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A ANÁLISE DOS PROCESSOS DE ESTAMPARIA TÊXTIL SOB O PONTO DE VISTA TÉCNICO E PROJETUAL COMO APOIO AO DESIGN DE SUPERFÍCIE

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Ano 2014 - V.18 – N

. 03

A ANÁLISE DOS PROCESSOS DE ESTAMPARIA TÊXTIL SOB O PONTO DE

VISTA TÉCNICO E PROJETUAL COMO APOIO AO DESIGN DE

SUPERFÍCIE

Tatiana Laschuk

1

Evelise Anicet Rüthschilling

2 Resumo

O presente artigo apresenta os resultados de pesquisa realizada sobre a evolução dos processos produtivos de impressão de tecidos para moda e vestuário, sob o ponto de vista técnico e projetual do Design de Superfície, analisando desde os processos de impressão têxtil antigos aos de alta tecnologia utilizados atualmente. O estudo tem como objetivo identificar restrições e potencialidades de cada processo em relação à liberdade expressiva que os mesmos oferecem aos designers de superfície. Foram utilizados métodos de exploração bibliográfica e documental, e posterior estudo comparativo entre as principais técnicas de impressão, apresentando a evolução dos processos em relação a especificações técnicas e projetuais do Design de Superfície. Aos aspectos técnicos, o artigo considera o sistema de produção (manual, mecânico e digital), limite de cor, matéria-prima, tipo de impressão, e em relação aos projetuais, o motivo e o layout. Os resultados são apresentados em forma de tabela, reunindo os diferentes aspectos de cada método de estamparia e posterior comparação e discussão. Palavras-chave: Design de Superfície; estamparia têxtil; evolução da estamparia têxtil; indústria têxtil.

Abstract

This paper presents the research results about the evolution of textile printing production processes to fashion apparel industry, from the technical and projectual Surface Design point of view, since the old textile printing processes to those of high technology used today. The study aims to identify constraints and potential of each process in relation to the expressive freedom that they offer to surface designers. Literature and documental exploration research methods were used, and subsequent comparative study between the main textile printing techniques, showing the development of processes regarding to technical and projectual specifications of Surface Design. Related to the technical aspects, the paper considers the production system (manual, mechanical and digital), color threshold, raw material, printing type, and for the projectual aspects, the study considers the motif and the layout. The results are presented in table format, bringing together different aspects of each textile printing method and subsequent comparison and discussion.

Keywords: Surface Design; textile printing; textile printing evolution; textile industry.

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1. Introdução

Refletir sobre os processos de transferência de imagens para substratos têxteis requer atenção a diversos componentes relacionados à área em questão. Sob o ponto de vista industrial, a estamparia em tecidos conta com um arsenal de tecnologias que tem como intuito o aprimoramento tanto no que se relaciona ao processo produtivo como ao produto final. Dessa forma, é preciso um entendimento maior sobre como as técnicas de estamparia estão sendo utilizadas atualmente e qual a influência das tecnologias ancestrais sobre os processos de estamparia contemporâneos.

É de extrema importância aos designers de superfície que desenvolvem projetos em estamparia têxtil, o conhecimento sobre as características de cada processo de estamparia. Entre as características, estão as relacionadas ao uso de matéria-prima, visto que cada processo possui restrições e potencialidades em relação às fibras empregadas na reprodução de estampas na superfície têxtil; à quantidade de cores que podem ser utilizadas, que pode impactar diretamente no custo e na criação da estampa; à definição de impressão de cada método que repercute no resultado final da estampa e até mesmo no estilo do motivo a ser criado; ao tipo de tinta, corante ou pigmento que pode ser utilizado, que reverbera na função, no toque e na estética da estampa a ser criada.

Desta forma, o entendimento sobre as questões técnicas e projetuais do design de superfície com foco em estamparia têxtil, são de extrema importância para que os designers de superfície alcancem o êxito nos projetos de estamparia têxtil. O presente artigo traz como contribuição um estudo sobre os principais métodos de estamparia desenvolvidos ao longo dos tempos, sob o ponto de vista técnico e projetual, que são fundamentais para o desenvolvimento de projetos de Design de Superfície. A partir deste estudo, objetiva-se expor aos designers de superfície as diferenças e semelhanças de cada método, apresentado suas potencialidades e restrições.

