para uma me-lhores infra-estruturas de serviços de rede de dados no Brasil.

Todo este empreendimento foi via-bilizado devido a alocação de recursos orçamentários substanciais e regulares, bem como pela lotação efetiva de pes-soal especializado, tais como os enge-nheiros de computação, formados pelo ITA, os graduados das especialidades de informática (SIN), formados pela Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), num trabalho que vem sendo

planejado há quatro anos com apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Órgão Central do STI.

Com a conclusão da prova de con-ceito do funcionamento do projeto da Infra-estrutura da Autoridade Cer-tificadora da Aeronáutica, a cargo do CCA-BR, estimada para ser demons-trada em 31 de julho de 2007, e com o desenvolvimento dos trabalhos da con-cepção de um sistema de informações de arquivística e documentação que vem sendo coordenado pelo Coman-do-Geral do Pessoal (COMGEP), pelo Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica (CENDOC) e pelo Subdepartamento de Tecnologia da Informação (SDTI) do DECEA, a FAB até 31 de julho de 2008, con-cretizará a aspiração de um trâmite eletrônico de documentos entre Or-ganizações com uso de tecnologia de certificação digital.

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Solução de segurança baseada em

software

livre protege a rede

local do CGNA

Desde o 1º semestre de 2007, a rede local de microcomputadores do Centro de Ge-renciamento de Navegação Aérea (CGNA) permite aos seus usuários o acesso seguro à Internet, graças à proteção oferecida por uma solução de segurança da informa-ção concebida pelo Subdepartamento de Tecnologia da Informação do DECEA (SDTI), ainda em 2006, e implantada pe-los técnicos do CCA-RJ.

Origem da Solução

O crescimento da utilização da Internet pelas Organizações do COMAER tem sido acompanhado de perto pelo SDTI, que se preocupa com o crescente volume de dados originados na Internet e que circulam tam-bém pela canalização da Intraer. Isto se deve ao modelo de acesso à Internet adotado até o momento que concentra nos Centros de Computação da Aeronáutica e em algumas poucas OM do COMAER a interconexão entre a Intraer e aquela Rede. Dessa forma, se um computador da Base Aérea de Santa Maria (BASM) resolver acessar a Internet por meio da conexão oferecida pelo CCA-RJ, os dados que trafegarem da Internet para o computador da BASM e vice-versa, ocuparão canalização da Intraer no trecho entre o CCA-RJ e a BASM.

A crescente utilização da Internet pelas Organizações do COMAER vem deman-dando também velocidades de acesso que não podem ser disponibilizadas, ainda, em alguns trechos da Intraer, acarretando com freqüência a contratação, por iniciativa das OM, de acessos à Internet do tipo banda larga. Estes acessos oferecem um nível de segurança mínimo, introduzindo grandes vulnerabilidades para os sistemas de TI de interesse do COMAER quando a Organi-zação que contratou o acesso permite que computadores da sua rede local, conectada a Intraer, façam uso dessa banda larga.

Portanto, ainda em 2005, o SDTI deu início a um estudo visando o desenvolvi-mento de uma solução de segurança que permitisse implantar acessos seguros à In-ternet nas OM do COMAER utilizando qualquer tipo de canal contratado junto às concessionárias de telecomunicações,

inclusive os ADSL (velox, speedy, brturbo etc.). Este projeto foi concluído em outu-bro de 2006 e a sua implantação iniciou-se de imediato, sob a responsabilidade do CCA-RJ.

A Solução de Segurança

A solução desenvolvida constitui-se de um equipamento servidor e de um conjun-to de programas aberconjun-tos, isenconjun-tos da neces-sidade de aquisição de licenças de uso, ou seja, a solução de segurança utiliza apenas software livre.

O equipamento servidor é colocado en-tre as duas redes (a Internet e Rede Local da OM), estabelecendo proteções e contro-lando o acesso dos usuários da rede local à Internet, garantindo que apenas os sites da Internet, autorizados pelos administradores da rede local, possam ser acessados.

Estrutura da solução de segurança

As soluções de segurança foram, inicial-mente, implantadas pelo CCA-RJ, sob co-ordenação do SDTI, em dez Organizações: CCA-RJ, BAFL, EEAR, BANT, BAFZ, EPCAR, CIAAR, AFA, UNIFA e CGNA. Esta primeira etapa permitiu avaliar a efi-ciência e a eficácia da solução em diversos tipos de OM do COMAER.

O acesso à Internet do CGNA

O CGNA faz ampla utilização da Inter-net, seja para o recebimento de

informa-ções provenientes de companhias aéreas e de outros órgãos da aviação civil ou militar ou, ainda, para o fornecimento de informa-ções ou de serviços na sua área de atuação, de interesse para aqueles ligados à atividade aérea no Brasil e no exterior.

A solução de segurança implantada, ainda no 1º semestre de 2007, pelo CCA-RJ, tem logrado sucesso na proteção das bases de dados de navegação aérea e de controle do espaço aéreo utilizadas por aquele Centro de Gerenciamento, contra possíveis amea-ças provenientes da Internet, sem impactar o emprego dos recursos dessa Rede para o cumprimento da missão do CGNA.

Futuras Instalações

O CCA-RJ, seguindo orientações do SDTI, deverá promover a implantação desta solução de segurança em outras OM do COMAER, a fim de reduzir o tráfego na INTRAER de informações oriundas da Internet, liberando canalização para outras aplicações.

Esta nova fase terá seu custo reduzido, devido ao emprego de software livre e, em verdade, já se iniciou, com as novas implan-tações do Parque de Material e Eletrônica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), já conclu-ída, e do Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro (DARJ), em fase inicial.

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RADIOPERADOR EM PLATAFORMA MARÍTIMA

CNS014 - TURMA 2/2007

O Instituto de Controle do Espaço Aéreo mais uma vez tem a satisfação de formar a 2ª turma de RADIOPERA-DOR EM PLATAFORMA MARÍTIMA em 2007, contribuindo diretamente com a operação segura dos pousos e decola-gens dos helicópteros que prestam ser-viços à PETROBRAS, transportando diariamente toda logística às platafor-mas marítiplatafor-mas que estão localizadas a dezenas de milhas da costa brasileira.

