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Boletim. Em todos os lugares. N o Ano Página 5

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o

1.738 - Ano 37 - 16.5.2011

Centro de

Comunicação

CEDECOM

CEDECOM UFMG

Centro de

Comunicação

Boletim

Em vez de comparecer a palestras e exposições com dia e hora para começar e terminar, o público-alvo da Mostra

de Profissões agora terá pelo menos quatro meses para visitar o ambiente de cada curso. Isso será possível graças ao

formato virtual do evento, que será lançado nesta segunda-feira, dia 16, em substituição à modalidade presencial,

criada em 2004.

Com o novo formato, a UFMG espera ampliar o alcance da Mostra, atingindo estudantes de todo o país que concorrem

ao Vestibular por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Página 5

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Opinião

Esta página é reservada a manifestações da comunidade universitária, através de artigos ou cartas. Para ser publicado, o texto deverá versar sobre assunto que envolva a Universidade e a comunidade, mas de enfoque não particularizado. Deverá ter de 5.000 a 5.500 caracteres (com espaços) ou de 57 a 64 linhas de 70 toques e indicar o nome completo do autor, telefone ou correio eletrônico de contato. A publicação de réplicas ou tréplicas ficará a critério da redação. São de responsabilidade exclusiva de seus autores as opiniões expressas nos textos. Na falta destes, o BOLETIM encomenda textos

A

comemoração do dia 18 de maio ressalta a vitalidade de um impor-tante movimento social que luta pela cidadania do portador de sofrimento mental em várias localidades do Brasil. É um acontecimento que merece atenção.

Novas direções para políticas públicas e leis conquistadas ao longo de mais de 30 anos de trabalho vêm delineando um modelo de atenção pautado pela lógica do cuidado, e não da exclusão.

Trata-se da construção e do fortaleci-mento de redes assistenciais compostas por variados serviços públicos, dispositivos civis e ações: os centros de atenção psi-cossocial (CAPs) ou centros de referência em saúde mental (CERSAMs), as equipes de saúde mental em unidades básicas de saúde, os centros de convivência, os grupos de produção solidária (cooperati-vas), as moradias protegidas, as parcerias intersetoriais, entre outros.

Essa rede tem dado sustentação a uma substituição progressiva dos leitos em hospitais psiquiátricos, que represen-tavam, nos anos 80, o segundo maior gasto com internações na área de saúde e constituíam um dos maiores parques manicomiais privados do mundo. Excluir, banindo o sofrimento mental do cotidiano e das circunvizinhanças, já foi a principal, senão a única, resposta assistencial ofere-cida no nosso país.

Até 2001, qualquer pessoa podia internar outra pessoa em locais que, via de regra, não ofereciam perspectivas de reabilitação e saúde. Essa constatação foi amplamente compartilhada e duramente denunciada pelos profissionais e usuários dos serviços de saúde mental. Assim co-meçou tal movimento social, que teve, entre suas conquistas, a Lei da Reforma Psiquiátrica, a 10.216, aprovada pelo Congresso Nacional durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Contudo, o movimento antimanico-mial, por mais que exija e ajude a pro-mover mudanças no modelo assistencial, busca, sobretudo, assegurar a presença

Um dia para a LOUCURA e a CIDADE se enamorarem

Ana Marta Lobosque*

e o trânsito do assim chamado louco na cidade, no âmbito do convívio, da arte, da cultura, da política. Trata-se de criar laços que permitam, em prol da liberda-de, o diálogo e o relacionamento com o diferente e com a diferença.

Nesse sentido, nada ilustra melhor o significado desse movimento do que o desfile da Escola de Samba Liberdade Ainda que Tam Tam, marcado para 18 de maio. Tal manifestação pública já se tornou uma tradição de Belo Horizonte. É uma celebração organizada pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental e pela Asso-ciação de Usuários de Saúde Mental de Minas Gerais que reúne trabalhadores, estudantes, professores universitários, usuários de serviços de saúde mental de Minas Gerais e seus familiares e militantes de outros movimentos sociais.

O trabalho de preparação para o des-file é longo e faz parte do cotidiano dos serviços de saúde mental. Já em janeiro, iniciam-se debates para definir o tema do desfile e os nomes das alas. Feito isso, os diferentes serviços que compõem a rede substitutiva aos hospitais psiquiátricos e outros grupos de apoiadores da Reforma Psiquiátrica brasileira se distribuem entre as alas, e cada uma delas se reúne para inventar a sua própria fantasia.

A festa começa bem antes, com a escolha, por uma comissão julgadora, do melhor samba-enredo, do passista e da porta-bandeira. Nos serviços de saúde mental e em outros espaços, as chamadas oficinas fabricam as fantasias com todo carinho e criatividade possíveis.

