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DA BELLE ÉPOQUE À MODERNIDADE SOCIAL PARQUE DOS BILHARES NA ZONA CENTRO SUL DA CIDADE DE MANAUS.

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DA BELLE ÉPOQUE À MODERNIDADE SOCIAL – PARQUE DOS

BILHARES NA ZONA CENTRO SUL DA

CIDADE DE MANAUS.

BÁRBARA DE ALMEIDA RAMOS

Instituto Dados da Amazônia - IDAAM Área de Humanas

Manaus – AM

RESUMO: O artigo visa apresentar o desenvolvimento urbano e ambiental, desde a Belle É porque época áurea da borracha, enfocando o Parque Ponte dos Bilhares. Retrata o seu lado histórico, fotográfico e o seu papel atual para a sociedade manauara, visando identificar e analisar os processos e formas que constituem uma relação espaço temporal, ao qual envolve um harmonioso clima entre natureza e a sociedade. Focaliza os processos e formas urbanas de imigrantes vindos de outros lugares do Brasil e do campo que reside em Manaus, interagindo em conjunto entre a sociedade e a natureza. O Parque Ponte dos Bilhares localizado entre as Avenidas Constantino Nery e Djalma Batista, nos bairros da Chapada, São Geraldo e Nossa Senhora das Graças.

Palavras chave: Espaço temporal, Desenvolvimento urbano, histórico.

1. INTRODUÇÃO

A expansão urbana e demográfica de uma cidade causa tantos impactos ambientais como proporciona mudanças também em sua composição social e em seu funcionamento. Pois a cidade possui uma relação em conjunto com a sociedade e com seus elementos constituintes e históricos.

Neste contexto permite-se verificar uma estrutura espaço-temporal de uma cidade, onde os processos e formas urbanas que a envolvem são dinâmicos e influenciam em sua construção espacial, resultantes de suas mudanças sociais.

A visão que predominou foi a de traços bem-ordenados de uma cidade bucólica. Nesta visão, o Estado aparece como entidade superior e neutra, contribuindo para a evolução da cidade como traçado harmonioso em relação à natureza e à sociedade.

Estes processos são postos em ação pelos agentes sociais estruturadores que

modelam tal organização, quais sejam: o Estado, as Empresas, as Instituições e os Grupos Sociais.

A cidade é representada como uma sucessão de harmonia sem conflitos e gozando da mais perfeita ordem. Na mesma perspectiva, a cidade aparece como o lugar sem contradição, onde tudo são ordem e harmonia, cabe no lugar-comum de que a comunidade era uma grande família. Todos se conheciam, entre os vizinhos, então, a amizade se tornava franca e sem cerimônia (PERES, 1984).

Com base neste contexto, a pesquisa realizada na Ponte Parque dos bilhares (Ponte da Constantino Nery) na zona centro sul da Cidade de Manaus, localizada entre os bairros São Geraldo e Chapada, tem como objetivo identificar e analisar os processos e formas, tais como: As transformações dos constituintes naturais do espaço urbano, fazendo uma relação espaço-temporal na localidade, comparando com o auxílio de fotografias históricas e atuais.

De acordo com Lobato (2002, p. 56), a cidade capitalista promove uma série de ocorrências de processos sociais, que criam funções e formas, cujas distribuições espaciais constituem a própria organização espacial urbana.

2. HISTÓRICO Artigo apresentado ao IDAAM– MBA em Gerenciamento de Projeto Ágil

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A ponte foi inaugurada em 1890, recebeu originalmente o nome de Ponte da Cachoeira Grande, a sua construção foi simples, composta por linhas retas, predominantemente horizontais.

Atualmente, a ponte recebe a denominação de Ponte Parque dos Bilhares, outros a chamam por Ponte da Constantino Nery.

Segundo os historiadores, o nome dado a ponte e ao Parque dos Bilhares, decorre da existência de um estabelecimento de jogos de bilhar, que vendia também vinhos e outras bebidas alcoólicas. A partir daí os populares passam a chamar toda a área de bairro dos bilhares, até a mudança para São Geraldo.