Para compor o estudo foram escolhidos os principais métodos de estamparia que fizeram parte da evolução dos processos têxteis e que continuam até hoje influenciando a estamparia têxtil. O levantamento teórico aqui apresentado teve por base pesquisa bibliográfica e documental, feitas a partir do levantamento de referencial teórico publicados por meio escrito e eletrônico, como livros, artigos científicos e

websites de importantes museus de arte e têxteis. No que se relaciona à historicidade

dos métodos de estamparia, foram analisados os estudos provenientes dos seguintes autores: Joyce (1993) e Schoeser (2003) com dados importantes sobre o provável surgimento de tecidos estampados no Egito; Joyce (1993) e Cole (2003) relatam a estamparia por cilindro em argila; na estamparia por isolamento Tortora & Merkel (2005), Southan (2009), Gunner (2010) abordam o shibori, enquanto Kafka (1973), Tortora e Merkel (2005) e Crill (2008), o batik. Yang (2000) se debruça sobre as técnicas

tsutsugaki e katazome; Crill (2008), Suoh et al. (2005), Meller e Effers (2002) e Forty

(2010) abordam o kalam e kalamkari indianos; Gomes (2007) e Forty (2010) apresentam a estamparia por blocos de impressão; Udale (2009) e Tortora e Merkel (2005), mostram a evolução dos blocos de madeira com o método perrotine; Tortora e Merkel (2005), Forty (2010) e Huff et al. (2006) trazem estudos sobre placas de cobre; Tortora e Merkel (2005), Huff et al. (2006), Meller e Elffers (2002) e Physicks (1982) investigam a estamparia por cilindro. Em estudos mais recentes, de Rüthschilling e Laschuk (2013), Gomes (2007) e Baugh (2011) são abordados os processos serigráficos, enquanto Bowles e Isaac (2011) e Ujiie (2006) se concentram sobre os processos de cunho digital.

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Para a abordagem sobre os aspectos técnicos e projetuais que fazem parte do Design de Superfície com foco em estamparia têxtil, foram utilizados os seguintes autores: Price, Cohen e Johnson (2005), Baugh (2011), Brannon (2011) e Rüthschilling (2008).

2. A Estamparia Têxtil

A origem da palavra estampar, vem do italiano stampa, que significa figura gravada, impressão (HOUAISS, 2009). A estampa, pode utilizar diversos substratos, como papel, tecido, couro, e materiais mais rígidos como o metal. A partir deste campo amplo, o estudo em questão foca sobre a estamparia têxtil, que segundo Neves (2000), é um conjunto de técnicas e processos de impressão para a transferência de imagens e/ou desenhos para a superfície de tecidos.

Desta forma, o projeto da estampa deve estar de acordo com o método de impressão ao qual será utilizado e requer por parte do designer de superfície atenção total às exigências técnicas e projetuais referentes aos diferentes processos de impressão têxtil, para que o produto final seja condizente com o projeto desenvolvido.

A história dos processos de estamparia iniciou com os processos manuais, podendo se utilizar de ferramentas, matrizes e outros artifícios para a formação de desenhos. As matrizes, que são moldes gravados transferidores de imagens para o tecido quando entintados, permitem a transferência dos desenhos de forma repetida. A produção de estampas pode se utilizar de outras ferramentas de apoio para a formação de desenhos, entretanto, se a mesma não possuir os desenhos gravados no ferramental, será dependente da habilidade do artesão.

Com a Revolução Industrial no século XVIII, surge a estamparia mecanizada que utiliza máquinas para executar a impressão sobre tecidos. A mecanização dos processos permitiu a produção industrial de peças idênticas, promovendo a padronização das estampas.

No século XX, surge a estamparia digital, que exclui as matrizes da estamparia. A estamparia digital utiliza sistema CAD (Computer Aided Design), onde o desenho das estampas é feito via computador, e o sistema CAM (Computer Aided Manufacturing), que também é assistida por computador, onde são utilizadas impressoras para a reprodução de estampas diretamente sobre substratos têxteis ou papéis sublimáticos para posterior transferência sobre o tecido.

Os sistemas manuais, mecanizados e digitais, se desdobram em muitos, cada qual com especificidades técnicas e projetuais. As especificidades técnicas ao qual a pesquisa se debruça são: o sistema de produção (manual, mecânico ou digital), limite de cor, matéria-prima têxtil a receber a impressão e tipo de cobertura de impressão em relação à superfície têxtil.

A inserção de cor sobre um tecido pode ser feita por meio de tingimento ou estamparia. A diferença é que o tingimento utiliza corantes, e a estamparia utiliza corantes, tintas e pigmentos. Os corantes seguem o princípio da afinidade entre substância colorante e matéria-prima têxtil, sendo que cada uma possui restrições em relação a coloração (PRICE; COHEN; JOHNSON, 2005).

Outro quesito importante a se considerar em relação à cor, além da parte química acima mencionada é o limite de cores. Cada processo pode ou não possuir

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restrições em relação à quantidade de cores, o que será visto de forma mais específica em cada método de estamparia apresentado.

