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Academic year: 2021

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Considerações Preliminares

Princípios e Regras   • Os Princípios, assim como as Regras, fazem parte do ordenamento jurídico. • Os princípios têm maior grau de abstração do que as Regras. • Na CF/88, os princípios exprimem a noção de disposição fundamental que se irradia sobre as  diferentes normas.  • É o espírito, o fundamento da norma, a base da norma jurídica.

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Considerações Preliminares

Princípios e Regras • Segundo Jorge Miranda os princípios dão coerência geral ao sistema. • A teorização dos princípios encontra-se na fase Pós-positivista, cuja principal  característica é a afirmação definitiva da força jurídica dos princípios.   

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Considerações Preliminares

Princípios e Regras • As Regras são preceitos que tutelam situações subjetivas de vantagem ou de  vínculo. • Norma jurídica seria o gênero cujas espécies são regras e os princípios,  ambos com força para obrigar juridicamente.

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Regras: são positivadas → prescrevem comportamentos, obrigações,  proibições  permissões → aplicação parte de uma adequada  verificação da subsunção do fato concreto à hipótese prescrita. Conflito entre regras → impõe-se o afastamento de uma regra em  função de um processo hierárquico, cronológico ou da especialidade  → ou são ou não são, são tudo ou nada (Ronald Dworkin)      Princípios: são dotados de elevado grau de abstração, informam  sistemas e se estendem a todos os ordenamentos.  Conflito entre princípios → deve haver uma ponderação do peso ou da  importância de um princípio sobre o outro, dada a situação fática →  um princípio cede espaço ao outro, sem que o de menor dimensão  perca sua validade. 

Considerações Preliminares

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Conceito e Conteúdo dos Princípios Fundamentais

• Os princípios fundamentais, segundo Canotilho, visam essencialmente definir e caracterizar  a coletividade política e o Estado e enumerar as principais opções político-constitucionais. • Conteúdo: • Princípios definidores de forma de Estado. • Princípios definidores da Estrutura do Estado. • Princípios estruturantes do regime político. • Princípios caracterizadores da forma de governo e da organização política em geral.

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Conceito e Conteúdo dos Princípios Fundamentais

• Uma das funções mais importantes dos princípios é servir como critérios de  interpretação das normas constitucionais: – Para o legislador: no momento de criação das normas infraconstitucionais. – Para juízes: no momento da aplicação do Direito – Para os cidadãos: no momento de realização dos seus direitos.

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Os Princípios Constitucionais

• A Doutrina reconhece a existência de princípios constitucionais positivados e  não-positivados – a exemplo do princípio da proporcionalidade e razoabilidade. • Princípio Jurídico-constitucionais: São princípios constitucionais gerais  informadores da ordem jurídica nacional.  Exemplos: princípio da supremacia da Constituição e o princípio da  Constitucionalidade, princípio da proteção à família, etc.

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Os Princípios Constitucionais

• Exemplos: a) Princípio da inafastabilidade ou do controle do Poder Judiciário (Art.  5°, XXXV): garante a todos o acesso ao Judiciário. b) Proibição dos Tribunais de Exceção (Art. 5°, XXXVII). Tribunal de  Exceção é aquele criado especialmente para julgar certos crimes ou  pessoas. Ex.: Tribunal de Nuremberg (julgou nazistas após a 2ª  Guerra). c) Julgamento pelo Tribunal do Júri em Crimes Dolosos contra a vida  (Art. 5°, XXXVIII). Ex.: homicídio, infanticídio, aborto.

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Os Princípios Constitucionais

d) Princípio do Juiz Natural (Art. 5°, LIII): objetiva assegurar o julgamento  por um juiz independente e imparcial. e) Princípio da Anterioridade da Reserva da Lei Penal (Art. 5°, XXXIX). f) Princípio da Irretroatividade da Lei Penal mais gravosa (Art. 5°, XL). g) Princípio da personalização da pena (Art. 5°, XLV). h) Princípio da individualização da pena (Art. 5°, XLVI). i) Princípio da proibição de certas penas (Art. 5°, XLVII).

