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SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 11 12

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PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 11 | 12

SEGUROS

(2)

SEGUROS >03 EM PORTUGAL

SEGUROS EM 2011

02 >APS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES

SEGUROS

EM 2011

>GRANDES AGREGADOS 2009 2010 2011 +10/09 +11/10 Número de Companhias 87 83 79 -3,4% -6,0% Número de Empregados 11.270 11.224 11.242 -0,4% 0,2% Número de Mediadores 27.139 25.897 25.397 -4,6% -1,9% Ativo Líquido 60.908 62.119 56.040 2,0% -9,8% Ativos de Investimento 58.095 59.089 52.900 1,7% -10,5% Capitais Próprios (Sit. Líquida) 4.318 4.081 3.594 -5,5% -11,9% Prémios de Seguro Direto 14.516 16.340 11.666 12,6% -28,6% Ramo Vida 10.384 12.172 7.533 17,2% -38,1% Ramos Não Vida 4.132 4.168 4.133 0,9% -0,9% Resultados do Exercício 266 416 10 56,4% -97,7% Conta Técnica Vida 228 402 -65 76,5% -116,2% Conta Técnica Não Vida 82 58 67 -29,1% 16,3% Conta Não Técnica -43 -44 7 1,0% -117,0% Capitais Próprios / Ativo Líquido 7,1% 6,6% 6,4% -15,7% -641,3% Resultados / Capitais Próprios 6,2% 10,2% 0,3% -992,2% -27,1%

U: Montantes em milhões de euros | Fonte: APS - Associação Portuguesa de Seguradores ,

ISP - Instituto de Seguros de Portugal, BdP - Banco de Portugal e INE -Instituto Nacional de Estatística.

>PRODUÇÃO VIDA E NÃO VIDA 2009 2010 2011 +10/09 +11/10

TOTAL (VIDA + NÃO VIDA) 14.516 16.340 11.666 12,6% -28,6%

TOTAL VIDA 10.384 12.172 7.533 17,2% -38,1% Seguros de Vida 7.198 9.600 5.501 33,4% -42,7% Seguros ligados a Fundos Inv. 3.161 2.331 2.033 -26,2% -12,8% Operações de capitalização 25 241 0 851,2% -99,9% TOTAL NÃO VIDA 4.132 4.168 4.133 0,9% -0,9% Acidentes e Doença 1.353 1.357 1.321 0,2% -2,6% Acidentes de Trabalho 674 646 622 -4,1% -3,7%

Doença 500 532 540 6,5% 1,5%

Incêndio e Outros Danos 744 765 769 2,8% 0,5% Automóvel 1.666 1.672 1.659 0,4% -0,8% Transportes, RC Geral e Div. 368 375 383 1,8% 2,3%

U: Milhões de Euros A conjuntura muito desfavorável que atravessou a economia

portuguesa não deixou o setor segurador imune. Em 2011, os traços marcantes do quadro evolutivo da atividade seguradora portuguesa foram o decréscimo do volume de produção e a deterioração dos resultados de exploração, efeitos que, no entanto, não se fizeram sentir de igual forma no segmento Vida e no segmento Não Vida.

No segmento Vida, depois da expansão registada no ano anterior, 2011 foi um ano de contração sem paralelo da produção de seguro direto, que recuou mesmo a um volume inferior ao de 2005. Relativamente à receita de 2010, os 7,5 mil milhões de euros de prémios e entregas processados em 2011 no ramo Vida representam uma quebra de 4,6 mil milhões de euros (-38,1%).

Na base desta evolução estiveram, porém, circunstâncias muito precisas, que afetaram especificamente a comercialização de produtos financeiros, em particular em relações de bancassurance. Na realidade, e apesar de outras condicionantes económicas e políticas, a mais relevante foi, sem dúvida, a profunda necessidade de financiamento dos bancos, que levou os respetivos grupos financeiros a privilegiar a comercialização de produtos que captassem poupanças para os seus balanços (sobretudo depósitos a prazo).

Significativamente distinto foi o comportamento dos seguros de risco, incluindo os de Vida e os de Não Vida, que conheceram uma evolução mais alinhada com o desempenho global da atividade económica.

No conjunto do segmento Não Vida, o decréscimo da produção de seguro direto foi relativamente marginal (-0,9%), tocando com maior intensidade alguns ramos mais sensíveis a variáveis macroeconómicas, mas não inibindo o crescimento moderado de outros.

No ramo Acidentes e Doença (-2,6%), preponderou a queda do volume de prémios de Acidentes de Trabalho (-3,7%), naturalmente induzida pela redução do emprego e a contenção da massa salarial, ainda que também afetada pela pressão concorrencial do mercado. Pela positiva, destaca-se a evolução dos prémios de Doença (+1,5%), demonstrando o crescente interesse dos consumidores por este tipo de proteção, e também a evolução do ramo Incêndio e Outros Danos (+0,4%), onde prevalecem claramente os seguros de Riscos Múltiplos, que mantiveram um ritmo de crescimento consistente com a tendência dos últimos anos.

Por fim, o ramo Automóvel, o maior deste segmento Não Vida, manteve quase estagnado o seu volume de prémios (-0,8%), sendo que a tal corresponde uma redução do prémio médio mais ligeira do que nos anos anteriores, já que a evolução do parque automóvel seguro é já muito ténue.

Como adiante se desenvolverá, os resultados do setor, afetados fundamentalmente pela adversa conjuntura dos mercados de capitais, conheceram também uma quebra significativa em 2011, mantendo-se, porém, positivos.

(3)

SEGUROS

E A SOCIEDADE

A atividade seguradora, apesar da sua natureza empresarial, tem uma intervenção extraordinariamente relevante em áreas de evidente interesse social, seja na proteção de pessoas e bens e seja na gestão segura das poupanças dos aforradores.

Por outro lado, as garantias prudenciais que envolvem este negócio e que obrigam as empresas do setor a provisionar as volumosas responsabilidades que assumem, contribuem decisivamente, através dos investimentos necessários para representar estas últimas, para o financiamento e estabilidade da economia.

