Disciplina: Instalações Elétricas II
“Não há nada que seja maior evidência de insanidade do
que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados
diferentes...”
Es ta tís tic a I2
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II3
1.
Introdução e Conceitos
2.
Tipos de Motores
3.
Funcionamento de motores
Exercício
In st alaç ões Elé tric as II4
Qual a diferença de um gerador para um motor elétrico?
Qual a diferença de corrente alternada para contínua?
Que é fator de potência?
Introdução
In st alaç ões Elé tric as II5
Motores Elétricos
Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em
energia mecânica.
O motor de indução é o mais usado de todos os tipos de motores, pois
combina as vantagens da utilização de energia elétrica - baixo custo,
facilidade de transporte, limpeza, simplicidade de comando - com sua
construção simples e grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais
diversos tipos e melhores rendimentos.
Introdução
In st alaç ões Elé tric as II6
Motores Elétricos
a) Motores de corrente continua
São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte
de corrente contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente
alternada comum em contínua. Podem funcionar com velocidade ajustável
entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e
precisão. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em que estas
exigências compensam o custo muito mais alto da instalação e da
manutenção
.
Introdução
In st alaç ões Elé tric as II7
Motores Elétricos
b) Motores de corrente alternada
São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita
normalmente em corrente alternada. Os principais tipos são:
Motor síncrono: funciona com velocidade fixa, ou seja, sem interferência
do escorregamento; utilizado normalmente para grandes potências
(devido ao seu alto custo em tamanhos menores).
Motor de indução: funciona normalmente com uma velocidade constante,
que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a
sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado
de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas
acionadas, encontradas na prática. Atualmente é possível o controle da
velocidade dos motores de indução com o auxílio de inversores de
Introdução
In st alaç ões Elé tric as II8
ROTAÇÃO DO MOTOR TRIFÁSICO
Invertendo a rotação
Em qualquer motor trifásico, a inversão do sentido de rotação é
feita trocando-se na “alimentação” duas fases quaisquer entre si
(uma permanece inalterada).
Determinando a rotação (rpm)
A rotação de um motor elétrico trifásico (rotor tipo gaiola) é
determinada pelo número de pólos do motor e pela freqüência
da rede elétrica. A tensão elétrica não influencia na rotação (a
menos que se aplique tensão muito inferior à nominal, o que
refletirá na potência e no torque do motor, neste caso podendo
até queimá-lo). Atenção: A quantidade de pólos de um motor é
por fase.
Introdução
In st alaç ões Elé tric as II9
ROTAÇÃO DO MOTOR TRIFÁSICO
Velocidade síncrona (ns)
É a velocidade do campo magnético girante formado
internamente no motor. Através dela pode-se saber o valor da
rotação do motor.
A equação que determina a rpm (rotações por minuto) é:
•
Calcule a rotação de um motor trifásico, 60Hz, que possui 6 polos:
3.3 ROTA
ÇÃO DO MOTOR TRIFÁSICO
3.3.1 Invertendo a
rotação
Em qualquer motor trifásico, a inversão do sentido de rotação é feita trocando-se na
“alimentação” duas fases quaisquer entre si (uma permanece inalterada),
diferentemente dos motores monofásicos de fase auxiliar, onde é trocada a ligação
do motor (5 por 6).
3.3.2 Determinando a
rotação (rpm)
A rotação de um motor elétrico trifásico (rotor tipo gaiola) é determinada pelo número
de pólos do motor e pela freqüência da rede elétrica. A tensão elétrica não influencia
na rotação (a menos que se aplique tensão muito inferior à nominal, o que refletirá
na pot
ência e no torque do motor, neste caso podendo até queimá-lo).
Aten
ção: A quantidade de pólos de um motor é por fase.
3.3.3 Velocidade
síncrona (ns)
É a velocidade do campo magnético girante formado internamente no motor. Através
dela pode-se saber o valor da rotação do motor.
A equação que determina a rpm (rotações por minuto) é:
ns =
2 · 60 · f
p
Onde: ns = velocidade síncrona em rpm
f = freqüência da rede em Hz
p = número de pólos.