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Os Princípios Constitucionais

j) Princípios relativos à execução da pena privativa de liberdade (Art. 5°,  XLVIII, XLIX e L):  visam, além da punição, promover a  ressocialização. k) Restrições à extradição de nacionais e estrangeiros (Art. 5°, LI e LII). Extradição: ato pelo qual um Estado entrega a outro pessoa acusada ou  condenada pela prática de infração penal. l) Proibição da Prisão Civil por dívidas ( Art. 5°, LXVII). m) Devido Processo Legal (Art. 5°, LIV): garantia do cidadão contra  atuação arbitrária do Estado.

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Os Princípios Constitucionais

• Princípios Políticos-constitucionais: Traduzem as opções políticas fundamentais da Constituição. Na CF/88 estão  enunciados nos Arts. 1º a 4º. São eles:   Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito  Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos  termos desta Constituição.

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Os Princípios Constitucionais

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

Valor jurídico de maior hierarquia axiológica do nosso ordenamento constitucional. Foi positivado a partir das Constituições elaboradas depois da 2ª Guerra Mundial.

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Os Princípios Constitucionais

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

Exigências (corolários do princípio da dignidade da pessoa humana): a) proibição de tratamento do ser humano como objeto. b) respeito à autonomia da vontade. c) tratamento isonômico entre os seres humanos. d) proteção à integridade física e moral. e) direito de propriedade e moradia digna.

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Os Princípios Constitucionais

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

Exigências (corolários do princípio da dignidade da pessoa humana): f) direito de não ser submetido a tratamento desumano ou degradante.

g) direito à prestação positiva do Estado na ordem social, econômica e cultural. h) o direito à busca da felicidade.

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• Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:   -         Construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, I da CF).   -         Garantir o desenvolvimento nacional (art. 3º, II da CF).   -         Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades  sociais e regionais (art. 3º, III da CF). -         Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo,  cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV da  CF).

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Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais: -         Independência nacional (art. 4º, I da CF). -         Respeito aos dos direitos humanos (art. 4º, II da CF). -         Autodeterminação dos povos (art. 4º, III da CF). -         Não-intervenção (art. 4º, IV da CF). -         Igualdade entre os Estados (art. 4º, V da CF).

Princípios que regem a República Federativa do Brasil

nas relações internacionais

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Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais: -         Defesa da paz (art. 4º, VI da CF). -         Solução pacifica dos conflitos (art. 4º, VII da CF). -         Repúdio ao terrorismo e ao racismo (art. 4º, VIII da CF). -         Cooperação ente os povos para o progresso da humanidade (art. 4º, IX  da CF). -         Concessão de asilo político (art. 4º, X da CF): Asilo político é o  acolhimento de estrangeiro que está sofrendo perseguição geralmente  do seu próprio país, em razão de dissidência política, livre manifestação  do pensamento ou ainda, crimes relacionados coma segurança do  Estado que não configurem delitos no direito penal comum.

Princípios que regem a República Federativa do Brasil

nas relações internacionais

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  • A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política e  social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma  comunidade latino-americana de nações (Art. 4º, parágrafo único da CF).  • Desta forma, o Brasil assinou o Tratado de Assunção (1991) juntamente  com a Argentina, Paraguai e Uruguai, formando o Mercosul (Mercado  Comum do Sul).  • O processo integracionista compreende três etapas, o livre comércio  (eliminação das barreiras ao comércio entre os membros), a união  aduaneira (aplicação de uma tarifa externa comum ao comércio com  terceiros países) e o mercado comum (livre circulação de fatores de  produção). 

Princípios que regem a República Federativa do Brasil

nas relações internacionais

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Forma de Estado, Forma de Governo, Sistema de

Governo

Noções Gerais:   -         Forma de Governo: República ou Monarquia. -         Sistema de Governo: Presidencialismo ou Parlamentarismo.   -         Forma de Estado: Federação ou Estado Unitário. Brasil: Forma republicana de governo, sistema presidencialista de  governo e forma federativa de Estado.

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       • O Estado unitário abrange três espécies:  • Estado unitário puro (absoluta centralização do poder); •  Estado unitário descentralizado administrativamente (a execução das  decisões políticas é descentralizada) •  Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente  (descentralização política e administrativa).  

