Projeto de estímulo ao sustento financeiro e autônomo para mulheres. Maio de 2018

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Projeto de estímulo ao sustento

financeiro e autônomo para

mulheres

Maio de 2018

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Apresentação

Este projeto propõe-se a promover grupos produtivos autogestionários nas práticas comerciais e de geração de renda, incubando especialmente mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que tenham vínculos com outros projetos sociais ou estejam fora da rede de atendimento social..

Com ações de formação de Rede e divulgação do projeto para o encaminhamento de participantes; Formação inicial em empreendedorismo e sensibilização para cuidado autônomo; Cursos/oficinas de desenvolvimento de habilidades técnicas para a atuação elegida pelo grupo.

Iniciado em abril de 2018 com a Coordenação de Kelly Vanessa Kirner através da IDEAR Consultoria Social, possui investimento para implantação e infraestrutura no Coworking Guanabara.

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Convidamos-lhe para fazer parte desse projeto tornando-se um apoiador social. O projeto e a sua consequente divulgação pretende através de apoio a ações de alto impacto, minimizar problemas sociais e agregar valor à atuação pessoal e comercial dos participantes e apoiadores.

As ações serão focadas no fomento à formação de negócios de produção artesanal ou manufatureira como alternativa à exclusão do mercado formal de trabalho. A efetivação dessa alternativa depende, a primeira vista, da boa qualificação dos produtores ou prestadores de serviços para entregarem o que o mercado necessita e deseja. Com um olhar na superfície da questão, o ciclo começa com a qualificação técnica e se fecha com a venda do que se produz, resultando na geração de renda para os produtores. Mas um negócio não se sustenta somente pela renda gerada, muitas vezes esse elemento nem é o mais importante. Indo mais a fundo, as transformações pessoais decorrentes de todos os processos vividos em projetos sociais são impulsionadoras das transformações coletivas e essas, por fim, são responsáveis maiores pela maturação e continuidade de empreendimentos de geração de renda. Diversos estudos já aferiram que a formação manufatureira pode proporcionar desenvolvimento de renda bem como maior inserção destes indivíduos na sociedade, favorecendo a melhoria de sua qualidade de vida.

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Contexto

O público beneficiário deste projeto serão mulheres, mães de família, com baixa escolaridade ou analfabetismo funcional, que fazem “bicos” para ajudar na renda familiar. Essas mulheres não são artesãs por excelência, não têm o histórico tradicional de aprendizagem da arte que é passada de geração em geração. Elas fazem parte de populações urbanas, geralmente de zonas periféricas, que utilizam o que aprenderam a fazer em sua formação doméstica para tentar ganhar dinheiro. É comum encontrarmos nessas mulheres habilidades manuais executadas com extrema qualidade, como costura, bordado, crochê, pintura, produção de alimentos entre tantas outras, mas que, aplicadas na tarefa de gerar renda, se concretizam em produtos muito comuns, muitas vezes copiados de receitas de revistas de trabalhos manuais, que não apresentam diferencial, nenhuma conexão com as identidades dos grupos e que, portanto, têm pouca viabilidade comercial. O pressuposto é que a formação de empreendimentos com essas pessoas seja uma alternativa à exclusão do mercado formal de trabalho, considerando que as chances desse público conseguir emprego são quase nulas.

Há diversas maneiras de se promover essa inclusão. O caminho mais utilizado e com maiores investimentos é a formação técnica, principalmente para as áreas demandadas pelo mercado, ofertadas pelas instituições e pelo governo. Sem desabonar a importância da educação formal técnica, mas provocando um olhar mais profundo à questão, essa modalidade de formação não é suficiente para diminuir a situação de pobreza e desigualdade social. Esse público possui um prejuízo mais amplo: educacional, econômico e cultural.

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As atividades de capacitação técnica, a prática laboral, as atividades de formação social, referentes ao fortalecimento da identidade, da autoestima, da cidadania, e as de assistência técnica formam um conjunto que deve se desenvolver durante o período de aprendizado, aprofundando os conteúdos no decorrer do processo de instalação e operação do projeto. O desenvolvimento de habilidade técnicas, de habilidades para o desenvolvimento de planos de negócios e o cuidado pessoal e familiar visa a aumentar as capacidades dos beneficiários e ampliar seu protagonismo social.

