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Desenvolvimento da automação, controle e supervisão de um sistema de ensaios de vazão e temperatura com tanques em desnível

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Academic year: 2021

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CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAC

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(2)

DESENVOLVIMENTO DA AUTOMAC

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AO, CONTROLE E

SUPERVIS ˜

AO DE UM SISTEMA DE ENSAIOS DE VAZ ˜

AO E

TEMPERATURA COM TANQUES EM DESN´IVEL

Trabalho de Conclus˜ao de Curso de graduac¸˜ao, apre-sentada `a disciplina de Trabalho de Conclus˜ao de Curso da Universidade Tecnol´ogica Federal do Pa-ran´a como requisito parcial para obtenc¸˜ao do t´ıtulo de Bacharel

Orientador: Prof. Dr. Wagner Endo

CORN ´ELIO PROC ´OPIO

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Campus Cornélio Procópio

Departamento Acadêmico de Elétrica

Curso de Engenharia de Controle e Automação

FOLHA DE APROVAÇÃO

Gabriel Nassar

Desenvolvimento da automação, controle e supervisão de um sistema de ensaios de temperatura e vazão com tanques em desnível

Trabalho de conclusão de curso apresentado às 17:00hs do dia 23/11/2017 como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro de Controle e Automação no programa de Graduação em Engenharia de Controle e Automação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O candidato foi arguido pela Banca Avaliadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Avaliadora considerou o trabalho aprovado.

______________________________________________ Prof(a). Dr(a). Wagner Endo - Presidente (Orientador)

______________________________________________ Prof(a). Dr(a). Emerson Ravazzi Pires da Silva - (Membro)

______________________________________________ Prof(a). Dr(a). Cristiano Marcos Agulhari - (Membro)

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Agradec¸o a Deus por guiar a caminhada que temos durante a vida.

A todos os professores que me guiaram durante esta graduac¸˜ao e em especial ao pro-fessor Wagner Endo pela orientac¸˜ao durante todo este trabalho e aos propro-fessores que formam a banca avaliadora: Emerson Ravazzi Pires da Silva e Cristiano Marcos Agulhari, n˜ao somente pela contribuic¸˜ao a este trabalho, mas tamb´em `as aulas ministradas durante o curso. Incluindo todos os funcion´arios da Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a (UTFPR-CP), que busca o melhor para esta universidade, por onde passar´a muitas pessoas buscando novos aprendizados.

Aos meus amigos que querendo ou n˜ao, se tornaram minha fam´ılia no Paran´a, e me acompanharam tanto nas aulas como nas descontrac¸˜oes durante o tempo em que vivemos juntos. Um agradecimento as rep´ublicas de Corn´elio Proc´opio, Buraqueira, Pilar, P7, Cafofo, Amn´esia e entre outras, mas em especial `aqueles que compartilharam a casa comigo na Repilek: Lucas Balandis da Costa, Max Millian Ferreira e Souza, Guilherme Bender Sartori, Renan Rabello, Leonan Sampaio, Mario Gobbo, Vitor Val´erio, Kayo Savoia, Bruno Souza e Guilherme Correa. E aqueles tamb´em da Batcaverna: Kauan Xavier, Leandro D. Bertarelli, Leonardo Eiji Sassaki, Murilo Cabreira, Fernando Bonfim Martins, Luiz Felipe Prado, Rafael Nascimento dos Santos, Andr´e Avila Costa, Renan Reis de Carvalho Maria e ao Caio Silva. Al´em de tantos outros que n˜ao dividiram o mesmo teto, mas compartilham das mesmas hist´orias.

Aos amigos e parentes de Ribeir˜ao Preto que mesmo longe, s˜ao especiais. Especi-almente minha fam´ılia que esteve sempre ao meu lado me apoiando de todos os jeitos que conseguiam e me dando suporte para trilhar os caminhos desconhecidos.

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NASSAR, Gabriel. Desenvolvimento da automac¸˜ao, controle e supervis˜ao de um sistema de ensaios de vaz˜ao e temperatura com tanques em desn´ıvel. 70 f. Trabalho de Conclus˜ao de Curso – Curso de Engenharia de Controle e Automac¸˜ao, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Corn´elio Proc´opio, 2017.

Neste projeto ´e realizado o desenvolvimento de uma planta did´atica industrial com tanques em desn´ıvel. E tamb´em a implementac¸˜ao da automac¸˜ao, controle e supervis˜ao da mesma, re-alizando ensaios de vaz˜ao e temperatura. Para tanto ´e utilizado o software ScadaBR para a execuc¸˜ao do sistema supervis´orio que cont´em licenc¸a gratuita. Desta forma, os conte´udos abor-dados s˜ao relacionados a controle de processos industriais, controladores l´ogicos program´aveis e suas linguagens e sistemas supervis´orios.

Palavras-chave: Sistema de controle, automac¸˜ao, supervis˜ao, CLP, ScadaBR, vaz˜ao, planta did´atica industrial

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NASSAR, Gabriel. Development of automation, control and supervision of a system of flow and temperature tests with tanks in gap. 70 f. Trabalho de Conclus˜ao de Curso – Curso de Engenharia de Controle e Automac¸˜ao, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Corn´elio Proc´opio, 2017.

This project is the development of a didactic industrial plant with tanks in gap. And also the implementation of automation, control and supervision of the same, conducting tests of flow and temperature. It is used the ScadaBR software for the implementation of the supervisory system which contains a free license. In this way, the contents are related to industrial process control, programmable logic controllers and their languages and supervisory systems.

Keywords: System of control, automation, supervision, CLP, ScadaBR, flow, industrial didac-tic plant

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FIGURA 1 Malha de controle aberta . . . 15 –

FIGURA 2 Malha de controle fechada . . . 15 –

FIGURA 3 Princ´ıpio de funcionamento do CLP . . . 17 –

FIGURA 4 Diagrama de blocos dos m´odulos do CLP . . . 18 –

FIGURA 5 Representac¸˜ao de alguns contatos utilizados nas entradas do CLP . . . 20 –

FIGURA 6 Representac¸˜ao de tipos diferentes de bobinas na linguagem Ladder . . . . 21 –

FIGURA 7 Esquem´atico dos tanques em desn´ıvel . . . 23 –

FIGURA 8 Diagrama de tubulac¸˜ao e instrumentac¸˜ao da planta did´atica . . . 24 –

FIGURA 9 Rel´e de n´ıvel utilizado no projeto . . . 27 –

FIGURA 10 Placa de circuito impresso para acionamento de v´alvulas e bomba (frente) 28 –

FIGURA 11 Placa de circuito impresso para acionamento de v´alvulas e bomba (fundo) 28 –

FIGURA 12 Terceiro tanque de inox . . . 29 –

FIGURA 13 Bicos sendo torneado atrav´es de um tarugo de inox . . . 29 –

FIGURA 14 Bicos prontos . . . 30 –

FIGURA 15 Mangueira instalada no bico de inox . . . 31 –

FIGURA 16 Representac¸˜ao de contato aberto, fechado e bobina em linguagem Ladder 33 –

FIGURA 17 Fluxograma do ensaio de vaz˜ao . . . 34 –

FIGURA 18 Fluxograma do ensaio de histerese on/off . . . 35 –

FIGURA 19 Continuac¸˜ao do fluxograma do ensaio de histerese on/off . . . 36 –

FIGURA 20 Fluxograma do ensaio de temperatura . . . 37 –

FIGURA 21 Planta did´atica com tanques em desn´ıvel . . . 39 –

FIGURA 22 L´ogica ladder para a comunicac¸˜ao com SCADABR . . . 40 –

FIGURA 23 Tela de supervis˜ao no software ScadaBR . . . 41 –

FIGURA 24 Representac¸˜ao da entrada de um tanque e sa´ıda do orif´ıcio . . . 42 –

FIGURA 25 Registro instalado entre tanques . . . 44 –

FIGURA 26 Enchimento do tanque 1 a partir do 3 . . . 45 –

FIGURA 27 Enchimento do tanque 3 a partir do 2 . . . 46 –

FIGURA 28 Janela de monitorac¸˜ao . . . 47 –

FIGURA 29 Configurac¸˜ao das vari´aveis da func¸˜ao PID . . . 48 –

FIGURA 30 In´ıcio da monitorac¸˜ao do controle PID . . . 49 –

FIGURA 31 Valor medido e desejado pr´oximos . . . 49 –

FIGURA 32 Valor medido ´e o valor desejado . . . 50 –

FIGURA 33 Gr´afico da temperatura do tanque dois e aquecimento atrav´es do tempo . 51 –

FIGURA 34 Entradas e sa´ıdas digitais . . . 56 –

FIGURA 35 Entradas e sa´ıdas anal´ogicas e bot˜oes de ensaio . . . 57 –

FIGURA 36 Relac¸˜oes da COM3 . . . 58 –

FIGURA 37 Relac¸˜oes do offset . . . 59 –

FIGURA 38 Propriedades do modbus serial . . . 60 –

FIGURA 39 Detalhes do data point . . . 61 –

FIGURA 40 Vers˜ao JAVA . . . 62 –

FIGURA 41 Selec¸˜ao de idioma na instalac¸˜ao do SCADABR . . . 63 –

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FIGURA 45 Instalac¸˜ao e escolha do Banco de Dados . . . 65 –

FIGURA 46 Conclus˜ao da instalac¸˜ao do SCADABR . . . 65 –

FIGURA 47 L´ogica de enchimento do tanque 1 a partir do 3 . . . 66 –

FIGURA 48 L´ogica de enchimento do tanque 2 a partir do 1 - trˆes v´alvulas abertas . . 67 –

FIGURA 49 L´ogica de enchimento do tanque 2 a partir do 1 - duas v´alvulas abertas . 67 –