Organização do Estado no Brasil:

-         Forma de Governo: República.

-         Sistema de Governo: Presidencialismo. 

-         Forma de Estado: Federação.

Forma de Estado, Forma de Governo, Sistema de

Governo

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Conceito:

• Federação é uma forma de estado caracterizada pela existência de duas ou mais  ordens jurídicas que incidem simultaneamente sobre o mesmo território sem que 

se possa falar em hierarquia entre elas, mas em campos diferentes de atuação. 

Componentes da República Federativa do Brasil:

• A República Federativa do Brasil é formada pela União, Estados, Distrito Federal  e Municípios.   • “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e  Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de Direito...”  (Art. 1º da CF). 

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Forma de Estado - Federação

  Origem: • A forma federativa do Estado teve sua origem nos Estados Unidos.  • As treze colônias britânicas da América, ao se tornarem independentes,  estabeleceram um pacto de colaboração para se protegerem das  ameaças da antiga metrópole. Todavia, neste pacto havia o direito de  secessão (direito de retirada), que os tornava fragilizados. •  Para solucionar esse problema, os Estados estabeleceram uma forma  federativa de estado em que não se permitiria mais o direito de secessão.  Assim, os Estados cederam parte da sua soberania para um órgão  central, formando os Estados Unidos da América.

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Movimentos:

 

- Movimento centrípeto (de fora para dentro): Os Estados cederam 

parcela de sua soberania formando um órgão central. Federação dos  Estados Unidos.

- Movimento centrífugo (do centro para fora): O Estado unitário 

descentralizou-se. Federação do Brasil.

• O federalismo brasileiro é chamado de Federalismo atípico, pois não  resultou de um processo de agregação daquilo que era separado, mais 

sim de um processo de desagregação do Império, transformando as  províncias em Estados.

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Características:

 

- Descentralização política: Os entes da federação possuem autonomia.

- Constituição rígida como base jurídica: As competências dos entes 

da federação estão estabelecidas numa constituição rígida. 

- Inexistência do direito de secessão: Não se permite o direito de  retirada de algum ente da federação, tanto que a tentativa de retirada  enseja a intervenção federal.  Conforme o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a  República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos  Estados e Municípios e do Distrito Federal (Art. 1º da CF).  Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir  a forma federativa de estado (Art. 60, §4º, I da CF).

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Características:

 

- Soberania do Estado Federal: Enquanto os estados são autônomos 

entre si, nos termos da Constituição Federal, o País é soberano.

- Auto-organização dos

estados-membros: Os Estados organizam-se através da elaboração das constituições estaduais.

- Órgão representativo dos estados-membros: Senado.

 

- Órgão guardião da Constituição: Supremo Tribunal Federal.

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Forma de Governo: República

Forma de Governo: República

• República: expressão empregada no sentido de forma de governo em contraposição à monarquia.  • Retirava o poder das mãos do Rei passando-o à nação. • Aristóteles concebeu três formas básicas de governo: • Monarquia: Governo de um só. • Aristocracia: Governo de mais de um, mas de poucos • República: governo em que o povo governa no interesse do povo.

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Forma de Governo: República

• Após Maquiavel prevaleceu a classificação dualista de formas de governo em:  República e Monarquia.

• Monarquia: Hereditária e vitalícia.

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Sistema de Governo: Presidencialista

O sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no  âmbito de um Estado, variando de acordo com o grau de separação dos poderes, indo  desde a separação estrita entre os poderes Legislativo e Executivo (presidencialismo),  até a dependência completa do governo junto ao Legislativo (parlamentarismo). • Sistema de governo: modo como se relaciona o Poder Legislativo e o Executivo. • Parlamentarista • Presidencialista

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Estado Democrático de Direito

Estado de Direito:   – Surge como idéia força de um movimento que tenha como objetivo subjugar os governantes à  vontade legal. – Divisão de poderes: forma independente e harmônica do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário. – Enunciado e garantia dos direitos individuais.

