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Construção, manutenção e ampliação de redes e instalações elétricas: riscos existentes e medidas de proteção

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E AMPLIAÇÃO DE REDES E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

RISCOS EXISTENTES E MEDIDAS DE PROTEÇÃO

JAMES DESSUY APPEL

Ijuí/RS 2012

(2)

JAMES DESSUY APPEL

CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E AMPLIAÇÃO DE REDES E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

RISCOS EXISTENTES E MEDIDAS DE PROTEÇÃO

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. Fernando Wypyszynski

Ijuí/RS 2012

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JAMES DESSUY APPEL

CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E AMPLIAÇÃO DE REDES E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

RISCOS EXISTENTES E MEDIDAS DE PROTEÇÃO

Monografia defendida e aprovada em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora

Banca examinadora

____________________________________________ Prof. Fernando Wypyszynsky, Esp. – Orientador

____________________________________________ Prof. Cristina Eliza Pozzobon, Mestre

(4)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por estarmos aqui hoje, e por todas as coisas boas que acontecem.

Agradeço principalmente a minha mãe, Rosane, pelo apoio incondicional em todas as horas, e por todo o sacrifício e amor que tem por mim.

Agradeço a minha namorada Luciana, que me faz ver a vida diferente todos os dias, e me ensina como é amar uma pessoa.

Agradeço ao Professor Orientador e demais professores pelas orientações e conhecimentos adquiridos no decorrer do curso.

Aos amigos que sempre estiveram ao meu lado dando o apoio necessário para a conclusão desta etapa.

(5)

RESUMO

Nos dias atuais é fato inquestionável a necessidade que o homem tem de utilizar a energia elétrica em seu cotidiano. Dentro deste contexto, os riscos elétricos decorrentes de instalações inadequadas devem ser extintas das obras, considerando-se que as “instalações temporárias” não significam “instalações improvisadas” (JÚNIOR, 2007). Sendo a eletricidade uma fonte de perigo, podendo causar a morte, mesmo quando utilizada em “baixas tensões” (110 volts ou 220 volts), toda instalação elétrica deve ser executada de forma segura e por um profissional qualificado. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo transmitir informações necessárias à realização de instalações elétricas visando à prevenção de acidentes de origem elétrica, através de medidas preventivas e de proteção contra contatos com eletricidade.

(6)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Percurso da corrente elétrica no corpo humano ... 15

Figura 2: Quadro principal de distribuição ... 17

Figura 3: Quadro intermediário ... 17

Figura 4: Quadro terminal fixo ... 18

Figura 5: Quadro terminal móvel ... 18

Figura 6: Ilustração dos quadros de distribuição em uma construção vertical ... 19

Figura 7: Chaves elétricas ... 20

Figura 8: Altura mínima para instalações aéreas ... 21

Figura 9: Sinalização de fiação subterrânea ... 21

Figura 10: Sinalização de fiação subterrânea e escavação de vala ... 22

Figura 11: Tomadas e plugues blindados ... 22

Figura 12: Luminárias blindadas ... 23

Figura 13: Distância de trabalho com equipamentos ... 24

Figura 14: Contato direto com rede energizada ... 25

Figura 15: Distância mínima de trabalho ... 26

Figura 16: Barreiras de proteção ... 26

Figura 17: Obstáculo em frente à subestação ... 27

Figura 18: Isolamento de emenda ... 27

Figura 19: Contato indireto ... 28

Figura 20: Painel com DR’s ... 29

Figura 21: DR´s ... 29

Figura 22: Betoneira aterrada ... 30

Figura 23: Capas de proteção ... 31

Figura 24: Goleira sobre rede de 23 kV ... 31

Figura 25: Goleira sobre estrada e rede de 23 kV ... 31

Figura 26: Manutenção em rede elétrica ... 32

Figura 27: Botinas de couro ... 32

Figura 28: Luvas isolantes ... 33

Figura 29: Luvas de cobertura ... 33

Figura 30: Óculos de segurança ... 34

Figura 31: Capacetes de segurança ... 34

Figura 32: Cinto de segurança/talabarte ... 35

Figura 33: Caneta para detectar tensão ... 35

Figura 34: Barreiras de sinalização ... 36

Figura 35: Aterramento do caminhão guindauto ... 38

(7)

Figura 37: Operador do caminhão guindauto ... 38

Figura 38: Colaboradores colocando as capas isolantes no poste a ser levantado ... 38

Figura 39: Capas protetoras devidamente presas em seu lugar ... 39

Figura 40: Instalação do poste em seu local definitivo ... 39

Figura 41: Entrada de energia próximo ao galpão ... 39

Figura 42: Poste de entrada de energia próximo ao galpão ... 39

Figura 43: Caixa de inspeção próxima ao galpão ... 40

Figura 44: Instalação elétrica no interior do galpão ... 40

Figura 45: Quadro de distribuição ... 40

Figura 46: Fiação ... 40

Figura 47: Motor ... 40

Figura 48: Acionamento do motor ... 40

Figura 49: Poste com transformador na entrada principal de energia da fazenda... 41

Figura 50: Entrada principal de energia ... 41

Figura 51: Caixa de medição de energia ... 41

Figura 52: Ligação do poste até a subestação da cooperativa ... 44

Figura 53: Entrada de energia da subestação ... 44

Figura 54: Transformador da entrada de energia de um dos silos ... 44

Figura 55: Passagem de fios de energia entre os cabos de sustentação da torre de comunicação da cooperativa ... 44

Figura 56: Quadro de disjuntores ... 45

Figura 57: Caixa de inspeção ... 45

Figura 58: Interior do quadro de disjuntores ... 45

Figura 59: Transformadores de entrada de energia ... 45

Figura 60: Transformador de entrada de energia ... 45

Figura 61: Transformador de entrada de energia ... 46

Figura 62: Caixa de inspeção ... 49

Figura 63: Caixa com tomadas em árvore ... 49

Figura 64: Caixa com tomada em poste ... 49

Figura 65: Quadro de distribuição ... 49

Figura 66: Quadro de distribuição ... 49

(8)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Efeitos fisiológicos diretos da eletricidade ... 15

Quadro 2: Efeitos fisiológicos indiretos da eletricidade ... 16

Quadro 3: Resumo das desconformidades e sugestões para conformidade ... 41

Quadro 4: Resumo das desconformidades e sugestões para conformidade ... 46

(9)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11

1 REVISÃO DA LITERATURA ... 12

1.1 AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E AS REDES ELÉTRICAS ... 12

1.1.1 Definições ... 12

1.1.2 O Sistema Elétrico de Potência ... 12

1.2 RESPONSABILIDADES SOBRE A QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA ... 13

1.3 CHOQUE ELÉTRICO ... 13

1.3.1 Definição ... 13

1.3.2 Efeito da Corrente Elétrica ... 14

1.3.3 Classificação do Choque Elétrico ... 14

1.3.4 Percurso da Corrente Elétrica através do Corpo Humano ... 14

1.3.5 Efeitos Fisiológicos Diretos da Eletricidade ... 15

1.3.6 Efeitos Fisiológicos Indiretos da Eletricidade ... 16

1.4 LOCALIZAÇÃO DOS RISCOS ELÉTRICOS ... 16

1.4.1 Quadros de Distribuição ... 16

1.4.1.1 Quadro Principal de Distribuição ... 17

1.4.1.2 Quadros Intermediários (Divisórios) ... 17

1.4.1.3 Quadros Terminais: Fixos ou Móveis ... 18

1.4.2 Chaves Elétricas ... 19

1.4.3 Instalações Elétricas Aéreas e Subterrâneas ... 20

1.4.4 Plugues e Tomadas ... 22

1.4.5 Iluminação Provisória ... 23

1.4.6 Máquinas e Equipamentos ... 23

1.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTATO COM ELETRICIDADE ... 24

