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COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

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COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

Bruxelas, 17.3.2004 SEC (2004) 333

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO PROCEDIMENTOS ADUANEIROS SIMPLIFICADOS

NO

TRANSPORTE MARÍTIMO DE CURTA DISTÂNCIA: 'SERVIÇO DE LINHA REGULAR AUTORIZADO'

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INDICE

1. Historial... 3

2. Introdução ... 4

3. Que tipo de serviço se pode tornar um “serviço de linha regular autorizado”?... 5

4. Quais as vantagens do estatuto de “serviço de linha regular autorizado”? ... 5

5. Por que candidatar-se ao estatuto de “serviço de linha regular autorizado”? ... 6

6. Onde e como candidatar-se? (vide artigo 313ºB no Anexo I)... 6

6.1. Condições básicas de candidatura... 6

6.2. Apresentação do pedido ... 6

6.3. A quem se apresenta o pedido?... 7

6.4. Processo administrativo ... 7

6.5. Condições associadas à autorização... 7

7. Substituição de navios... 7

8. Revogação da autorização... 8

9. “Serviços de linha regulares autorizados” e países terceiros ... 8

ANEXO I – Disposições legais...9

(3)

1. HISTORIAL

Em Maio de 2002, a Comissão apresentou um documento de trabalho dos seus serviços: Guia dos procedimentos aduaneiros no transporte marítimo de curta distância (SEC(2002)632). Este documento tinha dois objectivos:

• descrever em traços gerais a regulamentação aduaneira aplicável ao transporte marítimo de curta distância e as oportunidades de utilização de procedimentos simplificados;

• disponibilizar uma base concisa para a identificação de necessidades concretas de modificações ou simplificações adicionais.

O guia foi objecto de consultas alargadas a nível europeu. Nessas consultas verificou-se que os problemas associados à legislação aduaneira da UE eram, na realidade, menos numerosos do que se pensava. Muitos dos problemas eram de natureza meramente prática, podendo frequentemente ser atenuados ou resolvidos através da transferência electrónica dos dados aduaneiros e de outros dados administrativos (alfândegas electrónicas).

Não obstante, as contribuições mais precisas centraram-se no conceito aduaneiro de “serviço de linha regular autorizado". Trata-se de um regime de simplificado para os serviços regulares (curta distância) de transporte marítimo, essencialmente de mercadorias comunitárias (ou seja, mercadorias em livre prática na Comunidade), entre dois ou mais portos situados no território aduaneiro da Comunidade (excluindo as zonas francas sujeita às regras de controlo do tipo I). O facto de, normalmente, as mercadorias perderem o seu estatuto aduaneiro quando um navio zarpa de um porto comunitário rumo a outro, não é relevante para os “serviços de linha regular autorizados” porque as mercadorias comunitárias transportadas nesses serviços continuam a ser mercadorias comunitárias e o seu estatuto não carece de prova junto à Alfândega. Por conseguinte, para as mercadorias comunitárias, este serviço pode ser comparado a uma ponte entre dois ou mais portos comunitários, em cujos extremos não há controlos aduaneiros. Trata-se de uma facilidade que não é concedida sequer ao transporte rodoviário no âmbito do qual as mercadorias comunitárias perdem o seu estatuto quando saem do território aduaneiro. As mercadorias não-comunitárias transportadas no serviço de linha regular autorizado devem, obviamente, ser sujeitas ao regime de trânsito.

Na sequência das consultas sobre o Guia dos procedimentos aduaneiros no transporte marítimo de curta distância, resultou evidente que as regras para o ”serviço de linha regular autorizado” careciam de mais explicações. O presente documento de trabalho da Comissão apresenta as regras de forma compreensível para que o sector do transporte marítimo de curta distância possa beneficiar da redução das formalidades aduaneiras necessárias.

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2. INTRODUÇÃO

As mercadorias transportadas num navio que zarpa de um porto comunitário rumo a outro porto comunitário no território aduaneiro da Comunidade saem normalmente do território aduaneiro para nele voltarem a entrar quando o navio chega ao segundo porto. Significa isto, em termos gerais, que terá de ser provado à Alfândega o estatuto comunitário de todas as mercadorias (como se o navio tivesse entrado na Comunidade vindo de um país terceiro), incluindo as que estavam em livre prática até deixarem o porto de partida, visto que as mercadorias comunitárias perdem esse estatuto quando saem do território aduaneiro da Comunidade1.