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Estado Democrático de Direito

O Estado Democrático • Além da mera submissão à lei deveria haver a submissão à vontade popular e aos fins  propostos pelos cidadãos. • Se caracteriza pela incorporação de todo o povo nos mecanismos de controle de  decisões e sua real participação nos rendimentos da produção.

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Estado Democrático de Direito

O Estado Democrático de Direito

– Convivência social numa sociedade livre, justa e solidária em que: • O poder emana do povo, e deve ser exercido em proveito do povo, diretamente ou por representante  eleitos. • A CF/88 abre as perspectivas de realização social pela prática dos direitos sociais que ela inscreve e  pelo exercício dos instrumentos que oferece ao exercício da cidadania. • Possibilita caracterizar as exigências de um Estado de justiça social, fundado na dignidade da  pessoa humana.

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Tripartição dos Poderes

Da Tripartição dos Poderes

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. • O princípio de divisão dos poderes é um principio geral do Direito Constitucional.

• Ideia de um sistema de “freios e contrapesos” onde cada Poder exerce sua competência e também  controla o outro.

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Conceito e Natureza de Direitos Fundamentais

DIREITOS FUNDAMENTAIS: são aqueles considerados 

indispensáveis à pessoa, necessários para assegurar a 

todos uma existência digna, livre e igual (Direito à vida, 

liberdade, igualdade, etc).

 Não basta o Estado reconhecê-los formalmente (Título II 

CF/88). 

O Estado deve buscar concretizá-los.

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Conceito e Natureza de Direitos Fundamentais

Direitos Fundamentais são direitos da pessoa, direitos que a 

pessoa possui em face do Estado. 

Posição jurídica subjetiva das pessoas enquanto consagrada 

na CF/88.  

Não excluem quaisquer outros constantes nas leis e regras 

de Direito Internacional.

 

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Conceito e Natureza de Direitos Fundamentais

Carl Schimitt estabeleceu dois critérios formais de 

caracterização dos Direitos Fundamentais: 

 

a) Direitos Fundamentais são todos os direitos ou garantias 

nomeados e especificados na Constituição;

b) Direitos Fundamentais são direitos que receberam da 

Constituição um grau mais elevado de garantias (sendo 

imutáveis ou de mudança dificultada).

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Conceito e Natureza de Direitos Fundamentais Sistemática adotada pela CF/88: termo “Direitos Fundamentais” é  gênero, abrangendo as seguintes espécies: • Direitos individuais • Direitos Coletivos • Direitos Sociais • Direitos Difusos • Direitos Políticos   CF/88 inseriu os “Direitos Fundamentais” antes da organização do  Estado, tutelou os direitos coletivos e difusos, impôs deveres ao  lado dos direitos individuais.

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Características dos Direitos Fundamentais a) Historicidade: Os Direitos Fundamentais são produtos da evolução histórica.  Surgem dos conflitos/contradições da sociedade.  Primeiras limitações ao poder do Estado: Carta Magna - Inglaterra/1215  → Reconhecia direito aos barões e restringia o poder do monarca. Revoluções Francesa/Americana – Século XVIII → Editados os  primeiros enunciados de direitos individuais – Declaração da  Virgínia de 1776 e Declaração dos Direitos do Homem de 1789.

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Características dos Direitos Fundamentais

b) Universalidade:

 

Todas as pessoas têm Direitos Fundamentais que devem 

ser respeitados.

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Características dos Direitos Fundamentais c) Limitabilidade:   Os Direitos Fundamentais não são absolutos, podendo ser limitados  quando houver colisão aparente entre eles.  Ex:  Princípio da ponderação:   • Direito da informação x liberdade de imprensa • Direito de Imagem x Intimidade • Direito à vida x Dignidade/Integridade

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Características dos Direitos Fundamentais d) Inalienabilidade:   • Os Direitos Fundamentais são intransferíveis.  Ex: cessão de uso de imagem. e) Irrenunciabilidade:   • Não se pode renunciar o exercício dos Direitos Fundamentais. • Renúncia é ato jurídico unilateral de abdicação de direitos.  Ex: abrir mão do direito ao nome.

