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A Disciplina HIDROGEOLOGIA Apresenta CAPÍTULO 02. A Problemática da Água Fatos e Mitos

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A Problemática da Água – Fatos e

Mitos

Prof. Milton Matta

CAPÍTULO 02

A Disciplina HIDROGEOLOGIA

Apresenta

(2)

Recursos Hídricos – Cenário Mundial

A água tem tido, historicamente, assim como a religião e a ideologia, o poder de mover milhões de pessoas. Desde o início das civilizações, variados grupos humanos tem se deslocado em busca de água, deixado as regiões em que ela é escassa, ou aquelas em que ela é exageradamente abundante.

O artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos

Humanos prevê: “Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde

e o bem estar”. Sem o acesso à água limpa, a saúde e o bem estar, não só estarão em perigo, como se tornarão

(3)

A denominada “crise de água” têm sido anunciada,

pelo menos, desde Estocolmo–72, a 1a Conferência

das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano.

Nesta ocasião, os países em desenvolvimento e os

industrializados traçaram, juntos, os “direitos” da

família humana a um meio ambiente saudável e

produtivo

A Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento

Sustentável, Rio + 10, realizada em Joanesburgo,

África do Sul, possibilitou uma ampla divulgação

sobre a “crise da água”. Entretanto, verifica-se a

repetição dos diagnósticos vexatórios, sobretudo,

para os países em desenvolvimento, e pouco

científicos.

(4)

Em todos os fóruns científicos do mundo inteiro fala-se sobre a crise global da água. Comenta-se sobre a possibilidade da III Grande Guerra estar vinculada às disputas pela garantia das demandas de água potável. O exemplo mais forte desses conflitos é o vivenciado por Israelenses e Palestinos, cujos mananciais disponíveis dependem de complicados acordos entre diversas nações.

As relações da água com a economia diferem de país para país, dependendo das condições climáticas naturais, da disponibilidade, acessibilidade e qualidade dos recursos hídricos, além das condições de desenvolvimento econômico

e social de cada nação.

Dando munição ao debate, a UNESCO, identifica a “inércia política” dos governos como responsável pela crise da água

que deverá afetar cerca de 2 milhões de pessoas em 48 países, até meados deste século XXI.

(5)

Vale salientar que, em função dos progressos verificados nas últimas décadas nos métodos de construção de poços, as performances crescentes das bombas e a

expansão da oferta de energia elétrica, principalmente, faz com que já não exista aqüífero confinado e profundo

inacessível aos meios técnicos e financeiros.

Considerando, portanto, que as demandas totais de água no mundo são da ordem de 6.000 km3/ano – consumo domestico (10%), industrial (20%) e agricultura (70%) –

verifica-se que, em escala global, não há falta de água doce no mundo.

Basta lembrar que com a redução de 10% dos

desperdícios verificados na agricultura, cuja perda média mundial nos projetos de irrigação é de 60%, já daria para

(6)

Portanto, a crise da água no mundo é, fundamentalmente, de distribuição e de tradição.

Primeiro, porque o meio técnico do saneamento básico, parece que considera como água doce, apenas os volumes que estão estocados nas calhas dos rios e lagos - 10 milésimos do volume de água doce estocado

no subsolo - para cujo uso torna-se necessário realizar grandes investimentos públicos.

Segundo, porque não se considera o direito universal de uso das águas por todos. Em função disso, certamente, o Egito, por exemplo, declara que vai considerar ato bélico a

captação de água a montante da barragem de Assuã, sem levar em conta que cerca de 80% destas são geradas

nestes territórios de montante e que aí vive uma população que é assolada freqüentemente por secas catastróficas,

(7)

Por sua vez, vários países ricos do mundo esquecem que importam a maior quantidade do que comem diariamente e que a importação de

alimentos significa, grosso modo, a importação de água.

O direito à água limpa de beber não admite exclusão. Em outras palavras, tanto povos ricos quanto povos pobres, necessitam ter água limpa de

beber, produção industrial e de alimentos, coleta e tratamento de esgotos, porque eles vivem juntos e a falta deste elemento vital

prejudicará a todos.

A perspectiva de que sabendo usar a gota d’água disponível não vai faltar - de infiltração no solo ou Green water flow, que flui pelos rios ou Blue

water flow, águas subterrâneas e água de reuso, principalmente - já é vivida por Israel, por exemplo, país dos mais pobres do mundo de água

nos seus rios (350 m3/ano per capita). Em função disso, certamente, Israel mostra ao mundo uma eficiência no uso da água de 95% e utiliza

intensamente as águas subterrâneas, cujos potenciais são reforçados pela injeção de 70% dos esgotos domésticos.