Para este Instituto é motivo de muito orgulho, pois é o único Órgão do país capacitado a ministrar essa instrução tão específica e, também, por saber que tem contribuído com a PETRO-BRAS para que o Brasil seja, cada vez mais, líder na tecnologia de extração de petróleo em águas profundas.

O Curso de RADIOPERADOR EM PLATAFORMA MARÍTIMA teve seu iní-cio em 09 de abril e o término em 04 de maio de 2007, com a participação de 20 (vinte) alunos e diversos instrutores dos CINDACTAIII e CINDACTAI, com a coordenação da Divisão de Comunica-ções, Navegação e Vigilância – DCNS. Durante o curso os alunos tiveram conhecimentos teóricos das disciplinas de Tráfego Aéreo, Informação Aeronáu-tica, Meteorologia, Telecomunicações e Busca e Salvamento. Além disso, par-ticiparam exaustivamente das instru-ções práticas de Meteorologia e Tele-comunicações, ambas em laboratórios apropriados, de modo que pudessem estar mais próximos da realidade que encontrarão no exercício diário da pro-fissão. Por fim, com a conclusão de mais um Curso CNS014, o Instituto de Controle do Espaço Aéreo tem a certe-za que pôde contribuir com esta nova fase na vida destes profissionais que terão, diariamente, o mar como compa-nheiro de trabalho.

OPERADORES DO POSTO DE OPERAÇÃO REMOTA DOS RADARES METEOROLÓGICOS

MET002

Entre os dias 30 de abril e 11 de maio de 2007, o ICEA realizou o Cur-so MET002 – Operação de Posto de Visualização Remota, destinado à capacitação de Oficiais e Graduados Meteorologistas do SISCEAB. Ao todo foram formados 14 meteorologistas provenientes de diversas localidades, tais como: Manaus, Brasília, Anápolis, Florianópolis, Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, tornando-os aptos à operação do Posto de Visuali-zação Remota, instalados nos Centros Meteorológicos de Vigilância e em di-versos Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo. Nesses 14 dias, os alu-nos tiveram aulas Teóricas sobre Radar, Aplicativos Operacionais do PVR, Pro-dutos disponibilizados pelos Radares Meteorológicos, além de aulas práticas em plataforma simulada, capacitando-os à plena operação dessa ferramenta de indiscutível auxílio à Meteorologia Aeronáutica.

TÉCNICAS DE OPERAÇÃO RADAR EM ÁREA

TERMINAL E ROTA ATM015 – TURMA 4/2007

O Curso ATM-015 (Técnicas de Ope-ração Radar em Área Terminal e Rota), turma 04/2007, foi realizado no ICEA, no período de 26 de março a 11 de maio de 2007. A turma foi composta de 12(doze) alunos pertencentes ao DTCEA-SP e 06(seis) pertencentes ao DTCEA-CF. Para a coordenação do curso foi designado 01(um) Oficial CTA, 07(sete) Graduados BCT e um BET para o apoio técnico. O ponto for-te do curso foi a seriedade e espírito de corpo, tanto do grupo de instrução, quanto dos alunos. A homogeneidade da turma de alunos e a grande

quali-ficação técnica dos instrutores facilita-ram a aplicação do progfacilita-rama previsto, sendo dado um enfoque maior à fase de Controle de Aproximação, visto que todos os alunos se destinavam aos APP-SP e CF.

TÉCNICAS DE OPERAÇÃO RADAR EM ÁREA TERMINAL E ROTA ATM015 - TURMA 1/2007

A TURMA 1/2007 teve seu início de curso no CINDACTA 2, em Curitiba, no dia 08 de janeiro de 2007 e se esten-deu até 09 de fevereiro de 2007; Fase considerada como primeira, com base num suporte teórico, no qual, para os alunos, foram ministradas matérias sobre RVSM, TCAS, AIS, Fraseologia, Navegação Aérea, Cartas, Noções de Psicologia, entre outras. A Turma 1 foi inicialmente composta por 14 (quatorze) militares, sendo 02 (dois) do DTCEA-FL e 12 (doze) do CINDACTA 2.

A segunda fase teve início de forma presencial no ICEA em 26 de fevereiro do corrente ano, quando foram trans-mitidos ensinamentos sobre Operação Não-Radar; Em seguida, na terceira fase, foram abordados estudos de Bá-sico Radar.

A quarta e última fase do ATM016, denominada ATM015, teve início em 02 de abril do corrente ano, encerrando-se em 11 de maio de 2007. Nesta última fase, juntou-se ao grupo, um militar do DTCEA-SV, totalizando 15 (quinze) mi-litares em formação.

Na quarta e última fase os alunos tiveram aulas práticas simuladas de ACC (Centro de Controle de Área), APP (Controle de Aproximação em Área Terminal) e Prática Integrada, na qual foram simulados exercícios em que haveria interação de um ACC com um APP, buscando-se a integração do trabalho dos integrantes dos dois “ór-gãos” interagindo de forma plena, como

ICEA

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também as atribuições do controlador e do assistente em uma situação o mais próximo do real possível, a fim de que pudesse ser passado para os instruen-dos o ambiente de trabalho a ser em breve vivenciado.

Os 15 (quinze) alunos participaram de modo bastante efetivo, produtivo e profícuo e obtiveram êxito no cur-so, evidenciando boa capacidade de adaptação frente aos conhecimentos adquiridos, às técnicas praticadas e às situações novas vivenciadas, além de terem demonstrado muito bom espíri-to de equipe, amizade e uma sinergia contagiante. Tudo isso os capacita a continuarem em seus processos de instrução para que possam ser habili-tados e homologados em cada órgão de controle para os quais serão enca-minhados.