No dia 18 de maio, às 13 horas, a concentração começa a preencher, de excêntricas presenças, cores, formas e sons, a nossa familiar Praça Sete. As alas se formam; os trios elétricos entoam o samba eleito e, enfim, o desfile, vibrante e colorido, composto por centenas de pessoas, entra na avenida Afonso Pena, sobe a Augusto de Lima, desce a Rio de Janeiro e ganha a cidade.

Neste ano, o 18 de maio mineiro

comemora os 50 anos da publicação do livro História da loucura, de Michel Fou-cault – uma das decisivas referências do movimento antimanicomial entre nós. Em uma divertida alusão ao caráter ficcional de toda a história narrada no livro, o desfile escolheu como tema Histórias da loucura: Michel também contou.

Cabe ressaltar a crescente participa-ção, nos últimos anos, dos estudantes e professores universitários no desfile de 18 de maio. Destacam-se aqui os laços que se estreitaram entre a luta antimanicomial e o movimento estudantil, representado pelo Espaço Saúde, efetivo protagonista da preparação e da realização do desfile. Sua força jovem é capaz de compreender a ousadia do desejo de liberdade e visibi-lidade daqueles que são desafiados pelo sofrimento mental, mas seguem adiante. Solidariedade é a palavra que tudo colore.

A criação do Fórum de Formação em Saúde Mental de Minas Gerais, reu-nindo professores e alunos de diversas instituições formadoras, como a UFMG, contribui para consolidar a aproximação entre racionalidade acadêmica e a luta por um mundo mais inclusivo. Neste ano de 2011, particularmente, a rede formada por este Fórum construiu uma agenda de oficinas de fantasias, rodas de conversa, espetáculos, exposições, exibição de fil-mes e fotografias que problematizam os desafios da formação em saúde mental.

O desfile da Escola de Samba Liberda-de Ainda que Tam Tam é um belo e pujante acontecimento. A loucura e a cidade se enamoram, reafirmando os laços de um convívio possível e desafiador, tecido ao longo de muitos anos pelo Movimento da Luta Antimanicomial. Vale a pena ver de perto.

*Psiquiatra, professora da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais e integrante do Fórum de Formação em Saúde Mental de Minas Gerais

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O

ano era 1961. Enquanto no Brasil a revista O Cruzeiro denunciava as péssimas condições de atendimen-to dos manicômios de Barbacena, Michel Focault defendia, na França, sua tese de doutorado em Filosofia, que mais tarde se transformaria no livro A história da loucura, uma das principais inspirações do movimento antimanicomial no Brasil.

Cinquenta anos depois, a obra seminal de Foucault é um dos motivos centrais das celebrações do 18 de maio – Dia Nacional da Luta Antimanicomial – em Minas Gerais. Numa alusão ao caráter de ficção do livro, o desfile de 18 de maio celebra uma sociedade sem manicômios, com base nas reflexões do filósofo francês. Tradição no calendário cultural de Belo Horizonte, o desfile congrega numa única agremiação, a Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tan Tan, cerca de 3 mil componentes, em sua maioria portadores de sofrimento mental.

Articulado a essa data, o Programa de Extensão em Saúde Mental da UFMG, em parceria com unidades acadêmicas, preparou diversificada programação que inclui debates, oficinas e exposições (mais informações no site www.espacosaudemg.blogspot.com). “A UFMG tem raízes profundas nas questões vinculadas à saúde mental, com um conjunto de professores que trabalham na área desde os anos 60, e foram fundamentais, nos anos 70, para os processos de reforma e indução de uma cultura crítica sobre o tema”, afirma a professora Maria Stella Brandão Goulart, do Departamento

Pelo FIM das TREVAS

Com pesquisa, extensão e reflexão crítica, UFMG contribui com a luta

antimanicomial no Brasil

Zirlene Lemos* de Psicologia da Fafich. Ela é a autora do estudo As instituições universitárias e a construção da

Reforma Psiquiátrica Mineira nos anos 60, 70 e 80, em que parte dessa história é recuperada. Em artigo publicado em 2009, no Caderno Brasileiro de Saúde Mental, a professora Izabel Christina Friche Passos, do Departamento de Psicologia da Fafich, também destacou a atuação da UFMG no movimento da reforma no estado. “Tinha ali me graduado em psicologia e participado, nos anos iniciais da reforma psiquiátrica mineira [final da década de 1970 e início de 1980], de um intenso e histórico movimento de crítica aos manicômios, que trouxe Franco Basaglia ao III Congresso Mineiro de Psiquiatria, em 1979. Foi esse evento que

desencadeou a reforma mineira”, ressaltou.