Em final de 2011, o volume total das responsabilidades cobertas – Vida e Não Vida – ascendia a quase 53 mil

SEGUROS

E A SOCIEDADE

>INDICADORES 2009 2010 2011 +10/09 +11/10

Ativos de Investimento / PIB 34,5% 34,2% 30,9% -0,3 pp -3,3 pp Prémios S.D. / PIB 8,6% 9,5% 6,8% 0,8 pp -2,6 pp Ramo Vida 6,2% 7,0% 4,4% 0,9 pp -2,6 pp Ramos Não Vida 2,5% 2,4% 2,4% 0,0 pp 0,0 pp Prémios S.D. / Nº Habitantes (Euros) 1.363 1.536 1.105 12,7% -28,1%

Ramo Vida 975 1.144 713 17,3% -37,7%

Ramos Não Vida 388 392 391 1,0% -0,1%

Fonte: APS, BdP, INE

>CARTEIRA DOS INVESTIDORES INSTITUCIONAIS 2009 2010 2011 % 2011

Fundos de investimento mobiliário e mercado monetário 17.231 14.237 10.835 12,2% Fundos de investimento imobiliário 11.464 12.220 11.995 13,5% Fundos de Pensões 21.917 19.724 13.253 14,9% Empresas de Seguros 58.095 59.089 52.900 59,4%

TOTAL 108.707 105.271 88.983 100%

U: Milhões de Euros | Fonte: APS , BdP, ISP, APFIPP

Prémios recebidos dos tomadores 12,2 Devolução à sociedade 13,2 >DEVOLUÇÃO À SOCIEDADE 2011 12,2 13,2 Prémios Vida 7,5

Prémios Não Vida 4,1 Impostos e Taxas 0,5 Custos com sinistros e provisões Vida 9,1 Custos com sinistros e provisões Não Vida 2,4 Comissões a mediadores 0,6 Impostos e Taxas 0,6

Custos com pessoal 0,5

Valores Imp. Acionistas 0,4

>DEVOLUÇÃO À SOCIEDADE 2011

U: Mil Milhões de Euros U: Mil Milhões de Euros

milhões de euros (cerca de 30,9% do PIB em 2011). Números que colocam, com larga vantagem, o setor no topo dos investidores institucionais em Portugal. E é sobretudo a gestão eficiente da sua carteira de investimentos que confere ao setor segurador, através dos resultados por ela gerados, a capacidade para devolver anualmente à sociedade a totalidade – ou até mesmo mais – do volume de prémios que recebe dos tomadores de seguros. Em 2011, no seu conjunto, o setor segurador acabou por devolver à sociedade cerca de 13,2 mil milhões de euros, ou seja, um valor superior à verba global que recebeu dos tomadores de seguros como prémios e respetiva carga fiscal e parafiscal (12,2 mil milhões de euros).

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06>APS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES

MERCADO

SEGURADOR

EUROPEU

Em 2011, o volume de prémios do mercado europeu registou um crescimento de cerca de 1,5%, atingindo valores muito perto dos 1,5 biliões (mil milhões) de USD. No entanto, este crescimento não foi uniforme entre os segmentos Vida e Não Vida, tendo sido registado um decréscimo de cerca de 3% na produção do primeiro e um aumento de mais de 8% na produção do segundo. Ainda assim, o ramo Vida continua a dominar a produção do setor segurador europeu, representando quase 60% da mesma.

Com segmentos de Vida particularmente desenvolvidos, os mercados seguradores inglês e francês continuam a ser os de maior dimensão no espaço da União Europeia, com quotas de 21,3% e de 18,2%, respetivamente. Segue-se o mercado alemão, o terceiro maior em termos globais (com uma quota de 16,4%) mas o maior no que respeita ao segmento Não Vida, onde representa mais de 21% do mercado europeu.

SEGUROS >07 EM PORTUGAL

MERCADO

SEGURADOR EUROPEU

>MERCADOS DE SEGUROS NA UNIÃO EUROPEIA - PRODUÇÃO

PRéMIOS BRUTOS EMITIDOS ESTRUTURA

Vida Não Vida TOTAL Vida Não Vida TOTAL

2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a)

Reino Unido 201 210 100 109 300 320 22,2% 23,9% 17,5% 17,7% 20,3% 21,3% França 193 175 90 98 283 273 21,3% 19,8% 15,8% 15,9% 19,2% 18,2% Alemanha 114 114 121 131 235 245 12,6% 12,9% 21.2% 21,2% 15,9% 16,4% Itália 122 105 52 55 174 161 13,5% 11,9% 9,2% 9,0% 11,8% 10,7% Holanda 29 31 74 80 102 111 3,2% 3,5% 12,9% 12,9% 6,9% 7,4% Espanha 34 39 39 41 73 80 3,8% 4,5% 6,8% 6,6% 5,0% 5,3% Portugal 16 11 6 6 22 16 1,8% 1,2% 1,0% 0,9% 1,5% 1,1% TOTAL UE (27) 905 881 571 618 1.476 1.499 100% 100% 100% 100% 100% 100%

U: Mil milhões de USD | Fonte: Sigma - Swiss Re | (a) Dados provisórios

>MERCADOS DE SEGUROS NA UNIÃO EUROPEIA - PENETRAÇÃO

PRéMIOS PER CAPITA PRéMIOS / PIB

Vida Não Vida TOTAL Vida Não Vida TOTAL

2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a) 2010 2011(a)

Reino Unido 3.436 3.347 1.060 1.188 4.497 4.535 9,5% 8,7% 2,9% 3,1% 12,4% 11,8% França 2.938 2.638 1.249 1.403 4.187 4.041 7,4% 6,2% 3,1% 3,3% 10,5% 9,5% Alemanha 1.402 1.389 1.502 1.578 2.904 2.967 3,5% 3,2% 3,7% 3,6% 7,2% 6,8% Itália 1.979 1.696 787 834 2.766 2.530 5,8% 4,7% 2,3% 2,3% 8,1% 7,0% Holanda 1.512 1.870 4.334 4.777 5.845 6.647 3,2% 3,7% 9,2% 9,5% 12,4% 13,2% Espanha 752 849 898 880 1.650 1.729 2,5% 2,6% 2,9% 2,7% 5,4% 5,4% Portugal 1.516 985 519 538 2.035 1.523 7,0% 4,4% 2,4% 2,4% 9,5% 6,8% TOTAL UE (27) 1.709 1.447 1.027 1.110 2.736 2.757 5,3% 4,7% 3,2% 3,2% 8,4% 7,9%

U: USD | Fonte: Sigma - Swiss Re | (a) 2009 - Dados provisórios

Neste ranking, Portugal continua a ocupar um lugar intermédio entre os 27 mercados da EU, com uma quota de 1,1%. Maior peso relativo regista o nosso mercado no segmento Vida, onde a quota ascende a 1,2%, enquanto no segmento Não Vida não chega a 1,0%.

