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Bastidores: making of de um ensaio fotopublicitário

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Academic year: 2021

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¹ Projeto experimental de Conclusão de Curso de Comunicação Social – Habilitação Publicidade e Propaganda. ² Aluno do 7º semestre do Curso de Publicidade e Propaganda, e-mail: edudu70@hotmail.com

³ Orientadora do trabalho. Professora do Curso de Comunicação Social – Habilitação Publicidade e Propaganda. UNIJUÍ, e-mail: marcia.almeida@unijui.edu.br

RESUMO

No presente trabalho, foi desenvolvido um projeto experimental de conclusão do curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda na Universidade Unijuí Campus Ijuí – RS em 2016. Tendo como desafio, desenvolver em dupla com a acadêmica Fabiana Rauber, um ensaio fotográfico que relacionasse o sentido das cores com pessoas que marcaram história na sociedade. Para o andamento do projeto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, sendo escolhidas sete cores e sete modelos (casting), cada um interpretando um personagem anteriormente escolhido, através de figurinos, maquiagem e juntamente sua devida cor. Na produção do material foram utilizadas duas câmeras Nikon, uma D610 e uma D750, além da iluminação de dois softbox, um flash Nikon SB910 e um fundo infinito. As imagens tratadas e finalizadas transmitiram uma nova perspectiva em relação aos personagens.

PALAVRAS-CHAVE: Fotografia, Imagem, Cor, Making of, Bastidores.

1 INTRODUÇÃO

Devido à beleza e sentidos que as cores causam na percepção das pessoas, sendo elas por si só ou no local onde estão inseridas, se teve ideia de destacar algumas em especial e relacioná-las com os significados e representações por meio de um ensaio fotográfico. Levando em consideração a fotografia publicitária como um poderoso instrumento de comunicação e persuasão. As cores e a fotografia estão imbricadas aos resultados e a criatividade do meio publicitário relacionado aos targets (públicos direcionados).

O uso de recursos visuais tornou-se extremamente necessário, uma vez que passou a ser um forte apelo para atingir emocionalmente tanto o modelo exposto na fotografia quanto seus espectadores. Além das cores, as imagens foram representadas por modelos previamente escolhidos, sendo eles personagens fictícios, simbolizando figuras públicas, pessoas que fizeram história ou ainda fazem, nas mais diversas áreas, sendo elas, cinema, política, entretenimento, religião e tecnologia. O intuito do projeto é relacionar o sentido das cores

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com alguns aspectos e significados que tais personagens tiveram perante a sociedade em questão.

Neste projeto estarão sendo relatadas toda a pré-produção e produção do mesmo, escolha das cores, personagens, modelos, locação, ensaio fotográfico, equipamentos utilizados, direção referente a cada personagem, composição da cena e manipulação final das imagens. Cada modelo escolhido, não necessariamente precisaria ser parecido com seu personagem de representação, porém em cada imagem continha alguma característica do mesmo, a fim de trazer a lembrança por direcionamento de influências visíveis e as influências sensitivas que seriam retratadas através das cores. Esta configuração se deu por meio de associação indireta, a intenção era causar certo estranhamento com um toque de curiosidade e atenção, falar de algo de maneira diferente, sair da zona de conforto e entregar-se aos entregar-sentidos que a imagem está lhe oferecendo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Tudo começa com um tema interessante e mesclando questões que interagem entre si, cor, imagem e história. A imagem por si só, traz consigo o significado da representação, sendo pela cor ou sua inexistência, ela representa tudo que há de mais belo e único. Cada ser carrega imensa bagagem e por onde passa, adquire ainda mais, sua história é também única e significativa para certas pessoas. Pensando nestas questões, podemos traçar referências entre cores e pessoas, não simples homens ou mulheres, mas indivíduos que encantaram e marcaram seu território por onde passaram.A imagem entra na história com sua contribuição indispensável, retratar o personagem em questão através das cores que o simbolizam.

Ao longo da produção do trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas no intuito de compreender basicamente o significado de algumas cores e relacioná-las com estes personagens. Sendo assim foi proposto fazer uma releitura da imagem destas pessoas.