(8)

Segundo Rebouças (1994), a disponibilidade anual mais baixa de água no Brasil, no semi-árido nordestino, envolvendo estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco é, em média, duas vezes superior á disponibilidade per capita da Alemanha (1.100 m3) e similar a de vários outros países da Europa. Apesar disso, o consumo per capita nesses países vem sendo três vezes maior que nos estados brasileiros.

Na realidade, analisando-se todos os números que tem saído na literatura especializada sobre os volumes de água disponíveis em todos os países, e as planilhas de demandas e suas projeções, não deverá faltar água no mundo.

(9)

TEMOS UM PROBLEMA COM A ÁGUA!

A ÁGUA ESTÁ AONDE EXISTE!!!!

OU SEJA, ELA NÃO ESTÁ AONDE NÓS GOSTARÍAMOS QUE ELA ESTIVESSE.

E ISSO É PARA NÓS UM PROBLEMA; NÃO PARA A ÁGUA

EXEMPLO DO BRASIL

(10)

Maiores volumes de água doce disponível = baixa densidade populacional.

(11)

E AÍ NOS FOMOS MORAR NAS CIDADES, ESCOLHEMOS CONSTRUÍ-LAS ONDE NÓS ACHAMOS QUE DEVERÍAMOS;

NÃO NOS PREOCUPAMOS SE TINHAMOS ÁGUA

SE TINHA ÁGUA NÓS TAMBÉM NÃO NOS PREOCUPAMOS COM ELA

E AS COISAS FORAM SEGUINDO E UM BELO DIA! CADÊ A ÁGUA QUE NÓS PRECISAMOS?????

VIERAM ENTÃO OS PLANEJADORES E DISSERAM:

PARA O USO DOMESTICO CADA TERRÁQUEO PRECISA DE 200L/DIA DE ÁGUA!!!!

EM UM PRIMEIRO MOMENTO, ATENDENDO À ISSO PARECE QUE ESTÁ TUDO RESOLVIDO!!!

MAS AI VEIO UM “PORÉM”: E AS NECESSIDADES BÁSICAS DESSAS CRIATURAS? BEBER, COMER, SE DIVERTIR, PASSEAR, E O CONFORTO DE TODO MUNDO...;

E AS CIDADES E SEUS JARDINS, SUAS ÁRVORES, SUAS FLORES, SEUS PARQUES...;

(12)

ENTÃO OS PLANEJADORES, OS CIENTISTAS, OS ONGEIROS, OS “PERUS” DA CIÊNCIA COMEÇARAM A VER QUE TINHA MAIS

COISAS NO CÉU DO QUE OS AVIÕES DA TAM E DA GOL E AI PENSARAM:

PERAI! MAS ALÉM DOS 200L/DIA/PESSOA PARA QUE ESSE SUJEITO POSSA VIVER, SEJA LÁ ONDE ELE ESTIVER, ELE PRECISARÁ CONSUMIR PRODUTOS INSDUSTRIAIS, AGRÍCOLA,

MINERAIS E AI VIERAM AS CONSTATAÇÕES:

PARA O USO INDUSTRIAL: CADA PRODUTO FABRICADO ENCERRA UM CERTO VOLUME DE ÁGUA DURANTE O

SEU PROCESSAMENTO

PARA O USO NA AGRICULTURA: CADA CULTURA NECESSITA DE UMA CERTA QUANTIDADE DE ÁGUA

PARA ESTAR APTA AO CONSUMO

E AS PERDAS ENTRE AS FONTES DE SUPRIMENTO E OS LOCAIS DE USO?

(13)

ENTÃO COMO BONS PLANEJADORES QUE OS PLANEJADORES SÃO, ELES COMEÇARAM A SE PERGUNTAR:

FINALMENTE: DURANTE UM DIA, QUANTO CADA UM DE NÓS, EFETIVAMENTE GASTA DE ÁGUA EM TERMOS VOLUMÉTRICOS?

????????????????????

VAMOS ENTÃO AJUDAR OS PLANEJADORES E AQUI ENTRE NÓS ENSAIAR UMA SIMULAÇÃO?

a) Depois de uma noite de sono, acordamos para mais um dia na vida

- ao devolvermos “a nossa água pessoal e seus complementos” iniciamos o consumo na higiene pessoal;

- já começamos a utilizar vários produtos que para serem fabricados precisaram de água;

b) Em seguida nos preparamos para as nossas atividades do dia: - a roupa lavada

- o café da manhã (olhem os produtos que vamos utilizar): leite, café, frutas, cereais, ovos, bacon, pode ser uma papinha...