Visibilidade

De lá para cá, a UFMG contabiliza iniciativas de extensão na área de saúde mental, entre projetos, programas, eventos, prestação de serviços e outras ações. Em abril iniciou a implantação do Programa de Extensão em Saúde Mental, que integra docentes, estudantes e usuários de várias unidades, entre as quais Enfermagem, Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Fafich e Medicina. “O objetivo é articular ações de extensão universitária, ampliar as iniciativas existentes por meio da cooperação e dar visibilidade ao tema da saúde mental”, destaca o professor João Antonio de Paula, pró-reitor de Extensão.

Aberto à participação de outras unidades da UFMG, o programa também articula parce-rias interinstitucionais com o Fórum de Formação em Saúde Mental de Minas Gerais, Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, PUCMinas, Fumec, Newton Paiva, Faculdade de Ciências Médicas e Movimento Estudantil Espaço Saúde.

Apesar do know-how da UFMG, há defasagem entre currículos, necessidades dos usuários e contexto social, na avaliação de Áquila Bruno Miranda, aluna do 7º período de Psicologia da UFMG. “Existe um descompasso entre a abordagem de nossa formação e a política nacional, pois a nova política, orientada pela lei federal 10.216, ainda não foi incorporada aos nossos currículos”, lamenta a estudante. A legislação determina a abolição dos hospícios no país, deslocando o foco da assistência para a desospitalização e reintegração social dos pacientes.

Maria Stella Brandão engrossa o coro, mas acredita que o novo programa de extensão poderá ajudar a desatar alguns nós. “Ele poderá fomentar a articulação, criar pontos de intercessão para ajudar na formação profissional e sintonizar as instituições formadoras com as discussões sobre os direitos humanos”, analisa.

*Jornalista da Pró-reitoria de Extensão

Programação

• Até 20/05: exposição, no ICB, de poesias, fotos e fantasias da Escola de Samba Liberdade Ainda Que TanTan;

• 17/05: Oficinas de confecção de fantasias – às 17h30, no Centro Acadêmico da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional;

• 18/05: desfile da Escola de Samba Liberdade Ainda Que Tan Tan. Concentração na Praça Sete, às 13h. A partir de 14h, os participantes percorrerão várias ruas do Centro da Capital.

Mais informações no blog Espaço Saúde: www. espacosaudemg.blogspot.com

Psiquiatra italiano, Franco Basaglia (1924- 1980) liderou a re-forma no sistema de saúde mental da Itália, que resultou, no final dos anos 70, em legis-lação responsável pela abolição dos hospitais psiquiátricos.

N

ina Campos

Participante de edição anterior do desfile que invade as ruas do centro da Capital sempre no dia 18 de maio

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m maio de 1928, o escritor Oswald de Andrade publicava, na Revista de Antropofagia, o Manifesto Antropófa-go, propondo uma apropriação mais crítica da cultura alheia. Sua ideia era “deglutir” aquilo que de melhor o outro oferecia. Oito décadas depois, o mesmo conceito permeia o percurso da primeira turma de formandos do curso For-mação Intercultural de Educadores Indígenas (Fiei) da UFMG, que terminam no dia 27 deste mês o trajeto iniciado há cinco anos.

De acordo com Maria Inês de Almeida, professora e coordenadora do curso, o projeto representou uma oportunidade de pôr em prática o diálogo intercultural no ambiente acadêmico. “Na convivência com as comunidades indígenas, a Universidade pôde realmente começar a pensar a intercul-turalidade”, afirma. Os estudantes pioneiros pertencem às etnias Xacriabá, Krenak, Ma-xakali, Pataxó, Kaxixó, Xukuru-kariri e Aranã. A iniciativa começou em 1999, quando lideranças indígenas reivindicaram do reitor Francisco César de Sá Barreto a continuida-de nos estudos dos professores indígenas que haviam se formado no magistério por meio de programa desenvolvido pela Secretaria de Educação de Minas Gerais em parceria com a UFMG. Comissão foi instaurada dois anos depois com o intuito de criar um projeto de formação intercultural estruturado por percursos acadêmicos em vez da tradicional grade curricular.

À época presidente dessa comissão, Maria Inês conta que a opção por percursos acadêmicos visava atender diversos interesses das comunidades indígenas, que variavam entre cursos como Direito, Medicina, Artes, Linguística, Literatura, Comunicação Social e Ciências Agrárias. “A reivindicação não era pela formação pura e simples de um profes-sor; eles queriam alguém que fosse capaz de agenciar os próprios projetos comunitários. Assim, pensamos numa formação transdis-ciplinar”, justifica. Na prática, em lugar do conhecimento pronto, os alunos indígenas trabalhariam em sistemas de oficinas junta-mente com pesquisadores de todas as áreas da UFMG.