Exemplo: Em um motor de 2 p
ólos em rede de 60 Hz a rotação será de 3600 rpm.
3.3.4 Velocidade ass
íncrona (n)
Um pouco inferior
à velocidade síncrona, a velocidade assíncrona é a rotação
medida no eixo do motor. Em síntese, é a verdadeira rotação do motor,
descontado-se as perdas; daí o nome de motor assíncrono (em português assíncrono significa
fora de sincronismo, no caso entre a velocidade do campo magn
ético e a do eixo do
motor). O valor lido na placa dos motores, portanto valor nominal,
é o valor da
velocidade assíncrona.
3.3.5 Escorregamento (s)
É a diferença entre a velocidade do campo magnético (velocidade síncrona) e a
rota
ção do motor, sendo também chamado de deslizamento.
Introdução
In st alaç ões Elé tric as II10
ROTAÇÃO DO MOTOR TRIFÁSICO
Velocidade assíncrona (n)
Um pouco inferior à velocidade síncrona, a velocidade assíncrona é a rotação
medida no eixo do motor. Em síntese, é a verdadeira rotação do motor,
descontado- se as perdas; daí o nome de motor assíncrono (em português
assíncrono significa fora de sincronismo, no caso entre a velocidade do campo
magnético e a do eixo do motor). O valor lido na placa dos motores, portanto
valor nominal, é o valor da velocidade assíncrona.
Escorregamento
(s)
É a diferença entre a velocidade do campo magnético (velocidade síncrona) e
a rotação do motor, sendo também chamado de deslizamento.
O escorregamento de um motor normalmente varia em função da carga:
quando a carga for zero (motor em vazio) o escorregamento será praticamente
nulo; quando for a nominal, o escorregamento também será o nominal.
•
Calcule a rotação de um motor trifásico, 60Hz, que possui 4 polos
e a plena carga possui um escorregamento de 4%.
Unidade 3: Motores Elétricos: Tipos
In st alaç ões Elé tric as II11
Motores
C.C.
Universal
C.A.
Monofásico Linear Trifásico Síncrono Assíncrono Gaiola Rotor Bobinado Síncrono Assíncrono Gaiola de esquilo Rotor BobinadoUnidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II12
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II13
Um motor simples consiste de uma bobina que gira entre dois ímãs permanentes. (a) Os polos magnéticos da bobina (representados como ímã) são atraídos pelos polos opostos dos ímãs fixos. (b) A bobina gira para levar esses polos magnéticos o mais perto possível um do outro mas, (c) ao chegar nessa posição o sentido da corrente é invertido e (d) agora os pólos que se defrontam se repelem, continuando a impulsionar o rotor. Crédito
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II14
Esquema de um motor de Corrente Contínua
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II15
Esquema de um motor UNIVERSAL
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II16
Esquema de um motor de Passo
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II17
Esquema de um motor CA Síncrono
O motor síncrono AC usa eletroímãs como estatores para fazer girar o
rotor que é um ímã permanente. O rotor gira com freqüência igual ou
múltipla daquela da AC aplicada.
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II18
Esquema de um motor CA Assíncrono de Indução
Lei de Lenz: A corrente induzida é tal que tende a ir contra
as causas que lhe deram origem.
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II19
Esquema de um motor CA Assíncrono de Rotor bobinado
Usado para motores que precisam partir com carga
16Figura 8 – Motores de três velocidades
2.2 MOTOR DE ANÉIS
O motor de anéis tem um rotor que não está fechado em curto-circuito. Nele o rotor é bobinado e os terminais estão acessíveis externamente através de anéis coletores e escovas (carvão).
Através das escovas (carvão), é inserida resistência ao circuito do rotor no instante da partida, que é diminuída aos poucos, conforme o motor vai atingindo velocidade, até que chegue a zero (curto). Neste momento, o comportamento é exatamente igual a um motor tipo gaiola.
