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Avaliação da qualidade de vida, equilíbrio, força muscular e capacidade física em idosos praticantes de atividade física e não praticantes de atividade física

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Academic year: 2021

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Mariana Martinez Orlando

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, EQUILÍBRIO, FORÇA

MUSCULAR E CAPACIDADE FÍSICA EM IDOSOS PRATICANTES DE

ATIVIDADE FÍSICA E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA.

Dissertação apresentada á Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde.

Santos

2012

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Mariana Martinez Orlando

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, EQUILÍBRIO, FORÇA

MUSCULAR E CAPACIDADE FÍSICA EM IDOSOS PRATICANTES DE

ATIVIDADE FÍSICA E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

Dissertação apresentada á Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde.

.

Orientador: Prof. Dr. Império Lombardi Junior Co- orientador: Prof. Dra. Maria Stella Peccin

Santos

2012

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Orlando, Mariana Martinez

Avaliação da qualidade de vida, equlíbrio, força muscular e capacidade física em idosos praticantes de atividade física e não praticantes de atividadefísica. / Mariana

Martinez Orlando. - - Santos, 2012. x, 56f.

Tese (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo. Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde.

Títuloem ingles: Quality of life, muscle strength and physical capacity among elderly individuals and associations with physical activity.

1. Idosos 2. Atividade física 3. Qualidade de vida4. Força Muscular5. Equilíbrio 6. Capacidade Física.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Chefe do departamento: Prof. Dra. Jaquelina Maria Imbrizi

Coordenador do Curso de Pós Graduação: Prof. Dr. Daniel Araki Ribeiro

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Mariana Martinez Orlando

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, EQUILÍBRIO, FORÇA MUSCULAR

E CAPACIDADE FÍSICA EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE

FÍSICA E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA

Presidente da Banca:

Prof. Dr. Império Lombardi Junior

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Marcia Maria Pires Camargo Novelli

____________________________________________________________ Prof. Dr.Ricardo Edésio Amorim Santos Diniz

____________________________________________________________ Prof. Dr.Maurício Vanderley Moral Sgarbi

____________________________________________________________

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Dedicatória

À Deus, que me dá força para

vencer as dificuldades e superar

os obstáculos de cada dia.

Aos meus pais e ao meu marido por estarem

ao meu

lado quando precisei e por me incentivar a seguir o

meu caminho para um dia ter meu sonho realizado.

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Agradecimentos

Primeiramente agradeço à Deus que se faz presente em todos os momentos de minha vida, pela possibilidade de cursar a pós graduação. Por ter me dado saúde e sabedoria que me fortalece para a vida. Que me dá humildade em reconhecer minhas limitações e corrigir minhas falhas.

Aos meus pais, exemplos de dignidade, cujos princípios de vida me guiaram e guiam até hoje.

Pela confiança em meu potencial, pelas orações e cuidados comigo.

Ao meu marido pela ajuda, compreensão e incentivo para a realização deste trabalho nesses

anos.

Ao meu orientador Prof. Dr. Império Lombardi Junior e a minha co- orientadora Prof.ª Dra.

Maria Stella Peccin pela dedicação, compreensão, confiança e pelo incentivo a realizar o

trabalho com grande empenho e resultados brilhantes.

Obrigada pela disposição para ensinar, seus ensinamentos caminharão comigo como exemplo de

vida.

A todos que direta ou indiretamente, contribuíram para realização deste trabalho.

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Agradecimentos a Instituição Financiadora

Agradeço a Instituição Capes pelo incentivo e apoio financeiro, que foi essencial para a

concretização deste trabalho.

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Sumário

Dedicatória...v Agradecimentos...vi Resumo...x 1INTRODUÇÃO...11 2OBJETIVOS...16 3MATERIAL E MÉTODOS...17 3.1 Sujeitos...17 3.2 Procedimentos...17

3.3 Análise dos dados...21

4RESULTADOS...22 5DISCUSSÃO...25 6CONCLUSÕES...30 7ANEXOS...31 7.1 Anexo 1 ...31 7.2 Anexo 2...32 7.3 Anexo 3...34 7.4 Anexo 4...36 7.5 Anexo 5...41 8REFERÊNCIAS...45 Abstract Apêndice Bibliografia Consultada viii

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Lista de Abreviaturas e símbolos

Berg Escala de equilíbrio

IPAQ Questionário Internacional de Atividade Física MEEM Mini Exame do Estado Mental

OMS Organização Mundial da saúde

SF36 Questionário Genérico de Qualidade de Vida TC6min Teste de Caminhada de Seis Minutos

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RESUMO

Introdução: O envelhecimento torna-se um grande desafio para saúde pública, devido a necessidade de encontrar soluções para manter a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. A prática de atividade física tem sido uma importante aliada na promoção de saúde e prevenção das doenças relacionadas ao processo de envelhecimento.

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida, força muscular, equilíbrio e capacidade física de idosos praticantes e não praticantes de atividade física.

Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo observacional transversal com 74 idosos da cidade de Santos/ SP- Brasil, divididos em dois grupos: praticantes e não praticantes de atividade física. Para a coleta de dados foi utilizado o questionário internacional de atividade física para a classificação dos idosos, para avaliar a qualidade de vida foi utilizado o questionário genérico SF36, a escala de Berg foi utilizada para análise do equilíbrio, para o teste de força muscular foi utilizado a dinamometria e para a avaliação da capacidade física foi utilizado o teste de caminhada de seis minutos.

Resultados: Os dados do presente estudo mostram uma diferença significativa na qualidade de vida (p=0,001), força muscular (p=0,001), equilíbrio (p=0,001) e capacidade física (p=0,001) entre os idosos praticantes e não praticantes de atividade física. Os dados demonstram também uma moderada correlação entre os aspectos de qualidade de vida com o equilíbrio (0,513) no grupo praticante de atividade física, e uma forte correlação na qualidade de vida e a capacidade física (r= 0,741) no grupo não praticantes de atividade física.

Conclusão: Podemos concluir que os idosos da cidade de Santos que praticam atividade física têm melhor qualidade de vida, força muscular, capacidade física e equilíbrio do que os não praticam de atividade física.

Palavras Chave: idosos, envelhecimento, atividade física, força muscular, equilíbrio, capacidade física, qualidade de vida, escala de Berg, dinamometria, teste de caminhada de seis minutos.

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INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um progressivo declínio nas taxas de mortalidade e fecundidade e aumento da longevidade, levando a uma mudança no perfil demográfico. A transição demográfica tem ocorrido em todo o mundo e revela um ritmo de crescimento maior na população idosa em relação a outras faixas etárias (IBGE, 2009).

É considerado o sexto país no mundo em relação à taxa de envelhecimento populacional, registrando uma população acima de 65 anos de 7,4%. As regiões Sul e Sudeste são as que mais concentram idosos com 65 anos ou mais: 8,1%. A região norte possui a menor concentração, com 4,6%; a região nordeste possui 7,2% e a região centro-oeste registra 5,8% dessa população. Em relação à cidade de Santos, o censo mostrou que há cerca de 418 mil habitantes, sendo mais de 65 mil idosos, representando 15% da população total da cidade (IBGE, 2010).