O Fiei se dividiu em duas etapas: inten-siva e intermediária. A primeira ocorreu nos campi da UFMG e coincidiu com o funcio-namento dos outros cursos. Os estudantes indígenas, dentro do próprio modelo de

Aprender, ensinar e DIALOGAR

Primeira turma do curso Formação Intercultural de Educadores

Indígenas da UFMG encerra percurso este mês

Marcos Fernandes flexibilidade da Universidade, tiveram liberdade para transitar por aulas e laboratórios nas

diversas unidades, formando cada um o seu currículo.

As etapas intermediárias aconteceram nos locais de origem dos alunos, permitindo uma conciliação entre práticas acadêmicas e as atividades docentes em suas escolas. O curso piloto foi avaliado recentemente e aprovado pelo Ministério da Educação com nota máxima. Um dos principais desdobramentos da experiência foi a criação, pelo Reuni, de licenciatura intercultural regular na FaE, que, desde 2009, recebe 35 estudantes indígenas por ano.

Ponte

Ao ser indagada sobre os ganhos do curso, Giselma Ferreira, da etnia Xukuru-Cariri, não sabe dizer se vai levar ou se deixou mais conhecimento. “Aprendi e ensinei”, decreta. Seu depoimento legitima a proposta do programa, que busca construir uma ponte entre as comunidades indí-genas e a Universidade. “Os povos indíindí-genas ganharam a possibilidade de construir caminhos, escrituras próprias e de sistematizar seus conhecimentos”, analisa Maria Inês.

Essa sistematização das tradições indígenas é, para a coordenadora, uma das maiores conquistas do curso. Ela cita o exemplo do livro Curar, produzido em parceria com os pro-fessores Maxakalis: “Os estudantes tiveram a oportunidade de refletir sobre os processos de cura e colocá-los em diálogo com a medicina ocidental.” A obra é utilizada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na formação de agentes. “De certa forma, tornou-se necessário que os próprios Maxacalis fossem à universidade e estruturassem um livro para que sua medicina fosse respeitada”, afirma a professora.

O projeto também abre espaço para que a Universidade “enxergue” os índios con-temporâneos. “A maioria dos professores e alunos acredita que os habitantes indígenas deixaram de ser índios porque andam de carro, têm relógio, celular, computador ou usam indumentárias diferentes das tradicionalmente associadas a eles”, argumenta Maria Inês.

Agente de mudança

Giselma Ferreira conta que a participação no curso mudou seu ponto de vista em relação à atuação na comunidade. “Nossas lideranças que desconhecem a língua das sociedades não indígenas nos veem como líderes capazes de compreendê-la e fazer o trabalho de tradução”, ela diz. Para Neide Aranã, integrante da etnia Aranã, a participação no projeto contribuiu para mudar a imagem de “selvagem” dos povos indígenas: “As pessoas ainda acreditam que somos incapazes de concluir um curso numa universidade ou ocupar espaços públicos.” Ducilene Araújo, da etnia Xakriabá, entende que os resultados efetivos só serão conhe-cidos quando os saberes adquiridos forem levados para as comunidades. Para tanto, os 132 formandos do curso retornam a suas tribos com uma perspectiva mais ampla a respeito de si mesmos. “Aprendemos que todo professor é político”, ressalta Giselma Ferreira.

Alunos da formação intercultural: novo olhar sobre o índio contemporâneo

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A

mbiente para acesso às redes sociais, textos, vídeos e podcasts sobre cada um dos 75 cursos de graduação oferecidos pela UFMG são al-gumas das novidades da nova Mostra das Profissões, em formato virtual, que será lançada nesta segunda-feira, 16. Em lugar das palestras e exposições presenciais, que duravam três dias, os alunos terão pelo me-nos quatro meses para visitar o ambiente de cada curso e obter informações sobre o curso, grade curricular, perfil do profissio-nal, entre outras. O endereço da mostra é www.ufmg.br/mostradasprofissoes.

“Realizado virtualmente, o evento passa a atender candidatos de todo o país que concorrem ao vestibular da UFMG por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, explica a pró-reitora de Graduação, Antônia Vitória Aranha. Segundo ela, a forma presencial tornou-se restritiva pelo crescente número de participantes, sobretudo com as obras viárias em torno do campus Pampulha, o que levou à adoção de instrumentos mais interativos e abertos.

Ela lembra que em 2010 a mostra pre-sencial recebeu cerca de 70 mil visitantes, de diversos municípios mineiros e até de outros estados. “Agora a longa viagem até Belo Horizonte pode ser substituída por acessos periódicos aos itens de maior interesse do site”, sugere a pró-reitora, destacando que será possível assistir a palestras em vídeo ou ouvi-las em áudio, em equipamentos de mp3.