Figura 9 – Esquematização da ligação de um motor de rotor bobinado
1ª velocidade 3ª velocidade
1 2 3 4 5 6
motor com três enrolamentos comuns
7 8 9
2ª velocidade
motor com enrolamento Dahlander e comum
7 4 3 2 5 6 1
1ª velocidade / 2ª velocidade 3ª velocidade
8 9 10 rede rede M 3~ reostato estator rotor coletor escovas
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II20
O Capacitor é usado para permitir a partida do motor, defasando
a corrente e criando um polo auxiliar
12
Fonte: http://www.eberle.com.br/imagens/m3.gif 10/04/2002 Figura 1 – Motor monofásico de fase auxiliar
Figura 2 – Motor monofásico de fase auxiliar 2 pólos
Figura 3 – Ligações do motor monofásico de fase auxiliar para 110 e 220 V
220V 4 2 3 1 6 5 1 2 5 3 4 6 110 V rotor bobina de trabalho bobina de trabalho circuito de arranque 1 3 6 5 2 4 interruptor automático capacitor
Unidade 3: Motores Elétricos
In st alaç ões Elé tric as II21
Conjugado, Energia e Potência
In st alaç ões Elé tric as II22
CONJUGADO (TORQUE de um motor)
O conjugado (também chamado torque ou momento) é a medida do esforço
necessário para girar um eixo.
Pela experiência prática observa-se que para levantar um peso por um
processo semelhante ao usado em poços a força F que é preciso aplicar à
manivela depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a
manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o tamanho E da
manivela, a força F necessária será diminuída à metade.
Especificação do Motor Elétrico
7
1.2 Conceitos Básicos
São apresentados a seguir os conceitos de algumas
grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para
melhor acompanhar as explicações das outras partes deste
guia.
1.2.1 Conjugado
O conjugado (também chamado torque ou momento) é a
medida do esforço necessário para girar um eixo.
Pela experiência prática observa-se que para levantar um
peso por um processo semelhante ao usado em poços
(
figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela
depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a
manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o
tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída
à metade.
No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro
do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de
20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do
eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na
manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o
dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.
Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o
eixo não basta definir a força empregada: é preciso também
dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.
O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da
força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado
vale:
C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm
C = F . E (N . m)
1.2.2 Energia e potência mecânica
A potência mede a “velocidade” com que a energia é
aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem
24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho
(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do
poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =
490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
A potência exprime a rapidez com que esta energia é
aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total
pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor
elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,
a potência necessária será:
F . d
P
mec= (W)
t
490
P
1= = 245 W
2,0
Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de
realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária
será:
490
P
2= = 377 W
1,3
A unidade usada no Brasil para medida de potência
mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW
(unidade de medida utilizada internacionalmente para o
mesmo fim).
Relação entre unidades de potência
P (kW) = 0,736 . P (cv)
P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão:
245 1
377 1
P
1= = cv P
2=
= cv
736 3
736 2
Para movimentos circulares
C = F . r (N.m)
. d. n
v =
(m/s)
60
F . d
P
mec=
(cv)
736 . t
onde: C = conjugado em Nm F = força em N r = raio da polia em m v = velocidade angular em m/s d = diâmetro da peça em m n = velocidade em rpm1.2.3 Energia e potência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar
de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma
rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que
irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia
elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma
de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da
rede e a transforma em energia mecânica disponível na
ponta do eixo.
Figura 1.1
Conjugado, Energia e Potência
In st alaç ões Elé tric as II23
Energia e Trabalho
No exemplo anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia
gasta, ou trabalho (W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do
poço é sempre a mesma, valendo:
W = F x d = 20 N x 24,5 m =490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
Introdução
In st alaç ões Elé tric as II24
Potência
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula
dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se
usarmos um motor elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,
a potência necessária será́:
Especificação do Motor Elétrico
7
1.2 Conceitos Básicos
São apresentados a seguir os conceitos de algumas
grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para
melhor acompanhar as explicações das outras partes deste
guia.
1.2.1 Conjugado
O conjugado (tamb
ém chamado torque ou momento) é a
medida do esforço necessário para girar um eixo.
