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O CEARÁ E SUA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO * Lúcio Alcântara

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Academic year: 2021

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O CEARÁ E SUA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO*

Lúcio Alcântara Foram significativos os avanços obtidos pelo Ceará nos últimos anos, e nós podemos enumerar uma série de facilidades que incentivam novos investimentos no Estado, a começar pela nossa localização geográfica, uma infra-estrutura consolidada, a oferta de mão-de-obra, os incentivos estaduais, a vocação industrial do povo cearense, a capacidade de investimento do Governo, e as parcerias entre o Governo e o setor produtivo.

No que se refere à sua localização geográfica, e considerando os

continentes norte-americano e europeu, o Ceará está próximo dos principais mercados, o que favorece negócios internacionais.

Temos uma macro infra-estrutura que foi consolidada ao longo dos últimos 16 anos, e que vem atraindo empreendimentos empresariais de grande porte, com oferta de energia elétrica, eólica e de gás natural, além de rodovias em bom estado de tráfego e abastecimento de água, conforme veremos em slides posteriores.

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Palestra proferida III Conferência Investe Nordeste Brasil Nordeste:O lugar certo para investir.Painel: Políticas Estaduais para atração de investimentos. Banco do Nordeste. Fortaleza/CE. 09 de julho de 2004.

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A nossa mão-de-obra é qualificada e semi-qualificada. O Ceará

apresenta uma cobertura escolar para ensino fundamental da ordem de 95,8%, índice superior à média regional, que está na faixa de 95,2%. Além disso, há uma tendência de redução dos grupos com menor grau de instrução e aumento das camadas com melhor escolaridade.

Além das vantagens competitivas naturais, como a boa localização geográfica, oferecemos incentivos fiscais adequados a empresas que desejem investir no desenvolvimento econômico e social do Ceará.

É reconhecida a vocação industrial do povo cearense. Setores tradicionais como a indústria têxtil e de alimentos fazem parte da história da nossa economia.

O Governo tem credibilidade e capacidade de investimento. Temos um Estado equilibrado financeiramente, que honra seus compromissos com a população e com o Governo Federal.

Existe um esforço para do Governo para firmar parcerias com o

setor produtivo. Vivemos na Sociedade do Conhecimento, na qual as

relações em rede e as ações conjuntas são o alicerce de novas realizações. Nesse tocante, as parcerias público-privadas têm sido muito bem conduzidas. No Ceará, dos investimentos previstos para o quadriênio 2003-2006, 61,5% serão de natureza privada, sendo o restante dos governos federal, estadual e municipais.

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Também não podemos esquecer que o Banco do Nordeste em

Fortaleza tem sido um grande parceiro, e a localização de sua sede

no Ceará sinaliza a dinamismo econômico do Estado .

No que se refere aos nossos indicadores gerais, é importante lembrar que ocupamos uma área de 146. 348 quilômetros quadrados, com uma população de sete milhões e meio de pessoas e PIB de 9.1 bilhões de dólares. Como todos sabem, Fortaleza é a quinta maior cidade do Brasil, com três milhões de habitantes.

A abordagem sistêmica das ações demandadas por nosso projeto de desenvolvimento tem como objetivo a construção de um Ceará cada vez melhor. O Ceará foi o Estado que obteve maior ganho no Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, passando da 23ª posição, em 1991, para o 19º lugar, em 2000, e registrando , atualmente, um índice da ordem de 0,699. O IDH brasileiro é de 0, 764. Quanto mais próximo de 1,0, melhor.

Como mencionamos na abertura, o Ceará possui um

posicionamento estratégico privilegiado em relação aos mercados

internacionais, como os senhores podem ver no mapa.

O Turismo é uma das maiores forças da economia cearense, com um enorme potencial ainda a ser explorado, apesar de já sermos um destino turístico reconhecido no Brasil e no exterior, com mais de 500 quilômetros de litoral e sol praticamente o ano inteiro.

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A gestão do Turismo no Ceará vem sendo pautada pelo desenvolvimento do Destino e Produto Turístico Ceará, desenvolvimento da Política de marketing Turístico, captação de

negócios e gestão em parceria. Os principais parceiros são Ministérios e demais órgãos da esfera federal, prefeituras municipais, bancos de investimento e trade turístico em geral.

Entre as estratégias da Política de Apoio e Indução ao Desenvolvimento Turístico, destacam-se:

1) Priorizar destinos e produtos turísticos com o maior potencial de resposta em curto e médio prazos em função de seu posicionamento no mercado;

2) Planejar e criar destinos e produtos turísticos, com a finalidade de obter um maior equilíbrio territorial e a descentralização da atividade turística;

3) Incrementar os mercados promissores internacionais, especificamente os que já dispõem de vôos charters e linhas aéreas regulares.

Além de atrair o turismo, o rico artesanato cearense gera emprego

e renda para milhares de famílias. No Ceará, são 6.500 artesãos beneficiados pelos programas governamentais, sendo que 1.534

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receberam cursos de capacitação. Em 2003, 122.551 peças foram comercializadas, gerando mais de um milhão e trezentos reais.

A indústria é outra força econômica que tem produzido grandes

números, principalmente no que se refere à atração de novos empreendimentos. O Ceará é o terceiro pólo calçadista do País e o primeiro centro de produção metal-mecânica do Norte e Nordeste. A Indústria vem fortalecendo significativamente seu papel de gerador de empregos, ampliando o número de trabalhadores entre 1997 e 2001, de 15,24% para 18,34%.