Os estudantes da UFMG também podem ajudar a construir a Mostra, ao enviar depoimentos que relatem aspectos positivos, dificuldades e quaisquer outras observações sobre seus cursos. Os textos serão recebidos até 27 de maio pelo email mostradasprofissoes@cedecom.ufmg.br. Futuramente outro espaço será disponi-bilizado para comentários gerais, seja de profissionais que desejem discorrer sobre seu campo de atuação ou de professores e pais de alunos que queiram abordar aspectos diversos relacionados à Mostra.

Uma das características da Mostra vir-tual será a construção contínua de novos ambientes, de modo que a inserção de informações ocorra em diferentes etapas.

Mostra ONIPRESENTE

Em formato virtual, Mostra de Profissões potencializa

participação e estende tempo de visitação

Ana Rita Araújo

A equipe envolvida na organização manterá o site permanentemente alimentado com dados de interesse dos usuários, para que o visitem com frequência e o divulguem entre amigos. No dia 8 de junho, por exemplo, serão postados os vídeos sobre os cursos.

As palestras em vídeo substituem as que integravam a mostra presencial, com du-ração de 20 minutos. “A ideia é que, no novo formato, o candidato tenha mais tempo para explorar todos os aspectos oferecidos nesse ambiente, uma vez que o objetivo é contribuir para que os estudantes façam escolhas de modo consciente e seguro”, acrescenta Antônia Vitória.

Nas semanas que antecedem as inscrições ao Vestibular UFMG 2012, novas infor-mações serão postadas no site, de modo a oferecer oportunidade de sanar dúvidas dos estudantes ainda indecisos.

Quiz

No novo site da Mostra, as informações – em múltiplos formatos – podem ser acessadas por área de conhecimento ou por curso, em ordem alfabética. No espaço reservado para cada curso, breve texto de abertura informa a unidade acadêmica da Universidade em que é oferecido, a modalidade (bacharelado ou licenciatura), turno, número de vagas por turno e semestre e a duração. Na galeria de fotos, há imagens da UFMG e específicas dos cursos e laboratórios.

O internauta pode acessar também um quiz, jogo que pretende tornar o site mais interativo e divertido. “A intenção é que o usuário sinta vontade de navegar pelo site mesmo quando a sua necessidade de informação já tenha sido suprida”, conta a relações públicas Ana Paula Vieira, da equipe de organização da Mostra.

Ela explica que o jogo apresenta perguntas curiosas sobre cada curso e o resultado informa ao usuário o quanto ele sabe sobre a área pretendida. “De acordo com a pon-tuação, o jogador percebe se já é expert no seu curso, e basta apenas prestar vestibular, ou se não está devidamente informado e precisa navegar mais no site”, informa Ana Paula, ao lembrar que a página foi concebida com o intuito de levar os próprios usuários a divulgar a Mostra virtual, o que multiplicaria o número de acessos.

Outra estratégia adotada para ampliar a divulgação da Mostra será o envio de men-sagem eletrônica para todas as escolas de ensino médio do país que já encaminharam alunos à Mostra das Profissões. “A Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) tem um cadastro, com base no qual será feito o convite para que os estudantes acessem o site”, comenta Ana Paula Vieira.

Criada em 2004 com o objetivo de orientar futuros universitários em suas escolhas profissionais, a Mostra das Profissões teve um número crescente de visitantes a cada edição. Todos os anos, os cursos e programas da Universidade eram apresentados por meio de palestras e salas interativas nas quais os estudantes tinham a oportunidade de conhecer mais de perto detalhes do seu curso de interesse e sanar dúvidas.

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E

ra para ser só o ensino médio, mas de bônus eles encontraram uma formação profissional. Desde 2006, os alunos que participam do Projeto de En-sino Médio para Jovens e Adultos (Pemja), do Colégio Técnico da UFMG, ampliam seu nível de escolaridade e, de quebra, se qualificam em áreas como eletricidade, informática e contabilidade.

Um deles é Douglas Penaforte, 68 anos, do terceiro ano, que parou de estudar para trabalhar e só voltou às salas de aula há cinco anos. No Pemja, também cursa informática, que segundo ele, “está em tudo”, e já faz planos para quando con-cluir sua jornada no Projeto: deseja cursar Belas-Artes.

Escolhida por Penaforte, a área de in-formática é a que abriga o maior número de alunos – 37. Segundo a coordenadora do Pemja e vice-diretora do Coltec, Rosile-ne Siray, o grande avanço do mundo digital leva a uma maior procura por esse tipo de curso e muitos começam a adquirir maior

Ensino MÉDIO bem acima da MÉDIA

Educação de jovens e adultos da UFMG oferece

formação profissional a seus alunos

João Kleber de Mattos

confiança na hora de usar o computador. “A média de idade de nossos estudantes é de 45 anos, mas temos alunos que já estão na faixa dos 70”, conta Rosilene. Já o curso de auxiliar de instalações elétricas residenciais, que reúne 23 alunos, busca capacitá-los para instalar, fazer manutenção e reparar fiações elétricas residenciais.