FIGURA 50 L´ogica de enchimento do tanque 2 a partir do 1 - uma v´alvula aberta . . . 68 –

FIGURA 51 L´ogica de enchimento do tanque 3 a partir do 2 - trˆes v´alvulas abertas . . 68 –

FIGURA 52 L´ogica de enchimento do tanque 3 a partir do 2 - duas v´alvulas abertas . 69 –

FIGURA 53 L´ogica de enchimento do tanque 3 a partir do 2 - uma v´alvula aberta . . . 69 –

FIGURA 54 L´ogica ladder para o controlador PID . . . 69 –

FIGURA 55 L´ogica das v´alvulas 1, 2 e 3 do alto . . . 70 –

FIGURA 56 L´ogica das v´alvulas 4, 5 e 6 de baixo . . . 70 –

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TABELA 1 Vantagens e desvantagens da linguagem Ladder . . . 19 –

TABELA 2 Idenficicac¸˜ao funcional dos instrumentos . . . 25 –

TABELA 3 TAG e descric¸˜oes dos instrumentos de medic¸˜ao existentes na planta did´atica . . . 25 –

TABELA 4 TAG e descric¸˜oes dos instrumentos existentes na planta did´atica . . . 26 –

TABELA 5 Componentes utilizados na placa de circuito impresso . . . 27 –

TABELA 6 Identificac¸˜ao do enderec¸o das entradas e sa´ıdas que ser˜ao utilizadas no CLP . . . 32

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CLP Controlador L´ogico Program´avel PLC Programmable Logic Controller

IEC International Electrotechnical Commision ABNT Associac¸˜ao Brasileira de Normas T´ecnicas NEMA National Electrical Manufacturers Association UCP Unidade Central de Processamento

CPU Central Processing Unit IL Instruction List

ST Structured Text

LD Ladder Diagram

FBD Function Block Diagram SFC Sequential Function Chart

NA Normalmente aberto

NF Normalmente fechado

IHM Interface Homem-M´aquina

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1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 11 1.1 OBJETIVOS . . . 12 1.1.1 Objetivo Geral . . . 13 1.1.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 13 1.2 ORGANIZAC¸ ˜AO DO TEXTO . . . 13 2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA . . . 14

2.1 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS . . . 14

2.1.1 Controladores PID . . . 16

2.2 CONTROLADOR L ´OGICO PROGRAM ´AVEL . . . 16

2.2.1 Linguagens de programac¸˜ao para controladores program´aveis . . . 18

2.3 SISTEMAS SUPERVIS ´ORIOS . . . 21

3 PROPOSTA DA AUTOMAC¸ ˜AO E DESENVOLVIMENTO DA PLANTA DID ´ATICA INDUSTRIAL . . . 23

3.1 IMPLEMENTAC¸ ˜AO DA AUTOMAC¸ ˜AO DA PLANTA DID ´ATICA . . . 31

3.2 ENSAIOS PROPOSTOS . . . 33

4 RESULTADOS E DISCUSS ˜OES . . . 38

4.1 ENSAIOS . . . 41

4.1.1 Ensaio da velocidade e vaz˜ao de sa´ıda das v´alvulas . . . 41

4.1.2 Ensaio ON-OFF de histerese . . . 44

4.1.3 Ensaio do controle PID da temperatura . . . 46

5 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS . . . 52

5.1 PROJETOS FUTUROS . . . 53

REFER ˆENCIAS . . . 54

Anexo A -- TABELA DE OPERANDOS E FUNC¸ ˜OES UTILIZADOS NO MASTER-TOOL . . . 56

Anexo B -- CONFIGURAC¸ ˜AO DOS OPERANDOS ENTRE MASTERTOOL E SCA-DABR . . . 58

Anexo C -- INSTALAC¸ ˜AO DO SOFTWARE SCADABR . . . 62

(13)

1 INTRODUC¸ ˜AO

O avanc¸o da tecnologia vem com a necessidade de se resolver problemas de maior complexidade para um ser humano ou at´e mesmo para uma m´aquina. Essa evoluc¸˜ao chegou aos modos de produc¸˜oes, levando as ind´ustrias a uma era de produc¸˜ao automatizada. Al´em dos processos fabris, os sistemas controlados est˜ao cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas (JUNIOR, 2013).

As produc¸˜oes se baseiam em processos industriais. Um processo ´e definido de uma forma geral como operac¸˜oes que s˜ao realizadas em s´erie sobre materiais s´olidos ou fluidos, com o objetivo de deix´a-los em um estado melhor de utilizac¸˜ao (CHAVES, 2016).

Uma das ferramentas mais utilizadas na automac¸˜ao de sistemas ´e o Controlador L´ogico Program´avel, usualmente chamado pelas siglas: CLP (Controlador L´ogico Program´avel) ou PLC (Programmable Logic Controller) (MADUREIRA, 2011).

O CLP ´e bem aplicado em instalac¸˜oes onde o sistema produtivo necessita de manobra, controle e supervis˜ao. Por consequˆencia disto, ele ´e empregado em v´arios tipos de processos. Algumas das aplicac¸˜oes fabris em que o controlador ´e bem empregado est˜ao relacionadas `as ind´ustrias de pl´astico, petroqu´ımica, ac¸´ucar e ´alcool, aliment´ıcias, entre outros (FRANCHI; CAMARGO, 2008).

Por ser bem utilizado, a IEC (International Electrotechnical Commision), organizac¸˜ao normativa internacional, criou a norma IEC 61131, visando a padronizac¸˜ao de algumas instruc¸˜oes relacionadas aos CLPs, com o objetivo de facilitar as t´ecnicas e linguagens de programac¸˜ao para o desenvolvimento de softwares para esses sistemas (NAKAGAWA, 2009).

Nos dias atuais, os processos realizados nas ind´ustrias necessitam n˜ao apenas de um profissional que conhec¸a uma certa ´area de atuac¸˜ao, e sim daquele que tem o conhecimento de v´arias ´areas. Por exemplo, em uma produc¸˜ao que cont´em sistemas automatizados para obter uma certa cor de tinta, um profissional da ´area de controle e automac¸˜ao n˜ao conseguir´a resolver sozinho o problema, sendo necess´ario trabalhar em conjunto com uma pessoa que entenda da ´area de qu´ımica. Portanto, trabalhos que envolvam mais de uma ´area s˜ao de grande valia.

(14)

Em um processo industrial, existem vari´aveis distintas em um mesmo procedimento, como malhas de temperatura, vaz˜ao, n´ıvel e press˜ao por exemplo. Deste modo, o trabalho bus-cou o desenvolvimento de uma planta industrial did´atica para a implementac¸˜ao da automac¸˜ao, controle e supervis˜ao, permitindo a execuc¸˜ao de ensaios e manobras que s˜ao realizadas nos processos reais em uma ind´ustria.

Neste projeto, conta-se com uma planta desenvolvida com tanques em desn´ıveis con-tando com a ajuda da gravidade para o escoamento do flu´ıdo entre os tanques, permitindo en-saios com a vari´avel de vaz˜ao. A planta did´atica conta com um aquecedor no tanque central e termopares do tipo J em todos os tanques, possibilitando um acompanhamento da vari´avel temperatura e o controle desta vari´avel.

Nos processos industriais a vaz˜ao ´e a terceira grandeza que ´e medida. Ela ´e utilizada muito para o controle de fluxo de l´ıquidos, s´olidos granulados e at´e gases. Al´em da medida ser feita para se ter a quantidade do produto produzido, o controle da vaz˜ao tamb´em ´e muito realizado para a verificac¸˜ao do rendimento do processo (ARA ´UJO et al., 2015).

Por estar em contato com a temperatura durante o dia a dia tem-se que ´e uma vari´avel de f´acil manuseio no controle. Mas ela reflete um estado energ´etico das vibrac¸˜oes m´edias das mol´eculas ou ´atomos de um meio. Dessa forma tem-se o quente, frio, gelado e assim por diante, sendo hoje uma das grandezas mais medidas e controladas em todo o mundo, mesmo n˜ao sendo t˜ao simples o seu entendimento, e at´e mesmo o seu controle (SILVA, 2013).

Desta forma, este projeto busca o contato com instrumentos e processos que s˜ao uti-lizados nas ind´ustrias, como indicadores de temperatura, termopares do tipo J, Controlador L´ogico Program´avel, v´alvulas solenoides e conversor de potˆencia, que executam procedimen-tos semelhantes aos encontrados no desenvolver da planta did´atica industrial e a implementac¸˜ao da automac¸˜ao, controle e supervis˜ao dos processos.

Por fim, como algumas empresas possuem programas que necessitam de pagamentos de licenc¸as para serem utilizados, e as informac¸˜oes contidas neles ficam guardadas e ao alcance de poucas pessoas, ser´a utilizado o software ScadaBR, que ´e um software open source.Isso significa que ele tem o c´odigo aberto e que pode ser adaptado para diferentes fins, al´em de possu´ırem f´oruns de discuss˜oes com o objetivo de disseminar ideias novas e tirar d´uvidas sobre instalac¸˜oes, programac¸˜oes e outras atividades.

1.1 OBJETIVOS

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1.1.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho busca automatizar uma planta did´atica industrial desenvolvida em conjunto com os alunos Heliton Macedo e Hudson Junior Silva. Busca tamb´em implementar o controle com um software de programac¸˜ao para CLP, e a supervis˜ao para ensaios de vaz˜ao e temperatura com tanques em desn´ıvel com um software open source. Desse modo, deixar um primeiro trabalho acadˆemico sobre esta planta did´atica em espec´ıfico, da qual foi desenvolvida desde o in´ıcio por alunos da universidade.

1.1.2 OBJETIVOS ESPEC´IFICOS

Nos itens definidos a seguir est˜ao os objetivos espec´ıficos que este projeto busca con-cluir.

