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Variabilidade da produção, volatilidade de preços e o comportamento do faturamento do mercado de soja no Paraná

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Academic year: 2021

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Resumo

A literatura acadêmica sobre estratégias de hedge com mercados futuros e de opções agropecuários é extensa, e tem evoluído com a crescente complexidade e dinâmica dos mercados. O

Variabilidade da produção, volatilidade de preços e o

comportamento do faturamento do

mercado

de

soja

no

Paraná

Andreia Cristina de Oliveira Adami

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada e-mail: adami@cepea.org.br

Vitor Augusto Ozaki Universidade de São Paulo e-mail: vitorozaki@hotmail.com Adriano Lênin Cirilo de Carvalho

Universidade de São Paulo e-mail: adriano.carvalho@usp.br

Mateus Gosser Universidade de São Paulo e-mail: mgosserr@gmail.com

Lucas Eloy

Universidade de São Paulo e-mail: lucas.eloy@usp.br

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RESUMO

Diante da necessidade de se avaliar a viabilidade de implantação de um Seguro para Faturamento para o mercado de soja, este trabalho teve como objetivo estudar a evolução da produção e preços para o mercado de soja no Paraná. A proposta foi investigar a evolução da variabilidade na produção agrícola da soja, a volatilidade de preços no estado e a interação entre essas variáveis que compõem o faturamento do setor. Como ferramental metodológico, utilizou-se a análise de regressão e estatística descritiva entre as duas séries. Os resultados da pesquisa mostraram que embora a correlação entre as duas séries tenha apresentado sinal negativo, houve pouca associação entre elas, indicando que nem sempre os preços responderão contrariamente a quebras de safra. A análise do coeficiente de variação, medida do risco relativo, mostrou que a variabilidade da série de produtividade tem apresentado maior risco ao produtor quando comparada com a volatilidade de preços. O principal fator que limitou as pesquisas foi a disponibilidade de informações.

Palavras-chave: Seguro Faturamento, Seguro rural, volatilidade de preços, variabilidade da

produção.

ABSTRACT

Faced with the need to evaluate the feasibility of developing a Revenue Insurance for the soybean market, this study aimed to study the evolution of production and market prices for soybean in Paraná. The proposal was to investigate the variability in agricultural production of soybean, the price volatility in the state and the interaction between these variables that compose the sector's revenues. It was applied as methodological tools the regression analysis and descriptive statistics between the two series. The results showed that the correlation between the two series has made a negative sign, but there is little association between them, indicating that prices do not always respond as opposed to crop failures. Analysis of the variation coefficient, a measure of relative risk, showed that the variability of the series of productivity has shown a greater risk to the producer than price volatility. The main factor that limited research was the availability of information.

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil ocupa lugar de destaque no mercado mundial de alimentos por estar entre os maiores produtores e exportadores de produtos agropecuários. Em 2009, o país foi o 5º maior exportador mundial de alimentos e foi responsável por 5,6% do total exportado mundialmente (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - FAO, 2012). Em 2010, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA (BRASIL, 2012), o Brasil ocupou a primeira posição no ranking dos maiores produtores e exportadores mundiais de açúcar, café e suco de laranja. Foi também, o segundo maior produtor e maior exportador de carne bovina, tabaco, cana-de-açúcar/etanol e aves. No caso da soja, ocupou a segunda posição tanto como produtor quanto exportador.

Eventos climáticos adversos podem, como ocorreu em alguns municípios do Sul do país na safra 2011/2012, reduzir significativamente o volume de produção, trazendo sérios prejuízos econômicos para o produtor e a comunidade local, pois pode reduzir significativamente a renda em circulação no município ou até mesmo no estado como um todo. Reduções bruscas de preços também podem reduzir drasticamente a renda agrícola, prejudicando além da safra atual as safras posteriores, já que a redução na renda gera menor disponibilidade de recursos para investimento na unidade de produção agrícola. Devido aos riscos de produção e preços inerentes ao negócio agrícola, crises de endividamento e renegociação de dívidas tornaram-se recorrentes no Brasil.

O seguro rural surge como instrumento de política pública, através do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural – PSR, para amenizar os efeitos de quebra de safra por eventos climáticos (OZAKI, 2010). Os produtores de soja do Paraná têm sido os que mais recorrem ao programa. Para se proteger contra risco de preços os produtores podem utilizar vários instrumentos, dentre eles contratos de futuros e/ou opções.