O processo de envelhecimento é uma preocupação para a humanidade desde o início da civilização (FREITAS et al., 2006). Segundo Tavares et al. (2007), o aumento da proporção de idosos tem se tornado um fenômeno global. No Brasil, a faixa etária que mais cresce é a da população idosa e isso traz para saúde pública questões ligadas à prevenção de doenças relacionadas ao processo de envelhecimento e promoção de saúde (LITVOC E BRITO, 2004).

O envelhecimento torna-se um grande desafio para saúde pública devido à necessidade de encontrar soluções para manter a sobrevida e melhorar a qualidade de vida visto que, com o passar dos anos, pode ocorrer uma diminuição da capacidade funcional (GUEDES e SILVEIRA 2004, OLIVEIRA et al., 2010). De acordo com Almeida (2004), os indivíduos passam por alterações durante a vida, dentre elas a alteração física, comprometendo a qualidade de vida.

Segundo a OMS (2006), qualidade de vida pode ser definida como “a percepção do indivíduo quanto a sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive, levando em conta suas metas, suas expectativas, seus padrões e suas preocupações”.

Estudos transversais têm demonstrado que a prática de atividade física melhora a qualidade de vida dos idosos (WHITE et al., 2009 e MOTA et al., 2006). Levasseur et

al. (2008) e Toscana e Oliveira (2009) observaram em seus estudos feitos com idosos

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melhor é a qualidade de vida. Resultados semelhantes foram encontrados por White et al. (2009). Foram utilizados em seu estudo questionários relacionados à atividade física e qualidade de vida global, no qual foi comprovado que os idosos com maiores níveis de atividade física foram associados a menos limitações e maior autoestima.

O envelhecimento pode ser conceituado como um processo dinâmico e progressivo, em que ocorre uma série de alterações, dentre elas, morfológica, funcionais e bioquímicas, levando a várias modificações do organismo. As alterações funcionais associadas à maior prevalência de doenças crônicas podem levar a uma deterioração da habilidade de manter a sua independência (PAPALÉO, 2007).

Uma das mudanças desencadeadas pelo processo de envelhecimento é a diminuição do desempenho físico dos indivíduos, como perda da força muscular. A perda de massa muscular é progressiva, chegando a uma diminuição de 50% (dos 20 aos 90 anos) e 40% (dos 30 aos 80) (FREITAS et al., 2006). Martin et al. (2010) efetuaram um estudo comparativo da força muscular isométrica por meio do dinamômetro Citec hand-held entre jovens e idosos e constatou que estes tiveram um pior desempenho nos grupos musculares que executam a função de extensão de joelho, dorsiflexão do tornozelo, flexão plantar e inversão e eversão do pé.

Samuel e Rowe (2009) realizaram um estudo transversal e comprovaram uma diminuição expressiva da força do músculo quadríceps com o aumento da idade, avaliado através da dinamometria.

Spirduso (2005) classifica a força muscular em três tipos: força muscular isométrica, dinâmica e isocinética. A primeira é a força que pode ser gerada contra uma resistência que não cede a uma contração muscular, mantendo o comprimento do músculo. A segunda é considerada a maior quantidade de força produzida durante uma contração máxima. A última é uma medida de débito de trabalho e potência a uma velocidade constante.

Wang et al. (2002) verificaram em seu estudo que os homens mostraram uma força muscular estatisticamente maior quando comparados às mulheres.

Durante o processo de envelhecimento, o indivíduo pode apresentar também diminuição do equilíbrio. Conforme Spirduso (2005), este é a capacidade de manter a posição do corpo sobre a sua base de apoio (estacionária ou móvel). O mesmo pode ser classificado como estático, ou seja, é o controle da oscilação postural durante a posição imóvel ou pode ser classificado como dinâmico, que é o uso pertinente de

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informações internas e externas para reagir às perturbações da estabilidade e ativar os músculos para trabalhar em coordenação.

De acordo com Pedro e Amorin (2008), a diminuição da força muscular e o equilíbrio são decorrentes do envelhecimento, podendo levar o indivíduo à dependência funcional. Sendo assim, os autores compararam em seu estudo a força muscular e o equilíbrio de idosos praticantes e não praticantes de musculação e averiguaram que houve diferença expressiva entre os dois grupos analisados, considerando que o grupo que praticava musculação mostrou maiores índices de força e equilíbrio.

A capacidade física pode ser definida como a capacidade de executar tarefas de forma independente. No processo de envelhecimento, pode ocorrer uma diminuição dessa capacidade (ANDERSEN, 2011, OGILVIE et al., 2007 e CRISTOPOLISK et al., 2009). A atividade física tem sido considerada uma importante aliada para a manutenção da capacidade física, visto que ela promove uma melhora do equilíbrio e da força muscular (GRANACHER, 2011). Vários estudos têm relacionado a prática de exercícios físicos com a melhora da qualidade de vida (TERI et al., 2011), da força muscular (REXACH et.al 2011), do equilíbrio (LITTBRAND et al., 2011) e da capacidade física (LUSTOSA et al., 2011).

Fielder e Peres (2008) realizaram um estudo e avaliaram a capacidade funcional através de uma escala de autoavaliação com 12 tipos de atividades tais como: carregar peso, limpar a casa, subir e descer escadas, fazer caminhada, entre outras. Foi observado que 37,1% dos idosos apresentavam diminuição dessa capacidade. Verificou-se que idosos com 70 anos ou mais tiveram maior chance de exibir uma diminuição da capacidade funcional em relação aos idosos entre 60 e 69 anos, mostrando que a idade é um fator associado à perda da capacidade.

Scherder et al. (2010) verificaram no estudo uma moderada correlação entre a força do músculo quadríceps, a capacidade física e os aspectos cognitivos.

Pacheco et al. (2005) efetivaram um estudo com idosos praticantes e não praticantes de atividade física e avaliaram a qualidade de vida e a capacidade física (teste de caminhada de seis minutos). Os resultados comprovaram que os indivíduos praticantes têm uma melhor capacidade física e melhor qualidade de vida no aspecto capacidade funcional.

Devido ao envelhecimento, ocorre também a atrofia muscular, que é responsável pela diminuição da massa magra, refletindo no decréscimo do tamanho médio e

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número das fibras musculares (Shephard, 2003). De acordo com Spirduso (2005), o exercício físico (aeróbio e treinamento de força) pode prevenir o declínio decorrente do envelhecimento das fibras de contração lenta e também das fibras de contração rápida. O número de fibras não aumenta, porém o tamanho das ativas aumenta.

A prática regular de atividade física mostra-se excelente para minimizar os efeitos do envelhecimento, proporcionando muitos benefícios para a população idosa (LAMBERTUCCI et al., 2005). Gomes et al. (2009) averiguaram em seu estudo que os idosos eram, em sua maioria, sedentários e com pior desempenho físico. Segundo o autor, a atividade física é vista como um fator que ameniza as perdas estruturais de aptidão física do processo de envelhecimento.

