ESTADO DA ARTE DA
PROSPECÇÃO DE DROGAS
ANTICÂNCER NA UFC
Profa. Cláudia do Ó Pessoa
Laboratório de Oncologia Experimental – LOE
Departamento de Fisiologia e Farmacologia
Amazon rain forest Atlantic forest Araucaria forest Cerrado (Scrub) Caatinga (Semi-arid) Fields Pantanal (Swamp) Dunes and Mangrove
Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento de
Medicamentos da
UFC
UNESP
USP-SC
UFAL
INPA
UFBA
UF
PA
U
F
M
S
UCB
U
F
PE
U
F
R
G
S
U
SP
-R
P
U
E
L
Q-U
FC
UF
RJ
NC
I
IC
M
Novas
colaborações
FLUXOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
Coleta e identificação de
material
Coleta e identificação de
material
Citotoxicidade
em 4 linhagens
tumorais (MTT)
Citotoxicidade
em 4 linhagens
tumorais (MTT)
Estudo do mecanismo
de atividade citotóxica
Estudo do mecanismo
de atividade citotóxica
Inibição do
desenvolvimento de
ovos do ouriço do mar
Inibição do
desenvolvimento de
ovos do ouriço do mar
Fracionamento
biomonitorado das
amostras (MTT)
Fracionamento
biomonitorado das
amostras (MTT)
Toxicidade em
Artemia salina
Toxicidade em
Artemia salina
Identificação dos
compostos ativos
Identificação dos
compostos ativos
Atividade
hemolítica
Atividade
hemolítica
Proliferacão celular
(MTT)
Proliferacão celular
(MTT)
Indução de apoptose
(anexina-V e BE/AO)
Indução de apoptose
(anexina-V e BE/AO)
Análise morfológica
(coloração por H/E)
Análise morfológica
(coloração por H/E)
Duplicação celular
(incorporação de BrdU)
Duplicação celular
(incorporação de BrdU)
Viabilidade celular
(exclusão por azul de tripan)
Viabilidade celular
(exclusão por azul de tripan)
Cinética celular
(curva de crescimento)
Cinética celular
(curva de crescimento)
Estudos in vivo
Sarcoma 180
Estudos in vivo
Sarcoma 180
Acnistus arborescens
Família: Solanaceae
Nome popular : mariana, marianeira,
esporão de galo falso
Distribuição geográfica : espécie nativa
das Américas do Sul e Central.
Uso popular : como diurético, no tratamento de
hemorróidas, afecções do fígado e baço e
principalmente no tratamento de câncer
(Kupchan et al., 1965; Nittala et al., 1981).
O O O OH OHO AcO 2 O O O OHO OAc OH 3 O O O OHO OAc OH OAc 4 O O O O OAc OH OAc 5 O O O O OHO O 6 O O O O OHO O 7 O O O O OHO EtO 8 O O O O OHO HOH 9a O O O O OHO HHO 9b O O O O OHO HOH 10a O O O O OHO HHO 10b VITANOLIDOS Vitaferina A (01) Vitacnistina (02) 4β,20α(R)-diidroxi-7β-acetoxi-1-oxo-5β,6β-epoxivita-2,24-dienolideo (03) 4β,20α(R)-diidroxi-7β,16α-diacetoxi-1-oxo-5β,6β-epoxivita-2,24-dienolideo (04) 20α-hidroxi-7β,16α-diacetoxi-1-oxo-5β,6β-epoxivita-2,24-dienolideo (05) VITAFISALINAS -rel-(17S,20R,22R)-5β,6β:18,20-diepoxy-4β-hidroxi-1,18-dioxovita-2,24-dienolideo, Vitafisalina M (06). -rel-(17S,20R,22R)-5β,6β:18,20-diepoxy-4β-hidroxi-1,18-dioxovita-24-enolideo, Vitafisalina N (07). -rel-(17S,20R,22R)-5β,6β:18,20-diepoxy-4β-hidroxi-18-etoxi-1-oxovita-2,24-dienolideo, Vitafisalina O (08). -(17S,20R,22R)-5β,6β:18S,20-diepoxi-4β,18-diidroxi-1-oxovita-2,24-dienolideo (9a). -(17S,20R,22R)-5β,6β:18R,20-diepoxi-4β,18-diidroxi-1-oxovita-2,24-dienolideo (9b). -(17S,20R,22R)-5β,6β:18S,20-diepoxi-4β,18-diidroxi-1-oxovita-24-enolideo (10a) -(17S,20R,22R)-5β,6β:18R,20-diepoxi-4β,18-diidroxi-1-oxovita-24-enolideo (10b)
Estrutura dos vitaesteróides isolados das
folhas de Acnistus arborescens
O O O OH OHO 1
O O O OH OHO 1 O O O OH OHO AcO 2 Vitaferina A Vitacnistina
O O O OHO OAc OH 3 O O O OHO OAc OH OAc 4 O O O O OAc OH OAc 5 BC-1(mama) Lu1 (pulmão) Col2 (colon) KB (carcinoma epiermoide oral) KB-V1 (KB resistente a Vinblastina) LNCaP (próstata) 3 0.2 1.3 0.03 0.4 0.4 0.2 4 0.3 2.1 0.08 0.5 0.3 0.2 5 0.5 0.3 0.5 0.1 1.0 0.2 Valores de ED50(µg/mL)