Pela experiência prática observa-se que para levantar um
peso por um processo semelhante ao usado em poços
(
figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela
depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a
manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o
tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída
à metade.
No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro
do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de
20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do
eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na
manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o
dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.
Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o
eixo não basta definir a força empregada: é preciso também
dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.
O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da
força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado
vale:
C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm
C = F . E (N . m)
1.2.2 Energia e pot
ência mecânica
A potência mede a “velocidade” com que a energia é
aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem
24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho
(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do
poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =
490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
A potência exprime a rapidez com que esta energia é
aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total
pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor
elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,
a potência necessária será:
F . d
P
mec= (W)
t
490
P
1= = 245 W
2,0
Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de
realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária
será:
490
P
2= = 377 W
1,3
A unidade usada no Brasil para medida de potência
mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW
(unidade de medida utilizada internacionalmente para o
mesmo fim).
Relação entre unidades de potência
P (kW) = 0,736 . P (cv)
P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão:
245 1
377 1
P
1= = cv P
2=
= c v
736 3
736 2
Para movimentos circulares
C = F . r (N.m)
. d. n
v =
(m/s)
60
F . d
P
mec=
(cv)
736 . t
onde: C = conjugado em Nm F = força em N r = raio da polia em m v = velocidade angular em m/s d = diâmetro da peça em m n = velocidade em rpm1.2.3 Energia e pot
ência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar
de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma
rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que
irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia
elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma
de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da
rede e a transforma em energia mecânica disponível na
ponta do eixo.
Figura 1.1
www.weg.net
Especificação do Motor Elétrico 7 1.2 Conceitos Básicos
São apresentados a seguir os conceitos de algumas grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para melhor acompanhar as explicações das outras partes deste guia.
1.2.1 Conjugado
O conjugado (também chamado torque ou momento) é a medida do esforço necessário para girar um eixo. Pela experiência prática observa-se que para levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços (figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída à metade.
No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de 20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N. Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o eixo não basta definir a força empregada: é preciso também dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada. O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado vale:
C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm C = F . E (N . m)
1.2.2 Energia e potência mecânica
A potência mede a “velocidade” com que a energia é aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho (W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m = 490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor
elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária será:
F . d Pmec = (W) t 490 P1 = = 245 W 2,0
Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária será:
490
P2 = = 377 W 1,3
A unidade usada no Brasil para medida de potência mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW (unidade de medida utilizada internacionalmente para o mesmo fim).
Relação entre unidades de potência P (kW) = 0,736 . P (cv)
P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão: 245 1 377 1 P1 = = cv P2 = = c v
736 3 736 2 Para movimentos circulares
C = F . r (N.m) . d. n v = (m/s) 60 F . d Pmec = (cv) 736 . t onde: C = conjugado em Nm F = força em N r = raio da polia em m v = velocidade angular em m/s d = diâmetro da peça em m n = velocidade em rpm
1.2.3 Energia e potência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em energia mecânica disponível na ponta do eixo.
Figura 1.1
Conjugado, Energia e Potência
In st alaç ões Elé tric as II25
Potência
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula
dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se
usarmos um motor elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,
a potência necessária será́:
A unidade usada no Brasil para medida de potência mecânica é o cv
(cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW (unidade de medida utilizada
internacionalmente para o mesmo fim).
Relação entre unidades de potência:
P (kW) = 0,736 . P (cv)
P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão:
1.2 Conceitos Básicos
São apresentados a seguir os conceitos de algumas grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para melhor acompanhar as explicações das outras partes deste guia.
1.2.1 Conjugado
O conjugado (também chamado torque ou momento) é a medida do esforço necessário para girar um eixo.
Pela experiência prática observa-se que para levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços
(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela
depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída à metade.
No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de
20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N. Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o eixo não basta definir a força empregada: é preciso também dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.
O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado vale:
C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm C = F . E (N . m)
1.2.2 Energia e potência mecânica
A potência mede a “velocidade” com que a energia é
aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho (W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =
490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor
elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária será:
F . d Pmec = (W) t 490 P1 = = 245 W 2,0
Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária será:
490
P2 = = 377 W 1,3
A unidade usada no Brasil para medida de potência mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW (unidade de medida utilizada internacionalmente para o mesmo fim).