COORDENAÇÃO DE BUSCA E SALVAMENTO

SAR001

O “Curso SAR 001 Coordenação SAR” é elaborado e coordenado pela Divisão de Busca e Salvamento do DE-CEA e tem, em seus quadros de instru-tores, oficiais e graduados que atuam

continuamente em Operações SAR no Brasil. Embora seja uma ferramenta para a formação do pessoal SAR no Brasil, é comum a participação de es-trangeiros, como alunos, principalmen-te da América Latina, nas duas edições anuais do curso.

O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) é a Organização respon-sável pela formação dos Coordenado-res de Busca e Salvamento. Inúmeras turmas já realizaram o curso e hoje integram as equipes dos RCC (Cen-tros de Coordenação de Salvamento, conhecidos como SALVAERO), do BR-MCC COSPAS-SARSAT e de outros órgãos afins dedicados à nobre missão de salvar vidas.

São cinco semanas de aulas com te-mas diversos, tais como: O estudo de toda a legislação pertinente, exercícios práticos sobre traçado de padrões de busca, vôos de instrução nas aerona-ves que são usadas nas missões reais de busca e salvamento, participação dos alunos em operações simuladas de resgate com helicópteros, estudo do IAMSAR (Manual Internacional Ae-ronáutico e Marítimo de Busca e Salva-mento editado pela ICAO e IMO),

par-ticipação dos alunos do curso em uma parceria com a universidade (UNIVAP). Nessa turma houve ainda, uma novida-de, o estudo do software SARMASTER (Gerenciamento de Operações SAR), e para finalizar o curso, existe na última semana a prática simulada, fase em que o aluno tem a oportunidade de por em prática todo o conhecimento adqui-rido na fase teórica do curso, sendo o objetivo desta fase uma simulação bem próxima da realidade das operações de busca e salvamento realizadas pelos Centros de Coordenação de Busca e Salvamento.

Além de contar com o apoio de seto-res da FAB na realização do SAR 001, a coordenação do curso desenvolveu uma importante parceria com a Universidade do Vale do Paraíba – UNIVAP para a rea-lização da prática simulada. Membros do curso de jornalismo daquela instituição de ensino são inseridos como imprensa que, em missões reais, estaria buscando subsídios para suas pautas jornalísticas. O curso é a qualificação necessária à habilitação de profissionais de “Coorde-nação SAR” para que possam desempe-nhar essa importante função operacional no Sistema Sar Aeronáutico, SISSAR.

1 – Radioperadores em Plataforma Marítima; 2 – Técnicos de Operação Radar em Área Terminal e Rota - Turma 1/2007; 3 – Técnicos de Operação Radar em Área Terminal e Rota - Turma 4/2007; 4 – Cel Ferraz cumprimenta um dos alunos do Curso MET 002. 1 2 3 4

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A comunicação passou por diversos estágios (pintura, gravura, gestual, dança, som, escrita) que através dos milênios vêm se aprimorando e preenchendo demandas diversas que vão além da satisfação das necessidades básicas. É o exemplo do comunicar para ampliar conhecimentos; para ir através da escrita e do som aonde muitas vezes o corpo não consegue chegar; para satisfazer-se através de meios de comunicação que fascinam e estimulam por serem intrinsecamente repletos de mistério e surpresa.

Quem, desde a infância, não sonhou em ter contato com outras civilizações, com pessoas do outro lado do mundo, com cultura e língua diferentes? Quem não desejou escrever para alguém, sem saber ao certo a quem, e desta pessoa desconhecida receber uma resposta? Muitos de nós.

Mensagens em garrafas lançadas ao mar e cartas para Papai Noel fizeram parte do imaginário de muitas crianças. E quantas delas não levaram o desejo tão a sério que, de fato, realizaram suas vontades?

Adultos também têm desejos como estes. E isso se confirma pela quantidade de pessoas inscritas em sites de penfriend ou penpal (amigos por correspondência) e pelos inúmeros adeptos ao radioamadorismo.

O radioamadorismo, nosso enfoque desta Reportagem Especial, é um hobby compartilhado por pessoas de todas as idades e nacionalidades.

Com diversas modalidades, os radioamadores podem usar este meio de comunicação tanto para um bate-papo informal, quanto para contatar órgãos de Defesa Civil em situações críticas.

Através da estação de radiocomunicação, que é composta de um transceptor (transmissor-receptor), de

uma linha de transmissão e da antena propriamente dita, os usuários podem se comunicar com qualquer outra pessoa em qualquer lugar do planeta.

A aquisição de uma estação de radioamador segue as normas estabelecidas pelo país de origem do operador. A Lei da Antena (Lei nº 8.919 de 15 de julho de 1994), como é chamada, dá o direito aos radioamadores de instalar suas respectivas estações, “bem como do necessário sistema ou conjunto de antenas, em prédio próprio ou locado, observados os preceitos relativos às zonas de proteção de aeódromos, heliportos e de auxílio à navegação aérea”.

Os usuários são habilitados por órgãos competentes a operar uma estação de rádio nas freqüências delimitadas no Brasil pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), seguindo padrões mundiais da União Internacional de Telecomunicações (UIT) que não permitem a operação para fins comerciais, políticos, raciais, religiosos, assim como fazer uso

de palavras obscenas e ofensivas.

As penalidades para os usuários que infringirem das normas estabelecidas vão desde multas até a cassação da permissão de operação da Estação de Radioamador.

Segundo a Norma 449 e 452 da Legislação, “o serviço de radioamador é modalidade de serviço de radiocomunicações, destinado ao treinamento próprio, à intercomunicação e a investigações técnicas, levadas a efeito por amadores devidamente autorizados, interessados na radiotécnica a título pessoal, que não visam qualquer objetivo pecuniário ou comercial ligado à exploração do serviço, inclusive utilizando estações espaciais situadas em satélites da Terra”.

De acordo com o site da Labre (Liga de Amadores Brasileiros de Radioemissão), no Brasil os radioamadores são reconhecidos pelo Ministério das Comunicações.

Ainda de acordo com a Norma, a permissão para execução do serviço de radioamador é intransferível e

Não estaríamos errados se afirmássemos

que comunicar é sinônimo de sobreviver.