No tocante ao PIB Estadual, a Indústria ampliou a sua participação de 34% para 37%, de 1985 a 2001.

Vale salientar que a economia do Ceará, no período de 1985 a 2002, foi basicamente sustentada pela indústria e pelos serviços, que cresceram, em média, 4,06% e 2,98%, segundo o Ipece. A indústria de transformação, por exemplo, registrou expansão de 73,15%, de 1985 a 2002.

O Governo do Estado vem apostando na agricultura irrigada, com

o desenvolvimento dos Agropolos.

A política de desenvolvimento agrícola possui programa específico para aumentar a competitividade da agricultura de sequeiro, baseada nas seguintes atividades:

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1) Ampliação da capacidade de acumulação de água e de integração de bacias hidrográficas;

2) Inovação Tecnológica e modernização das infra-estruturas e dos sistemas produtivos;

3) Organização e capacitação dos agentes das cadeias produtivas; 4) Capacitação dos produtores;

5) Desenvolvimento da agricultura irrigadas em propriedades familiares;

6) Prospecção de mercados e apoio à comercialização dos pequenos, médios e grandes produtores;

7) Defesa fitossanitária;

8) Qualidade e certificação de marcas;

9) Fomento ao acesso ao financiamento dos produtores e demais agentes das cadeias produtivas

O agronegócio tem tido um grande desenvolvimento no Ceará, com

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O setor da agropecuária é responsável por 30% da PEA (População Economicamente Ativa) no Estado. A participação no PIB foi de 6,08% em 2000.

Um das maiores obras de infra-estrutura do Ceará é o Porto do Pecém, localizado no município de São Gonçalo do Amarante, e já em

pleno funcionamento. O Porto do Pecém exporta mais de 100 mil de toneladas de produtos por ano, e importa 183 mil toneladas.

Em Fortaleza, o Porto do Mucuripe também tem capacidade para operação de granéis sólidos e líquidos, com a movimentação de 70 mil

containers por ano.

O Aeroporto Internacional Pinto Martins, construído numa área climatizada de 36 mil metros quadrados, tem capacidade para receber dois milhões e 500 mil passageiros por ano.

Para reforçar a política de oferta permanente de água no Ceará, o

Governo do Estado construiu o grande açude do Castanhão, no município de Nova Jaguaribara. Maior açude do Estado, o Castanhão tem capacidade para acumular 6 milhões de metros cúbicos de água. A barragem vem assegurar o abastecimento em períodos críticos e conter enchentes em anos chuvosos.

O Ceará conta com suprimento de energia elétrica através das Hidrelétricas de São Francisco e Tucuruí. São 62.651 quilômetros de

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redes de distribuição e 2.810 quilômetros de linhas de transmissão, com 77 subestações.

O Programa de Energia Eólica do Estado tem empreendimentos implantados no Mucuripe, Prainha e Taíba. Outros dois estão em implantação em Paracuru e Camocim.

O Ceará também investe em gás natural, e a linha Guamaré-Pecém, que liga o Rio do Norte ao Ceará, possui 377 quilômetros.

Aqui temos o mapa do Eixo Castanhão-Região Metropolitana de

Fortaleza-Pecém, que reforça o sistema de abastecimento de água

do Estado.

O Programa de Incentivos Fiscais implementado pela atual Política de Desenvolvimento Econômico é baseado em um sistema de pontuação, cujo teto é de 75 pontos, equivalente ao diferimento de até 75% do ICMS recolhido pela empresa incentivada. A pontuação se dá nos seguintes aspectos:

1) Volume de Investimento (até 13 pontos)

2) Geração de empregos diretos (até 12 pontos)

3) Fortalecimento de cadeias produtivas (até 8 pontos) 4) Utilização de matérias-primas locais (até 7 pontos)

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5) Localização - descentralização e interiorização (até 6 pontos)

6) Investimento em projetos de responsabilidade social, cultural e ambiental (até 4 pontos).

Ao contrário do que apregoam os críticos ao Sistema de Incentivo, faz-se necessário destacar que os valores relativos a incentivos fiscais não são desembolsados pelo Estado, mas constituem receita cessante, durante um período de carência concedido à empresa.

Em contrapartida, o Estado recolhe a parcela do ICMS não incentivada, além do retorno do ICMS pago após o período de carência. No ano de 2003, por exemplo, a receita cessante foi de 315,5 milhões, enquanto o Estado recolheu (em caixa) R$ 184,5 milhões.

Sobre a Política de Desenvolvimento do Estado, em vigor desde abril de 2003, destaque-se:

1) Não se restringe à atração industrial, mas apresenta diretrizes para todos os setores da economia: turismo, micro e pequenas empresas, comércio e serviços, agronegócios e indústrias.

2) É elaborada com a contribuição das entidades de classe empresarial e universidades;

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Temos aqui casos de sucesso na atração industrial. Ver telão. Agora vamos falar um pouco sobre a Comissão de Comércio Exterior (CCE), que é a primeira comissão do gênero no Brasil. Ela completará 4 anos de atuação em 25 de agosto, dia em que será entregue o II Prêmio Exportador do Ano às empresas que se destacaram no comércio exterior em 2003.

É formada por sete entidades: Governo do Estado, Fiec, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Sebrae, Unifor e Correios.

No Ceará, existem as CCE regionais no Cariri (Juazeiro do Norte), Leste (Limoeiro do Norte) e Norte (Sobral).

Foi um prazer estar aqui conversando com os senhores. Muito obrigado.

Referências

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