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O enfermeiro na sala de emergência: ponto de vista prático e político

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

LUCY DELLECRODE CALENZANI

O ENFERMEIRO NA SALA DE EMERGÊNCIA: PONTO DE VISTA PRÁTICO E POLÍTICO

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2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

LUCY DELLECRODE CALENZANI

O ENFERMEIRO NA SALA DE EMERGÊNCIA: PONTO DE VISTA PRÁTICO E POLÍTICO

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Urgência e Emergência do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista.

Profa. Orientadora: Grace Teresinha Marcon Dal Sasso

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FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

FOLHA DE APROVAÇÃO

O trabalho intitulado O ENFERMEIRO NA SALA DE EMERGÊNCIA: PONTO DE VISTA PRÁTICO E POLÍTICO de autoria do aluno Lucy Dellecrode Calenzani foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em

Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área Urgência e Emergência.

_____________________________________ Profa. Dra. Grace Teresinha Marcon Dal Sasso

Orientadora da Monografia

_____________________________________ Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes

Coordenadora do Curso

_____________________________________ Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos

Coordenadora de Monografia

FLORIANÓPOLIS (SC) 2014

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DEDICATÓRIA

A todos profissionais que atuam, ou desejam iniciar suas atividade nos Serviços de Urgência e Emergência, com zelo e carinho, na condição ímpar de anjo da guarda.

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AGRADECIMENTOS

Á Deus por ter me concedido a experiência de realizar o curso;

Aos meus queridos Tutores pelo acolhimento e carinho com que se fizeram presente nesta caminhada online;

As tutoras dos encontros presenciais, Juliana e Maria, que conduziram os encontros com leveza e harmonia nos incentivando a continuar;

Aos meus familiares, em especial ao meu marido, Carlos Augusto, por ter suportado minha instabilidade emocional devido à tensão do TCC;

Ao meu Pequeno Príncipe, Lucas, por me ajudar a entender... ”Mas, se tu me cativas nós teremos necessidade um do outro ...”

A minha querida Luma, que não começou o curso ao meu lado, pois foi concebida no Eixo Integrador, se desenvolveu e cresceu no Eixo Temático e me ajudou a entender o verdadeiro

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 01 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 03 MÉTODO... 06 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 07 REFERÊNCIAS... 08

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Portarias Ministeriais Normativas relativas a organização do serviço de Urgência e Emergência... 03

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RESUMO

O trabalho desempenhado pelo enfermeiro na sala de Emergência requer conhecimento prático e teórico, alicerçados em legislação vigente que visa assegurar a vida daqueles que estão em situação de risco e também dos trabalhadores que atua neste setor, assim este trabalho buscou na literatura abordar sobre o assunto de forma clara e sucinta.

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1 INTRODUÇÃO

Ao mencionar emergência é necessário revisar a definição de seus conceitos, segundo PAIM apud GIGLIO – JAC QUEMOT (2005) , se trata de risco iminente de vida, diagnosticado e tratado nas primeiras horas após sua constatação, seu tratamento deve ser imediato diante da necessidade de manter funções vitais e evitar incapacidade ou complicações graves, estão incluídas situações como choque, parada cardíaca ou respiratória, hemorragia e traumatismo crânio encefálico. Ao passo que as urgências se tratam de processo agudo clínico ou cirúrgico sem risco iminente de vida, havendo risco de evoluir para complicações mais graves ou mesmo fatal.

A estrutura encontrada na rede publica para o atendimento da população na situação de emergência, nos revela a falta de capacidade das Unidades Básica de Saúde em absorver a demanda dos usuários portadores de doenças que não se tratam de urgência, considerando a superlotação desses em busca de atendimento médico em Hospitais e em Pronto Atendimento2. Os esforços das políticas públicas para minimizar esta demanda excessiva nos níveis terciários, refletem algumas medidas, como por exemplo, a elaboração da Política Nacional de Atenção as Urgências, seguindo a Portaria 4.279/ 2010, com a finalidade de articular e integrar todos os meios de saúde institui em julho de 2011 as Redes de Atenção ás Urgências que se constituem do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU), Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24hs), Hospitais e Sala de Estabilização visando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral.