Por outro lado, o significativo decréscimo da produção observado em 2011 relegou Portugal para uma posição intermédia a nível europeu no que respeita ao rácio prémios sobre PIB, indicador em que, em 2010, era apenas superado por alguns dos principais mercados da europa (a saber: Inglaterra, França e Holanda – com o peso deste último fortemente influenciado pelo papel que o setor segurador desempenha no sistema público de saúde). Ainda assim, Portugal, com um rácio de 6,8%, apresenta neste indicador um valor muito idêntico ao de outros grandes mercados europeus (Itália e Alemanha, por exemplo) e superior ao de Espanha.

(5)

ESTRUTURA

DO SETOR

ESTRUTURA DO SETOR

A deterioração do clima económico em Portugal tam-bém não deixou intacta a estrutura do setor segurador que, apesar da estabilidade observada no quadro de pessoal, registou um decréscimo, quer do número de companhias (de 83 para 79), quer do número de media-dores de seguros (-1,9%). >COMPOSIÇÃO DO MERCADO 2009 2010 2011 Sociedades Anónimas 46 45 43 Nacionais 25 25 23 Estrangeiras (a) 21 20 20 Mútuas 1 1 1 Agências Gerais 40 37 35 Comunitárias 38 36 34 Não Comunitárias 2 1 1 TOTAL 87 83 79 Comunitárias em LPS (b) 467 509 507

Fonte: ISP e APS | (a) Detidas direta e maioritariamente por entidades estrangeiras; | (b) Sedes ou sucursais de empresas sedeadas noutros Estados-membros

que notificaram para o exercício em LPS em Portugal.

>TOTAL (VIDA + NÃO VIDA) 2009 2010 2011

Montantes % Montantes % Montantes %

Sociedades Anónimas 14.821 96,7% 13.780 94,9% 10.670 91,5%

Mútuas 8 0,1% 10 0,1% 9 0,1%

Agências Gerais 494 3,2% 726 5,0% 987 8,5% TOTAL 15.323 100% 14.516 100% 11.666 100%

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (Valores provisórios_ES)

Esta evolução em 2011 veio confirmar a tendência de redução do número de companhias já encetada em 2010, tendo um total de 8 operadores abandonado a atividade nestes dois últimos anos. Na base desta re-composição do setor esteve fundamentalmente o en-cerramento de agências gerais já praticamente sem atividade no nosso mercado (menos 5 desde o final de 2009), mas também alguns processos de fusão entre outras seguradoras.

Apesar disto, registe-se o crescimento do volume da produção das agência gerais (+36%, de 726 milhões de euros, em 2010, para 987 milhões de euros, em 2011) e, consequentemente, o reforço do seu peso relativo na produção total do setor para 8,5% (5%, em 2010).

(6)

>BALANÇO DA ATIVIDADE SEGURADORA

ATIVO PASSIVO CAPITAIS PRóPRIOS

2010.12 62.119 58.038 4.081

2011.12 56.040 52.446 3.594

∆ Var % -9,8% -9,6% -11,9%

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (Contas_ES) | Nota: Dados extrapolados para 100% do mercado

10 >APS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES

DIMENSÃO

FINANCEIRA

E RESULTADOS

SEGUROS >11 EM PORTUGAL

DIMENSÃO FINANCEIRA

E RESULTADOS

Foi com resultados reduzidos, mas ainda assim positivos, que o setor segurador encerrou o difícil exercício de 2011. O re-sultado líquido do exercício (extrapolado para o total do mer-cado) quedou-se pelos 10 milhões de euros em 2011, que compara com um saldo mais de 40 vezes superior em 2010. Tendo como pano de fundo a adversa conjuntura dos mercados de capitais, esta quebra de rentabilidade da atividade seguradora incidiu naturalmente sobre o ramo Vida, onde se concentra uma fatia superior a 80% da carteira de investimentos gerida pelo setor.

Neste ramo, o saldo da conta técnica foi mesmo defici-tário (-65 milhões de euros), penalizado por significa-tivas menos valias em investimentos afetos, incluindo perdas realizadas, potenciais e imparidades, só parcial-mente acomodadas pela redução de responsabilidades. No conjunto dos ramos Não Vida, onde é estruturalmen-te inferior o peso da componenestruturalmen-te financeira, o saldo da conta técnica sofreu uma ligeira melhoria face ao do ano anterior, embora permanecendo num patamar relativa-mente reduzido (+67 milhões de euros, o equivalente a 1,8% dos prémios adquiridos líquidos de resseguro). Já no que respeita à posição financeira, e embora tam-bém acompanhada por uma contenção das

responsabili-dades, a desvalorização da carteira de investimentos do setor não deixou de se refletir numa nova redução dos seus capitais próprios.

Do lado do passivo, a contrapartida da queda dos ativos in-cidiu essencialmente sobre a provisão matemática do ramo Vida e os passivos financeiros de contratos de investimen-to, ou seja, sobre as responsabilidades mais diretamente associadas aos produtos de capitalização geridos pelo setor. Não obstante, esta evolução conjunta acabou por gerar um decréscimo dos capitais próprios do setor de quase 500 milhões de euros (para 3,6 mil milhões de euros), o que re-presenta uma queda de 12% face ao seu valor no final de 2010. Em consonância com todo o contexto descrito, esta queda teve duas origens fundamentais, ambas com espe-cial enfoque no ramo Vida: por um lado, a degradação da reserva de reavaliação por ajustamentos do valor de ativos financeiros; por outro, a quebra do resultado do exercício. Por fim, a margem de solvência exigida para a totalida-de do mercado rondava, em finais totalida-de 2011, os 2,2 mil milhões de euros e os elementos disponíveis de capi-tal totais ascendiam a quase 3,9 mil milhões de euros. Nestas condições, o rácio de solvência global do setor segurador português atingiu, no final de 2011, os 176%, nível sensivelmente idêntico ao do final de 2010.

