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Relat6rio e Contas referentes a 1993

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---~---~---

~---Fundo de Garantia

do Credito Agricola

Mutua

(2)

Aprovado por despacho de

Sua Excelencia o Secretario

de Estado do Tesouro, de

24 de Abril de 1994.

(3)

RELATORIO

1. 0 ano de 1993 caracterizou-se pela desaceleracao de actividade economica na geneneralidade dos sectores, com consequents efeito sabre as instituicoes de ere· dito em geral e sabre as Caixas de Credito Agricola Mutua em particular, dada a sua especificidade de instituic6es vocacionadas para o credito a Agricultura. A debil estrutura de grande numero de CCAM e os problemas especificos da area em que se concentram a captacao de depositos e a concessao de credito, expli-cam a dific11 situacao economico-financeira de muitas Caixas, revelada pela informacao provisoria relativa a 1993.

2. Os numeros provisorios sabre a actividade do sector em 1993, apontam para um aumento da ordem de 20% nos depositos captados e de 10% no credito conce-dido. Estas taxas de crescimento sao inferiores as de 1992 em cerca de 3 pontos percentuais.

Estima-se que em 1993 o credito mal parado tenha crescido aproximadamente de 36%, atingindo um valor que se preve da ordem dos 80 mil hoes de cantos, corres-pondendo a 21% do credito global.

E

tambem preocupante a insuficiencia de fundos proprios do Sector. Sao cerca de 60 as CCAM com insuficiencia de capitais proprios, cujo valor global se estima em 15 milhoes de cantos.

3. A alteracao da regulamentacao sabre o Sector iniciada em 1991, com a publicacao do novo ReQime Juridico das lnstituicoes de Credito Agricola Mutua aprovado pelo Decreta-Lei n' 24/91 de 11 de Janeiro, e aprofundada em 1992, atraves da extensao ao credito agricola da obrigacao de cumprimento de disposicoes aplica-veis a generalidade das inst1tuicoes de credito, continuou a produzir-se no ano de 1993 e prolongar-se-a pelo anode 1994.

Em 1 de Janeiro de 1993 entrou em vigor o Novo Regime Juridico das lnstituicoes de Credito e Sociedades Financeiras que procede a reforma da regulamentacao geral sabre o Sistema Financeiro, a excepcao dos Seguros e Fundos de Pensoes, e transpoe para a ordem JUridica portuguesa Directivas Comunitarias sabre o Sector. 0 novo enquadramento juridico das lnstituicoes de Credito abrange as Caixas de Credito Agricola, ainda que em relacao a estas se tenham mantido em v1gor por prazo incerto disposi9oes excepcionais, atendendo a natureza de sociedades cooperativas, as limitacoes impostas a sua actividade e ao atraso na sua adaptacao as normas gerais da I. C .. Dessa excepcao e exemplo a nao inclusao no Fundo de Garantia de Depositos das Caixas participantes no Sistema integrado. Em 1993, o Banco de Portugal publicou alguns normativos aplicaveis as Caixas participantes no SICAM atraves dos quais consubstancia as funcoes da Caixa Central, enquanto representante do SICAM e responsavel pelo cumprimento das regras de solvalidade e hquidez das suas associadas, bem como pela sua orienta-9ao e fiscalizaorienta-9ao. Desses normativos destacam-se:

• a exigenc1a do parecer da Caixa Central na apresentacao do pedido de abertura de delegacoes das Caixas sua associadas;

• a delegacao na Caixa Central do poder de autorizacao de ultrapassagem dos limites de cobertura do imobilizado por Caixas Agricolas suas associadas; • a alteracao, desde Setembro 1993, no modo de constituicao das disponibilidades minimas de caixa das associadas da Caixa Central, passando a ser cumpridas

atraves de um deposito unico a efectuar pela Caixa Central.

• o Aviso 1/93 de 19 de Maio que no seu n.9 5.9 determina que o racio de solvabilidade passe a ser calculado em base consolidada e o seu calculo imputado a Caixa Central.

