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Comissão do Contencioso Administrativo Tributário da OAB Seção São Paulo

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OAB São Paulo

Comissão do Contencioso Administrativo Tributário

Comissão do Contencioso Administrativo

Tributário da OAB Seção São Paulo

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OAB São Paulo

Comissão do Contencioso Administrativo Tributário

CARTILHA

CONTENCIOSO

ADMINISTRATIVO

TRIBUTÁRIO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

SEÇÃO DE SÃO PAULO MARCOS DA COSTA PRESIDENTE OAB-SP

COMISSÃO DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DA OAB SÃO PAULO

Presidente FLÁVIO GALVÃO

Editora da OAB-SP

EDIÇÃO

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OAB São Paulo

Comissão do Contencioso Administrativo Tributário

SUMÁRIO

Apresentação ... 04 Objetivos ... 06 Cartilha do Processo Administrativo Fiscal Federal... 07 Cartilha do Processo Administrativo Fiscal no

Estado de São Paulo... 14 Cartilha do Processo Administrativo Fiscal no

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Comissão do Contencioso Administrativo Tributário

APRESENTAÇÃO

Prezados C olegas,

A presente cartilha foi elaborada pelos membros da Comissão do Contencioso Administrativo Tributário, Dr. Paulo Rogério Sehn, na parte relativa as normas jurídicas aplicadas ao Processo Administrativo Fiscal Federal, e Dr. Rogerio Zanetta, no tocante as normas jurídicas aplicadas ao Processo Administrativo Fiscal Estadual e Municipal.

Ela trata do conjunto normativo vigente, inclusive regimentos internos. São abordados os prazos para oposição das impugnações e recursos aos órgãos administrativos de segunda instância, bem como a representação do sujeito passivo, inclusive, no meio digital e juntadas dos documentos de prova pelo meio físico e eletrônico, além da estrutura de julgamento do processo administrativo fiscal.

Certo é, que agradecemos a todos os membros participantes da Comissão do Contencioso Administrativo Tributário pelos debates durante as reuniões mensais, como também, e principalmente, ao Vice-Presidente, Fernando Facury Scaff, ao Secretário Geral, Jarbas Geraldo Barros Pastana e ao Secretário Adjunto, Alexandre Coutinho Silveira.

A OAB-SP, assim, contribui para a valorização da Advocacia nos Tribunais Administrativos Fiscais, sendo a presente Cartilha excelente instrumento de consulta sobre o direito de defesa do contribuinte perante os órgãos de julgamento.

São Paulo, 2 4 d e f e v e r e i r o d e 2 0 1 7 .

Marcos da Costa

Presidente da OAB-SP

Flávio Galvão

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DIRETORIA DA SECIONAL

Presidente

Marcos da Costa

Vice-Presidente

Fabio Romeu Canton Filho

Secretário-Geral

Caio Augusto Silva dos Santos

Secretário-Geral Adjunto

Gisele Fleury Charmillot Germano de Lemos

Tesoureiro

Ricardo Luiz de Toledo Santos Filho

Diretores

Fernando Calza de Salles Freire

(Ética e Disciplina)

Tallulah Kobayashi de A. Carvalho

(Relações Institucionais)

Martim de Almeida Sampaio

(Direitos Humanos)

Cid Vieira de Souza Filho

(Direitos e Prerrogativas Profissionais)

Katia Boulos

(Mulher Advogada)

Umberto Luiz Borges D’Urso

(Cultura e Eventos)

Conselheiros Federais

Aloísio Lacerda Medeiros Arnoldo Wald Filho

Guilherme Octávio Batochio Luiz Flávio Borges D’Urso

Márcia Regina Approbato Machado Melaré Carlos José Santos da Silva

Comissão do Contencioso Administrativo Tributário

Presidente

Flávio Alberto Gonçalves Galvão

DIRETORIA DA COMISSÃO

Presidente

Flávio Alberto Gonçalves Galvão

Vice-Presidente

Fernando Facury Scaff

Secretário-Geral

Jarbas Geraldo Barros Pastana

Secretário Adjunto

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Objetivos

A finalidade deste trabalho é apresentar as normas jurídicas atinentes ao Contencioso Administrativo Tributário, nas esferas Federal, Estadual e Municipal, correspondente a todo processo e procedimento de jurisdição administrativa contenciosa ou não contenciosa, corolário ao direito de defesa do contribuinte em face das autuações do fisco, por conta das obrigações tributárias.

Ou seja, a presente Cartilha torna mais evidente a toda comunidade jurídica a importância da aplicação de todos os princípios constitucionais e legais atinentes a ampla defesa e ao contraditório, com todos os meios de prova admitidos em direito, expondo didaticamente os prazos processuais e a estrutura de julgamento dos órgãos de jurisdição administrativa no âmbito das relações tributárias.

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E ste m a te rial é d e u so e xclusivo d a O A B S P , se n d o p ro ibid a a r e p ro d u çã o p a rcial o u t o ta l d o m e sm o .

CARTILHA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL FEDERAL

PRINCIPAIS NORMAS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL FEDERAL

Código Tributário Nacional, Lei n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999, Decreto n.º 70.235, de 6 de março de 1972, Decreto n.º 7.574, de 29 de setembro de 2011, Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Portaria MF n.º 343, de 9 de junho de 2015), Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil (Portaria MF n.º 203, de 14 de maio de 2012), Regimento Interno da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (Portaria MF n.º 257, de 23 de junho de 2009), Instrução Normativa RFB n.º 1.300/2012, Instrução Normativa RFB n.º 1464/2014 e Instrução Normativa RFB n.º 1565/2015.

1. PRAZOS

- impugnação: trinta dias (artigo 15 do Decreto n.º 70.235/1972)

- recurso voluntário: trinta dias (artigo 33 do Decreto n.º 70.235/1972)

- recurso especial: quinze dias

(artigo 37, § 2º, do Decreto n.º 70.235/1972 e artigo 68 do RICARF) - contrarrazões ao recurso especial: quinze dias (artigo 69 do RICARF)

- agravo de despacho denegatório de seguimento de recurso especial: cinco dias (artigo 71, §1° do RICARF)

- embargos de declaração: cinco dias (artigo 65 do RICARF)

- sustentação oral no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais: quinze minutos, tempo este prorrogável por mais quinze minutos a critério do Presidente da Câmara. Em casos de pluralidade de sujeitos passivos, o tempo de sustentação oral será de trinta minutos divididos entre eles.

(artigo 58, inciso II e § 11, do RICARF)

Os prazos serão contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia de início, incluindo-se, o de vencimento e só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.