Os processos de impressão têxteis existentes, tanto de forma industrial como artesanal, são capazes de produzir um ou mais tipos de cobertura sobre a superfície dos tecidos, cada qual com características únicas. Os tipos de coberturas abrangem a estamparia por coloração, por descoloração e por isolamento. A impressão por coloração reproduz a estampa sobre o tecido cru ou previamente tingido, utilizando para estampar corantes, pigmentos ou tintas. Na estamparia por descoloração, são utilizados agentes descolorantes que retiram o corante do tecido ao mesmo tempo em que produzem a estampa. Já a estamparia por isolamento, utiliza substâncias ou amarrações nos tecidos, que previnem a penetração de corantes durante o tingimento, exercendo o mesmo papel das substâncias isolantes (PRICE; COHEN; JOHNSON, 2005).

Além das especificidades técnicas, a estamparia considera aspectos que perfazem a composição visual do desenho, sendo que esta pesquisa se debruçará sobre o motivo e o layout como aspectos projetuais no Design de Superfície com foco em estamparia têxtil.

O motivo se caracteriza por formas ou o conjunto de formas com alternância visual entre figura e fundo. Os motivos podem variar em tamanho, posição e até em pequenas alterações formais. Motivos provenientes da natureza podem ser naturalistas, no qual o objetivo é passar à estampa a realidade do objeto, ou estilizados, em que o motivo tem a forma alterada, o tamanho ou até mesmo os traços do objeto original. O motivo pode originar formas abstratas, onde não existe conexão com objetos concretos, sendo alheio a qualquer representação figurativa. Já os motivos geométricos derivam de fórmulas matemáticas, dispostos de forma simétrica e regular (BAUGH, 2011).

Outro aspecto a ser abordado na pesquisa de cunho projetual, é o layout da estampa, que é a distribuição física de elementos que perfazem a composição visual do desenho. A Figura 1a mostra o layout corrido de uma estampa, produzido com a repetição de um módulo, originado a partir do motivo. O módulo “é a unidade de padronagem, isto é, a menor área que inclui todos os elementos visuais que constituem o desenho” (RÜTHSCHILLING, 2008, p. 64). A repetição dos módulos ocorre nos dois sentidos, comprimento e largura, de modo contínuo.

O layout corrido pode ser reproduzido também de forma barrada. Estampas barradas agrupam os motivos de forma longitudinal no tecido, que podem utilizar sistemas alinhados ou não alinhados, e progressivos, como o apresentado na Figura 1b. Além do layout corrido, a estampa pode constituir uma composição visual sem repetição, para um local específico, como é o caso das estampas localizadas, que normalmente são usadas na parte frontal de peças de vestuário. Num contexto mais elaborado das estampas localizadas, está o engineered print (Fig. 1c). O engineered print são estampas desenvolvidas de acordo com uma modelagem pré-determinada (BRANNON, 2011), onde a estampa se torna o protagonista do produto criado.

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Figura 1: a) Estampa Corrida; b) Estampa Barrada; c) Engineered Print.

Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.

3. A Evolução dos Principais Processos de Estamparia

Os processos utilizados na estamparia têxtil hoje são resultado do aprimoramento de técnicas e métodos ancestrais que evoluíram ao longo dos anos. Estes processos iniciaram de forma manual, utilizando-se de ferramentas de apoio, essenciais para a regularidade dos sistemas de repetição desenvolvidos nos tecidos. O sistema manual, evoluiu para os processos mecânicos que tiveram forte influência sobre a velocidade dos sistemas produtivos e a padronização dos tecidos, chegando aos dias atuais em que a indústria de estamparia têxtil conta com tecnologias digitais para o seu desenvolvimento e produção, coexistindo com os processos mecânicos. A apresentação dos processos produtivos neste artigo será desenvolvida respeitando a ordem cronológica dos mesmos.

3.1. Os Primeiros Indícios dos Processos de Estamparia

Estudos sobre as pinturas das tumbas revelam que há indícios de utilização da estamparia têxtil já no Egito Antigo, por volta de 2100 a.C. Nesses estudos se observa a utilização de estampas com motivos elaborados sobre tecidos de linho (JOYCE, 1993). O processo de estamparia, não é claramente relatado, ficando evidente somente o estilo geométrico predominante nos afrescos egípcios (Figura 2) (SCHOESER, 2003).

Figura 2: Estampas Egípcias, 1991-1786.