Estuda-se a viabilidade de implantação do Seguro Faturamento e/ou Receita, pois espera-se que uma redução na produção resulte em preços maiores no mercado. Assim, a queda no faturamento não seguiria a queda total do volume de produção, já que se espera aumento de preços quando a oferta se retrai. Diante da necessidade de se avaliar a viabilidade de implantação de um Seguro para Faturamento, este trabalho teve como objetivo estudar a evolução da produção e preços para o mercado de soja no Paraná. A proposta foi investigar a evolução da variabilidade na produção agrícola da soja e da volatilidade de preços no estado e a interação entre essas variáveis que compõem o faturamento do setor.

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2. SEGURO TRADICIONAL E SEGURO FATURAMENTO

Em 2003, o Governo Federal, através da Lei 10.823 criou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) com o objetivo de estimular o seguro rural no país e reduzir o prêmio do seguro pago pelos produtores rurais.

A criação do PSR foi a primeira iniciativa de impacto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio do Departamento de Gestão de Risco Rural (DEGER), no sentido de criar condições para o desenvolvimento do seguro rural nos últimos anos. Apesar da Lei 10.823 ter sido sancionada em 2003, sua regulamentação ocorreu apenas em 2004, por intermédio do Decreto 5.121/04 (OZAKI, 2008). Para o ano de 2005, os percentuais e os limites de subvenção foram determinados pelo Decreto 5.514/05 - Tabela 1.

Tabela 1. Percentuais e limites de subvenção para o ano de 2005

Culturas Subvenção (%) Limite por Produtor (R$)

Algodão 40

7.000

Arroz Irrigado 30

Feijão 50

Milho 40

Milho (2o safra) 40

Soja 30

Trigo 40

Maçã 30 12.000

Uva 30

Fonte: MAPA (2008)

O Decreto 5.514/05 foi revogado pelo Decreto 5.782/06 que fixou novos limites e patamares de subvenção para o ano de 2006. O novo Decreto ainda incluiu novas culturas, além das modalidades: pecuária, florestal e aquícola. Ainda em 2006, foi sancionado o Decreto 6.002, que fixou os percentuais para o triênio 2007 a 2009 - Quadro 1. As culturas elegíveis ao PSR permaneceram as mesmas de 2006 para o triênio 2007/09, a única diferença foi o aumento do percentual dos grupos 3 e 4, para 50% e 40%, respectivamente.

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Quadro 1. Percentuais e limites de subvenção para o ano de 2006 e para o triênio 2007/09.

Grupos Culturas

Subvenção (%)

Limite por Produtor (R$)

2006 2007/09

1 Feijão, milho segunda safra e trigo 60

32.000 2 Algodão, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, milho, soja, sorgo e triticale 50

3 Maçã e uva 40 50

4

Abacaxi, alface, alho, ameixa, amendoim, batata, berinjela, beterraba, café, cana-de-açúcar, caqui, cebola, cenoura, couve-flor, figo, girassol, goiaba, kiwi, laranja, limão e demais cítricos, morango, nectarina, pepino, pêra, pêssego, pimentão, repolho, tomate e vagem

30 40

Pecuário 30

Florestal 30

Aqüícola 30

Fonte: MAPA (2008)

Apesar de existirem oito modalidades para o seguro rural, apenas quatro delas participam do PSR. São elas: agrícola, pecuário, aquícola e florestal. Para cada uma dessas modalidades, os planos trienais determinam os percentuais de subvenção para o período. O quadro 2 resume os resultados do PSR, de 2005 a 2011. Percebe-se que o número de produtores participantes do PSR passou de 849, em 2005, para 56.306, em 2009, sofrendo redução nos dois anos posteriores. Por sua vez, o capital segurado aumentou de R$ 126,6 milhões, em 2005, para quase R$ 10 bilhões, em 2009, sofrendo também redução nos dois anos posteriores. Área segurada e prêmio arrecadado pelo mercado também apresentaram um crescimento elevado durante o período. Esse crescimento foi possível em razão do aumento dos recursos públicos alocados ao PSR. Verifica-se que os recursos utilizados pelo mercado aumentaram de R$ 2,3 milhões, em 2005, para quase R$ 260 milhões, em 2009 e R$254 milhões em 2011.