Relação entre unidades de potência
P (kW) = 0,736 . P (cv) P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão:
245 1 377 1
P1 = = cv P2 = = cv
736 3 736 2
Para movimentos circulares C = F . r (N.m) . d. n v = (m/s) 60 F . d Pmec = (cv) 736 . t onde: C = conjugado em Nm F = força em N r = raio da polia em m v = velocidade angular em m/s d = diâmetro da peça em m n = velocidade em rpm
1.2.3 Energia e potência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em energia mecânica disponível na ponta do eixo.
Figura 1.1
www.weg.net
Especificação do Motor Elétrico 7 1.2 Conceitos Básicos
São apresentados a seguir os conceitos de algumas grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para melhor acompanhar as explicações das outras partes deste guia.
1.2.1 Conjugado
O conjugado (também chamado torque ou momento) é a medida do esforço necessário para girar um eixo.
Pela experiência prática observa-se que para levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços (figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela
depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída à metade.
No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de
20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N. Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o eixo não basta definir a força empregada: é preciso também dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.
O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado vale:
C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm
C = F . E (N . m)
1.2.2 Energia e potência mecânica
A potência mede a “velocidade” com que a energia é
aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho (W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =
490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor
elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária será:
F . d Pmec = (W) t 490 P1 = = 245 W 2,0
Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária será:
490
P2 = = 377 W 1,3
A unidade usada no Brasil para medida de potência mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW (unidade de medida utilizada internacionalmente para o mesmo fim).
Relação entre unidades de potência P (kW) = 0,736 . P (cv)
P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão: 245 1 377 1 P1 = = cv P2 = = c v
736 3 736 2
Para movimentos circulares
C = F . r (N.m) . d. n v = (m/s) 60 F . d Pmec = (cv) 736 . t onde: C = conjugado em Nm F = força em N r = raio da polia em m v = velocidade angular em m/s d = diâmetro da peça em m n = velocidade em rpm
1.2.3 Energia e potência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em energia mecânica disponível na ponta do eixo.
Figura 1.1
www.weg.net
Especificação do Motor Elétrico 7
1.2 Conceitos Básicos
São apresentados a seguir os conceitos de algumas grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para
melhor acompanhar as explicações das outras partes deste
guia.
1.2.1 Conjugado
O conjugado (também chamado torque ou momento) é a medida do esforço necessário para girar um eixo.
Pela experiência prática observa-se que para levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços
(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela
depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída à metade.
No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de
20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.
Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o
eixo não basta definir a força empregada: é preciso também dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.
O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado vale:
C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm C = F . E (N . m)
1.2.2 Energia e potência mecânica
A potência mede a “velocidade” com que a energia é
aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem
24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho (W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =
490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total
pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor
elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária será:
F . d Pmec = (W) t 490 P1 = = 245 W 2,0
Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária será:
490
P2 = = 377 W
1,3
A unidade usada no Brasil para medida de potência mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW (unidade de medida utilizada internacionalmente para o mesmo fim).
Relação entre unidades de potência P (kW) = 0,736 . P (cv)
P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão:
245 1 377 1
P1 = = cv P2 = = c v
736 3 736 2
Para movimentos circulares C = F . r (N.m) . d. n v = (m/s) 60 F . d Pmec = (cv) 736 . t onde: C = conjugado em Nm F = força em N r = raio da polia em m v = velocidade angular em m/s d = diâmetro da peça em m n = velocidade em rpm
1.2.3 Energia e potência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em energia mecânica disponível na ponta do eixo.
Figura 1.1
www.weg.net
Especificação do Motor Elétrico 7 1.2 Conceitos Básicos
São apresentados a seguir os conceitos de algumas grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para melhor acompanhar as explicações das outras partes deste guia.
1.2.1 Conjugado
O conjugado (também chamado torque ou momento) é a medida do esforço necessário para girar um eixo.