1.5.1 Proteção Contra Contatos Diretos ... 25

1.5.1.1 Distanciamento ou Afastamento ... 25

1.5.1.2 Barreiras ... 26

1.5.1.3 Obstáculos ... 27

1.5.1.4 Isolamento ... 27

1.5.2 Proteção Contra Contatos Indiretos ... 28

1.5.2.1 Dispositivo à Corrente Diferencial-Residual (DR) ... 28

1.5.2.2 Aterramento ... 30

1.5.3 Medidas de Proteção para Redes Elétricas ... 30

1.5.3.1 Aterramento na Atividade de Manutenção de Redes Elétricas ... 30

(10)

1.6 MANUTENÇÃO ... 32

1.6.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s ... 32

1.6.1.1 Botina de Couro, Solado Isolante ... 32

1.6.1.2 Luvas Isolantes para Eletricista ... 33

1.6.1.3 Luvas de Cobertura em Vaqueta ... 33

1.6.1.4 Óculos de Segurança ... 34

1.6.1.5 Capacete de Segurança ... 34

1.6.1.6 Cinto de Segurança/Talabarte ... 34

1.6.2 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s ... 35

1.6.2.1 Detector de Tensão ... 35

1.6.2.2 Barreiras / Invólucros / Grades Articuladas / Bandeirolas / Fitas / Placas de Sinalização / Cones ... 36

2 METODOLOGIA ... 37

2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 37

2.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA ... 37

2.2.1 Procedimento de Coleta e Interpretação dos Dados ... 37

2.2.2 Estudo de Caso ... 37

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 38

3.1 CASO 1: CONSTRUÇÃO/MANUTENÇÃO DE REDES ELÉTRICAS ... 38

3.2 CASO 2: ATUALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE REDE ELÉTRICA EM UMA FAZENDA ... 39

3.2.1 Desconformidades e Sugestões para Conformidade do Caso 2 ... 41

3.3 CASO 3: REFORNA NA REDE DE ENERGIA DE UMA COOPERATIVA ... 44

3.3.1 Desconformidades e Sugestões para Conformidade do Caso 3 ... 46

3.4 CASO 4: EXPANSÃO E REFORMA NA REDE DE ENERGIA DE UM PARQUE DE EXPOSIÇÕES ... 49

3.4.1 Desconformidades e Sugestões para Conformidade do Caso 4 ... 50

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 54

(11)

INTRODUÇÃO

Ano após ano, vemos em jornais, telejornais, internet e diversos meios de comunicação que o choque elétrico é uma das principais causas de acidentes graves e até mesmo mortes tanto na área da construção civil, bem como na área de atuação de concessionárias/distribuidoras de energia.

Isto ocorre pelo fato que as instalações são feitas por profissionais sem qualificação, e em muitos casos fora das especificações recomendadas pelo profissional habilitado, gerando com isso situações de extrema gravidade para a segurança dos trabalhadores.

Segundo Viana (2007), choque elétrico é o efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica, chamada de corrente de choque, através do organismo humano, podendo provocar efeitos de importância e gravidades variáveis, bem como fatais.

Para evitar esses acidentes, as instalações elétricas precisam ser feitas e mantidas de forma segura por um profissional qualificado, sob a supervisão de um profissional legalmente habilitado que será responsável pela elaboração do projeto das tais instalações elétricas, através de recolhimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

Através deste trabalho pretende- se transmitir informações necessárias à realização de instalações elétricas visando à prevenção de acidentes de origem elétrica, através de medidas preventivas e de proteção contra contatos com eletricidade. Neste sentido, foi realizada uma revisão bibliográfica e estudo de casos para avaliação se os mesmo estão ou não adequados às normas vigentes.

(12)

1 REVISÃO DA LITERATURA

1.1 AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E AS REDES ELÉTRICAS 1.1.1 Definições

- Segundo a NR 10, temos a seguinte definição: instalação elétrica é o conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico.

- Redes elétricas ou redes de energia podem ser definidas como aquelas responsáveis pela transmissão e distribuição de energia, desde a geração até o consumidor final, seja ele consumidor industrial, consumidor comercial ou consumidor residencial.

1.1.2 O Sistema Elétrico de Potência

Para uma melhor compreensão dos aspectos de segurança no trabalho nos serviços realizados em redes de distribuição, é apresentado a seguir um resumo de algumas características do sistema elétrico de potência.

A energia elétrica gerada nas usinas (hidrelétrica, térmica, nuclear, eólica, solar, biomassa, etc.) para chegar ao consumidor final passa por processos de transformação que modificam os níveis de tensão com o objetivo de diminuir as perdas inerentes ao processo de transmissão e a adequação aos limites requeridos pelos consumidores.

A energia elétrica, produzida na usina geradora, é transmitida às subestações abaixadoras, através de linhas condutoras chamadas linhas de transmissão, em alta tensão (consideradas tensões acima de 69kV). As subestações rebaixadoras, normalmente localizadas próximas aos grandes centros, rebaixam a energia de alta tensão para média tensão (média tensão normalmente considerada entre 1kV e 69kV).

A energia é então conduzida através das linhas de distribuição primárias (redes de média tensão) até chegar aos transformadores de distribuição, instalados em postes, ou até as subestações que existem em prédios ou indústrias. A partir dos transformadores de distribuição a energia é novamente rebaixa e conduzida até os consumidores finais através das chamadas linhas de distribuição secundária que operam em baixas tensões (normalmente de 127V a 440V).

(13)

A rede elétrica a que nos referimos trata-se, portanto, de todos os componentes do sistema elétrico situados desde a saída da subestação próxima aos grandes centros, até a entrada das instalações dos consumidores, seja ela em média ou baixa tensão.

O termo média tensão é usado normalmente pelas concessionárias de energia elétrica, porém, existem divergências nas normas quanto aos termos utilizados. A NR 10 estabelece que alta tensão é a tensão superior a 1000V em corrente alternada e 1500V em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra, assim não existindo o termo média tensão. Já a NBR 14039 tem como título “Instalações elétricas de média tensão de 1kV a 36,2kV).

O objetivo de uma empresa distribuidora de energia elétrica é fornecer a energia ao cliente, dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A qualidade, nesse caso, é representada pela continuidade do fornecimento e os níveis de tensão entregues aos clientes.

1.2 RESPONSABILIDADES SOBRE A QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA

Hoje em dia, muito se discute sobre a qualidade da energia elétrica que chega ao consumidor final, seja ele em canteiro de obras, seja ele em residência, indústria, comércio, etc.

Pensando nisso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) emitiu em 9 de Setembro de 2010 a Resolução Normativa Nº 414 que define as diretrizes sobre até onde a concessionária/distribuidora de energia tem responsabilidades sobre a energia entregue ao consumidor. A mesma resolução trata também dos direitos e responsabilidades que o consumidor tem sobre a energia fornecida a ele.