Para 1994 preve-se a publicacao de legislacao introduzindo alterac6es ao regime juridico especifico do Sector. Em 1994 deixarao de vigorar algumas das disposi-coes de excepcao, nomeadamente o regime aplicavel as caixas do SICAM relativo aos minimos de Prov1soes para Riscos Gerais de Credito e Credito Vencido. Por !orca desse regime especifico, em 1993 as Caixas associadas da Caixa Central apenas tiveram de reforcar as suas Provisoes de modo a garantir, em 31 de Dezembro, os valores correspondentes a 75% dos minimos previstos no Aviso 13/90.

4. 0 numero de Caixas aderentes ao Fundo de Garantia era 207 em 31 de Dezembro de 1993. A redu9ao, em oito, face ao ano anterior deve-se a concretizacao em 1993 de tres processos de fusao envolvendo onze CCAM, sete das quais da Regiiio Autonoma dos Acores.

Em 31 de Dezembro das Caixas aderentes apenas quatro nao participavam no Sistema lntegrado do Credito Mutua, representando face ao sector 3,3% dos recur-sos captados e 2,7% do credito concedido.

5. Em 1993 a actividade do Fundo em tenmos de assistencia financeira as Caixas limitou-se ao cumprimento dos compromissos assumidos em anos anteriores devido a condicionalismos varios de que destacamos dois:

• A introdu9ao em Julho de 1992 de novas exigencias para apresentacao de candidatura a apoios do Fundo, passando a requerer-se a elaboracao de um Plano de Recuperacao da actividade da CCAM que pretende assistencia, avalizado pela Caixa Central sempre que se trate de uma Caixa participants no Sistema lntegrado. Tal facto veio retardar a elaboracao/apresentacao do dossier de candidatura. 0 primeiro pedido devidamente fundamentado foi apresentado em Maio de 1993. • A cessacao de funcoes do Presidents e Representante do Banco de Portugal na Comissao Directiva do Fundo, ocorrida em Maio de 1993, cuja substituicao so

ocorreu em 31 de Dezembro, limitou a actuacao da Comissao Directiva ao cumprimento das func6es de gestiio corrente ate ao lim do ano de 1993 e rmpediu a deliberacao sabre os pedidos de apoio financeiro apresentados.

Ao Iongo do anode 1993 o Fundo procedeu a modemizacao do seu sistema de tratamento de informa9iio contabilistica relativa as CCAM, passando a dispor de informacao trimestral sabre o conjunto das CCAM suas aderentes e sabre cada uma individualmente.

No entanto, dificuldades de algumas CCAM na elaboracao e envio ao Fundo das suas situacoes tem provocado atrasos de 5 a 6 meses no apuramento dos dados globais sabre o Sector.

6. Desde o inicio da sua actividade o Fundo de Garantia ja prestou apoio financeiro a vinte e sete CCAM, quer sob forma pontual quer no ambito de contratos de assis-tencia financeira, o que implicou ate a data subsidios no valor global de 6,7 milhoes de cantos.

Durante o anode 1993 niio foi celebrado qualquer novo contrato de assistencia financeira e todos os compromissos por contratos anteriores foram cumpridos. Dos processos de apoio pontual assumidos em anos anteriores resta dar cumprimento a entrega de dois subsidios a processos de fusao no valor global de 30 mil cantos, a pagar apos tomada de conhecimento dos registos de fusao efectuados pelo Banco de Portugal.

A assistimcia financeira prestada pelo Fundo, traduzida em subsidios pagos foi a seguinte: Ano de 1989 - 417 mil cantos

Ano de 1990 - 1704 mil cantos Anode 1991 - 2657 mil cantos Ano de 1992 - 1750 mil cantos Ano de 1993 - 217 mil cantos

7. 0 conteudo de algumas rubricas do Balanco e da Demonstracao de Resultados justifica o seu esclarecimento.

APLICAQOES FINANCEIRAS 8.541 000 cantos

As aplicacoes financeiras do Fundo em 31 de Dezembro traduziam-se em Depositos a Prazo efectuados em lnstituicoes de Credito. Dessas aplicacoes serao recebidos, ~data do respectivo vencimento, rendimentos correspondentes a proveitos do anode 1993 no valor de 206194 cantos, devidamente contabihzados em Proveitos a Receber.