(artigo 5° do Decreto n.º 70.235/1972)

2. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ELETRÔNICO

O processo administrativo tributário eletrônico da Receita Federal do Brasil, denominado e-Processo, é a ferramenta eletrônica que possibilita a formalização, a prática de atos processuais, a tramitação e o gerenciamento de processos, documentos e procedimentos administrativos em meio digital, acessado por meio do Centro Eletrônico de Atendimento ao Contribuinte (eCAC).

A entrega de documentos em formato digital é obrigatória para todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado.

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E ste m a te rial é d e u so e xclusivo d a O A B S P , se n d o p ro ibid a a r e p ro d u çã o p a rcial o u t o ta l d o m e sm o .

Endereço de acesso: https://cav.receita.fazenda.gov.br/eCAC/publico/login.aspx

3. REPRESENTAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO

O sujeito passivo credenciado no eCAC e optante do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) poderá utilizar funcionalidade própria do sistema para outorgar procuração eletrônica ao seu representante, conferindo-lhe poderes para a prática de atos no processo eletrônico. Se o representante já for credenciado no eCAC, estará apto a atuar no processo eletrônico pela simples outorga da procuração eletrônica.

Se o representante ainda não for credenciado no eCAC, deverá providenciar o seu credenciamento para que possa exercer a representação no processo eletrônico.

Enquanto o sujeito passivo não se credenciar no eCAC ou não for optante do DTE, poderá solicitar procuração eletrônica à Secretaria da Receita Federal do Brasil por meio

do preenchimento de formulário próprio (disponível em:

http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATSDR/procuracoesrfb/controlador/controle Principal.asp?acao=telaInicial), a ser assinado e entregue, mediante agendamento, no Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC) de jurisdição do sujeito passivo.

(artigo 3°, parágrafo único da IN RFB n.º 1.412/2013)

4. COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

4.1. Serão feitas por meio da Caixa Postal do contribuinte no portal eCAC, para aqueles optantes pelo Domicílio Tributário Eletrônico, pessoalmente ou por via postal, para os contribuintes não optantes pelo Domicílio Tributário Eletrônico.

(artigo 23, incisos I a III, do Decreto n.º 70.235/1972)

4.2. Para os credenciados no sistema eCAC, a intimação considerar-se-á realizada no dia em que o intimando efetuar a consulta eletrônica de seu teor na Caixa Postal ou quinze dias após a sua entrega, caso não seja realizada a consulta, certificando-se nos autos a sua realização.

(artigo 23, § 2º, inciso III, do Decreto n.º 70.235/1972)

5. JUNTADA DE DOCUMENTOS POR MEIO ELETRÔNICO

A entrega de documentos digitais na forma prevista será efetivada por solicitação de juntada a processo digital ou a dossiê digital de atendimento (DDA), por intermédio da utilização do Programa Gerador de Solicitação de Juntada de Documentos (PGS) ou mediante atendimento presencial nas unidades de atendimento da RFB (apenas para pessoas físicas e pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES ou, excepcionalmente, no caso de indisponibilidade comprovada do eCAC ou do PGS).

(artigo 2º da IN RFB n.º 1.412/2013)

6. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO 6.1. Impugnação

A apresentação da Impugnação instaura a fase litigiosa da ação fiscal, e não se confunde com o inicio do procedimento de fiscalização.

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E ste m a te rial é d e u so e xclusivo d a O A B S P , se n d o p ro ibid a a r e p ro d u çã o p a rcial o u t o ta l d o m e sm o . 6.1.1. Requisitos da Impugnação:

a) a autoridade julgadora a quem é dirigida; b) a qualificação do impugnante;

c) os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir;

d) as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito;

e) se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial, devendo ser juntada cópia da petição.

(artigo 16, do Decreto nº 70.235/72)

6.2. Decisão de Primeira Instância Administrativa:

O julgamento da Impugnação é de competência das Delegacias da Receita Federal de Julgamento - DRJs, em decisão que deverá conter o relatório resumido do processo, fundamentos legais, conclusão e ordem de intimação, devendo referir-se, expressamente, a todos os autos de infração e notificações de lançamento objeto do processo, bem como às razões de defesa suscitadas pelo impugnante contra todas as exigências. Na decisão em que for julgada questão preliminar será também julgado o mérito, salvo se incompatíveis, devendo constar o indeferimento de pedido de diligencia ou de perícia, se for o caso.

(artigo 27 e seguintes, do Decreto nº 70.235/72)

6.3. Recurso de Ofício:

A autoridade de Primeira Instância (Presidente de Turma da DRJ) recorrerá de ofício sempre que a decisão:

a) exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor total (lançamento principal e decorrentes) superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); b) deixar de aplicar pena de perda de mercadorias ou outros bens cominada a infração denunciada na formalização da exigência.

Será interposto mediante declaração na própria decisão. (artigo 34, do Decreto n.º 70.235/72 e artigo 1º, da Portaria MF n.º 3/2008)

6.4. Recurso Voluntário:

O julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, far-se-á conforme dispuser o Regimento Interno. A PFGN, a partir da edição da Portaria MF nº 314/1999, não mais está obrigada ao oferecimento de contrarrazões por ocasião do oferecimento de recurso voluntário pelos contribuintes.

(artigos 33 e 37, do Decreto nº 70.235/72)

6.5. Embargos de Declaração:

Cabem Embargos de Declaração dirigido ao presidente da Turma, no prazo de 5 (cinco) dias, quando o acórdão contiver obscuridade, omissão ou contradição entre a decisão e os seus fundamentos, ou for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se a Turma. Poderão ser interpostos por conselheiro do próprio colegiado, pelo contribuinte, responsável ou preposto, pelo Procurador da Fazenda Nacional, pelos Delegados de Julgamento, no caso de nulidade de suas decisões e pelo titular da unidade da administração tributária encarregada da liquidação e execução do acordão.

(artigo 65 do RICARF)

Nas hipóteses em que os embargos de declaração contenham alegações sobre inexatidões materiais relativas a lapsos manifestos, erros de escrita ou de cálculo

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existentes na decisão, serão recebidos como embargos inominados, para que um novo acórdão seja prolatado.

(artigo 66 do RICARF)

6.6. Recurso Especial:

Compete à CSRF, por suas turmas, julgar recurso especial interposto contra decisão que der à legislação tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria CSRF.

(artigo 67 e seguintes do RICARF)

6.6.1. Requisitos:

a) a petição será dirigida ao presidente da Câmara à qual esteja vinculada a turma que houve prolatado a decisão recorrida;

b) demonstrar a matéria prequestionada, com precisa indicação, nas peças processuais; c) demonstrar a divergência arguida indicando até duas decisões divergentes por matéria; d) instruir o recurso com a cópia do inteiro teor dos acórdãos indicados como paradigmas ou com cópia da publicação em que tenha sido divulgado ou, ainda, com a apresentação de cópia de publicação de até 2 (duas) ementas;

d) realizar o “cotejo analítico”. (artigo 67 e seguintes do RICARF)

6.7. Agravo:

Cabe agravo do despacho que negar seguimento, total ou parcial, ao recurso especial, em petição dirigida ao Presidente da Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de cinco dias contado da ciência do despacho que lhe negou seguimento.