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Aproximadamente cem anos depois, no Peru, surgem os cilindros de argila (JOYCE, 1993), que são os precursores dos cilindros de metal e de cobre, que surgiram no século XVIII na Revolução Industrial, como alternativa para o aumento da produção de tecidos na indústria têxtil (COLE, 2003). Pela primeira vez, a estamparia é pensada de forma contínua do ponto de vista do ferramental utilizado, pois a técnica pressupõe um cuidado especial em relação à forma como o desenho é desenvolvido.

3.2. A Estamparia por Meio do Isolamento de Áreas do Tecido

Como já mencionado, existem diversas formas de reprodução de estampas sobre um tecido, sendo que a aplicação por coloração não é a única, apesar de ser a mais comum. A vedação de partes localizadas e posterior tingimento, é outra faceta da estamparia, sendo considerada estamparia por isolamento. Como primeira técnica a utilizar este princípio está o shibori, que consiste na amarração estratégica de partes do tecido para posterior coloração (Fig. 3a). Durante o tingimento, as partes amarradas não absorvem o corante, produzindo efeitos programados como listras e círculos irregulares e efeitos abstratos (Fig. 3b) (TORTORA; MERKEL, 2005). O shibori se desenvolveu com maestria no Japão, entre os séculos VI e VIII D.C (SOUTHAN, 2009; GUNNER, 2010), entretanto, foi no século XX, especificamente na década de sessenta, que o shibori popularizou-se por meio do movimento hippie, sendo conhecido tye-dyeing.

Para que o resultado final do shibori seja satisfatório, é necessária atenção à maneira como as amarrações são feitas, pois, como mencionado por Tortora e Merkel (2005), este é um efeito programado. O resultado final pode ser localizado, barrado e corrido. O tingimento, se produzido com uma ou mais cores também influenciará no resultado final, sendo que não existe limites em relação à quantidade de cores utilizada.

Figura 3: a) Amarrações do Shibori; b) Yukata Masculino de Shibori.

Fonte: Fig. 3a - Acervo pessoal; Fig. 3b – Museum Of International Folk Art.

Outra técnica que surgiu a partir do isolamento de áreas específicas do tecido é o batik, que utiliza a cera como vedante na formação de desenhos, impedindo a penetração de corantes no momento do tingimento (TORTORA; MERKEL, 2005). O batik era comumente feito em seda, porém, na Índia existem evidências de que o batik era feito com algodão. O batik surgiu na Índia há aproximadamente 1.200 anos (KAFKA, 1973), sendo este o provável país que introduziu a técnica na Indonésia, onde foi aos

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poucos se entrelaçando à história e cultura javanesa, se desenvolvendo de forma plena em termos de arte decorativa.

Em relação ao sistema produtivo da técnica, a aplicação da cera era tradicionalmente feita com uma caneta de bambu, conhecida como kalam, derivado do persa “caneta”. O kalam foi desenvolvido na Índia, o qual utilizou esse recurso para criar os primeiros tecidos indianos estampados de forma manual (CRILL, 2008).

Os cuidados em relação a esta técnica de estamparia se devem principalmente às habilidades manuais de aplicação da cera com o kalam ao tecido por parte do artesão. Após o tingimento, o tecido deve ser lavado com água quente e Synthrapol (detergente), para que a cera seja retirada, por meio da dissolução da mesma. A estampa pode ser feita de forma localizada, conseguindo efeitos característicos do

engineered print (Figura 4a), de forma corrida ou barrada como mostra a Figura 4b.

Figura 4: a )Vestuário Americano de 1920; b) Fragmento de Tecido Indiano Utilizando a Técnica

Batik, Aproximadamente do Século XV.

Fonte: Metropolitan Museum of Art.

A função do kalam, vai além da aplicação de substâncias vedantes como a cera. Esta ferramenta comporta a aplicação de outras substâncias sobre os substratos têxteis, como descolorantes e tintas, sendo uma ferramenta versátil, utilizada na estamparia direta, por isolamento e descoloração. O uso de descolorantes está presente em tecidos estampados feitos a partir de métodos como o tsutsugaki e katozome, que utilizam uma pasta de arroz que serve como isolante e descolorante têxtil, impedindo a penetração da tinta onde se encontra o desenho enquanto descolore o tecido. Ambos, possuem o mesmo efeito descolorante, entretanto, o katazome utiliza estêncil, enquanto o

tsutsugaki, bisnaga (YANG, 2000).

3.3. Os Tecidos Indianos e a Influência sobre a Estamparia Europeia

A evolução da estamparia ao longo do tempo contou com a contribuição de vários países que, de uma forma ou outra, foram importantes para o crescimento e a popularização dos processos têxteis. Um exemplo é a Índia, que por sua vez foi o berço

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da indústria têxtil ocidental, sendo este o motivo pelo qual muitas palavras do vestuário inglês possuem origem indiana (MELLER; ELFFERS, 2002). Os tecidos indianos pintados a mão, conhecidos como indiennes na França e chintz na Inglaterra, (SUOH et al., 2005) chegaram à Europa no século XVI e encantaram os europeus devido aos padrões exóticos, que só são possíveis devidos às habilidades manuais dos artesãos indianos que tinham total domínio do manuseio do ferramental e da utilização de mordentes, que ajudam na fixação do corante (CRILL, 2008).