Certamente dentre as mais primordiais

necessidades humanas está a comunicação.

É através da comunicação, da linguagem,

que nos relacionamos, nos fazemos entender

e, numa instância mais abstrata e, por que

não, filosófica, buscamos refletir sobre nossa

concepção e existência.

Por TELMA Penteado

Reportagem Especial

Radioamadorismo

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será outorgada ao titular do Certificado de Operador de Estação de Radioamador; a pessoas jurídicas, como Associações de Radioamadores, universidades e escolas. A outorga de permissão para execução de serviço de radioamador compete somente à ANATEL.

O Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER) é expedido aos aprovados em testes de avaliação da capacidade operacional e técnica para operar estação de radioamador, tendo para os usuários brasileiros o prazo de validade indeterminado.

Compete ao Ministério das Comunicações a renovação e a revogação da Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador.

De fato, o serviço por eles prestado é inestimável. Por causa das técnicas desenvolvidas pelos radioamadores a criação da Internet foi viabilizada com muito mais precisão e em menos tempo do que levaria sem os conhecimentos por elas trazidos.

Podemos citar, também, sua colaboração nos campos da radiocomunicação, do sistema radar, da telefonia celular e do sistema de transmissão de dados via microondas.

No caso da telefonia celular, vale ressaltar que o sistema hoje operante é muito mais complexo que o do radioamadorismo, no entanto, a essência do seu funcionamento é a mesma.

Fora do campo das pesquisas científicas, o trabalho voluntário do radioamador é igualmente incomensurável.

Itacir Amorim, cujo indicativo (prefixo adquirido quando se é atestado radioamador e que identifica a pessoa) é PY1EJ, é primeiro sargento reformado, com 49 anos de serviços prestados à Força Aérea Brasileira (FAB), e radioamador classe A, desde 1958, após permanecer um ano na classe B, cumprindo as exigências da Portaria 936/MVOP que, naquela época, regia o radioamadorismo nacional.

“Meu último cargo foi na graduação de primeiro sargento, na antiga Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo/Comissão de Estudos de Coordenação dos Assuntos Técnicos Internacionais (DEPV/CECATI), como encarregado da Seção de Passaportes e de Contatos com Órgãos Governamentais e Consulares de outros países, além de outras atribuições”, explica Amorim.

Amorim é radioamador desde 1957, portanto, há 50 anos. “Nos idos de 1950, tive meus primeiros contatos com o radioamadorismo, através da estação de PY3PK - António Campos Y Augusto, em Canoas/RS, já falecido, que era um suboficial da FAB. Em sua estação, tomei as primeiras ‘injeções de RF’ e passei a me encantar com as conversações e o linguajar próprio daquele hobby”.

Para Amorim, ser um radioamador “é usar o meio de comunicação mais versátil, pois não existem

barreiras de espécie alguma, principalmente pela falta de conhecimentos de outras línguas, não importando raças, credos, costumes ou política de cada um, exceto em casos raríssimos de litígios entre um país ou outro, quando os radioamadores são proibidos de realizar seus contatos”.

O 3º SGT MO Liece Gomes de Souza Junior, PY1JR, presta serviços à Marinha do Brasil há 12 anos e trabalha na Base Almirante Costa e Silva, na Ilha da Marambaia, Rio de Janeiro.

Radioamador há seis anos, Junior entrou primeiramente na Faixa do Cidadão em 1996, com PXIK1693 e, em 2001, após admissão na classe B, entrou no radioamadorismo propriamente dito. Um ano depois prestou exames e foi admitido e promovido para a classe A.

“O radioamadorismo é um hobby, um passatempo que me desafia a toda hora, seja no contato com um país exótico ou numa construção de uma antena”, diz Junior. Sua esposa refere-se ao hobby como sendo “uma cachaça que se bebe em casa”. Seus filhos são os que mais curtem. O menino de dois anos gosta de ficar ouvindo as conversas e a menina, de cinco, até se comunica com os amigos do pai, sob a sua supervisão.

O técnico de Eletrônica Rogério Camilo, que trabalha no Setor de Projetos de Sistemas Eletrônicos da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA/CTCEA), é também radioamador. Pertencente à classe C (veja a seguir a divisão de classes no radioamadorismo), Camilo (PU1MEK) nos apresentou seu amigo, o radioamador Classe A, Ivan

Silva, indicativo PY1YB, membro do Conselho da LABRE-RJ, que nos contou dois episódios que ilustram a importância do espírito humanitário e de cooperação que faz parte da essência destas pessoas.

Certa vez, Ivan estava em casa, na sala onde mantém seus equipamentos de radioamadorismo ligados, batendo papo com seus amigos. Lá pelas tantas, ouviu um chamado: “Salvamar! Salvamar!”, mas não ouviu nenhuma resposta. Alguns segundos depois, o mesmo homem chamou o E21 (que é o indicativo do Iate Clube do Rio de Janeiro). Como já eram 21h, o Iate Clube já havia encerrado as operações, que vão até às 19h (com exceção dos fins de semana que vão até às 20h, ou até a chegada da última embarcação).

O homem chamou mais algumas vezes sem obter resposta. Foi, então, que Ivan resolveu intervir e atender a chamada. “Aqui é PY1YB. Sou radioamador e, por acaso, cuido do Clube. Posso te ajudar?”

E o homem respondeu: “Poderia dar um telefonema? Estou com uma pessoa acidentada a bordo e preciso que uma ambulância venha ao cais para resgatá-lo e levá-lo para um hospital!”. Este homem havia retirado o outro sujeito acidentado de sua embarcação e estava precisando de suporte em terra.

No mesmo instante, Ivan entrou em contato com equipes de socorro e conseguiu prestar auxílio aos dois companheiros em situação de perigo.

Em outra ocasião, em 1999, o contato foi com os tripulantes do navio Barão de Tefé, que estava fazendo a III Expedição Brasileira à Antártica.

Naquela época, as atividades de telegrafia haviam

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sido encerradas nos navios (atualmente a telegrafia é basicamente usada pelos radioamadores). A bordo estavam cientistas, pesquisadores, oceanógrafos, biólogos, entre outros, mas nenhum deles tinha experiência em radiocomunicação.