Existe sempre uma motivação interior ou exterior, pessoal ou profissional, para a criação de uma fotografia e aí reside a primeira opção do fotógrafo, quando este seleciona o assunto em função de uma determinada finalidade/intencionalidade. Essa motivação influirá decisivamente na concepção e construção da imagem final. (KOSSOY, 2007, p.27).

Assim, ao ser concluído o processo de formação das imagens registradas, foi feita a transformação da imagem simples para um conteúdo tecnicamente artístico, com a aplicação de filtros a partir da utilização de um software para realizar a manipulação da fotografia. Este processo resultou na associação por meio da imagem formada, assim que o sujeito, público

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atitude desse indivíduo para com o objeto. A imagem tem o poder de influenciar o comportamento e suas percepções aliadas às cores utilizadas, referenciando à imagem em questão apresentada.

...a produção de uma imagem inicia-se no fenômeno de percepção da mensagem emitida. No entanto, a imagem só se forma à medida que se desencadeia um processo de interpretação da mensagem, sendo que esta é modificada, ganhando uma versão própria na consciência do indivíduo (TAINE apud LALANDE, 1966, p. 483).

Assim, pode-se perceber que a imagem é criada pela percepção de alguém relacionando a informação a tudo o que o mesmo já vivenciou, crenças, sentimentos e sensações. Isso se dará a partir de sua intelectualidade, possibilitando uma interpretação única e subjetiva da mensagem como um processo de apropriação de significados, a reconstrução simbólica e de interpretação pessoal de cada indivíduo. A realidade considerada como compreendida, seria a imagem. O uso da fotografia encaixa-se perfeitamente com a proposta das cores e seus personagens relacionados, obtendo através de imagens, sua relação primordial entre conceito de ambos, apresentando um novo mundo, onde a cor absoluta se dará ao sentido e referência. Pensando em comunhão com os conceitos explorados, a fotografia autoral torna-se alicerce ao trabalho por relacionar-se com a representatividade do que se registra e não necessariamente apenas com a imagem ilustrada. A fotografia autoral se baseia em fotografar algo ou alguém de maneira não convencional, artisticamente o fotógrafo deposita a sua perspectiva referente também à suas vivências e sobre o tema sem preocupação de retratar uma realidade absoluta, sendo sua verdade.

O bom fotógrafo vê o mundo de uma forma mais abrangente do que as outras pessoas geralmente o fazem. Passar o mundo tridimensional dinâmico para uma imagem plana e estática é como traduzir uma história de uma língua para outra. É preciso perceber que o mundo está vivo, exuberante e ativo, aberto a novas ideias e interpretações artísticas. (HEDGECOE, 1996, pg.7).

A fotografia artística é livre de conceitos e regras, não existem barreiras para criar e ousar perante a mesma, o principal conceito se dá a partir da expressão, na mensagem que passa e, consequentemente, no resultado que causa, suas dúvidas e questionamentos. A partir do momento em que as cores entram em cena e interagem junto a figura, traduzem significados criados através de experiências feitas com elas, criam-se também diversas

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possibilidades para instigar novos sentimentos e reações. Muitas vezes a cor se torna algo primordial na composição de uma imagem, ela fala por si só e transforma uma figura em outro conceito, sendo utilizada na produção como um elemento técnico de transformação e composição.

A linguagem é um recurso de comunicação própria do homem e consequentemente evoluiu muito com o passar dos tempos. A mesma evolução ocorre com todas as capacidades humanas envolvidas na pré-visualização, planejamento, criação de objetos visuais, composição de cenários e imagens. Referente a criação de imagens, no passado era uma prerrogativa exclusiva de artistas talentosos e instruídos, mas hoje, por consequência da tecnologia tanto das máquinas quanto dos mecanismos de pesquisa, se torna uma opção para qualquer pessoa interessada em aprender um reduzido número de regras mecânicas. É claro que não significa ter apenas um bom equipamento, as instruções e a facilidade com que a informação chega a todos, torna essa ação muito mais próxima e valiosa. O advento de câmeras mais tecnológicas e profissionais é um acontecimento que originalmente beneficiou o alfabetismo dessa linguagem.