Para que a oferta seja consumida pelo mercado (a venda dos produtos é que gera o ganho do produtor), ela deve ter certas adequações a esse mercado, além dos valores agregados (culturais, afetivos) que contém um produto artesanal. Além do enfrentamento de problemas típicos desses modelos de negócios como: prazos de entrega, padronização de produtos, qualidade dos materiais e compatibilidade de gostos (o que o produtor faz, que acha bonito e útil, não é necessariamente o que o comprador deseja). Também são comuns problemas de gestão, de formação de custo e preço, de distribuição de ganhos, de reserva de caixa e, o que pouco se prevê em projetos de empreendedorismo, problemas de relacionamento, de diferenças de condutas, valores, personalidades, que, embora parecessem questões isoladamente pessoais (e que, portanto, não deveriam surgir no âmbito do trabalho), prejudica o desenvolvimento de empreendimentos. A partir dessa percepção o projeto se amplia como um programas de qualificação de empreendedores, conduzidos por profissionais multidisciplinares, que realizam atividades nas áreas de desenvolvimento técnico e de produto, gestão administrativo-financeira, organização da produção, comunicação, comercialização e organização de grupos, área que congrega todas as outras. Dessa forma passa a ser fundamentais no projeto as ferramentas da pedagogia e da psicologia social, capazes de transformar um agrupamento de pessoas em um coletivo organizado e voltado para o mesmo objetivo.

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Pretende-se trabalhar o desenvolvimento de produtos, propondo-se fazer a ponte entre o universo artesanal e o consumo. O ponto de partida desse projeto será estabelecido com as mãos e a cabeça das participantes: sua experiência de vida será fundamental para a eleição de quais atividades comerciais, modelos de negócios, e adequações técnicas.

A formação de negócios é de fato uma alternativa para a inclusão econômica, sua implementação implica em tempo (Estudos apontam que projetos de geração de renda tenham efetividade após três anos de execução) e equipe de profissionais preparada não só tecnicamente, mas também capazes de ver, ouvir e ser sensível à cultura do outro e às realidades diversas. Há nessa conjuntura espaço para a oportunidade (e de desafio) de mostrar aos financiadores a melhor maneira de fazer seu investimento, em vistas à resultados reais, que são quantificáveis, mas que ainda mais importante que isso, são sustentáveis após o término dos recursos aportados.

Neste sentido sugere-se que novos diálogos se dêem entre todos os agentes, baseados em estudos e apontamentos recentes, de modo a favorecerem a solidez das ações com essas populações. Além disso, cabe a criação de plataformas que apoiem, influenciem e norteiem as políticas públicas voltadas para a inclusão social das populações de baixa ou nenhuma renda.

A disponibilidade de recursos financeiros, o nível de capital inicial e o de apoiadores é um dos fatores determinantes mais importantes apontado na literatura. Quanto maior o capital inicial, maior tende a ser a chance de a sustentabilidade ser atingida pelo projeto. Por isso buscamos ainda antes de sua implementação apoiadores patronos que proporcione a sustentabilidade desde o início desse empreendimento.

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Objetivos

Geral

Atender 10 mulheres de famílias vulnerabilizadas com algum vínculo a projetos sociais de forma a criar possibilidades de geração de renda, empreendedorismo, auto emprego, cuidado autônomo, sustentabilidade familiar e aumento de suas redes sociais para uma mobilidade social ascendente.

Específicos

01. Formação em empreendedorismo e geração de renda para 10 mulheres encaminhadas por projetos sociais

02. Atividades concomitantes à formação para o desenvolvimento de competências e habilidades pessoais e cuidado autônomo de si

03. Criação de um espaço de associação, cooperativismo e experimentação de novas experiências e modelos de negócios

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Metodologia

O grupo de geração de renda com mulheres terá como estrutura três encontros semanais, implementados gradualmente. Também contará com a oferta de utilização do espaço físico em outros períodos de acordo com a disponibilidade e interesse das participantes.

A proposta é que exista uma articulação com entidades sociais como parceiras desde a etapa inicial de planejamento do projeto de forma que possa-se eleger entre as mulheres que possuam algum vínculo com essas entidades aquelas que com maior perfil para responder à proposta do projeto.

O desenvolvimento de habilidade técnicas, de habilidades para o desenvolvimento de planos de negócios e o cuidado pessoal e familiar se dará de forma transversal, acontecendo em todos os momentos dos grupos possibilitando que todos os aspectos se integrem levando em conta a realidade, competências e habilidades das participantes. Porém ocorrerão atividades programadas para fins específicos como encontros de prospecção de demandas, encontros formativos técnicos, encontros de supervisão do plano de negócios.