(artigo 71 do RICARF)

6.7.1. Cabimento:

O agravo não é cabível nos casos em que a negativa de seguimento tenha decorrido de: a) inobservância de prazo para a interposição do recurso especial;

b) falta de juntada do inteiro teor do acórdão ou cópia da publicação da ementa que comprove a divergência, ou da transcrição integral da ementa no corpo do recurso;

c) utilização de acórdão da própria Câmara do Conselho de Contribuintes, de Turma de Câmaras e de Turma Especial do CARF que apreciou o recurso;

d) utilização de acórdão que já tenha sido reformado;

e) falta de pré-questionamento da matéria, no caso de recurso interposto pelo sujeito passivo;

f) observância, pelo acórdão recorrido, de súmula de jurisprudência dos Conselhos de Contribuintes, da Câmara Superior de Recursos Fiscais ou do CARF, bem como das decisões que contrariarem (i) Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 103-A da Constituição Federal; (ii) decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso repetitivo ou representativo de controvérsia e (iii) Súmula ou Resolução do Pleno do CARF; salvo nos casos em que o recurso especial verse sobre a não aplicação, ao caso concreto, dos enunciados ou dessas decisões.

Será definitivo o despacho do Presidente da CSRF que negar ou der seguimento ao recurso especial, não sendo cabível pedido de reconsideração ou qualquer outro recurso. (artigo 71 do RICARF)

7. ESTRUTURA DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO a) Pleno da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais;

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b) Três Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais;

c) Doze Câmaras de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, divididas entre três seções de julgamento especializadas por matéria e subdivididas em turmas;

d) Delegacias da Receita Federal de Julgamento (DRJs).

8. MANDATO DOS CONSELHEIROS DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

O mandato dos Conselheiros é de 2 (dois) anos, com a possibilidade de recondução, desde que o tempo total de exercício nos mandatos não exceda ou venha exceder seis anos.

(artigo 40 do RICARF)

9. SESSÕES DE JULGAMENTO NO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

9.1. Quórum Mínimo:

Turmas ordinárias e especiais: maioria simples, cabendo ao Presidente, além do voto ordinário, o de qualidade.

9.2. Procedimento:

As turmas ordinárias e especiais realizarão até 12 (doze) reuniões ordinárias por ano. Cada reunião compõe-se de até 10 (dez) sessões. Os recursos serão julgados na ordem da pauta, salvo se deferido pelo Presidente da Turma pedido de preferência apresentado pelo recorrente ou pelo Procurador da Fazenda Nacional. A ementa, relatório e voto deverão ser apresentados, previamente ao início da reunião de julgamento, em meio eletrônico. A sessão de julgamento não presencial, prevista no § 1°, artigo 53, do RICARF, ainda não está implementada.

(artigos 52 e 53 do RICARF)

9.3. Adiamento:

O presidente da turma poderá, de ofício, a pedido do relator ou por solicitação das partes, por motivo justificado, determinar o adiamento do julgamento ou a retirada do recurso de pauta, desde que, no caso de pedido de retirada de pauta pelas partes: a) o pedido seja protocolizado em até cinco dias do início da reunião em que a sessão se realizará, salvo nas hipóteses de caso fortuito e força maior; e b) não tenha sido anteriormente deferido pedido de retirada de pauta, pela mesma parte.

Adiado o julgamento, o processo será incluído na pauta da sessão designada ou da primeira a que o relator comparecer na mesma reunião, independentemente de nova publicação, ou, ainda, na pauta da reunião seguinte, hipótese em que se fará nova publicação.

(artigo 56 do RICARF)

10. SÚMULAS

As decisões reiteradas e uniformes do CARF serão consubstanciadas em súmula de observância obrigatória por seus membros. A proposta de súmula será de iniciativa de conselheiro do CARF, do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, do Secretário da Receita Federal do Brasil, de Presidente de confederação representativa de categoria

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econômica de nível nacional habilitada à indicação de conselheiros ou de Presidente de central sindical, neste caso limitado às matérias relativas às contribuições previdenciárias, direcionada ao Presidente do CARF, que indicará o enunciado. Consulte a relação de súmulas no site do CARF – http://carf.fazenda.gov.br.

(artigo 72 e seguintes do RICARF)

11. RESOLUÇÕES DO PLENO

Serão editadas Resoluções do Pleno da CSRF com vista à uniformização de decisões divergentes das Turmas da CSRF, que deverão ser aprovadas por maioria absoluta dos Conselheiros. Os processos que tratarem de matéria objeto de proposição de uniformização de decisões divergentes da CSRF, enquanto não decidida pelo Pleno, não serão incluídos em pauta.

(artigos 76 e 77 do RICARF)

12. NULIDADES

São nulos os atos e termos lavrados por pessoa incompetente, e; os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do direito de defesa. Outras irregularidades, incorreções e omissões não importarão em nulidade e serão sanadas quando resultarem em prejuízo para o sujeito passivo, salvo se este lhes houver dado causa, ou quando não influírem na solução do litígio.

(artigos 59 e 60 do Decreto n.º 70.235/72)

13. PROVAS

O impugnante deverá mencionar na Impugnação as diligências ou perícias que pretenda que sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito. A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; refira-se a fato ou a direito superveniente, ou; destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos, hipótese em que a juntada deverá ser requerida à autoridade julgadora, mediante petição fundamentada.

(artigo 16, §§ 4º e 5º do Decreto n.º 70.235/72)

14. DEPÓSITO ADMINISTRATIVO

Poderá ser realizado pelo autuado em qualquer fase do processo administrativo para cessar, no todo ou em parte, a fluência de acréscimos legais no processo administrativo fiscal.

(artigo 1º da IN DPRF n.º 118/1991)

15. PROCESSO DE CONSULTA

O sujeito passivo, os órgãos da administração pública e as entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais, poderão formular, por escrito ou por meio

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eletrônico, no domicílio tributário do consulente, consulta sobre dispositivos da legislação tributária endereçada à autoridade competente da Coordenação-Geral de Tributação - Cosit. A consulta não suspende o prazo para recolhimento de tributo retido na fonte ou autolançado, antes ou depois de sua apresentação, nem para entrega de declaração de rendimentos ou cumprimento de outras obrigações acessórias.