∆ -9,6%

∆ -11,9% ∆ -9,8%

(7)

>ELEMENTOS ELEGÍVEIS VS. ELEMENTOS EXIGÍVEIS

Elementos elegíveis Elementos exigíveis

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (Solvência_ES) | Nota: Dados extrapolados para 100% do mercado (2010.12: 94,0%; 2009.12: 94,7%; 2008.12: 95,6%

>RÁCIO DE SOLVÊNCIA (Total Mercado)

U: Percentagem | Fonte: Mapas ISP (Solvência_ES)

DIMENSÃO FINANCEIRA

E RESULTADOS

DIMENSÃO FINANCEIRA

E RESULTADOS

>DECOMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS EM 2011.12

Diversos a agregar/ deduzir Ativos intangíveis RLE (Líquido de Distribuições) Reservas

Ações Preferenciais e empréstimos subordinados RTransitados Capital Social Realizado

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (Contas_ES) | Nota: Dados extrapolados para 100% do mercado (2010.12: 94,0%; 2009.12: 94,7%; 2008.12: 95,6%)

2009.12 2010.12 2011.12

>RESULTADO DAS CONTAS TéCNICAS

TOTAL CT VIDA CT NÃO VIDA RESULTADOS

NÃO TéCNICOS

2009.12 266 228 82 -43

2010.12 416 402 58 -44

2011.12 10 -65 67 7

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (Contas_ES)

175% 176% 200% 2.035 229 1.312 -77 531 57 -200 2009.12 2010.12 2011.12 4.528 4.156 3.887 2.262 2.371 2.210

(8)

>EVOLUÇÃO DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS

TOTAL DA CARTEIRA VIDA NÃO VIDA NÃO AFETOS

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (Investimentos_ES) e Mapas ISP (Contas_ES) Nota: Dados extrapolados - Amostra em 2009.12: 94,68%; 2010.12: 96,53%; 2011.12: 95,29%;

>TAXA DE COBERTURA DAS PROVISÕES TéCNICAS

VIDA NÃO VIDA TOTAL CARTEIRA TOTAL CARTEIRA

(C/NÃO AFECTOS)

2009.12 103,1% 114,6% 104,6% 107,8%

2010.12 101,7% 111,7% 103,0% 106,3%

2011.12 100,9% 109,7% 102,1% 106,8%

U: Percentagem | Fonte: Mapas ISP (Investimentos_ES)

As desvalorizações registadas nos mercados financeiros não deixaram imune a carteira de investimentos do setor segurador português, avaliada agora em cerca de 52,9 mil milhões de euros. Quando comparado com dezembro de 2010, o valor desta carteira registou um decréscimo absoluto na ordem dos 6,2 mil milhões de euros, ou seja uma quebra de quase 10,5%. Note-se, contudo, que este foi um contexto ditado essencialmente por desequilíbrios macroeconómicos, e cujos impactos não decorreram de políticas de investimento agressivas das seguradoras (pelo contrário) e se revelam sobretudo em perdas poten-ciais (e não efetivas).

A desvalorização foi observada quer nos ativos afetos a produtos do ramo Vida (-12,3%), quer nos afetos do ramo Não Vida (-8,1%), mas, em termos absolutos, foi mais sen-tida nos primeiros, que continuam a representar acima de 80% do volume total destes ativos.

Quanto à estrutura da carteira de investimento, e sem quaisquer surpresas, as obrigações continuam a ser o ativo predominante (71%), com um montante de mais de 37,5 mil milhões de euros. Mais de 35% deste valor (ou, seja, mais de 13 mil milhões de euros) corresponde a dívi-da pública (estadual, municipal e regional), estimando-se que cerca de metade seja dívida publica portuguesa. De realçar que a gestão de carteiras por parte do setor segurador continua a ser bastante eficiente e estratégica, visto que, apesar da conjuntura desfavorável, a cobertura dos passivos continua em níveis bastante aceitáveis. Ain-da assim, quer no segmento ViAin-da, quer no segmento Não Vida, as taxas de cobertura sofreram ligeiros decréscimos face a 2010, situando-se no final de 2011 em 100,9% e 109,7%, respetivamente. Se considerados os ativos não afetos, a cobertura total das provisões técnicas das segu-radoras ascendia então a 106,8%.

14 >APS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES

INVESTIMENTOS

SEGUROS >15 EM PORTUGAL

INVESTIMENTOS

2009.12 2010.12 2011.12 1.686 8.300 48.108 58.095 1.822 7.991 49.277 59.089 2.321 7.346 43.233 52.900

(9)

INVESTIMENTOS

INVESTIMENTOS

>COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA - TIPO ATIVO

ESTRUTURA VARIAÇÃO 2009.12 2010.12 2011.12 +10/09 +11/10 Ações 2,9% 3,3% 2,5% 14,2% -23,8% Depósitos (Bancos) 8,3% 8,1% 10,7% -2,4% 31,4% Derivados 0,6% 0,6% 0,5% 8,3% -18,1% Imóveis 1,9% 1,8% 2,0% -4,6% 10,5% Obrigações 65,6% 68,2% 71,0% 4,0% 4,1% Outros Ativos 0,0% 0,6% 0,1% 1221,2% -87,0% Prod. Estruturados 13,2% 9,4% 4,7% -28,6% -50,3% UP’s 7,5% 8,0% 8,6% 5,8% 7,7% TOTAL 100% 100% 100%

Fonte: Mapas ISP (Investimentos_ES)

Entidades Privadas 59,2%

Obg. Conv. em Ações 0,1%

Obg. C/Warr. Conv Acc. 0,0% Papel Comercial 2,5% Outras 3,2% Dívida Estado 33,3% Dívida Mun./Reg. 1,8%

(10)

Por serem bastante distintos, importa diferenciar clara-mente a estrutura da distribuição dos segmentos Vida e Não Vida da atividade.

No segmento Vida, o canal bancário, com uma quota de 77%, continua a ter um papel predominante na distri-buição dos produtos.

No entanto, como reflexo da mudança de estratégia co-mercial dos principais grupos financeiros, condicionados por necessidades de financiamento e liquidez das suas instituições bancárias, a venda de produtos de Vida por este canal diminuiu significativamente em 2011, com o que diminuiu também, naturalmente, a respetiva quota na estrutura da distribuição. (-7 p.p.).

Ainda assim, o peso relativo da totalidade dos media-dores (incluindo bancos) continuou a crescer neste seg-mento Vida (de 95%, em 2010, para 96%, em 2011). No consequente aumento da importância dos restantes mediadores, o destaque vai para o canal “agentes”, cujo volume de vendas teve uma expansão de 17% e cujo peso relativo cresceu 7 p.p. (de 9%, em 2010, para 16%, em 2011).

Já no que respeita ao segmento Não Vida, a distribuição dos seguros continua a assentar essencialmente neste canal “agentes”, que em 2011 foi responsável por 55% das vendas, percentagem idêntica à registada no ano anterior.