As partes da Resolução Normativa Nº 414 que tratam desse assunto, estão reproduzidas no Anexo A do trabalho.

1.3 CHOQUE ELÉTRICO 1.3.1 Definição

É o efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica, chamada de corrente de choque, através do organismo humano, podendo provocar efeitos de importância e gravidades variáveis, bem como fatais (VIANA, 2007).

(14)

1.3.2 Efeito da Corrente Elétrica

O efeito da corrente elétrica depende dos seguintes itens: - intensidade da corrente;

- tempo de exposição;

- percurso através do corpo humano; - condições orgânicas do indivíduo.

1.3.3 Classificação do Choque Elétrico

a) Contato direto

É o contato de pessoas e animais diretamente com partes energizadas de uma instalação elétrica.

b) Contato indireto

É o contato de pessoas e animais com partes metálicas (equipamentos) ou elementos condutores que, por falha de isolação, ficaram acidentalmente energizados.

1.3.4 Percurso da Corrente Elétrica através do Corpo Humano

O percurso da corrente elétrica através do corpo humano depende da posição de contato do indivíduo com a instalação (circuito) energizada ou que venha a ficar energizada, podendo ser o mais variado possível.

(15)

Figura 1: Percurso da corrente elétrica no corpo humano Fonte: VIANA, 2007.

1.3.5 Efeitos Fisiológicos Diretos da Eletricidade

Quadro 1: Efeitos fisiológicos diretos da eletricidade

(16)

1.3.6 Efeitos Fisiológicos Indiretos da Eletricidade

Quadro 2: Efeitos fisiológicos indiretos da eletricidade

Fonte: VIANA, 2007.

1.4 LOCALIZAÇÃO DOS RISCOS ELÉTRICOS

Conhecendo a localização dos riscos elétricos, a NR -10 estabelece alguns itens que deverão ser seguidos, os quais estão aqui resumidos:

- as instalações elétricas devem ser realizadas e supervisionadas por profissional autorizado;

- em trabalhos e nas atividades referidas deverão ser adotadas medidas preventivas;

- utilização de equipamentos compatíveis com a instalação elétrica existente; - inspeção e controle das instalações periodicamente.

O texto completo da NR – 10 encontra- se no Anexo B.

1.4.1 Quadros de Distribuição

Nos canteiros de obras da indústria da construção, a distribuição de energia elétrica deve ser feita através dos quadros elétricos de distribuição que, conforme suas características podem ser:

- quadro principal de distribuição; - quadro intermediário de distribuição e;

(17)

- quadro terminal de distribuição fixo e/ou móvel.

1.4.1.1 Quadro Principal de Distribuição

Este quadro é destinado a receber energia elétrica alimentada pela rede pública da concessionária. A área destinada ao quadro principal deve ser isolada por anteparos rígidos, sinalizada corretamente para acesso restrito e livre do armazenamento de qualquer outro material em seu interior.

Figura 2: Quadro principal de distribuição Fonte: VIANA, 2007.

1.4.1.2 Quadros Intermediários (Divisórios)

Este quadro está destinado a distribuir um ou mais circuitos aos quadros terminais. Mesmo com acesso ainda restrito, está em local de fácil visibilidade para um perfeito controle de funcionamento.

Figura 3: Quadro intermediário Fonte: VIANA, 2007.

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1.4.1.3 Quadros Terminais: Fixos ou Móveis

São aqueles destinados a alimentar exclusivamente circuitos terminais, isto é, diretamente máquinas e equipamentos.

As ligações nos quadros de distribuição devem ser feitas por trás, dotando-os ainda de fundo falso, de modo que a fiação fique embutida.

Figura 4: Quadro terminal fixo Fonte: VIANA, 2007.

Figura 5: Quadro terminal móvel Fonte: VIANA, 2007.

(19)

Figura 6: Ilustração dos quadros de distribuição em uma construção vertical Fonte: VIANA, 2007.

1.4.2 Chaves Elétricas

As chaves elétricas mais utilizadas nos canteiros de obras da indústria da construção são as chaves elétricas blindadas, os disjuntores e as chaves magnéticas.

As chaves elétricas blindadas e os disjuntores devem ser dotados de cadeados ou dispositivos que permitam o acesso somente de trabalhadores autorizados.

A instalação e utilização de chaves blindadas devem ser convenientemente protegidas das intempéries e cumprem, entre outras, a função de permitir a interrupção de energia para executar manutenções de modo seguro, separar circuitos de diferentes locais ou de utilizações distintas e proteger os equipamentos e as fiações dos circuitos através dos fusíveis.

(20)

Figura 7: Chaves elétricas Fonte: VIANA, 2007.

1.4.3 Instalações Elétricas Aéreas e Subterrâneas

As instalações elétricas temporárias devem ser dispostas em locais onde não haja possibilidade de sofrerem choques mecânicos provenientes da movimentação de materiais e máquinas ou possibilidade de contatos acidentais com os trabalhadores.

Neste tipo de instalação os condutores deverão estar corretamente fixados nestes postes, exclusivamente através de elementos isolantes elétricos, tais como isoladores, em altura que não acarrete riscos de contato com pessoa, máquinas ou equipamentos.

Quando não for possível guardar distância segura entre trabalhador ou máquina e a rede energizada, deverão ser instaladas barreiras de proteção com dimensões suficientes para garantir proteção eficaz, bem como haver sinalização informando a existência de riscos naquele local (VIANA, 2007).

(21)

Figura 8: Altura mínima para instalações aéreas Fonte: FILHO, 2001.

Se a instalação elétrica for subterrânea, deverá ser protegida por calhas ou eletrodutos. Nos locais da passagem da fiação subterrânea, deve haver sinalização indicativa.

Figura 9: Sinalização de fiação subterrânea Fonte: VIANA, 2007.

Nos trabalhos de escavação, as redes elétricas subterrâneas devem ser devidamente sinalizadas, o serviço, supervisionado por profissional legalmente habilitado e deve ser garantido um espaçamento mínimo de segurança de 1,5m entre o local escavado e a rede.

(22)

Figura 10: Sinalização de fiação subterrânea e escavação de vala Fonte: FILHO, 2001.

1.4.4 Plugues e Tomadas

O uso do conjunto plugue e tomada para a ligação dos equipamentos elétricos ao circuito de alimentação é obrigatório. Nestas ligações, a parte energizada deve ser sempre a tomada, a fim de evitar à exposição de trabalhadores as partes vivas.

Ambos precisam se proteger contra penetração de umidade ou água. Máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ligar por intermédio deste conjunto de plugue e tomada.

Figura 11: Tomadas e plugues blindados Fonte: VIANA, 2007.

(23)

1.4.5 Iluminação Provisória

Esta iluminação prevê suprir as necessidades do canteiro de obras durante o seu período de execução e devem ser ligados nos quadros terminais de distribuição onde a altura da fiação deve ser no mínimo 2,50 m a fim de evitar contatos quaisquer.

Nos locais onde houver movimentação de materiais, tais como escadas, área de corte e dobra de ferragem, carpintaria etc., as lâmpadas devem estar protegidas contra impacto por luminárias adequadas.

Figura 12: Luminárias blindadas Fonte: FILHO, 2001.

1.4.6 Máquinas e Equipamentos

Os operadores de máquinas e equipamentos devem ter em seu treinamento noções básicas sobre eletricidade, contemplando as medidas de controle necessárias para eliminação ou neutralização dos riscos elétricos.