Esta ponte passou por reforma estrutural faz uma década, a ferrugem roia suas estruturas e o perigo de desabamento era eminente, por ser o principal corredor viário das Zonas Oeste e Norte da cidade, seus 120 metros de comprimento foram inteiramente redimensionados para suportar o trânsito pesado da área, constituído basicamente de caminhões e coletivos.

As novas e avançadas fundações e à restauração metálica de suas partes desgastadas, a antiga ponte recuperou sua beleza e prestígio, e ainda servirá por muito tempo à cidade.

3. SAUDADES DAS CHACARAS E BALNEARIOS DE MANAUS.

O progresso chega e faz desaparecer a exuberância da natureza, as tradições e os costumes.

Passando o passado e refletir um pouco dos dias atuais, quando a capital do Estado do Amazonas sofre a descaracterização mais grave de sua paisagem urbana, como resultados de anos seguidos de deformações, transformações e modificações ambientais.

Em Manaus até meados dos anos de 1960, os bairros: Chapada, Flores, Parque 10 de Novembro, São Geraldo e São Jorge, que fazem limites entre si, se destacavam por serem banhados pelos Igarapés do Mindu, Cachoeira Grande, Franceses e Bindá. Por se encontrarem bem distantes do centro da cidade, tinha os balneários de águas límpidas, tinha as Chácaras com uma grande diversidade de frutas, muitas Palmeiras como o Buriti, Açaí, Bacaba, Patoá e outras, uma fauna considerável e a flora com as famosas Bromélias e arvores frondosa como a Samauma, Castanheira, Sucupira, Sorveira, Seringueiras e muitas espécies.

Esses balneários eram os locais de lazer das famílias amazonenses nos finais de semanas, era o refugio de estudantes dos tradicionais ginásios. As famílias que tinham um melhor poder aquisitivo possuíam as suas chácaras particulares e sempre com igarapés nos fundos. Na Ponte dos Bilhares, no Balneário da Verônica Figura 01 – Ponte da Cachoeira Grande.

Fonte: Álbum Amazonas (1901 – 1902)

Figura 02 – Ponte da Constantino Nery. Fonte: Álbum Amazonas (1901 – 1902)

Figura 03 – Ponte Metálica. Fonte: Álbum Amazonas (1901 – 1902)

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e no Parque 10 de Novembro, era o local de concentração dos banhistas que não tinham balneários próprios.

Tempo depois da febre da borracha, Manaus passou um grande período de escuridão, mas depois explodiu, crescendo desordenadamente.

Perdeu-se o pouco de planejamento urbano que foi projetado para a capital ainda nos tempos controvertidos de Eduardo Ribeiro, um engenheiro militar, sonhador permanente pela suntuosidade de uma cidade cravada no meio da selva.

Era o novo ciclo econômico, era da Zona Franca, daí o aumento expressivo de crescimento urbano foi se direcionando para essa zona forçando os bairros a se modernizarem, com isso a exuberância da natureza vai desaparecer, e os recursos hídricos afetados.

Esses igarapés há 42 anos, eram os locais de entretenimento e lazer para a população manauara, hoje se encontra totalmente poluído sem nenhuma condição de uso.

As biodiversidades foram desaparecendo, não houve a preocupação com a integridade ambiental e a preservação de nossa cultura.

Cabe a nós analisar os benefícios socioambientais que marcam o plantar, o conservar, o manter o olhar e o viver. É preciso demonstrar tudo isso. Foi um crime ambiental com danos a flora a fauna e os recursos hídricos

De toda essa história ficou evidente que o balneário da Ponte dos Bilhares, era o lugar que atraia os jovens da época para exibirem coragem

e o desafio dos pulos de cima da ponte numa altura de 10 á 20 metros.

4. HISTORIA DO BAIRRO DA CHAPADA. A comunidade da Chapada tem suas origens devido a uma grande seca que ocorreu no Nordeste, mais precisamente no Ceará, no ano de 1958. Dezenas de famílias morreram assoladas pela fome e sede e muitas outras decidiram tentar um futuro melhor, embarcando para Manaus com o apoio do governo do Amazonas, na administração de Plínio Ramos Coelho.