O chintz era na sua primeira versão feito exclusivamente com o kalam. Esta técnica mais tarde foi combinada a blocos de impressão, sendo denominada kalamkari. O bloco de impressão, feito na sua primeira versão em madeira, criava os contornos de forma precisa, facilitando o sistema de repetição e o kalam fazia o preenchimento do desenho contornado pelo bloco de madeira (CRILL, 2008).

A Figura 5 apresenta um chintz indiano, com estilo naturalista realista, onde foi utilizada a técnica kalamkari, combinando blocos de madeira para impressão do contorno e preenchimento feito de forma manual com o kalam.

Figura 5: Fragmento de um Tecido Indiano Utilizando a Técnica Kalamkari, Séc. XVII.

Fonte: Metropolitan Museum of Art.

Os tecidos importados da Índia foram aos poucos se adaptando ao gosto europeu. Os fabricantes indianos recebiam instruções do governo inglês sobre composição gráfica, tema e cores para as estampas. Tais instruções, entretanto, mais tarde vieram a se tornar restrições. Com a crescente popularidade dos tecidos indianos, aumentou o protecionismo por parte da indústria têxtil europeia, levando à condições restritivas no que se relaciona à importação desses tecidos por parte do governo inglês, o que ironicamente pode ter contribuído para o nascimento da indústria inglesa de estamparia. Entretanto a técnica de estamparia utilizada pela indústria europeia se diferenciava do kalamkari indiano, sendo que o método original de estampar tecidos utilizados nas estamparias, no século XVIII, tanto da França quanto da Inglaterra, era o bloco de madeira gravado, sem a utilização do kalam (FORTY, 2010).

Os blocos de impressão são fabricados originalmente de madeira, mas podem também ser fabricados em metal ou linóleo, nos quais os motivos das estampas são esculpidos. Cada bloco representa uma cor e o pigmento é aplicado junto a um ligante em forma de pasta sobre a face do bloco esculpida, que é então pressionada

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manualmente sobre o tecido (GOMES, 2007).

O trabalho exercido pelos artesãos, como faculdade intelectual, no entalhe dos blocos exerce grande importância no sucesso comercial do algodão estampado, que dependia do apelo de seus motivos decorativos (FORTY, 2010). Independente do rótulo que se designe para o profissional responsável pelo desenho das estampas ou pelo entalhe dos blocos seja ele um artista, artesão ou designer, a função será sempre essencial para a comercialização e a popularização dos motivos aplicados sobre o tecido. Porém, dependendo do período, ou da produtividade exigida para o mesmo, a ênfase ao profissional responsável por tal função será mais ou menos valorizada.

O tecido apresentado na Figura 6 foi criado por William Morris, e, apesar de datar do início do século XX, onde processos com alta produtividade já eram utilizados, o mesmo foi produzido com blocos de impressão. Morris acreditava na estética e técnicas antigas, e relacionava os métodos de impressão de alta produtividade (cilindro) com a inferioridade dos produtos ingleses. A estampa criada por Morris foi reproduzida com descolorante e três cores de tinta, sobre um tecido índigo, podendo em outros casos chegar até sete cores.

Figura 6: Tecido Criado por William Morris e Produzido por Morris & Company.

Fonte: Metropolitan Museum of Art.

Com a evolução dos blocos de madeira, em 1834, surge o método de estampagem perrotine. Este método foi inventado por Perrot, um estampador de Roven, França. Os blocos são presos a uma estrutura de cobre e ferro da largura do tecido, fazendo com que o tecido seja pressionado entre os blocos e por sua vez, estampado. Este processo possibilita a produção em massa da estamparia em bloco (UDALE, 2009; TORTORA; MERKEL, 2005).

3.4. O Detalhamento das Placas de Cobre

Na metade do século XVIII, surge um novo processo de estamparia, que apesar de ainda ser manual, abriu um novo capítulo na história da estamparia europeia: a estampagem por placas de cobre, que tinha como principal diferencial o detalhamento da estampa (Fig. 7). O processo de produção funcionava de forma semelhante aos blocos de madeira: o tecido era colocado sobre uma mesa ao qual o estampador pressionava a placa de cobre entintada sobre o substrato têxtil (TORTORA; MERKEL, 2005; FORTY,

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2010). A técnica permitia o aumento da área de criação dos desenhos em relação aos blocos de madeira. Entretanto, a desvantagem em relação ao processo é a limitação de cores, pois o mesmo não utiliza mais de uma cor por estampa. Cores adicionais podem ser estampadas à mão ou com blocos de madeira (HUFF et al., 2006).