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6 Quadro 2 - Resultados do PSR - de 2005 a 2011. Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Número de apólices 849 21.779 31.637 60.120 74.166 52.880 57.885 Número de produtores 849 16.653 27.846 43.642 56.306 38.211 40.109 Subvenção – Milhões de R$ 2,3 31,1 60,9 157,5 259,6 198,2 253,5 Área segurada – Milhões ha 0,07 1,56 2,28 4,76 6,67 4,79 5,58 Capital segurado - Milhões de R$ 127 2.869 2.706 7.209 9.684 6.542 7.339 Prêmio arrecadado – Milhões de R$ 8,7 71,1 127,7 324,7 477,8 368,1 466,4 Fonte: MAPA (2012)

O PSR é fundamental para o desenvolvimento do mercado na medida em que reduz o preço do seguro. Algumas implicações diretas desse fato são o aumento da demanda pelos produtores rurais e o melhor gerenciamento do risco por parte das empresas seguradoras na medida em que ocorre uma maior pulverização do risco em diversas regiões do país. No Quadro 3 apresentam-se os percentuais de subvenção previstos no orçamento do Governo para o triênio 2010-2012.

Para o triênio 2010/2012, os valores máximos de subvenção ao prêmio do seguro rural, por beneficiário (pessoa física ou jurídica), em cada ano civil, foram estabelecidos em:

i. Modalidade agrícola: R$ 96.000,00; e,

ii. Modalidades pecuário, florestal e aquícola: R$ 32.000,00 (para cada uma delas). O produtor pode receber a subvenção para mais de uma modalidade, desde que o somatório do benefício não ultrapasse o valor máximo de R$ 192.000,00, por ano civil (BRASIL, 2010). Não obstante, será possível contratar o seguro rural utilizando recursos da subvenção ao prêmio para a mesma atividade na qual tenha operação de crédito enquadrada no Proagro, desde que as lavouras sejam implantadas em áreas diferentes.

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Quadro 3 - Percentuais e limites de subvenção para o triênio 2010 a 2012.

Modalidade

de Seguro Grupos de culturas

Subvenção

(%) Limite por Produtor (R$)

2010/12 Feijão, milho segunda safra e trigo. 70

96.000 Ameixa, aveia, canola, caqui, cevada, centeio,

figo, kiwi, linho, maçã, nectarina, pêra, pêssego, sorgo, triticale e uva. 60

Algodão, arroz, milho e soja. 50

Agrícola

Abacate, abacaxi, abóbora, abobrinha, alface, alho, amendoim, atemóia, banana, batata, berinjela, beterraba, cacau, café, caju, cana-de-açúcar, cebola, cenoura, cherimóia, chuchu, couve-flor, ervilha, escarola (chicória), fava, girassol,

goiaba, graviola,

jiló, laranja, lichia, lima, limão e demais cítricos, mamão, mamona, mandioca, manga, maracujá, melancia, melão, morango, pepino, pimentão, pinha, quiabo, repolho, sisal, tangerina, tomate, vagem e demais hortaliças e legumes.

40 Pecuário 30 30 30 32.000 Florestal Aquícola Fonte: Brasil (2010)

Ressalta-se que os recursos disponibilizados para o PSR são orçados no ano anterior com base nas expectativas das seguradoras da demanda para subvenção por produto e modalidade de seguro rural. Desta forma, os recursos orçados em 2004 e utilizados em 2005 foram da ordem de R$ 10 milhões. Porém, apenas R$ 2,3 milhões foram demandados pelo mercado. Na Figura 1 mostra-se a evolução dos recursos orçados e os gastos efetivos.

Figura 1 - Evolução dos recursos liberados e gastos efetivos, no período de 2005 a 2010, em milhões de reais. Fonte: MAPA (2012) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 Mil hõe s de R $

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Percebe-se que tanto os recursos alocados ao PSR quanto os gastos efetivos cresceram ano a ano, desde 2005 - Figura 1. Até 2008, os recursos foram suficientes para cobrir a demanda do mercado. Em 2009, no entanto, a demanda superou os recursos disponibilizados pelo Governo em R$ 90 milhões em virtude do atraso do pagamento da subvenção às seguradoras. Apesar de o governo ter sancionado a lei para liberação dos recursos, ainda assim, o orçamento inicial de R$ 238 milhões foi reduzido para R$ 190 milhões. Em 2011, dos R$406 milhões orçados apenas R$253,5 milhões foram efetivamente alocados ao PSR.

O PSR é um programa que visa proteger o produtor contra riscos climáticos, que afetam o volume de produção e, portanto, a oferta do produto. No entanto, algumas regiões do país são menos suscetíveis ao risco climático, como a região Centro-Oeste. Em algumas regiões a volatilidade de preços pode ser mais crítica do que a perda de produção por risco climático. Numa tentativa de resolver o problema, em 2011 e 2012, algumas seguradoras incluíram em seu portfólio o seguro faturamento e/ou receita. Nesse tipo de seguro é oferecido ao produtor rural proteção contra a queda de seu faturamento, garantindo de forma conjunta preço e produtividade. Há que se ressaltar que até o momento não existe legislação específica para o Seguro Faturamento e/ou receita, no entanto, essas operações têm recebido apoio do Governo através dos recursos alocados ao PSR.