“Uma vez senhor da técnica, qualquer indivíduo é capaz de produzir não apenas uma infinita variedade de soluções criativas para os problemas da comunicação verbal, mas também um estilo pessoal”. (DONDIS, Donis A. Prefácio1997, p 4).

O modo visual como foi abordado o projeto, definiu-se pela constituição não apenas de técnicas fotográficas, mas sim pela escolha do figurino e das cores para cada personagem. Constitui todo um conceito, ou seja, um corpo de dados que, como a linguagem, são utilizados para compor e compreender as mensagens informadas nas fotografias. É um trabalho constituído de partes cujo significado, em conjunto, é uma função do significado das partes. Ou seja, cada parte compõe a arte com sua peça primordial.

Chico Albuquerque, fotógrafo publicitário e primeiro a realizar uma campanha no Brasil em 1948, disse em uma entrevista: “uma boa foto não tem truque”. O mundo da publicidade, no entanto, é um mundo de faz-de-conta. Realidades são maquiadas e benefícios são ressaltados. É assim mesmo. E não se trata de desonestidade. Nesse mundo, empresa nenhuma conseguiria vender um produto feio e de má qualidade. O produto tem que ser mostrado ao público da maneira mais atraente possível. Tem que ser bonito, despertar o desejo, a vontade de comprar. ” (NEWTON, Cesar; PIOVAN, Marco. Making of: revelações sobre o dia a dia da fotografia. Brasília. Ed. Senac, 2007, p. 36).

O presente trabalho apresenta o making of de um ensaio publicitário onde há o propósito final de obter um resultado técnico e artístico de qualidade.

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3 MAKING OF

Para a realização de toda a produção do projeto, foi efetuada uma pesquisa bibliográfica referente as cores e seus significados, não se buscou especificamente cores frias ou quentes, a busca aconteceu diretamente através de conteúdo fornecido em sites da internet, de maneira ampla, a fim de aprofundar conceitos de algumas cores pré-definidas anteriormente, já que as mesmas podem despertar certas sensações e por isso trazem consigo diferentes conceitos.

Com as cores definidas, iniciou-se então outra pesquisa. Esta por sua vez, referente aos personagens, quais escolher e como poderia ser sua relação com determinada cor. Lembrando que somente a cor não daria referência ao personagem, mas sim junto ao que ele representou ou ainda representa para o mundo.

A partir da definição das cores e personagens, como já citado antes, o foco foi voltado para a escolha dos modelos, lembrando que cada modelo necessariamente não seria parecido com o personagem selecionado, porém na produção ou finalização constaria algum aspecto em referência ao mesmo. Cada modelo foi preferível que residissem Santa Rosa – RS, uma vez que a produção do projeto também seria realizada na cidade. A limitação do território de escolha, se deu devidamente ao fato de contenção de gastos referente a transporte ou locomoção em geral, a fim de causar melhor comodidade à execução do projeto e também à valorização de pessoas da nossa região.

Para a execução do projeto, além de todo o equipamento utilizado, definiu-se também as locações, ou seja, o cenário onde o projeto foi executado. Com a ideia de produzir algo mais autoral e relacionar cor, personagem e história através de imagens em um âmbito mais conceitual, preferiu-se produzir as fotos em um estúdio fotográfico, utilizando um fundo

chroma key, com o intuito de poder experimentar várias cores, já que o fundo chroma permite

a substituição das cores, uma vez que se feito externamente, poderia ter ocorrido a interferência de diversos fatores relacionados a aspectos naturais. O foco principal definiu-se então à cor e personagem em questão.

Para cada parte do projeto, escolha das cores, personagens, locação e finalização na manipulação das imagens, foi feito um brainstorm, (técnica utilizada para auxiliar na criação do maior número de ideias no menor tempo possível. Ao final, as melhores ideias são selecionadas e aprimoradas) então, cada um com seu significado, ou seja, escolha das cores para com os personagens, modelos e composição de cena. Já quanto a locação, equipamentos

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a serem utilizados e figurino, a escolha foi diferente e por consequência, mais fácil, por sermos, eu e Fabiana, proprietários de empresas que fornecem o tipo de material semelhante e necessário. Definiu-se os figurinos a partir de roupas e acessórios já adquiridos anteriormente, a locação se deu em um estúdio amplo e equipado adequadamente para o proposto e os equipamentos necessários para a parte fotográfica, também seriam próprios.