PARTICIPAQOES FINANCEIRAS 1 00 000 cantos

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PROVISOES PARA COMPROMISSOS ASSUMIDOS 30 000 cantos Valor correspondente as promessas de subsidio as CCAM resultante de do1s processos de fusao

PROVISOES PARA ENCARGOS COM CCAM 7 600 000 cantos

Estas provisoes aumentaram de seis milhoes e cem mil cantos face ao ano anterior, por transferencia do saldo da conta Provisoes para Apoio a Contratar. no valor de tres milhoes quatrocentos e dezoito mil cento e oitenta e quatro cantos, e pela dotavao do exercicio.

SUBSiDIOS

As

CCAM 26 814 cantos

Parcela dos subsidios pagos em 1993 e imputavel a 1993.

0 remanescente do valor pago em 1993 correspondia a custos 1a imputados ao ano de 1992. 189 846 cantos.

DOTA~AO PARA PROVISOES 2 711 816 cantos

Constituivao de Prov1soes para Comprom1ssos Assum1dos no valor de tnnta mil cantos. e reforvo das Provisoes para Encargos com CCAM em dois milhoes seiscen-tos e oitenta e um mil oitocenseiscen-tos e dezasseis canseiscen-tos.

8. 0 confronto a nivel das grandes rubricas do Balanvo de 31 de Dezembro de 1992 e de 1993 evidencia as seguintes mutavoes:

• no Activo, um acniscimo no valor das Aplicayoes Financeiras de 2547 mil cantos e um aumento de 66 m1l cantos no valor dos Juras a Receber, que por si s6 explicam a variavao global do Activo, 2613 mil contos.

• no Passivo. o decrescimo global de 3565 m11 contos decorre essencialmente do desaparecimento de debitos por subsidios a pagar. 190 mil contos em 31.12.92, e da anulavao das Provisoes para Apoios a Contratar, 3418 mil cantos.

• nos Capitals Pr6prios o aumento de 6178 mil cantos corresponde ao reforvo das Provisoes para Encargos com CCAM em 6100 mil cantos, ao aumento em 90 mil cantos do valor da Reserva de Garantia do Sistema de Credito Agricola resultante da aplicavao do Resultado de 1992, e ao menor valor do Resultado apurado em 1993 face a 1992, menos 12 mil cantos.

9. Da analise comparativa da Demonstravao de Resultados de 1992 e de 1993 destacam-se: • a reduvao em 270 mil cantos no valor dos subsidios imputados a cada um dos anos: • o aumento de 712 mil contos na Dotavao para Provisoes:

• o acrescimo de 454 mil cantos nas contribuivoes arrecadadas pelo Fundo, resultante do aumento das taxas calculat6rias da contribuivao da Caixa Central e das Caixas de Credito Agricola integradas e nao integradas, respectivamente em 0,01, 0,05 e 0,175 pontos percentuais:

• o aumento em 41 mil contos do Rendimento Liquido de Aplicavoes financeiras. mais 44 m.c. de JUros e 3 m.c. de impastos do que no ano anterior. 0 ma1or valor de cap1tal apllcado perm1tiu amortizar o efeito da quebra na taxa media de rendimento das aplicavoes efectuadas ao Iongo do ano 1993.

10. Em consequencia do reforvo de provisoes o Resultado do Exercicio de 1993 foi de apenas 78 005 contos, que a Comissao Directiva propoe seja transferido na tota-lidade para "Reservas de Garantia do Sistema do Credito Agricola Mutua"

11. Em 1993 terminou o seu mandata a Comissao Directiva nomeada em 24 de Julho de 1990:

• Em 28 de Maio cessou funvoes de Presidente da Comissao Directiva e Representante do Banco de Portugal o Sr. Dr. Jose de Matos Torres, por nessa data ter ter-minado o seu mandata de Administrador do Banco de Portugal.