Embora o Seguro Faturamento seja novo no Brasil, há algumas modalidades em operação nos Estados Unidos. Nesse tipo de seguro, o desafio é definir além da produtividade esperada, também o preço a ser garantido. Quando a projeção do preço e a produtividade esperada são bem definidos, o contrato torna-se atrativo tanto ao produtor quanto à seguradora.

3. MERCADO DE SOJA E FORMAÇÃO DE PREÇOS

O Brasil ocupa lugar de destaque no mercado mundial de alimentos por estar entre os maiores produtores e exportadores de produtos agropecuários. Em 2009, o país foi o 5º maior exportador mundial de alimentos e foi responsável por 5,6% do total exportado mundialmente (FAO, 2012). Em 2010, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2012), o país foi o segundo maior produtor e também exportador de soja. Observa-se através dos dados do Quadro 1 que o país tem sido o segundo maior produtor do grão desde o ano safra 2000/2001 atrás apenas dos Estados Unidos (EUA), maior produtor mundial, e para a safra 2012/2013 há a possibilidade de que o Brasil supere os EUA, passando ocupar o primeiro lugar na produção de soja. A China por sua vez possui pequena participação na produção

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mundial, mas é o principal país consumidor da oleaginosa. Juntos, EUA, Brasil, Argentina e China têm produzido aproximadamente 90% da produção mundial de soja.

Quadro 1 – Produção mundial de soja em grãos (em milhões de toneladas) – principais países produtores.

Fonte: USDA (2012)

No Brasil, os principais estados produtores de soja são Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás – Quadro 2. Desde a safra 2000/2001 Mato Grosso e Goiás têm aumentado sua participação na produção nacional, na safra 2011/2012 estima-se que a participação do Mato Grosso fique em torno de 33% da produção brasileira. Já o Paraná, segundo maior produtor brasileiro, apresentou participação em torno de 20% em todo período analisado no Quadro 2, na safra 2011/2012 no entanto, sofreu redução devido à forte perda de produção por consequência da grave seca no Sul do país.

Quadro 2 – Produção brasileira de soja em grãos (em milhões de toneladas) – principais estados produtores.

Fonte: Conab (2012)

Ano Safra MT PR RS GO MS BA Brasil 2000/2001 9,64 8,62 7,11 4,16 3,13 1,45 38,43 2001/2002 11,73 9,50 5,64 5,42 3,28 1,46 42,23 2002/2003 12,95 10,97 9,63 6,36 4,10 1,56 52,02 2003/2004 15,01 10,04 5,56 6,15 3,32 2,22 49,79 2004/2005 17,94 9,71 2,85 6,99 3,86 2,40 52,30 2005/2006 16,70 9,65 7,78 6,53 4,45 1,99 55,03 2006/2007 15,36 11,92 9,92 6,11 4,88 2,30 58,39 2007/2008 17,85 11,90 7,78 6,54 4,57 2,75 60,02 2008/2009 17,96 9,51 7,91 6,84 4,18 2,42 57,17 2009/2010 18,77 14,08 10,22 7,34 5,31 3,11 68,69 2010/2011 20,41 15,42 11,62 8,18 5,17 3,51 75,32 2011/2012 21,85 10,94 6,53 8,25 4,63 3,18 66,38

Ano Safra EUA Brasil Argentina China Mundo 2000/2001 75,06 39 27,8 15,4 175,18 2001/2002 78,67 43,5 30 15,41 184,87 2002/2003 75,01 52 35,5 16,51 197,033 2003/2004 66,778 50,5 33 15,394 186,257 2004/2005 85,013 53 39 17,4 215,758 2005/2006 83,368 57 40,5 16,35 220,531 2006/2007 86,77 59 48,8 15,967 237,328 2007/2008 72,824 61 46,2 14 220,864 2008/2009 80,749 57,8 32 15,54 211,636 2009/2010 91,417 69 54,5 14,98 261,086 2010/2011 90,605 75,3 49 15,1 264,676 2011/2012 84,192 66,5 41 14,48 239,216

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Por ser um dos estados brasileiros que mais sofrem com perda de safra por problemas climáticos, os produtores do estado do Paraná são os que mais recorrem ao programa do seguro rural. Em 2011, o estado ficou com 27,9% do total dos recursos da subvenção, sendo que desse total a soja participou com 53,5% (BRASIL , 2012).