• Construc¸˜ao da planta did´atica industrial;

• Implementar a automac¸˜ao da planta did´atica;

• Modelar e identificar o processo de vaz˜ao da planta did´atica;

• Desenvolver o sistema de controle da planta did´atica atrav´es de software de programac¸˜ao;

• Realizar ensaios de vaz˜ao e temperatura;

• Desenvolver um sistema supervis´orio atrav´es do ScadaBR.

1.2 ORGANIZAC¸ ˜AO DO TEXTO

A proposta est´a estruturada em cap´ıtulos. No Cap´ıtulo 2 est´a presente a fundamentac¸˜ao te´orica, descrevendo detalhadamente as ´areas de conhecimento abordadas. No Cap´ıtulo 3 s˜ao descritas a proposta deste trabalho e as ferramentas que ser˜ao utilizadas. No Cap´ıtulo 4 est˜ao os resultados e discuss˜oes apresentados no presente projeto, junto com os ensaios realizados na planta did´atica industrial. Por fim, o Cap´ıtulo 5 exp˜oe as considerac¸˜oes finais do trabalho de conclus˜ao de curso.

(16)

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA

Neste cap´ıtulo ser˜ao apresentadas as ´areas estudadas para a execuc¸˜ao do projeto. Por-tanto, h´a uma abordagem de controle de processos industriais, de controladores l´ogicos pro-gram´aveis e suas linguagens de programac¸˜ao e de sistemas supervis´orios.

2.1 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

Um processo realiza algumas etapas quando se trata de sistemas de controle. Primei-ramente s˜ao feitas medic¸˜oes de um estado, em seguida o controlador realiza uma ac¸˜ao para chegar de um valor medido para o valor desejado, posteriormente o sinal de sa´ıda do controla-dor manipula o atuacontrola-dor fazendo com que o processo reaja mudando o seu estado (FRANCHI, 2011).

Alguns termos utilizados para o controle de processos s˜ao:

• Vari´avel de processo: o que pode alterar de alguma forma o processo (press˜ao, tempera-tura, n´ıvel, vaz˜ao, entre outros).

• Setpoint: valor desej´avel que a vari´avel de processo permanec¸a.

• Vari´avel manipulada: uma grandeza que se altera para manter o processo no setpoint.

• Erro (offset): a diferenc¸a entre o estado da vari´avel de processo e o valor desejado.

H´a uma medic¸˜ao atrav´es de sensores, da vari´avel de processo, o controlador por sua vez trabalha com a vari´avel manipulada para diminuir o erro e fazer com que a vari´avel de processo fique o mais pr´oxima poss´ıvel do valor desejado (FRANCHI; CAMARGO, 2008).

Existem malhas de controle aberta e fechada. A diferenc¸a entre elas ´e que a malha aberta n˜ao tem um retorno, ou seja, a informac¸˜ao na sa´ıda do sistema n˜ao afeta a entrada, j´a na malha fechada a sua sa´ıda influencia a entrada. As Figuras 1 e 2 representam as malhas aberta e fechada, respectivamente.

(17)

Figura 1: Malha de controle aberta Fonte: Adaptado de (OGATA et al., 2003)

Figura 2: Malha de controle fechada Fonte: Adaptado de (OGATA et al., 2003)

Em todo sistema de controle, h´a trˆes componentes b´asicos. O sensor/transmissor, ele-mentos prim´arios e secund´arios do sistema; o Controlador, “c´erebro”do sistema; e os eleele-mentos finais de controle, sendo comumente utilizados v´alvulas, bombas de velocidade vari´avel e mo-tores el´etricos (SMITH; CORRIPIO, 1997).

Como citado, existem alguns dispositivos utilizados nas malhas de controle. Os ele-mentos prim´arios s˜ao aquele que est˜ao conectados `a vari´avel do processo e que conseguem medir suas alterac¸˜oes, como os termopares, placas de orif´ıcio entre outros. Existem tamb´em os transdutores, s˜ao eles que transformam um sinal mecˆanico em el´etrico, no caso por exemplo de se medir a press˜ao por capacitˆancia, outro dispositivo de transformac¸˜ao s˜ao os conversores, que traduz sinal um tipo de sinal em outro (anal´ogico para digital por exemplo). O transmissor ´e o elemento que transmite esses sinais para um mostrador ou controlador, e o indicador ´e o que mostra o estado de uma vari´avel, como o termˆometro no ch˜ao de f´abrica. E por ´ultimo existem os elementos finais de controle, conhecidos como atuadores, e s˜ao eles que atuam para alterar fisicamente a vari´avel manipulada (FRANCHI, 2011).

(18)

2.1.1 CONTROLADORES PID

Uma das t´ecnicas mais utilizadas para controle de um sistema ´e o controle proporci-onal, integral e derivativo, PID. Devido a uma grande variedade de ferramentas existentes, a implementac¸˜ao do controle PID ´e mais pr´atica (GUERRA, 2009). Atualmente existem algorit-mos j´a definidos pelo software, e ´e o caso que utilizarealgorit-mos neste projeto, atrav´es do bloco de func¸˜ao do software Mastertool, da Altus.

A parte proporcional do controlador tem o objetivo de atenuar as oscilac¸˜oes que tem durante um processo industrial, enquanto a parte integral elimina algum tipo de erro exis-tente (offset). J´a a parte derivativa antecipa o desvio entre valores medidos e desejados, muito utilizado em processos que envolvem controles de temperatura. O controle PID tem sua vanta-gem de estar reunindo trˆes tipos de controladores em apenas um (OLIVEIRA, 1999).

O controlador PID tem a func¸˜ao transferˆencia como na Equac¸˜ao (1) (adaptado de (DORF; BISHOP, 1998)). Onde Gc(s) ´e a func¸˜ao do controlador PID e Kp, Ki e Kd s˜ao os ganhos proporcional, integral e derivativo, respectivamente.

Gc(s) = Kp+ Ki

s + Kds (1)

Uma das t´ecnicas mais utilizadas para ajuste dos parˆametros do PID ´e a regra de Ziegler-Nichols que se baseia no ajuste emp´ırico atrav´es de ensaios experimentais, buscando uma resposta aceit´avel (MORGADO, 2007).

2.2 CONTROLADOR L ´OGICO PROGRAM ´AVEL

Como j´a citado, neste trabalho ser´a utilizado um CLP para o controle e automac¸˜ao da planta did´atica. Segundo a ABNT (Associac¸˜ao Brasileira de Normas T´ecnicas), o CLP ´e definido como “um equipamento eletrˆonico digital com hardware e software compat´ıveis com aplicac¸˜oes industriais”. E a NEMA (National Electrical Manufacturers Association) define um CLP como “aparelho eletrˆonico digital que utiliza uma mem´oria program´avel para o armaze-namento interno de instruc¸˜oes para implementac¸˜oes espec´ıficas, tais como l´ogica, sequencia-mento, temporizac¸˜ao, contagem e aritm´etica, para controlar, atrav´es de m´odulos de entradas e sa´ıdas, v´arios tipos de m´aquinas ou processos”.

Segundo (FRANCHI; CAMARGO, 2008) geralmente o CLP ´e dividido em duas par-tes:

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• A UCP (Unidade Central de Processamento) que comanda o controlador em si, e cont´em elementos como processador, mem´oria e fonte de alimentac¸˜ao;

• Entradas e sa´ıdas.

A execuc¸˜ao de um CLP comum est´a divido em trˆes est´agios: varredura das entradas, execuc¸˜ao do programa e atualizac¸˜ao das sa´ıdas, conforme ilustra a Figura 3.

Figura 3: Princ´ıpio de funcionamento do CLP Fonte: Adaptado de (MIAZAKI; FR ´E, 2010)

A Figura 4 mostra um diagrama de blocos dos m´odulos dos controladores l´ogicos program´aveis. Existem, portanto, o bloco contendo uma fonte de alimentac¸˜ao; um bloco de en-tradas digitais, que de acordo com as caracter´ısticas fornecidas pelo fabricante do CLP utilizado no trabalho possui 16 pontos com tens˜oes que podem ser de 24V ou 120V , que s˜ao utilizadas para sensores de dois ou trˆes fios; outro bloco representa as sa´ıdas digitais, que tamb´em pos-sui 16 pontos com contatos secos. As entradas anal´ogicas possuem 8 pontos para a medic¸˜ao de tens˜ao, corrente, uso de termopares e resistˆencias. J´a as sa´ıdas anal´ogicas contˆem 4 contatos que permitem uma variac¸˜ao de 0 a 20mA, 4 a 20mA, 0 a 10V ou −10 a 10V . O bloco que representa a UCP, conhecido tamb´em por CPU (Central Processing Unit), ´e a unidade de programac¸˜ao e est´a destinada a supervis˜ao e controle de processos. H´a tamb´em o bloco de comunicac¸˜ao no diagrama e representa os m´odulos do CLP que permitem a comunicac¸˜ao com redes que seguem o padr˜ao TCP-IP.

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Figura 4: Diagrama de blocos dos m´odulos do CLP Fonte: Adaptado de (FRANCHI; CAMARGO, 2008)

2.2.1 LINGUAGENS DE PROGRAMAC¸ ˜AO PARA CONTROLADORES PROGRAM ´AVEIS

Como j´a citado, nos ´ultimos anos, as ind´ustrias est˜ao em constante mudanc¸a com o objetivo de alcanc¸ar o melhor patamar. Assim, algumas vezes a empresa precisa atualizar o CLP, quando o mesmo j´a n˜ao consegue suprir suas necessidades, e desse modo a comunidade industrial reconheceu que era preciso estabelecer alguns padr˜oes para os CLPs. Ent˜ao foi criado o IEC e com ele, a norma IEC 61131, cuja terceira parte trata das linguagens de programac¸˜ao (FRANCHI; CAMARGO, 2008).