Retorno social

Espaço de ensino, pesquisa e extensão, o Pemja contribui também para a formação dos estudantes de graduação da UFMG. Todos os professores, exceto os do curso de auxiliar de contabilidade, são bolsistas de graduação. “Aqui temos a oportunidade de ajudar pessoas a superar o analfabetismo digital, a exercitar o compromisso social e a oferecer algum retorno à comunidade, que custeia a universidade pública”, analisa o professor do curso de qualificação profissional em informática, Roberto Carlos Rebouças, bolsista de extensão e aluno do 4º período de Física.

O curso de contabilidade é a mais recente formação oferecida pelo Pemja. Foi criada no ano passado em parceria com a Rede Integrar, que congrega vários contabilistas-consultores e formará sua primeira turma no final deste semestre. Os próprios profis-sionais ministram as aulas e oferecem estágio remunerado em suas empresas. “As aulas acontecem nas noites de sexta-feira e, apesar do cansaço, os alunos são participativos”, diz Maria Inês Lara, coordenadora da atividade junto à Rede Integrar. O curso reúne 27 alunos, sendo que dois fazem estágio em empresas de contabilidade.

Além dos muros

Há dois anos, a proposta pedagógica do Projeto ganhou uma inovação: a realização de trabalhos de campo em cidades do interior. A primeira excursão, em 2009, levou os alunos do terceiro ano à histórica Diamantina.

A cidade voltou a ser destino das atividades das turmas do terceiro ano em 2010. Os alunos também foram a Tiradentes e visitaram a Serra de São José, onde fizeram uma reflexão sobre os impactos do turismo. Para este ano, o plano é que todas as turmas de ensino médio façam dois trabalhos de campo e apliquem os conteúdos estudados em sala de aula. O primeiro, no início de maio, teve como palco o município de Catas Altas. “Percebemos que o nosso estudante procura mais informações e hoje tem um perfil mais crítico e questionador”, avalia o subcoordenador geral do Pemja, Eliano de S. M. Freitas.

Outro fruto do projeto sai do prelo até o final do ano: o livro O trabalho de campo como estratégia pedagógica no ensino de Jovens e Adultos (título provisório), que traz uma reflexão sistematizada sobre a experiência e se destina a professores que lidam com educação de jovens e adultos.

Douglas Penaforte planeja cursar Belas-Artes

Sara Grunbaum

Pemja já certificou 500 alunos

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) na UFMG começou há 25 anos, com a oferta de curso de alfabetização e ensino fundamental para os funcionários da instituição. A partir de 1998, abriu suas portas para a comunidade externa e passou a ministrar o ensino médio – o Coltec se responsabiliza pela oferta e certificação. Em 13 anos, o Pemja certificou cerca de 500 estudantes no ensino médio e contribuiu para a formação de 200 graduados, entre estudantes de licenciatura e bacharelado de diversos campos disciplinares da UFMG.

Os conteúdos ministrados nas aulas são agrupados em cinco eixos: Expressão-Cultural, Lógica-Matemática (Matemática e Física), Sócio-Química-Biológica (Biologia e Química), Sócio-Histórica (História, Geografia, Sociologia e Filosofia) e Psicopedagogia (Psicologia, Pedagogia e Serviço Social).

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Acontece

TOXICOLOGIA

Cerca de 200 participantes, entre clí-nicos, intensivistas, pediatras, residentes e estudantes de graduação, estão sendo aguardados para a Jornada Acadêmica de Toxicologia (Jatox), que acontece na Faculdade de Medicina nos dias 24, 26 e 27 de maio. O evento pretende abrir oportunidade de qualificação, debate e atualização de profissionais e alunos da área de saúde em temas relacionados a intoxicações – intoxicações por metais pesados, plantas tóxicas, domissanitá-rios, praguicidas, anticolinesterásicos, toxíndromes; abuso de substâncias como ketamina, opioides, propofol; acidentes por animais peçonhentos – e pesquisa em toxicologia. A jornada vai oferecer curso de 15 horas, espaço para apresentação de pôsteres e 16 palestras. As inscrições, no valor de R$ 15, estão abertas no site www. cursoseeventos.ufmg.br/CAE/DetalharCae. aspx?CAE=4818.