Figura 7: Estampa de Robert Jones Utilizando o Processo de Placa de Cobre.

Fonte: Victoria And Albert Museum.

Apesar do processo de estampar com placa de cobre ter vantagens em relação ao detalhamento, o mesmo não teve grandes influências sobre o processo produtivo: ainda era lento, sendo que o estampador não conseguia estampar mais de 25 metros por dia (FORTY, 2010).

Sempre em busca do constante aumento sobre a produtividade, muitas empresas britânicas do século XVIII fragmentaram as funções dentro das estamparias. A partir de 1800, tanto o desenho das estampas como o corte e gravação já eram ocupações separadas, inclusive no processo de aprendizagem. Foi quando o artesão individual perdeu o controle do processo completo, que se tornou necessária a atividade nova e separada do designer (FORTY, 2010).

3.5 O Aumento da Produtividade com a Estamparia por Cilindro

A mecanização do processo produtivo de estamparia surgiu com a introdução da estamparia por cilindro. Em 1783, o escocês Thomas Bell patenteou um novo mecanismo de impressão de tecidos: os cilindros de metal gravados, onde a estampagem do tecido é feita por meio da passagem do mesmo entre dois cilindros (TORTORA; MERKEL, 2005; HUFF et al., 2006). A Inglaterra, que teve destaque no método de impressão por placas de cobre e por blocos de madeira, se destacou também na estamparia por cilindro, que revolucionou a indústria têxtil em relação ao volume produtivo. A inglesa Cocheco Manufacturing Company, fundada em 1820, chegou a produzir 50 milhões de metros de tecido por ano (MELLER; ELFFERS, 2002).

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módulos mais efetiva em relação aos blocos de madeira, conseguindo inclusive manter o número de cores utilizados. Este processo produtivo mecanizado reduziu grandiosamente os custos e tempo necessários para a produção de tecidos, o que teve como consequência a democratização do vestuário tornando os tecidos estampados populares, porém, pobres em qualidade (HUFF et al., 2006). Outro aspecto importante a ser considerado na produção com alta demanda, é a baixa qualidade estética das estampas. Este fato motivou o governo inglês, a estabelecer, em 1836, um número mínimo de escolas para estudantes de design produzirem estampas de nível “aceitável”. Como parte das ações de incentivo para evoluir o potencial de criação de padrões por parte dos ingleses, o museu Victoria and Albert (V&A) foi inaugurado oficialmente pela rainha Victoria em 1857, com o propósito de proporcionar inspiração visual aos designers britânicos (PHYSICKS, 1982).

O processo de impressão por cilindro de metal foi o precursor da serigrafia rotativa, que é atualmente o processo mais utilizado mundialmente. Apesar de utilizar o mesmo princípio de continuidade por meio do cilindro, a distribuição da tinta é realizada de forma diferente, como será apresentado a seguir.

3.6. Os Processos Serigráficos

O século XX foi de extrema importância para a indústria têxtil, tanto no que se relaciona à produção de fibras e fios, como nos processos de estamparia. É neste século que ocorreu a popularização das fibras químicas, tanto de origem sintética como artificial, e o avanço nos processos serigráficos.

A serigrafia é um processo de impressão que faz a transferência de imagens para o substrato têxtil por meio de uma matriz, quadro de tela ou cilindro. A matriz permite a passagem de tinta em áreas positivas do desenho nela gravados, seguindo o mesmo principio do estêncil, entretanto com maior precisão de detalhes (Fig. 8).

A serigrafia a quadro pode ser feita de forma manual ou mecanizada. No que concerne ao tipo de tinta utilizada para a transferência de imagens, a serigrafia permite uma liberdade maior para o designer, visto que o mesmo pode aplicar efeitos especiais à superfície do tecido, por meio de efeitos brilhantes, opacos, nacarados, encerados, cloquê, devorê, flocado e a aplicação de foil, entre outros (RÜTHSCHILLING; LASCHUK, 2013).

Figura 8: Estampa Corrida Golf Magic de Brian Connelly, com Detalhe.

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Entretanto, a procura pelo aumento produtivo é uma premissa da indústria de alta escala, e com a área da estamparia não é diferente. Foi na década de 1960, que surgiu a serigrafia rotativa. O princípio do processo reside na substituição dos quadros planos por cilindros de níquel com espessura de uma folha de papel, por onde a pasta serigráfica é bombeada para o interior do cilindro, penetrando no tecido por meio das áreas livres, com o mesmo princípio de produção da tela serigráfica (GOMES, 2007).