Rodrigues et al. (2005), verificaram em seu estudo que as idosas submetidas a um treinamento de Karatê obtiveram melhora na força e autonomia funcional, mesmo não sendo um treinamento específico para ganho de força, confirmando que o ganho de força aumenta com a prática regular de exercícios. Bulat et al. (2007) e Ozcan et al. (2005) comprovaram em seus estudos que o aumento do equilíbrio, da mobilidade e força muscular estão relacionados à melhora da qualidade de vida .

A atividade física tem um efeito benéfico sobre a capacidade funcional (força muscular, equilíbrio e mobilidade) e qualidade de vida, uma vez que o os idosos que fazem exercício físico regular mostram melhor pontuação relacionada à qualidade de vida (funções físicas, limitações devido à saúde física, dor corporal e saúde geral). Ações preventivas que estimulem uma vida social e saudável e programas específicos para eliminar os fatores de risco da incapacidade funcional são necessários para proporcionar o bem estar dos idosos (CARVALHO E ASSINI 2008; ACREE et al., 2006;

ROSA et al., 2003).

A execução de atividade física na população idosa é uma importante estratégia não farmacológica para promoção da saúde e prevenção de agravos, já que a expectativa populacional idosa vem aumentando expressivamente ao longo dos anos. Sendo assim, estratégias precisam ser adotadas, bem como o planejamento e a avaliação dos serviços a fim de promover melhora na qualidade de vida dos idosos (PRATT et al., 2000).

Segundo os dados mais atuais do IBGE e tendo em vista ser Santos a/ou uma das cidades brasileiras com maior número de idosos e considerada de alto nível de qualidade de vida dos mesmos, o presente estudo visa a identificar o nível de qualidade de vida e avaliar a força muscular, o equilíbrio e a capacidade física dos

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idosos que residem em Santos e comparar um grupo praticante de atividade física regular com aqueles que não a praticam.

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OBJETIVO GERAL

Este estudo tem como objetivo avaliar os parâmetros de qualidade de vida, força muscular, capacidade física e equilíbrio de um grupo de idosos praticantes de atividade física e não praticantes da cidade de Santos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Relacionar a prática de atividade física com a qualidade de vida;

 Comparar os aspectos de qualidade de vida, força muscular ,equilíbrio e capacidade física em idosos praticantes e não praticantes de atividade física;

 Investigar a associação entre os aspectos de qualidade de vida (capacidade funcional, limitação por aspecto físico, dor, estado geral de saúde e vitalidade), força muscular, capacidade física e equilíbrio.

HIPÓTESE

A hipótese levantada é de que quanto maior a força muscular, melhor o equilíbrio, melhor a capacidade física e melhor é a qualidade de vida dos idosos.

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CASUÍSTICA E MÉTODOS

Esta investigação configura-se em um estudo observacional transversal, tendo como campo de investigação um grupo de idosos da cidade de Santos.

Sujeitos:

A amostra foi constituída por 37 idosos praticantes de atividade física e 37 idosos não praticantes com 60 anos de idade ou mais, de ambos os gêneros, moradores da cidade de Santos. Para a divisão dos grupos (praticantes e não praticantes de atividade física), aplicou-se o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ).

Procedimentos:

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP 0195/11) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) (Anexo 1), no qual o período de coleta para cada indivíduo foi em um único dia, por aproximadamente 50 minutos. Durante um dia, foram realizadas em média 4 avaliações. Todas elas foram feitas no Laboratório de Recursos Manuais e Físicos da Unifesp/ Baixada Santista pelo pesquisador principal.

O recrutamento dos voluntários foi por meio da assessoria de imprensa da UNIFESP e através do projeto de extensão denominado “Caminhada com a terceira idade” da UNIFESP.

As sequências para as efetuações das avaliações foram as seguintes:

1. Avaliação das alterações cognitivas que afetam a compreensão e o entendimento através do Mini Exame do Estado Mental (MEEM);

2. Avaliação do nível de atividade física por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ);

3. Avaliação da força muscular isométrica por meio da Dinamometria, através do dinamômetro da marca Lafayette;

4. Avaliação da qualidade de vida por meio do questionário genérico SF36; 5. Avaliação do equilíbrio por meio da Escala de Equilíbrio de Berg;

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6. Avaliação da capacidade física por meio do Teste de Caminhada de seis minutos (TC6min).

Os sujeitos do estudo foram informados sobre todas as etapas do estudo, o caráter voluntário da participação, a possibilidade de abandonar a pesquisa a qualquer momento e o direito ao sigilo dos dados individuais. Aqueles que aceitaram participar assinaram o termo de consentimento (apêndice 1).

Critérios de inclusão: foram incluídos no estudo idosos com 60 anos de idade ou mais e moradores da cidade de Santos, sem contra-indicação médica para a atividade física.

Critérios de exclusão: não foram incluídos os sujeitos que possuíssem alguma alteração cognitiva que afetasse a compreensão e o entendimento detectada por meio do Mini Exame do Estado Mental (0-13 pontos) ou alguma doença musculoesquelético sintomática.

Para o estudo, foram utilizados:

O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM)

O teste de MEEM (anexo 2) teve como objetivo fazer um rastreio do comprometimento cognitivo, contendo questões sobre orientação temporal (5 pontos), orientação espacial (5 pontos), memória imediata (3 pontos), atenção e cálculo (5 pontos), memória de evocação (3 pontos), linguagem (8 pontos) e capacidade construtiva visual (1 ponto). O escore varia de 0 a 30 pontos, sendo que quanto menor a nota, maior o grau de comprometimento (BRUCKI et al., 2003).

Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ curto)

O Questionário Internacional de Atividade Física (anexo 3) é composto por questões referentes às atividades executadas na última semana por pelo menos 10 minutos. Ele classifica os indivíduos como ativos (praticantes de atividade física) ou sedentários (não praticantes de atividade física).

O IPAQ foi proposto pelo Grupo Internacional para Consenso em Medidas da Atividade Física, constituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com representantes de 25 países, inclusive o Brasil. Trata-se de um instrumento

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desenvolvido com a finalidade de estimar o nível de prática habitual de exercícios físicos de populações de diferentes países e contextos socioculturais.

Originalmente, o IPAQ é apresentado em diferentes idiomas, inclusive em língua portuguesa (CRAIG et al., 2003).

Ele traz duas versões: a versão longa e a curta, e optou-se por empregar a versão curta por ser a mais frequentemente usada no Brasil. Essa versão é composta por oito questões abertas, e suas informações permitem estimar o tempo despendido por semana em diferentes dimensões de atividade física (caminhadas e esforços físicos de intensidades moderada e vigorosa) e de inatividade física (posição sentada). Para tanto, realizou-se o produto entre a duração (minutos/dia) e a frequência (dias/semana) relatadas pelos idosos nas respostas das questões apresentadas no IPAQ para a classificação destes.

Foram classificados como praticantes de atividade física aqueles que se exercitaram cinco vezes na semana por 20 minutos/sessão de atividade vigorosa ou qualquer atividade somada (vigorosa + moderada + caminhada) durante 150 minutos por semana. Por outro lado, foram classificados como não praticantes de atividade física aqueles que não fizeram nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos ou exercitaram-se por pelo menos 10 minutos por semana, porém, insuficiente para ser classificado como ativo.