Na operação de máquinas de grande porte, medidas adicionais de segurança devem ser adotadas principalmente quanto ao contato com redes de distribuição de energia elétrica.

As operações com veículos, máquinas e equipamentos devem ser planejadas, evitando o contato ou o impacto com redes de distribuição de energia e/ou equipamentos elétricos energizados (VIANA, 2007).

(24)

Figura 13: Distância de trabalho com equipamentos Fonte: VIANA, 2007.

Tanto em canteiro de obras, como em obras para manutenção e construção de redes elétricas a atividade com caminhão guindauto é de fundamental importância. Os procedimentos para movimentação do caminhão estão abaixo resumidos.

- Planejamento da tarefa; - Posicionamento do veículo;

- Inspeção visual das mangueiras e conexões; - Instalação de aterramento;

- Execução da tarefa.

Os procedimentos completos, assim como fotos exemplificando o trabalho próximo a redes energizadas podem ser vistos no Anexo C.

1.5 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTATO COM ELETRICIDADE

Segundo FILHO, 2001, todas as instalações elétricas devem ser consideradas perigosas, porque podem causar acidentes fatais. Por isso, nos trabalhos com eletricidade, é preciso conhecer o serviço e saber quais as formas de se prot4eger contra os acidentes.

As formas de proteção são:

- a proteção contra os contatos diretos; - a proteção contra os contatos indiretos.

(25)

1.5.1 Proteção Contra Contatos Diretos

Existem quatro maneiras de evitar que os trabalhadores sofram acidentes por contato direto:

- pelo afastamento do trabalhador de rede elétrica; - pelo uso de barreiras;

- pela isolação das partes vivas; - pela utilização de obstáculos.

Figura 14: Contato direto com rede energizada Fonte: FILHO, 2001.

1.5.1.1 Distanciamento ou Afastamento

Podem-se evitar acidentes não permitindo que os trabalhadores se aproximem de redes elétricas desprotegidas e evitando que os equipamentos sejam instalados próximos às mesmas.

Deixar uma distância mínima de 5 metros entre a rede elétrica e a atividade executada pelo trabalhador.

(26)

Figura 15: Distância mínima de trabalho Fonte: FILHO, 2001.

1.5.1.2 Barreiras

As barreiras são instaladas para não deixar que os trabalhadores entrem em contato com a eletricidade. Elas devem ser fixadas e firmes. Devem estar sinalizadas, para que os trabalhadores entendam que naquele lugar existe o risco elétrico.

Figura 16: Barreiras de proteção Fonte: FILHO, 2001.

(27)

1.5.1.3 Obstáculos

São utilizados em locais de serviço elétrico que só podem ser frequentados por profissionais qualificados ou legalmente habilitados.

Figura 17: Obstáculo em frente à subestação Fonte: FILHO, 2001.

1.5.1.4 Isolamento

É destinada a impedir todo o contato com as partes “vivas” das instalações elétricas, com o recobrimento total por uma isolação que só possa ser removida através de sua destruição.

Figura 18: Isolamento de emenda Fonte: VIANA, 2007.

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1.5.2 Proteção Contra Contatos Indiretos

O contato indireto acontece quando uma pessoa encosta-se a peças metálicas normalmente não energizadas, mas que podem tornar-se “vivas” devido a um erro na instalação elétrica ou defeitos de isolação.

Canalizações metálicas e carcaças de equipamentos elétricos podem ser armadilhas para o trabalhador se a rede elétrica ou os equipamentos não estiverem devidamente aterrados.

Figura 19: Contato indireto Fonte: FILHO, 2001.

1.5.2.1 Dispositivo à Corrente Diferencial-Residual (DR)

Os dispositivos à corrente diferencial-residual (DR) constituem-se no meio mais eficaz de proteção das pessoas e animais contra choques elétricos. Estes dispositivos permitem o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às pessoas, as perdas de energia e os danos às instalações, porém sem dispensar outros elementos de proteção (disjuntores, fusíveis etc.). A sua aplicação é específica na proteção contra a corrente de fuga.

(29)

Figura 20: Painel com DR’s

Fonte: http://ime-instalaoemanutenoeltrica.blogspot.com/2010/05/ddr-dispositivo-diferencial-residual.html

Figura 21: DR´s

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1.5.2.2 Aterramento

É a ligação intencional com a terra, isto é, com o solo, que pode ser considerado um condutor através do qual a corrente elétrica pode fluir, difundindo-se (FILHO, 2001).

Este serviço deve ser feito por um profissional qualificado, e supervisionado por um profissional legalmente habilitado, que conheça perfeitamente a importância das conexões bem feitas.

Figura 22: Betoneira aterrada Fonte: FILHO, 2001.

O profissional responsável deverá usar basicamente três normas para o dimensionamento do aterramento, as quais estão reproduzidas no Anexo D.

- NBR 5410/2004 - NR - 10

- Regulamento das Instalações Consumidoras (R.I.C) da concessionária de energia onde a obra está situada.

1.5.3 Medidas de Proteção para Redes Elétricas

1.5.3.1 Aterramento na Atividade de Manutenção de Redes Elétricas

Essa ligação intencional com a terra é utilizada nas redes elétricas primárias (tensão acima de 13,8 KV) e redes elétricas secundárias (tensão trifásica de 380 V), para prevenir o risco de acidentes com os colaboradores da empresa que irão realizar manutenção nestes

(31)

locais. Os procedimentos e equipamentos usados para realização destas atividades estão no Anexo E.

1.5.3.2 Proteção Contra Contato Indireto nas Redes Elétricas

Na situação de manutenção de redes elétricas são usadas basicamente dois tipos de proteção:

- Capas de proteção:

Utilizadas em postes e também nas linhas de energia para evitar o contato com as mesmas e causar um curto circuito.

Figura 23: Capas de proteção

- Goleiras:

Utilizadas para fazer os lançamentos de cabos de redes de energia de 23 kV a 138 kV sobre redes já existentes, rodovias e redes ferroviárias.

Figura 24: Goleira sobre rede de 23 kV Figura 25: Goleira sobre estrada e rede de 23 kV

(32)

1.6 MANUTENÇÃO

As instalações elétricas devem ser inspecionadas constantemente pelo trabalhador qualificado, que deve mantê-las em boas condições de uso.

Uma manutenção bem feita é uma das principais medidas para evitar riscos de acidentes, e deve ser executada com a chave geral desligada (FILHO, 2001).

Figura 26: Manutenção em rede elétrica Fonte: FILHO, 2001.

1.6.1 Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s 1.6.1.1 Botina de Couro, Solado Isolante

Para proteção dos pés contra agentes agressivos e choques elétricos. Não deverá possuir componentes metálicos.

Figura 27: Botinas de couro Fonte: www.royalmaquinas.com.br

(33)

1.6.1.2 Luvas Isolantes para Eletricista

Para o uso em serviços com risco de choque elétrico em equipamentos energizados e passíveis de energização.

Obs.: As luvas isolantes não devem ser utilizadas isoladamente, isto é, sem as luvas de cobertura.

Figura 28: Luvas isolantes Fonte: www.casadosepis.com.br

1.6.1.3 Luvas de Cobertura em Vaqueta

Utilizadas para proteção das luvas isolantes.

