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Gesso

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Academic year: 2021

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CURSO SUPERIOR DESIGN DE INTERIORES DISCIPLINA: MATERIAIS

Gesso

Gesso é o produto resultante da calcinação da gipsita que é encontrada em depósitos naturais. Dependendo da temperatura e condições de execução da calcinação, teremos o gesso para estucador, o gesso de alta resistência e o gesso para reboco

Gipsita, segundo a Norma NBR 13207/94, é definido como sulfato de cálcio didratado natural.

Gesso para estucador é obtido com uma temperatura de 120 a 180°C. É também chamado gesso Paris. A uma temperatura de 150°C a 700° C obtém-se o gesso para reboco de simples ou duplo cozimento e a uma temperatura de 800°C a 1000°C temos o gesso de alta resistência.

O gesso Paris, dependendo do tempo de pega, pode ser de pega rápida ou pega lenta.

As características de qualidade do gesso são: sua resistência mecânica, a finura e a rapidez de pega.

Da mesma forma do cimento, quanto maior a quantidade de água , menor a resistência mecânica. Quanto mais água , maior tempo de pega. Usa-se , portanto, amassar o gesso com excesso de água, para tornar a pasta trabalhável o tempo suficiente.

No início da pega, o gesso começa a perder suas propriedades ligantes e de plasticidade, as quais desaparecem terminado o endurecimento. Deve-se, então, usar a pasta de gesso antes de começar o endurecimento.

Uma propriedade importante do gesso é a de absorver, inicialmente, quantidade de calor, protegendo os materiais por ele cobertos. Uma camada de 1,5cm protege por mais ou menos 15 min, mas com 3 cm, a proteção é de 45 min, quando a temperatura é menor que 100°C. com fogo atingindo todas faces da estrutura.

É ótimo isolante sonoro, quando misturado com fibras vegetais ou serragem de madeira.

Fabricação

A matéria-prima, como foi visto, é a gipsita que é encontrada em depósitos sedimentares naturais, principalmente no nordeste do Brasil e em Mato Grosso. O cozimento é de fácil execução. Usa-se uma temperatura de 150°C a 190°C, sendo somente difícil conservar a temperatura constante.

O gesso corrói o aço e tanto mais facilmente quanto mais água contiver em seus poros, Usam-se de preferência ferramentas de latão, para trabalhar o gesso. Não se pode armar o gesso a não ser armaduras galvanizadas.

O gesso adere mal à madeira e aos agregados lisos. Pela sua solubilidade, não é usado em exteriores.

O gesso é isolante de tipo médio, igual à madeira seca e ao tijolo. O gesso protege bem, principalmente estruturas de madeira, contra incêndios, pois absorve grande quantidade de calor, transformando-se em sulfato anidro.

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O gesso é muito empregado sob a forma de chapas, tanto para paredes como para tetos. Fundamentalmente, a placa é formada por gesso envolvido por cartão, formando um verdadeiro sanduíche.

GESSO PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Norma pertinente – NBR 13207/94

Para efeito da norma supra, às exigências físicas da tabela abaixo define os tipos de gesso utilizados na construção civil, quais sejam:

- gesso fino para revestimento; - gesso grosso para revestimento; - gesso fino para fundição;

- gesso grosso para fundição.

Classificação do gesso Tempo de pega (min) Modulo de finura

Início Fim

gesso fino para revestimento > 10 > 45 < 1,10

gesso grosso para revestimento > 10 > 45 > 1,10

gesso fino para fundição 4 – 10 20 – 45 < 1,10

gesso grosso para fundição 4 – 10 20 – 45 > 1,10

Embalagem, marcação e entrega

O gesso deve ser entregue em sacos de papel com várias folhas, suficientemente fortes para evitar rupturas durante seu manuseio e com condição de que possam ser fechados logo após o enchimento.

Quando o gesso é entregue em sacos, estes devem Ter impressos de forma visível em cada extremidade o tipo correspondente (gesso para fundição, gesso para revestimento) e no centro o nome e a marca do fabricante.

Os sacos devem conter, como massa líquida, 40 kg de gesso e devem estar perfeitos na ocasião da inspeção e recebimento.

REVESTIMENTO INTERNO DE PAREDES E TETOS COM PASTA DE GESSO

Norma pertinente – NBR 13867/97 Pasta de gesso

Mistura pastosa de gesso e água, possuindo capacidade de aderência e endurecimento.

Aditivos

Materiais que podem ser incorporados em pequenas proporções no preparo da pasta de gesso, com o objetivo de modificar algumas propriedades da pasta.

Condições gerais

Aderência

A pasta de gesso apresenta a característica de boa aderência às superfícies ásperas e absorventes. Em superfícies demasiadamente lisas e de baixa absorção, recomenda-se a escarificação, aplicação de argamassa de chapisco de alta aderência ou ainda a utilização de emulsões adesivas. As superfícies impróprias

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materiais –suporte de revestimento, por exemplo: tela e cravação de pinos de materiais não oxidáveis.

