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Sumário do Volume. Física. Fenômenos Térmicos Termodinâmica 5. Fenômenos Eletrodinâmicos I 90

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(1)
(2)

F

ísica

F

enômenos

T

érmicos

– T

ermodinâmica

5

1. Primeira lei da termodinâmica 5

1.1 O gás também realiza trabalho 5

1.2 Quanto vale a energia de um gás? 7

2. Segunda lei da Termodinâmica 17

2.1 Entendendo as máquinas térmicas e as máquinas frigoríficas 17

F

enômenos

e

leTrosTáTicos

24

3. Conhecendo a eletrostática 26

4. A força entre dois corpos carregados 39

5. A Terra cria o campo gravitacional. E a carga cria campo? 45

5.1 O campo elétrico também pode ser uniforme 48

6. O potencial elétrico que as cargas criam 55

6.1 Os corpos carregados também realizam trabalho 60

7. Condutores em equilíbrio eletrostático 69

7.1 O poder das pontas 71

7.2 Capacitância dos corpos 74

8. Capacitores 80

8.1 Capacitância de um capacitor plano 81

8.2 Associação de capacitores 84

F

enômenos

e

leTrodinâmicos

– i

90

9. O que faz a gente tomar choque? 92

10. A resistência que os aparelhos impõem a passagem da corrente elétrica 97

10.1 Leis de Ohm 97

10.2 Associando as resistências 102

11. Como fazemos medidas em um circuito elétrico? 109

11.1 Medidor de corrente 109

11.2 Medidor de voltagem 109

11.3 Medidor de resistência 112

(3)

VOLUME 1

U

nidade

: F

enômenos

T

érmicos

– T

ermodinâmica

1. Primeira lei da termodinâmica 2. Segunda lei da termodinâmica

U

nidade

: F

enômenos

e

leTrosTáTicos

3. Conhecendo a eletrostática

4. A força entre dois corpos carregados

5. A Terra cria o campo gravitacional. E a carga cria campo? 6. O potencial elétrico que as cargas criam

7. Condutores em equilíbrio eletrostático 8. Capacitores

U

nidade

: F

enômenos

e

leTrodinâmicos

– i

9. O que faz a gente tomar choque?

10. A resistência que os aparelhos impõem à passagem da corrente elétrica 11. Como fazemos medidas em um circuito elétrico?

VOLUME 2

U

nidade

: F

enômenos

e

leTrodinâmicos

– ii

12. Quanto de energia um aparelho pode gastar?

13. O que se faz aparecer a corrente em um circuito elétrico? 14. Aparelhos que funcionam devido à energia elétrica 15. Leis de Kirchhoff

U

nidade

: F

enômenos

e

leTromagnéTicos

– i

16. Ímã

17. Campo magnético criado por correntes elétricas VOLUME 3

U

nidade

: F

enômenos

e

leTromagnéTicos

– ii

18. Força magnética em cargas elétricas 19. Indução eletromagnética

20. Transformadores

U

nidade

: F

enômenos

m

odernos

21. Introdução aos fenômenos quânticos 22. A Física nos modelos atômicos 23. Introdução à teoria da Relatividade

(4)
(5)

F

eNÔmeNos

t

Érmicos

– t

ermodiNÂmica

1. p

rimeira

lei

da

termodiNÂmica

T

ermodinâmica é o nome dado à parte da ciência

que estuda as relações entre calor, energia, trabalho

e as variáveis de estado de um sistema que passa

por transformações. A princípio, essas mudanças

podem parecer complexas e indecifráveis, mas,

na verdade, estão baseadas em algumas defi nições

simples e em conceitos que já foram trabalhados

anteriormente.

Um pneu sendo cheio é objeto de estudo da Termodinâmica.

Por exemplo, se uma certa quantidade de

gás é aquecida e estiver em um recipiente com

pelo menos uma parede móvel, é bem provável

que o volume desse gás aumente. Esse aumento

de volume está relacionado a um trabalho

realizado, que, por sua vez, está diretamente

ligado à quantidade de calor recebida pelo gás.

A Termodinâmica é a parte da Física que torna

possível entender como esses processos ocorrem

e a relação entre eles. Para tal entendimento, é

necessário conhecer alguns conceitos relacionados

aos sistemas que serão estudados.