(14)

SIMULAÇÃO

a)Trabalho, academia, clube...

- carro próprio, ônibus, metrô quanta água no individual e coletivo?

- o cafezinho, a bolachinha, aquelas passadinhas na “casinha de força”...: quanto de água?

b) Almoçamos?

- o arroz, a carne, o frango, as verduras: quanto tem de água para produzir isso tudo?

- e o restaurante ou mesmo em casa: quanto foi gasto na “infra” da cozinha para estar tudo O.K.?

c) De volta para casa de novo os insumos;

CONTINUAMOS A SIMULAÇÃO Em casa de volta:

- um banho, que ninguém gosta de “inhaca” - o jantar ou o lanche;

- vai uma cerveja, um vinho, e o pãozinho, o queijinho, biscoitinho crocante... - está computando a água?

Vamos dormir?

- Roupa limpa, uma rede cheirosa, aquele paninho legal para colocar nos olhos ou arrumar a cabeça...

- ah! e os sonhos...dia legal, tudo certo, tudo na paz....

(15)

BOM, MAS ME DERAM 200L DE ÁGUA PARA FAZER TUDO ISSO! E ENTÃO “CARA PÁLIDA” ESSA CONTA FECHA?

considerando TODOS ESSES usos E TANTOS OUTROS, quantos litros de água uma pessoa consome por dia?

POIS BEM, ALÉM DOS 200L/DIA QUE OS PLANEJADORES NOS DÃO TEM TODA ESSA OUTRA ÁGUA QUE NÓS ACABAMOS DE COMPUTAR, ÁGUA QUE CERTAMENTE EXCEDE ESSES 200L QUE

NÓS NEM PERCEBEMOS, MAS ESTÁ PRESENTE E QUE UM SENHOR INGLÊS RESOLVEU DAR O NOME DE ÁGUA VITUAL

O CONCEITO DE ÁGUA VIRTUAL

O termo "água virtual" foi introduzido em 1993 pelo geógrafo inglês, o Professor John Anthony Allan

ou Tony Allan (1937 - ). Ele defendeu essa idéia durante quase uma década para obter o

(16)

MAS, O QUE É "ÁGUA VIRTUAL"?

É a quantidade de água gasta para produzir um bem, produto ou serviço. Ela está embutida no produto, não apenas no sentido visível, físico, mas também no sentido "virtual", considerando a água necessária aos processos produtivos. É uma medida indireta dos recursos hídricos

consumidos por um bem.

Em 2008 ele recebeu o Stockholm Water Prize pelo conceito revolucionário de água virtual, um tema que

envolve disciplinas de meio ambiente, engenharia de alimentos, engenharia de produção agrícola, comércio

internacional e tantas outras áreas que se relacionam com a água.

(17)

Virtual water is a measure of the amount of water “embedded” within a product – that is, the amount of

water that is needed to make it. A água virtual é uma medida da quantidade de água "incorporada" dentro de um produto – ou seja, é a quantidade de água que

é necessária para fazê-lo. Allan's work illustrates how some types of foods have more virtual water

embedded in them than others.

- alguns tipos de alimentos têm mais água virtual embutida neles do que outros;

- alguns produtos industriais consomem na sua manufatura mais água do que outros.

ONDE ESTÁ A ÁGUA VIRTUAL E COMO SE CALCULA A SUA QUANTIDADE NOS

(18)

- alguns produtos industriais consomem na sua manufatura mais água do que outros.

ENTÃO, COMO SE CALCULA Produtos agrícolas:

Por exemplo, para produtos primários como cereais e frutas, o cálculo da água virtual é relativamente simples: é a relação entre a quantidade total de

água usada no cultivo e a produção obtida (m³/ton).

A estimativa da água utilizada no cultivo dos vários tipos de plantas é feita em função do tipo de solo, clima, técnica de plantio e irrigação.