Materiais oxidáveis

Quando a superfície a ser revestida possuir algum material que se oxide na presença de sulfato de cálcio, como o ferro, deve-se fazer aplicação de argamassa de chapisco para encobrir totalmente este material.

Áreas secas

O revestimento em gesso deve ser aplicado em superfícies onde não haja percolação de águas. Nas regiões onde possam ocasionalmente ocorrer baixa percolação de água, recomenda-se a preparação da superfície com material impermeabilizante.

Materiais e constituintes

Gesso

O gesso a ser empregado deve estar especificado como gesso lento, dentro do prazo de validade e armazenado conforme as normas.

Água de empastamento

As águas utilizadas na preparação da pasta não devem estar contaminadas com impurezas que atuem a curto e a longo prazo. Recomenda-se uso de água potável. Aditivos

Devem ser usados aditivos que comprovadamente não exerçam qualquer influência nociva ao revestimento com pasta de gesso, ao material da superfície-base, à pintura ou a outro material de acabamento.

Preparo

Preparo da superfície

A superfície base deve ser regular para se garantir a aplicação de uma camada uniforme do revestimento em pasta de gesso. Em caso de necessidade, a superfície, base deve ser regularizada com argamassa.

A superfície a ser revestida deve estar limpa, livre de pó, graxa, óleos ou outros materiais que diminuam a aderência. As eflorescências visíveis devem ser eliminadas ou neutralizadas.

A superfície-base de revestimento deve estar suficientemente umedecidas antes da aplicação do revestimento. Quando a superfície a revestir for pouco absorvente, deve-se fazer aplicação de argamassa de chapisco ou emulsões adesivas.

Preparação da pasta de gesso

A pasta de gesso para revestimento deve ser preparada em quantidade suficiente para ser aplicada antes do início de pega. A pasta que se encontrar no estado de endurecimento não se tornará novamente trabalhável com adição de água.

Na preparação da pasta de gesso, recomenda-se utilizar a relação água/gesso recomendada pelo fabricante.

No procedimento de preparação, deve-se colocar o gesso sobre toda a água e aguardar a completa absorção para formação da pasta, sem que haja qualquer intervenção manual ou mecânica.

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Para retirar a pasta do recipiente deve-se utilizar ferramenta tipo colher de pedreiro ou similar. Durante todo o processo não se deve entrar em contato manual com a pasta, a fim de evitar a aceleração da pega

Aplicação

A camada de revestimento com pasta de gesso deve Ter espessura a mais uniforme possível e ser cuidadosamente espalhada.

Devem ser utilizados guias-mestras como testemunhas para auxiliar o nivelamento e o prumo da camada de revestimento.

O revestimento em pasta de gesso pode ser aplicado em várias camadas até atingir o nivelamento perfeito.

Em superfícies caiadas ou pintadas, recomenda-se um tratamento adequado, de forma a garantir uma boa aderência ao revestimento em gesso. Este tratamento pode ser realizado através de escarificação, jateamento, lixamento ou ainda com a utilização de emulsões adesivas.

Acabamento

As superfícies revestidas com gesso, após completa secagem, podem receber um acabamento final, como pintura, papéis colantes ou outros.

Quando da aplicação de pinturas, não utilizar tintas à base de cimento.

CHAPAS DE GESSO ACARTONADO Norma pertinente – NBR 14715/01

Definições

Chapas de gesso acartonado – chapas fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão, onde uma virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra.

Face da frente – face destinada a receber acabamento.

Face do verso – face oposta à da frente, apresentando a emenda dos cartões. Espessura – distância entre duas faces, medida perpendicularmente a elas.

Largura – dimensão da chapa medida perpendicularmente às bordas longitudinais. Comprimento – dimensão da chapa medida paralelamente às bordas longitudinais. Borda rebaixada – borda longitudinal conformada na fabricação, com rebaixo para facilitar o tratamento das juntas das chapas.

Borda quadrada – borda longitudinal conformada na fabricação, com ângulos retos e espessura igual à da chapa em toda sua extensão.

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CLASSIFICAÇÂO

Tipos de chapas

Tipo de chapa Código Aplicação

Standard ST Paredes, revestimentos e forro em

áreas secas

Resistente à umidade RU Paredes, revestimentos e forro em

áreas sujeitas à umidade por tempo limitado (de forma intermitente)

Resistente ao fogo RF Paredes, revestimentos e forro em

áreas secas, com chapas especialmente resistentes ao fogo Tipos de bordas das chapas

Tipo de borda Código

Borda rebaixada BR

Borda quadrada BQ

Requisitos Identificação

A identificação das chapas deve conter as seguintes inscrições: - marca e/ou fabricante;

- identificação do lote de produção; - tipo de chapa;

- tipo de borda;

- dimensões da chapa: espessura e largura; - referências a esta Norma.

Aspecto

As chapas devem ser sólidas, ter faces planas, sem ondulação aparente e sem manchas. O cartão deve estar solidário ao gesso.

Referências

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