Por esse motivo, considera-se que quaisquer mercadorias transportadas por mar têm estatuto não-comunitário no momento da sua introdução no território aduaneiro da Comunidade. Para provar, quando necessário, o estatuto comunitário das mercadorias2, a companhia de navegação pode utilizar o seu manifesto3.

No entanto, os serviços efectuados exclusivamente entre dois ou mais portos comunitários podem ser candidatos ao estatuto de ''serviço de linha regular autorizado''4. Uma vez obtido esse estatuto, as autoridades aduaneiras consideram que as mercadorias transportadas em tais serviços não saem do território aduaneiro da Comunidade e o estatuto das mercadorias comunitárias não carece de prova. Estes serviços podem funcionar como uma ponte entre dois ou mais pontos do território aduaneiro da Comunidade, em cujos extremos não há controlos aduaneiros. As mercadorias não-comunitárias transportadas devem, todavia, ser sujeitas ao regime de trânsito5.

1 Ver o nº 8 do artigo 4º do Regulamento (CEE) nº 2913/92 do Conselho que estabelece o Código

Aduaneiro Comunitário, conforme alterado.

2 A categoria de mercadorias comunitárias respeita a mercadorias:- inteiramente obtidas no território

aduaneiro da Comunidade Europeia, sem incorporação de mercadorias importadas de países ou territórios que não façam parte do território aduaneiro da Comunidade, ou- importadas de países ou territórios que não façam parte do território aduaneiro da Comunidade e introduzidas em livre prática, ou- obtidas ou produzidas na Comunidade, quer exclusivamente a partir das mercadorias referidas no segundo travessão quer a partir das mercadorias referidas no primeiro e no segundo travessões.Ver igualmente o nº 7 do artigo 4º do Regulamento (CEE) nº 2913/92, conforme alterado.

3 Ver artigo 317ºA do Regulamento (CEE) n.º 2454/93 da Comissão, de 2 de Julho de 1993, que fixa

determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho, conforme alterado.

4 Ver disposições legais correspondentes no Anexo I

5 O “trânsito” é uma importante facilidade aduaneira à disposição dos operadores de transporte e dos

importadores, que permite que mercadorias atravessem um determinado território sem pagarem os direitos normalmente devidos nem serem objecto de medidas de política comercial à entrada ou saída desse território ('trânsito puro'). Permite igualmente o transporte de mercadorias para um ponto do território aduaneiro da Comunidade onde se processará (para introdução em livre prática como mercadorias comunitárias) o desalfandegamento (trânsito 'interno' ou 'de proximidade'). Além destas duas funções principais, o regime de trânsito é também utilizado para transferir de uma parte do território aduaneiro para outra mercadorias que estão sujeitas a outro regime aduaneiro suspensivo ou em relação às quais esse regime foi apurado.

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3. QUE TIPO DE SERVIÇO SE PODE TORNAR UM “SERVIÇO DE LINHA REGULAR

AUTORIZADO”?

Um serviço regular de transporte marítimo de curta distância, efectuado exclusivamente entre portos situados no território aduaneiro da Comunidade, pode ser candidato ao estatuto de “serviço de linha regular autorizado”. O serviço não pode ter como ponto de partida ou destino, nem escalar, portos situados fora do território aduaneiro da Comunidade (e.g. num país terceiro) ou uma zona franca6 de um porto (fisicamente delimitada por uma vedação)

nesse território.

4. QUAIS AS VANTAGENS DO ESTATUTO DE “SERVIÇO DE LINHA REGULAR

AUTORIZADO”?

• As mercadorias transportadas num “serviço de linha regular autorizado” são consideradas pela Alfândega mercadorias com estatuto comunitário (livre prática), a menos que haja prova em contrário. O estatuto das mercadorias comunitárias transportadas em tais serviços não carece de prova.

• Em todo o caso, as mercadorias sem estatuto comunitário e que, consequentemente, não estão em livre prática, transportadas num “serviço de linha regular autorizado” carecem normalmente do documento de trânsito comunitário e de uma garantia (o regime de trânsito não é utilizado quanto se trata de ''outros'' serviços de transporte marítimo). As mercadorias devem ser apresentadas às estâncias aduaneiras de partida e de destino. Um “serviço de linha regular autorizado” pode todavia beneficiar de procedimentos simplificados de trânsito (de nível 1 ou nível 27), os quais apresentam certas vantagens:

a) O sistema tem por base o(s) manifesto(s) da própria companhia de navegação; b) Para as mercadorias transportadas ao abrigo de um manifesto T18 ou T2F9 não

é necessária uma garantia de trânsito comunitário; e

c) A burocracia reduz-se, uma vez que o manifesto substitui os vários documentos de trânsito comunitário.