Os produtores de soja do estado de Mato Grasso, principal produtor brasileiro, apresentaram participação de apenas 3% em toda subvenção destinada pra soja brasileira (BRASIL, 2012). Essas informações mostram que no formato atual, o seguro rural tem beneficiado os estados onde o faturamento de soja tem sido afetado por problemas climáticos. Em outros estados, como Mato Grosso, principal produtor nacional e que tem aumentado sua participação na produção brasileira nos últimos anos, eventos climáticos não têm afetado fortemente a produção, mas a volatilidade dos preços recebidos pelos produtores tem se apresentado elevada, principalmente nos últimos anos devido às recorrentes crises financeiras, impactando o faturamento do setor no estado.

Assim, devido aos problemas relacionados tanto à variabilidade da produção quanto à volatilidade dos preços recebidos pelos produtores, que impactam a renda do produtor agrícola e pode até mesmo definir sua continuidade no campo; e a abrangência da política agrícola brasileira através do seguro rural, estuda-se o desenvolvimento de um modelo de seguro faturamento, que visa segurar perda de produção e queda de preços conjuntamente.

Enquanto a perda de produção tem sua variabilidade afetada principalmente por eventos climáticos adversos, a volatilidade dos preços da soja no mercado pode ser afetada tanto por eventos internos quanto externos. Alguns trabalhos apresentados na literatura apontam que o Brasil apesar de sua importância no agronegócio da soja tem as variações de seus preços influenciadas pelo mercado internacional. Assim, o país não é um formador de preço desse produto e, sim, um tomador de preço (MARGARIDO et al., 1998). Barros et al. (1997) apontam que os preços da soja são formados nos mercados internacionais e os produtores nacionais, diante da informação do preço atribuído ao grão neste mercado, exigem que os valores praticados internamente estejam em consonância com o do mercado externo.

A decisão do produtor no momento da comercialização quanto ao preço da soja a ser negociado, além da referência dos preços cotados nas bolsas de internacionais ainda passa pelas ofertas de preços pagos pelos corretores, indústria esmagadora local, traders de importação e exportação, cooperativas e compradores de produtos agropecuários, seja na comercialização à vista, por meio da cédula do produto rural (CPR) ou contratos a termo.

Margarido et al. (1998) observaram, porém, que, na análise de preços da soja na Bolsa de Chicago (CME), as variações das cotações da soja no mercado internacional não são integralmente repassadas aos preços recebidos pelos produtores brasileiros e paranaenses. Os modelos utilizados

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na composição do estudo mostraram que variações das cotações da soja nos Estados Unidos são transmitidas instantaneamente, sem defasagem temporal para os preços recebidos pelos produtores do grão no Brasil e no Paraná. No que se refere às elasticidades de transmissão de preços entre o Brasil e os Estados Unidos, os resultados apontaram que variações em um mercado, no longo prazo, são repassadas quase totalmente para o outro mercado analisado (SILVA et al., 2009).

Em termos de transmissão de preços internos, Moraes (2002) aponta que se chegando ao nível de preços nos portos brasileiros, deduzidos os custos portuários, fretes etc, chega-se ao preço na processadora. Desse preço, deduzindo-se os custos de frete, operacionais, entre outros, obtém-se o preço que juntamente com a concorrência em cada região.

Outro ponto interessante encontrado no trabalho de Margarido et al. (1998) é a evidenciação

de que os preços médios recebidos pelos produtores do Paraná são muito próximos da média nacional. Os resultados permitem afirmar que o preço médio recebido pelos produtores paranaenses é uma boa estimativa ou proxy do preço médio nacional, podendo servir como preço de referência para os produtores de outros estados. Nesse sentido, pode-se inferir que, considerando-se o período analisado, a utilização do estado do Paraná para o cálculo do indicador da soja para liquidação dos contratos futuros deve refletir adequadamente os preços da soja brasileira.

A discussão sobre o processo de formação de preços no mercado de soja no Paraná, que possui forte influência dos mercados internacionais, evidencia um dos desafios da precificação dos contratos de Seguro Faturamento e/ou Receita que é a definição do preço a ser garantido ao produtor.