As consultas serão solucionados em instância única. Havendo diferença de conclusões entre soluções de consultas relativas a uma mesma matéria, fundada em idêntica norma jurídica, cabe Recurso Especial por parte do destinatário da solução divergente, sem efeito suspensivo, no prazo de trinta dias, para a COSIT. O sujeito passivo que tiver conhecimento de solução divergente daquela que esteja observando em decorrência de resposta a consulta anteriormente formulada, sobre idêntica matéria, também poderá interpor Recurso Especial, no prazo de trinta dias contados da respectiva publicação. (IN RFB n.º 1.396/2013 e artigos 88 ao 102 do Decreto n.º 7.574/2011)

15.1. Requisitos:

a) identificação do consulente:

a.1) no caso de pessoa jurídica ou equiparada: nome, endereço, telefone, endereço eletrônico, cópia do ato constitutivo e sua última alteração, autenticada ou acompanhada do original, número de inscrição no CNPJ ou no Cadastro Específico do INSS - CEI e ramo de atividade;

a.2) no caso de pessoa física: nome, endereço, telefone, endereço eletrônico, atividade profissional e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF;

a.3) identificação do representante legal ou procurador, mediante cópia de documento que contenha foto e assinatura, autenticada em cartório ou por servidor da RFB à vista da via original, acompanhada da respectiva procuração;

a.4) no caso de órgão da administração pública, além da documentação de identificação do representante legal, cópia do ato de sua nomeação ou de delegação de competência, quando não conste como responsável pelo órgão público perante o CNPJ;

b) na consulta apresentada pelo sujeito passivo, declaração de que:

b.1) não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou já instaurado para apurar fatos que se relacionem com a matéria objeto da consulta;

b.2) não está intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;

b.3) o fato nela exposto não foi objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em consulta ou litígio em que foi parte o consulente;

c) circunscrever-se a fato determinado, conter descrição detalhada de seu objeto e indicação das informações necessárias à elucidação da matéria;

d) indicação dos dispositivos da legislação tributária e aduaneira que ensejaram a apresentação da consulta, bem como dos fatos a que será aplicada a interpretação solicitada.

(artigo 3º da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013 e artigo 91 do Decreto nº 7.574/2011)

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a) se formulada antes do prazo legal para recolhimento de tributo, impede a aplicação de multa de mora e de juros de mora, relativamente à matéria consultada, a partir da data de sua protocolização até o trigésimo dia seguinte ao da ciência, pelo consulente, da Solução de Consulta;

b) quando a solução da consulta implicar pagamento, este deverá ser efetuado até o trigésimo dia seguinte ao da ciência, ou no prazo normal de recolhimento do tributo, o que for mais favorável ao consulente;

c) os efeitos da consulta que se reportar a situação não ocorrida somente se aperfeiçoarão se o fato concretizado for aquele sobre o qual versara a consulta previamente formulada;

d) os efeitos da consulta formulada pela matriz da pessoa jurídica serão estendidos aos demais estabelecimentos;

e) ressalvado o caso de não suspensão do prazo para recolhimento de tributo retido na fonte ou autolançado, nenhum procedimento fiscal será instaurado contra o sujeito passivo relativamente à espécie consultada, a partir da apresentação da consulta até o trigésimo dia subsequente à data da ciência da solução da consulta.

(artigos. 10 a 17 e artigo 30 da Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013 e artigos 95 a 99 do Decreto nº 7.574/2011)

16. PRINCIPAIS NORMAS QUE TRATAM DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Lei Complementar Estadual 939/03, Lei Estadual n° 13.457/2009, Decreto Estadual n° 54.486/2009, Regimento Interno do Tribunal de Impostos e Taxas, referendado pela Portaria CAT nº 141/2009, Lei Estadual n° 16.125/2016, Resolução SF-20/2011, Portaria CAT n° 198/2010 e Portaria CAT 115/04.

17. PRAZOS

- impugnação: trinta dias

(artigo 35 da Lei n° 13.457/2009 e artigo 100 do Decreto n° 54.486/2009) - recurso voluntário: trinta dias

(artigo 40, §1°, da Lei nº 13.457/2009 e artigo 105, §1°, do Decreto nº 54.486/2009) - recurso ordinário: trinta dias

(artigo 47,§1°, da Lei nº 13.457/2009 e artigo 112, §1°, do Decreto nº 54.486/2009) - contrarrazões ao recurso de ofício: trinta dias

(artigo 46, §2°, da Lei n° 13.457/2009 e artigo 104, §2°, do Decreto n° 54.486/2009) - recurso especial: trinta dias

(artigo 43 da Lei n° 13.457/2009 e artigo 108 do Decreto n° 54.486/2009) - contrarrazões ao recurso especial: trinta dias

(artigo 49, §5°, da Lei n° 13.457/2009 e artigo 114, §8°, do Decreto n° 54.486/2009) - pedido de retificação de julgado: trinta dias

(artigo 14, §1°, da Lei n° 13.457/2009 e artigo 79, §1°, do Decreto n° 54.486/2009) - resposta ao pedido de reforma de julgado administrativo: trinta dias

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- sustentação oral no Tribunal de Impostos e Taxas: quinze minutos, tempo este prorrogável por mais cinco minutos a critério do Presidente da Câmara

(artigo 1° e parágrafo único da Lei n° 16.125/2006) - demais atos: cinco dias

(artigo 5°, parágrafo único, da Lei n°13.457/2009 e artigo 69, parágrafo único, do Decreto n° 54.486/2009)

Os prazos serão contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia de início, incluindo-se, o de vencimento e fluem a partir do primeiro dia útil da intimação. Sempre que o vencimento ocorrer em dia em que não houver expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato, os prazos serão prorrogados até o primeiro dia útil subsequente. (artigo 6° da Lei n° 13.457/2009 e artigo 70 do Decreto n° 54.486/2009)

18. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO ELETRÔNICO

O processo administrativo tributário eletrônico da Secretaria da Fazenda, denominado ePAT, será utilizado como meio eletrônico na lavratura do auto de infração, na tramitação dos processos administrativos tributários, para a prática e comunicação de atos e para a transmissão de peças processuais.

Podem se cadastrar no sistema ePAT: a) o sujeito passivo, b) o representante habilitado, c) os juízes do Tribunal de Impostos e Taxas, e d) todo aquele que obrigatoriamente tenha que intervir no processo eletrônico.

(artigos 1° e 3° da Portaria n° 198/2010) endereço de acesso:

https://www.fazenda.sp.gov.br/ePAT/portal/

19. REPRESENTAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO

O sujeito passivo credenciado no ePAT poderá utilizar funcionalidade própria do sistema para outorgar procuração eletrônica ao seu representante, conferindo-lhe poderes para a prática de atos no processo eletrônico.

Se o representante já for credenciado no ePAT, estará apto a atuar no processo eletrônico pela simples outorga da procuração.

Se o representante ainda não for credenciado no ePAT, deverá providenciar o seu credenciamento para que possa exercer a representação no processo eletrônico.