Avaliação genérica da qualidade de vida (SF-36)

O questionário SF36 (anexo 4) constitui-se de oito domínios: capacidade funcional, limitação por aspecto físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade, limitação por aspectos sociais, limitação por aspectos emocionais e saúde mental em uma escala de 0 (zero) a 100 (cem), sendo que quanto maior a nota, melhor é a qualidade de vida (CICONELLI et al., 1999).

Teste de caminhada de 6 minutos

Foi avaliada a distância máxima percorrida pelo participante em uma pista de 24,7 metros durante seis minutos, na qual o indivíduo realizava a marcha sem o auxílio do avaliador e recebendo as orientações padronizadas a cada dois minutos (“Vamos lá, você está muito bem”). O teste foi feito sempre pelo mesmo avaliador e o tempo foi cronometrado com o auxílio de um relógio (KENNEDY et al., 2005).

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Avaliação do equilíbrio pela Escala de Berg

A escala de Berg foi utilizada para avaliar o equilíbrio dos idosos (anexo 5). A escala é composta por 14 itens, pontuada em uma escala de 5 pontos (0-4), medindo a capacidade de execução de cada tarefa (4 = segura e independente, 0 = incapaz). A pontuação total máxima é de 56 pontos, considerando que quanto maior for a nota, melhor será o equilíbrio (MIYAMOTO et al., 2004).

Teste de força máxima

Para a avaliação isométrica da força muscular, foi empregado o dinamômetro manual da marca Lafayette, modelo 01163, fabricado nos EUA USA A avaliação da força muscular foi feita no membro dominante, o teste realizado duas vezes no mesmo membro com um intervalo de 1 minuto entre eles, e depois foi feita uma média da força. Os voluntários foram previamente aquecidos durante 1 minuto, fazendo movimentos de flexão e extensão de joelho. Após o aquecimento, o paciente foi posicionado sentado em uma maca, com a coluna apoiada e com o joelho a 90 graus. O indivíduo efetuava uma contração isométrica no sentido de extensão de joelho com o seguinte comando: “Faça uma força como se fosse me chutar, mas sem mexer o joelho” e o terapeuta aplicava uma resistência manual no terço inferior da perna (4 centímetros acima do tornozelo) até que o dinamômetro apitasse (05 segundos) no sentido contrário ao movimento (MARTIN et al., 2006).

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ANÁLISE ESTATÍSTICA Cálculo Amostral

Para o dimensionamento da amostra, definiu-se uma diferença mínima relevante de 10 pontos no escore de Capacidade Funcional do SF-36. Com base em informações da literatura, considerou-se desvio padrão de 8.0 pontos para ambos os grupos de interesse. Fixando nível de significância em 0,05 e poder em 90%, verificou-se que a amostra deve contar com, no mínimo, 37 indivíduos em cada grupo.

Análise estatística inferencial

Na análise estatística, os resultados obtidos foram expressos por médias e desvio padrão. A fim de comparar os dois grupos em relação às variáveis quantitativas, empregou-se o teste t Student para as amostras independentes. Com a finalidade de investigar a associação entre os pares de variáveis, empregou-se o coeficiente de correlação linear de Pearson. Foi considerado estatisticamente significante p< 0,05 e r = 0 a 0,48 como fraca correlação; r = 0,49 a 0,6 como moderada correlação, e r =0,7 a 0,9 como forte correlação.

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RESULTADOS

A tabela 1 (referente à idade, gênero e mini exame do estado mental) permite observar que os grupos são homogêneos e que a média de idade foi de 68 anos.

Tabela 1: Dados descritivos (média e desvio padrão) das variáveis idade, gênero e Mini Exame do Estado Mental segundo o grupo.

Praticantes de Atividade Física Não Praticantes de Atividade Física Idade 68,08 ± 5,97 68,62 ± 6,72 Gênero M= 13 F= 24 M= 13 F= 24 MEEM 27,59 ± 1,86 28,00 ± 1,67

MEEM = Mini Exame do Estado Mental M = masculino

F = feminino ± = desvio padrão

Nota-se na tabela 2 que em todas as variáveis do questionário SF36, que avalia a qualidade de vida, apresenta-se diferença estatisticamente significante entre os grupos dos que praticam atividade física e dos que não praticam atividade física. Isso mostra que aqueles têm melhor qualidade de vida quando comparados a estes.

Tabela 2: Comparação entre os grupos praticantes de atividade física e não praticantes de atividade física com relação ao questionário genérico de qualidade de vida SF36. SF36 Praticantes de Atividade Física Não Praticantes de Atividade Física Nível Descritivo Capacidade Funcional 97,84 ± 3,64 77,14 ± 22,23 p= 0,001 Limitação por Aspecto Físico 97,30 ± 16,44 60,81 ± 46,97 p= 0,001 Dor 90,30 ± 15,97 63,97 ± 26,11 p= 0,001 Estado Geral da Saúde 94,86 ± 6,27 81,65 ± 14,84

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p= 0,001 Vitalidade 89,05 ± 11,48 73,24 ± 16,55 p= 0,001 Limitação por Aspectos Sociais 98,99 ± 6,16 87,84 ± 22,34 p= 0,006 Limitação por Aspectos Emocionais 99,10 ± 5,48 74,77 ± 43,32 p= 0,002 Saúde Mental 90,38 ± 11,56 73,95 ± 17,04 p= 0,001 Legenda: p= probabilidade ± = desvio padrão

Pode-se observar na tabela 3 que as variáveis equilíbrio (Berg), força muscular (dinamometria) e capacidade física (TC6 min) exibem diferença estatisticamente relevante entre os grupos dos praticantes de atividade física e não praticantes de atividade física.

Tabela 3: Comparação do equilíbrio, força muscular e da capacidade física entre os grupos praticantes de atividade física e não praticantes de atividade física.

Praticantes de Atividade Física Não Praticantes de Atividade Física Nível Descritivo Berg 55,32 ± 1,51 51,22 ± 3,87 p= 0,001 Dinamometria (kg) 26,87 ± 9,08 17,96 ± 9,17 p= 0,001 TC6 min (m) 568,14 ± 84,22 416 ± 78,19 p= 0,001

TC6min = Teste de caminhada de seis minutos ± = desvio padrão

p= probabilidade

Na tabela 4, é possível observar com relação ao grupo dos praticantes de atividade física que houve uma correlação positiva moderada entre vitalidade e Berg (r = 0,499); limitação por aspecto físico e Berg (r = 0,513); vitalidade e TC6min (r = 0,517), e capacidade funcional e TC6min (r= 0,618). Com relação ao grupo de não praticantes de atividade física, houve uma forte correlação positiva entre a capacidade funcional e o teste de caminhada de 6 minutos (r = 0,741) e uma moderada correlação positiva entre vitalidade e Berg (r= 0,688); limitação por aspecto físico e Berg (r= 0,513), e limitação por aspecto físico e TC6 min (r = 0,513).

