• Nenhum resultado encontrado

aula 02

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "aula 02"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

ESCOLA PREPARATORIA DA UFABC

Aula 02 - Geometria 7 de agosto de 2013

1

Radicia¸

ao

1.1 Defini¸c˜ao

Assumimos a nota¸c˜ao para definir a opera¸c˜ao de radicia¸c˜ao:

n

A = A1n = B

Onde A ´e chamado de radicando e n ´e chamado de radical.

Quando n vale 2 ou n ´e omitido dizemos que estamos calculando a raiz quadrada e quando n vale 3 dizemos que estamos calculando a raiz c´ubica.

Quando n ≥ 4 dizemos que est´a sendo calculada a raiz quarta, quinta, sexta...

A potencia¸c˜ao e radicia¸c˜ao s˜ao opera¸c˜oes inversas. Enquanto a primeira se preocupa em determinar o valor obtido pelas sucessivas multiplica¸c˜oes de um mesmo valor, a segunda interessa-se em saber qual ´e o n´umero que foi utilizado nessa opera¸c˜ao, uma vez que j´a sabemos o resultado destas multiplica¸c˜oes.

1.2 Existˆencia

Quando h´a um radicando negativo podemos considerar o seguinte: • Se n ´e par ent˜ao √n−A n˜

ao existe em R • Se n ´e ´ımpar ent˜ao √n−A = −B

1.3 Propriedades

Analogamente ao que foi visto em potencia¸c˜ao usaremos as propriedades j´a estabelecidas do conte´udo anterior e desenvolver estas propriedades conjun-tamente com o que ´e dito na defini¸c˜ao para todos os casos:

(2)

1. √nAm√q Ap= Amn+ p q Exemplo: √ 23√3 27= 232+ 7 3 = 2 9+14 6 = 2 23 6 = 6 √ 223 2. n √ Am q √ Ap = A m n− p q Exemplo: 3 √ 37 √ 3 = 3 7 3− 1 2 = 3 14−3 6 = 3 11 6 = 6 √ 311 3. √nA√nC = √nAC Exemplo: 7 √ 34√7 28= √7 34.28 4. n √ A n √ C = n s A C Exemplo: 3 √ 7 3 √ 32 = 3 r 7 9 5. m q n √ A = mn√A Exemplo: 3 q√ 26= √6 26

1.4 Fatora¸c˜ao em n´umeros primos

Este m´etodo ´e necess´ario quando nos deparamos com uma raiz a qual n˜ao sabemos resolvˆe-la de imediato ou quando queremos simplific´a-la. Os passos para realiza¸c˜ao do m´etodo s˜ao os seguintes:

1. Dividir o radicando por n´umeros primos at´e se obter 1;

2. Formar grupos de um mesmo n´umero com uma quantidade igual ao do radical;

3. Os n´umeros que sobrarem, ou seja, que n˜ao conseguiram formar grupos s˜ao colocados dentro da raiz;

4. Multiplicam-se todos os n´umeros, mas os n´umeros que formaram gru-pos tem apenas um de seus elementos multiplicados.

(3)

2

Exerc´ıcios

1. (ENEM 2010) Embora o ´Indice de de Massa Corporal (IMC) seja amplamente utilizado, existem ainda ´ınumeras restri¸c˜oes te´oricas ao uso e `as faixas de normalidade preconizadas. O Rec´ıproco do ´Indice Ponderal (RIP), de acordo com o modelo alom´etrico, possui uma me-lhor fundamenta¸c˜ao matem´atica, j´a que a massa ´e uma vari´avel de dimens˜oes lineares. As f´ormulas que determinam esses ´ındices s˜ao:

IM C = massa(kg) [altura(m)]2 RIP = altura(cm) 3 p massa(kg)

Se uma menina com 64 kg de massa, apresenta IMC igual a 25 kg/m2, ent˜ao ela possui RIP igual a:

(a) 0, 4 cm/kg1/3 (b) 2, 5 cm/kg1/3 (c) 8 cm/kg1/3 (d) 20 cm/kg1/3 (e) 40 cm/kg1/3 Resolu¸c˜ao

O problema exige que calculemos o valor do RIP da menina, entretanto ele n˜ao fornece o valor da altura dela. Por outro lado ´e fornecido o valor do seu IMC e de sua massa. Com essas informa¸c˜oes podemos descobrir a altura da menina e em seguida usar esta medida para calcular o RIP. Substituindo os valores dados na primeira equa¸c˜ao temos:

25 kg/m2 = 64 kg altura2

Isolando a altura:

altura2 = 64 kg 25 kg/m2

Tiramos a raiz quadrada dos dois lados para eliminarmos o quadrado da altura:

(4)

altura2 = ±

s

64 kg 25 kg/m2

Como sabemos que n˜ao existe altura negativa assumimos apenas a resposta positiva: √ altura2= s 64 kg 25 kg/m2

Podemos cancelar os quillogramas e passar os metros quadrados para cima bem como usar a propriedade 4 para separarmos as raizes e eli-minarmos o quadrado da altura:

altura = √

64 m2

√ 25 Enfim, calculando as ra´ızes, temos:

altura = 8

5 m

Ou seja:

altura = 1, 6 m

Antes de usarmos a altura que obtivemos precisamos convertˆe-la para cent´ımetros. Uma exigˆencia para se calcular o RIP:

altura = 160 cm Agora podemos substituir os valores na equa¸c˜ao:

Usando a propriedade 3 da radicia¸c˜ao podemos separar a raiz do de-nominador:

RIP = √3140 cm 64 √3kg

Logo, usando a defini¸c˜ao de radicia¸c˜ao para o kg e calculando a √3

64, conclu´ımos que:

(5)

RIP = 160 cm 4 kg1/3

Finalmente:

RIP = 40 cm/kg1/3

2. (ENEM 2011) O ´Indice de Massa Corporal (IMC) ´e largamente uti-lizado h´a cerca de 200 anos, mas esse c´alculo representa muito mais a corpulˆencia que a adiposidade, uma vez que individuos musculo-sos e obemusculo-sos podem apresentar o mesmo IMC. Uma nova pesquisa aponta o ´Indice de Adiposidade Corporal (IAC) como uma alterna-tiva mais fidedigna para quantificar a gordura corporal, utilizando a medida do quadril e a altura. A figura mostra como calcular essas me-didas, sabendo-se que em mulheres, a adiposidade normal est´a entre 19% e 26%.

Uma jovem de IM C = 20 kg/m2, 100 cm de circunferˆencia dos qua-dris e 60 kg de massa corp´orea resolveu averiguar seu IAC. Para se enquadrar aos n´ıveis de normalidade de gordura, a atitude adequada dessa jovem deve ter diante da nova medida ´e:

(Use√3 = 1, 7 e √1, 7 = 1, 3)

(a) reduzir seu excesso de gordura em cerca de 1% (b) reduzir seu excesso de gordura em cerca de 27% (c) manter seus n´ıveis atuais de gordura

(6)

(e) aumentar seu n´ıvel de gordura em cerca de 27% Resolu¸c˜ao

Dadas as informa¸c˜oes do problema n˜ao podemos calcular diretamente o IAC sem possuirmos o valor da altura do individuo. Portanto torna-se necess´ario atrav´es da f´ormula do IMC a informa¸c˜ao desejada. Substi-tuindo os valores fornecidos na primeira f´ormula temos que:

20 kg/m2 = 60kg altura X altura 20 kg/m2 = 60kg altura2 Isolando a altura: altura2 = 60kg 20 kg/m2

Analogamente ao exerc´ıcio anterior: √

altura2 = ±

s

60kg 20 kg/m2

Admitindo que altura ´e obrigatoriamente positiva:

altura =

s

60kg 20 kg/m2

Realizando a divis˜ao, cancelando os quilogramas e passando os metros quadrados pra cima, ficamos:

altura = √

3 m2

Usando a propriedade 3 vista em radicia¸c˜ao: altura =√3 .

√ m2

(7)

altura =√3 m Usando informa¸c˜oes fornecidas:

altura = 1, 7 m

Notando que todas as unidades de medida j´a est˜ao na forma que o problema deseja, substituiremos (OBS: para a resolu¸c˜ao deste exerc´ıcio recomendo n˜ao colocar as unidades de medida nos c´alculos, isso pode causar alguma confus˜ao, al´em de ser dispens´avel tal zˆelo para obten¸cao da resposta):

IAC = 100

1, 7 .√1, 7 − 18

Usando a segunda dica do problema tomaremos√1, 7 = 1, 3, ou seja:

IAC = 100

1, 7 .1, 3 − 18

Para tentar facilitar um pouco as contas admitiremos as seguintes igualdades 1, 7 = 17 10 e 1, 3 = 13 10: IAC = 17100 10 . 13 10 − 18 Isto ´e: IAC = 17 .13100 100 − 18