Neste segmento, a penetração do canal bancário é tra-dicionalmente bastante mais baixa, tendo atingido, em 2011, perto de 14% do volume total de vendas. No en-18>APS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES

DISTRIBUIÇÃO

SEGUROS >19 EM PORTUGAL

DISTRIBUIÇÃO

>ESTRUTURA DOS CANAIS Não Vida Vida TOTAL

2010 2011 2010 2011 2010 2011 Mediadores 88,3% 88,8% 94,6% 96,0% 93,0% 93,5% Ligados - Tipo I 14,7% 15,1% 61,5% 52,9% 49,4% 39,5% Ligados - Tipo II 1,7% 1,9% 23,7% 25,8% 18,0% 17,3% Corretores de seguros 17,3% 17,2% 0,7% 1,2% 5,0% 6,9% Agentes 54,6% 54,6% 8,7% 16,1% 20,6% 29,7% Resseguro 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Dos quais: Bancos 12,8% 14,0% 84,2% 77,5% 65,7% 55,0% Dos quais: CTT 0,0% 0,0% 3,4% 6,0% 2,5% 3,9% Venda Direta 10,8% 10,2% 5,2% 3,8% 6,7% 6,0% Balcões 8,7% 7,9% 5,2% 3,8% 6,1% 5,2% Internet 0,4% 0,2% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% Telefone 1,7% 2,1% 0,0% 0,0% 0,4% 0,7% Outros 0,9% 1,0% 0,2% 0,2% 0,4% 0,5% TOTAL 100% 100% 100% 100% 100% 100%

tanto, ao contrário do que sucedeu no segmento Vida, a produção escoada por este canal teve uma evolução positiva em 2011, seja em volume, seja em quota. A contrapartida veio essencialmente da venda direta aos balcões das seguradoras, que caiu 10% em volume, arrastando o seu peso relativo para 8%. Entre os canais diretos, há que realçar a expansão das vendas por te-lefone que, embora de expressão ainda relativamente reduzida (2%) e muito concentrada no ramo Automóvel conheceram, pelo segundo ano consecutivo, uma taxa de crescimento em torno dos 20%.

(11)

FISCALIDADE

E PARAFISCALIDADE

FISCALIDADE E

PARAFISCALIDADE

Para as finanças públicas nacionais não são irrele-vantes os impostos suportados pelo setor segura-dor ou arrecadados através da sua atividade. Con-siderando apenas o imposto do selo das apólices (suportado pelos tomadores), o IRC suportado pelas seguradoras e as diversas taxas parafiscais a cargo de tomadores e seguradoras, a receita fiscal e pa-rafiscal gerada por esta atividade ascende a qua-se 650 milhões de euros anuais (valores de 2011). Quase metade deste montante decorre do Referido imposto do selo, mas os tomadores de seguros su-portam ainda quase 200 milhões de euros com o fi-nanciamento de entidades públicas a que se atribuiu uma relação com a atividade seguradora, como as que gerem a proteção civil, a emergência médica e os fun-dos de garantia Automóvel e Acidentes de Trabalho. Relativamente ao imposto sobre o rendimento, o valor suportado pelo setor em 2011 superou claramente o que decorreria da aplicação das taxas máximas - IRC (25%), derrama municipal (1,5%) e derrama estadual (2,5%) - ao resultado antes de impostos. A explicação para este facto reside essencialmente na combinação de 2 fatores:

>CARGA FISCAL E PARAFISCAL 2009 2010 2011(e) +10/09 +11/10

A CARGO DOS TOMADORES

Selo da Apólice 311 318 316 2,4% -0,6% Fundo de Garantia Automóvel 31 25 25 -20,5% -0,9% Fundo de Acidentes de Trabalho 62 68 65 9,5% -3,7% Autoridade Nacional de Proteção Civil 31 32 32 2,0% -0,3% Instituto Nacional de Emergência Médica 78 79 79 1,5% 0,1%

SUB-TOTAL 513 522 517 1,7% -0,9%

A CARGO DAS SEGURADORAS

Certificado RC (apólices de Automóvel) 5 5 5 1,7% 0,0% Instituto de Seguros de Portugal 17 18 17 3,3% -6,6% Fundo de Acidentes de Trabalho 10 7 7 -30,0% -3,7% IRC e Derrama 127 89 100 -30,1% 12,6%

SUB-TOTAL 159 119 128 -25,5% 8,2%

TOTAL 672 640 645 -4,8% 0,8%

>RÁCIOS 2009 2010 2011(e) +10/09 +11/10

Taxa IRC (IRC e Derrama/Res. bruto do ex.) (*) 35,2% 16,6% 166,2% -52,8% 902,0% Carga Fiscal e Parafiscal / Prémios s.d. 4,6% 3,9% 5,5% -15,4% 41,2% Tomadores de seguros 3,5% 3,2% 4,4% -9,6% 38,8% Seguradoras 1,1% 0,7% 1,1% -33,9% 51,6% Carga Fiscal e Paraf. / Prémios s.d. N.V. 16,3% 15,4% 15,6% -5,6% 1,6%

U: Milhões de Euros | (e) Estes valores são estimativas da APS, exceto os do FAT (total) e FGA, retirados dos seus relatórios. Não incluem os montantes

correspondentes ao IVA e IRS retido.

> o reduzido valor dos resultados antes de impostos que, por força das correções a efetuar na determinação do lucro tributável, poderá não ter correspondência no resultado fiscal;

> o facto de algumas seguradoras do mercado apresen-tarem resultados contabilísticos, e fiscais, deficitários, os quais concorreram assim negativamente para o re-sultado global (reduzindo o denominador), enquanto o correspondente imposto terá sido nulo (não afetando o numerador).

Neste contexto, nunca é demais referir que, conside-rando a intensidade dos ciclos económicos na atividade seguradora, só mesmo uma análise temporal alargada pode produzir uma taxa efetiva de IRC (e derrama) coe-rente, nomeadamente anulando o efeito do reporte de prejuízos fiscais acumulado em anos economicamente deficitários.

(12)

22>APS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES

PESSOAL

E CUSTOS DE GESTÃO

SEGUROS >23 EM PORTUGAL

PESSOAL E

CUSTOS DE GESTÃO

O total dos gastos por natureza a imputar ascendeu, em 2011, a cerca de 1.171 milhões de euros o que representa um ligeiro decréscimo (-0,8%) face a 2010 (1.181 milhões).