Figura 29: Luvas de cobertura Fonte: www.dalmoro.com.br

(34)

1.6.1.4 Óculos de Segurança

Destina-se à proteção dos olhos contra impactos mecânicos e efeitos decorrentes da irradiação solar ou do arco elétrico.

Figura 30: Óculos de segurança Fonte: www.casadosepis.com.br

1.6.1.5 Capacete de Segurança

Destina-se a proteger a cabeça contra impactos, quedas de objetos, contato acidental com circuitos elétricos energizados. Constituído de material isolante.

Figura 31: Capacetes de segurança Fonte: www.extincel.com.br

1.6.1.6 Cinto de Segurança/Talabarte

Cinto de segurança do tipo paraquedista é destinado a equilibrar/sustentar o trabalhador em postes/torres para prevenir quedas por altura. Talabarte é complemento do cinto de segurança.

(35)

Obs.: É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas (NR10).

Figura 32: Cinto de segurança/talabarte

Fonte: http://caminhosverticais.blogspot.com/2011/04/trabalho-em-altura-risco-e-prevencao.html

1.6.2 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s 1.6.2.1 Detector de Tensão

Equipamento empregado para confirmar a presença ou ausência de tensão em um circuito ou parte dele. Podem ser:

- do tipo de chave de fenda, para uso exclusivo em baixa tensão; - do tipo eletrônico, para uso em alta e baixa tensões.

Figura 33: Caneta para detectar tensão Fonte: www.minipa.com.br

(36)

1.6.2.2 Barreiras / Invólucros / Grades Articuladas / Bandeirolas / Fitas / Placas de Sinalização / Cones

São para delimitar as áreas de trabalho ou de perigo, sinalizar e informar riscos existentes e impedir o contato com partes vivas das instalações elétricas.

Figura 34: Barreiras de sinalização Fonte: FILHO, 2007.

(37)

2 METODOLOGIA

2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa pode ser classificada como um estudo de caso. Os procedimentos utilizados foram observação e coleta de dados nos locais de estudo na pesquisa de campo, e de fonte de papel, através de pesquisa bibliográfica e documental.

2.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA

2.2.1 Procedimento de Coleta e Interpretação dos Dados

Primeiramente foi realizada uma revisão bibliográfica para um melhor entendimento de conceitos como: canteiro de obras, choque elétrico, localização de onde podem ocorrer os choques e medidas de prevenção e mitigação dos riscos presentes nas instalações elétricas.

2.2.2 Estudo de Caso

A visita e o levantamento dos riscos elétricos foram realizados em locais de diferentes padrões, tais como construção de linhas de energia próximo a redes energizadas, visitas para levantamento de dados em fazendas, cooperativas e parque de exposições, com finalidade de fazer melhorias nas redes de energia destes locais.

(38)

3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

3.1 CASO 1: CONSTRUÇÃO/MANUTENÇÃO DE REDES ELÉTRICAS

Como a energia é algo indispensável em nossas vidas nos dias de hoje, a construção de novas redes de energia, principalmente as próximas a redes existentes, devem ocorrer sem que as mesmas sejam desligadas do sistema, para não haver prejuízo aos consumidores e também a concessionária responsável. Para tanto são utilizadas equipes especializadas em “linha viva” (que operam sem ter a energia da rede cortada) para o trabalho. As figuras 35 a 40 ilustram uma equipe fazendo a colocação de um poste para uma nova rede, próximo a uma rede energizada.

Figura 35: Aterramento do caminhão guindauto

Figura 36: Aterramento do caminhão guindauto

Figura 37: Operador do caminhão guindauto

Figura 38: Colaboradores colocando as capas isolantes no poste a ser levantado

(39)

Figura 39: Capas protetoras devidamente presas em seu lugar

Figura 40: Instalação do poste em seu local definitivo

3.2 CASO 2: ATUALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE REDE ELÉTRICA EM UMA FAZENDA

Em visita a uma fazenda foram realizados levantamentos para a atualização da rede de energia existente e melhora em diversos pontos em que a segurança da instalação poderia facilmente causar acidentes. As figuras 41, 42 e 43 mostram a entrada de energia e a caixa de inspeção próximo a um dos galpões.

Figura 41: Entrada de energia próximo

ao galpão Figura 42: Poste de entrada de energia próximo ao galpão

(40)

Figura 43: Caixa de inspeção próxima ao galpão

Figura 44: Instalação elétrica no interior do galpão

As figuras 45, 46, 47 e 48 mostram as instalações elétricas e de motores no interior de outro galpão cobertas de poeira e teias de aranha.

Figura 45: Quadro de distribuição Figura 46: Fiação

Figura 47: Motor Figura 48: Acionamento do motor

(41)

Figura 49: Poste com transformador na entrada principal de energia da fazenda

Figura 50: Entrada principal de energia

Figura 51: Caixa de medição de energia

3.2.1 Desconformidades e Sugestões para Conformidade do Caso 2

Quadro 3: Resumo das desconformidades e sugestões para conformidade ESTUDO

DE CASO

DESCONFORMIDADE SUGESTÃO PARA

CONFORMIDADE

CASO 2 Figura 42

- Ligações irregulares, podem causar

curto- circuito, aumento de

Troca por poste de

concreto; descida dos fios

condutores de energia

através de tubo de PVC rígido com revestimento anti- chamas.

(42)

corrente/tensão que pode causa incêndio.

Figura 43

- Fios de bitolas diferentes, emendas mal feitas. Riscos de choque elétrico e curto- circuito, incêndios.

Recomenda-se a

construção de uma nova caixa ou a compra de uma já pronta, para evitar que seu interior seja exposto ao tempo e também a animais.

Figura 44

- Fiação, tomadas e disjuntores antigos e expostos. Risco de choque elétrico, incêndios.

Recomenda- se a instalação do disjuntor dentro de uma caixa para disjuntores onde o acesso não é permitido a todos. A fiação deve ser trocada e deverá ser usado eletrodutos rígidos de pvc

com revestimento anti-

chamas fixados na parede para a passagem dos fios. Figura 45 e 46

- Instalação elétrica antiga, má

conservada. Riscos de choque elétrico,

Quadro de distribuição

deverá ser trocado, assim como a fiação que chega e sai do mesmo.

(43)

aumento de corrente/tensão, incêndios. Figuras 47 e 48

- Falta de aterramento no motor, risco de choque elétrico, má conservação do motor, risco de incêndio.

O motor deverá ser

substituído por um do tipo blindado e com proteção a

correia para evitar

acidentes.

Figura 51

- Disjuntor geral não fixado, emendas de fios. Riscos de choque elétrico, curto circuitos, incêndios.

Recomenda- se realizar a fixação do disjuntor dentro da caixa de medição e refazer as isolações presentes nos fios para evitar problemas futuros.

(44)

3.3 CASO 3: REFORNA NA REDE DE ENERGIA DE UMA COOPERATIVA

As figuras 52 e 53 mostram a entrada principal de energia da cooperativa.

Figura 52: Ligação do poste até a subestação da cooperativa

Figura 53: Entrada de energia da subestação

A figura 54 mostra a entrada de energia de um dos silos da cooperativa. A figura 55 mostra por onde passam os fios de energia.

Figura 54: Transformador da entrada de energia de um dos silos

Figura 55: Passagem de fios de energia entre os cabos de sustentação da torre

de comunicação da cooperativa

As figuras 56, 57 e 58 mostram o quadro de disjuntores e a caixa de inspeção de um dos locais de armazenagem.