O profissional que recepciona e faz a primeira avaliação nos serviços de urgência determinando a prioridade na assistência e o tempo de espera é o enfermeiro (BRASIL, 2009). O enfermeiro deve ser capaz de intervir e tratar com agilidade e rapidez, conforme o risco de vida do cliente, para isso as habilidades referentes aos conhecimento fisiopatológicos, tecnológicos e de tratamento devem ser inerentes ao profissional (GARLET et al 2009), bem como destreza manual, autocontrole emocional e facilidade de comunicação ampliaram uma melhor assistência e otimização do cuidado (LOPES, 2011)

No intuito de qualificar o atendimento à população no setor de urgência/emergência foi editada a Portaria 2.048 que regulamenta os Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência no âmbito da Política Nacional visa orientar os profissionais quanto à qualificação e atuação, estabelece

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que os serviços ofereçam acolhimento com classificação de risco e atendimento sequencial para a devida inserção no Sistema Único de Saúde ou continuidade ao tratamento (BRASIL 2006)

Frente a importância da atuação do enfermeiro na sala de emergência e de sua contribuição no que se refere ao gerenciamento da assistência de enfermagem, no alcance de resultados esperados pelas Linhas de Cuidados , este estudo tem o propósito de levar o profissional a refletir o ponto de vista prático e político de sua atuação.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conforme estudos apontados por VALENTIM, os enfermeiros que atuam na emergência, devem estar aptos a proceder o exame físico, obter a historia de vida e ao mesmo tempo agir com cautela e zelo para prover o tratamento imediato para manutenção da vida e estimular a continuidade do tratamento. Além de enfatizar a importância deste profissional em aliar conhecimento teórico à capacidade de liderança, bem como iniciativa e habilidades assistencial e de ensino.

O enfermeiro deve ter tomada de decisão clara e segura uma vez que o mesmo exerce papel fundamental de liderança e coordenação. Ele deve ter em mente que suas ações vão determinar a qualidade da assistência prestada por ele e pelos demais profissionais de enfermagem envolvidos, direcionadas para atender o cliente e sua família de forma acolhedora e resolutiva (BRASIL, 2009).

Assim o enfermeiro exerce papel de extrema importância cabendo a ele a responsabilidade e condução das ações da equipe de enfermagem envolvida no atendimento dos pacientes que ali chega, Lei 7.498 de junho de 1986. É necessário o conhecimento por parte do enfermeiro a cerca da política pública que envolve as Redes de Atenção á Urgência /emergência, tendo a competência de identificar e deliberar os fluxos de clientes e necessidade de serviços adequados, aplicar as normas que integram a rede de atenção á urgência e caracterizar os modelos de organização do trabalho e da assistência em saúde e alinhar o trabalho dentro da lógica e estrutura da rede de atenção á saúde encaminhando os usuários na respectiva linha de cuidado articulada com as rede de atenção á saúde no intuito de fortalecimento do Sistema Único de Saúde.

Ressaltamos que as dificuldades encontradas no cotidiano do serviço de emergência são pouco divulgadas, mas referem-se especialmente: a falta de segurança na assistência prestada; limpeza e conforto precários, falta de profissionais para o atendimento, falta de equipamentos, demanda excessiva que poderia ser atendido pela rede básica e tempo mínimo para realização de treinamento direcionado a equipe (FURTADO, 2010), preconizado pela Portaria n°2048/GM. Segue algumas das principais Portarias Ministeriais vigentes que tem como objetivo melhorar o Serviço de Urgência e Emergência:

Quadro 1: Portarias Ministeriais normativas relativas a organização do serviço de Urgência e Emergência

Portarias GM Conteúdo

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2.923/1998 Institui o programa de apoio a implantação dos sistemas estaduais de referencia hospitalar em atendimento as Urgências e Emergências.

479/1999 Revoga a portaria anterior, e altera os mecanismos para a implanta- ção dos sistemas estaduais de referência hospitalar em atendimento de urgência e emergência, os critérios para classificação dos hospitais no sistema e a remuneração adicional. 824/1999 Cria as normas para o atendimento pré-hospitalar.

814/2001 Revoga a portaria anterior e estabelece conceitos, princípios e dire-trizes da regulação médica das urgências e normaliza o atendimento pré-hospitalar móvel de urgência.

2048/2002 É aprovado o regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência

1863/2003 Institui a Política Nacional de Atenção às Urgências. Estabelece que a referida política será composta pelos sistemas de atenção às ur- gências e emergências estaduais, regionais e municipais organizadas e que deverá ser instituída a partir dos componentes fundamentais estabelecidos no regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência.

1864/2003 Institui o componente pré-hospitalar móvel por intermédio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), suas centrais de regulação e seus núcleos de educação em urgência.

2.072/2003 Institui o Comitê Gestor Nacional de Atenção às Urgências. 1.828/2004 Institui o incentivo financeiro para adequação da área física das

Centrais de Regulação Médica de Urgência em estados, municípios e regiões de todo território nacional.