4 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS

Para a produção das imagens, foi utilizado um estúdio fotográfico privado, contendo todo o material particular, situado na Rua Fernando Ferrari 155, Centro de Santa Rosa – RS. Como já dito antes, o estúdio é de propriedade da Fabiana Rauber, também integrante do projeto. Sendo assim, não se teve problemas com equipamentos, pois todo o material de estúdio já estava pronto e montado no espaço de locação. Os recursos que foram utilizados basearam-se em três câmeras, uma D750 com a lente 24-70mm para a produção e uma D610 com a lente 50mm para o Making Of, ambas do fabricante Nikon, além de uma câmera de celular para fazer selfie com os modelos.

Para a composição da iluminação foi utilizado dois Flashes softbox com a potência mínima, um 40x60cm e o outro 20x60cm, ambos da fabricante Mako potência 3003. Além de um flash Nikon SB910. Para facilitar na edição teve-se a utilização de um fundo infinito com 3 cores distintas, branco, preto e verde. O fundo verde, foi comprado no dia da produção, sendo o mesmo, um tecido verde que teve o custo de R$ 30,00.

5 A PRODUÇÃO

Todas as imagens foram feitas no formato RAW.

“Fotografando em RAW (que significa “cru” em inglês), você pode fazer todos os ajustes que costumam ser esquecidos ou feitos de forma equivocada na hora de fotografar”. (ALVARENGA, 2008, p 67).

Com a finalidade de obter melhor qualidade no material e na hora de manipular a imagem, toda a produção foi registrada em formato RAW exceto o Making of. Na sequência da produção, após realizadas as fotos, foi utilizado o Software Adobe Photoshop CS6 para realizar a finalização do material, com modificações nas curvas, saturação, e principalmente no balanço de cores. Com intuito de deixar a foto mais conceitual e fazer uma releitura dos personagens escolhidos, resolveu-se utilizar um filtro, deixando a foto com aspectos “cartoon” formato de desenho.

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5.1 PRETO: ADOLF HITLER

Foto no estúdio, utilizando fundo infinito preto

ISO 100, velocidade do obturador 1/200s, diafragma f 8 e com uma distância focal de 58mm

COR: O primeiro personagem a ser retratado é Adolf Hitler, sendo representado pela

cor preta referente a sua personalidade forte, inteligência, ordem e respeito perante uma legião de seguidores, o preto diz respeito também a morte, luto, referenciando estas questões não somente às vítimas de Hitler, mas também a ele mesmo, que se suicidou ao lado de sua mulher.

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MODELO: Augusto Fabrício Follmann – O modelo foi escolhido por sua cor e

pigmentação da pele, por não ter uma pele tão escura, referenciando apenas a questão da cor do modelo com personagem. Buscou-se escolher também alguém mais jovem e com um estilo mais descolado, a fim de poder ousar em algumas questões na hora da direção. O modelo não teve problemas na hora de fazer a representação do personagem, muito pelo contrário, sentiu-se agradecido por representiu-sentar o mesmo, pois o modelo é homossentiu-sexual e Hitler era contra e reprimia indivíduos homossexuais, sendo, da forma como foi tirada a foto, certo protesto da parte do modelo. Usando sua braçadeira do nazismo e a franja toda solta com o resto do cabelo cortado.

FIGURINO: Calça, coturno, camisa, sobretudo, todos da cor preta. Todas as peças de

roupa são propriedades da empresa Show Time animações e foram cedidas sem custo para a produção do material. Não se optou por um terno, gravata e condecorações, assim como em suas fotos mais conhecidas, porém utilizou-se um sobretudo mais moderno, com alguns toques clássicos para não se fugir totalmente do padrão. Uma braçadeira impressa com folha de ofício ilustrando o símbolo do nazismo e bigode adesivo que custou R$ 1,50.