(45)

Figura 56: Quadro de disjuntores Figura 57: Caixa de inspeção

Figura 58: Interior do quadro de disjuntores

As figuras 59, 60 e 61 mostram o estado de dois transformadores na entrada de energia de outro local de armazenagem.

Figura 59: Transformadores de entrada

de energia Figura 60: Transformador de entrada de energia

(46)

Figura 61: Transformador de entrada de energia

3.3.1 Desconformidades e Sugestões para Conformidade do Caso 3

Quadro 4: Resumo das desconformidades e sugestões para conformidade ESTUDO

DE CASO

DESCONFORMIDADE SUGESTÃO PARA

CONFORMIDADE

CASO 3 Figuras 52 e 53

- Risco de choque elétrico, curto circuito, incêndios.

Nesse caso, deve-se fazer o pedido a concessionária de energia para realizar a poda das árvores para evitar o contato de galhos com a fiação a fim de evitar curto- circuitos.

(47)

Figura 54

- Pelo acesso fácil, trabalhadores não habilitados podem entrar no local. Risco de choque elétrico.

É recomendável a

construção de uma

subestação de energia para que os disjuntos e demais cabeamento seja protegido

da ação do tempo,

aumentando assim a

segurança.

Figura 55

- Rede de energia próxima a cabos de fixação, pode ocasionar choque elétrico bem como curto circuito.

Recomenda- se fazer um

novo projeto para a

mudança de caminho dessa rede.

Figura 56, 57 e 58

- Quadros antigos, circuitos extras,

Recomenda- se a troca da caixa de distribuição e dos disjuntores que estão em seu interior, pois existem várias ligações extras nos mesmos. Quanto à caixa de inspeção é recomendável sua troca para que os cabos em seu interior não sofram a ação do tempo e as intempéries.

(48)

caixa de inspeção aberta. Riscos de

choques elétricos, aumento de

corrente/tensão, incêndios. Figura 59, 60 e 61

- Acesso fácil a trabalhadores não habilitados, má conservação dos transformadores. Riscos de choques elétricos, incêndios.

Assim como na figura 51, é recomendável a construção de uma subestação de energia para melhorar a segurança do local, visto que os transformadores estão isolados somente por uma cerca metálica. Também é recomendada a troca dos transformadores devido ao estado dos mesmos apresentados nas figuras.

(49)

3.4 CASO 4: EXPANSÃO E REFORMA NA REDE DE ENERGIA DE UM PARQUE DE EXPOSIÇÕES

As figuras 62 a 67 mostram as estruturas existentes num parque de exposições.

Figura 62: Caixa de inspeção

Figura 63: Caixa com tomadas em árvore

Figura 64: Caixa com tomada em poste

Figura 65: Quadro de distribuição

Figura 66: Quadro de distribuição

(50)

3.4.1 Desconformidades e Sugestões para Conformidade do Caso 4

Quadro 5: Resumo das desconformidades e sugestões para conformidade ESTUDO

DE CASO

DESCONFORMIDADE SUGESTÃO PARA

CONFORMIDADE

CASO 4 Figura 62

- Caixa de inspeção exposta ao tempo, emendas nos cabos. Risco de choque elétrico, incêndio.

Recomenda- se a troca da caixa de inspeção por uma nova, já pronta, ou a construção de uma. É

visível também que

existem emendas nos fios,

as quais devem ser

inspecionadas, e se estivem ruins, realizar a troca dos cabos.

Figuras 63 e 64

- Caixa de madeira com tomada e disjuntor fixa em árvores e caixa com disjuntor e tomadas com ninho de animais. Riscos de choque elétrico, incêndios.

É recomendável a troca da primeira caixa por uma caixa com fechadura e fixada em poste próprio para o seu fim e não em árvores. No segundo caso,

recomenda-se manter

sempre fechada a caixa, pois a mesma conta com um sistema de fechadura para evitar que animais façam seu ninho dentro da mesma.

(51)

Figura 65

Quadro de distribuição em madeira com disjuntores e tomadas. Risco de curto circuito, choque elétrico.

É recomendada a troca por um quadro feito de metal, com fechadura e divisória

para a fixação dos

disjuntores em um lado e as tomadas de outro.

Figura 66

Quadro de distribuição de madeira próximo à rede de água. Risco de choque elétrico.

É recomendável a troca do quadro de distribuição por um de metal e colocado em local apropriado, longe da rede de água.

Figura 67

Disjuntor de alimentação. Risco de choque elétrico.

É recomendável a

colocação desse disjuntor dentro de um quadro de distribuição próprio para o mesmo.

(52)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A identificação, avaliação e controle dos riscos são indispensáveis para a garantia de um ambiente de trabalho seguro, gerando uma sistematização, a partir do momento em que esses riscos puderem ser quantificados e qualificados.

Desta forma, sugere-se uma intervenção integrada, envolvendo empresários, trabalhadores, os diversos setores ligados à construção civil, setor elétrico e à fiscalização. Tendo como principal finalidade a implantação de um sistema que vise melhores condições de saúde e segurança do trabalhador.

Hoje em dia, ainda há dificuldades na implementação de algumas normas referentes às instalações elétricas, pois em muitos casos, o profissional responsável pela obra está sendo exigido pela administração da empresa para apresentar resultados, mas com custos mais baixos. Com isto, o profissional acaba deixando de lado algumas questões muito importantes para segurança.

Pensando nesses casos, muitas empresas especializadas em produzir produtos para segurança no trabalho, vem desenvolvendo cada vez mais alternativas que tenham um baixo custo, mas que também apresentem todas as condições de segurança que as normas atuais exigem.

O que se encontra em muitas empresas, é que as mesmas possuem somente um profissional habilitado junto a seu quadro de colaboradores para a realização de alterações, ampliações de redes internas e manutenção de toda a parte elétrica.

Nos casos apresentados e estudados, nota-se que somente no primeiro caso, o da construção de redes de energia próximo a redes energizadas é que as regras e normas do setor são cumpridas, pois a fiscalização é maior nas concessionárias de energia e nas empresas que prestam serviços a estas. Nos outros casos, foi observado que muitas instalações foram realizadas por trabalhadores que não são habilitados nem possuem

(53)

treinamentos para o serviço. Isso resulta em riscos para os trabalhadores, construções e também em pessoas em geral que possam estar presentes no local. Com uma maior fiscalização dos órgãos responsáveis, e até mesmo a conscientização dos proprietários e trabalhadores dos locais quanto ao perigo que esse tipo de instalação pode causar, esses riscos podem ser reduzidos em grande parte.

Mesmo existindo vários procedimentos das instalações elétricas provisórias com segurança, há situações em que nem sempre tais procedimentos podem ser aplicados. Para estes casos, recomenda-se que o responsável técnico consulte a Delegacia Regional do Trabalho, para definir soluções seguras. Como exemplo, para execução de serviços em altura sugere-se a utilização do cinto de segurança tipo paraquedista com dois talabartes.

Além da elaboração de um plano de instalações elétricas temporárias, sugere-se incluir no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção (PCMAT) a verificação periódica do aterramento das instalações, incluindo a sua medição. É imprescindível o treinamento dos eletricistas através da NR - 10 envolvidos não somente na instalação, mas também nos serviços de manutenção e elevar a consciência dos engenheiros e supervisores do serviço.