Enquanto o sujeito passivo não se credenciar no ePAT, poderá outorgar poderes ao seu representante para representá-lo no processo eletrônico, mediante instrumento de procuração impresso, no qual deverá constar, obrigatoriamente, o número do CPF do outorgado. Nesta hipótese, quando da prática do primeiro ato processual como representante do sujeito passivo, o outorgado deverá apresentar o instrumento de procuração à repartição competente da Secretaria da Fazenda para que seja digitalizado e inserido no sistema ePAT. (artigo 24 da Portaria CAT 198/2010)

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20.1. a notificação do contribuinte da lavratura do Auto de Infração e Imposição de Multa será via DEC (domicílio eletrônico do contribuinte) e os demais intimações serão feitas por meio de intimação no Diário Eletrônico da Secretaria da Fazenda, de modo que a publicação será considerada no primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário Eletrônico.

(artigos 1° a 5° da Resolução SF-20/2011 e artigo 29 da Portaria CAT n° 198/2010)

Endereço de acesso: https://www.fazenda.sp.gov.br/DiarioEletronico/ConsultaPublica.aspx

20.2. Para os credenciados no sistema ePAT, a intimação considerar-se-á realizada no dia em que o intimando efetuar a consulta eletrônica de seu teor no ePAT, certificando-se nos autos a sua realização.

(artigo 30 da Portaria CAT n° 198/2010)

A intimação será considerada realizada no primeiro dia útil seguinte ao da consulta eletrônica, quando esta se realizar em dia não útil.

(artigo 30, §1°, da Portaria CAT n° 198/2010)

Nesta hipótese, a consulta à intimação do processo deverá ser feita em até dez dias corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo.

(artigo 30, §2°, da Portaria CAT n° 198/2010)

20.3. A Administração Pública, valendo-se de critérios de oportunidade e conveniência, poderá também implementar as intimações de modo pessoal mediante ciência do interessado ou de seu representante habilitado, ou por intermédio de carta registrada, com aviso de recebimento, expedida para o endereço indicado pelo interessado.

(artigo 9° da Lei n° 13.457/2009 e artigo 73 do Decreto n° 54.486/2009)

20.4. Em se tratando de pessoa física ou firma individual sem advogado constituído nos autos, as intimações permanecerão sendo realizadas mediante ciência do interessado ou por carta registrada com aviso de recebimento, enquanto não ocorrer sua adesão ao processo eletrônico

(artigo 9º, § 3º da Lei nº 13.457/09)

21. PETICIONAMENTO POR MEIO ELETRÔNICO

O ePAT funciona ininterruptamente e a apresentação e a juntada de documentos e peças eletrônicas serão feitas pelas partes, sem a intervenção de órgãos da Secretaria da Fazenda. Serão consideradas tempestivas as petições recebidas no ePAT até às vinte e quatro horas do último dia do prazo legal para apresentá-las, observado o horário do Estado de São Paulo.

21.1. Requisitos para o Peticionamento em Meio Eletrônico:

a) obedecer às prescrições contidas na Lei nº 13.457/2009 e do Decreto nº 54.486/2009; b) inserir no processo documentos e peças:

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2. em arquivos distintos de, no máximo, 10 MB (dez megabytes) cada, que serão gerados, assinados

eletronicamente e transmitidos por meio de aplicativo disponibilizado pela Secretaria da Fazenda;

3. na sequência em que deverão constar no processo;

4. em arquivos livres de vírus ou de ameaças que possam comprometer a confidencialidade, disponibilidade e integridade do ePAT.

(artigos 14 e 15 da Portaria CAT n° 198/2010)

21.2. Digitalização Inviável:

Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável devido ao grande volume ou por motivo de ilegibilidade deverão ser apresentados ao órgão da Secretaria da Fazenda competente no prazo de dez dias contados do envio da petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à parte após decisão irrecorrível.

(artigo 23 da Portaria CAT nº 198/2010)

22. PETICIONAMENTO POR MEIO FÍSICO

Se o sujeito passivo e seu representante habilitado não se credenciarem no ePAT, a prática de atos processuais deverá ser efetuada mediante protocolo dos originais das peças processuais, provas e documentos em papel, juntamente com cópia de cada um deles, na unidade de atendimento ao público externo competente da Secretaria da Fazenda, a fim de serem digitalizados e inseridos no ePAT.

22.1. Requisitos para o Peticionamento em Meio Físico:

a) obedecer às prescrições contidas na Lei nº 13.457/2009 e do Decreto nº 54.486/2009; b) conter folha de rosto consignando obrigatoriamente o número do auto de infração, o nome do sujeito passivo e o nome da peça;

c) ser impressas usando caracteres pretos, em fonte de tamanho não superior a 18 e não inferior a 12, sobre folhas brancas, em tamanho A4 (210mm x 297mm), com gramatura de 75 a 90 gramas por metro quadrado, sem grampos, relevos ou qualquer tipo de encadernação, numeradas sequencialmente no canto superior direito.

d) as peças, provas e documentos que contenham informação no verso da folha deverão ser apresentados em apartado, com a identificação “verso”.

Os documentos e peças recebidos em papel serão digitalizados por servidor da Secretaria da Fazenda, de modo que os documentos originais poderão ser devolvidos e as cópias destruídas.

Os originais dos documentos digitalizados deverão ser preservados pelo seu detentor até a data em que for proferida decisão irrecorrível, podendo ser requerida a sua apresentação pelos órgãos de julgamento, a qualquer tempo.

(artigos 21 e 22 da Portaria CAT n° 198/2010)

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E ste m a te rial é d e u so e xclusivo d a O A B S P , se n d o p ro ibid a a r e p ro d u çã o p a rcial o u t o ta l d o m e sm o . 23.1. Impugnação

O processo de inicia com a apresentação de impugnação em face do auto de infração e imposição de multa no prazo de trinta dias.

(artigo 33 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 98 do Decreto nº 54.486/2009) 23.1.1. Requisitos da Impugnação:

a) a autoridade a quem é dirigida,

b) a qualificação do autuado e a identificação do signatário, c) as razões de fato e de direito sobre as quais se fundamenta.

d) os documentos, demonstrativos e demais elementos materiais destinados a comprovar as alegações feitas, inclusive laudos e pareceres técnicos que o autuado entender necessários para o pleno esclarecimento da matéria controvertida.