DIREÇÃO: A escolha do cabelo solto e não fixado junto ao couro cabeludo, foi de

extrema relevância para deixar a foto mais “autoral”, por isso a escolha de um modelo mais descolado, sendo o aspecto da franja o utilizado na diferenciação. Seu posicionamento frontal com as mãos cruzadas, serviram para deixar o personagem mais sério e trazer consigo o conceito da autoridade, assim como era conhecido o personagem. A leve inclinada do ombro direito do personagem e o olhar para o mesmo lado, foram direcionados a fim de pegar mais luz neste lado do rosto, deixando o rosto bem iluminado, caso contrário a franja deixaria sombra no lado esquerdo do rosto.

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Foto no estúdio, utilizando fundo Chroma Key.

ISO 100, velocidade do obturador 1/100s, diafragma f 16 e com uma distância focal de 48mm

COR: Norma Jean Mortensen mais conhecida como Marilyn Monroe, foi a escolhida

para a representação da cor vermelha. Vermelho é uma cor que lembra a paixão, sedução e por ser uma cor marcante foi relacionada com a modelo, atriz e ícone da cultura moderna por suas atitudes envolvendo sexualidade.

MODELO: REUCIELI BENATI – A escolha desta modelo se deu devido ao fato de

que a mesma já haveria interpretado a personagem em outros eventos, sendo também por sua semelhança referente às curvas do corpo e beleza. Quando feito o convite para fazer as fotos, sequer hesitou para responder o sim logo ao saber do personagem escolhido. As fotos fluíram

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como deveria, com muita interpretação por parte da modelo, muitas gargalhadas deixaram o ambiente mais descontraído e assim ela pôde soltar-se e ser influenciada pela personagem.

FIGURINO: Um par de sapatos e vestido vermelho, ambos de propriedade da

modelo, colar, pulseiras de pérolas fictícias (bijuteria) e peruca loira, que foram acessórios cedidos pela empresa Show Time animações, sem custo para a produção do material. A maquiagem foi feita anteriormente por um maquiador profissional e teve o custo de R$ 30,00 (trinta reais).

DIREÇÃO: A escolha do vestido mais colado foi realmente para realçar as curvas da

modelo, deixando até mais comprido, trazendo uma definição pouco mais conservadora do habitual. Na parte superior, o vestido foi ajustado logo no início dos ombros para deixar a parte do pescoço em evidência juntamente ao colar de pérolas. A posição levemente direcionada para a diagonal direita da modelo, com o rosto e olhar ambos voltados ao lado esquerdo, serviram para deixar a pose mais sensual e seu rosto em evidência. A boca contraída, pernas levemente flexionadas e mãos dadas, deixaram uma mensagem de sedução, provocação e inocência.

5.3 LARANJA: CHARLES CHAPLIN

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ISO 100, velocidade do obturador 1/160s, diafragma f 11 e com uma distância focal de 70mm

COR: Charles Spencer Chaplin foi relacionado com cor laranja principalmente pela

simbologia com alegria, o personagem tratava temas polêmicos através da dramaturgia e comédia, tendo sempre muita vitalidade e fascinação pelas mais diversas artes, assim como a cor laranja nos traz. Além de ator foi diretor, empresário, escritor, roteirista e músico. E finalmente com sua vitalidade, até hoje influencia milhares de artistas pelo mundo, por fazer críticas bem-humoradas com questões da nossa sociedade.

MODELO: MARCOS MATEUS BOLZAN – O modelo escolhido foi reconhecido

por sua proximidade com a equipe de produção, o mesmo também contava com a cor de pele e do cabelo parecidas ao do personagem. Porém, referente ao bigode, teve-se que improvisar pois o modelo não tinha. O modelo já havia feito alguns trabalhos artísticos anteriormente, sendo assim, seu corpo respondia perfeitamente aos comandos da cena proposta.

FIGURINO: Calça e sobretudo roxo, um par de sapatos marrom, camisa branca,

colete verde escuro, gravata borboleta preta, chapéu/cartola preta, bengala de madeira e bigode adesivo, que custou R$ 1,50. Todo o figurino também cedido pela empresa Show Time animações, sem custo para a produção do material. O figurino roxo foi escolhido por sua cor ser muito vibrante e contrastando bastante com o fundo verde, sendo mais fácil de manipular o mesmo na hora da edição da imagem. Foi escolhido um sobretudo também a fim de brincar um pouco com o conceito do personagem. O resto das roupas mantiveram seu estado natural.