• 0 representante da Caixa Central, Sr. Mario Matias, e a Representante do Ministerio das Finanvas mantiveram-se em funv6es ate a nomeaviio da nova Comissao Directiva.

0 Despacho do Senhor Ministro das Finanvas n' 10/93-XII de 20 de Dezembro, publicado em 31 de Dezembro ultimo, nomeou nova Comissao Directiva assim constitu ida:

Sr. Dr. Bernardino Manuel da Costa Pereira- Presidente e Representante do Banco de Portugal. Sr. Dr. Luis Manuel Pereira da Silva- Representante da Caixa Central.

Sra. Dra. Isabel Maria Forbes de Sessa Lencastre- Representante do Ministerio das Finanvas e membra executivo da Comissao, reconduzida no cargo. Os novos membros da Comissao Directiva foram empossados em 19 de Janeiro de 1994, data em que iniciaram funvoes.

12. Ap6s tomada de conhecimento da situavao econ6mica-financeira das Caixas aderentes ao Fundo, da actuaviio do F. G. em anos anteriores e da sua posivao financeira actual, a nova Comissao Directiva definiu os seguintes principios gerais de actuavao futura a adoptar pelo Fundo de Garantia no apoio as CCAM suas aderentes:

• Definir por cada ano os meios financeiros que preve utilizar:

• Adoptar como forma geral de apoio financeiro o emprestimo, formalizado por contrato:

• Relativamente as Caixas pertencentes ao Sistema lntegrado, negociar com a Caixa Central um programa de apoio

a

resoluvao de problemas das Caixas aderen-tes ao Fundo, em que participarao a Caixa Central e o Fundo de Garantia, dando prioridade aos casas de assistencia relacionada com acvoes estruturanaderen-tes do SICAM, nomeadamente de fusoes de Caixas de Credito Agricola.

A participayao do Fundo sera a compativel com os meios disponiveis.

A implementavao do programa sera acompanhada pelo Fundo, reservando-se este o direito de rever a sua posiviio sempre que as acvoes programadas nao estive-rem a ser cumpridas.

Sera dentro destes principios gerais e procurando a melhor articulavao entre os diferentes organismos representados na Comissao Directiva que a Comissao Directiva desenvolvera o seu trabalho, no quadro das competencias que lhe estao atribuidas.

1994.02.25

A COMISSAO DIRECTIVA

Bernardino Manuel da Costa Pereira

Luis Manuel Pereira da Silva

Isabel Maria Forbes de Sessa Lencastre

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PARECER DO CONSELHO DE AUDITORIA

DO BANCO DE PORTUGAL

Em conformidade como estabelecido no artigo 14° do Decreto-Lei n° 182/87, de 21 de Abril, e no artigo 12°, n° 1, alinea e), do Estatuto do Fundo de Garantia do Credito Agricola Mutuo, aprovado pela Portaria n° 854/87, de 5 de Novembro, o Conselho de Auditoria do Banco de Portugal recebeu o Relat6rio e Contas do mencionado Fundo, relativos ao exercfcio de 1993, que lhe foram presentes pela Comissao Directiva.

A assistencia financeira prestada pelo Fundo as Caixas de Credito Agricola Mutuo, traduzida em subsidios pagos, conheceu acentuada contrac~ao em 1993, tendo-se circunscrito, conforme se evidencia no Relat6rio em apre~o. a assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos em anos anteriores. Tal quebra da actividade tera sido devida a diversos condicionalismos, dos quais cabera salientar o atraso na nomea~ao e entrada em fun~6es da actual Comissao Directiva. Da ;;tnalise feita, nao se oferece formular qualquer reserva ou reparo a actividade desenvol-vida e constante dos elementos financeiros apresentados.

Assim sendo, este Conselho nada tem a objectar a aprova~ao do Relat6rio, das Contas e da proposta de aplica~ao do resultado de 1993.

Lisboa, 24 de Mar~o de 1994

0 CONSELHO DE AUDITORIA Carlos Fernando 0. C. Azevedo Rui Jose da Concei~ao Nunes

Jose Maria Pires Antonio Miranda

Referências

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