EMPREENDEDORISMO

FARMACÊUTICO

A Farmácia Jr. da UFMG recebe ins-crições para a VI Semana do Empreende-dorismo Farmacêutico, agendada para o período de 28 de maio a 4 de junho. O objetivo do evento é difundir o conheci-mento sobre gestão e empreendedorismo entre as comunidades das instituições de ensino superior de Minas Gerais, especialmente da área de saúde. Serão promovidos cursos, palestras e oficinas. Informações podem ser obtidas pelo email 6sefarm@gmail.com ou pelo telefone (31) 3409-6837.

DIÁSPORA AFRICANA

Será nos dias 26 e 27 de maio o I Sim-pósio Internacional Legados da Diáspora Africana no Brasil e nos Estados Unidos. O evento reunirá pesquisadores brasilei-ros e norte-americanos especializados no tema da diáspora e suas conexões com a educação superior, políticas de ação afirmativa, literatura afro-brasileira e norte-americana e as perspectivas histó-ricas dos dois países sobre o fenômeno. As atividades acontecerão nos auditórios 1007, da Faculdade de Letras (dia 26), e Luiz Pompeu, na Faculdade de Educação, campus Pampulha, das 8h30 às 19h. Sai-ba mais no site https://sites.google.com/ site/simposiocapesfipse.

EDUCAÇÃO FÍSICA

A UFMG abriga, entre 2 e 4 de junho, a V Reunião do ProEFE, que terá como foco a discussão da didática em educação física. O evento se destina a alunos de graduação e pós-graduação da área, professores de educação física da rede pública e particular de ensino de Belo Horizonte e demais interessados.

Criado em 2001, o ProEFE (Centro de Estudo, Pesquisa e Extensão em Educação Física Escolar) tem como meta promover a qualificação de recursos humanos e a produção de conteúdos destinados a fundamentar o ensino nessa área do conhecimento em Minas Gerais. O encontro acontecerá na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que fica no campus Pampulha. Informações sobre o evento e inscrições pelo telefone (31) 3409-2386; e-mail ufmgproefe@gmail.com ou blog http://ufmgproefe.blogspot.com. As inscrições serão aceitas até a abertura do evento.

OFICINA DO LIVRO

O Centro Cultural UFMG oferece vagas para a oficina Construindo o Livro – Artes & Técnicas, que acontecerá de 3 de junho a 11 de julho, das 14h às 17h. As inscrições devem ser feitas na secretaria do Centro Cultural, de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h. O tema abordado será Caligrafia medieval e renascentista: estilos carolíngio minúsculo e humanista maiúsculo. Ministrada por Sérgio Luciano, aluno de mestrado da Escola de Design da UEMG, a atividade pretende desenvolver a habilidade manual em caligrafia de interessados em projetar fontes tipográficas. O Centro Cultural fica na avenida Santos Dumont, 174. Informações adicionais pelo telefone (31) 3409-8278 ou e-mail sadm@centrocultural.ufmg.br.

LIVRO CIRCULANTE

Encontrar um livro em local público, desfrutar de sua leitura e depois colocá-lo em circulação para que outras pessoas tenham acesso. Essa é a proposta da campanha Livro Circulante, que será lançada pela Fump, no dia 18 de maio, quarta-feira, às 12h, no restaurante universitário Setorial II, no campus Pampulha da UFMG.

O projeto, que visa incentivar o hábito da leitura, envolve a comunidade acadêmica e pessoas que têm ou tiveram vínculo com a UFMG. Os primeiros livros foram doados pelos funcionários da Fump, mas personalidades do meio artístico e cultural, como Fernanda Takai, da banda Pato Fu, e o escritor e jornalista Eduardo Ferrari já aderiram à iniciativa. Quem tiver livros para doar pode entregá-los nas unidades da Fump no Centro de BH (av. Afonso Pena, 867, sala 1221), no campus Pampulha (ao lado do Setorial II) ou em Montes Claros (av. Universitária, 1000, bloco B, bairro Universitário). Os exemplares serão catalogados e disponibilizados nos campi da UFMG para a comunidade acadêmica. Saiba mais sobre a campanha no site www.fump.ufm.br.

PROFESSOR RESIDENTE

Até 31 de maio, integrantes da comunidade universitária podem encaminhar ao Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat) indicações para preenchimento de quatro vagas do programa Professor Residente. A iniciativa é reservada exclusivamente a docentes da UFMG, em exercício ou eméritos, com produtividade e senioridade reconhecidas em atividades de pesquisa.

Os profissionais selecionados atuarão pelo período de um ano, quando desenvolverão projetos de pesquisa de caráter avançado e transdisciplinar mediados pela infraestrutura da Universidade. Os pesquisadores serão liberados integralmente de seus encargos didáticos de graduação nos departamentos de origem. Bolsas de professor visitante serão concedidas aos departamentos para suprir os encargos.