Existem duas linguagens textuais: lista de instruc¸˜oes ou IL (Instruction List), e texto estruturado ou ST (Structured Text), bem como duas linguagens gr´aficas, diagrama Ladder ou LD (Ladder Diagram) e o diagrama de blocos de func¸˜oes ou FBD (Function Block Diagram). H´a tamb´em um conjunto de elementos textuais e gr´aficos cuja linguagem recebe o nome de diagrama de func¸˜ao sequencial ou SFC (Sequential Function Chart) (IEC, 2013).

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por linha, recomendada para pequenas aplicac¸˜oes. J´a a de texto estruturado ´e reconhecida como sendo de alto n´ıvel, contendo conceitos intuitivos e sendo utilizada em implementac¸˜oes complexas. O diagrama Ladder possui barras paralelas e, entre elas, a l´ogica de controle, com s´ımbolos como contatos abertos e fechados e bobinas. Diagrama de blocos de func¸˜oes utiliza uma combinac¸˜ao de bloco de l´ogicas AND, OR, NOT, entre outros. Por fim o diagrama de func¸˜ao sequencial, chamado tamb´em de Grafcet, que mescla os tipos de linguagens utilizadas nos controladores program´aveis e cont´em blocos que representam o estado do sistema e s˜ao interligadas pelas transic¸˜oes, que executam a troca de estado do processo (NAKAGAWA, 2009).

A linguagem Ladder foi a primeira utilizada pelos fabricantes de CLPs e desse modo ´e uma das mais difundidas nas ind´ustrias, sendo a linguagem a ser usada neste projeto. No in´ıcio, geralmente, os encarregados da programac¸˜ao dos CLPs eram os t´ecnicos e engenheiros. Assim, a linguagem teria que ser algo onde todos conseguissem se adaptar, portanto foi desenvolvida para conter conceitos dos diagramas de comando el´etricos (bobinas e contatos) (FRANCHI; CAMARGO, 2008).

Todas as linguagens possuem suas vantagens e desvantagens, de acordo com o (FRAN-CHI; CAMARGO, 2008). As caracter´ısticas da linguagem Ladder est˜ao mostradas na Tabela 1.

Tabela 1: Vantagens e desvantagens da linguagem Ladder

Vantagens Desvantagens

R´apida adaptac¸˜ao para quem programa Utilizac¸˜ao em programas extensos e complexos

Racioc´ınio l´ogico - comando de rel´es Programadores n˜ao familiarizados com operac¸˜oes com rel´es

F´acil visualizac¸˜ao dos estados das vari´aveis Edic¸˜ao mais lenta

Mais r´apida a documentac¸˜ao

S´ımbolos padronizados mundialmente

Fonte: Adaptado de (FRANCHI; CAMARGO, 2008)

O diagrama Ladder utiliza-se da l´ogica de contatos, onde ´e definido se o mesmo est´a aberto ou fechado. Quando aberto, n˜ao permite a passagem de energia (corrente el´etrica) e quando fechado, permite. Esses contatos podem ser bot˜oes (pushbutton) ou chaves e s˜ao

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re-presentados atrav´es de alguns s´ımbolos, como mostrados na Figura 5, e classificados como NA (Normalmente aberto) ou NF (Normalmente fechado).

Figura 5: Representac¸˜ao de alguns contatos utilizados nas entradas do CLP Fonte: Adaptado de (MARTINS, 2007)

Outra representac¸˜ao existente na linguagem Ladder, s˜ao as bobinas, e podem apare-cer de diferentes modos. Quando h´a a circulac¸˜ao de corrente el´etrica na bobina, cria-se um campo magn´etico que faz com que se feche um circuito e quando n˜ao existem essa circulac¸˜ao de corrente, n˜ao h´a o campo magn´etico e por consequˆencia n˜ao h´a o fechamento do circuito (FRANCHI; CAMARGO, 2008).

Na Figura 6, est˜ao esquematizados linhas de comando do diagrama Ladder represen-tado alguns tipos de bobinas. Suponha-se que sempre h´a energia no terminal esquerdo e quando ela consegue passar pela l´ogica de controle e chegar a bobina normal, o terminal direito se torna energizado e aciona seus contatos, quando essa energia ´e cortada, o mesmo terminal direito volta a ficar desenergizado e seus contatos retornam ao estado que estavam antes. J´a na bobina negada, faz o papel inverso da normal. E a Set quando energizada, se mantem acionada, inde-pendente do cessamento da energia no terminal esquerdo, o ´unico modo de fazer ela retornar ao estado inicial, ´e usando a bobina Reset, representada por fim no esquema.

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Figura 6: Representac¸˜ao de tipos diferentes de bobinas na linguagem Ladder Fonte: Adaptado de (MARTINS, 2007)

2.3 SISTEMAS SUPERVIS ´ORIOS

Segundo (PAIOLA, 2016), o sistema que permite a visualizac¸˜ao e operac¸˜ao de um processo de maneira remota, atrav´es de uma IHM (Interface Homem-M´aquina), ´e o chamado sistema supervis´orio, ou sistema SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) e essa n˜ao ´e a ´unica func¸˜ao deste sistema.

De acordo com (SCADABR, 2010), algumas func¸˜oes utilizadas em sistemas SCADA s˜ao:

• Gerar gr´aficos e relat´orios com hist´oricos dos processos;

• Detectar alarmes;

• Registrar eventos nos sistemas automatizados;

• Possibilitar o controle remoto;

• Enviar parˆametros e valores desejados;

• Acionar e comandar equipamentos.

Por esse sistema ser visual, atrav´es da IHM, ele ´e muito utilizado no ch˜ao-de-f´abrica. Por permitir que se acompanhe o andamento e os status das vari´aveis envolvidas no processo em andamento. E com isso aumentou-se o uso ds sistema SCADA, nas produc¸˜oes em larga escala e que necessitam de aplicac¸˜oes industriais mais complexas (DANEELS; SALTER, 1999).

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Com o sistema SCADA tamb´em existe a aquisic¸˜ao de dados. Em uma empresa ´e de extrema importˆancia a documentac¸˜ao dos dados de forma correta, para setores como gerˆencia, direc¸˜ao e entre outros, terem em m˜aos informac¸˜oes relevantes da produc¸˜ao. Porque atrav´es desses relat´orios, ´e poss´ıvel ter um controle mais preciso em relac¸˜ao ao processo fabril, e dessa forma, melhor´a-lo, modific´a-lo e at´e mesmo estud´a-lo (SCADABR, 2010).

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3 PROPOSTA DA AUTOMAC¸ ˜AO E DESENVOLVIMENTO DA PLANTA DID ´ATICA INDUSTRIAL

A planta did´atica que ser´a utilizada para esse projeto contar´a com trˆes tanques em desn´ıvel, para assim tornar a forc¸a da gravidade uma aliada `a vaz˜ao. Ser´a incorporado um termˆometro no tanque intermedi´ario, e termopares em todos. Entre o primeiro e o segundo tanque existir´a trˆes v´alvulas, assim como entre o intermedi´ario e o terceiro, para que se consiga uma vaz˜ao alta (com as trˆes v´alvulas abertas), m´edia (duas delas) ou baixa (com apenas uma delas aberta).

Os tanques da planta did´atica estar˜ao em desn´ıvel, conforme esquematizado na Figura 7. O fluxo do l´ıquido passar´a pelo tanque 1, 2 e 3 atrav´es de v´alvulas e aux´ılio da forc¸a da gra-vidade. J´a o fluxo do terceiro para o primeiro tanque contar´a com a ajuda de uma eletrobomba.

Figura 7: Esquem´atico dos tanques em desn´ıvel Fonte: Autoria pr´opria

´

E proposta a implementac¸˜ao da automac¸˜ao atrav´es do desenvolvimento do painel de controle, que contar´a com o controlador l´ogico program´avel, para fazer as manobras e ensaios de vaz˜ao. O painel tamb´em contar´a com rel´es de n´ıvel que auxiliar˜ao no projeto da automac¸˜ao e controle. Para os ensaios e manobras envolvendo a temperatura, haver´a um aquecedor no

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tanque intermedi´ario, que contar´a com um termopar e termˆometro.

O diagrama de tubulac¸˜ao e instrumentac¸˜ao da planta did´atica est´a representado na Fi-gura 8. O diagrama mostra o fluxo que o l´ıquido far´a atrav´es dos tanques, v´alvulas e a eletro-bomba, al´em de indicar os instrumentos que est˜ao instalados no campo e painel. Os rel´es de n´ıvel, estar˜ao localizados no painel, e atrav´es de um sinal el´etrico (fios r´ıgidos) eles indicar˜ao se o n´ıvel estar´a alto ou baixo em func¸˜ao da referˆencia, portanto, conseguem indicar e transmitir a vari´avel n´ıvel para o controlador.

Figura 8: Diagrama de tubulac¸˜ao da planta did´atica industrial. Mostrando seus tanques e a instrumentac¸˜ao industrial utilizada.

Fonte: Autoria pr´opria

As TAG s˜ao criadas para a identificac¸˜ao funcional dos instrumentos industriais e sua localizac¸˜ao, por exemplo em um diagrama de tubulac¸˜ao. Elas s˜ao formadas por algumas letras

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e n´umeros, a primeira letra representa a vari´avel que o instrumento est´a medindo, as letras seguintes representam as func¸˜oes dos instrumentos e os n´umeros identificam alguma ´area que o instrumento se localiza, ou setor, grupo e at´e mesmo n´umero de identificac¸˜ao do aparelho (ELETROBR ´AS, 2008). A Tabela 2 mostra como s˜ao formadas as TAG utilizadas no projeto.