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Tabela 4: Correlação entre os domínios de qualidade de vida, força muscular, equilíbrio e capacidade física. Praticantes de atividade física Não praticantes de atividade física

Dinamometria Berg TC6min Dinamometria Berg TC6min Vitalidade *r= 0,090 **r= 0,499 **r=0,517 *r= 0,159 **r=0,688 *r=0,396 Limitação aspecto físico *r= 0,107 *r= 0,260 *r=0,320 *r= 0,302 **r=0,513 **r=0,513 Estado geral Saúde *r= 0,140 *r= 0,222 *r=0,338 *r= 0,270 *r=0,314 *r=0,390 Dor *r= 0,020 *r= 0,278 *r=0,386 *r= 0,276 *r=0,450 *r=0,388 Capacidade Funcional *r= - 0,215 *r= 0,434 **r= 0,618 *r= 0,437 **r=0,587 ***r=0,741 TC6min= teste de caminhada de seis minutos

r= nível de correlação * fraca correlação ** moderada correlação *** forte correlação

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Discussão

Foi executado um estudo com idosos de ambos os gêneros (com média de idade de 68 anos, residentes na cidade de Santos, considerada uma das cidades de maior infraestrutura para eles) através de questionários sobre qualidade de vida e nível de atividade física, além de testes de força muscular, capacidade física e equilíbrio, dividindo-os em dois grupos: praticantes de atividade física e não praticantes de atividade física.

Neste estudo, observou-se que em todas as variáveis do questionário genérico SF36 sobre qualidade de vida – capacidade funcional (p= 0,001), limitação por aspecto físico (p= 0,001), dor (p= 0,001), estado geral da saúde (p= 0,001), vitalidade (p= 0,001), limitação por aspectos sociais (p= 0,006), limitação por aspectos emocionais (p= 0,002) e saúde mental (p= 0,001) – houve diferença significativa entre os grupos praticantes de atividade física e não praticantes de atividade física, demonstrando que a prática da mesma proporciona uma melhora na qualidade de vida.

No que se refere à relação entre o praticar exercícios físicos e a qualidade de vida, tem se confirmado que aquele está associado à melhora desta (MOTA et al., 2006, LEVASSEUR et al., 2008, TOSCANA e OLIVEIRA, 2008, EKWALL et al., 2009, WHITE et al., 2009, UEMURA, 2003, LIM et al., 2007, ACREE et al., 2006). Resultados semelhantes foram encontrados por Teri et al. (2011), que realizaram um estudo com 273 idosos e observaram que os idosos que participaram de um programa de atividade física tiveram uma melhora da qualidade de vida, avaliada por meio do questionário SF36, o que corrobora os dados deste estudo sobre a influência da atividade física na melhora dos aspectos relacionados à qualidade de vida e promoção de saúde.

Sato et al. (2007) efetuaram um estudo com 30 idosos, divididos em três grupos. O primeiro grupo recebia a intervenção (exercícios) uma vez por semana; o segundo grupo recebia a intervenção duas vezes por semana e o terceiro grupo não recebia nenhuma intervenção (grupo controle). Com o objetivo de avaliar a qualidade de vida, foi usado o questionário SF36. O estudo revelou que o grupo que praticava exercício físico duas vezes na semana mostrou melhora da qualidade de vida.

No presente estudo referente à escala de equilíbrio de Berg, dinamometria e TC6min, observou-se que houve uma diferença relevante entre os grupos em todas as variáveis: equilíbrio (p= 0,001), força muscular (p= 0,001) e capacidade funcional (p= 0,001).

(27)

Littbrand et al (2011) e Bulat et al (2007) avaliaram o efeito do exercício físico em idosos. Para alcançar tal objetivo, foi feito um estudo com os mesmos, de ambos os gêneros, divididos em grupo intervenção e grupo controle. Para a avaliação do equilíbrio, foi usada a escala de equilíbrio de Berg e constatada uma melhora expressiva do equilíbrio no grupo que executava exercícios.

Silva et al. (2011) realizaram um estudo com o intuito de analisar a força muscular e capacidade física de idosos praticantes e não praticantes de ginástica. Para tanto, foi feita uma pesquisa com 54 voluntários. Todos foram submetidos ao teste de sentar-se e levantar-se da cadeira em 30 segundos e o teste de caminhada de seis minutos. Os resultados comprovaram que os idosos que praticavam atividade física exibiram melhores indicadores de força muscular e capacidade física em relação aos não praticantes.

Rexach et al. (2011) e Silva et al. (2009) evidenciaram em seus estudos (com relação a um programa de treinamento muscular) que a prática de atividade física aumentou a força muscular dos idosos que participaram da intervenção.

Opdenacker et al. (2011) fizeram um estudo com 186 mulheres sedentárias, porém saudáveis, com idade entre 60 a 83 anos, por um período de dois anos. Essas mulheres foram divididas em três grupos. O primeiro grupo recebia orientações sobre atividade física para fazer em casa e eram apoiadas por telefone. O segundo grupo realizava exercícios (força, resistência, flexibilidade e equilíbrio) supervisionado por um profissional três vezes na semana. O terceiro grupo não recebia nenhuma orientação e nem intervenção. Após um ano, essas mulheres foram reavaliadas. Os resultados confirmaram que o primeiro grupo apresentou aumento da força muscular, enquanto que o segundo grupo obteve melhor desempenho na capacidade funcional. Os autores concluem que a intervenção é uma ação muito valiosa contra a inatividade.

Diferentes resultados foram apontados por Lima et al. (2011), que avaliaram 42 idosos praticantes de atividade física em duas fases. Para a classificação dos idosos como praticantes de atividade física, empregou-se o questionário internacional de atividade física (IPAQ). Para a avaliação do equilíbrio, foi utilizada a escala de equilíbrio de Berg e para a avaliação da capacidade física, foi usado o teste de caminhada de seis minutos (TC6min). Após três anos, esses idosos foram reavaliados e foi comprovado que eles continuavam a prática de atividade física, que não houve diferença no equilíbrio e que o desempenho físico diminuiu. Santos et al. (2011) efetivaram um estudo semelhante, em que não foram encontradas diferenças

(28)

significativas no equilíbrio, mas a capacidade física teve uma melhora relevante (p= 0,001).

Lustosa et al. (2011) efetuaram um estudo a fim de verificar o efeito de um programa de fortalecimento muscular em relação à capacidade física e força em mulheres. Para a avaliação daquela, foi empregado o teste Timed Up and Go (TUG) e o TC10, que consiste em caminhar a uma velocidade normal um percurso de 10 metros (os dois primeiros e os dois últimos foram desconsiderados) e a força muscular foi avaliada através da dinamometria. Após três semanas de treinamento, as mulheres mostraram uma melhora expressiva da força muscular e da capacidade física, demonstrando uma boa correlação entre aquela e esta.

Taguchi et al. (2010), realizaram um estudo com 65 idosos, com idade média de 84 anos, no qual avaliou-se a força muscular através da dinamometria e a capacidade física através do teste de caminhada de seis minutos, pré e pós-intervenção. Encontrou-se aumento significativo da força muscular, mas não encontraram diferença na capacidade física.