A rubrica “Gastos com pessoal”, representando 43% do total, continua a apresentar o maior peso nos gastos por natureza a imputar. No entanto, o seu valor abso-luto decresceu 1,6% em 2011 (de 512, em 2010, para 504 milhões de euros), reduzindo ligeiramente no seu peso relativo (-0,4 pontos percentuais).

A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” man-tem, em 2011, o segundo lugar na estrutura de gastos por natureza a imputar, representando, para o total do mercado, 41%.

>CUSTOS DE GESTÃO - POR NATUREZA Montantes Variação Estrutura

2010 2011 +11/10 2010 2011

Gastos com pessoal 512 504 -1,6% 43,4% 43,0% Fornecimentos e serviços externos 487 475 -2,4% 41,2% 40,5% Impostos e taxas 35 34 -3,9% 3,0% 2,9% Depreciações e amortizações do exercício 63 60 -4,6% 5,3% 5,1% Outras provisões 20 29 47,4% 1,7% 2,5% Juros suportados 15 21 39,7% 1,3% 1,8%

Comissões 49 49 -1,2% 4,2% 4,1%

TOTAL 1.181 1.171 -0,8% 100% 100%

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (CRIT_IMPUT) | Nota: Dados extrapolados - Amostra em 2010: 94,04%; 2011: 92,17%

> CUSTOS DE GESTÃO - POR RAMO Montantes Variação Estrutura

2010 2011 +11/10 2010 2011

Segmento Vida 268 298 11,2% 22,7% 25,4% Segmento Não Vida 905 863 -4,6% 76,7% 73,7% Acidentes e Doença 285 259 -9,1% 24,1% 22,1% Incêndio e Outros Danos 165 163 -0,9% 14,0% 13,9%

Automóvel 382 373 -2,4% 32,4% 31,9% Marítimo e Transportes 5 4 -13,0% 0,4% 0,4% Aéreo 0 0 -53,0% 0,0% 0,0% Mercadorias Transportada 8 6 -30,8% 0,7% 0,5% R. C. Geral 27 22 -17,0% 2,3% 1,9% Diversos 33 35 7,1% 2,8% 3,0% Não Técnico 8 10 33,1% 0,6% 0,9% TOTAL 1.181 1.171 -0,8% 100% 100%

U: Milhões de Euros | Fonte: Mapas ISP (CRIT_IMPUT) | Nota: Dados extrapolados - Amostra em 2010: 94,04%; 2011: 92,17%

Embora com menor expressão, impediram progressos mais expressivos na contenção destes custos de es-trutura as rubricas de “Outras provisões” e “Juros su-portados”, as duas únicas com crescimentos em 2011, e a taxas muito elevadas.

No que respeita à imputação de gastos por ramos, observa-se que, em termos globais, continua a ser o ramo Automóvel que, embora registando um ligeiro decréscimo face a 2010, absorve a maior fatia destes custos (cerca de 32%), seguido agora pelo ramo Vida (25%, em 2011, contra 23%, em 2010) e pelo ramo Acidentes e Doença (22%, em 2011, face aos 24%, registados em 2010).

(13)

SEGMENTO VIDA

SEGMENTO VIDA

>DESAGREGAÇÃO DO RAMO VIDA(a) Produção de Seguro Direto Variação Estrutura

2009 2010 2011 +10/09 +11/10 2009 2010 2011

Seguro de Vida 7.198 9.600 5.501 33,4% -42,7% 69,3% 78,9% 73,0% Excluindo PPR, PPE, PPR/E 4.472 6.573 4.297 47,0% -34,6% 43,1% 54,0% 57,0% PPR, PPE, PPR/E 2.726 3.027 1.204 11,0% -60,2% 26,3% 24,9% 16,0% Seguros ligados a fundos de investimento 3.161 2.331 2.033 -26,2% -12,8% 30,4% 19,2% 27,0% Excluindo PPR, PPE, PPR/E 2.742 2.107 1.934 -23,2% -8,2% 26,4% 17,3% 25,7% PPR, PPE, PPR/E 419 224 99 -46,5% -55,9% 4,0% 1,8% 1,3% Operações de capitalização 25 241 0 851,2% -99,9% 0,2% 2,0% 0,0%

TOTAL DO RAMO VIDA 10.384 12.172 7.533 17,2% -38,1% 100% 100% 100%

dos quais PPR 3.145 3.251 1.302 3,4% -59,9% 30,3% 26,7% 17,3%

U: Milhões de Euros | (a) Incluindo entregas para contratos de investimento.

>CARTEIRA DO RAMO VIDA(a) Produção de Seguro Direto Variação Estrutura

2009 2010 2011 +10/09 +11/10 2009 2010 2011

Seguros de Rendas 34 33 19 -2,4% -41,1% 0,3% 0,3% 0,3% Rendas Vitalícias 30 27 13 -10,6% -52,6% 0,3% 0,2% 0,2% PPR 3.062 3.239 1.298 5,8% -59,9% 30,8% 27,3% 18,0% Capitais diferidos (excluindo PPR) 5.908 7.446 4.918 26,0% -34,0% 59,4% 62,7% 68,3% Temporários 832 841 841 1,1% 0,0% 8,4% 7,1% 11,7% Outros contratos de capitais

(excluindo PPR) 84 79 123 -6,5% 56,5% 0,8% 0,7% 1,7% Operações de capitalização 24 240 0 901,3% -100% 0,2% 2,0% 0,0% TOTAL GLOBAL 9.943 11.878 7.199 19,5% -39,4% 100% 100% 100% CONTRATOS INDIVIDUAIS 8.297 9.692 6.134 16.8% -36,7% 83.4% 81.6% 85.2% CONTRATOS DE GRUPO 1.646 2.167 1.066 31.7% -50,8% 16.6% 18.2% 14.8% Amostra: 96,6% 96,6% 95,3%

U: Milhões de Euros | (a) Valores retirados de “Estatísticas do Ramo Vida - Elementos Técnicos” da APS, referentes a uma amostra com a representatividade indicada.

A adversa conjuntura económica e financeira que marcou o ano de 2011 teve reflexos na captação de poupanças privadas por parte do setor segurador, área onde vinha conquistando sistematicamente quota de mercado. As novas circunstâncias ditaram, porém, uma radical inversão deste perfil evolutivo, com o reencaminhamento de pou-panças para produtos bancários, ao mesmo tempo que se assistia à abolição de parte dos incentivos fiscais dos PPR e à queda do rendimento disponível dos particulares e da respetiva poupança em termos absolutos.