Entre outras atividades, o residente no Ieat participa de seminários, conferências, palestras e cursos de curta duração. O regulamento está disponível no endereço www.ufmg.br/ieat/ arquivos/arquivo/Chamada.pdf.

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IM P R E S S O

Boletim

EXPEDIENTE

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Centro de Comunicação CEDECOM

16.5.2011

8

O

professor Eduardo Mortimer, da Fa-culdade de Educação (FaE) da UFMG, tem dois livros em produção – um de-les trata das transições que ocorrem em sala de aula entre o diálogo de professor e alunos e o discurso de autoridade que caracteriza o ensino de ciências nos ciclos fundamental e médio. E ele acaba de ganhar uma dose extra de motivação para esse projeto: uma homenagem do Departamento de Educação em Ciências e Matemática da Universidade de Estocolmo, pela influência naquele país das ideias contidas no livro Meaning making in secondary science classroom, de 2003 –

Um educador SUPERLATIVO

exatamente a obra para a qual ele e o coautor Phill Scott, da Universidade de Leeds, na Inglaterra, estão produzindo a sequência.

O volume que inspirou o prêmio na Suécia – e por alguma razão insondável não che-gou a ganhar edição brasileira – foi produzido para a pós-graduação, mas exerceu grande atração sobre os professores de ciências, porque, ao mesmo tempo em que analisa aulas, contém também princípios de planejamento. “Estudamos a atuação de um professor bra-sileiro e outro inglês, e valorizamos as melhores práticas”, revela Mortimer, cuja produção é respeitada também em países como França, Espanha e Inglaterra.

No Brasil, o pesquisador da UFMG tem admiradores como Marcelo Giordan, da USP. “Seus estudos sobre interação discursiva na sala de aula têm influenciado programas de pesquisa em áreas diversas”, depõe Giordan, que destaca também a intensa e constante atuação de Mortimer em fóruns de discussão e sociedades científicas. Para Samira Zaidan, atual diretora da FaE, “chama atenção o cuidado de Mortimer com a formação prática do aluno, além de seu compromisso com a articulação entre ensino superior e médio”.

Desde cedo

Frequentador da UFMG desde os 11 anos de idade, quando ingressou no então Colégio de Aplicação (hoje Centro Pedagógico), Eduardo Mortimer fez o curso de química no Colégio Técnico (Coltec) – uma “experiência maravilhosa” – e resolveu enveredar pela educação, como foco nessa disciplina. “Só tive excelentes professores na FaE e dediquei toda a minha carreira a formar para o ensino médio e fundamental, mas recentemente passei a investigar o ensino superior”, ele afirma.

O caminho para o reconhecimento internacional começou a ser traçado no início da década de 90, com uma bolsa-sanduíche em Leeds e os primeiros artigos publicados. Pós-doutorados em Saint Louis (EUA) e Lyon (França) ajudaram a abrir novos horizontes.

Mas o prêmio na Suécia não muda a convicção do professor de que sua contribuição mais significativa foi o livro didático Química, escrito há nove anos com Andréa Horta Machado. Ainda mais que a obra foi escolhida pela versão 2011 do Programa Nacional de Livro Didático, o que exigiu sua ampliação e atualização. “Considero o impacto desse livro maior, porque foi direto sobre os alunos”, diz ele, ao justificar a preferência. “Testada e aprimorada durante anos em que era apenas uma apostila, a obra tem seus capítulos abertos com experimentos e estimula os jovens à investigação e à construção do conceito científico”, complementa.

O trabalho com os livros novos e artigos se soma às aulas e orientações – foram quase três dezenas, para alunos de todo o Brasil –, além da coordenação temporária da pós-graduação na FaE. Mas o ritmo já foi mais forte. Em 2008 ele sofreu um AVC e voltou mais prudente. Tem pensado mesmo na aposentadoria – não para viver no ócio, mas para se dedicar a atividades voluntárias na Faculdade e, claro, escrever. Haverá tempo também para a mulher e os dois filhos, que ele tem por perto em anexos à casa instalada em terreno amplo no bairro Castelo, em Belo Horizonte. Por último, mas não menos importante, o violão e a guitarra: ele recuperou antiga parceria com Marcos Pimenta, professor do ICEx, e voltaram a tocar, agora incluindo os filhos de ambos.

Alto e sorridente – o que dá pleno sentido ao apelido Duzão –, Mortimer esbanja entusias-mo com todos os projetos, coentusias-mo o de outro livro, sobre a exploração de conceitos simples do cotidiano para o ensino e o aprendizado da ciência. A homenagem na Suécia foi importante, mas passou. Para ele, importa mais o que ainda está por vir, e o que há por fazer.

Perfil / Eduardo Mortimer

Mortimer: homenagem por livro publicado na Suécia, ainda sem tradução no Brasil

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