• Um “serviço de linha regular autorizado” pode optar por um procedimento simplificado de trânsito (conforme referido atrás) ou pelo procedimento normal de trânsito (utilização da declaração NSTI/DAU10 e de uma garantia) para mercadorias T1 ou T2F.

6 Zona franca de controlo do tipo I na acepção do disposto no artigo 799º do Regulamento (CEE) n.º

2454/93 da Comissão, de 2 de Julho de 1993, conforme alterado.

7 Para informações pormenorizadas sobre tais níveis, consultar os artigos n.º 447 e 448 do Regulamento

(CEE) n.º 2454/93 da Comissão, de 2 de Julho de 1993, conforme alterado.

8 Declaração, no manifesto do navio, de que as mercadorias estão sujeitas ao procedimento de trânsito

comunitário externo.

9 Declaração, no manifesto do navio, de que as mercadorias comunitárias circulam de, para ou entre

partes do território aduaneiro da Comunidade em que não são aplicáveis as disposições da Directiva 77/388/CEE ao abrigo do procedimento de trânsito comunitário interno.

10 NSTI - Novo Sistema de Trânsito Informatizado

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5. POR QUE CANDIDATAR-SE AO ESTATUTO DE “SERVIÇO DE LINHA REGULAR

AUTORIZADO”?

O estatuto de “serviço de linha regular autorizado” é recomendável quando são transportadas maioritariamente mercadorias com estatuto comunitário.

Se a maior parte da carga transportada consistir em mercadorias não-comunitárias, operar com o estatuto de “serviço de linha regular autorizado” implica um maior volume de documentação aduaneira do que operar com o estatuto de ''outro serviço''. Exigiria não apenas o preenchimento das condições requeridas para a autorização (e o procedimento) e a afectação de navios ao serviço, como a sujeição dessas mercadorias (não-comunitárias) ao procedimento de trânsito comunitário externo (T1). Nenhuma destas exigências se aplica se o serviço não for um serviço de linha regular autorizado, visto que em tal caso todas as mercadorias a bordo são consideradas mercadorias com estatuto não-comunitário. Se parte da carga for constituída por mercadorias comunitárias, o estatuto comunitário pode ser provado.

6. ONDE E COMO CANDIDATAR-SE?(VIDE ARTIGO 313ºB NO ANEXO I)

6.1. Condições básicas de candidatura

Uma companhia de navegação que pretenda requerer autorização das autoridades aduaneiras competentes para um serviço de linha regular deve preencher certas condições:

• Estar estabelecida na Comunidade e explorar um serviço de linha regular entre portos situados no território aduaneiro da Comunidade sem escalas intermédias fora do mesmo, incluindo em zonas francas de controlo do tipo 1, ou transbordos no alto mar;

• Não ter cometido infracções graves ou repetidas no âmbito da exploração de um serviço de linha regular.

6.2. Apresentação do pedido11

A candidatura ao estatuto de “serviço de linha regular autorizado” tem de ser feita por escrito, assinada e datada. Todas as provas exigidas devem ser apresentadas12.

Do pedido devem constar os seguintes elementos: a) os portos em causa;

b) os nomes dos navios afectados ao serviço regular; e

c) qualquer outra informação exigida pelas autoridades aduaneiras, designadamente os horários do serviço de linha regular.

Nos casos de afretamento parcial, o pedido deve ser apresentado pelo locador ou afretador, ou o respectivo representante.

11 Para os pedidos de autorização para utilização de um procedimento simplificado de trânsito, obtenção

do estatuto de expedidor/destinatário autorizado, etc., ver os artigos 372º a 448º do Regulamento (CEE) n.º 2454/93 da Comissão, de 2 de Julho de 1993, conforme alterado.

12 Informações sobre os registos contabilísticos da actividade comercial e outras informações úteis para

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6.3. A quem se apresenta o pedido?

O pedido deve ser apresentado às autoridades aduaneiras do Estado-Membro em que está estabelecida a companhia de navegação que explora o serviço.

6.4. Processo administrativo

As autoridades aduaneiras a que é apresentado o pedido informam as outras autoridades aduaneiras na rota do serviço. O requerente não precisa de o fazer.

Estas últimas devem acusar a recepção dessa comunicação e dispõem de um prazo de 60 dias para notificar o seu acordo ou rejeição do pedido.

Um Estado-Membro que rejeite o pedido deve justificar as razões por que o faz.