DIREÇÃO: Buscou-se representar uma imagem emblemática do personagem,

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mesma ideia foi executada. Expressão natural, sem muita atividade facial, somente um olhar fixo em direção a câmera. Os pés afastados referenciando uma das características mais fortes do personagem e por fim as mãos na cintura, trazendo consigo a ideia de questionamento, aguardo, decepção ou indecisão, aspectos estes que eram muito tratados pelo personagem em seus filmes e críticas. A luz foi utilizada mais na parte superior deixando também o lado esquerdo mais intenso para fortalecer o conceito do retrato.

5.4 BRANCO: MAHATMA GANDHI

Foto no estúdio, utilizando fundo infinito branco.

ISO 100, velocidade do obturador 1/125s, diafragma f 11 e com uma distância focal de 62mm

COR: Mohandas Karamchand Gandhi recebeu sua relação com a cor branca pois

ficou conhecido mundialmente como idealizador da paz, este homem foi considerado o ícone da não violência, indo muito além do simples não agredir fisicamente. Ele propagou em vida e ainda propaga a paz através de seus seguidores, através do branco, representa tranquilidade, pureza e principalmente a paz.

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afrodescendente, tendo maior proximidade na representação do personagem. Teve-se problemas de comunicação na hora do primeiro contato, o convite. Porém logo após o primeiro contato, o rapaz demonstrou muito interesse e respeito pela escolha do personagem e modelo, por ser um líder e propagador da paz e ainda assim afrodescendente. O convite se deu a partir de influências passadas, pois um dos integrantes do projeto já teria trabalhado com o modelo.

FIGURINO: Lençol branco de propriedade da produção e óculos de grau que foi

emprestado pela Óptica e relojoaria Santa Rosa. A escolha do lençol se deu a partir de inspiração de algumas fotos pesquisadas na internet. Com a utilização de um pano branco, conseguiu-se cobrir todo o corpo do modelo.

DIREÇÃO: Não se teve problemas quanto a direção do mesmo, buscou-se um ângulo

frontal, pés levemente afastados, olhar tranquilo e mãos encaixadas uma a outra. O pano foi enrolado e logo após prezo com algumas presilhas de metal, suas mãos encaixadas em frente a barriga com os cotovelos junto ao corpo para definir sua calma e tranquilidade, praticando um ato simples, porém muito simbólico, a defesa, a mesma que o personagem defendia, seus direitos e de toda a humanidade. O pano foi envolvido em torno de seu pescoço e ombros a fim de não mostrar as curvas do modelo, já que o mesmo era maior e mais forte que o personagem, buscou-se esconder este aspecto. Os pés ficaram descalços a fim de demonstrar ainda mais simplicidade.

5.5 AMARELO: STEVE JOBS

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ISO 100, velocidade do obturador 1/125s, diafragma f 13 e com uma distância focal de 58mm

COR: Steven Paul Jobs foi representado pela riqueza do amarelo, pois Jobs foi um

inventor, empresário e magnata de sucesso do setor da informática. Ele revolucionou a tecnologia e a comunicação, foi um jovem inspirador, sendo representado pelo amarelo também por seu otimismo.

MODELO: RAFAEL KLEIN – Este modelo foi escolhido por sua semelhança

unânime com o personagem. Sua semelhança consta traços de formato do rosto, orelha e cabelo, curvatura do corpo, peso e tamanho. A escolha se deu a partir de uma pesquisa de fotos do personagem e assim percebeu-se a semelhança para com o modelo que é professor de inglês dos integrantes da produção do trabalho. Após receber o convite e saber quem seria seu personagem, ele ficou muito feliz, até por descobrir que seria uma figura pública norte-americana, muito influente e revolucionária.

FIGURINO: Calça jeans azul, camiseta preta manga longa. Ambas as peças são de

propriedade do modelo e os óculos de grau que foi emprestado pela Óptica e relojoaria Santa Rosa. O figurino foi combinado previamente com o modelo, pois seriam peças únicas e básicas de utilização.