• Sistema: conjunto de elementos ou objetos

que serão temas de estudo. Por exemplo, se serão

estudadas as transformações ocorridas em um

balão de aniversário, somente o balão e o que

estiver dentro dele pertencem ao sistema. Todo o

resto é chamado de meio externo e não pertence

ao sistema. Em geral, o sistema considerado é um

gás que passa por transformações.

• Sistema aberto: considera-se um sistema aberto

quando existe de troca de energia e/ou de massa

entre o sistema e sua vizinhança (meio externo),

como, por exemplo, a queima de uma brasa de

carvão.

• Sistema isolado: ao contrário do sistema aberto,

um sistema isolado é aquele que não permite troca

de energia e massa entre seus constituintes e a

vizinhança do sistema.

• Ciclo: conjunto de transformações sofridas pelo

sistema no qual o estado fi nal e o inicial do sistema

apresentam as mesmas características, ou seja, são

estados idênticos.

• Trabalho externo: é uma forma de transferência

de energia entre o sistema e o meio externo. No

caso de sistemas termodinâmicos, o trabalho está

sempre relacionado a uma mudança de volume do

gás analisado.

1.1 O gás também realiza trabalho

I

maginemos um cilindro circular oco, contendo

um certo volume V

0

de gás dentro dele. Esse

cilindro tem paredes rígidas e sua tampa é

composta por um êmbolo móvel. Esse tipo de

cilindro é capaz de manter a pressão do gás que

está em seu interior sempre igual à pressão externa.

Se esse sistema receber calor e por isso sofrer um

aumento de temperatura, o seu volume irá variar,

movendo o êmbolo. O esquema de um corte axial

desse cilindro está na fi gura a seguir:

∆h P0 P0,V0 eT0 P0,Vf eTF P0 http://www .4lots.com – acessado em 01/07/2008

(6)

Primeira lei da termodinâmica

6

Física

Em Mecânica, o trabalho realizado ou

recebido está relacionado à ação de uma força

durante uma certa distância. O produto da

distância percorrida e da força utilizada pode ser

entendido como o trabalho realizado a cada ponto.

Matematicamente, tem-se: τ = F . d. Nesse caso,

a distância percorrida pelo êmbolo foi ∆h, e a

força que realizou trabalho no gás foi devido a sua

pressão. Com isso, temos que:

P =

F

A

F = P . A,

em que P é a pressão do gás, A é a área da

seção reta do cilindro e F é a força que realiza o

trabalho. Considera-se que a dilatação do cilindro

é desprezível, fazendo com que a sua área de seção

reta seja a mesma nos dois estados. Utilizando-se

essa relação com a equação do trabalho, tem-se

que:

τ = P . A . ∆h , em que A . ∆h = ∆V é variação

do volume do gás. Sendo assim: τ = P . ∆V ou

τ = P (V

f

– V

0

), em que (V

f

– V

0

) é a diferença

entre o volume do gás no estado f (fi nal) e no

estado 0 (inicial).

Isso quer dizer que o trabalho em uma

transformação isobárica é dado pelo produto da

pressão do gás e da variação de volume sofrida

por ele, devido ao seu aquecimento

.

Convenção de sinais

Se durante a transformação ocorrer

aumento do volume do gás, ou seja,

o volume fi nal (V

f

) for maior que

o volume inicial (V

0

), o trabalho

será positivo, já que a pressão só

admite valores positivos. Nesse caso,

diz-se que o trabalho foi realizado

pelo

sistema, ou seja, o gás realiza

trabalho sobre o meio exterior

.

No caso inverso, onde ocorrer

diminuição do volume do gás, ou seja,

se seu volume fi nal (V

f

) for menor

que o volume inicial, o trabalho será

negativo. Nesse caso, diz-se que o

trabalho foi realizado sobre o sistema,

ou seja, o meio exterior realiza

trabalho sobre o sistema

.

Sistematizando:

• V

f

> V

0

→ ∆V > 0 → τ > 0 →

trabalho realizado pelo o sistema.

• V

f

< V

0

→ ∆V < 0 → τ < 0 →

trabalho realizado sobre o sistema.

• V

f

= V

0

→ ∆V = 0 → τ = 0 →

trabalho nulo.

A seguir, pode ser visto o gráfi co da pressão pelo

volume de um gás que sofre uma transformação

isobárica:

P V P0 0 f V1 V0

Gráfi co de uma transformação isobárica.