Tabela 2: Idenficicac¸˜ao funcional dos instrumentos

Letra Vari´avel medida (primeira letra) Func¸˜ao (demais letras)

I Corrente el´etrica Indicador

L N´ıvel Lˆampada piloto ou baixo

T Temperatura Transmissor

Fonte: Adaptado de (ELETROBR ´AS, 2008)

Na Tabela 3 est˜ao descritos os instrumentos de medic¸˜ao do diagrama de tubulac¸˜ao com suas TAG, utilizadas para localiz´a-los na planta did´atica.

Tabela 3: TAG e descric¸˜oes dos instrumentos de medic¸˜ao existentes na planta did´atica

TAG Descric¸˜ao

LIT-01 Indicador transmissor de n´ıvel do tanque 1 TT-01 Transmissor de temperatura do tanque 1 LIT-02 Indicador e transmissor de n´ıvel do tanque 2

TT-02 Transmissor de temperatura do tanque 2 TI-02 Indicador de temperatura do tanque 2 LIT-03 Indicador e transmissor de n´ıvel do tanque 3

TT-03 Transmissor de temperatura do tanque 3

Fonte: Autoria pr´opria

A Tabela 4 demonstra as TAG que s˜ao utilizadas no diagrama de tubulac¸˜ao para a localizac¸˜ao dos instrumentos que n˜ao s˜ao de medic¸˜ao, como o do controlador, dos tanques, das v´alvulas solenoides, do aquecedor e da eletrobomba.

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Tabela 4: TAG e descric¸˜oes dos instrumentos existentes na planta did´atica

TAG Descric¸˜ao

PLC-00 Controlador l´ogico program´avel T-01 Tanque mais alto (primeiro) V-01 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-01) V-02 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-01) V-03 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-01) T-02 Tanque intermedi´ario (segundo) A-01 Aquecedor do T-02 V-04 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-02) V-05 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-02) V-06 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-02) T-03 Tanque final (terceiro) B-01 Eletrobomba (sa´ıda do T-03)

Fonte: Autoria pr´opria

Para o entendimento da programac¸˜ao (especificamente dos contatos utilizados para o n´ıvel dos tanques) ser´a explicado o funcionamento dos rel´es de n´ıvel utilizado no projeto. Eles s˜ao chamados de rel´es de n´ıvel superior e inferior e s˜ao destinados a supervis˜ao de l´ıquidos condutores de corrente el´etrica n˜ao combust´ıveis. Existem trˆes eletrodos, o de n´ıvel superior, inferior e um referˆencia. Quando todos est˜ao em contato com o l´ıquido fecha-se o circuito e ent˜ao o rel´e aciona o contato, desse modo mostra que o n´ıvel est´a cheio (superior). Para o rel´e voltar, ficar novamente aberto, o l´ıquido n˜ao pode estar em contato com os eletrodos de n´ıvel superior e inferior, caso esteja em contato somente com o inferior ele continua setado pois ainda tem l´ıquido entre o n´ıvel mais alto e mais baixo. Quando o fluido fica somente no eletrodo de referˆencia ent˜ao o rel´e desarma e assim identifica-se que o tanque est´a vazio.

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Figura 9: Rel´e de n´ıvel utilizado no projeto Fonte: Autoria pr´opria

As v´alvulas solenoides utilizadas no projeto s˜ao de 127volts mas a sa´ıda do CLP ´e de 24volts. Uma placa de circuito impresso foi utilizada para resolver este problema e ´e feita com rel´es 24volts para o acionamento das v´alvulas e da bomba de retorno. A bomba de retorno ´e acionada atrav´es de uma fonte de computador, que tamb´em ´e de 127volts, ou seja, o CLP aciona a fonte atrav´es da mesma placa de circuito impresso que por sua vez aciona a bomba de retorno.

Os componente utilizados e suas quantidades no projeto da placa de acionamento est˜ao mostrados na Tabela 5.

Tabela 5: Componentes utilizados na placa de circuito impresso

Quantidade Componente 02 Placa de fenolite de 10x14cm

09 LEDs 3mm da cor vermelha

09 Resistores de 3.3KΩ

09 Rel´es 24V dc MOD. HJR-3FF-S-Z 4

09 Diodos N4001

23 Conectores Borne KRE 2 vias

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A Figura 10 mostra a frente da placa de circuito impresso, desenvolvida para o painel de controle da bancada did´atica. O seu circuito foi projetado no software DipTrace e em seguida foi impresso nas placas de fenolite, corro´ıdo e por ´ultimo os componentes foram soldados.

Figura 10: Placa de circuito impresso para acionamento de v´alvulas e bomba (frente) Fonte: (MACEDO; SILVA, 2016)

A Figura 11 mostra o circuito el´etrico que foi impresso na placa de fenolite.

Figura 11: Placa de circuito impresso para acionamento de v´alvulas e bomba (fundo) Fonte: (MACEDO; SILVA, 2016)

Os trˆes tanques foram desenvolvidos com chapas de inox, com medidas de 30x30x30cm. O primeiro tanque tem uma entrada de ´agua (que ser´a da bomba de retorno), trˆes sa´ıdas para o segundo tanque e uma entrada rosqueada para a instalac¸˜ao de um termopar. O segundo conta com trˆes entradas de ´agua do primeiro tanque e trˆes sa´ıdas para o terceiro, com duas roscas para um termopar e um termˆometro. No terceiro tanque existem trˆes entradas de ´agua do segundo tanque e uma sa´ıda para a bomba levar o fluido at´e o primeiro, e um furo rosqueado para instalar um termopar, a Figura 12 mostra o tanque trˆes.

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Figura 12: Terceiro tanque de inox Fonte: (MACEDO; SILVA, 2016)

As entradas e sa´ıdas de ´agua do tanque foram feitas atrav´es de um tarugo de inox 304. Foram torneados 15 bicos: 14 para os tanques e um para a instalac¸˜ao da mangueira na bomba de retorno de ´agua. A Figura 13 mostra o tarugo no processo de torneamento.

Figura 13: Bicos sendo torneado atrav´es de um tarugo de inox Fonte: Autoria pr´opria

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Figura 14: Bicos prontos Fonte: Autoria pr´opria

A Figura 15 mostra o bico de entrada de ´agua do primeiro tanque com a mangueira instalada.

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Figura 15: Mangueira instalada no bico de inox Fonte: Autoria pr´opria

3.1 IMPLEMENTAC¸ ˜AO DA AUTOMAC¸ ˜AO DA PLANTA DID ´ATICA

A proposta da implementac¸˜ao da automac¸˜ao consiste em executar a instalac¸˜ao do CLP nas suas interfaces corretas, instalando os indicadores de n´ıvel como entradas digitais; v´alvulas e eletrobomba, como sa´ıdas digitais; termopares, como entradas anal´ogicas; e aquecedor, ligado ao conversor de potˆencia que est´a na sa´ıda anal´ogica do controlador.

Com o uso do software de programac¸˜ao, a implementac¸˜ao continua ao realizar os testes das entradas e sa´ıdas dos m´odulos do CLP, para a verificac¸˜ao do funcionamento das interfaces do controlador e a sua comunicac¸˜ao com o software.

A importˆancia da verificac¸˜ao se d´a na identificac¸˜ao das entradas e sa´ıdas do controla-dor, de modo a realizar uma documentac¸˜ao, que auxiliar´a no desenvolvimento dos ensaios de vaz˜ao e temperatura da planta did´atica.

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Nesta identificac¸˜ao das entradas e sa´ıdas do CLP, ´e utilizada a Tabela 6 que est´a re-presentando as TAG dos instrumentos que existem na planta did´atica industrial e o enderec¸o que o software utiliza para executar as manobras e ensaios. Este enderec¸o ´e atribu´ıdo ao ins-trumento, de maneira que os instrumentos que funcionam como entradas digitais apresentam a forma %E000X.X, onde X.X representa a sa´ıda digital do controlador. Por exemplo, se o medidor de n´ıvel estiver no contato 01, o seu enderec¸o ser´a %E0000.1 e assim por diante. J´a as sa´ıdas digitais s˜ao representadas com o padr˜ao %S005X.X e as entradas e sa´ıdas anal´ogicas s˜ao representadas como %M020X e %M050X, respectivamente.

Tabela 6: Identificac¸˜ao do enderec¸o das entradas e sa´ıdas que ser˜ao utilizadas no CLP

TAG Descric¸˜ao Enderec¸amento no software

LIT-01 Indicador transmissor de n´ıvel do T-01 %E0001.1 TT-01 Transmissor de temperatura do T-01 %M0200

V-01 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-01) %S0050.0 V-02 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-01) %S0050.1 V-03 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-01) %S0050.2 LIT-02 Indicador e transmissor de n´ıvel do T-02 %E0001.2 TT-02 Transmissor de temperatura do T-02 %M0201

A-01 Aquecedor do T-02 %M0500

V-04 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-02) %S0050.3 V-05 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-02) %S0050.4 V-06 V´alvula solenoide (sa´ıda do T-02) %S0050.5 LIT-03 Indicador e transmissor de n´ıvel do T-03 %E0001.3 TT-03 Transmissor de temperatura do T-03 %M0202

B-01 Eletrobomba (sa´ıda do T-03) %S0050.6

Fonte: Autoria pr´opria

Na Figura 16, est´a mostrada a tela do software MasterTool XE de programac¸˜ao utili-zado no projeto, exibindo um contato aberto (representado pelo enderec¸o %E0000.5), fechado (%E0000.6) e a bobina (%S0051.0), na linguagem Ladder.