4. METODOLOGIA

4.1 Fundamentos Estatísticos aplicados à Função Faturamento

O principal desafio nos contratos de seguro faturamento é a definição da produtividade esperada e do preço a ser garantido. Como o contrato é fechado no período de plantio e o período de apuração do sinistro, caso ocorra, no período de colheita, o preço é fixado com base em expectativas na entressafra do preço a vigorar na safra. A produtividade esperada por sua vez é definida com base no histórico das produtividades passadas. Assim, o faturamento esperado (FAE) é calculado considerando um preço base da saca de 60 quilos de soja, definido de acordo com uma referência de preço futuro e na produtividade esperada em sacas de 60 quilos por hectare, definida com base no histórico de produtividade por hectare – equação (1):

(12)

12 area ade produtivid eçobase FAE Pr * * (1)

A equação 1 define a função para o faturamento esperado definido nos contratos de seguro de faturamento. Nessa equação, preço base se refere a cotação futura do preço da saca de 60 quilos de soja, produtividade se refere a produção em sacas de 60 quilos por hectare e a área se refere ao tamanho da área com soja da propriedade a ser segurada em hectares. O Faturamento garantido (FAG) se refere à parcela do faturamento esperado garantido no contrato do seguro. O produtor poderá escolher um nível de cobertura (α) entre 0 e 100% (0 100%). Assim, o Faturamento garantido será dado por – equação (2):

FAE

FAG  (2)

O produtor rural terá direito de receber a indenização quando o faturamento obtido (FAO) ou efetivo (que ocorre na safra) se situar abaixo do faturamento garantido. O FAO depende da produtividade obtida na safra e preços de mercado à época da colheita, variáveis que podem sofrer redução devido a eventos climáticos e outros que afetem a demanda pela soja - equação (3).

area ade produtivid eço

FAOPr * * (3)

Na função FAO, preço (P) e produtividade (PR) são variáveis aleatórias. Assim, pode-se deduzir as relações estatísticas entre as duas variáveis, de acordo com Mood (1974), a esperança matemática fica – equação (4):

FAO

 

EPPR

    

EPE PR COVPPR

E    , (4)

Observa-se da equação (4) que a esperança matemática de uma função multiplicativa não é simplesmente a multiplicação da esperança matemática de cada variável aleatória, mas deve-se considerar também a covariância (COV) entre as duas variáveis aleatórias, ou deve-seja, o movimento conjunto entre as variáveis. A função de covariância pode ser definida como:

PR P PR P PR P

COV ,  ,   , com P ,PR representando o coeficiente de correlação entre preço e

produtividade, Po desvio padrão da série de preços e PRo desvio padrão da série de produtividade.

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A variância teórica é uma das principais medidas de dispersão ou variabilidade (em torno da esperança matemática) de uma variável aleatória. Sabe-se da Lei dos grandes números que a variância amostral converge para a variância teórica na medida em que o número de observações cresce. A função variância (V) entre preço e produtividade pode ser definida como (MOOD, 1974) – equação (5):

FAO

 

V PPR

E

   

PV PR E

   

PRV P E PE PR COVPPR

V   2  2 2 [ ] [ ] , (5)

A correlação ente as variáveis definirá o impacto da covariância sobre variabilidade do FAO. Se as duas variáveis apresentarem correlação nula, a COV não impactará na variabilidade do FAO, mas se preço e produtividade foram negativamente correlacionados, perdas de produção serão compensadas por ganhos de preço impactando em menor queda de faturamento ou menor variabilidade do FAO.

4.2 – Modelo Econométrico

A correlação é uma medida da associação entre duas variáveis e situa-se entre:

1 1 ,

 PPR . Pode-se expressar o relacionamento entre duas variáveis por meio de uma equação

linear, ou, através de regressão linear – equação (6):

PR P ^ ^    (6)

A equação de regressão (6) dá o comportamento dos preços de mercado a possíveis

variações na produtividade; ^ é o intercepto da reta de regressão e ^ o coeficiente angular da reta. Pode-se expressar o coeficiente angular como:

) ( , ^ PR V COVPRP

 , indicando como os preços respondem

a variações na produtividade.

Neste trabalho, primeiramente foram calculadas as estatísticas descritivas dos dados - média, desvio-padrão, coeficiente de variação e coeficiente de correlação entre produção e preço. A análise de regressão foi aplicada aos valores anuais de preço e produtividade através do método de mínimos quadrados ordinários. Estimou-se também uma regressão linear com as séries na primeira diferença temporal a fim de eliminar o problema de tendência nos dados.