O exemplo da carne bovina no Brasil:

Cada tonelada de carne equivale a 15 milhões de litros de água. Ou seja para uma exportação nos anos de 2010 da ordem de 2 milhões de toneladas de carne/ano nós exportamos 30 trilhões de litros de água. Dados recentes computados de diversas fontes indicam que no conjunto

(19)

67 % relacionados com o comércio de produtos agrícolas 23 % relacionados com o comércio produtos animais;

(20)

Produto Valores médios globais da Água virtual em (lt/kg de alimento produzido ) Arroz 1.400 a 3.600 Aveia 2.374 Aves/Galinha 2.800 a 4.500 Azeite de Oliva 11.350 Azeitona 2.500 Banana 499 Batata 105 a 160 Beterraba 193 Cana-de-açúcar 318

Laranja e outros citros 378

Carne de Boi 13.500 a 20.700 Carne de porco 4.600 a 5.900 Leite 560 a 865 Manteiga 18.000 Milho 450 a 1.600 Óleo de soja 5405 Ovos 2.700 a 4.700 Queijo 5.280 Soja 2.300 a 2.750 Tomate 105 Trigo 1.150 a 2.000 Uva 455

(21)
(22)

A Pegada Hídrica de um indivíduo, comunidade ou empresa é definida como o volume total de água doce que é utilizado para produzir os bens e

serviços consumidos pelo indivíduo, comunidade ou produzidos pelas empresas.

(23)

Você já parou para pensar na quantidade de água que você consome diariamente? Ao contrário do que possa parecer, os

gastos com água não estão ligados apenas ao tempo no banho, à lavagem do carro, garagem ou àquele copo de água

que matou a sua sede. Existe também o conceito de água virtual que é a quantidade do recurso utilizada para produzir

alimentos, roupas e outros utensílios.

O conceito de água virtual é extremamente necessário para que esta somatória seja possível. Antes de fazer uma lista

com os hábitos alimentares e de consumo, é preciso

entender que, por trás de tudo isso, existe uma quantidade enorme de água usada e que não pode ser visualizada no

(24)

O consumo de carne, por exemplo, é algo que eleva muito a pegada hídrica, por toda a quantidade de água necessária durante a sua produção. As análises também avaliam a quantidade de água gasta diretamente em sua forma natural, ou seja, quantos litros são gastos no

banho, na escovação dos dentes, descarga, louça, limpeza do quintal, carro, entre outras coisas.

A Water Footprint Network é a organização internacional responsável pela criação da

calculadora que mede a pegada hídrica, seja ela individual ou de um grupo.

Esta ferramenta ajuda a identificar os pontos mais críticos e aquilo que poderia

(25)

Recursos Hídricos no Brasil

O Brasil, entre os paises do mundo de dimensões continentais, possui uma ampla diversificação climática, onde predomina o clima tropical úmido. Em mais de 90% de seu território, recebe abundantes chuvas, com índices pluviométricos entre 1.000 e 3.000 mm/ano. Isso acarretou na existência da maior descarga de água doce do planeta, distribuída numa rede hidrográfica perene das mais extensas e densas (Rebouças, 1999).

O Brasil apresenta uma produção hídrica de cerca de 177.900 m3 /s que, somada a parte referente à Amazônia

internacional, representa cerca de 53% da produção de água doce do continente Sul Americano e 12% do total

(26)

Essa abundância de água serviu para desenvolver a chamada cultura do desperdício da água e justificou a falta de investimentos no setor de recursos hídricos por parte dos poderes constituídos. Além disso, o Brasil vive uma situação singular em termos de distribuição de recursos hídricos, que é bem conhecida da classe científica e da população em geral.

Em termos de recursos superficiais, tem-se uma produção hídrica de cerca de 78% do total nacional, na região Amazônica, que detém uma densidade populacional de 2 a 5 hab/km2. Na bacia do rio São Francisco, por outro

lado, com uma densidade populacional entre 5 e 25 hab/km2 tem-se uma produção hídrica de cerca de 1,7%

do total nacional, enquanto na bacia do Paraná, com uma média de 53 hab/km2 , tem-se cerca de 6% do total

(27)

A região Norte se destaca no cenário nacional, como uma bacia que ocupa uma área de cerca de 57% da superfície do Brasil e por onde passa a maior descarga

de água doce do planeta. Em contraste, as populações da maioria das cidades da região sofrem com problema de água potável, em abundância e qualidade desejáveis.

Isso está relacionado, como no restante do país, a um crescimento exagerado das demandas em geral e de forma localizada, a uma degradação dos mananciais em níveis nunca imaginados e, mais importante, a uma falta

de política pública que busque uso cada vez mais eficiente e menor degradação da qualidade das águas.