Os nordestinos vieram com a promessa de trabalharem na retirada do látex e se instalaram inicialmente numa hospedaria, construída pelo governo nos arredores da antiga residência do ex-governador Eduardo Gonçalves Ribeiro.

A hospedaria era na maior parte do tempo ocupada pelas mulheres e crianças, pois os homens em idade de trabalhar deslocavam-se para os seringais distantes, no interior do Estado, e lá passavam até meses envolvidos na extração do látex.

A região da Chapada não tinha estrutura na época e sua única referência continuava sendo a residência de Eduardo Ribeiro. Com o término do trabalho nos seringais, muitos nordestinos ficaram sem uma atividade remunerada para sobreviver.

É através da ação complexa dos agentes sociais, que se tem a fragmentação desigual do espaço, derivado da dinâmica de acumulação do capital, que somente se tornam visíveis a partir das formas espaciais dentro da perspectiva que investiga o futuro próximo e o cotidiano (SANTOS, 1987, p. 24).

A solução encontrada por eles foi à confecção de materiais artesanais, como cestas, abanos e outros utensílios feitos a partir de palha de coqueiro. Os moradores vendiam esses produtos no mercado público de Manaus, garantindo uma renda mínima para seu sustento. 4.1. Usina Londrina

Durante o início da década de 60, a comunidade recebeu o primeiro impulso de desenvolvimento com a instalação da Usina Londrina, processadora de castanhas, por volta de 1960.

A indústria foi responsável pelos primeiros empregos na comunidade e contribuiu para o desenvolvimento da Chapada. Seus proprietários criaram também a primeira creche Figura 04 – Rio margem esquerda da ponte

sentido Centro/

Bairro.

Fonte: Álbum Amazonas (1901 – 1902

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e escola do bairro, chamada Escola Londrina, graças ao empenho decisivo da moradora Francisca Pergentina, responsável por cuidar e educar os filhos dos moradores que estivessem trabalhando no processamento da castanha.

A água potável que abastecia os moradores era proveniente de um poço artesiano, perfurado numa região da antiga Rua João Alfredo, onde hoje funciona a UEA (Universidade do Estado do Amazonas). Na mesma rua funcionava também, até por volta de 1968, uma estação de comunicação do Exército, no mesmo prédio onde hoje funciona o jornal Diário do Amazonas.

O saneamento na Chapada começou por volta do ano de 1975, impulsionado com o alargamento e pavimentação da Rua João Alfredo, que passou a se chamar Avenida Djalma Batista, em grande parte graças ao empenho do então vereador e radialista José Maria Monteiro. A partir daí foram instaladas as primeiras torneiras públicas do bairro, localizadas nas esquinas das Ruas Darcy Vargas com a Djalma Batista, conhecida entre os moradores como “Rua Ceará”.

Outro ponto utilizado com frequência pelos moradores boêmios da Chapada era o bordel Casa Verônica, localizado próximo à Ponte dos Bilhares. O bairro da Chapada, que antes da chegada dos retirantes nordestinos vindos do Ceará, tinha a sua região utilizada como cemitério indígena. Do início da década de 1980 até os dias de hoje, o bairro da Chapada teve desenvolvimento nas Avenidas que cercam seu perímetro, a Djalma Batista e Constantino Nery. 4.2. Entre as avenidas

A Chapada conta atualmente com cerca de 50 mil habitantes e compreende desde a rua da Indústria até o condomínio Cidade Jardim, fazendo fronteira com os bairros de São Geraldo e Flores.

Seu perímetro urbano fica entre as avenidas Constantino Nery e Djalma Batista, estrangulada justamente entre as duas grandes avenidas, que às vezes prejudicam o seu desenvolvimento.

O bairro fica sufocado em seu desenvolvimento, competindo com a construção de grandes empresas e condomínios voltados para classe média e alta.

A presença nordestina é percebida no nome e nos proprietários que fazem a

comunidade chapadense. A antiga Rua João Alfredo, atual Avenida Djalma Batista, é a artéria principal do bairro, chamada simplesmente de Ceará pelos moradores, em homenagem à forte presença dos migrantes na localidade.