DIREÇÃO: Definiu-se pegar um ângulo mais fechado, sendo este o plano americano,

com o intuito de direcionar o olhar da imagem não apenas para o personagem, mas também para o material/produto que estava segurando (iphone). A escolha do celular foi juntamente para deixar claro quem era o personagem em questão, já que o mesmo não teria roupas tão extravagantes ou atrativas, porém este era o estilo utilizado pelo personagem. Seu olhar

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O modo como segurou o celular, foi estudado anteriormente pelo próprio modelo, tendo chego preparado na hora do ensaio fotográfico.

5.6 VERDE: NELSON MANDELA

Foto na casa do modelo, utilizando a porta para pendurar o fundo Chroma Key.

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COR: Nelson Rolihlahla Mandela, foi escolhido para representar a cor verde, pois ele

foi um dos mais importantes líderes políticos, sendo também defensor dos direitos humanos. Mandela foi preso e condenado a prisão perpétua, solto pela comoção de sua luta, foi solto anos depois e ainda assim, tornou-se presidente da África do Sul que lhe concedeu o prêmio Nobel da Paz, sendo representado pelo verde da esperança, vida, liberdade e prosperidade, representando toda sua luta pela humanidade.

MODELO: HONÓRIO ANTÔNIO TOMAZ - O modelo representante da cor verde

e do personagem Nelson Mandela talvez tenha sido o mais emocionante e gratificante de registrar. A falta de comunicação com o modelo gerou demora para realizar as fotos. Este foi o último personagem a ser feito, a dificuldade na comunicação, foi referente aos horários em que ambos os lados poderiam efetuar o ensaio fotográfico. Porém ao finalizar as imagens, se notou o quanto importante foi para ele, participar de um projeto que relacionava Nelson Mandela, sendo que o mesmo também era afrodescendente. Vivenciamos um momento tão simples e tão importante para ambas as partes.

FIGURINO: O figurino escolhido foi uma camisa com detalhes e desenhos étnicos,

desenhos os quais referenciam as tribos africanas. A vestimenta é colorida e bem trabalhada. A camisa foi cedida pela empresa Show Time sem custo para a produção do material. A parte inferior, foi usada a calça do próprio modelo.

DIREÇÃO: A direção foi simples e improvisada, logo ao conversamos com o modelo

e identificarmos certa dificuldade tanto na fala quanto em sua locomoção, resolvemos levar o estúdio até sua casa, já que “Seu Honório” teria tido 4 derrames, porém se mantinha firme e forte, na medida do possível. Nesta produção, foi utilizado apenas a câmera Nikon 750, fundo

chroma e um celular iphone para a produção das imagens do Making of. Por sua dificuldade

em locomoção, optou-se também no modelo ficar sentado, a fim de não se cansar muito e poder posar tranquilamente para a foto. Foi incluso através do photoshop, o mesmo cabelo do personagem no modelo, já que o modelo não tinha tanto cabelo e Mandela sim. Referente a pose, sentando e com os dedos da mão esquerda levantados ilustrando o sinal de “paz e amor”, definiu-se por Mandela ter ganho o prêmio Nobel da Paz e ser um zelador dos direitos humanos.

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Foto no estúdio, utilizando fundo Chroma Key.

ISO 100, velocidade do obturador 1/200s, diafragma f 8 e com uma distância focal de 66mm

COR: Stephen Hawking é considerado o maior físico teórico da atualidade, a cor azul

representa sua história por sua sabedoria e inteligência, além de ser um símbolo de fé e confiança, sendo portador de uma doença rara e degenerativa. Sua força de vontade e serenidade referenciam totalmente a cor azul, sua mente brilhante traz ainda mais verdade à

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suas teorias e indagações. O azul é considerado benéfico ao corpo e mente, a mente brilhante de Hawking.

MODELO: JAIRO RODRIGO MEINERZ – Jairo foi escolhido por sua

semelhança com o personagem, pois o mesmo é parecido com Hawking quando era mais jovem. Já no primeiro contato, o modelo não hesitou em participar da produção, porém não foi lhe informado qual seria o personagem que ele iria representar, pois imaginou que ficaria um tanto bravo ou chateado por ter que representar alguém com uma doença. Ao chegar no estúdio e saber qual seria seu personagem, caiu na gargalhada e não teve problemas ao representar a imagem do incrível Stephen Hawking.