Os primeiros dias de viagem correram bem, mas com o passar do tempo a saudade bateu e eles desejavam entrar em contato com seus familiares. No entanto, não sabiam ao certo como fazer.

Por sorte, ao sintonizarem o rádio do navio, encontraram uma freqüência de radioamador e escutaram Ivan conversando com amigos. Eles entraram na conversa e se apresentaram: “nós estamos no navio Barão de Tefé e queremos saber como fazer para dar um telefonema!”.

“Como nós conhecíamos o rádio deste navio”, conta Ivan, “conseguimos ensiná-los a colocá-lo na freqüência marítima adequada. Liguei para a Embratel e consegui fazer o contato entre eles. Tudo deu certo e, no fim, eles conseguiram falar com seus familiares”.

Para Ivan “isso é radioamadorismo: 24 horas no ar, em algum lugar, tem alguém. Imbuído deste lado humanitário e comunitário do radioamadorismo, ajudamos sempre quando aparece uma oportunidade. Nem se pensa em cobrar por isso. É um serviço que prestamos por prazer”.

Amorim também pôde prestar serviços através do radioamadorismo. E não foram poucas as oportunidades: em calamidades públicas, em casos de enfermidades graves e para conseguir medicamentos no exterior, em reuniões de pessoas em diferentes locais

e separadas pelos anos, em casos de falecimentos e, principalmente, para auxiliar em convocações de órgãos governamentais, municipais, estaduais e/ou federais. São apenas alguns exemplos.

Através de suas práticas, Junior já pôde ajudar a encontrar pessoas desaparecidas, vindas de outros estados para o Rio de Janeiro e a arrecadar remédios e agasalhos para campanhas em calamidades.

Durante um temporal num dia de Natal, as chuvas destruíram os meios de comunicação na cidade de Petrópolis (RJ) e com as várias catástrofes que ocorreram todo auxílio era necessário. Os telefones da cidade ficaram mudos e um funcionário da Defesa Civil entrou na freqüência do rádio em que Júnior estava operando e o ouviu desejando um ‘Feliz Natal’ aos seus colegas.

“Então” - conta Júnior, “ele entrou na conversa e pediu para contatar a Defesa Civil do Rio de Janeiro para que a mesma acionasse as unidades adjacentes para auxiliar nos socorros. Eu atendi à solicitação conseguindo enviar ajuda”.

A importância do radioamadorismo em tempos de crise, por exemplo, é enorme. Quando tudo falha, quando os satélites são bloqueados em casos de guerra, o radioamador está pronto para colocar sua estação para funcionar em prol da sua pátria, independente de energia elétrica ou de redes públicas.

Todos os aparelhos estão conectados a uma fonte, mas funcionam também à bateria, no caso de queda de energia.

De acordo com as necessidades, os radioamadores vão se adaptando com o uso de células foto-elétricas,

energia solar, válvula e até mesmo cata-vento. Fica nítido, nestas experiências relatadas, o lado lúdico e criativo desta atividade.

Aprovada pela Portaria nº 539, do Ministério da Integração Nacional, de 28 de abril de 2003, a Rede Nacional de Emergência de Radioamadores (RENER) elaborou um Manual de Procedimentos para que os radioamadores nela cadastrados possam agir de forma padrão quando solicitados. “O Manual foi elaborado, observando critérios técnicos e operacionais, muito pesquisado pela assessoria jurídica do Ministério da Integração Nacional e pela Secretaria Nacional de Defesa Civil”.

De acordo com o Manual, “todo radioamador, seja qual for a sua classe, deve estar consciente de que sua estação, a qualquer momento e por algum tempo, pode ser o único elo de comunicação entre um desastre e as autoridades competentes. Nessas ocasiões, operadores bem preparados têm tido performances dignas de elogio”.

Para saber mais informações sobre este aspecto do radioamadorismo, vale a pena conferir o site de rádio escotismo da União dos Escoteiros do Brasil (www. radioescotismo.com.br).

O alcance do radioamoador é de tal ordem, que propicia a comunicação em lugares estremamente longíncuos e inóspitos, como a Floresta Amazônica ou a Savana Africana.

De acordo com Regulamento de Serviço de Radioamador, em vigor desde 1º de dezembro de 2006, não há “menção a faixas de freqüência. Sobre esse aspecto, as estações do Serviço de Radioamador devem operar nas condições estabelecidas pelo ‘Regulamento de Condições de Uso do Espectro de Radiofreqüência’. A autorização para execução do Serviço será formalizada pela expedição da ‘Licença para o Funcionamento de Estação de Radioamador’, que incorpora também a autorização para o uso das radiofreqüências associadas”.

Radioamador é, por essência, interessado em comunicações. Ele começa primeiramente escutando tudo o que acontece nas freqüências para aprender como tudo funciona. Hoje este aprendizado é facilitado, inclusive, pelos dados fornecidos através da Internet.

O radioamadorismo no Brasil hoje se divide em três classes distintas (A, B e C), sendo o ingresso feito para classe A somente após um ano como classe B.

Para entrar para uma determinada Classe, sempre é exigida a realização de testes. Na Classe C, que é uma classe iniciante, bastam os conhecimentos da Legislação e da Ética Operacional (os interessados podem buscar os textos que estão disponíveis no site da Anatel (www.anatel.gov.br). A Labre-RJ também

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fornece cursos e apostilas (www.labre-rj.org.br). Para o ingresso na classe B já são exigidos, além dos conhecimentos da classe C, o Código Morse (CW – Contiunuos Wave – Ondas Contínuas), Eletrônica Básica e Eletricidade Básica.

Por fim, para ser um radioamador de classe A, faz-se necessário um conhecimento mais aprofundado destes temas.

Vale ressaltar que radioamadores mais antigos ensinam as técnicas pelo próprio rádio, bastando que os interessados sintonizem o canal nos dias e horários combinados.