Foi neste quadro que se assistiu a uma singular quebra da produção do ramo Vida em 2011 (-38%), incidindo natu-ralmente sobre os produtos de cariz financeiro. Os PPR, por exemplo, tiveram uma queda das contribui-ções da ordem dos 60%, mesmo que a realidade venha demonstrando terem eles o modelo de remuneração mais adequado quando a preocupação é, de facto, o aforro de longo prazo, o que mais evidente se torna em períodos de maior incerteza e volatilidade. A análise comparada da rentabilidade dos vários instrumentos de poupança de particulares destaca exatamente os PPR das seguradoras em horizontes temporais mais alargados, superioridade que se explica pelo modelo de garantias de rendimento e de participação nos resultados que é típico da maioria destes produtos e cujo valor bem se tem evidenciado nes-tes anos conturbados.

Mas a queda estendeu-se também aos restantes seguros de capitais diferidos e às operações de capitalização (e sem negócio novo em 2011), afetados basicamente pelas mesmas circunstâncias.

Só os seguros temporários, onde predomina a

compo-nente de risco, tiveram um perfil evolutivo relativamente estável, mais alinhado com a evolução da economia e dos seguros do segmento Não Vida. Na sua maioria, são segu-ros associados a empréstimos bancários para compra de imóveis e outros bens duradouros, cujo stock se mantém relativamente estável, não obstante as conhecidas restri-ções da conceção de novos créditos.

A evolução do número de pessoas seguras associadas a seguros temporários reflete exatamente a maior estabidade desta linha de produtos, onde se registou até um li-geiro incremento deste agregado. Já no total do ramo Vida o número de pessoas seguras diminuiu ligeiramente face a 2010 (-1,8%, ou -0,5% se equiparadas as amostras), afetando sobretudo os produtos de poupança. Em todo o caso, este número mantém-se em torno dos 10 milhões, continuando acima do registado em 2009.

Também em queda estiveram as provisões matemáticas e passivos financeiros do ramo Vida (-16%, ou -15% se equiparadas as amostras), que representam basicamente as responsabilidades das seguradoras com as poupanças sob sua gestão. É o reflexo do já referido contexto em que o setor segurador se viu envolvido em 2011, gerando vo-lumes de resgates e vencimentos bem acima das novas contribuições.

A análise das causas dos montantes pagos revela o signi-ficativo incremento dos resgates e reembolsos, que terão superado os 8 mil milhões de euros em 2011. Assim como revela um maior volume de vencimentos, confirmando uma tendência já com alguns anos e que se associa à maturidade de produtos lançados em períodos de maior expansão do ramo, como a primeira metade da década passada.

(14)

26>APS

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES SEGUROS >EM PORTUGAL27

SEGMENTO VIDA

>CAUSAS DOS CUSTOS COM SINISTROS NO RAMO VIDA(a)

Montantes Pagos (b) Variação Estrutura

2009 2010 2011 +10/09 +11/10 2009 2010 2011

Por vencimento 3.275.684 3.864.617 4.522.513 18,0% 17,0% 39,0% 38,8% 33,3% Por morte 371.064 438.155 418.903 18,1% -4,4% 4,4% 4,4% 3,1% Por resgates / reembolsos 4.291.193 5.341.583 8.348.234 24,5% 56,3% 51,0% 53,6% 61,5% Por rendas pagas 55.102 55.270 52.220 0,3% -5,5% 0,7% 0,6% 0,4% Por transferências 206.230 103.145 90.629 -50,0% -12,1% 2,5% 1,0% 0,7% Por invalidez e outros complementares 66.170 66.221 77.768 0,1% 17,4% 0,8% 0,7% 0,6% Por outras causas 141.238 91.206 73.349 -35,4% -19,6% 1,7% 0,9% 0,5% TOTAL GLOBAL 8.406.681 9.960.199 13.583.617 18,5% 36,4% 100% 100% 100%

Amostra: 96,6% 96,6% 95,3%

(a) Valores retirados de “Estatísticas do Ramo Vida - Elementos Técnicos” da APS, referentes a uma amostra com a representatividade indicada. (b) Com exclusão dos custos de gestão de sinistros imputados. Inclui montantes pagos em Contratos de Investimento.

SEGMENTO VIDA

>PESSOAS SEGURAS NO RAMO VIDA(a)

Número Variação por pessoa segura (€)Prémio Médio

2009 2010 2011 +10/09 +11/10 2009 2010 2011

Seguros de Rendas 31.752 30.633 29.643 -3,5% -3,2% 1.066 1.079 656 Rendas Vitalícias 23.183 22.972 22.740 -0,9% -1,0% 1.300 1.172 561 PPR 2.303.759 2.592.824 2.447.603 12,5% -5,6% 1.329 1.249 530 Capitais diferidos (excluindo PPR) 1.813.660 1.896.567 1.757.820 4,6% -7,3% 3.257 3.926 2.798 Temporários 5.490.965 5.337.211 5.410.721 -2,8% 1,4% 152 158 155 Outros cont. de capitais (excluindo PPR) 178.513 159.142 192.958 -10,9% 21,2% 471 494 637 TOTAL GLOBAL 9.843.314 10.033.710 9.852.794 1,9% -1,8% 1.010 1.184 731 CONTRATOS INDIVIDUAIS 5.066.464 4.919.484 5.312.586 -2,9% 8,0% 1.638 1.970 1.155 CONTRATOS DE GRUPO 4.801.515 5.104.409 4.554.257 6,3% -10,8% 343 425 234

Amostra: 96,6% 96,6% 95,3%

U: Milhares de Euros | (a) Valores retirados de “Estatísticas do ramo Vida - Elementos Técnicos“ da APS, referentes a uma amostra com representatividade indicada.