(artigo 36 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 101 do Decreto nº 54.486/2009)

23.2. Manifestação à Impugnação:

Com a apresentação da impugnação, o órgão atuante poderá apresentar manifestação no prazo de trinta dias, e posteriormente os autos serão encaminhados para julgamento. (artigo 36 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 101 do Decreto nº 54.486/2009)

23.3. Decisão de Primeira Instância Administrativa: Será proferida pelo Delegado Tributário de Julgamento.

(artigo 38 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 103 do Decreto nº 54.486/2009) 23.4. Recurso de Ofício:

Poderá ser interposto pelos Julgadores Tributários e pelos Agentes Fiscais de Rendas em face das decisões do Delegado Tributário de Julgamento, cujo Parecer poderá ser elaborado pela Representação Fiscal no prazo de sessenta dias. O julgamento poderá ocorrer no âmbito da Delegacia Tributária de Julgamento quando o valor do auto de infração envolver até 5.000 UFESPS ou do Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo quando o valor do auto de infração superar 5.000 UFESPS.

(artigos 39, 40, 41, 42, inciso I, 46 e 48 da Lei nº 13.457/2009 e artigos 5º, inciso I, 6º, inciso V, 14, inciso III, 104, 106, 107, inciso I, 111 e 113 do Decreto nº 54.486/2009) 23.5. Recurso Voluntário:

Poderá ser interposto pelo autuado ao Delegado Regional Tributário no prazo de trinta dias em face da Decisão da Delegacia Tributária de Julgamento, cujo o débito for superior a 5.000 UFESPs, e deverá conter o nome e qualificação do recorrente, a identificação do processo, e o pedido de nova decisão, com os respectivos fundamentos de fato e de direito.

(artigo 40, §1º, do da Lei nº 13.457/2009 e artigo 105, §1º, do Decreto nº 54.486/2009) 23.6. Recurso Ordinário:

Poderá ser interposto pelo autuado no prazo de trinta dias em face da decisão da Delegacia Tributária de Julgamento, para julgamento pelo Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo, e deverá conter o nome e qualificação do recorrente, a identificação do

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processo, e o pedido de nova decisão, com os respectivos fundamentos de fato e de direito. Sua admissibilidade ficará a cargo do Delegado Tributário de Julgamento.

(artigo 47 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 112 do Decreto nº 54.486/2009) 23.7. Recurso Especial:

Poderá ser interposto pelo autuado ou pela Fazenda Pública no prazo de trinta dias em face do acórdão das Câmaras Julgadoras do Tribunal de Impostos e Taxas, fundado em dissídio entre a interpretação da legislação adotada pelo acórdão recorrido e a adotada por outro acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do Tribunal de Impostos e Taxas, para julgamento pela Câmara Superior.

23.7.1. Requisitos do Recurso Especial:

a) deverá ser dirigido ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas,

b) deverá ser interposto por petição contendo o nome e a qualificação do recorrente, a identificação do processo, o pedido de nova decisão e os respectivos fundamentos, c) deverá conter a indicação da decisão paradigmática, a demonstração da precisa divergência,

d) deverá ser instruído com as cópias integrais das decisões indicadas, por divergência demonstrada.

23.7.2. Interposição por Ambas as Partes:

Na hipótese de ambas as partes terem condições de recorrer, será deferido primeiramente o prazo de sessenta dias para a Fazenda Pública interpor recurso especial, e posteriormente o autuado será intimado para apresentar recurso especial e contrarrazões no prazo de trinta dias. Posteriormente, o processo retornará para a Fazenda Pública para apresentação de contrarrazões no prazo de sessenta dias.

23.7.3. Procedimento:

O juízo de admissibilidade do recurso especial caberá ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, cuja decisão é irrecorrível, e ato conseguinte o processo será encaminhado para contrarrazões. Com ou sem a apresentação de contrarrazões, o processo será distribuído a juiz designado relator, que terá o prazo de trinta dias para encaminhá-lo para decisão da Câmara Superior.

(artigo 49 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 114 do Decreto nº 54.486/2009) 23.8. Pedido de Retificação de Julgado:

Poderá ser interposto pelo autuado ou pela Fazenda Pública no prazo de trinta dias em face de decisão de qualquer instância administrativa que contiver erro de fato.

23.8.1. Requisitos do Pedido de Retificação de Julgado: a) deverá conter a demonstração precisa do erro de fato apontado,

b) não implicará a suspensão ou interrupção do prazo para a interposição dos demais recursos.

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O juízo de admissibilidade do pedido de retificação de julgado caberá ao Delegado Tributário de Julgamento ou ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, que, caso admita o pedido, determinará o seu processamento e distribuirá à respectiva Delegacia ou Câmara que proferiu a decisão retificanda, ainda que em outra composição ou outro mandato, designando-se relator aquele que proferiu o voto condutor. Caso o juiz que proferiu o voto condutor de decisão retificanda não mais integre a Câmara, o processo será distribuído aleatoriamente a um de seus membros.

(artigo 15 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 79 do Decreto nº 54.486/2009). 23.9. Pedido de Reforma de Julgado:

Poderá ser interposto pedido de reforma de julgado pela Fazenda Pública no prazo de sessenta dias em face de decisão que não caiba mais recurso, nas hipóteses em que a decisão reformanda (a) afastar a aplicação de lei por inconstitucionalidade e (b) adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais judiciários.

23.9.1. Procedimento:

O juízo de admissibilidade do pedido de reforma de julgado caberá ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, que, caso admita o pedido, encaminhará o processo para intimação do autuado para que se manifeste no prazo de trinta dias. Com ou sem a apresentação de contrarrazões, o processo será distribuído a juiz designado relator, que terá o prazo de trinta dias para encaminhá-lo para decisão da Câmara Superior.

(artigos 50 e 51 da Lei nº 13.457/2009 e artigos 115 e 116 do Decreto nº 54.486/2009)

24. ESTRUTURA DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO a) Presidência do Tribunal de Impostos e Taxas,

b) Vice-Presidência do Tribunal de Impostos e Taxas, c) Secretaria do Tribunal de Impostos e Taxas,

d) Câmara Superior do Tribunal de Impostos e Taxas com dezesseis juízes, sendo oito juízes servidores públicos e oito juízes representantes dos contribuintes,

e) doze Câmaras Julgadoras do Tribunal de Impostos e Taxas com quatro juízes cada, sendo dois juízes servidores públicos e dois juízes representantes dos contribuintes, (pode ser até 20 câmaras julgadoras segundo critério de conveniência e oportunidade) (art. 35 § único do Decreto 3554.486/09)

f) três Delegacias Tributárias de Julgamento (São Paulo/DTJ 1, Campinas/DTJ 2 e Bauru/DTJ 3).

25. MANDATO DOS JUÍZES DO TRIBUNAL DE IMPOSTOS E TAXAS

O mandato dos juízes é de dois anos, com início em 1º de janeiro e término em 31 de dezembro dos anos correspondentes ao início e término do período da nomeação.