“Os conhecimentos de eletrônica e eletricidade são básicos, não assustam. E quem se interessa por radioamador já gosta naturalmente destes temas”, é o que garante Ivan.

A diferença entre as classes está na utilização da Potência de Transmissão e do Espectro de Freqüências de Transmissão. As promoções de classes dão direito a uma gama maior de freqüências, alcance e horários mais extensos de acesso.

O aprimoramento da estação de rádio é outra paixão dividida pelos radioamadores. O mesmo se dá através da melhoria dos equipamentos e das antenas.

As Estações do Serviço de Radioamador são classificadas em Estação Fixa, Estação Repetidora e Estação Móvel ou Portátil.

A Estação Fixa é aquela que possui seu equipamento instalado em local determinado, compreendendo três tipos:

Tipo 1: localizada na Unidade da Federação onde está situado o domicílio ou sede do permissionário;

Tipo 2: localizada em Unidade da Federação diferente daquela onde está situado o domicílio ou sede do permissionário; e

Tipo 3: as que se destinam exclusivamente a emissão de sinais piloto para estudo de propagação, aferição de equipamentos ou radiodeterminação.

Já o equipamento da Estação Repetidora é destinado a retransmitir automaticamente sinais de rádio de e para estações de radioamador e pode ser do Tipo 4 (Repetidora sem conexão à rede telefônica pública) e do Tipo 5 (Repetidora com conexão à rede telefônica pública).

No caso da Estação Móvel ou Portátil (classificada como Tipo 6), o equipamento pode ser transportado e operado em movimento ou de modo estacionário.

Ainda de acordo com a Norma da Anatel, “ao permissionário é garantido o direito de instalar seu sistema irradiante, observados os preceitos específicos sobre a matéria relativos às zonas de proteção de aeródromos e de heliportos, bem como de auxílio à navegação aérea ou costeira, consideradas

as normas de segurança das instalações”.

O sistema de radioamador funciona com a utilização de ondas de rádio como meio de propagar as mensagens e estabelecer a comunicação.

No caso da Estação Repetidora, o sistema recebe sinais de onda fracos ou de baixa altitude e os restransmite de um local mais alto ou de maior potência. Através da Repetidora, o sinal pode ser transmitido para maiores distâncias sem, contudo, perder a qualidade.

Há, inclusive, grande interesse por parte dos radioamadores em instalar uma repetidora no Morro do Sumaré, por este possuir uma excelente posição geográfica e por sua altura ser extremamente favorável para grandes coberturas. O grupo está, atualmente, pleiteando a concretização deste projeto junto ao Comando da Aeronáutica.

Muitos se aprofundam neste universo encantador, estudando temas complexos, tais como propagação de ondas no espaço, reflexão ionosférica (reflexão das ondas em uma camada altamente ionizada da atmosfera terrestre, que tem, aproximadamente, de 40km a 700km de altitude), reflexão lunar e espectro de radiofreqüência em geral.

De acordo com dados estatísticos, até o ano de 2004 havia espalhados pelo mundo inteiro mais de três milhões de radioamadores, sendo 50% deles sediados nos Estados Unidos.

Dentre os mais famosos radioamadores de que se tem notícia estão o ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek; o primeiro astronauta brasileiro, Marcos

César Pontes; o primeiro radioamador brasileiro a manter contato com astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, Maurício Beraldo; o ex-presidente da Argentina, Carlos Menem; o rei da Espanha, Juan Carlos I de Borbón; e o ator americano Marlon Brando.

As radioamadoras são raras. De acordo com Júnior, elas devem representar, atualmente, cerca de 15% do total de radioamadores no mundo.

E foi com muito orgulho que a comunidade de Fernando de Noronha festejou, no dia 15 de junho, a chegada da tocha do PAN 2007. Moradores, visitantes, brasileiros e turistas estrangeiros, e muitos jornalistas acompanharam o percurso da tocha, que teve seu ponto final no alto do Forte dos Remédios. O motivo maior da celebração foi o fato da tocha ter sido levada, num dos trechos, pelas mãos de Ariandna Sampaio, mais conhecida como Morena (PUØFNI), uma radioamadora brasileira, que representou as mulheres atletas da Ilha.

Algumas modalidades deste hobby científico utilizam o Código Fonético Internacional e o Código Internacional de Sinais, chamado de Código Q, para estabelecer a comunicação.

Estes códigos foram aprovados em 21 de dezembro de 1959, na Convenção Internacional de Telecomunicações, realizada em Genebra.

O Código Q tem a função de simplificar a compreensão da informação e otimizar a comunicação dos operadores em qualquer idioma pela substituição das principais mensagens por um conjunto de três letras, sempre iniciadas pela letra Q (veja a tabela).

Itacir Amorim, radioamador desde 1957, encontrou - na churrasqueira do condomínio - o local perfeito para sua estação

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Ambos os códigos são usados tanto pelos usuários civis, quantos pelos militares no exercício de suas missões.

Uma outra curiosidade sobre o radioamadorismo são os Cartões QSL. Tratam-se de cartões que os radioamadores trocam após um primeiro contato, com o objetivo de registrá-lo. No cartão estão os indicativos do radioamador que o envia, da sua estação e da qual ele fez o contato, o local e a hora da conversa e os contatos particulares (como e-mail, endereço e telefone). O Ivan, por exemplo, já se comunicou com 215 países (todos devidamente registrados através dos cartões e dos alfinetes marcados num mapa mundi pendurado na sala junto aos seus aparelhos).

Até o presente momento, Amorim já se comunicou com mais de 250 países. “Ainda não recebi as confirmações da maior parte deles, isto é, não recebi os QSL com a confirmação dos nossos contatos”.

Amorim não tem atualizado o número de cartões recebidos, mas tem mais de 10 mil contatos contabilizados. Dentre esses contatos mais importantes, sem contar relíquias como os com países raros, estão os que fez com a estação móvel marítima do navegador Amyr Klink (PY2KAK), durante o projeto “Circunavegação Polar – Paratii 2” e em seu regresso da viagem “Ártico 360º”. O contato ocorreu em 16 de fevereiro de 1999.