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4.3 Dados

A base de dados foi composta pelos dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012) e preços de mercado do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado do Paraná. Os dados são de periodicidade mensal e os preços foram deflacionados pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna – IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas (2012) para reais de agosto de 2012.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Faturamento da soja no estado do Paraná é definido pelos preços de mercado e pela produção do grão no estado. Essas duas variáveis tem sofrido impactos significativos, a oferta por eventos climáticos adversos e os preços pelas condições de oferta e demanda mundial. Da Figura 1 observa-se que a produção de soja no estado tem crescido continuamente desde 1998, em 2000, 2005 e 2006 o volume de produção apresentou redução próxima de 7%, já nos períodos mais recentes, e redução foi de 20% em 2009 e quase 30% em 2012. Durante o período analisado, a perda por problemas climáticos se apresentou mais severas nos períodos mais recentes e em intervalos de tempo mais curtos. Quanto aos preços de mercado, esses têm apresentado variabilidade maior que o volume de produção ao longo do período estudado. O efeito sobre os preços da quebra de safra de 2012 foi significativo, crescimento de 23%, pois a oferta mundial foi afetada por reduções dos principais países produtores, EUA, Brasil e Argentina – Figura 1.

Figura 1 - Evolução da previsão da safra de soja no Paraná e dos preços pagos aos produtores. Fonte: IBGE (2012) e DERAL (2012).

0,00 100,00 200,00 300,00 400,00 500,00 600,00 04 /1 99 8 08 /1 99 8 12 /1 99 8 04 /1 99 9 08 /1 99 9 12 /1 99 9 04 /2 00 0 08 /2 00 0 12 /2 00 0 04 /2 00 1 08 /2 00 1 12 /2 00 1 04 /2 00 2 08 /2 00 2 12 /2 00 2 04 /2 00 3 08 /2 00 3 12 /2 00 3 04 /2 00 4 08 /2 00 4 12 /2 00 4 04 /2 00 5 08 /2 00 5 12 /2 00 5 04 /2 00 6 08 /2 00 6 12 /2 00 6 04 /2 00 7 08 /2 00 7 12 /2 00 7 04 /2 00 8 08 /2 00 8 12 /2 00 8 04 /2 00 9 08 /2 00 9 12 /2 00 9 04 /2 01 0 08 /2 01 0 12 /2 01 0 04 /2 01 1 08 /2 01 1 12 /2 01 1 04 /2 01 2 08 /2 01 2 Produção Preço

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Na Figura 2 mostra-se a evolução do Faturamento proveniente da produção do estado do Paraná. A Produção do estado cresceu em todos os anos com exceção daqueles em que houve problemas climáticos. Os preços apresentaram forte volatilidade, com períodos de forte queda e recuperação, já o faturamento segue o efeito combinado entre preços e produção, apresentando forte retração no início dos anos 2000 e em 2012.

Figura 2 - Evolução da produção de soja, preços de mercado e Faturamento do setor no Paraná - médias anuais. Fonte: Dados da pesquisa.

Na Figura 3 evidencia-se a relação entre preço e estoques mundiais. Observa-se que as duas séries apresentam movimentos contrários, dessa forma, em anos de baixos estoques, os preços no mercado do Paraná tenderam a ser mais elevados. Isso mostra a forte influência das condições de oferta em nível internacional sobre os preços no mercado paranaense de soja.

Figura 3: Evolução dos preços no Paraná e dos Estoques Mundiais de soja – dados mensais Fonte: USDA (2012) e DERAL (2012).

0 50 100 150 200 250 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Produção Preço Faturamento

0 50 100 150 200 250 300 350 400 04 /199 8 09 /199 8 02 /1 99 9 07 /1 99 9 12 /199 9 05 /200 0 10 /200 0 03 /200 1 08 /200 1 01 /200 2 06 /200 2 11 /200 2 04 /200 3 09 /200 3 02 /200 4 07 /200 4 12 /200 4 05 /200 5 10 /200 5 03 /200 6 08 /200 6 01 /200 7 06 /200 7 11 /200 7 04 /2 00 8 09 /200 8 02 /200 9 07 /200 9 12 /200 9 05 /201 0 10 /201 0 03 /201 1 08 /201 1 01 /201 2 06 /201 2

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Na Tabela 1 apresenta-se a estatística descritiva dos dados. Observa-se que o estado do Paraná produziu em média 10 milhões de toneladas de soja e o preço médio real foi de R$50,00, para a saca de sessenta quilos. O coeficiente de correlação entre as duas séries foi de -0,00032 e, embora tenha apresentado sinal negativo, ficou próximo de zero. Esse resultado foi corroborado pela análise de regressão, na qual o coeficiente beta também apresentou sinal negativo e próximo de zero. A baixa associação entre as duas séries ficou evidenciada pelo baixo poder explicativo do R quadrado tanto das séries no nível quanto nas diferenças. Pode-se avaliar também qual série apresentou maior risco relativo, dado pelo coeficiente de variação. Nesse estudo, a série de produtividade apresentou maior risco quando comparada com a série de preços, apresentando coeficiente de correlação de 0,24 enquanto o coeficiente de correlação apresentado pela série de preços foi de 0,17.