No gráfi co, é possível visualizar que o produto

da pressão pela variação do volume do gás indica

exatamente a área abaixo da curva e entre os dois

valores de volume analisados. Isso quer dizer que,

numericamente, o trabalho realizado ou recebido pelo

gás é dado pela área abaixo da curva no gráfi co da

pressão pelo volume. Numericamente, pode ser escrito:

A

curva

=

N

τ

total

Essa análise foi feita para o caso de uma

transformação isobárica. Entretanto, a análise do

gráfi co P x V (pressão por volume) será importante

também para as outras transformações.

Trabalho em uma transformação qualquer

Para qualquer mudança ocorrida entre dois

estados de um sistema termodinâmico, é possível

fazer um gráfi co da pressão pelo volume do gás

que passa por essa transformação.

VA VB V

P

VA VB V

P

Gráfi cos de pressão por volume em transformações onde a pressão não é constante.

(7)

No caso de transformações onde a pressão do

gás não é constante, fi ca muito mais complicado

fazer o cálculo do trabalho realizado pelo gás

ou sobre o gás. No entanto, viu-se que, em

uma transformação isobárica, o trabalho era

numericamente igual à área abaixo da curva no

gráfi co P x V dessa transformação. Pode-se provar

que, também no caso de uma transformação

qualquer, o trabalho realizado pelo sistema ou

sobre ele pode ser dado pela área abaixo da curva

que essa transformação descreve em um gráfi co P

x V. Com isso, pode ser escrito:

τ =

N

A

curva

indicando que o trabalho é numericamente igual

à área abaixo da curva no gráfi co P x V de uma

transformação qualquer.

A convenção de sinais adotada para o

trabalho de uma transformação isobárica pode

ser generalizada para o trabalho realizado em uma

transformação qualquer. Além disso, é interessante

ressaltar que o trabalho realizado em qualquer

transformação termodinâmica não depende

somente dos estados inicial e fi nal do sistema, mas

também de todos os seus estados intermediários.

Desde que seja mantida a convenção de sinais,

em uma transformação cíclica, o trabalho será

dado pela soma algébrica dos trabalhos realizados

em cada uma das transformações do sistema.

Observe os gráfi cos:

V

τ

VB VA P V P VB VA

τ

V P

τ

VB VA

Mesmo nesses casos, é possível perceber que

o trabalho é numericamente igual à área descrita

dentro das curvas da transformação cíclica do gás.

1.2 Quanto vale a energia de um gás?

C

omo adiantado anteriormente, a energia

interna de um gás ideal é dada pela soma da

energia cinética média de todas as moléculas que

compõem o gás. Dessa forma, a energia interna de

um gás (U) pode ser dada da seguinte forma:

U = NE

cin

⇒ U = 3

2

nRT.

Vê-se que a energia interna de uma massa

de gás ideal depende somente da quantidade de

moléculas presentes no gás e de sua temperatura.

No entanto, ela pode ser escrita de outra forma, de

acordo com a equação de Clapeyron:

U = 3

2

nRT ⇒ U = 3

2

PV,

ou seja, pode ser dada também em termos do

produto da pressão pelo volume do gás.

Anote e note: A energia interna

dos gases ideais está diretamente

relacionada à sua temperatura. Se a

temperatura do gás aumenta, a energia

interna aumenta. Se sua temperatura

diminui, a energia interna do gás

irá diminuir. No caso de não haver

mudança de temperatura do gás, sua

energia interna permanece constante.

Todos os desenvolvimentos anteriores foram

feitos para gases ideais monoatômicos. No entanto,

para gases diatômicos ou poliatômicos, irá valer a

relação U > 3

2

nRT e seu cálculo exato fi ca bastante

complicado.

(8)

Primeira lei da termodinâmica

8

Física

Exercícios de sala

1 (UFMS) Sem variar sua massa, um gás ideal sofre uma transformação a volume constante. É correto afi rmar que:

a) a transformação é isotérmica. b) a transformação é isobárica. c) o gás não realiza trabalho.

d) sua pressão diminuirá, se a temperatura do gás aumentar.

e) a variação de temperatura do gás será a mesma em qualquer escala termométrica.

2 Numa expansão isobárica (pressão constante), o trabalho realizado por um gás é tanto maior quanto:

a) maior a pressão e maior a variação de volume.

b) menor a pressão e maior a variação de volume.

c) maior a pressão e maior o volume. d) menor a pressão e menor o volume. e) maior a pressão e menor o volume.