Conforme os documentos dos relatos transcritos, pôde ser visto que, “durante a Circunavegação de Amyr, houve uma estreita e eficiente atividade da DHN (Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha Brasileira), fornecendo, por meu intermédio, boletins

meteorológicos que possibilitaram ao navegador solitário, uma travessia tranqüila, podendo evitar e/ou saber quando o navegador enfrentaria situações difíceis ou calmas. Segundo o próprio Amyr me confidenciou, foi espetacular a utilidade dos boletins enviados pela DHN”, declarou Amorim.

O radioamador Junior já se comunicou com aproximadamente 57 países, sendo 49 deles confirmados desde 2003 até o momento. Sua coleção de QSL já conta com mais de 300 exemplares vindos de vários países e de vários estados do País.

Atualmente, segundo o regulamento chamado DXCC, estão registrados 337 países considerados para fins exclusivos do radioamadorismo. Este número varia de tempos em tempos e o total de países registrados em atividade dificilmente alcança este registro,

porque muitos são considerados “figurinhas raras”. Normalmente existe somente um ou mesmo dois radioamadores que residem e operam destes lugares.

Alguns países chegam, em certas ocasiões, a não ter nenhum radioamador, por isso, torna-se necessária a organização de expedições de radioamadores, para que estações sejam instaladas e proporcionem mais um ponto ativo dentre os países relacionados.

De acordo com seu artigo publicado no Jornal Radioamadorismo & Faixa do Cidadão (ano X, nº 86), o radioamador Mário Keiteris (PY2MXK) descreve que as áreas de atuação dentro deste universo são muito diversas e, dentre as mais preferidas dos praticantes estão “o próprio intercâmbio cultural que o contato com radioamadores de todos os cantos do planeta proporciona; a coleção dos cartões QSL; a busca por estações DX (estação situada a uma distância considerável dentro ou mesmo fora do continente); a coleção de diplomas por contatos realizados seguindo a exigência da apresentação dos cartões QSL; a participação em concursos – os chamados CONTEST – nos quais o vencedor é o radioamador que computou a maior quantidade possível de estações, países, regiões, ilhas, entre outros, em um período de tempo reduzido, como, por exemplo, 24 horas ou um fim de semana completo; a construção de equipamentos e suas antenas e periféricos; a prestação de serviço comunitário em situações de emergência; e o estabelecimento de comunicações por reflexão lunar dos sinais de rádio (EME)”.

Apaixonado pelo radioamadorismo, Amorim dá sua mensagem aos leitores interessados: “incentivo a todos aqueles que gostem de se relacionar com outras pessoas, que gostem de eletrônica, que apreciem as comunicações, que queiram aperfeiçoar seus conhecimentos em outros idiomas e, finalmente, que queiram se dedicar a um hobby realmente atrativo e vibrante, para que façam sua opção pelo radioamadorismo. Só terão alegrias e motivação para o aprimoramento próprio, tanto em

Ariandna Sampaio, a “Morena”, foi a radioamadora que transportou a tocha do PAN em Fernando de Noronha

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conhecimentos das novas tecnologias relacionadas à eletrônica, como nos conhecimentos étnicos e de cultura em geral, principalmente ligados à geografia e história universal”.

E é justamente neste intuito de preservação da atividade do radioamadorismo que Ronaldo Bastos Reis (PS7AB) fundou e coordena o Arquivo Histórico do Radioamador Brasileiro (AHRB), em Natal (RN). Segundo Ronaldo, “o AHRB é uma entidade voluntária, sem fins lucrativos, que visa preservar documentos referentes ao radioamadorismo no Brasil, em especial cartões QSL, revistas, livros, boletins, diplomas, flâmulas, entre outros”.

“A idéia de se formar o AHRB está baseada na “QSL Collection”, localizada na Áustria, que possui a maior coleção mundial de cartões QSL, diplomas de radioamadores e de estações de radiodifusão. Eles possuem em seus arquivos mais de dois milhões de cartões, desde o tempo dos pioneiros até o presente”, declarou Ronaldo.

Ei, caro leitor! QAP! QRV!

QRD da Revista Aeroespaço para as suas mãos para, através desta matéria, pedir que você QRO e motive-se a buscar novos horizontes, ampliando seus conhecimentos através da comunicação! Talvez esta seja uma das nossas principais QTC!

Um forte abraço! QRT.

PS> Não se preocupe! A Revista Aeroespaço vai sempre trazer uma Reportagem Especial para QSK!

QAP = Permaneça na escuta ou estou na escuta.

QRA = Qual o prefixo do seu posto ou o prefixo do meu posto é...

QRB = A que distância aproximada está de meu posto ou estou a uma distância aproximada de...

QRD = Onde você vai e de onde vem ou estou vindo de... e indo para... QRF = Você está regressando ao... ou estou regressando ao...

QRG = Indique-me sua freqüência ou canal ou minha freqüência ou canal é... QRH = Sua freqüência varia.

QRI = Tonalidade dos sinais (1-inaudível; 2-audível por momentos; 3-deficiente; 4-audível; 5-perfeitamente audível)

QRJ = Recebo-o mal.

QRK = Legibilidade dos sinais (1-ilegível; 2-legível por momentos; 3-deficiente; 4-legível; 5-perfeitamente legível)

QRL = Estou ocupado.

QRM = Interferência de outra sessão. QRN = Interferência atmosférica ou estática. QRO = Aumente a sua potência.

QRP = Diminua a sua potência.

QRQ = Devo transmitir mais rápido ou transmita mais rápido. QRR = S.O.S. Terrestre.

QRS = Devo transmitir mais devagar ou transmita mais devagar. QRT = Devo cessar a transmissão ou cesse a transmissão QRU = Não tenho mensagem.

QRV = Estou às suas ordens.

QRW = Estação “X” chama em... KHZ/s. QRX = Aguarde. Voltarei a chamá-lo.

QRY = Quando é a minha vez de transmitir? QRZ = Quem me chama?