(28)

Províncias

Hidrogeológicas

(29)

A Situação da Região de Belém

A situação dos recursos hídricos de Belém não foge ao padrão descrito para a região norte. O crescimento desordenado da região metropolitana em geral, e da cidade em particular, vem ocasionando uma aceleração dos processos de degradação dos recursos ambientais, principalmente as águas. E as políticas desenvolvidas pelos poderes públicos constituídos não têm contemplado a utilização eficiente da água.

A expansão demográfica da cidade e arredores, com o aporte de uma população associada às chamadas áreas

de ocupação ilegal (invasões), têm contribuído para um crescimento da demanda de água potável, para a qual o

(30)

Formas de Habitação da Região de Belém

Áreas de Ocupação Ilegal

Áreas de Invasão

(31)

A ÁREA DE BELÉM E ANANINDEUA 1- A ÁREA Rio Guamá Belém Ananindeua 183,9 km2 393,2 km2 209,3 km2

(32)

0 100 200 300 400 P r e c ip it a ç ã o (m m)

Jan Mar Mai Jul Set Nov

Meses

Precipitação Média Mensal

Distribuição Anual da Precipitação – 60 anos

Período chuvoso = Dez a Mai

Período seco (menos chuvoso) = Jun a Nov

Maior precipitação = Mar (422,5 mm/mês)

Menor precipitação= Nov (90,4 mm/mês) Média = 2.745 mm/ano O MEIO FÍSICO ÁGUAS PLUVIAIS Normais Climatológicas de 1931-1960 e 1961-1990 + dados de 1991-1997

(33)

ÁGUAS

SUPERFICIAIS

Rio Guamá Baía do G uajará Rio Guamá Aterro Sanitário do Aurá

Lago Água Preta Lago Bolonha

Belém

Ananindeua

Adutora do Rio Guamá

Lago Bolonha

2 100 000 m3

1 900 000 m2

Lago Água Preta

6 000 000 m3

(34)

BACIAS

HIDROGRÁFICAS

Dois Grupos

Bacias com influência do rio Guamá

Bacias com influência da Baia do Guajará

(35)

GEOLOGIA

Pós-Barreiras = sedimentos arenosos

Grupo Barreiras = sedimentos continentais arenosos, argilosos e

conglomeráticos

Sedimentos Holocênicos = material aluvionar nos vales

(36)

ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS

Região de Belém e Ananindeua

Região Metropolitana de Belém Marituba Benevides Santa Bárbara + + + 1 200 km2 1 % da área do Pará 1 600 000 hab. 30 % da população do Pará

(37)

Ocupação Urbana

Período entre 1616 a 1980

Desmatamento: 54,7% do município de Belém sem cobertura vegetal

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Abastecimento de Água de Belém

COSANPA

SAAEB

Empresa Estadual

Companhia Municipal

Dados de campo associados à informações verbais dos técnicos das duas empresas!

436 000 m3/dia

340 000 m3 /dia superficial

96 000 m3 /dia subterrânea

Quantidade de água produzida

(39)

A região de Belém e Ananindeua está inserida dentro de um contexto climático e meteorológico responsável por

cerca de 2800 mm de chuva anuais, que caem sobre terrenos subhorizontais e cobertos por unidades de solos

em que predominam frações arenosas de boa permeabilidade.

Isso possibilita que processos de infiltração conduzam boa parte das águas pluviais até a subsuperfície onde

se acumulam nos reservatórios subterrâneos.

ÁGUAS SUBTERRANEAS ADQUIREM UMA IMPORTANCIA MAIOR PARA ABASTECIMENTO

(40)

OS SISTEMAS HIDROGEOLÓGICOS

Aluviões

Pós-Barreiras

Barreiras

Pirabas Superior

Pirabas Inferior

(41)

ALUVIÕES Aqüíferos livres

Espessuras inferiores a 10m

Vazões da ordem de 10 m3 /h

PÓS-BARREIRAS

Aqüíferos livres a semi-confinados

Profundidades inferiores a 25 m

Vazões inferiores a 5 m3 /h

(42)

BARREIRAS

A unidade mais conhecida e explotada na área

Profundidades entre 25 e 90 m

Espessuras em torno de 70 m

Vazões entre 10 e 80 m3/h

Teores de ferro freqüentemente acima de 0,3 mg/L Semilivre a confinado

(43)

PIRABAS SUPERIOR

Intervalo entre 70 e 180 m

Aqüíferos confinados

Espessuras em torno de 80m

(44)

PIRABAS INFERIOR

Profundidades entre 180 a 260m

Vazões de até 600 m3/h

Pouco explotado na área = altos custos em função da profundidade

(45)

MAPA

HIDROGEOLÓGICO

Mapa construído com base na proposta da CPRM/Belém (PEHRMB, 2001) modificada com as informações e interpretações deste estudo.