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Metodologia

Algumas etapas da formação poderão ocorrer através de palestras e oficinas com parceiros especialistas em planos de negócios e cooperativismo/associativismo a ser contatados de acordo com a demanda identificada. Essa ação é importante para enriquecer a rede de relacionamentos e apoio das participantes de forma a prepará-las para a autonomia de seus projetos de vida e negócios.

Um profissional especialista coordenará todas as atividades, inclusive os encontros de prospecção e supervisão, bem como a escolha de profissionais que ministrarão oficinas técnicas e temáticas de acordo com a demanda identificada, e articular parceiros e redes de apoio ao projeto. Também caberá ao Coordenador a responsabilidade de implementação, administração, e relatoria do projeto. De acordo com o desenvolvimento do grupo, demais profissionais, remunerados ou não pelo projeto, serão integrados.

Inicialmente serão ofertadas 20 vagas porém pela experiência de projetos anteriores com metodologias parecidas espera-se uma alta evasão dos participantes. Dessa forma conta-se com uma média de adesão efetivamente de 10 mulheres.

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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Ação Descrição de Atividades Periodicid

ade Público Crono gram a Divulgação do projeto em Entidades Sociais e outros espaços correlatos pré selecionado s, para o encaminha mento de participante s

Produção de Material de Divulgação pela

Coordenação; Levantamento de Instituições que possuam públicos elegíveis; Visita às instituições para apresentação da proposta; Estabelecimento de termo de parceria com essas Instituições para o contínuo acompanhamento das participantes e trocas de demandas e informações pertinentes; Reuniões de pré avaliação das participantes; Avaliação inicial do perfil das participantes para planejamento das metodologias, atividades e temas aplicados. Nos dois meses iniciais Instituições e Entidades Sociais que realizam atendimento à mulheres com vulnerabilidad e social e econômica Mês 1 e 2

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Formação inicial em empreende dorismo e sensibilizaç ão para cuidado autônomo.

Atividade inicial e complementar aos cursos de capacitação técnica. Serão focados temas específicos a realidade das participantes. O tema abordado nas oficinas temáticas serão também abordados durante a formação técnica e nortearão a escolha da atividade comercial elegível. Será o espaço de levantamento de possibilidades de modelos de negócios aplicáveis à realidade do grupo.

Serão desenvolvidas a partir de estratégias apropriadas e participativas, com temas

relacionados à realidade das mulheres. Durante as oficinas de desenvolvimento de habilidades o grupo também irá se dedicar ao seu auto-cuidado e da própria família, Encontros Semanais de 3 horas de duração 20 mulheres jovens e adultas Mês 3 a 6

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ade Público

Crono gram

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Cursos/ofici nas de desenvolvim ento de habilidades técnicas para a atuação elegida pelo grupo

O processo de capacitação técnica será

constituído por atividades teóricas de conteúdos básicos relacionado ao desenvolvimento de habilidades para a atividades comerciais escolhida. Encontros Semanais de 3 horas de duração 20 mulheres jovens e adultas Mês 5 a 11

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Crono gram

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Supervisão e acompanha mento da implementa ção do plano de negócios construído pelo grupo

Cooperativismo / economia solidária. Atividades oferecidas pela coordenação do projeto em parceria com instituições e pessoas com

experiências em incubadoras de cooperativas, para oferecer técnicas de empreendedorismo; pesquisa de mercado para inserção de produtos, geração de renda e auto-gestão. Palestras de atendimento ao cliente, planejamento financeiro, formulação de preços de produtos, fluxo de caixa, e outros assuntos importantes para o plano de negócios, bem como temas e desafios

encontrados no desenvolvimento do projeto.

Encontros Semanais de 3 horas de duração 20 mulheres jovens e adultas Mês 6 a 12

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Crono gram

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Desenvolvim ento de estratégias de auto-susten tabilidade (das mulheres e da oficina)

Será desenvolvido um plano de negócios e a coordenadora do projeto juntamente com as mulheres irão desenvolver estratégias que

garantam essas sustentabilidades. Politicamente será fortalecida a rede de relacionamentos com a finalidade de fortalecer as políticas públicas. Financeira se dará a partir da colocação e venda da produção em eventos, empresas e demais espaços do mercado formal que já apóiam iniciativas dessa natureza. Também será

implementado um ponto de venda, uma loja na região comercial de Campinas ou a participação em feiras-livres, para a comercialização

sistemática da produção. Finalizaçã o do primeiro ano projeto Equipe do projeto Mulheres participantes das oficinas meses 11 e 12

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Crono gram

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