Szturm et al. (2011) efetivaram um estudo com idosos, no qual avaliaram o equilíbrio através da Escala de equilíbrio de Berg e a capacidade física por meio do Teste Timed Up and Go e do teste de caminhada, pré e pós-intervenção. Os idosos foram divididos em dois grupos: o primeiro grupo recebeu um programa de intervenção baseado em exercícios de equilíbrio e força e o segundo grupo recebeu um programa baseado em jogos de vídeo game. Os resultados comprovaram melhoras relevantes em ambos os grupos, mas não foi encontrada diferença significativa na capacidade física após a intervenção.

Pacheco et al. (2005) realizaram um estudo com idosos praticantes e não praticantes de atividade física e avaliaram a qualidade de vida e performance motora (teste de caminhada de seis minutos). Os resultados indicaram que a capacidade física e a qualidade de vida são melhores em indivíduos praticantes de exercício físico.

Pedro e Amorin (2008), Yan et al. (2009) e Rodrigues et al. (2005) efetuaram um estudo com idosos e verificaram que o grupo que praticava atividade física apresentou maiores índices de força e equilíbrio.

Gomes et al. (2009) observaram em seu estudo que os idosos eram, em sua maioria, sedentários e com pior desempenho físico. Segundo o autor, a atividade física é vista como um fator que ameniza as perdas estruturais de aptidão física do processo de envelhecimento. Nesse estudo, também foi encontrada uma relação entre a prática

(29)

de atividade física e as alterações ocorridas no processo de envelhecimento, tais como: diminuição de força muscular, equilíbrio e capacidade física.

O presente estudo evidencia que o aumento da força muscular, o equilíbrio e a capacidade física estão associadas à prática de atividade física. Esses achados corroboram as pesquisas de outros autores. Essa evidência é de grande valia, visto que a população está envelhecendo e são necessárias medidas para agir no processo de envelhecimento.

Pode-se observar neste estudo referente ao grupo praticante de atividade física que houve uma moderada correlação positiva entre vitalidade e Berg; limitação por aspecto físico e Berg; vitalidade e TC6min, e capacidade funcional e TC6min. Com relação ao grupo de não praticantes de atividade física, houve uma forte correlação positiva entre a capacidade funcional e o teste de caminhada de 6 minutos e uma moderada correlação entre vitalidade e Berg; limitação por aspecto físico e Berg, e limitação por aspecto físico e TC6 min.

Resultados semelhantes foram encontrados por Ozturk et al. (2011) em seu estudo na Turquia. Os autores avaliaram a qualidade de vida de 100 idosos acima de 65 anos e comprovaram uma forte correlação entre a capacidade física e qualidade de vida.

Kuptniratsaikul et al. (2011) efetuaram um estudo no qual foi executado um programa de exercício em um período de 12 meses. A avaliação do equilíbrio foi feita através da escala de equilíbrio de Berg e a qualidade de vida foi avaliada por meio do questionário SF36, em que foi constatada uma melhora no equilíbrio (p= 0,015) e na qualidade de vida (p= 0,031), podendo concluir que a prática de atividade física está correlacionada com a qualidade de vida e o equilíbrio.

Cawthon et al (2011) e Misic et al (2009) avaliaram a força muscular e a capacidade física e confirmaram uma forte correlação entre força muscular e capacidade física em idosos praticantes de exercícios físicos. Esses resultados corroboram os resultados encontrados em nosso estudo, que encontrou uma boa correlação positiva entre força muscular e capacidade física.

Ozcan et al. (2005) executaram um estudo com 116 idosos acima de 65 anos de idade com o objetivo de relacionar a qualidade de vida com a capacidade funcional, e verificaram que o aumento do equilíbrio e da força muscular está relacionado com a melhora da qualidade de vida. Resultados semelhantes foram encontrados no presente

(30)

estudo, que encontrou uma boa correlação positiva entre a qualidade de vida e a força muscular.

A partir desses achados, foi possível identificar uma correlação positiva entre força muscular, equilíbrio e capacidade física com os aspectos de qualidade de vida, reforçando os resultados encontrados pelos autores citados acima sobre a influência da atividade física no processo de envelhecimento, uma vez que são necessárias medidas que melhorem a qualidade de vida não somente física, bem como social e mental.

(31)

Conclusão

Diante dos resultados obtidos, podemos observar que os idosos praticantes de atividade física, residentes em Santos, exibem melhores índices de força muscular, equilíbrio, capacidade física, e isso mostra que os exercícios físicos proporcionam uma melhora da força muscular, do equilíbrio e da capacidade física, que são essenciais para a promoção de saúde e prevenção.

Concluímos também que os idosos que praticam atividade física tiveram melhores índices na qualidade de vida e que há uma relação entre a prática de atividade física e a qualidade de vida, demonstrando que os idosos, quando comparados, mostraram diferença estatisticamente relevante entre eles.

Em relação à associação entre qualidade de vida e força muscular, equilíbrio e capacidade física verificamos que os idosos que tiveram melhores índices de força muscular, equilíbrio e capacidade física, ou seja, o grupo praticante de atividade física, apresentaram também maiores índices de qualidade de vida, confirmando uma correlação entre qualidade de vida e força muscular, equilíbrio e capacidade física.

(32)
(33)

ANEXO 2

Nome:_____________________________________________________

Mine – Mental (MEEM)

Orientação temporal

Pontuação

Que dia é hoje?

Em que mês estamos?

Em que ano estamos?

Em que dia da semana estamos?

Qual a hora aproximada?

Orientação espacial

Em que local estamos?

Que local é este aqui?

Em que bairro estamos?

Em que cidade nós estamos?

Em que estado nós estamos?

Memória imediata

Dizer três palavras que deverão ser

repetidas a seguir: carro, vaso,

tijolo.

/1 ponto para cada

palavra

Cálculo

100-7= 93

/1

93-7=86

/1

86-7=79

/1

79-7=72

/1

72-7=65

/1

Evocação das palavras

Perguntar quais as palavras que a

pessoa acabou de repetir (carro,

vaso, tijolo).

/1 ponto para cada

palavra

Nomeação

Pedir para o indivíduo nomear os

objetos mostrados (relógio, caneta).

/1 ponto para cada

palavra

(34)

Dizer uma frase que deve ser

repetida logo em seguida: nem

aqui, nem ali, nem lá.

/1 ponto

Comando

Pegue este papel com a mão

direita, dobre-o no meio e coloque-o

no chão (não dar dicas).

/1 ponto

Leitura

Mostrar a frase escrita: “Feche os

olhos” e pedir para o indivíduo fazer

o que está sendo mandado

/1 ponto

Frase

Pedir para o indivíduo escrever uma

frase que tenha começo, meio e

fim.

/1 ponto

Cópia do desenho

Mostrar o desenho e pedir para

fazer o melhor possível. Considerar

apenas se houver dois pentágonos

interseccionados (dez ângulos)

formando uma figura de quatro

lados ou com dois ângulos

/1 ponto se o desenho for

feito da maneira esperada

(35)

ANEXO 3

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – VERSÃO CURTA - CURTA

Nome:_______________________________________________________ Data: ______/ _______ / ______ Idade: ______ Sexo: F ( ) M ( )

Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender quão ativos nós somos em relação às pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gastou fazendo atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você fez no trabalho, foi de um lugar a outro por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO

importantes. Por favor responda cada questão mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação!