Lu1 (pulmão) LNCaP (próstata) MCF7 (mama) 6 0.22 1.0 1.2 8 0.16 0.9 1.0 7 9.3 >20 15.0 Valores de ED50(µg/mL) O O O O OHO EtO 8 Vitafisalina O O O O O OHO O 7 Vitafisalina M O O O O OHO O 6 Vitafisalina N
Cytotoxic Epimeric Withaphysalins from Leaves of Acnistus arborescens
Maria Leopoldina Veras, Maria Zeneide Bezerra, Raimundo Braz-filho, Otilia Deusdenia Pessoa, Raquel Carvalho Montenegro, Claudia do O Pessoa, Manoel Odorico de Moraes, Leticia Veras Costa-lotufo
Planta Medica March 1, 2004 O O O O OHO HOH 9a O O O O OHO HHO 9b O O O O OHO HOH 10a O O O O OHO HHO 10b -(17S,20R,22R)-5 β,6β:18S,20-diepoxi-4β,18-diidroxi-1-oxovita-24-enolideo (AA5) Vitafisalina F
O O O O OHO EtO
8
Vitafisalina O
O O O O OHO O7
Vitafisalina M
O O O O OHO O6
Vitafisalina N
Linhagens tumorais Composto MDA-MB435 NCI SF-295 HL-60 PC-3 O 0.79 (1.54) 0.67 (1.31) 1.63 (3.19) 0.39 (0.76) 1.0 (1.95) M 2.0 (4.15) __ 3.8 (7.88) 2.0 (4.15) 7,3 (15.15) F 1.33 (2.74) 1.21 (2.49) 3.12 (6.43) 0.68 (1.40) 1.48 (3.05) AA-5 5.75 (11.84) 6.59 (13.57) 7.66 (15.77) 3.38 (6.96) 6.9 (14.20) N 3.69 (7.62) 2.03 (4.19) 5.50 (11.36) 2.65 (5.47) 3.06 (6.32)
Atividade citotóxica de vitafisalinas isoladas da Acnistus arborescens em linhagens tumorais.
Os dados são apresentados em valores de IC
50µg/mL (µM) para as linhagens MDA-MB435
(mama), NCI (pulmão), SF-295 (SNC), HL60 (leucemia) e PC-3 (próstata).
Atividade Citotóxica das Vitafisalinas
O M N Controle O (20µM) M (20µM) N (20µM) Nº cél. Viáveis Cél/mL 6.3 ± 0.6 x 105 6.1 ± 0.8 x 105 5.4 ± 0.4 x 105 6.1 ± 0.6 x 105
Citotoxicidade em PBMC
• DOX (20µM) reduziu n° de PBMC 8.4% (24h) e 43% (72h)
• Quando em contato com células leucêmicas, observou-se uma redução da viabilidade de 100%,
98.16% e 100% (HL-60) e 98.5%, 86.5% e 93.9% (K-562), para os compostos O, M e N,
respectivamente.
Inibição da síntese de DNA em HL-60 e K-562
O M N
Composto
Concentração (µM)
BrdU céls. Positivas
(%)
T/C
0.52
61.5 %
1
Vitafisalina F
2.06
42 %
0.68
1.03
63 %
1.02
AA5
2.06
65 %
1.07
Morfologia celular de HL-60
Fotografias de céls. HL60 coradas com hematoxilina/eosina 400x. Céls. foram incubadas com os
compostos por 24h. (A) Controle; (B) Dox; (C) Vitafisalina O; (D) Vitafisalina M; (E) Vitafisalina N
Setas pretas: redução do volume celular; setas pontilhada: fragmentação do DNA; brancas: dano a
membrana
Morfologia celular de K-562
Fotografias de céls. K562 coradas com hematoxilina/eosina 400x. Céls. foram incubadas com os
compostos por 24h. (A) Controle; (B) Dox; (C) Vitafisalina O; (D) Vitafisalina M; (E) Vitafisalina N
Setas pretas: vacúolos no citoplasma; setas pontilhada: condensação da cromatina; brancas: redução do
volume celular
Indução de apoptose em células HL-60 e K-562
O M N
N M
Ativação de caspase-3 em células HL-60
Vitafisalina M
O O O O O HO OVitafisalina N
O O O O O HO OVitafisalina O
O O O O O HO E t O O O O O O HO H O HVitafisalina F
Vitaferina A
H O O O O O HO• Estudos realizados com fisalinas, sugerem que a citotoxicidade desses
compostos pode estar relacionada com a presença de um conjugado
ciclohexanona e a presença de oxigênios na posição C-5 e C-6 (Lee and
Houghton, 2005; Magalhães et al., 2006)
• Além destes dois carbonos a presença de um grupo etóxi em C-18, é
importante para a citotoxicidade das vitafisalinas
Atividade antitumoral in vivo
Dia 0 inoculação do tumor 2 x 106cels/animal Região da axila Dia 1 - 7 Tratamento Droga 10 e 25 mg/m2 i.p. Dia 8Sacrfício dos animais Parâmetros observados:
Peso do tumor Fígado
Baço Rins