3 (PUC-SP) O gráfi co pressão (p) X volume (V) representa as transformações AB e BC experimentadas por um gás ideal:

30 10 0 A B C 1 3 20 V (m3) P (N/m2)

Qual o trabalho mecânico realizado pelo gás durante a expansão de A até C? Dê a resposta em joules.

4 (UFU) Um gás bastante rarefeito está contido num balão de volume variável e é feito de um material que permite trocas de calor com o meio externo (paredes diatérmicas). Esse gás sofre uma transição, passando de sua confi guração (inicial) 1 para uma segunda confi guração (fi nal) 2, conforme o diagrama PV apresentado a seguir. 2 2 1 1 V P

Dado que não ocorre nenhuma reação química entre as moléculas que compõem o gás, nessa transição de 1 para 2 podemos afi rmar que:

a) o meio externo realizou um trabalho sobre o gás, e a temperatura do gás aumentou. b) o gás realizou um trabalho para o meio externo, que é numericamente igual à região hachurada do diagrama PV, e a energia cinética média das partículas que compõem o gás diminuiu.

c) o gás realizou um trabalho para o meio externo, que é numericamente igual à região hachurada do diagrama PV, e a energia cinética média das partículas que compõem o gás aumentou.

d) o gás realizou um trabalho para o meio externo, que é numericamente igual à região hachurada do diagrama PV, e a energia cinética média das partículas que compõem o gás diminuiu no mesmo valor do trabalho realizado.

5 (UNITAU-SP) Um gás está confi nado num cilindro provido de um pistão. O gás é então aquecido, e o pistão é mantido fi xo na posição inicial. Qual é a alternativa errada?

a) A pressão do gás aumenta.

b) O trabalho realizado pelo gás é cada vez maior.

c) A força que o gás exerce no pistão é cada vez maior.

d) O gás é mantido num volume constante. e) A energia interna do gás é cada vez maior.

6 (PUC-SP) Uma amostra de gás ideal sofre o processo termodinâmico cíclico representado no gráfi co a seguir:

30

10

0,1 0,3 V(m3)

(9)

Ao completar um ciclo, o trabalho, em joules, realizado pela força que o gás exerce nas paredes do recipiente é:

a) + 6. b) + 4. c) + 2. d) – 4. e) – 6.

7 (PUC-MG) A transformação cíclica

representada no diagrama a seguir mostra o que ocorreu com uma massa de gás perfeito.

4 2

0 5 10 15 20 V ()

p (105 N/m2)

Qual o trabalho realizado por esse gás em cada ciclo? Dê a resposta em joules.

8 (UFTM) Em uma máquina, o gás contido no interior de um êmbolo obedece ao diagrama esquematizado. pressão (x 105 Pa) volume (x 10−6 m3) 3,0 2,0 2,5 1,0 0 2,0 3,0 4,0 6,0

O trabalho realizado por esse gás, em sua fase de expansão dentro do cilindro, é, em J, aproximadamente: a) 5,0. b) 2,4. c) 1,8. d) 1,6. e) 1,0.

9 (UERJ) Uma certa quantidade de gás oxigênio submetida a baixas pressões e altas temperaturas, de tal forma que o gás possa ser considerado ideal, sofre uma transformação A → B, conforme mostra o diagrama pressão x volume. B P V 2P0 P0 V0 0 2V0 3V0 A

a) Calcule o módulo do trabalho realizado sobre o gás, nessa transformação.

b) Esboce o diagrama pressão x temperatura absoluta (P x T), assinalando os estados A e B.

10 (UFRRJ) Certa massa gasosa, contida num reservatório, sofre uma transformação termodinâmica no trecho AB. O gráfi co mostra o comportamento da pressão P, em função do volume V.

(10)

Primeira lei da termodinâmica

10

Física

30 A B 10 20 40 V (x10-2m3) P (x104N/m2)

O módulo do trabalho realizado pelo gás, na transformação do trecho AB, é de:

a) 400 J. b) 800 J. c) 40 kJ. d) 80 kJ. e) 600 J.

11 (UNICAMP) Um mol de gás ideal sofre a transformação A → B → C indicada no diagrama pressão x volume da fi gura a seguir.

p (atm) A B C V () 10,0 8,0 isoterma 3,0

a) Qual é a temperatura do gás no estado A?

b) Qual é o trabalho realizado pelo gás na expansão A → B?

c) Qual é a temperatura adquirida pelo gás no estado C?