Exclui operações de capitalização

>PROVISÕES MATEMÁTICAS E PASSIVOS FINANCEIROS DO RAMO VIDA(a)

Número Variação Estrutura

2009 2010 2011 +10/09 +11/10 2009 2010 2011

Seguros de Rendas 632 609 603 -3,6% -1,0% 1,5% 1,3% 1,6% Rendas Vitalícias 608 582 581 -4,2% -0,1% 1,4% 1,3% 1,5% PPR 13.314 15.462 12.845 16,1% -16,9% 31,1% 33,6% 33,4% Capitais diferidos (excluIndo PPR) 25.841 26.701 22.160 3,3% -17,0% 60,4% 58,0% 57,6% Temporários 112 85 85 -23,9% 0,2% 0,3% 0,2% 0,2% Outros contratos de capitais 701 649 856 -7,4% 31,7% 1,6% 1,4% 2,2% Operações de capitalização 2.168 2.543 1.944 17,3% -23,5% 5,1% 5,5% 5,0% TOTAL GLOBAL 42.768 46.050 38.493 7,7% -16,4% 100% 100% 100% CONTRATOS INDIVIDUAIS 36.905 39.294 33.068 6,5% -15,8% 86,3% 85,3% 85,9% CONTRATOS DE GRUPO 5.863 6.561 5.425 11,9% -17,3% 13,7% 14,2% 14,1%

Amostra: 96,6% 96,6% 95,3%

U: Milhares de Euros | (a) Valores retirados de “Estatísticas do ramo Vida - Elementos Técnicos“ da APS, referentes a uma amostra com representatividade indicada.

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SEGMENTO

NÃO VIDA

SEGMENTO NÃO VIDA

>RÁCIOS COMBINADOS - SEGURO DIRETO(a)

Prémios

Emitidos Sinistral.Taxa de ExploraçãoCarga de CombinadoRácio

Acidentes e Doença 2011.12 1.321 83,1% 27,6% 110,7% 2010.12 1.357 77,9% 26,6% 104,5% 2009.12 1.353 78,4% 27,2% 105,6% Acidentes de Trabalho 2011.12 622 91,5% 26,8% 118,3% 2010.12 646 83,3% 25,6% 108,9% 2009.12 674 82,1% 25,4% 107,5% Doença 2011.12 540 88,0% 24,4% 112,4% 2010.12 532 84,1% 22,6% 106,7% 2009.12 500 86,4% 29,6% 116,1% Incêndio e Outros Danos 2011.12 769 61,5% 38,3% 99,8% 2010.12 765 75,4% 39,8% 115,3% 2009.12 744 62,3% 41,5% 103,9% Automóvel 2011.12 1.659 74,4% 28,8% 103,3% 2010.12 1.672 74,5% 29,1% 103,6% 2009.12 1.666 71,1% 29,3% 100,3% Marítimo e Transportes 2011.12 28 70,9% 18,0% 88,9% 2010.12 25 59,9% 28,2% 88,1% 2009.12 32 48,4% 31,3% 79,7% Aéreo 2011.12 11 -115,9% 31,2% -84,7% 2010.12 16 120,5% 3,7% 124,2% 2009.12 18 -107,8% -18,6% -126,4% Mercadorias Transportadas 2011.12 26 38,0% 26,3% 64,3% 2010.12 26 30,4% 43,6% 73,9% 2009.12 26 70,5% 41,8% 112,3% Responsab. Civil Geral 2011.12 114 41,9% 35,4% 77,3% 2010.12 116 54,5% 40,5% 95,0% 2009.12 111 64,9% 40,6% 105,5% Diversos 2011.12 204 37,5% 39,5% 77,0% 2010.12 191 43,4% 42,5% 85,8% 2009.12 182 68,4% 49,0% 117,4% TOTAL DE SEGURO DIRETO 2011.12 4.133 73,3% 30,2% 103,5% 2010.12 4.168 74,4% 30,4% 104,8% 2009.12 4.132 71,7% 31,0% 102,7%

U: Milhões de Euros | (a) Os rácios apresentados são calculados sobre prémios emitidos

Como já se viu, 2011 não foi um ano de expansão do volume de prémios do segmento Não Vida, que segue uma correlação positiva com o desempenho macroeco-nómico, seja por via da atividade empresarial, seja do rendimento dos particulares. Com menos emprego, me-nos rendimento, meme-nos consumo e meme-nos investimento, não surpreenderam os cortes na procura de seguros, in-dividuais ou empresariais, e de coberturas facultativas ou mesmo obrigatórias. Acresce o efeito da redução de prémios médios nalguns destes ramos, em parte acomo-dando progressos na sinistralidade, noutra refletindo a pressão concorrencial do mercado.

Ainda assim, a queda do volume de prémios Não Vida não excedeu 1%, com os principais ramos e modalidades basicamente estagnados, exceto os de Acidentes. Por outro lado, esta conjuntura recessiva tende a condi-cionar também em baixa a sinistralidade, tendo mesmo gerado em 2011 uma contenção da respetiva taxa, de-pois de alguns anos de agravamento. De facto, a taxa de sinistralidade Não Vida (líquida de resseguro e sobre prémios adquiridos) caiu mais de 1 ponto percentual em 2011, quedando-se pelos 73,3%.

O maior contributo para esta evolução veio, porém, do ramo Incêndio e Outros Danos, e por não ter enfrentado, em 2011, eventos especialmente severos, ao contrário do sucedido no ano anterior, com a ocorrência daquele que terá sido o maior sinistro jamais assumido pelo setor se-gurador Português (as tempestades na ilha da Madeira).

Em Automóvel, foi relativamente marginal a contenção da taxa de sinistralidade (para 74,4%) mas, num contex-to de contração do volume de prémios, tal envolve uma contração mais expressiva ainda dos custos com sinis-tros. Foi sobretudo o resultado da queda da frequência de sinistros, em especial de responsabilidade civil, que estará a acompanhar a redução global da circulação ro-doviária.

Já em Acidentes de Trabalho e Doença, a tendência foi de agravamento da taxa de sinistralidade (para 91,5% e 88,0%, respetivamente), o que não pode deixar de me-recer preocupação, considerando os elevados níveis que este indicador já trazia do ano anterior. Em Acidentes de Trabalho assistiu-se, em especial, a um reforço signifi-cativo das responsabilidades e despesas com pensões, em paralelo com a referida queda do volume de prémios. Em Doença, a uma maior utilização das coberturas dos contratos, com o consequente aumento do custo médio por pessoa segura.

Pelo segundo ano consecutivo, atenuou-se também a carga de exploração do segmento Não Vida (0,2 pontos percentuais, para 30,2%), o que resulta de um esforço de racionalização administrativa que o setor estará a empreender para responder também à atual conjuntura. Conjugadas, as contenções da taxa de sinistralidade e da carga de exploração resultaram então num decréscimo de 1,3 pontos percentuais do rácio combinado Não Vida, que atingiu 103,5%.

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SEGUROS

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