(54)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALENCAR, L. H. et al. Utilização do dispositivo de proteção à corrente diferencial residual em instalações provisórias do canteiro de obra. In: XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção, Ouro Preto, MG, Brasil, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004.

______. NBR 14039: instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Rio de Janeiro, 2005.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 10: segurança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília,

2004. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf>. Acesso

em: 13 jul. 2011.

FILHO, A. R. (coord.) et al. Engenharia de segurança do trabalho na indústria da construção. São Paulo: Fundacentro, 2001.

JUNIOR, B. B. et al. Procedimentos de segurança para instalações elétricas em canteiros de obras. In: XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 2007.

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA IMPLANTAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE CANTEIRO DE OBRAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Sociedade Brasileira de

Engenharia de Segurança (SOBES). Disponível em:

<http://sobes.org.br/site/wp-content/uploads/2009/08/canteiro.pdf>. Acesso em: 25 set. 2011.

MENEZES, V. L.; JUNIOR, A. S. M. O risco do choque elétrico em canteiros de obras na cidade de Campina Grande – PB. In: XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2008.

VIANA, M. J. (coord.) et al. Instalações elétricas temporárias em canteiros de obras. São Paulo: Fundacentro, 2007. 44p.: il. (Recomendação técnica de procedimentos).

(55)
(56)

Anexo A: Resolução Normativa Nº 414 da ANEEL

A Resolução Normativa Nº 414 da ANEEL, de 9 de Setembro de 2010, estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica de forma consolidada e atualizada.

O Capítulo XII da referida resolução trata das responsabilidades da distribuidora. A Seção III, refere-se às diretrizes para a adequação na prestação de serviços.

Seção III

Das Diretrizes para a Adequada Prestação dos Serviços

A distribuidora é obrigada a fornecer energia elétrica aos interessados cujas unidades consumidoras, localizados na área concedida ou permitida, sejam de caráter permanente e desde que suas instalações elétricas satisfaçam às condições técnicas de segurança, proteção e operação adequadas, ressalvadas as exceções previstas na legislação aplicável.

A distribuidora deve observar o princípio da isonomia nas relações com os consumidores.

A distribuidora é responsável, além das obrigações que precedem o início do fornecimento, pela prestação de serviço adequado a todos os seus consumidores, assim como pelas informações necessárias à defesa de interesses individuais, coletivos ou difusos.

§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.

§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, assim como a melhoria e expansão do serviço.

§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço, observado o disposto no Capítulo XIV, a sua interrupção:

I – em situação emergencial, assim caracterizada a deficiência técnica ou de segurança em instalações de unidade consumidora que ofereçam risco iminente de danos a pessoas, bens ou ao funcionamento do sistema elétrico ou, ainda, o caso fortuito ou de força maior; ou

II – após prévia notificação, por razões de ordem técnica ou de segurança em instalações de unidade consumidora, ou pelo inadimplemento do consumidor, considerado o interesse da coletividade.

(57)

§ 4o Pela prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica, a distribuidora deve cobrar as tarifas homologadas pela ANEEL, facultada a aplicação de descontos sobre esses valores, desde que as reduções não impliquem pleitos compensatórios posteriores quanto à recuperação do equilíbrio econômico-financeiro e seja observada a isonomia.

As alterações das normas e padrões técnicos da distribuidora devem ser comunicadas aos consumidores, fabricantes, distribuidores, comerciantes de materiais e equipamentos padronizados, técnicos em instalações elétricas e demais interessados, por meio de jornal de grande circulação.

Parágrafo único. Adicionalmente, faculta-se à distribuidora comunicar as alterações por outros meios que permitam a adequada divulgação e orientação.

A distribuidora deve comunicar ao consumidor, de forma escrita, específica e com entrega comprovada, a necessidade de proceder às correções pertinentes, quando constatar deficiência não emergencial na unidade consumidora, em especial no padrão de entrada de energia elétrica, informando-lhe o prazo para regularização e o disposto no § 1o.

§ 1o A inexecução das correções pertinentes no prazo informado pela distribuidora enseja a suspensão do fornecimento, conforme disposto no inciso II do art. 171.

§ 2o Caracteriza deficiência na unidade consumidora, o não atendimento às normas e padrões técnicos vigentes à época da sua primeira ligação.

A distribuidora deve desenvolver e implementar, em caráter rotineiro e de maneira eficaz, campanhas com vistas a:

I – informar ao consumidor, em particular e ao público em geral, sobre os cuidados especiais que a energia elétrica requer na sua utilização;

II – divulgar os direitos e deveres específicos do consumidor de energia elétrica; III – orientar sobre a utilização racional da energia elétrica;

IV – manter atualizado o cadastro das unidades consumidoras;

V – informar ao consumidor, em particular e ao público em geral, sobre a importância do cadastramento da existência de equipamentos elétricos essenciais à sobrevivência humana, conforme previsto no § 7o do art. 27; e

VI – divulgar outras orientações por determinação da ANEEL.

A distribuidora deve promover, de forma permanente, ações de combate ao uso irregular da energia elétrica.

O Capítulo XIII da Resolução Normativa Nº 414 trata sobre as responsabilidades dos consumidores.

(58)

CAPÍTULO XIII

DAS RESPONSABILIDADES DO CONSUMIDOR Seção I

Dos Distúrbios no Sistema Elétrico

Quando o consumidor utilizar em sua unidade consumidora, à revelia da distribuidora, carga susceptível de provocar distúrbios ou danos ao sistema elétrico de distribuição, ou ainda a instalações e equipamentos elétricos de outros consumidores, a distribuidora deve exigir o cumprimento das seguintes medidas:

I – instalação de equipamentos corretivos na unidade consumidora, no prazo informado pela distribuidora, ou o pagamento do valor das obras necessárias no sistema elétrico, destinadas à correção dos efeitos desses distúrbios; e

II – ressarcimento à distribuidora de indenizações por danos a equipamentos elétricos acarretados a outros consumidores, que, comprovadamente, tenham decorrido do uso da carga provocadora dos distúrbios.

§ 1o Na hipótese do inciso I do caput, a distribuidora é obrigada a comunicar ao consumidor, de forma escrita, específica e com entrega comprovada quanto:

I – às obras que realizará e o necessário prazo de conclusão, fornecendo, para tanto, o respectivo orçamento detalhado; e

II – ao prazo para a instalação de equipamentos corretivos na unidade consumidora, cujo descumprimento enseja a suspensão do fornecimento, conforme disposto no inciso III do art. 171.

§ 2o No caso referido no inciso II do caput, a distribuidora é obrigada a comunicar ao consumidor, de forma escrita, específica e com entrega comprovada, a ocorrência dos danos, assim como a comprovação das despesas incorridas, nos termos da legislação e regulamentos aplicáveis, garantindo-lhe o direito à ampla defesa e o contraditório.

Seção II

Do Aumento de Carga

O consumidor deve submeter previamente o aumento da carga instalada que exigir a elevação da potência disponibilizada à apreciação da distribuidora, com vistas à verificação da necessidade de adequação do sistema elétrico, observados os procedimentos dispostos nesta Resolução.

(59)

Seção III

Da Diligência além do Ponto de Entrega

É de responsabilidade do consumidor, após o ponto de entrega, manter a adequação técnica e a segurança das instalações internas da unidade consumidora.