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Figura 16: Nota-se que na captura de tela do software Mastertool h´a a representac¸˜ao de um contato aberto, um fechado e uma bobina em linguagem Ladder

Fonte: Autoria pr´opria

3.2 ENSAIOS PROPOSTOS

S˜ao realizados trˆes ensaios, envolvendo as vari´aveis: vaz˜ao, temperatura e n´ıvel. Os fluxogramas mostrados nas Figuras 17 a 20 est˜ao demonstrando os ensaios.

Na Figura 17 est´a representado o fluxograma do ensaio sobre a vaz˜ao. Primeiramente verifica-se a coluna de ´agua existente nos trˆes tanques, para realizar a conta ap´os o ensaio, posteriormente se inicia o ensaio pressionando o bot˜ao no software SCADABR (ou forc¸ando a mesma vari´avel no software Mastertool), ap´os pressionado o programa verificar´a se todos os tanques n˜ao est˜ao cheios para n˜ao acontecer o transbordamento de ´agua durante o ensaio. Se nenhum estiver cheio, todas as v´alvulas se abrir˜ao e se iniciar´a a contagem de um tempo determinado anteriormente (de acordo com o programador no software Mastertool). Quando terminar a contagem todas as v´alvulas ser˜ao desligadas. Ent˜ao verifica-se as colunas de ´agua novamente e ent˜ao as contas s˜ao realizadas, baseado na diferenc¸a de coluna de ´agua do tanque 1 e do 3, pois o 2 ficar´a com um n´ıvel constante. Com o tempo (antes determinado) e o volume deslocado entre os tanques, determina-se a velocidade de sa´ıda das v´alvulas e com a ´area de abertura da v´alvula consegue-se a vaz˜ao existente nas v´alvulas de sa´ıda do tanque 2.

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Figura 17: Fluxograma do ensaio de vaz˜ao Fonte: Autoria pr´opria

Na Figura 18 e 19 est´a representado o fluxograma do ensaio de histerese, com v´alvulas on-off. Para cada enchimento de tanque, necessita-se de um bot˜ao de start. Inicialmente o tanque 1 e 2 estar˜ao vazios e o 3 completamente cheio. Com o bot˜ao apertado para encher o tanque 1, ser´a verificado se somente o 3 est´a cheio e ent˜ao liga-se a bomba para levar o fluido do ultimo para o primeiro tanque. Quando n´ıvel do tanque 1 estiver cheio, desliga-se a bomba e o bot˜ao. Para encher o tanque 2, outro bot˜ao verifica se somente o tanque 1 est´a cheio, se sim, todas as v´alvulas entre o tanque 1 e 2 s˜ao abertas e se inicia a contagem de um tempo que foi

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pr´e determinado no software Mastertool. Ap´os esse tempo se esgotar uma das v´alvulas fecha e continua a contagem para a terceira v´alvula ser fechada. Quando esgotar o tempo total, fecha-se ent˜ao a v´alvula restante. E do mesmo modo ocorre o enchimento do tanque 3 a partir do tanque 2.

Figura 18: Fluxograma do ensaio de histerese on/off Fonte: Autoria pr´opria

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Figura 19: Continuac¸˜ao do fluxograma do ensaio de histerese on/off Fonte: Autoria pr´opria

Na Figura 20 est´a representado o fluxograma do ensaio de temperatura utilizando o bloco de PID do software Mastertool. Ap´os pressionar o bot˜ao para iniciar o ensaio, o con-trolador verificar´a se o segundo tanque, onde tem o aquecedor, est´a com ´agua ou n˜ao. Se sim, ser´a verificada a temperatura e caso n˜ao esteja no valor desejado (setpoint) o controlador PID manipular´a o aquecedor para diminuir o erro (offset).

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Figura 20: Fluxograma do ensaio de temperatura Fonte: Autoria pr´opria

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4 RESULTADOS E DISCUSS ˜OES

A planta did´atica que foi constru´ıda para o desenvolvimento deste projeto est´a exposta na Figura 21. Ela foi elaborada e desenvolvida em conjunto com os alunos Heliton Macedo e Hudson Junior Silva, inicialmente para o trabalho de conclus˜ao do curso de tecnologia em automac¸˜ao industrial e posteriormente houve a continuac¸˜ao dos estudos para o trabalho de con-clus˜ao de curso de engenharia de controle e automac¸˜ao.

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Figura 21: Planta did´atica com tanques em desn´ıvel desenvolvida em conjuntos com os alunos Heliton Macedo e Hudson Junior da Silva, com as instrumentac¸˜oes industriais j´a instaladas e a parte el´etrica pronta.

Fonte: Autoria pr´opria

Ap´os a conclus˜ao da estrutura f´ısica da planta industrial, deu-se in´ıcio a implementac¸˜ao da automac¸˜ao. Foram instalados os dispositivos e verificadas as ligac¸˜oes el´etricas.

Com o CLP devidamente instalado no painel, realizou-se a sua configurac¸˜ao de acordo os m´odulos presentes em sua instalac¸˜ao. Finalizada a configurac¸˜ao do controlador, foram reali-zados os testes para verificac¸˜ao das entradas e sa´ıdas digitais.

Os testes das entradas e sa´ıdas digitais foram feitos atrav´es do software Mastertool XE em linguagem Ladder. Declarou-se um contato NA (entrada da linha de programac¸˜ao) e uma bobina (no fim da linha) com um enderec¸amento do CLP e ent˜ao forc¸ou-se o fechamento do contato e, consequentemente, a bobina foi acionada. Conforme uma sa´ıda digital era verificada, trocava-se o enderec¸amento dela pela sa´ıda seguinte, e assim foram verificadas todas as sa´ıdas

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digitais.

Com todo o CLP comunicando corretamente com o software de programac¸˜ao e suas entradas e sa´ıdas operando normalmente, fez-se a comunicac¸˜ao com o software open source SCADABR, como est´a ilustrado na Figura 22. O operando que se refere a uma mem´oria do Mastertool est´a comunicando com um operando do software do supervis´orio. Quando se pres-siona o bot˜ao do supervis´orio da v´alvula que est´a ligada na sa´ıda %S0050.0 (no caso ´e a v´alvula 1 entre o primeiro e segundo tanque) ele fecha o contato da mem´oria %M0017.0 ligando ent˜ao a v´alvula.

Figura 22: L´ogica ladder que foi utilizada para a comunicac¸˜ao do software Mastertool com o Sca-daBR. Acionando as seis v´alvulas existentes na planta did´atica e uma bomba para retorno de ´agua.

Fonte: Autoria pr´opria

Utilizando o software ScadaBR, foi desenvolvida uma tela para a supervis˜ao dos pro-cessos, representada na Figura 23. A imagem do supervis´orio conta com o desenho da planta f´ısica (estrutura met´alica, tanques, mangueiras e v´alvulas) e tamb´em de um painel de controle com as ligac¸˜oes que podem ser feitas, do aquecedor, bomba e v´alvulas. Al´em de um espac¸o reservado para dar in´ıcio aos ensaios desenvolvidos. Toda vez que liga uma v´alvula ou bomba, seu respectivo LED acende, representando o ON-OFF. A tela de supervis˜ao conta tamb´em com a leitura de temperatura de todos os tanques.

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Figura 23: Tela de supervis˜ao desenvolvida para utilizac¸˜ao no software ScadaBR. Contendo todos os bot˜oes de ensaios e leitura das temperaturas dos trˆes tanques.

Fonte: Autoria pr´opria

4.1 ENSAIOS

Nesta sec¸˜ao s˜ao apresentados os ensaios realizados. O primeiro ser´a o ensaio de his-terese para o enchimento dos tanques, o segundo ser´a realizado para descobrir a velocidade de sa´ıda do fluido pelas v´alvulas e o terceiro ´e o ensaio envolvendo o controle PID da temperatura, conforme descrito na sec¸˜ao 3.2.

4.1.1 ENSAIO DA VELOCIDADE E VAZ ˜AO DE SA´IDA DAS V ´ALVULAS

O objetivo do ensaio ´e aplicar a teoria de Bernoulli para estimar a vaz˜ao que pode existir de um tanque para outro atrav´es das aplicac¸˜oes da hidrodinˆamica. Considerando o esco-amento do l´ıquido com um atrito aproximadamente nulo e ao longo de uma linha que contenha fluxo, a equac¸˜ao de Bernoulli ´e v´alida (WHITE, 2010). A Equac¸˜ao (2) ´e amplamente

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utili-zada para representac¸˜ao de Bernoulli, considerando escoamento incompress´ıvel, sem atrito e ao longo de uma linha. As vari´aveis p1, V1e z1representam respectivamente a press˜ao, velocidade e altura do l´ıquido no ponto um (no caso, na entrada do fluido), e p2, V2 e z2a press˜ao, veloci-dade e altura do l´ıquido no ponto dois (sa´ıda do fluido). A forc¸a da graviveloci-dade e a densiveloci-dade do fluido est˜ao representadas por g e ρ respectivamente.

p1 ρ + 1 2V 2 1 + gz1= p2 ρ + 1 2V 2 2 + gz2= constante (2)

A entrada de um tanque e sa´ıda do orif´ıcio s˜ao representadas na Figura 24.

Figura 24: Representac¸˜ao da entrada de um tanque e sa´ıda do orif´ıcio Fonte: Autoria pr´opria

Considerando as press˜oes p1 e p2como atmosf´ericas, elas se anulam na Equac¸˜ao (2). Com manipulac¸˜oes matem´aticas e igualando h = z1− z2, chega-se `a Equac¸˜ao (3), onde V2 ´e a velocidade de sa´ıda do orif´ıcio, h a altura do l´ıquido no reservat´orio, e g a forc¸a da gravidade (valor utilizado g = 9, 807m/s2).