Dado: R(constante dos gases) = 0,082 atm ∙ /mol K = 8,3J/mol K.

12 (ENEM) Considere as afi rmações:

I) Calor e trabalho são formas de transferência de energia entre corpos.

II) Calor é medido necessariamente em calorias, enquanto trabalho é somente medido em joules.

III) Dez calorias valem aproximadamente 42 joules.

Pode-se afi rmar que apenas: a) I é correta.

b) II é correta. c) III é correta. d) I e II são corretas. e) I e III são corretas.

13 (UFPE) Um mol de um gás ideal, inicialmente à temperatura de 300 K, é submetido ao processo termodinâmico A → B → C mostrado no diagrama V ‘versus’ T.

Determine o trabalho realizado pelo gás, em calorias. Considere R = 2,0 cal/mol.K. B C A 0 300 600 900 1 200 0,1 0,3 V (m3) T (K) a) 1 200 cal b) 1 300 cal c) 1 400 cal d) 1 500 cal e) 1 600 cal Exercícios propostos

14 (FATEC-SP) Um sistema termodinâmico, constituído de certa massa de gás perfeito, realiza a cada segundo 100 ciclos ABCDA. O diagrama a seguir mostra a evolução de um ciclo ABCDA.

(11)

A D C B p (105 Pa) V (cm3) 0 1,0 2,0 3,0 2,0 1,0

Qual a potência desse sistema? Dê a resposta na unidade Watt.

15 (UFRGS) Uma amostra de gás ideal, quando submetida à pressão PA = 100 kPa, ocupa o volume VA = 25 . O ponto A do diagrama P x V a seguir representa esse estado. A partir do ponto A, a amostra sofre três transformações termodinâmicas e completa o ciclo que aparece no diagrama. P(kPa) V () 100 200 50 C B A 25

Qual é o trabalho líquido realizado pelo gás no ciclo completo?

a) 1,25 J. d) 2,50 . 103 J. b) 2,50 J. e) 2,50 . 106 J. c) 1,25 . 103 J.

16 (UFC) Um gás ideal sofre as transformações mostradas no diagrama da fi gura a seguir.

p2 p p1 V0 2V0 V B C D A 5V0 6V0

Determine o trabalho total realizado durante os quatro processos termodinâmicos A → B → C → D → A.

A Primeira lei da Termodinâmica

A discussão sobre a energia interna de um

sistema é importante, mas a variação dessa energia

interna é ainda mais. Isso porque essa variação terá

como refl exo uma mudança de temperatura do gás

e, além disso, é importante relacionar os conceitos

de fl uxo de calor e trabalho com a variação da

energia interna de um sistema.

Existe na natureza o chamado princípio da

conservação da energia

. De acordo com ele,

nenhum tipo de energia pode ser criado ou destruído

na natureza. Na verdade, a única possibilidade é a

transformação de um tipo de energia em outro.

Dessa forma, imaginemos um gás que recebe

200 J de calor e, com isso, realiza um trabalho cujo

valor é de 60 J. Onde foi parar o resto da energia?

De acordo com a primeira lei da

Termodinâmica, o restante da energia foi

incorporado à energia interna do sistema. Isso

quer dizer que, se um sistema recebe 200 J de

calor e, por isso, realiza um trabalho de 60 J, os

140 J restantes são creditados à variação de energia

interna do sistema. Matematicamente, teremos:

Q = τ + ∆U

em que Q é o calor recebido ou cedido pelo

sistema, τ é o trabalho realizado pelo sistema ou

sobre ele e ∆U é a variação da sua energia interna.

Na verdade, a primeira lei da Termodinâmica é

uma versão específi ca do princípio da conservação

de energia.

Convenção de sinais

Calor

• Se o gás recebe calor → Q > 0.

• Se o gás cede calor → Q < 0.

• Se não há troca de calor →

Q = 0

→ Transformação adiabática

Trabalho

• Se o gás realiza trabalho sobre o

sistema → τ > 0.

• Se o trabalho é realizado sobre o

gás

→ τ < 0.

• Se não há trabalho realizado →

τ = 0 → Volume constante.

Energia Interna

• Se há aumento da energia interna

→ ∆U > 0 → há aumento de

temperatura

.

• Se há diminuição da energia

interna

→ ∆U < 0 → há diminuição

da temperatura

.