2.420/2004 Constitui Grupo Técnico (GT), visando avaliar e recomendar estraté- gias de intervenção do Sistema Único de Saúde para abordagem dos episódios de morte súbita

2.657/2004 Estabelece as atribuições das centrais de regulação médica de urgên- cias e o dimensionamento técnico para a estruturação e operacionali- zação das Centrais SAMU – 192.

1.600/2011 Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde

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1.602/2011 Estabelece diretrizes para implantação do componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto dos serviços de urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências, em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências 2.395/2011 Organiza o Componente Hospitalar da RAU no âmbito do SUS 1.010/2012 Redefine as diretrizes para a implantação do Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação das Urgên- cias, componente da Rede de Atenção às Urgências.

1.663/2012 Dispõe sobre o Programa SOS Emergências no âmbito da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE)

FONTE: Conselho Nacional de Secretários de Saúde (2007); Ministério da Saúde (2012)

A prática do enfermeiro que atua no serviço de urgência e emergência deve permitir que sua visão seja ampliada: além do plano de tratamento e realização de exames deve estar atento a viabilidade de medicamentos e equipamentos necessários para a manutenção da vida e executar as medidas corretivas necessárias. O enfermeiro além de realizar o gerenciamento das ações da equipe, é profissional essencial como parte integrante da equipe que atua na emergência e deve ter conhecimento político para executar suas ações respaldados nestes alicerces.

MÉTODO

Tratou – se de um estudo de reflexão fundamentado tanto a artigos online como no material dos módulos do Curso de Linha de Cuidados em Urgência e Emergência , visando discutir sobre o papel do enfermeiro na sala de emergência bem como as Politicas Publicas que

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fortaleceram seu exercício no âmbito institucional com a finalidade de proceder o exercício da reflexão crítica sobre suas ações para melhor atender os usuários em situação de gravidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a crescente demanda ao serviço de emergência, é preciso repensar as tecnologias de relação entre trabalhadores e usuários, a implantação das Linhas de Cuidados aliada aos alicerces teóricos e práticos com tomada de decisão, liderança e competência, valoriza a pratica do enfermeiro, em contra ponto temos a necessidade das Políticas Publicas respaldarem as ações e

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que essas sejam efetivas e se tornem uma realidade no contexto do trabalho em emergência, assim como a Portaria GM n° 2395/2011, que reforça a necessidade de estar integrado as Redes de Atenção as Urgências e exigi o Acolhimento com Classificação de Risco, a Portaria n° 2048/GM, que estabelece a implantação de redes regionalizadas e hierarquizadas de atendimentos com a finalidade de permitir uma melhor organização da assistencia é elemento indispensável para promover a universalidade e integralidade na atenção prestada, também trata a necessidade de se criar núcleos de educação permanente nos serviços de urgencia e emergencia apropriando assim os trabalhadores de conhecimento.

REFERÊNCIAS

BELLUCCI JÚNIOR, José Aparecido; MATSUDA, Laura Misue. Quality management by nurses in hospitals' emergency services: integrative literature review. Revista Gaúcha de

Enfermagem, v. 32, n. 4, p. 797-806, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção às urgências. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 256 p.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.600, de 07 de julho de 2011. Re-formula a política nacional de atenção às urgências e institui a rede de atenção à urgências no sistema único de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da rede de atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 2010.

BRASIL, Portaria. 2048/GM de 5 de novembro de 2002. Regulamenta o atendimento das

urgências e emergências. Capítulo II e III-. Documento disponível no endereço http://dtr2001. saude. gov. br/samu/legislacao/index_leg. htm, 2002.

FURTADO, BMASM, Araújo Júnior JLC. Percepção de enfermeiros sobre condições de trabalho em setor de emergência de um hospital. Acta Paul Enferm. 2010;23(2):169-74

GARLET, Estela Regina et al. Organização do trabalho de uma equipe de saúde no atendimento ao usuário em situações de urgência e emergência.Texto contexto enferm, v. 18, n. 2, p. 266-72, 2009.

GIGLIO-JACQUEMOT, Armelle. Urgências e emergências em saúde: perspectivas de profissionais e usuários. Fiocruz, 2005.

O’DWYERI, Gisele. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência: análise da política brasileira. Rev Saúde Pública, v. 45, n. 3, p. 519-28, 2011.

VALENTIM, Márcia Rejane da Silva; SANTOS, Mauro Leonardo Salvador Caldeira dos. Políticas de saúde em emergência ea enfermagem;. Rev. enferm. UERJ, v. 17, n. 2, p. 285-289, 2009.

WEHBE, Grasiela; GALVÃO, Cristina Maria. O enfermeiro de unidade de emergência de hospital privado: algumas considerações. Rev Latino-am Enfermagem, v. 9, n. 2, p. 86-90, 2001.

Referências

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