5. BAIRRO DO SÃO GERALDO.

São Geraldo, ou melhor, bairro dos Bilhares deve sua origem à existência da companhia de transporte "Villa Brandão" (1893), proprietária de uma linha de bondes que fazia o percurso do Mercado Publico à Cachoeira Grande, passando por um antigo estabelecimento de jogos de bilhar cujo proprietário, mantinha jogos e diversão, além de vinhos e outras bebidas alcoólicas até altas horas.

A partir daí os populares passaram a chamar toda a área de ponto dos Bilhares, até a mudança para São Geraldo, na segunda metade do século. A ocupação do trecho se deu de forma ordenada, através de venda direta com os proprietários.

As transformações durante os últimos 15 anos trouxeram bastante desenvolvimento urbano, as passagens de nível, a duplicação das avenidas Constantino Nery e Djalma Batista, empresas Pizzaria Gosto - Gostoso e Shopping Millenium Center mostra o ritmo acelerado da vida moderna, favorecem aos manauaras uma estrutura modernizada.

O Parque dos Bilhares que dispõe de praças de alimentação, sorveterias, quadras particulares de futebol, antes de barro e grama.

Passado e modernidade convivem em um mesmo lugar, servindo como memória para os tempos futuros. O bairro divide a moradia entre casas populares e estabelecimentos comerciais como Postos de Gasolina, salões de beleza, restaurantes, pizzarias, Cidade dos Carros, instituições públicas o Posto médico da Prefeitura na Rua Pico das Águas, Agência dos Correios, Escolas Públicas e Particulares como o Centro de Recreação Infantil e Juvenil, o CIEC hoje Universidade Gama Filho, Escola Preciosismo Sangue e a Igreja Católica de São Geraldo.

6. O PARQUE

Nas ultimas décadas, verifica-se no Brasil o surgimento de novos parques, configurados em dimensão menores, devido ao custo da terra em meios urbanos, e com novas funções introduzidas ao longo do século XX, tais como: quadra esportiva, área recreativa,

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conservação dos recursos naturais e da memória histórica e de lazer sinestésico.

O homem há de criar em seu entorno um ambiente, que nada mais é, senão uma projeção de suas idéias abstratas (SILVIO, 1960, p. 44).

O interesse notado nestes últimos 20 anos por parte dos poderes publico pela implantação e formação de Parques abertos a sociedade. Manaus figura entre as cidades brasileiras possuidoras de parques urbanos concretizados dentro desta visão e pensamento: Prova disso são: O Parque do Mindu e o Bosque da Ciência, que demonstram a preocupação e o dinamismo de vanguarda.

Os Parques do século XIX e da Belle Êpoque, configuram elementos urbanos codificadores de uma modernidade importante, totalmente alheio as necessidades sociais. Com a expansão acelerada das cidades de forma não-continua, observou-se a configuração de vazios urbanos.

Vazios estes, que muitas vezes possibilitam espaços de lazer para as massas menos privilegiadas, caso das várzeas, igarapés e riachos.

As muitas conexões entre o ar, o solo, a água e a vida são difíceis de serem compreendidas mesmo nos ecossistemas não alterados. As complexidades dos ecossistemas urbanos são desconcertantes e paralelos aos ecossistemas naturais, há o ecossistema social, que é dirigido pelos processos econômico, político e culturais.

Estes sistemas sociais exibem as mesmas inter-relações que caracterizam o sistema natural. Não basta compreender os processos do sistema natural isoladamente.

Ambos moldam o ambiente físico da cidade, que forma o terreno comum entre eles.

6.1. Construção do Parque Ponte dos Bilhares. A Prefeitura Municipal de Manaus, através de seu Instituto de Planejamento Urbano (IMPLURB) projetaram e criaram o “Parque dos Bilhares”, que trouxe como o desafio principal o atendimento das necessidades humanas em meio urbano. Onde a percepção ambiental através de áreas verdes, outros equipamentos de lazer e contemplação contribua para a saúde do homem.