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Características dos Direitos Fundamentais

f) Imprescritibilidade:

 

• Os Direitos Fundamentais não deixam de ser exigíveis em 

razão da falta do uso. 

• A não-defesa não significa a supressão do direito. 

• Ex. Jornal publica a imagem na cena do crime.

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Geração/Dimensão dos Direitos Fundamentais 1.  Direitos de Primeira Geração: – Direitos de liberdade; – Direitos individuais; – Direitos políticos; – Direitos civis; – Chamados de ‘direitos negativos’ – contra o Estado

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Geração/Dimensão dos Direitos Fundamentais 2. Direitos de Segunda Geração: - Direitos sociais; - Direitos coletivos; - Direitos econômicos. - Chamados ‘Direitos Positivos’   • Estado Social, Constituição Mexicana de 1917 e Constituição de  Weiman de 1919.

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Geração/Dimensão dos Direitos Fundamentais 3. Direitos de Terceira Geração:   - Direitos de solidariedade, fraternidade; - Direitos difusos, ex.: meio ambiente, consumidor.   4. Direitos de Quarta Geração:   - Neoliberalismo – Paulo Bonavides - Direito à Democracia – Pluralismo - Direito urbanístico

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Geração/Dimensão dos Direitos Fundamentais 5. Direitos de Quinta Geração:   Ex.: Biodireito 6. Direitos de Sexta Geração: Ex.: Direito informático   CRÍTICA:  A expressão “Geração de Direitos” pode induzir sucessão  cronológica e uma suposta caducidade dos direitos de gerações anteriores.  • Há cumulatividade de direitos e não superação de direitos.

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Teoria Objetiva dos Direitos Fundamentais   • Direitos de Primeira Geração: – Ostentam uma subjetividade; – Direitos de resistência ou de oposição perante o Estado; – Direitos negativos (políticos,civis, liberdade) • Direitos de Segunda Geração:   - Direitos que exigem do Estado prestações materiais nem sempre resgatáveis  por limitação de meios ou recursos por parte do Estado. - Primeiramente, tiveram juridicidade questionada, sua eficácia era considerada  duvidosa.

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Teoria Objetiva dos Direitos Fundamentais Pensava-se: • Direitos de Primeira Geração – aplicabilidade imediata; • Direitos de Segunda Geração – aplicabilidade mediata; dependem de  ações.   Hoje: • Todos os Direitos Fundamentais têm aplicabilidade imediata (Art. 5º § 1º  - CF/88).  • Os Direitos Fundamentais são auto-aplicáveis, não dependem de ações  do legislador para serem exercidos, exceto se a CF/88 assim o prever.

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Teoria Objetiva dos Direitos Fundamentais     • Afasta a subjetividade, sobretudo dos Direitos Fundamentais de 1ª  Geração; • Os Direitos Fundamentais passam a ter dimensão objetiva; • Garantia contra arbitrariedades do Estado; • Garantias institucionais como abertura de caminho para a universalidade  concreta desses direitos. (Art. 5º, LVIII a LXIII CF/88) • CF/88 Rol NÃO Taxativo dos Direitos Fundamentais → Art. 5º, § 2º  CF/88.

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A Nova Universalidade dos Direitos Fundamentais

• Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)

– Pela primeira vez são declarados os Direitos 

Fundamentais do homem, visando toda a humanidade.

– Serviu como partida para a positivação dos Direitos 

civis/políticos.

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A Nova Universalidade dos Direitos Fundamentais • Declaração universal dos Direitos Humanos (1948): • Carta de valores e princípios onde estão assentados os Direitos  de 1ª, 2ª, 3ª gerações. • Nova universalidade: busca subjetivar de forma concreta e  positiva os direitos da tríplice geração, a fim de garantir sua  efetivação para todas as pessoas, independente de idade, sexo,  raça, religião, etc.

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Terminologias 1. Direitos do homem ou Direito Natural:  Inerentes à própria condição humana.  Concepção jusnaturalista.  Constituição não cria esses direitos, apenas os reconhece  formalmente. 2. Direitos Fundamentais:  A Constituição estabelece e os garante.