Mantendo a fra¸c˜ao de cima e invertendo a debaixo:

IAC = 100 .100

221 − 18

Logo:

IAC = 10000

(8)

Obtemos aproximadamente com a fra¸c˜ao: IAC ≈ 45 − 18

Perceba que o n´umero final obtido em nossos c´alculos ´e um percentual, como ´e ilustrado na figura do enunciado. Portanto coloca-se o s´ımbolo nessa resposta para o IAC:

IAC ≈ 27%

Tamb´em de acordo com o enunciado a pessoa em quest˜ao est´a acima do limite superior imposto pelo IAC. Para que ela esteja dentro da faixa ideal devemos realizar a subtra¸c˜ao:

IACpercentual a melhorar ≈ 27% − 26%

Finalmente:

IACpercentual a melhorar≈ 1%

3. (ENEM 2012) Dentre outros objetos de pesquisa, a Alometria estuda a rela¸c˜ao entre medidas de diferentes partes do corpo humano. Por exemplo, segundo a Alometria, a ´area A da superf´ıcie corporal de uma pessoa relaciona-se com a sua massa m pela f´ormula A = k . m32, em

que k ´e uma constante positiva.

Se no per´ıodo que vai da infˆancia at´e a maioridade de um indiv´ıduo sua massa e multiplicada por 8, por quanto ser´a multiplicada a ´area da superf´ıcie corporal? (a) √316 (b) 4 (c) √24 (d) 8 (e) 64 Resolu¸c˜ao

Devemos perceber que o problema se refere a duas situa¸c˜oes, uma de quando a pessoa ´e ainda crian¸ca e outra quando j´a ´e adulta e que al´em

(9)

disso a massa da pessoa adulta ´e 8m, ou seja, 8 vezes a massa da ´epoca de sua infˆancia. Assim estamos aptos a montar o sistema de equa¸c˜oes:

Acrianca = k.m 2 3 (1) Aadulto = k.(8m) 2 3 (2)

Dividindo as duas equa¸c˜oes podemos afirmar que: Acrianca Aadulto = k . m 2 3 k . (8m)23

Podemos cancelar os valores de k por tratarem-se de uma constante: Acrianca Aadulto = m 2 3 (8m)23

Devemos agora distribuir o expoente para dentro do produto do deno-minador: Acrianca Aadulto = m 2 3 823 . m 2 3

Agora, novamente, podemos cancelar m23:

Acrianca Aadulto = 1 823 Multiplicando em cruz: Aadulto= 8 2 3 . Acrianca

Agora ´e uma quest˜ao de adaptarmos o n´umero que obtivemos como a resposta quer:

Aadulto= (23)

2

3 . Acrianca

(10)

Aadulto = 22 . Acrianca

Por fim:

Aadulto= 4 . Acrianca

3

Observa¸

oes

Vale ressaltar algumas situa¸c˜oes importantes: 1. √A + B 6=√A +√B

A raiz da soma n˜ao pode ser confundida com a raiz do produto, sendo que esta ´ultima ´e v´alida, como vimos anteriormente.

2. √A ≥ 0

Por defini¸c˜ao a raiz quadrada ´e sempre um n´umero n˜ao negativo. Por isso deve-se tomar muito cuidado ao calcular ra´ızes quadradas dos dois lados de uma equa¸c˜ao e principalmente em inequa¸c˜oes.

Referências

Documentos relacionados

SINDPEÇAS - Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e ANFAVEA

A pesquisa se preocupa em verificar os fatores externos à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica que contribuem para bibliotecários assumirem

O termo extrusão do núcleo pulposo aguda e não compressiva (Enpanc) é usado aqui, pois descreve as principais características da doença e ajuda a

Fita 1 Lado A - O entrevistado faz um resumo sobre o histórico da relação entre sua família e a região na qual está localizada a Fazenda Santo Inácio; diz que a Fazenda

Apesar dos esforços para reduzir os níveis de emissão de poluentes ao longo das últimas décadas na região da cidade de Cubatão, as concentrações dos poluentes

Durante nossas práticas de sala de aula, muito discutimos sobre o que é ou não relevante para a aprendizagem do aluno. Pensando nisso de uma perspectiva mais pragmática, talvez

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

Percebemos, neste trabalho, a importância de se trabalhar a produção de texto como processo, na medida em que, dessa forma, o aluno pode se tornar mais consciente de seu papel