• Se não há variação da energia

interna

→ ∆U = 0 → A

transformação é isotérmica.

(12)

Primeira lei da termodinâmica

12

Física

Primeira lei aplicada às transformações

gasosas

Transformação isotérmica

: Numa

transformação isotérmica, mesmo que um gás

receba calor, esse calor não causa um aumento de

temperatura. Dessa forma, a variação da energia

interna do sistema é nula e, de acordo com a

1

a

lei: Q = τ + ∆U, mas ∆U = 0, então: Q = τ. Ou

seja, em uma transformação isotérmica, todo calor

é transformado em trabalho ou vice-versa.

• Transformação isobárica: Quando a pressão do

gás permanece constante durante a transformação,

o volume e a temperatura de um gás ideal fi cam

relacionados de forma direta. Isso que dizer que se

um deles aumenta, o outro também. Dessa forma,

se há aumento da energia interna do gás, haverá

aumento de temperatura e, consequentemente, de

volume. Isso faz com que o trabalho também seja

positivo, mas nenhum termo da primeira lei irá se

anular e ela continuará sendo Q = τ + ∆U.

• Transformação isocórica: Em uma

transformação isocórica, o volume não varia. Isso

quer dizer que o trabalho realizado pelo sistema ou

sobre ele é nulo τ = 0. Assim, a primeira lei fi ca:

Q = ∆U, ou seja, todo fl uxo de calor resulta em

um aumento ou em uma diminuição da energia

interna.

Anote e note

: Relação da Mayer: É

possível provar que existe uma relação

bastante estreita entre o calor molar de

um gás a volume constante (C

V

) e o

calor molar a pressão constante (C

P

).

Essa relação é dada por: C

P

– C

V

= R,

onde R é a constante universal dos

gases perfeitos.

• Transformação adiabática: Adiabática é uma

expressão que signifi ca “sem troca de calor”. A ideia

de uma transformação adiabática é exatamente

essa, uma transformação na qual a pressão e a

temperatura do gás mudem, mas ele não troque

calor com o meio externo. De acordo com a 1

a

lei, isso seria interpretado da seguinte forma: se

Q = 0, então 0 = τ + ∆U ⇒ ∆U = – τ. Isso indica

que todo trabalho realizado em uma transformação

adiabática resulta em uma variação da energia

interna. No entanto, se o trabalho é realizado pelo

sistema (τ > 0), a variação da energia interna será

negativa e vice-versa.

A seguir, pode ser visto o comportamento

de cada uma das transformações apresentadas

anteriormente descritas pelo gráfi co de pressão por

volume (P x V).

V P isotérmica isobárica adiabática isocórica

Nesses gráfi cos, é possível observar uma transformação isotérmica (linha azul), uma transformação isobárica (linha vermelha) e uma transformação adiabática (linha verde). Como o trabalho é nulo em uma transformação isocórica, ele é representado no gráfi co P x V por uma linha vertical (amarela).

Exercícios de sala

17 A 1a Lei da Termodinâmica, aplicada a uma transformação gasosa, se refere à:

a) conservação de massa do gás.

b) conservação da quantidade de movimento das partículas do gás.

c) relatividade do movimento de partículas subatômicas, que constituem uma massa de gás. d) conservação da energia total.

e) expansão e contração do binômio espaço-tempo no movimento das partículas do gás.

18 (UFV-MG) A Primeira Lei da Termodinâmica relaciona os seguintes parâmetros relativos a um sistema em interação com sua vizinhança: variação da energia interna (∆U), trabalho realizado (τ) e calor trocado (Q). Com base nessa lei, pode-se afi rmar que, nas transformações I, II e III de um gás ideal, representadas a seguir, as relações corretas são, respectivamente:

paredes

condutoras condutorasparedes adiabáticasparedes

10 ºC 20 ºC 10 ºC 10 ºC 10 ºC 5 ºC

(I) (II) (III)

a) ∆U = τ τ = Q ∆U = Q

b) ∆U = Q ∆U = τ Q = τ

c) ∆U = Q τ = Q ∆U = – τ

d) Q = 0 τ = Q ∆U = 0

(13)

19 (ENEM) Um sistema termodinâmico cede 200 J de calor ao ambiente, enquanto sobre o sistema se realiza trabalho de 300 J. Nessas condições, a variação de sua energia interna é, em joules, de:

a) – 500. c) 100. e) 500.

b) – 100. d) 250.