Pela experiência prática observa-se que para levantar um peso por um processo semelhante ao usado em poços (figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela
depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída à metade.
No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de
20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N. Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o eixo não basta definir a força empregada: é preciso também dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada. O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado vale:
C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm C = F . E (N . m)
1.2.2 Energia e potência mecânica
A potência mede a “velocidade” com que a energia é
aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho (W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =
490 Nm
Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.
W = F . d (N . m)
OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor
elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária será:
F . d Pmec = (W) t 490 P1 = = 245 W 2,0
Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária será:
490
P2 = = 377 W 1,3
A unidade usada no Brasil para medida de potência mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW (unidade de medida utilizada internacionalmente para o mesmo fim).
Relação entre unidades de potência P (kW) = 0,736 . P (cv)
P (cv) = 1,359 P (kW)
Então as potências dos dois motores acima serão: 245 1 377 1 P1 = = cv P2 = = cv
736 3 736 2 Para movimentos circulares
C = F . r (N.m) . d. n v = (m/s) 60 F . d Pmec = (cv) 736 . t onde: C = conjugado em Nm F = força em N r = raio da polia em m v = velocidade angular em m/s d = diâmetro da peça em m n = velocidade em rpm
1.2.3 Energia e potência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em energia mecânica disponível na ponta do eixo.
Figura 1.1
Conjugado, Energia e Potência
In st alaç ões Elé tric as II26
Energia e potência elétrica
Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar de formas
diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma rede elétrica com tensão,
passará uma corrente elétrica que irá aquecer a resistência. A resistência
absorve energia elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma de
energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da rede e a transforma em
energia mecânica disponível na ponta do eixo.
Ligação Estrela-Triângulo
In st alaç ões Elé tric as II27
U = U
fU=220V
U = √3 . U
fU=220V
Grandezas vetoriais
U
f1U
f2U
f3U
f1U
f2U
f3Linha
Fase
Ligação Estrela-Triângulo
In st alaç ões Elé tric as II28
I = I
fI
L= √3 . I
fGrandezas vetoriais
I
f1I
f2I
f3I
f1I
f2I
f3Linha
Fase
I
1Conjugado, Energia e Potência
In st alaç ões Elé tric as II29
Potência elétrica
CorrenteAlternada
1 ) Resistência (F.P. = 1)
Sistema Monofásico P = Uf . If (W) Sistema trifásico P = 3Pf = 3 . Uf . If (W)2 ) Cargas Reativas (F.P. < 1)
Conjugado, Energia e Potência
In st alaç ões Elé tric as II30
Rendimento
O rendimento define a eficiência com que é feita a conversão da energia
elétrica absorvida da rede pelo motor, em energia mecânica disponível no
eixo. Chamando “Potência útil” Pu a potência mecânica disponível no eixo e
“Potência absorvida” Pa a potência elétrica que o motor retira da rede, o
rendimento será́ a relação entre as duas, ou seja:
Exercício
In st alaç ões Elé tric as II31
Um motor é conectado diretamente a um sarilho com um
objetivo de içar em 20s uma carga de 1000N a uma altura de
60m. O Sarilho possui diâmetro de 0,3m. Sabendo-se que o
rendimento do motor é de 80%, que a tensão usada é de 220V
trifásico e o F.P. = 0,93 , calcule:
1.
Conjugado do motor;
2.
Trabalho (energia);
3.
Potência mecânica;
4.
Potência Ativa (elétrica);
5.