§ 1o As instalações internas que ficarem em desacordo com as normas e padrões a que se referem as alíneas “a” e “b” do inciso I do art. 27, vigentes à época da primeira ligação da unidade consumidora, devem ser reformadas ou substituídas pelo consumidor.

§ 2o Na hipótese de a distribuidora constatar o disposto no § 1o, ela deve notificar o consumidor na forma do art. 142.

O consumidor é responsável:

I – pelos danos causados a pessoas ou bens, decorrentes de defeitos na sua unidade consumidora, em razão de má utilização e conservação das instalações ou do uso inadequado da energia;

II – pelas adaptações na unidade consumidora, necessárias ao recebimento dos equipamentos de medição decorrentes de mudança de grupo tarifário, exercício de opção de faturamento ou fruição do desconto tarifário referido no art. 107;

III – pelos danos causados aos equipamentos de medição ou ao sistema elétrico da distribuidora, decorrentes de qualquer procedimento irregular ou deficiência técnica da unidade consumidora; e

IV – pela custódia dos equipamentos de medição ou do TCCI da distribuidora, na qualidade de depositário a título gratuito, quando instalados no interior de sua propriedade, ou se, por solicitação formal do consumidor, o equipamento for instalados em área exterior à propriedade.

Parágrafo único. A responsabilidade por danos causados aos equipamentos de medição externa não pode ser atribuída ao consumidor, salvo nos casos de ação comprovada que lhe possa ser imputada.

(60)

Anexo B: NR 10.4 – Segurança na construção, montagem, operação e manutenção

10.4 - SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR.

10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.

10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas.

10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes.

10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos.

10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.

10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 – Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas.

Além do descrito na NR – 10, na prevenção dos riscos existentes em quadros de distribuição, devemos observar os seguintes itens presentes na pág. 169 da NBR 5410/2004:

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8.3.2.1 Estrutura

Deve ser verificada a estrutura dos quadros e painéis, observando-se seu estado geral quanto a fixação, integridade mecânica, pintura, corrosão, fechaduras e dobradiças. Deve ser verificado o estado geral dos condutores e cordoalhas de aterramento.

8.3.2.2 Componentes

No caso de componentes com partes móveis, como contatores, relés, chaves seccionadoras, disjuntores etc., devem ser inspecionados, quando o componente permitir, o estado dos contatos e das câmaras de arco, sinais de aquecimento, limpeza, fixação, ajustes e calibrações. Se possível, o componente deve ser acionado umas tantas vezes, para se verificar suas condições de funcionamento.

No caso de componentes sem partes móveis, como fusíveis, condutores, barramentos, calhas, canaletas, conectores, terminais, transformadores, etc., deve ser inspecionado o estado geral, verificando-se a existência de sinais de aquecimento e de ressecamentos, além da fixação, identificação e limpeza.

No caso de sinalizadores, deve ser verificada a integridade das bases, fixação e limpeza interna e externa.

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Anexo C: Procedimento operacional padrão para uso de caminhão guindauto

Neste anexo, é apresentado o procedimento que deve ser seguido quando se trabalha com caminhão guindauto próximo as redes energizadas. Após o procedimento algumas fotos mostram o caminhão guindauto, sendo utilizada para construção e manutenção de redes de energia.

Primeiro passo: Planejamento da tarefa, verificar equipamentos de proteção individual e coletiva e também as ferramentas a serem utilizadas no processo.

Observação:

- Em caso de construção ou manutenção em redes energizadas, o operador do guindauto deverá utilizar luvas para proteção de alta tensão e estar sobre um tapete de borracha isolante. O poste deverá ser envolto em uma cobertura isolante para evitar a condução de energia e o estropo deverá ser de nylon, também para evitar a condução de energia.

Segundo passo: Posicionar o veículo em superfície plana e instalação de sinalização de segurança.

Terceiro passo: Inspeção visual do estado físico das mangueiras e conexões quanto a corrosão e apodrecimento e se existe vazamento de óleo das mesmas.

Quarto passo: Verificar o nível de óleo do caminhão conforme o manual do fabricante.

Quinto passo: Instalar o aterramento: introduzir a haste de aterramento no solo numa profundidade mínima de 0,60 m. Desenrolar toda a cordoalha de aterramento; conectar a cordoalha de aterramento na haste, verificando se as conexões estão corretas. Instalar um cone para sinalização do local, próximo da haste de aterramento, quando a haste estiver fora da área de isolamento.

Observações:

- Se não houver a possibilidade de instalar a haste de aterramento, a conexão da cordoalha poderá ser feita no fio de descida (do aterramento do transformador ou do neutro da rede secundária) ou na haste de âncora do estai. Se houver a necessidade de prolongar a cordoalha de aterramento, utilizar o conjunto de aterramento primário do veículo.

- Se a rede (BT e/ou AT) estiver desenergizada e aterrada, não é necessário aterrar o veículo.

- É vedada a travessia de rua com a cordoalha de aterramento sem que a mesma seja interditada.

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Sexto passo: Baixar os estabilizadores (sapatas) para alívio da suspensão do veículo.

Observações:

- Nivelar lateralmente o veículo com auxílio da regulagem dos estabilizadores. - Quando o solo oferecer baixa resistência, auxiliar o apoio dos estabilizadores com apoios para as sapatas.

- Conforme a carga e a distância da lança verificar a necessidade de extensão lateral dos braços dos estabilizadores (sapatas).

Sétimo passo: Executar a tarefa para qual o veículo foi posicionado: liberar os braços do equipamento e movimentá-lo.

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Anexo D: Normas para aterramento

Segundo a NBR 5410/2004, toda edificação deve dispor de uma infraestrutura de aterramento, denominada ”eletrodo de aterramento”, sendo admitida as seguintes opções:

a) Preferencialmente, uso das próprias armaduras do concreto das armações;

b) Uso de fitas, barras ou cabos metálicos, especialmente previstos, imersos no

concreto das fundações;

c) Uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a área

da edificação e complementadas, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente;

d) No mínimo, uso de anel metálico enterrado, circundando o perímetro da

edificação e complementado, quando necessário, por hastes verticais e/ou cabos dispostos radialmente.

Nota: outras soluções de aterramento são admitidas em instalações temporárias; em instalações em áreas descobertas, como em pátio e jardins; em locais de acampamento, marinas e instalações análogas; e na reforma das instalações existentes, quando a adoção das práticas mencionadas anteriormente for impraticável.

A infraestrutura de aterramento prevista anteriormente deve ser concebida de modo que:

a) seja confiável e satisfaça os requisitos de segurança das pessoas;

b) possa conduzir correntes de falta à terra sem risco de danos térmicos, termomecânicos e eletromecânicos, ou de choques elétricos causados por essas correntes;

c) quando aplicável, atenda também aos requisitos funcionais da instalação.

Como as opções de eletrodos de aterramento indicadas são também reconhecidas pela ABNT NBR 5419, elas podem e devem ser usadas conjuntamente pelo sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) da edificação, nas condições especificadas naquela norma.

Segundo a NR 10, o profissional responsável pelo projeto, deverá obedecer as seguintes regras:

10.2 - MEDIDAS DE CONTROLE

10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

(65)

10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.

10.3 - SEGURANÇA EM PROJETOS

10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade.

10.3.5 Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado.

10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário.

Quanto ao Regulamento das Instalações Consumidoras (RIC), irá depender da região onde se desenvolverá o projeto, pois cada concessionária/distribuidora de energia adota um regulamento.

Referências

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