FIGURINO: Foi utilizado um sobretudo vermelho, para facilitar na hora de mudar

sua cor, por contar com um belo contraste em referência ao fundo verde. Calça jeans e sapatos do próprio modelo, óculos cedidos pela ótica e relojoaria Santa Rosa, sem custo para a produção do projeto e uma cadeira de rodas, também cedida sem custo para a produção do projeto, pela empresa Hospitalares.

DIREÇÃO: A direção foi direta e tranquila, por ser um modelo muito extrovertido e

desinibido. Rapidamente conseguiu entender a ideia, sendo utilizada uma expressão de felicidade, levemente sorrindo, transmitindo a perseverança do personagem. Suas mãos sobrepostas uma por cima da outra e pernas inclinadas lateralmente com a finalidade de demonstrar sua falta de locomoção. Cabeça levemente inclinada, sendo uma das características do personagem em questão.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste trabalho, teve a intenção de relacionar cor, imagem, história, teoria e detalhes de toda a produção feita, com a intenção é claro, de alcançar um resultado satisfatório para ambas as partes. No início, teve-se dificuldades em relação a atrasos na escolha dos modelos, porém o desfecho do processo funcionou perfeitamente. Foi preciso trabalhar em equipe, reunir todo o conhecimento adquirido durante os anos de atuação na Unijuí e produzir uma releitura dos personagens, transmitindo uma nova perspectiva sobre eles. Perspectiva esta que trouxe diferentes cores das frequentemente utilizadas para representa-los, ou diferentes detalhes na composição do figurino e direção.

Na execução do ensaio fotográfico, percebeu-se ainda que fotografar pessoas exige muito mais do que apenas dominar as técnicas e comandos de um equipamento, a direção em si é um quesito chave na obtenção de resultados tecnicamente satisfatórios. O importante foi estabelecer uma relação de empatia com os modelos, uma vez que todos ficaram muito felizes

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registrado detalhes magníficos e com ela contar uma história.

REFERÊNCIAS

ALVARENGA, Luis, André. Introdução A Fotografia Digital. 2008. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=KjpLBQAAQBAJ&pg=PP5&dq=introdu%C3%A7%

C3%A3o+a+fotografia+digital&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwi-krKzwrHQAhVEGpAKHdCNAVMQ6AEIMzAA#v=onepage&q=introdu%C3%A7%C3%A 3o%20a%20fotografia%20digital&f=false>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.

DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997. HEDGECOE, John. Guia completo de fotografia. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1996. KOSSOY, Boris. Os tempos da fotografia: o efêmero e o perpétuo. São Paulo: Ateliê Editorial, 2007.

LALANDE, André. Vocabulário técnico y crítico de Ia filosofia. Buenos Aires: Ateneo Editorial, 1966.

NEWTON, Cesar; PIOVAN, Marco. Making of: revelações sobre o dia a dia da fotografia. Brasília. Ed. Senac, 2007.

SERRANO, Daniel Portillo. O significado das cores: O azul em Propaganda, Publicidade

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<http://www.portaldomarketing.net.br/o-significado-das-cores-o-azul-em-propaganda-publicidade-e-marketing/>. Acesso em: 19 de novembro de 2016.

CONSULTAS EM SITES

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/biografia/nelson-mandela.htm>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/biografia/stephen-william.htm>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.

Disponível em: <http://marketingfuturo.com/o-que-e-brainstorming/>. Acesso em: 19 de novembro de 2016.

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Disponível em: <http://seuhistory.com/biografias/steve-jobs>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.

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Disponível em: <http://seuhistory.com/hoje-na-historia/nasce-diva-marilyn-monroe>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.

Disponível em: <http://seuhistory.com/hoje-na-historia/nasce-mahatma-gandhi-grande-alma-da-paz-mundial>. Acesso em: 18 de novembro de 2016.

Disponível em: <https://www.significados.com.br/cores-2/>. Acesso em: 6 de novembro de 2016

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ANEXO A: AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGENS.

Imagem 1: Adolf Hitler PRETO

Imagem 2 : Marilyn Monroe VERMELHO

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Imagem 4: Mahatma Gandhi BRANCO

Imagem 5: Steve Jobs AMARELO

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