Para responder às questões, lembre-se de que:

� atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal;

� atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal.

Para responder às perguntas, pense somente nas atividades que você realizou por pelo menos 10 minutos contínuos de cada vez.

1a. Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10

minutos contínuos em casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro por lazer, por prazer ou como forma de exercício?

_____ dias por SEMANA ( ) Nenhum

1b. Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou caminhando por dia?

horas: ______ Minutos: _____.

2a. Em quantos dias da última semana você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo, pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar

moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA CAMINHADA)

_____ dias por SEMANA ( ) Nenhum

2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo-as por dia? horas: ______ Minutos: _____.

3a. Em quantos dias da última semana você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no jardim, carregar pesos

(36)

elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou batimentos do coração.

_____ dias por SEMANA ( ) Nenhum

3b. Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos, quanto tempo no total você gastou fazendo-as por dia? horas: ______ Minutos: _____.

Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentado durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.

4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana? ______horas ____minutos.

4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de final de semana? ______horas ____minutos.

(37)

ANEXO 4

1. Nome ____________________________________________Data ____/_____/_____

SF - 36

Instruções: questiona você sobre sua saúde. Essas informações nos manterão informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer suas atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro em como responder, por favor, tente responder o melhor que puder.

1. Em geral, você diria que sua saúde é: (Circule uma). - Excelente...1 - Muito boa ...2 - Boa ...3 - Ruim ...4 - Muito ruim ...5

2. Comparada há um ano, como você classificaria sua saúde,

em geral, agora? (Circule uma) - Muito melhor agora do que há um ano atrás ...1 - Um pouco melhor agora do que há um ano atrás ...2 - Quase a mesma de um ano atrás ...3 - Um pouco pior agora do que há um ano atrás ...4 - Muito pior agora do que há um ano atrás ...5

(38)

3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para executar essas atividades? Neste caso, quanto? (Circule um número em cada linha)

Atividades Sim, dificulta muito Sim, dificulta um pouco Não dificulta de modo algum a. Atividades vigorosas, que exigem muito

esforço tais como correr, levantar objetos pesados, participar de esportes.

1 2 3

b. Atividades moderadas, tais como mover uma mesa, passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa.

1 2 3

c. Levantar ou carregar mantimentos. 1 2 3

d. Subir vários lances de escada. 1 2 3

e. Subir um lance de escada. 1 2 3

f. Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se. 1 2 3

g. Andar mais de 1 quilômetro. 1 2 3

h. Andar vários quarteirões. 1 2 3

i. Andar um quarteirão. 1 2 3

j. Tomar banho ou vestir-se. 1 2 3

4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho ou com alguma atividade diária regular como consequência de sua saúde física? (Circule uma em cada linha)

Sim Não a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu

trabalho ou a outras atividades?

1 2

b. Realizou menos tarefas do que você gostaria ? 1 2 c. Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades? 1 2 d. Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (ex.: 1 2

(39)

necessitou de um esforço extra)?

5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o seu trabalho ou outra atividade regular diária como conseqüência de algum problema emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso) ? (Circule uma em cada linha)

Sim Não

a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras atividades ?

1 2

b. Realizou menos tarefas do que você gostaria ? 1 2 c. Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com

tanto cuidado como geralmente faz?

1 2

6. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, vizinhos, amigos ou em grupo ? (Circule uma)

- De forma nenhuma ...1

- Ligeiramente ...2

- Moderadamente ...3

- Bastante ...4

- Extremamente ...5

7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas ? (Circule uma) - Nenhuma ...1 - Muito leve ...2 - Leve ...3 - Moderada ...4 - Grave ...5 - Muito grave ...6

8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu em seu trabalho normal (incluindo tanto o trabalho fora de casa quanto dentro de casa)? (Circule uma) - De maneira alguma ...1

- Um pouco ...2

- Moderadamente ...3

(40)

- Extremamente ...5

9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor, dê uma resposta que mais se aproxime da maneira como você se sente. (Circule um número em cada linha) Todo o tempo A maior parte do tempo Uma boa parte do tempo Algum a parte do tempo Uma pequen a parte do tempo Nunca a. Quanto tempo você tem se sentido cheio de vigor, cheio de vontade, cheio de forças ? 1 2 3 4 5 6 b. Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa muito nervosa? 1 2 3 4 5 6 c. Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada pode animá-lo? 1 2 3 4 5 6 d. Quanto tempo você tem se sentido calmo ou tranquilo? 1 2 3 4 5 6 e. Quanto tempo você tem se sentido com muita energia? 1 2 3 4 5 6 f. Quanto tempo você tem se sentido desanimado e abatido? 1 2 3 4 5 6 g. Quanto tempo você tem se sentido esgotado? 1 2 3 4 5 6 h. Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa feliz? 1 2 3 4 5 6 i. Quanto tempo você tem se sentido cansado? 1 2 3 4 5 6 10. Durante as últimas 4 semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais interferiram em suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes etc.)? (Circule uma) - Todo o tempo ...1

- A maior parte do tempo ...2

- Alguma parte do tempo ...3

(41)

- Nenhuma parte do tempo ...5

11. Quão verdadeira ou falsa é cada uma das afirmações para você?

(Circule um número em cada linha) Definitiva-mente verdadeiro A maioria das vezes verdadeiro Não sei A maioria das vezes falso Definiti-vamente falso a. Eu costumo adoecer um pouco mais facilmente que as outras pessoas.

1 2 3 4 5

b. Eu sou tão saudável quanto qualquer pessoa que eu conheço.

1 2 3 4 5

c. Eu acho que a minha saúde vai piorar.

1 2 3 4 5

(42)

ANEXO 5

Escala de equilíbrio funcional de Berg - Versão Brasileira Nome _______________________ Data __________

Local _______________________ Avaliador______ 1. Posição sentada para posição em pé.

Instruções: Por favor, levante-se. Tente não usar suas mãos para se apoiar.

( ) 4 capaz de levantar-se sem utilizar as mãos e estabilizar-se independentemente. ( ) 3 capaz de levantar-se independentemente utilizando as mãos.

( ) 2 capaz de levantar-se utilizando as mãos após diversas tentativas. ( ) 1 necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se. ( ) 0 necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se. 2. Permanecer em pé sem apoio.

Instrução: Por favor, fique em pé por 2 minutos sem se apoiar. ( ) 4 capaz de permanecer em pé com segurança por 2 minutos. ( ) 3 capaz de permanecer em pé por 2 minutos sob supervisão. ( ) 2 capaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio.

( )1 necessita de várias tentativas para permanecer em pé por 30 segundos sem apoio. ( ) 0 incapaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio.

Se o paciente for capaz de permanecer em pé por 2 minutos sem apoio, dê o número total de pontos para o item n° 3. Continue com o item n° 4.