O Parque Pontes dos Bilhares congrega duas características:

A) Temático - Pois abrange a representação de uma época, no caso “A Belle

Époque” manauara, e uma série de símbolos inerentes a essa, sejam as estruturas em ferros (caso da ponte) ou o Bonde.

B) Ecológico - Sendo que visa à recomposição da área urbana e natural (e suas matas ciliares), através da introdução de espécies vegetais nativas e na preservação da parte das já existentes, aliado a criação de espaço para lazer ativo e passivo, gerando micro-clima agradável e ainda, empregando importante atenção aos cursos de água.

Os desaparecimentos reais destes espaços ocasionados pela apropriação da malha urbana sobre os mesmos, ou pela degradação dos recursos naturais (matas, riachos, etc.) através de ações antrópicas, fez com que estes equipamentos urbanos (O Parque) passassem a figurar como uma necessidade social.Há o espaço social, qual seja, aquele que se torna o meio e a condição para o avanço das relações capitalistas sujeitando-se às dimensões do global e do poder político do Estado, aniquilando

Figura 07 – Foto aérea do parque ponte dos bilhares.

Fonte: Google imagem (2002). Figura – 05 Margem esquerda sentido

centro/bairro. Fonte: Carlos Valente (2005)

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tempos e neutralizando o que resiste (LEFEBRE,1986, p. 69).

O fato já citado do resgate histórico agrega consigo a pretensão de se resgatar também a vida dos igarapés (Cachoeira Grande e Igarapé do Mindu), profundamente abalada pela falta de consciência e opção nos bairros que margeiam os mesmos, Chapada, Parque 10 de Novembro, São Geraldo e São Jorge.

Poder Público tem como objetivo no igarapé do Mindu gerar metas de Educação Ambiental para que as comunidades ribeirinhas não façam destes rios suas lixeiras e nem destinos de seus esgotos, ainda que se trate de intervenção pontual em um primeiro momento.

Anseia-se que esta seja catalisadora de uma ação de recomposição de leito e das margens dos igarapés da inserção de vegetação, que auxilie na manutenção e perenização dos igarapés citadinos, juntamente com o tratamento de água coletada dos mesmos para abastecimento dos lagos propostos no projeto.

Contribuindo para evitar enchentes e promovendo o saneamento ocasionado pelos aumentos do desenvolvimento urbano.

6.2. Funcionamento do Parque Ponte dos Bilhares.

O Parque dos Bilhares esta situada em área nobre de grande importância para a Cidade de Manaus, localizado entre as Avenidas Djalma Batista e Constantino Nery, alem disso, verifica-se a ausência de um dos principais igarapés de Manaus, chamado de Corredor Ecológico Igarapé do Mindu.

Turista que chega em Manaus e moradores da capital dispõem de uma completa infra-estrutura de serviços, que inclui restaurantes, bares, pizzarias, sorveterias, banca do tacacá, biblioteca, quadras poliesportivaquadras poliesportivas, campo de futebol de areia, campo de futebol social, equipamentos para ginásticas, praça de skate, pista para caminhada e bicicleta, lago artificial, play-groud e teatro de arena, entre outros atrativos.

O Parque dos Bilhares tem uns cerca de 60.000 metros quadrados é dotado de inúmeras atividades para a sociedade manauara.

Quem está passeando ou fazendo compras no Shopping Millenium Center, que fica entre as duas Avenidas, pode se deslocar facilidade e rapidez ao Parque. O visitante poderá desfrutar de um ambiente completamente

diferente, ao ar livre, arborização e com pessoas de todas as idades divertindo-se nos vários equipamentos que o Parque dispõe.Entretanto, também a especulação imobiliária utiliza a natureza para fazer o Marketing de venda de seus produtos, aproveitando o seu potencial turístico e ecológico, fragmentando e simultaneamente articulando o espaço urbano (CORREIA, 1997, p. 30)

Na concepção arquitetônica conhecida como Belle Êpoque o lugar procura resgatar um período já quase esquecido, quando os bondes trafegavam pela cidade e tinham a tradicional Ponte dos Bilhares como última parada. Os bondinhos atuaram em Manaus por mais de 60 anos e funcionaram até o final da década de 1950. O Parque tenta resgatar época inexistente, quiosque, bancos de madeira, jardins, iluminaria que acendia com fogo, entre outros, o retrato de um passado em que as praças da cidade eram lugares públicos agradáveis e bem freqüentados pela sociedade.