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Terminologias 3. Direitos do Cidadão: Declaração dos direitos do Homem e Cidadão (1789). Reflete a dicotomia entre  direitos enquanto ser humano e direitos enquanto participantes da sociedade. 4. Direitos Civis: Pertencentes ao ser humano enquanto participante da Sociedade 5. Direitos Políticos: Exercidos pelos que possuem capacidade política.

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Teoria da Crise Política (Crise Constituinte e Direitos Fundamentais)  Crise dos Direitos Fundamentais: crise do poder em toda a Sociedade Democrática. • Quais as crises políticas de uma nação? a) Crise do Poder Executivo: muda o chefe de governo/estado, advento de uma nova  política. Ex. Collor. b) Crise Constitucional: faz-se emendas constitucionais; reformula ou promulga uma  nova Constituição. Ex.: Renúncia Jânio Quadros, instituição do parlamentarismo. c) Crise das Instituições/ Sociedade, Crise Constituinte: padecimento dos Direitos  Fundamentais. Ex.: Ditadura: país governado por Atos Institucionais e Decretos-leis. Ex. Honduras(2009), deposição do Presidente Zelaya pelo Exército.

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Teoria da Crise Política (Crise Constituinte e Direitos Fundamentais)

Estado Social de Legitimidade:

• É aquele efetivado por leis, Constituições e Tribunais Democráticos, • Solução de controvérsias, eficácia, ordem social.

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Declaração Universal dos Direitos Humanos e Direito Social na CF/88

• Tutela suprema dos Direitos Individuais → Art. 60, § 4º.

• Cláusulas pétreas foram omissas no tocante aos Direitos 

Sociais.

• Declaração dos Direitos Humanos tornar-se-á simbólica caso 

os signatários não possuam meios eficazes para proteção dos 

direitos sociais.

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Tratados Internacionais sobre Direitos Fundamentais Em regra, os Tratados Internacionais são incorporados no ordenamento  jurídico como normas infraconstitucionais.  O Art. 5º, §2º, em regra, não confere aos direitos individuais reconhecidos em  Tratados supremacia sobre as normas constitucionais. EXCEÇÃO: será incorporado como normas constitucionais se preenchidos  simultaneamente (art. 5º, § 3º): a) Requisito material (conteúdo de Direitos Humanos) + b) Requisito Formal (aprovado semelhante à Emenda Constitucional: 2  turnos, maioria 3/5. Art. 60, § 2º). Ex.: Decreto Legislativo 186/08 (Tratado sobre Portadores de Necessidades  Especiais).

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Tribunal Penal Internacional Art. 5º, § 4º: Tribunal Penal Internacional: Tribunal permanente, com  atribuição para julgar indivíduos (ONU) que cometeram crimes  contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio. • Competência subsidiária do Tribunal Penal Internacional: Só julgará  se o Estado não o fizer → Extensão da Jurisdição Nacional • Penas: Reclusão de até 30 anos ou prisão perpétua • Como fica a vedação do art. 5º, XLVII, b? • Para Bittencourt, o dispositivo fere cláusula pétrea → Pena máxima  de 30 anos.  • Para F. Capez a tipificação é de Dir. Internacional Público →  Estado  não julgou →  Permite prisão perpétua.

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Destinatários dos Direitos Individuais e Coletivos Art. 5º, caput: Destinatários são os brasileiros natos ou naturalizados e  estrangeiros residentes no país. E os estrangeiros não residentes ? E os Apátridas? • Apátridas: pessoas que não possuem pátria. Ex: filho de um casal  originário de país que só adota o critério da territorialidade, nascido  no estrangeiro em um país que só reconhece a consangüinidade –  ele não possuirá a nacionalidade dos genitores, nem do país em que  nasceu. • Todas as pessoas são titulares de Direitos Fundamentais

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Teoria dos Quatros status de Jellinek Essa teoria tenta explicar o papel desempenhado pelos direitos  fundamentais na relação entre o indivíduo e o Estado: a) status passivo: Indivíduo tem deveres perante o Estado. Ex:  obrigações civis/ políticas, dever de obedecer a lei. b) status ativo: Indivíduo influencia na formação da vontade do Estado.  Ex: voto. c) status negativo: Indivíduo, por possuir personalidade, goza de  espaço de liberdade face as interferências do Poder Público. Ex:  autonomia privada. d) status positivo/civitatis: Indivíduo tem o direito de exigir que o Estado  atue positivamente, realizando prestações a seu favor. Ex: Direitos  Sociais.