V2≈ p

2gh (3)

Para manter uma altura h do l´ıquido no tanque constante, a velocidade de sa´ıda do l´ıquido de um orif´ıcio deste mesmo tanque tamb´em ser´a constante. Desse modo, atrav´es da definic¸˜ao de vaz˜ao, mostrada na Equac¸˜ao (4), sendo que Q representa a vaz˜ao, V a velocidade do fluxo e A a ´area por onde o l´ıquido transcorre, percebe-se que a vaz˜ao depender´a da ´area, e neste caso est´a diretamente relacionada a abertura de uma, duas ou trˆes das v´alvulas da planta did´atica.

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Para a aplicac¸˜ao da equac¸˜ao de Bernoulli o fluido tem que ser ideal, ou seja, ter carac-ter´ısticas como: escoamento laminar (independente do tempo, em um ponto fixo, a velocidade do fluido n˜ao muda), escoamento incompress´ıvel (a densidade do fluido ´e constante), escoa-mento n˜ao viscoso e n˜ao rotacional. O escoaescoa-mento ideal n˜ao apresenta tens˜oes de cisalhaescoa-mento atuante durante o movimento do fluido (ELIAS, 2009).

Considere o ambiente inicial como o tanque 1 com uma coluna de ´agua de aproxima-damente 12cm, o segundo tanque com n´ıvel intermedi´ario (aproximaaproxima-damente 10cm de coluna de ´agua - do topo at´e a sa´ıda entretanto, tˆem 8cm de coluna de ´agua) e o ´ultimo tanque com uma coluna de ´agua de aproximadamente 4cm. Substituindo os valores na Equac¸˜ao (3), tem-se a Equac¸˜ao (5), onde h tem o valor da altura da coluna de ´agua do tanque 2 em metros.

V2≈p2 · 9, 807 · 0, 08 ≈ 1, 2526m/s (5)

Substituindo (5) em (4) descobre-se a vaz˜ao do fluido ideal do tanque 2 para o tanque 3, demonstrado na Equac¸˜ao (6). Sabe-se que a ´area de passagem do fluido atrav´es da v´alvula solenoide ´e de aproximadamente 122, 65mm2(Raio de 6, 25mm).

Q= 1, 2526 · 122, 65 · 10−6[m3/s] (6)

Transforma-se a vaz˜ao do l´ıquido ideal de Bernoulli de m3/s (demonstrado em 6) para L/min mostrado em 7.

Q= 9, 2L/min (7)

Como a v´alvula solenoide n˜ao consegue manter as caracter´ısticas do fluido ideal, a velocidade de sa´ıda n˜ao ´e a mesma, consequentemente a vaz˜ao e o tempo tamb´em n˜ao.

Para verificar a diferenc¸a do fluido ideal utilizado na equac¸˜ao de Bernoulli, foi reali-zado o ensaio para descobrir a vaz˜ao das v´alvulas, da seguinte maneira: no primeiro tanque, deixou-se uma coluna de ´agua de 12cm, no tanque intermedi´ario a coluna foi de 10cm e no ter-ceiro tanque deixou-se uma coluna de 4cm. Foram abertas todas as v´alvulas da planta did´atica e ficaram abertas durante 30min. O n´ıvel do tanque intermedi´ario permaneceu constante durante o tempo todo.

Os valores de coluna de ´agua ap´os os 30min nos tanques 1 e 3 foram de: 11cm e 5cm, respectivamente. Portanto a v´alvula n˜ao consegue fazer com o ocorra um escoamento como

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deveria ser nos estudos de Bernoulli. Realizando uma proporc¸˜ao entre o tempo de v´alvula aberta e a quantidade de coluna de ´agua, em 30min houve uma troca de 0, 9L entre o tanque 1 e 3, chega-se a conclus˜ao que a vaz˜ao ´e de aproximadamente 0, 03L/min (ocorre um gotejamento), uma diferenc¸a consider´avel em relac¸˜ao aos fluidos e escoamentos ideais de Bernoulli.

Substituindo uma das v´alvulas solenoide por um registro abre e fecha entre os tanques 1 e 2 e entre o 2 e 3 (representado na Figura 25), encheu-se novamente os tanques nas proporc¸˜oes anteriores (12cm no primeiro, 10cm no segundo e 4cm no terceiro) e abriu ambas as v´alvulas manualmente. Com os n´ıveis marcados, o tanque intermedi´ario continuo com a altura constante, e em 10, 31s a altura do tanque trˆes foi de 4 para 5cm.

Figura 25: Registro instalado entre tanques para a realizac¸˜ao de ensaio do problema de Bernoulli, com o objetivo de n˜ao se ter reguladores de press˜ao, como nas v´alvulas

Fonte: Autoria pr´opria

Neste caso, percebe-se que a vaz˜ao foi de aproximadamente 5, 23L/min, n˜ao se chega aos 9L/min que se chegou atrav´es de Bernoulli, primeiramente, n˜ao h´a somente um orif´ıcio por onde o fluido passar´a. No caso em estudo, ele atravessa um registro que est´a ligado ao tanque por mangueiras, deste modo ocorre atrito, v´arias trocas da ´area de secc¸˜ao por onde o fluido passa e desse modo j´a deixa de ser um fluido ideal apresentado por Bernoulli, mas ja ´e bem maior considerando os 0, 03L/min de vaz˜ao que tem na v´alvula solenoide utilizada, pensando em ensaios para o problema de Bernoulli.

4.1.2 ENSAIO ON-OFF DE HISTERESE

O ambiente do ensaio se inicia somente com o terceiro tanque cheio e deixando os outros dois sem l´ıquido. O primeiro enchimento se dar´a do tanque 3 para o tanque 1 atrav´es da

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bomba utilizada para retorno do l´ıquido. Quando o primeiro tanque estiver totalmente cheio, o software receber´a o sinal do rel´e de n´ıvel e desligar´a a bomba. O enchimento do tanque 1 somente se iniciar´a a partir do momento em que se pressiona o bot˜ao no SCADABR e o contato de n´ıvel alto do tanque 3 estiver acionado.

Com o tanque 1 cheio, seu contato de n´ıvel estar´a fechado, e a partir deste ponto aciona-se outro bot˜ao no SCADABR para o enchimento do tanque 2, lembrando que s´o aciona-ser´a aceito o acionamento se o tanque 1 estiver completamente cheio. Com valores definidos no software Mastertool as trˆes v´alvulas (entre o tanque 1 e 2) ser˜ao ligadas ao mesmo tempo e ficar˜ao abertas durante o tempo estipulado. Ap´os esse tempo terminar, uma das v´alvulas fecha e as outras duas se mantˆem abertas durante outro tempo determinado previamente. Por ´ultimo, outra v´alvula desliga e continua apenas uma ligada durante outro tempo determinado pelo usu´ario. O enchimento do tanque 3 a partir do 2 se d´a da mesma forma que o enchimento do 1 para o 2.

Para a contagem de tempo, utiliza-se o temporizador de desenergizac¸˜ao (existente no software Mastertool) das v´alvulas solen´oides. Tal bloco temporizador, quando ativado, liga todas as suas sa´ıdas e comec¸a a contagem de um tempo determinado pelo usu´ario. Quando a contagem do tempo chegar ao valor que foi determinado, o bloco de func¸˜ao inverte a sa´ıda, desligando ent˜ao as suas sa´ıdas.

No in´ıcio da programac¸˜ao, percebe-se de acordo com a Figura 26 que existe o contato %E0001.3 que ´e o n´ıvel do terceiro tanque, caso n˜ao esteja completamente cheio o ensaio n˜ao ter´a inicio. O contato %M0017.7 ´e o bot˜ao existente no SCADABR. Ou seja, quando o tanque 3 est´a cheio e o bot˜ao do supervis´orio ´e acionado, a bomba de retorno ´e ligada (%M0017.6) e quando o tanque 1 ficar completamente cheio o bot˜ao ´e desligado. O contato %E0001.1 representa o tanque 1 cheio.

Figura 26: Enchimento do tanque 1 a partir do 3, verificando se o tanque 1 n˜ao est´a cheio e contendo um bot˜ao de emergˆencia no in´ıcio da l´ogica ladder, caso ocorra algum problema externo

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Este intertravamento com relac¸˜ao ao n´ıvel dos tanques acontece tamb´em no enchi-mento dos outros dois tanques. Somente se inicia o enchienchi-mento de algum tanque caso o tanque anterior esteja cheio. Como mostra a Figura 27, o contato %E0001.2 representa o n´ıvel alto do tanque 2 e o contato %M0017.9 est´a representando o bot˜ao com relac¸˜ao no SCADABR, quando ambos forem acionados todas as sa´ıdas ser˜ao acionadas, ligando ent˜ao todas as v´alvulas repre-sentadas pelas mem´orias %M0017.3, %M0017.4 e %M0017.5 e tamb´em o contato de mem´oria auxiliar %M0000.2 utilizado na l´ogica seguinte para desativar outra v´alvula. O bloco TED ´e um temporizador na desenergizac¸˜ao, ou seja, quando sua energia ´e cortada comec¸a a contagem do tempo de zero at´e a constante representada por %KM + 24300 localizada dentro do bloco, o valor 600 dessa constante equivale a 1 minuto. Quando a vari´avel %M0003 chega ao valor de 24300 todas as sa´ıdas do bloco TED s˜ao desenergizadas.

Figura 27: Enchimento do tanque 3 a partir do 2. Ligam-se todas as v´avulas e ap´os o per´ıodo de tempo estipulado fecha-se uma delas. Existe um operando auxiliar para dar in´ıcio na contagem de desenergizac¸˜ao da pr´oxima v´alvula que ser´a delisgada, neste caso, o operando ´e %M0000.2

Fonte: Autoria pr´opria

Toda a programac¸˜ao em ladder realizada para os ensaios, est´a exposta no ANEXO D, com suas l´ogicas detalhadas.