(artigo 63 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 40 do Decreto nº 54.486/2009)

26. SESSÕES DE JULGAMENTO NO TRIBUNAL DE IMPOSTOS E TAXAS 26.1. Quórum Mínimo:

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b) Câmara Julgadora: 3 (três) juízes. 26.2. Procedimento:

Havendo protesto por sustentação oral, é direito do contribuinte tomar ciência da inclusão em pauta do processo com, no mínimo, cinco dias de antecedências da data da realização de sustentação oral.

O julgamento de cada processo inicia-se com a exposição, pelo juiz relator, do relatório e do voto, seguindo-se os debates e a votação. As decisões de Câmara serão tomadas por maioria, sendo computados apenas os votos dos juízes presentes à sessão, que deverão ser proferidos por escrito em sequência ao voto do juiz relator, votando por último o juiz que presidir o julgamento, cujo voto de qualidade prevalecerá em caso de empate. Na sessão de julgamento, qualquer juiz ou a Representação Fiscal poderá solicitar vista dos autos, uma única vez, pelo prazo máximo de quinze dias.

(artigos 44, parágrafo único, 61 e 62 da Lei nº 13.457/2009 e artigos 37, 38 e 109, §1°, do Decreto nº 54.486/2009)

27. SUSTENTAÇÃO ORAL

Poderá ser realizada perante o Tribunal de Impostos e Taxas, por quinze minutos, prorrogáveis por mais cinco minutos a critério do Presidente da Câmara competente desde que tenha sido protestado, por escrito, no prazo para interposição de recurso ou contrarrazões.

(artigo 1° e parágrafo único da Lei n° 16.125/2016, artigo 44º da Lei nº 13.457/2009 e artigo 109 do Decreto nº 54.486/2009)

28. SÚMULAS

Por proposta do Diretor da Representação Fiscal ou do Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, acolhida pela Câmara Superior, em deliberação tomada por votos de, pelo menos, três quartos do número total de juízes que a integram, a jurisprudência firmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas será objeto de súmula, que terá caráter vinculante no âmbito dos órgãos de julgamento das Delegacias Tributárias de Julgamento e do Tribunal de Impostos e Taxas. A súmula poderá ser revista ou cancelada se contrariar a jurisprudência firmada nos Tribunais do Poder Judiciário.

(artigo 52 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 117 do Decreto nº 54.486/2009)

29. SESSÃO MONOTEMÁTICA

São sessões específicas designadas pelo Presidente do Tribunal para julgamento de casos que contêm a mesma discussão, sendo que o seu resultado não vincula os demais juízes das Câmaras Julgadoras ou da Câmara Superior. Não possui previsão regimental.

30. NULIDADES

As incorreções e omissões do auto de infração não acarretarão a sua nulidade, quando nele constarem elementos suficientes para se determinar com segurança a natureza da infração e a pessoa do infrator.

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Os erros de fato e os de capitulação da infração poderão ser corrigidos de ofício ou por requerimento pelo órgão de julgamento, não sendo causa de decretação de nulidade, de modo que, quando a infração resultar penalidade de valor equivalente ou menos gravoso, será ressalvada ao interessado a possibilidade de efetuar o pagamento do débito fiscal no prazo de trinta dias com desconto igual ao que poderia ter usufruído no decurso do prazo previsto para a apresentação da defesa.

O órgão de julgamento mandará suprir as irregularidades existentes no auto de infração, quando não puder efetuar a correção de ofício, sendo que as irregularidades que tiverem causado prejuízo à defesa somente acarretarão a nulidade dos atos que não puderes ser supridos ou retificados. Sanada a irregularidade que ensejou prejuízo à defesa, será devolvido ao autuado o prazo de trinta dias para pagamento do débito fiscal com o desconto previsto à época da lavratura do auto de infração, ou para apresentação da defesa, relativamente aos itens retificados.

(artigos 11, 13 e 14 da Lei nº 13.457/2009 e artigos 75, 77 e 78 do Decreto nº 54.486/2009)

31. PROVAS

São hábeis para provar a verdade dos fatos controvertidos todos os meios moralmente legítimos e obtidos de forma lícita, de modo que as provas deverão ser apresentadas juntamente com o auto de infração e com a defesa, salvo por motivo de força maior ou ocorrência de fato superveniente. Essas situações deverão ser cabalmente demonstradas, hipótese em que será ouvida a parte contrária.

(arts. 18 e 19 da Lei nº 13.457/2009 e arts. 82 e 83 do Decreto nº 54.486/2009)

32. DEPÓSITO ADMINISTRATIVO

Poderá ser realizado pelo autuado em qualquer fase do processo administrativo para cessar, no todo ou em parte, a aplicação dos acréscimos de mora e de atualização monetária, cuja atualização será efetivada com os mesmos índices utilizados para as cadernetas de poupança.

(artigo 32 da Lei nº 13.457/2009 e artigo 97 do Decreto nº 54.486/2009)

33. PRINCIPAIS NORMAS QUE TRATAM DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NO MUNICÍPIO

Lei Municipal nº 14.107/2005, Decreto Municipal nº 50.895/2009, Decreto Municipal nº 54.800/2014, Decreto Municipal nº 56.769/2016, Regimento Interno do Conselho Municipal de Tributos, aprovado pela Portaria SF nº 179/2016, e Portaria SF/CMT nº 5/2016.

34. PRAZOS

- impugnação: tratando-se de crédito constituído por auto de infração, trinta dias, e tratando-se de crédito constituído por notificação de lançamento, noventa dias, contados da data de vencimento normal da primeira prestação, ou da parcela única.

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- pedido de reconsideração do despacho denegatório de seguimento de impugnação ou recursos interpostos, por ausência ou inexistência de intimação ou contagem de prazo: quinze dias

(artigo 30, §2º, da Lei nº 14.107/2006 e artigo 54, §2º, do Decreto nº 50.895/2009)

- recurso ordinário: trinta dias

(artigo 43 da Lei n° 14.107/2005, artigo 67 do Decreto n° 50.895/2009 e artigo 28 da Portaria SF nº 179/2016)

- contrarrazões ao reexame necessário: trinta dias

(artigo 40, §3º, da Lei n° 14.107/2005 e artigo 64, §3º, do Decreto n° 50.895/2009, com alteração do Decreto nº 56.769/2016)

- contrarrazões ao pedido de reforma: quinze dias

(artigo 50, §2º, da Lei n° 14.107/2005, artigo 74, §2º, do Decreto n° 50.895/2009 e artigo 51, §2º, da Portaria SF nº 179/2016)

- recurso de revisão: quinze dias

(artigo 43 da Lei n° 14.107/2005, artigo 67 do Decreto n° 50.895/2009 e artigo 28 da Portaria SF nº 179/2016)

- contrarrazões ao recurso de revisão: quinze dias

(artigo 49, §6°, da Lei n° 14.107/2005, artigo 73, §6°, do Decreto n° 50.895/2009 e artigo 58 da Portaria SF nº 179/2016)

- sustentação oral no Conselho Municipal de Tributos: quinze minutos (artigo 27, §4°, da Portaria SF n° 179/2016)

Os prazos serão contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia de início e incluindo-se o de vencimento. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.