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Eficácia dos Direitos Fundamentais • Eficácia vertical – Estado x Particular : aplicação dos direitos  fundamentais nas relações Estado e particular. Ex.: isonomia  concursos públicos. • Eficácia horizontal – Particular x Particular As pessoas são completamente livres para contratar ou há limites ético-jurídicos nas relações privadas? Em uma entrevista de emprego o particular deve contratar,  necessariamente, o candidato melhor qualificado?

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Eficácia dos Direitos Fundamentais • Caso Lüth (1958): Lüth (judeu, presidente do clube de imprensa) boicotou um filme (Amada  Imortal) dirigido por um cineasta (Veit Harlan) que defendia nazismo na  época do holocausto. Sentindo-se prejudicado, Veit Harlan, juntamente com  os empresários que investiram no filme, ingressaram com ação judicial  alegando que a atividade de Eric Lüth violava o Código Civil Alemão.  Sustentaram que todo aquele que causa prejuízo deve cessar o ato danoso  e reparar os danos causados.  A tese prevaleceu em todas as instâncias  ordinárias. Eric Lüth não se conformou. Ora, pensava ele, a Lei Fundamental  alemã não garante a liberdade de expressão? Por que eu estou sendo  punido, já que eu nada mais fiz do que manifestar uma opinião? E, com base  nisso, recorreu para a Corte Constitucional alemã. O Tribunal Constitucional  Alemão julgou procedente as alegações de Lüth, afirmando que naquele  caso concreto deveria preponderar a liberdade de expressão.

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Eficácia dos Direitos Fundamentais • Conclusões: a) Os direitos fundamentais não se aplicam somente nas relações Estado x  Indivíduo, mas também nas relações Indivíduo x Indivíduo. b) numa relação entre particulares havendo colisão entre os direitos  fundamentais deve-se resolver o conflito através da técnica da  ponderação ou balanceamento. Os direitos fundamentais foram concebidos originariamente como  instrumento de proteção dos indivíduos contra opressão do Estado, mas  hoje também são uma ferramenta de conformação que orienta as  relações entre os particulares.

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Eficácia dos Direitos Fundamentais

• Técnicas:  

a) Harmonização ou concordância prática: é a tentativa de 

harmonizar os interesses em jogo. Há um pequeno sacrifício de um  direito em favor de outro que também merece ser tutelado. • Ex: assassinato de militar na Alemanha: 5 pessoas condenadas a  prisão perpétua e 1 pessoa condenada a reclusão por 6 anos. Uma  produtora de filmes resolve fazer um documentário sobre o caso,  utilizando a imagem dos assassinos. A pessoa que estava detida iria  ser libertada e alegou a divulgação do filme iria prejudicar a sua  ressocialização. O filme foi feito, mas sem a imagem/nomes  verdadeiros.

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Eficácia dos Direitos Fundamentais

• Técnicas:

b) Ponderação de valores: prevalência de um direito sobre o outro. A 

ponderação deve ser proporcional (atingir o fim almejado); ser suficiente   para proteger o direito fundamental escolhido de modo que as  vantagens superem as desvantagens (proteção ao núcleo essencial dos  Direitos Fundamentais). • A Lei não pode restringir um direito a tal ponto que afete seu conteúdo  mínimo essencial. Ex: Lei de crimes hediondos previa cumprimento da pena integralmente em  regime fechado. O STF entendeu  que a progressão de regime visa à  ressocialização.  A não-progressão do regime poderia ferir o princípio da individualização da  pena (Art. 5, XLV)

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Distinção entre Direito e Garantia • Distinção entre Direito e Garantia: – Os Direitos são bens e vantagens prescritos na norma  constitucional. – As Garantias são os instrumentos através dos quais se  assegura e/ou se repara o exercício dos aludidos direitos.

Referências

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