QSA = Intensidade de sinais (1-muito fraca; 2-fraca; 3-regular; 4-boa; 5-ótima). QSB = A intensidade de seus sinais está variando.

QSD = Entrar em contato com o posto...

QSL = Acuse o recebimento ou acuso o recebimento. QSJ = Taxa; dinheiro.

QSK = Continuarei a transmissão de todas as mensagens. QSM = Retransmita a última.

QSN = Pode receber-me agora ou posso recebê-lo agora. QSO = O horário de abertura de seu posto (ou meu posto) é... QSP = Retransmissão de mensagem.

QST = Comunicado de interesse geral. QSU = Transmitir ou escutar em KHZ/s.

QSY = Devo passar para outra freqüência ou passe para outra freqüência. QSZ = Transmita repetindo uma vez cada palavra.

QTA = Cancelamento de mensagem.

QTB = Concordo com a sua contagem de palavras. QTC = Mensagem.

QTH = Qual sua posição (ou localização) ou minha posição (ou localização) é... QTN = Informar a hora que saiu ou saí às... horas.

QTO = Banheiro WC. QTR = Hora exata.

QTX = Sairei por tempo indeterminado. QUD = Recebi o seu sinal de urgência. QUF = Recebi o seu sinal de perigo.

Código Q

Liece Júnior - Sargento da Marinha e escoteiro: “o radioamadorismo é um passatempo que me desafia a toda hora”

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CGNA

No dia 10 de maio, o DECEA deu início às visitas de inspeções às suas Organizações subordinadas. O Núcleo do Centro de Ge-renciamento de Navegação Aérea (CGNA) foi a primeira a receber a comitiva do DECEA.

Presidida pelo Vice-Diretor, Maj Brig Ar Alvaro Luiz Pinheiro da Costa, a visita ao CGNA, chefiada interinamente pelo Ten Cel Av Gustavo, teve um briefing preliminar, sendo exposta a missão do Centro e a importância da harmonização do gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea, proporcionando a gestão operacional das ações correntes do SISCEAB e a efetiva supervi-são de todos os serviços prestados, sendo também apresentada a estrutura do CGNA.

A comitiva teve acesso a diversas informações de divisões e setores da Organização, tomando conhecimento dos deveres e particularidades de cada local visitado.

Na inspeção da Divisão Operacional, foi demonstrado que o em-penho em atingir um patamar de eficiência pleno da Gerência de Fluxo do Tráfego Aéreo é incessante e que se busca com determi-nação a capacitação dos membros envolvidos na área operacional da OM, através de cursos, estágios e palestras, visando sempre o conhecimento absoluto sobre a informação ministrada.

Na área técnica, foram apresentadas soluções para o aprimora-mento do SYNCROMAX, sistema automatizado desenvolvido pela Fundação ATECH, para dar suporte aos processos de gestão de fluxo de tráfego aéreo no Brasil, e aos demais sistemas utilizados pelo CGNA.

Na Divisão Operacional, foi demonstrado que o efetivo envolvido na área técnica está em permanente atualização, mostrando suas necessidades e soluções, como por exemplo, a aquisição de equi-pamentos de videoconferência para instalação em todos os ACC e nos APP-RJ e APP-SP.

O grupo responsável pela inspeção à Seção Auxiliar (Setor Admi-nistrativo) deste Núcleo foi recebido pela equipe do setor que expôs as necessidades e os deveres relativos ao setor, principalmente a carência de pessoal da especialidade de tráfego aéreo.

Na inspeção, o CGNA demonstrou o que será estabelecido, ten-do em vista a necessidade de soluções sistêmicas associadas ao crescimento da demanda do tráfego aéreo.

O CGNA assegurará, também, a continuidade e a integração das atividades, já iniciadas, de desenvolvimento de subsistemas espe-cíficos de gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo no Brasil.

O Núcleo vem desenvolvendo e ampliando suas atividades. O principal problema que vem impactando a operação plena (H-24) das gerências regionais e das células de gerenciamento de fluxo é a falta de pessoal. Ciente da situação geral de carência do SISCEAB e da necessidade de se priorizar os órgãos de controle na dotação de pessoal, a Chefia do CGNA tem procurado disponi-bilizar as informações para os regionais com a antecedência neces-sária à sua utilização nos briefings das equipes de controle.

CISCEA

A segunda OM a receber a visita de inspeção foi a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), na manhã do dia 30 de maio.

Presidida pelo Maj Brig Ar Alvaro Luiz da Costa Pinheiro, Vice-Di-retor do DECEA, a comitiva contou também com as presenças de autoridades do Departamento, como o Chefe do Subdepartamento de Administração (SDAD), Cel Av Gracza, do Adjunto do SDAD e Chefe da Divisão de Patrimônio do DECEA, Cel Av Célio, e do As-sessor de Orçamento e Gestão, Cel Int Misael.

As autoridades foram recepcionadas pelo Presidente da CISCEA, Cel Av Carlos Vuyk de Aquino e pelo seu Vice-Presidente, o Cel Av Walter Dias Fernandes Filho.

Após o briefing, realizado no Auditório Tenente Brigadeiro Paulo Victor, discorrendo sobre o foco da inspeção, os chefes de setor da CISCEA acompanharam os seus respectivos inspetores às suas salas para a visita propriamente dita.

PAME-RJ

No dia 05 de junho, no Parque de Material de Eletrônica da Ae-ronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) o DECEA deu conti-nuidade às visitas de inspeção e, na con-dução da inspeção anual, teve a opor-tunidade de avaliar projetos, processos e

demais atividades do Órgão Central de Apoio aos diversos elos do SISCEAB na busca do efetivo cumprimento de sua missão.

Dentre os membros da comitiva estavam o Vice-Diretor do DECEA, os Chefes do SDAD, do Subdepartamento Técnico (SDTE), Cel Av José Geraldo Ferreira Malta, entre outros.

Visitas de Inspeção do

O Cel Av Aquino recebe autoridades do DECEA para inspeção na Comissão

Comitiva DECEA visita instalações do PAME-RJ

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