4.1.3 ENSAIO DO CONTROLE PID DA TEMPERATURA

No segundo tanque existe um aquecedor, indicador de temperatura e um termopar. Desse modo consegue-se realizar o controle da temperatura e ser´a utilizado o bloco de func¸˜oes com controlador PID do software Mastertool. Com esta func¸˜ao ´e poss´ıvel monitorar as vari´aveis envolvidas no processo, e a monitorac¸˜ao ´e feita atrav´es da janela mostrada na Figura 28. Do lado esquerdo da figura pode-se notar: Valor PA, ´e o valor do setpoint; Valor GP, TI e TD s˜ao os parˆametros do controlador PID, a parte proporcional, integral e derivativa,

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respectiva-mente; Valor VA, vari´avel de atuac¸˜ao, ou seja o valor que a vari´avel que est´a atuando est´a no determinado momento de tempo que est´a sendo monitorada. Do lado direito da figura, uma vari´avel apenas que n˜ao foi citada, ´e o Valor VM, como o nome diz, vari´avel medida, ou seja, ´e a vari´avel que est´a sendo monitorada para o controle.

Figura 28: Do lado esquerdo notam-se os valores de setpoint, parˆametros do controlador PID e valor da vari´avel de atuac¸˜ao. Do lado direito a proporc¸˜ao entre as vari´aveis manipuladas. E no centro, a janela de monitorac¸˜ao

Fonte: Autoria pr´opria

Configurou-se o controlador e suas vari´aveis, como mostra a Figura 29, a vari´avel medida ´e o operando %M0201 que ´e a temperatura do tanque dois. O operando %M0300 ´e o setpoint, valor desejado. E o operando %M0500 o atuador, ou seja, o aquecedor.

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Figura 29: Configurac¸˜ao das vari´aveis da func¸˜ao PID, enquanto a monitorac¸˜ao das vari´aveis es-tiver ativa, n˜ao tem como ser mudada, como mostra na figura. A configurac¸˜ao s´o ´e permitida se parar o monitoramento das vari´aveis

Fonte: Autoria pr´opria

Para este ensaio os valores dos parˆametros do controlador PID foram definidos empi-ricamente: Kp = 7, Ki = 2 e Kd = 5. A partir da definic¸˜ao desses parˆametros, iniciou-se o monitoramento das vari´aveis (medida, desejada e a que atua). Por´em o controlador comec¸a a atuar somente depois de pressionar o bot˜ao de start no ensaio.

A Figura 30 mostra o inicio do controle. Como o valor medido est´a abaixo do desejado, o aquecedor liga no m´aximo permitido (na escala do software Mastertool ´e um valor de 21000, equivalendo-se dos 10volts da sa´ıda anal´ogica onde est´a ligado). O gr´afico mostra a curva do Valor VA subindo para os 21000 enquanto o Valor PA permanece constante e o Valor VM varia conforme ´e medida a temperatura do tanque dois. Os valores das temperaturas obedecem a escala do software Mastertool, a convers˜ao est´a detalhada no Anexo B.

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Figura 30: In´ıcio da monitorac¸˜ao do controle PID Fonte: Autoria pr´opria

Conforme o tempo passa e a ´agua ´e aquecida, os valores desejados e medidos ficam pr´oximos, e ent˜ao o atuador comec¸a a oscilar, para continuar diminuindo este erro (diferenc¸a entre esses valores). Na Figura 31 ´e mostrando o in´ıcio da oscilac¸˜ao do atuador.

Figura 31: Nota-se que o valor medido e desejado est˜ao pr´oximos, ao mesmo tempo, a curva do atuador comec¸a a oscilar

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Quando o valor medido j´a ultrapassa o valor desejado, o controlador diminui a atuac¸˜ao do aquecedor, para n˜ao ultrapassar de maneira expressiva o setpoint, e comec¸a a desligar o aquecimento para manter a temperatura desejada. A Figura 32 mostra a curva do atuador dimi-nuindo, e ap´os um tempo, a curva chega a zero, n˜ao precisando mais aquecer a ´agua, somente se h´a um dist´urbio externo, como troca de calor ou abertura de v´alvulas, nesses casos o atuador volta a ser acionado e se inicia novamente o aquecimento para manter a temperatura no valor desejado.

Figura 32: Percebe-se que o valor medido j´a chegou ao valor desejado, portanto a curva do atuador tende a ir para zero, desligando o aquecimento

Fonte: Autoria pr´opria

Atrav´es do software ScadaBR, ´e poss´ıvel gerar um gr´afico com as vari´aveis: tempera-tura do tanque dois (vari´avel manipulada), e o aquecedor (atuador). Este gr´afico est´a mostrado na Figura 33, percebe-se que a partir do momento em que a temperatura chega-se no valor dese-jado, em torno de 27◦Co atuador que estava ligado com 10volts (no m´aximo) comec¸a a decair, ou seja, j´a n˜ao ´e mais necess´ario o aquecimento.

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Figura 33: Gr´afico da temperatura do tanque dois e aquecimento (atuador) atrav´es do tempo. Nota-se o decaimento da curva do aquecedor quando a temperatura chega ao valor desejado, em torno de 27◦C

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5 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS

Com uma planta industrial did´atica constru´ıda do zero e com o envolvimento doo alu-nos Heliton Macedo e Hudson Junior da Silva, os objetivos criados para este trabalho foram con-clu´ıdos. Foi poss´ıvel realizar a automac¸˜ao, controle e supervis˜ao da planta realizando ensaios de vaz˜ao e temperatura com tanques em desn´ıvel utilizando um sistema supervis´orio atrav´es do ScadaBR.

A planta gerou resultados que s˜ao encontrados em processos industriais. Atrav´es de ensaios, foi poss´ıvel calcular vaz˜oes, velocidades de escape, tempo que se leva para encher e esvaziar tanques, controlando seu n´ıvel m´aximo e m´ınimo.

A planta did´atica possibilita a realizac¸˜ao de manobras com vari´aveis de processos como a vaz˜ao, temperatura e n´ıvel atrav´es da implementac¸˜ao dos sistemas de controle, automac¸˜ao e supervis˜ao da planta did´atica. Dessa forma, os estudantes que utilizar˜ao a planta did´atica ne-cessitar˜ao de informac¸˜oes da mesma dispon´ıvel para futuros estudos e consultas para o aux´ılio nos novos projetos.

O estudo com uma das ferramentas mais utilizada na ind´ustria, o CLP, permite ter uma experiˆencia similar ao que se encontrar´a na pr´atica no mercado de trabalho, nas ind´ustrias, ou at´e mesmo uma bagagem para o estudo mais detalhado do controlador e suas aplicac¸˜oes. Al´em da programac¸˜ao tamb´em ser feita com uma linguagem mais difundida entre os profissionais que atuam com controladores, que ´e a linguagem Ladder. Vale tamb´em mencionar o contato com sistemas supervis´orios, ou SCADA, que est˜ao bem difundidos nos processos fabris atualmente.

Desta forma, o desenvolvimento da planta did´atica industrial auxiliar´a nos estudos focados para ´areas fabris, gerando resultados que s˜ao encontrados em empresas que utilizam vari´aveis como vaz˜ao, n´ıvel e temperatura em seus processos de fabricac¸˜ao, utilizando sistemas de controle, automac¸˜ao e supervis˜ao abordados por este trabalho.

Por tudo que foi exposto no presente trabalho, conclui-se que a realizac¸˜ao de um pro-duto real (no caso o desenvolvimento de uma planta did´atica industrial) necessita de muita atenc¸˜ao, pois a cada dia pode se encontrar um erro, uma soluc¸˜ao e at´e mesmo uma melhoria.

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Desta forma, um projeto nesta ´area mostra um pouco como pode ser a realidade em muitos projetos fabris, que o engenheiro tem que estar sempre atento e disposto a solucionar.

5.1 PROJETOS FUTUROS

Em se tratando de um projeto de desenvolvimento de um produto f´ısico para novos es-tudos, muitas coisas j´a foram alteradas, como os bicos de ac¸o utilizados nas entradas e sa´ıdas de ´agua que foram trocados por bicos de inox. Para a planta n˜ao perder a modularidade que ela tem de realizar ensaios com mais de uma vari´avel, para ensaios de vaz˜ao foram instalados registros para o melhor escoamento da ´agua e os mesmos podem ser trocados a qualquer momento por v´alvulas solenoides, ou at´e mesmo outros tipos de v´alvulas.

O projeto desenvolvido possibilita o estudo de v´arios projetos futuros. Atualmente n˜ao h´a troca de fluido do meio externo, apenas entre os tanques, outro ensaio pode ser desenvolvido futuramente.

Troca de tanques de inox por tanques de acr´ılico, ajudar´a na quest˜ao de medir n´ıvel por sensores capacitivos, mais utilizados na ind´ustria do que os rel´es de n´ıvel que medem n´ıvel cheio ou vazio.

Instalar aquecedores em todos os tanques, e n˜ao somente no intermedi´ario. Possibi-litando a realizac¸˜ao do controle da temperatura em todos os tanques. Al´em de desenvolver uma melhoria na medic¸˜ao que ´e realizada na temperatura, com o objetivo de retirar a grande oscilac¸˜ao que aparece na Figura 33.

Realizar o controle da bomba de retorno, pois no atual projeto ela funciona como uma chave liga e desliga somente, n˜ao h´a o controle da velocidade da mesma.

A mudanc¸a f´ısica da planta did´atica tamb´em poder´a ser um projeto futuro, pois os tanques tem somente 30cm de altura, fazendo uma coluna de ´agua baixa em relac¸˜ao a tanques maiores, ou at´e mesmo as colunas de ´agua utilizada pelos encanamentos nas ind´ustrias.

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REFER ˆENCIAS

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