CONCLUSÃO

O interesse notado nestes últimos 20 anos que o processo de urbanização ocorreu tão rápido que a cidade, não conseguiu estabelecer uma melhor infra-estrutura, como saneamento básico, canalização de água, distribuição de energia, pavimentação das ruas, habitação digna, tratamento dos recursos hídricos e meios de transportes adequados.

Milton Santos (1991, p.142) afirma que “o capital novo se difunde rapidamente com tudo o que acarreta, isto é, novas formas tecnológicas, novas formas organizacionais, novas formas ocupacionais, que aí rapidamente se instalam nas áreas econômicas”.

Os bairros citados ao entorno do Parque dos Bilhares, obtiveram grandes avanços no desenvolvimento urbano e comercial, agregando novos campos de empreendimentos e reprodução do capital, tais como, Shopping Millenium Center, Amazonas Shopping, Universidades publicas e particulares, repartições publicas, Hiper Supermercados, passagem de nível e viadutos, Centros psiquiátricos, Hotéis modernos, Estádio Vivaldo Lima, Aeroclube de Manaus, edifícios modernos e casas ainda com características de chácaras. A população que reside nesses lugares é pobre e/ou provém de classes médias e altas.

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A Cidade de Manaus, hoje pode ser chamada de Metrópole, tem traços urbanísticos e arquitetônicos que constantemente passa por transformações espaciais e temporais, nas ocupações urbanas e nas infra-estruturas modernas.

AGRADECIMENTO

Agradecemos à Deus, aos nossos familiares, amigos e aos professores que nos deram forças e que nos incentivaram a conquistar os nossos objetivos. Ao Engenheiro Carlos valente pela atenção e dedicação dada a equipe no dia da visita. Desde já agradecemos a todos pela confiança e credibilidade em nossa pesquisa. REFERENCIAS

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano: notas teóricas metodológicas. In: Trajetórias Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço Urbano. (Col. Principio). 4a. Ed. Ática: São Paulo, 2002. FIDANZA. F. A., CD – Álbum do Amazonas, 1901 – 1902.

FOTO AEREA. Intervenção para o Parque Ponte dos Bilhares. Google imagem – Digital Globe, 2006.

HERRÁN, Jorge. Manaus, A História em Imagem, 1896 – 1920.

JORNAL DO COMÉRCIO. Manaus 338 – Ontem, hoje e amanhã. Edição revisada e atualizada, Outubro 2007.

JORNAL DO COMÉCIO. Conheça a história de seus bairros + fotos históricas de Manaus. CD – Manaus 338 anos.

LEFEBVRE, Henri. El derecho a la ciudad. Cuarta edicion. Barcelona: Ediciones. Península, 1978.

LEFEBVRE, Henri. La production de l’espace. 3ème édition, Paris: Éditions Anthropos, 1986. MELO, Thiago de. Manaus: amor e memória. Rio de janeiro: Philobiblion, 1984.

PERES, José Jefferson Carpinteiro. Evocação de Manaus - como eu a vi ou sonhei. Manaus: Imprensa Oficial, 1984.

ROCHA, José Martins. Ponte dos Bilhares. Sitio: www.Blogdorochas.com.br / acesso: 18/10/2010.

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SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habilitado. Geografia: teoria e realidade (16). Série: linha de frente. 4°. Ed. São Paulo: Hucitec, 1991.

WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Noticia:

Parque Ponte dos Bilhares. Sitio:

www.wikipédia.com.br / acesso: 18/10/2010. ENTREVISTA

VALENTE, Carlos. Projetor e Engenheiro da Obra Parque dos Bilhares. Instituto de Planejamento Urbano (IMPLURB), época de 2003.

Referências

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