Ambos processos serigráficos, tanto a quadro quanto por cilindro, são os principais processos de impressão sobre tecidos utilizados atualmente, por sua relação custo-benefício ainda ser a mais indicada para produções em alta escala (RÜTHSCHILLING; LASCHUK, 2013). Entretanto, o desenho com muitas cores prevê um custo maior de produção, pois para cada cor, é produzida uma matriz, o que acaba por encarecer o preço do tecido caso sejam utilizadas muitas cores, e consequentemente muitas matrizes.

O processo de desenvolvimento da estampa em si, atualmente feito por meio de softwares vetoriais, prevê a separação do desenho por cores. Segundo Baugh (2011), o limite de cores para a estamparia a quadro é 24, e por cilindro é 6, sendo que quanto mais cores, mais complexa será a separação das camadas de cores do desenho, que não podem sobrepor-se para que não ocorram problemas técnicos no tecido.

3.7. As Tecnologias Digitais Inseridas na Estamparia a Jato de Tinta e por Sublimação O surgimento dos processos digitais de estamparia se deu entre a década de 1960 e 1970, e permitiu o uso de fotografias na impressão de tecidos por meio da sublimação e da impressão à jato de tinta. A impressão por sublimação utiliza impressora com corantes sublimáticos, que imprime em papel especial e posteriormente faz a transferência do papel para o tecido por meio de prensa térmica ou calandra, reproduzindo a estampa sobre o tecido.

A estamparia digital a jato de tinta faz a impressão da estampa sobre o tecido de forma direta, onde são utilizando corantes ou pigmentos, não necessitando de nenhuma matriz ou veículo de transferência (UJIIE, 2006). O tecido que recebe este tipo de estamparia requer preparos pré e pós a impressão.

A diferença entre os dois processos digitais está no sistema produtivo que faz a impressão de forma direta (jato de tinta) e indireta (sublimação), pois o desenvolvimento da estampa em ambos os processos por parte do designer ocorre de forma similar.

A liberdade de criação é uma das características dos processos digitais, pois permite uso ilimitado de cores e de recursos de imagens digitais, permitindo a aproximação com as formas reais. Entretanto, para Isaac e Bowles (2011), a inserção de desenhos feitos à mão na estamparia digital é cada vez mais importante, para trazer à mesma a estética manual, diminuindo o caráter impessoal da estamparia digital.

4. Resultados e Discussões

Esta etapa do artigo apresenta na Tabela 1, os principais aspectos de estamparia que foram abordados no trabalho, no que se relaciona aos aspectos técnicos e projetuais, comparando-os em cada processo pesquisado. O objetivo da Tabela 1 é reunir os dados coletados, mostrando aos designers de superfície restrições e potencialidades de cada

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processo.

Tabela 1: Comparativo Entre Especificidades Técnicas e Projetuais dos Processos de Impressão.

Fonte: Elaborado pelo autor, com base na pesquisa realizada.

Analisando o aspecto cor dos processos de estamparia envolvidos no estudo, percebe-se que, durante muito tempo, existiu uma limitação em relação à quantidade

Processo de

Impressão Sistema de Produção Limite de Cor Matéria-prima Tipo de Impressão Motivo Layout

Shibori Manual Sem

limite Fibras naturais Isolamento Abstrato Corrido, Barrado, Eng. Print, Localizado

Batik Manual 1 a 8

cores Fibras naturais Isolamento Naturalista estilizado Corrido, Barrado, Eng. Print, Localizado

Tsutsugaki e

Katazome Manual 1 a 8 cores Fibras naturais Descoloração Naturalista Realista, Estilizado e Geométrico

Corrido, Barrado, Localizado

Kalamkari Manual 1 a 10 Fibras

naturais Coloração e Descoloração Naturalista Realista, Estilizado e Geométrico

Corrido e Barrado

Bloco de

Impressão Manual 1 a 8 Fibras naturais Coloração e Descoloração Naturalista Realista, Estilizado e Geométrico

Corrido e Barrado

Placas de

cobre Manual 1 Fibras naturais Coloração Naturalista Realista Corrido, Barrado e Localizado