Tabela 1 – Estatística descritiva das séries de preços e produção de soja

Fonte: Dados da pesquisa.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Faturamento da soja no estado do Paraná é definido pelos preços de mercado e pela produção do grão no estado. Essas duas variáveis tem sofrido impactos significativos, a oferta por eventos climáticos adversos e os preços pelas condições de oferta e demanda mundial. Para auxiliar os produtores de soja do estado o Governo Federal tem atuado através do PSR.

Em 2011 e 2012, algumas seguradoras incluíram em seu portfólio o seguro faturamento e/ou receita. Nesse tipo de seguro é oferecido ao produtor rural proteção contra a queda de seu faturamento, garantindo de forma conjunta preço e produtividade. Há que se ressaltar que até o momento não existe legislação específica para o Seguro Faturamento e/ou receita, no entanto, essas operações têm recebido apoio do Governo através dos recursos alocados ao PSR.

O Seguro de Faturamento é uma modalidade nova no Brasil. Nesse tipo de seguro, o desafio é definir além da produtividade esperada, também o preço a ser garantido. Quando a projeção do preço e a produtividade esperada são bem definidos, o contrato torna-se atrativo tanto ao produtor quanto à seguradora. Produção Preço Média 10.171.953 50,00 Desvio padrão 2.408.003 8,48 Correlação -0,00032 -0,00032 Coeficiente de variação 24% 17%

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Na tentativa de entender o comportamento do faturamento da soja no Paraná, um dos principais produtores nacionais e que mais utilizam os recursos do PSR alocados para a cultura da soja, neste trabalho estimaram-se as relações estatísticas entre preços de mercado e produtividade da cultura. Os resultados da pesquisa mostraram que embora a correlação entre as duas séries tenha apresentado sinal negativo, há pouca associação entre elas, indicando que nem sempre os preços responderão contrariamente a quebras de safra. A análise do coeficiente de variação, medida do risco relativo, mostrou que a variabilidade da série de produtividade tem apresentado maior risco ao produtor quando comparada com a volatilidade de preços.

Neste trabalho foram utilizadas médias anuais de preços e produtividade para o estado como um todo na tentativa de melhor entender o comportamento do faturamento da cultura e devido principalmente a indisponibilidade de dados de propriedades e municípios. Outro fator que limita a análise é o tamanho da mostra que possui apenas 15 observações.

Para futuras pesquisas sugere-se avançar nas análises utilizando-se dados de municípios e até mesmo de propriedades, caso estejam disponíveis, para melhor entender o comportamento da função faturamento e de modo a gerar informações que possam auxiliar a desenhar um contrato de seguro que seja atrativo tanto para a seguradora quanto para o produtor, o que ainda apresenta muitas discussões.

7. REFERÊNCIAS CITADAS

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BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Agronegócio Brasileiro

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CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Produtos e serviços. Safras, séries históricas. Disponível em: < http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1252&t=2>. Acesso em: 26/11/2012.

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DERAL – Departamento de Economia Rural (Secretaria de Agricultura e Abastecimento/PR).

Preços médios nominais mensais recebidos pelos produtores no Paraná. Soja. Disponível em: <

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Corporate Statistical Database. Disponível em: < http://faostat.fao.org/default.asp>. Acesso em:

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MORAES, M. de. Prêmio de exportação da soja brasileira. 2002. 90 f. Dissertação (Mestrado) -

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OZAKI, V.A. Análise espacial da produtividade agrícola no estado do Paraná: implicações para o seguro agrícola. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 46, p. 869-886, 2008.

OZAKI, V. A. Uma digressão sobre o programa de subvenção ao prêmio do seguro rural e as implicações para o futuro do mercado do seguro rural. Revista de Economia e Sociologia Rural, Brasília, DF, v.48, n.4, p.757-776, 2010.

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USDA – United States Department of Agriculture. Foreign Agriculture Service. Production,

Supply, and Distribution (PS&D). Table 07: Soybeans: World Supply and Distribution.

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