20 (UFSM) A fi gura representa, no diagrama P x V, a expansão isotérmica que um mol de gás ideal sofre, ao receber 1 728 J de energia na forma de calor. O trabalho realizado na expansão de 1 m3 para 2 m3 é, em J: P(N/m2) v(m3) 300 k 0 1 246,5 2 493 1 2 a) 0 b) 270 c) 870 d) 1 728 e) 1 870

21 (UFMG) Um cilindro é fechado por um êmbolo que pode se mover livremente. Um gás, contido nesse cilindro, está sendo aquecido, como representado nesta fi gura:

êmbolo gás

Com base nessas informações, é correto afi rmar que, nesse processo:

a) a pressão do gás aumenta e o aumento da sua energia interna é menor que o calor fornecido.

b) a pressão do gás permanece constante e o aumento da sua energia interna é igual ao calor fornecido.

c) a pressão do gás aumenta e o aumento da sua energia interna é igual ao calor fornecido. d) a pressão do gás permanece constante e o aumento da sua energia interna é menor que o calor fornecido.

22 (UFU) Num dado recipiente contendo um líquido, é imerso um cilindro contendo gás ideal, confi nado por um êmbolo móvel, conforme as fi guras adiante. gás líquido fonte térmica (I) (II) Q= 2 000 J êmbolo móvel cilindro recipiente

O recipiente está sobre uma fonte térmica e a base do recipiente é diatérmica, permitindo trocas de calor entre a fonte e o recipiente. As demais paredes do recipiente são adiabáticas e as paredes do cilindro que contém o gás são diatérmicas.

A fonte térmica fornece 2 000 J para o sistema formado pelo líquido e o gás, conforme fi gura (I) anterior. Devido ao calor fornecido pela fonte térmica, a temperatura do líquido aumenta de 3 K, consumindo 1 500 J. Por outro lado, o gás realiza uma expansão com um aumento de volume de 8 m3, a uma pressão constante de 50 N/m2, como representando na fi gura (II) anterior.

a) Calcule o trabalho realizado pelo gás.

b) Calcule a variação da energia interna do gás.

c) Nesse processo, o que acontece com a energia cinética das partículas que compõem o gás: aumenta, diminui ou não muda? Justifi que.

(14)

Primeira lei da termodinâmica

14

Física

23 (UNESP) Um mol de gás monoatômico, classifi cado como ideal, inicialmente à temperatura de 60 ºC, sofre uma expansão adiabática, com realização de trabalho de 249 J. Se o valor da constante dos gases R é 8,3 J / (molL) e a energia interna de um mol desse gás é (3/2)RT, calcule o valor da temperatura ao fi nal da expansão.

24 (UNESP) Um gás ideal, confi nado no interior de um pistão com êmbolo móvel, é submetido a uma transformação na qual seu volume é reduzido à quarta parte de seu volume inicial, em um intervalo de tempo muito curto. Tratando-se de uma transformação muito rápida, não há tempo para trocar de calor entre o gás e o meio exterior.

Pode-se afi rmar que a transformação é: a) isobárica, e a temperatura fi nal do gás é maior que a inicial.

b) isotérmica, e a pressão fi nal do gás é maior que a inicial.

c) adiabática, e a temperatura fi nal do gás é maior que a inicial.

d) isobárica, e a energia interna fi nal do gás é menor que a inicial.

e) adiabática, e a energia interna fi nal do gás é menor que a inicial.

25 (PUC-RS) Uma certa quantidade de ar contido num cilindro com pistão é comprimida adiabaticamente, realizando-se um trabalho de – 1,5 kJ. Portanto, os valores do calor trocado com o meio externo e da variação de energia interna do ar nessa compressão adiabática são, respectivamente: a) – 1,5 kJ e 1,5 kJ. b) 0,0 kJ e – 1,5 kJ. c) 0,0 kJ e 1,5 kJ. d) 1,5 kJ e – 1,5 kJ. e) 1,5 kJ e 0,0 kJ.

26 (UFSM-RS) A fi gura representa os processos isotérmico, adiabático e isobárico para gases ideais, entre estados com volumes V1 e V2. Esses processos estão indicados, na fi gura, respectivamente por: P I II III V V1 V2

a) II, III e I. c) I, II e III. e) I, III e II. b) III, II e I. d) II, I e III.