3. Permanecer sentado sem apoio nas costas, mas com os pés apoiados no chão ou num banquinho.

Instrução: Por favor, fique sentado sem apoiar as costas, com os braços cruzados por 2 minutos.

( ) 4 capaz de permanecer sentado com segurança e com firmeza por 2 minutos. ( ) 3 capaz de permanecer sentado por 2 minutos sob supervisão.

( ) 2 capaz de permanecer sentado por 30 segundos. ( ) 1 capaz de permanecer sentado por 10 segundos.

( ) 0 incapaz de permanecer sentado sem apoio durante 10 segundos.

4. Posição em pé para posição sentada. Instrução: Por favor, sente-se.

( ) 4 senta-se com segurança com uso mínimo das mãos. ( ) 3 controla a descida utilizando as mãos.

( ) 2 utiliza a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a descida. ( ) 1 senta-se independentemente, mas tem descida sem controle.

( ) 0 necessita de ajuda para sentar-se. 5. Transferências.

(43)

Instruções: Arrume as cadeiras perpendicularmente ou uma de frente à outra para uma transferência em pivô. Peça ao paciente para transferir-se de uma cadeira com apoio de braço para uma cadeira sem apoio de braço, e vice-versa. Você poderá utilizar duas cadeiras (uma com e outra sem apoio de braço) ou uma cama e uma cadeira.

( ) 4 capaz de transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos. ( ) 3 capaz de transferir-se com segurança com o uso das mãos.

( ) 2 capaz de transferir-se seguindo orientações verbais e/ou supervisão. ( ) 1 necessita de uma pessoa para ajudar.

( ) 0 necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar para realizar a tarefa com segurança.

6. Permanecer em pé sem apoio, com os olhos fechados.

Instruções: Por favor, fique em pé e feche os olhos por 10 segundos. ( ) 4 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com segurança. ( ) 3 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com supervisão. ( ) 2 capaz de permanecer em pé por 3 segundos.

( ) 1 incapaz de permanecer com os olhos fechados durante 3 segundos, mas mantém-se em pé.

( ) 0 necessita de ajuda para não cair.

7. Permanecer em pé sem apoio, com os pés juntos. Instruções: Junte seus pés e fique em pé sem se apoiar.

( ) 4 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 1 minuto com segurança.

( ) 3 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 1 minuto com supervisão.

( ) 2 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 30 segundos.

( ) 1 necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer com os pés juntos durante 15 segundos.

( ) 0 necessita de ajuda para posicionar-se e é incapaz de permanecer nessa posição por 15 segundos.

8. Alcançar a frente com o braço estendido permanecendo em pé.

Instruções: Levante o braço a 90º. Estique os dedos e tente alcançar a frente o mais longe possível. (O examinador posiciona a régua no fim da ponta dos dedos quando o braço estiver a 90º. Ao serem esticados para frente, os dedos não devem tocar a régua. A medida a ser registrada é a distância que os dedos conseguem alcançar quando o paciente se inclina para frente o máximo que ele consegue. Quando possível, peça-lhe para usar ambos os braços para evitar rotação do tronco).

( ) 4 pode avançar à frente mais que 25 cm com segurança. ( ) 3 pode avançar à frente mais que 12,5 cm com segurança. ( ) 2 pode avançar à frente mais que 5 cm com segurança. ( ) 1 pode avançar à frente, mas necessita de supervisão.

( ) 0 perde o equilíbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo. 9. Pegar um objeto do chão a partir de uma posição em pé.

(44)

Instrução: Pegue o sapato/chinelo que está à frente dos seus pés. ( ) 4 capaz de pegar o chinelo com facilidade e segurança.

( ) 3 capaz de pegar o chinelo, mas necessita de supervisão.

( ) 2 incapaz de pegá-lo, mas se estica até ficar a 2-5 cm do chinelo e mantém o equilíbrio independentemente.

( ) 1 incapaz de pegá-lo, necessitando de supervisão enquanto está tentando. ( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair.

10. Virar-se e olhar para trás por cima dos ombros direito e esquerdo enquanto permanece em pé.

Instruções: Vire-se para olhar diretamente atrás de você por cima do seu ombro esquerdo sem tirar os pés do chão. Faça o mesmo por cima do ombro direito.

(O examinador poderá pegar um objeto e posicioná-lo diretamente atrás do paciente para estimular o movimento).

( ) 4 olha para trás de ambos os lados com uma boa distribuição de peso.

( ) 3 olha para trás somente de um lado; o lado contrário demonstra menor distribuição de peso.

( ) 2 vira somente para os lados, mas mantém o equilíbrio. ( ) 1 necessita de supervisão para virar.

( ) 0 necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair. 11. Girar 360 graus.

Instruções: Gire completamente ao redor de si mesmo. Pausa. Gire completamente ao redor de si mesmo em sentido contrário.

( ) 4 capaz de girar 360 graus com segurança em 4 segundos ou menos.

( ) 3 capaz de girar 360 graus com segurança somente para um lado em 4 segundos ou menos.

( ) 2 capaz de girar 360 graus com segurança, mas lentamente. ( ) 1 necessita de supervisão próxima ou orientações verbais. ( ) 0 necessita de ajuda enquanto gira.

12. Posicionar os pés alternadamente no degrau ou banquinho enquanto permanece em pé sem apoio.

Instruções: Toque cada pé alternadamente no degrau/banquinho. Continue até que cada pé tenha tocado o degrau/banquinho quatro vezes.

( ) 4 capaz de permanecer em pé independentemente e com segurança, completando 8 movimentos em 20 segundos.

( ) 3 capaz de permanecer em pé independentemente e completar 8 movimentos em mais que 20 segundos.

( ) 2 capaz de completar 4 movimentos sem ajuda.

( ) 1 capaz de completar mais que 2 movimentos com o mínimo de ajuda. ( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair.

(45)

Instruções: (demonstre para o paciente) Coloque um pé diretamente à frente do outro na mesma linha; se você achar que não irá conseguir, coloque o pé um pouco mais à frente do outro pé e levemente para o lado.

( ) 4 capaz de colocar um pé imediatamente à frente do outro, independentemente, e permanecer por 30 segundos.

( ) 3 capaz de colocar um pé um pouco mais à frente do outro e levemente para o lado, independentemente, e permanecer por 30 segundos.

( ) 2 capaz de dar um pequeno passo, independentemente, e permanecer por 30 segundos.

( ) 1 necessita de ajuda para dar o passo, porém permanece por 15 segundos. ( ) 0 perde o equilíbrio ao tentar dar um passo ou ficar de pé.

14. Permanecer em pé sobre uma perna.

Instrução: Fique em pé sobre uma perna o máximo que você puder sem se segurar.

( ) 4 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por mais que 10 segundos.

( ) 3 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por 5-10 segundos. ( ) 2 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por mais que 3 segundos.

( ) 1 tenta levantar uma perna, mas é incapaz de permanecer por 3 segundos, embora permaneça em pé independentemente.

( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair. ( ) Escore total (Máximo = 56)

(46)

REFERÊNCIAS

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