Na ausência de resposta ou em caso de aceitação do pedido, as autoridades a que este foi apresentado emitem a autorização, a qual deve ser aceite pelos outros Estados-Membros interessados. Consequentemente, um certificado de autorização13 emitido num país será automaticamente válido para todos os portos de escala identificados.

Por motivos de ordem prática, o “serviço de linha regular autorizado" pode obter, por iniciativa própria, traduções autenticadas em todas as línguas relevantes para o serviço do certificado de autorização.

6.5. Condições associadas à autorização

O certificado de autorização deve ser conservado a bordo do navio e apresentado às autoridades aduaneiras competentes que o solicitem.

Uma vez autorizado um serviço de linha regular, a sua utilização torna-se obrigatória para a companhia de navegação.

A companhia deve comunicar às autoridades aduaneiras que emitiram a autorização qualquer alteração com incidências na permanência ou teor desta (e.g. substituição de um navio ou alteração da rota).

7. SUBSTITUIÇÃO DE NAVIOS

Para que o estatuto do serviço possa ser facilmente identificado, a autorização de um “serviço de linha regular” é concedida para navios identificados, numa rota. Caso um navio seja substituído por outro ou novos navios sejam afectados ao serviço, a companhia de navegação é obrigada a notificar as autoridades que emitiram a autorização, notificação essa de que devem constar os nomes dos navios em causa. As referidas autoridades devem, por seu turno, informar as autoridades homólogas dos outros Estados-Membros em que se situam os portos de escala do serviço de linha regular. Não é necessário um procedimento correspondente ao aplicável para pedido de nova autorização.

Na prática, as autoridades emissoras do certificado de autorização que contém o nome do navio deverão alterá-lo ou emitir um novo certificado.

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Note-se que este procedimento se refere à substituição de navios. Noutros casos, por exemplo de mudança dos portos de escala, é necessário pedir uma nova autorização.

8. REVOGAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO

As autoridades aduaneiras podem exigir prova de que o serviço de linha regular autorizado satisfaz as disposições associadas à autorização.

Caso verifiquem que essas disposições não foram observadas, as referidas autoridades devem informar imediatamente todas as outras autoridades aduaneiras interessadas.

Quando uma autorização é revogada, as autoridades que a emitiram devem notificar as autoridades homólogas dos outros Estados-Membros interessados.

9. “SERVIÇOS DE LINHA REGULARES AUTORIZADOS” E PAÍSES TERCEIROS

A autorização de exploração de um “serviço de linha regular autorizado” é concedida exclusivamente para serviços efectuados entre portos comunitários (portos situados no território aduaneiro da Comunidade, excluindo as zonas francas do tipo I).

Os serviços de/para países que não fazem parte do território aduaneiro da Comunidade não podem ter o estatuto de “serviço de linha regular autorizado”. Caso transportem mercadorias comunitárias para um porto comunitário, o estatuto dessas mercadorias terá de ser provado; às outras mercadorias terá de ser atribuído um destino aduaneiro (nomeadamente, importação ou trânsito).

Quando um navio utilizado num “serviço de linha regular autorizado” for forçado, por circunstâncias alheias ao seu controlo, a efectuar um transbordo no mar ou a atracar temporariamente num porto de um país terceiro ou numa zona franca do tipo I de um porto no território aduaneiro da Comunidade, a companhia de navegação deve informar imediatamente as autoridades aduaneiras dos portos de escala seguintes situados na rota prevista do navio. Quando novos países aderirem à União Europeia e se tornarem parte do território aduaneiro da Comunidade, o território aduaneiro em que podem ser autorizados serviços de linha regulares conhecerá a correspondente expansão.

Note-se que o regime de trânsito comum, muito similar ao regime de trânsito comunitário, é utilizado para o trânsito de mercadorias entre os Estados-Membros da UE, os países da EFTA e os países de Visegrado14. No entanto, no âmbito do regime de trânsito comum, não há, para o transporte marítimo, “serviços de linha regulares autorizados” nem procedimentos (simplificados) de trânsito

14 Países da EFTA (Associação Europeia de Comércio Livre): Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein.

Países de Visegrado: Hungria, Polónia, República Checa e República Eslovaca Com a sua adesão à União Europeia, agendada para 1 de Maio de 2004, estes últimos países passarão a aplicar as regras do trânsito comunitário.

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ANEXO I Disposições legais

Excerto do Regulamento (CEE) n.º 2454/93 que fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho que estabelece o Código Aduaneiro

Comunitário15 Artigo 313°-A

1. Entende-se por serviço de transporte regular, o serviço regular de transporte de mercadorias em navios que operem exclusivamente entre portos situados no território aduaneiro da Comunidade e que não possam ter proveniência de, destino a, ou fazer escala, em nenhum ponto fora desse território nem numa zona franca, sujeita às regras de controlo do tipo I, nos termos do artigo 799.º, de um porto nesse território. 2. As autoridades aduaneiras podem exigir prova do respeito das disposições relativas

aos serviços de linha regulares autorizados.