Potência Aparente ;
Regra Prática Para escolha de um motor
In st alaç ões Elé tric as II32
Ao se especificar um motor deve-se considerar
1. Aplicação (motor CC, CA, Síncrono, Assíncrono, etc)
2. Potência
3. Rotação (número de polos)
4. Tensão (127V / 220V / 380V / 440V / 4.16kV)
5. Frequência (no Brasil: 60Hz)
6. Grau de proteção (ver tabela)
7. Carcaça: Formas construtivas / níveis de ruído (ver opções)
8. Classes de isolamento: é a especificação do isolamento térmico. Ou seja, ele especifica qual é a máxima temperatura que o bobinado do motor pode suportar continuamente sem que seja afetada sua vida útil. Existem três classes de isolamento:
• B 135oC
• F 150oC
• H 180oC
9. Ventilação (ver opçoes)
10. Fator de Serviço: reserva de potência que dá ao motor uma capacidade de suportar melhor o funcionamento em condições desfavoráveis (1,0 – 1,15 – 1,5)
Regra Prática Para escolha de um motor
In st alaç ões Elé tric as II33
Carcaça Formas construtivas (ver opções dos fabricantes e
normas)
Regra Prática Para escolha de um motor
In st alaç ões Elé tric as II34
Regra Prática Para escolha de um motor
In st alaç ões Elé tric as II35
Partidas de motores CA
In st alaç ões Elé tric as II36
•
Partida Direta
•
Partida Estrela-Triângulo
•
Partida com Reversão
Partidas de motores CA
In st alaç ões Elé tric as II37
•
Partida Estrela-Triângulo
Partidas de motores CA
In st alaç ões Elé tric as II38
•
Partida Estrela-Triângulo
Partidas de motores CA
In st alaç ões Elé tric as II39
•
Inversor de Frequência
• Permite partida e parada em rampa;
• Controlar a rotação do motor;
• Possui diagnóstico;
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II40
1.
Introdução e Conceitos
2.
Tipos de Transformadores
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II41
Definição:
Um dispositivo que por meio da indução eletromagnética,
transfere energia elétrica de um ou mais circuitos (primário)
para outro ou outros circuitos (secundário), usando a mesma
frequência, mas, geralmente, com tensões e intensidades de
correntes diferentes.
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II42
Princípio de funcionamento:
Todo transformador é uma máquina elétrica cujo princípio de
funcionamento está baseado nas Lei de Faraday e Lei de Lenz. É
constituído de duas ou mais bobinas de múltiplas espiras enroladas
no mesmo núcleo magnético, isoladas deste, não existindo conexão
elétrica entre a entrada e a saída do transformador. Uma tensão
variável aplicada à bobina de entrada (primário) provoca o fluxo de
uma corrente variável, criando assim um fluxo magnético variável
no núcleo. Devido a este é induzida uma tensão na bobina de saída
(ou secundário), que varia de acordo com a razão entre os números
de espiras dos dois enrolamentos.
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II43
Princípio de funcionamento:
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II44
TRANSFORMADOR IDEAL
Para considerar um transformador ideal, as seguintes hipóteses devem
ser assumidas:
•
todo o fluxo deve estar confinado ao núcleo e enlaçar os dois
enrolamentos;
•
as resistências dos enrolamentos devem ser desprezíveis;
•
as perdas no núcleo devem ser desprezíveis;
•
a permeabilidade do núcleo deve ser tão alta que uma quantidade
desprezível de fmm é necessária para estabelecer o fluxo.
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II45
a: relação de transformação.
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II46
Unidade 4: Transformadores
In st alaç ões Elé tric as II47
TRANSFORMADOR COM PERDA
Ao contrário do transformador ideal, os transformadores reais
apresentam perdas que devem ser consideradas, pois nem todo o
fluxo está confinado ao núcleo, havendo fluxo de dispersão nos
enrolamentos. Da mesma forma, há perdas ôhmicas nos enrolamentos
e há perdas magnéticas (histerese magnética) no núcleo:
1. Perdas no cobre: resultam da resistência dos fios de cobre nas espiras
primárias e secundárias. As perdas pela resistência do cobre são perdas sob
a forma de calor (Perdas Joule) e não podem ser evitadas.
2. Perdas no ferro:
a. por histerese: energia transformada em calor na reversão da polaridade magnética do núcleo transformador.
b. por correntes parasitas: quando uma massa de metal condutor se desloca num campo magnético, ou é sujeita a um fluxo magnético móvel, circulam nela correntes induzidas. Essas correntes produzem calor devido às perdas na resistência do ferro (perdas por correntes de Foucault).