Cilindro Mecânico 1 a 8 Fibras

naturais Coloração Naturalista Realista, Estilizado e Geométrico

Corrido e Barrado

Serigrafia a

quadro Manual e mecânico 1 a 24 Fibras naturais e químicas

Coloração e

Descoloração Naturalista Realista, Estilizado e Geométrico Corrido, Barrado e Localizado Serigrafia por

cilindro Mecânico 1 a 6 Fibras naturais e químicas

Coloração e

descoloração Naturalista Realista, Estilizado e Geométrico Corrido e Barrado Estamparia digital indireta (sublimação) Digital Sem

limite Fibras químicas sintéticas Coloração Naturalista Realista, Estilizado, Abstrato e Geométrico Corrido, Barrado, Eng. Print, Localizado Estamparia digital direta (jato de tinta) Digital Sem

limite Fibras naturais e químicas Coloração Naturalista Realista, Estilizado, Abstrato e Geométrico Corrido, Barrado, Eng. Print, Localizado

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de cores utilizadas, que se restringia a aproximadamente 8 cores. Isso se deve principalmente ao fato de os processos utilizarem matrizes que eram aplicadas sobre o tecido de forma manual, o que aumenta o tempo de produção de forma considerável e consequentemente o valor de produção. Outro fato é que a cada cor, uma matriz deve ser produzida, se refletindo novamente sobre o valor do tecido. A partir da inserção de tecnologias digitais aos processos de estamparia, não existe limitação em relação ao número de cores, pois a estampa é impressa sobre o tecido sem a intermediação de matriz.

No que diz respeito às fibras utilizadas, até o início do século XX foram utilizadas somente fibras naturais. O surgimento das fibras químicas, artificiais e sintéticas, possibilitou a entrada das mesmas nos processos produtivos de estamparia. As fibras químicas começaram a ser usadas nos processos serigráficos, se estendendo à estamparia digital à jato de tinta, que comporta a utilização de fibras naturais e químicas. O único processo que possui restrição em relação ao uso de matéria-prima atualmente é a sublimação, que utiliza exclusivamente fibras sintéticas de poliéster.

Em relação ao tipo de cobertura aplicada à superfície têxtil, a estamparia por coloração predomina sobre os processos de estamparia, tanto no que diz respeito a processos ancestrais como nos processos atuais. Entretanto, os processos digitais possuem restrições em relação aos pigmentos e corantes que são aplicados sobre o tecido. Estampas em foil, glitter, flocagem, entre outros tratamentos especiais não são possíveis de serem impressos por processos digitais de impressão, tanto na sublimação como à jato de tinta.

Os motivos, desde os processos mais antigos, foram feitos nas mais variadas formas, desde os naturalistas realistas até os motivos abstratos. Entretanto, os processos digitais, conseguem acentuar os efeitos realísticos desenvolvidos nos desenhos, principalmente com o uso de fotografia. Entretanto, formas manuais ou abstratas também podem ser representadas na estamparia digital.

Observando o aspecto projetual layout na Tabela 1, é possível perceber que desde os processos ancestrais, os mais variados layouts foram utilizados. Entretanto, a mecanização dos processos facilitou a produção de estampas contínuas, por não depender de habilidades manuais do artesão para a repetição dos módulos, e sim de maquinário que reproduza os módulos de forma regular.

Os sistemas de repetição eram necessários aos processos mecânicos pois existia a utilização de matrizes. Hoje com os processos digitais existe a possibilidade de criação de estampas sem a necessidade de repetição, devido a não utilização de matrizes e pela possibilidade de impressão dos mais variados tipos de layout sem a necessidade de repetição, proporcionando inclusive maior liberdade de criação aos designers de superfície. Layouts como o engineered print, por exemplo podem ser facilitados com o uso da estamparia digital, pois, como os mesmos são feitos em função da modelagem, podem ser feitos em softwares CAD, e impressos de diretamente no tecido.

5. Considerações Finais

O presente estudo cumpriu com o objetivo inicial que procura identificar diferenças e semelhanças presentes em cada processo de estamparia, levando em consideração especificidades técnicas e projetuais de estamparia.

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pesquisada, e que o resultado da pesquisa é parcial, podendo outras informações completarem ou melhorarem a qualidade dos dados, no que diz respeito a uma pesquisa que possui continuidade, devido à constante evolução dos processos produtivos e a recorrente publicação de livros dedicados ao tema na área.

Este artigo apoia o trabalho de designers de superfície, quando apresenta de forma sistematizada dados que podem facilitar a compreensão da evolução dos processos, com o intuito de estimular o reconhecimento de potencialidades criativas nos processos ancestrais de forma a unir os mesmos aos processos contemporâneos.

O uso dos conhecimentos aqui apresentados podem ser feitos no Design de Superfície de estampas de forma híbrida, ou seja, por meio da utilização de mais de um processo de estamparia sejam estes processos de origem manual, mecânica ou digital, se apresentando como alternativa à produção de estampas com efeitos diferenciados. Referências

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Referências

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