27 (UEL) Em relação às transformações de um gás ideal é correto afi rmar:

( ) Numa expansão isobárica, a quantidade de calor recebida é maior que o trabalho realizado. ( ) Numa transformação isocórica, a variação da energia interna do gás é maior que a quantidade de calor trocada com o meio exterior. ( ) Numa transformação adiabática, a variação da energia interna é igual ao trabalho realizado. ( ) Numa transformação isocórica, a variação da energia interna do gás é menor que a quantidade de calor trocada com o meio exterior.

28 (UFMG) Em uma transformação isobárica de um gás perfeito, mantido a 2,0 . 105 N/m2 de pressão, forneceram-se 1 500 J de calor e provocou-se um aumento de volume de 3,0 litros. Em joules, qual foi a variação da energia interna do gás?

29 (UFPE) No ciclo mostrado no diagrama PV da fi gura a seguir, a transformação AB é isobárica, BC é isovolumétrica e CA é adiabática. Sabe-se que o trabalho realizado sobre o gás na compressão adiabática é igual a WCA = – 150 J.

Determine a quantidade de calor total Q(tot) absorvido pelo gás durante um ciclo, em joules.

P (105 N\m2) V (10-3m3) 3,0 0,2 A B C 1,0

(15)

Exercícios propostos

30 (UNIFESP) A fi gura representa uma amostra de um gás, suposto ideal, contida dentro de um cilindro. As paredes laterais e o êmbolo são adiabáticos; a base é diatérmica e está apoiada em uma fonte de calor.

cilindro

êmbolo gás

fonte de calor

Considere duas situações:

I) O êmbolo pode mover-se livremente, permitindo que o gás se expanda à pressão constante.

II) O êmbolo é fi xo, mantendo o gás a volume constante.

Suponha que nas duas situações a mesma quantidade de calor é fornecida a esse gás, por meio dessa fonte. Pode-se afi rmar que a temperatura desse gás vai aumentar:

a) igualmente em ambas as situações. b) mais em I do que em II.

c) mais em II do que em I.

d) em I, mas se mantém constante em II. e) em II, mas se mantém constante em I.

31 (MACK-SP) Uma amostra de gás perfeito sofre uma transformação isobárica sob pressão de 60 N/m2, como ilustra o diagrama. Admita que, na transformação, o gás recebe uma quantidade de calor igual a 300 J. V (m3) T (K) 300 1 0 3 100 P Q

Qual foi a variação da energia interna do gás?

32 (PUC-RS) Responder à questão com base nas afi rmações a seguir.

I) A energia trocada entre dois sistemas, unicamente devida à diferença de temperatura entre ambos, chama-se calor.

II) Na transformação adiabática de um gás, sua energia interna permanece constante.

III) A energia interna de um sistema não depende do número de partículas que o constituem.

IV) A temperatura absoluta de um sistema depende do número de partículas que o constituem.

Pela análise das afi rmações, conclui-se que somente:

a) está correta a I. b) está correta a II. c) está correta a III. d) estão corretas a I e a III. e) estão corretas a II e a IV.

33 (PUC-MG) Uma bomba de encher bolas é acionada rapidamente com o orifício de saída do ar vedado, comprimindo-se o ar em seu interior, que vai do estado inicial 1 para o estado fi nal 2.

AR ESTADO 1

ESTADO 2 AR

Nessas condições, é correto afi rmar que a transformação termodinâmica, observada na passagem do estado 1 para o estado 2, aproxima-se mais de:

a) uma isométrica, já que a quantidade de gás se mantém constante.

b) uma adiabática, porque não há trocas de calor do ar com a vizinhança.

c) uma isotérmica, porque a temperatura do ar não se altera.

d) uma isobárica, porque a pressão não se altera.

34 (UFF) O gráfi co representa a transformação de um gás ideal que passa do estado I para o estado II e, depois, do estado II para o estado III. Para que o gás passe do estado I para o II, é necessário que se lhe forneçam 100 kJ de calor; para que passe do estado II para o III, que se lhe retirem 50 kJ de calor. Sabe-se que a pressão do gás no estado I é de 100 kPa.

V (m3) T (K) 120 10 12 100 I III II

Pode-se afi rmar que a variação da energia interna do gás ao passar do estado I para o III é igual a:

a) zero d) – 140 kJ

b) – 200 kJ e) – 150 kJ c) – 50 kJ

(16)

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