(46)

Geometria dos Sistemas Aqüíferos

2- Análise de diversos perfis de poços = espessuras litológicas médias

3- Espessuras das lâminas d`águas nos poços

Procedimentos

1- A área foi dividida em setores, em função da disponibilidade de dados

(47)

0 .0 5 .0 1 0 .0 1 5 .0 2 0 .0 2 5 .0 3 0 .0 3 5 .0 4 0 .0 4 5 .0 5 0 .0 5 5 .0 6 0 .0 6 5 .0 7 0 .0 7 5 .0 8 0 .0 8 5 .0 9 0 .0 9 5 .0 1 0 0 .0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 31 14 15 16 71 18 19 20 21 P O ÇO S O LO A R E IA C O NG LO M ERADO A R E IA -A R G ILO SA A R G ILA N ÍV E IS L Á T E R ÍT IC O S L E G EN D A Poços 01 a 10  empresa A Poços 11 a 21  empresa B

ANEXO I - Figura 2 – CORRELAÇÃO DAS CAMADAS AQÜIFERAS EM POÇOS DO BAIRRO DE NAZARÉ , REGIÃO DE BELÉM\PA

(48)

P O Ç O F iltr o F iltr o F iltr o F iltr o oFiltr F iltr o F iltr o F iltr o ? ? ? ? 6 1 2 3 4 7 5 8 3 0 ,0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5 7 0 7 5 8 0 8 5 9 0 9 5 1 0 0 m ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? P o ç o Profundidade (m) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7 9 0 4 5 4 0 2 8 3 7 4 0 2 7 S O L O A R E IA A R G IL A N ÍV E IS L Á T E R ÍT IC O S L E G E N D A E s c a la v e r tic a l : 1 :5 0 0 0 300m E s c . H oriz.: 1:10.000

ANEXO I - Figura 3 - GEOMETRIA DAS CAMADAS AQÜIFERAS DO BAIRRO DE UMARIZAL , REGIÃO DE BELÉM\PA

(49)

0 ,0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5 7 0 7 5 8 0 8 5 9 0 9 5 1 0 0 m E sca la ve rtica l : 1 :5 0 0 0 3 0 0 m E sc. H o riz.: 1 :1 0 .0 0 0 1 2 3 4 5 6 4 0 6 6 2 9 3 6 7 5 9 8 P O Ç O S O LO A R EIA A R G ILA N ÍV EIS L Á TE R ÍTIC O S L E G E N D A

ANEXO I - Figura 4 - GEOMETRIA DAS CAMADAS AQÜIFERAS DO BAIRROS DO MARCO E DA PEDREIRA , REGIÃO DE BELÉM/PA

(50)

? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?

Aqüiferos da Formação Pirabas Aquiferos do Grupo Barreiras Aquiclüde

Aquiferos do Quaternário

? Area de Correlação inferida

TOPOGRAFIA

ANEXO I - Figura 6 - ASPECTOS GEOMÉTRICOS TRIDIMENSIONAIS DO SISTEMA AQÜIFERO DO SETOR NORTE DO MUNICÍPIO DE BELÉM

(51)

Arenito Argila ou Folhelho Poço 1 SW Poço NE 4 Poço 10 Poço 12 Poço 8 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00 90.00 100.00 110.00 120.00 130.00 140.00 150.00 160.00 170.00 180.00 190.00 200.00 210.00 220.00 230.00 P r o f u n d i d a d e (m)

(52)

~11

(53)

~22 METROS

(54)
(55)
(56)

RESERVAS HÍDRICAS SUBTERRÂNEAS

Reservas Renováveis - Rr = A. Δh. e , onde A= 395,3 km2 ,

Δh = 1,8m e e = 10% = volume de 71,2 milhões de m3/ano.

Reservas Permanentes dos sistemas aqüíferos da área totalizam 10,61 bilhões de m3, valor obtido pela soma das reservas do sistema livre (3,64

bilhões de m3) com o sistema confinado (6, 97 bilhões de m3).

Reservas Totais = somatórias das Reservas Permanentes com as Renováveis. Para a área estudada, as reservas totais são 10,61 bilhões de m3 +71,2 milhões de m3 = 10,68 bilhões de m3.

Referências

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