Quando as autoridades aduaneiras verificarem que as disposições relativas aos serviços de linha regulares autorizados não foram respeitadas, informarão imediatamente do facto todas as autoridades aduaneiras envolvidas.

Artigo 313ºB

1. A pedido da companhia marítima que define a linha, as autoridades aduaneiras de um Estado-Membro em cujo território está estabelecida a companhia podem autorizar a criação de uma linha regular, de acordo com os outros Estados-Membros interessados.

2. O pedido deve incluir os seguintes elementos de informação: a) Os portos em causa;

b) Os nomes dos navios afectados à linha regular; e

c) Qualquer outra informação exigida pelas autoridades aduaneiras, designadamente os horários dos serviços de linha regular.

3. A autorização só será concedida às companhias de navegação que:

a) Estejam estabelecidas na Comunidade e cujas escritas estejam acessíveis às autoridades aduaneiras competentes;

b) Não tenham cometido infracções graves ou recidivas no âmbito do funcionamento dos serviços de uma linha regular;

15 As disposições aqui reproduzidas foram primeiramente introduzidas pelo Regulamento (CEE) n.º 75/98

da Comissão, de 12 de Janeiro de 1998 (JO L 007 de 13.1.1998, p3, tendo sido posteriormente alteradas.

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c) Possam apresentar às autoridades aduaneiras prova suficiente de que exploram um serviço regular na acepção do n.º 1 do artigo 313ºA; e

d) Assumam o compromisso de que:

- nas rotas para as quais é necessária uma autorização, não podem ser efectuadas escalas em nenhum porto de um país terceiro nem em nenhuma zona franca, sujeita às regras de controlo do tipo I, nos termos do artigo 799º, de um porto do território aduaneiro da Comunidade, nem podem efectuar-se transbordos no mar alto e

- conservar o certificado de autorização a bordo do navio e apresentá-lo às autoridades aduaneiras competentes, sempre que estas o solicitarem. 4. Logo que recebam um pedido, as autoridades aduaneiras do Estado-Membro às quais

esse pedido é apresentado (autoridades requerentes) informarão do facto as autoridades aduaneiras dos outros Estados-Membros, em cujos territórios se situam os portos servidos pelo serviço de linha regular em questão (autoridades requeridas). As autoridades requeridas acusarão a recepção do pedido.

Num prazo de sessenta dias a contar da data de recepção do pedido, as autoridades requeridas notificarão o seu acordo ou rejeição. A rejeição deve ser sempre justificada. Na ausência de resposta, as autoridades requerentes emitirão a autorização, a qual será aceite pelos restantes Estados-membros envolvidos.

As autoridades requerentes emitirão o certificado de autorização num ou em vários exemplares, consoante o caso, de acordo com o modelo constante do anexo [II] e informarão do facto as autoridades requeridas dos outros Estados-Membros envolvidos. Cada certificado de autorização terá um número de ordem destinado a individualizá-lo. Esse número é o mesmo para todos os exemplares.

5. A partir do momento em que um serviço de linha regular é autorizado, a sua utilização torna-se obrigatória para a companhia de navegação. A supressão ou modificação das características do serviço de linha regular autorizado devem ser comunicadas pela companhia de navegação às autoridades requerentes.

6. A revogação da autorização ou a supressão do serviço de linha regular devem ser comunicadas pelas autoridades requerentes às autoridades requeridas dos restantes Estados-Membros envolvidos. Qualquer modificação do serviço de linha regular deve ser comunicada pelas autoridades requerentes às autoridades requeridas dos restantes Estados-Membros envolvidos.

Caso as informações previstas na alínea a) do n.º 2 sejam alteradas, aplica-se o procedimento previsto no n.º 4.

7. Sempre que, por circunstâncias alheias ao seu controlo, um navio do tipo referido no n.º 1 do artigo 313ºA for forçado a efectuar um transbordo no mar ou a atracar temporariamente no porto de um país terceiro ou numa zona franca, sujeita às regras de controlo do tipo I, nos termos do artigo 799º, de um porto no território aduaneiro da Comunidade, a empresa de navegação marítima informará de imediato as autoridades aduaneiras dos portos de escala seguintes da rota prevista do navio.

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ANEXO II

Referências

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