(artigo 18 da Lei n° 14.107/2005 e artigo 42 do Decreto n° 50.895/2009)

35. COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS Poderão ser efetivadas:

a) com a publicação do extrato da decisão no Diário Oficial da Cidade,

b) com o recebimento de cópia da decisão, via postal com aviso de recebimento,

c) pessoalmente, mediante entrega de cópia da decisão ao sujeito passivo, a seu representante legal, mandatário ou preposto,

d) por meio eletrônico, conforme estabelecido pela Secretaria Municipal de Finanças. (artigo 28 da Lei n° 14.107/2005 e artigo 52 do Decreto n° 50.895/2009)

36. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO 36.1. Impugnação

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O processo se inicia com a apresentação de impugnação no prazo de trinta dias, em se tratando de crédito constituído por auto de infração, contados da intimação do auto; e noventa dias, caso o crédito tenha se constituído através de notificação de lançamento, contados da data de vencimento normal da primeira prestação, ou da parcela única. (artigo 36 da Lei nº 14.107/2005 e artigo 61 do Decreto nº 50.895/2009)

36.1.1. Requisitos da Impugnação: a) a autoridade a quem é dirigida;

b) a qualificação do autuado e o número de inscrição no cadastro fiscal do Município, se existir;

d) a identificação das notificações de lançamento, dos autos de infração ou dos termos de apreensão;

e) se for o caso, a identificação do imóvel a que se refere o lançamento impugnado; f) os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir;

g) as diligências que possui interesse que sejam efetuadas, com a devida justificativa; h) objetivo visado, formulado de modo claro e preciso.

(artigo 37 da Lei nº 14.107/05 e artigo 62 do Decreto nº 50.895/09)

36.2. Decisão de Primeira Instância

Com a apresentação da impugnação, a autoridade Julgadora, por meio de despacho, irá declarar a procedência ou a improcedência da impugnação, resolvendo as questões debatidas. Se for:

a) contrária à Fazenda Pública, estará sujeita a reexame necessário, apreciado pelo Conselho Municipal de Tributos, com efeito suspensivo, quando o débito fiscal for reduzido ou cancelado em montante igual ou superior ao estabelecido por ato da Secretaria Municipal de Finanças.

b) favorável à Fazenda Pública, caberá recurso ordinário por parte do autuado.

c) parcialmente favorável à Fazenda Pública, caberá recurso ordinário e reexame necessário, devendo haver o julgamento em conjunto.

Os feitos sujeitos ao reexame necessário, consideráveis indissociáveis para fins de análise e julgamento, serão agrupados, sempre que possível sob o ponto de vista procedimental, em função de prevenção e conexão. São considerados conexos os feitos que se refiram aos autos de infração e às notificações de lançamento referentes (a) à mesma operação fiscal e ao mesmo sujeito passivo, (b) ao mesmo número de inscrição do imóvel no cadastro imobiliário fiscal, (c) a unidades condominiais integrantes do mesmo condomínio edilício, e (d) a outros critérios definidos pelo Presidente do Conselho. (artigos 39, 40, §6º, e 41 da Lei n° 14.107/2005, artigos 60, 63 e 64, §6º do Decreto n° 50.895/2009 e artigo 33 da Portaria 179/2016)

36.3. Recurso Ordinário

Poderá ser interposto às Câmaras Julgadoras pelo autuado perante o órgão que proferiu decisão desfavorável, no prazo de trinta dias, podendo ser suscitadas todas as questões inicialmente apresentadas, ainda que não tenham sido analisadas pela decisão de primeira instância. Verificada sua tempestividade, será enviado para o Conselho Municipal de Tributos, indicando a autoridade a quem será dirigida, o nome e qualificação do recorrente, a identificação do processo e o pedido de nova decisão, com os motivos de fato e de direito.

(25)

E ste m a te rial é d e u so e xclusivo d a O A B S P , se n d o p ro ibid a a r e p ro d u çã o p a rcial o u t o ta l d o m e sm o . 36.3.1. Admissibilidade:

O juízo de admissibilidade do recurso ordinário é realizado pela autoridade recorrida. (artigos 39 da Portaria SF n° 179/2016)

36.3.2. Agrupamento de Recursos Ordinários:

Os Recursos Ordinários considerados indissociáveis para fins de análise e julgamento serão agrupados, em função de prevenção e conexão, em Unidades de Julgamento pela Secretaria do Conselho. São considerados conexos os recursos que se refiram aos autos de infração e às notificações de lançamento referentes (a) à mesma operação fiscal e ao mesmo sujeito passivo, (b) ao mesmo número de inscrição do imóvel no cadastro imobiliário fiscal, (c) a unidades condominiais integrantes do mesmo condomínio edilício, e (d) a outros critérios definidos pelo Presidente do Conselho.

(artigo 43 da Portaria SF n° 179/2016) 36.4. Recurso de Revisão

Poderá ser interposto às Câmaras Reunidas pelo autuado ou pela Fazenda Pública, no prazo de quinze dias, nos casos em que a decisão proferida pela Câmara Julgadora der à legislação tributária interpretação divergente da porventura proferida por outra Câmara Julgadora ou Câmaras Reunidas.

36.4.1. Requisitos do Recurso de Revisão:

a) deverá ser dirigido ao Presidente do Conselho Municipal de Tributos; b) deverá conter a indicação e cópia da decisão paradigmática;

c) deverá conter a demonstração precisa da divergência.

Caso não reste cumprido algum destes requisitos, o recurso será liminarmente indeferido pelo Presidente do Conselho Municipal de Tributos.

(artigo 49 da Lei nº 14.107/05 e artigo 73 do Decreto nº 50.895/09) 36.4.2. Admissibilidade:

O juízo de admissibilidade do recurso de revisão caberá ao Presidente do Conselho. (artigo 49 da Lei nº 14.107/05, artigo 73 do Decreto nº 50.895/09 e artigos 54, 55 e 56 da Portaria SF n° 179/2016)

36.5. Pedido de Reforma de Decisão

Poderá ser interposto pela Fazenda Pública em caso de decisão proferida em recurso ordinário ou em reexame necessário que lhe for contrária, no prazo de quinze dias, contados da data da sessão de julgamento que proferiu a decisão, nas hipóteses em que o julgador afastar a aplicação da legislação tributária por inconstitucionalidade ou ilegalidade ou adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais judiciários.

(artigo 50 da Lei nº 14.107/05, artigo 74 do Decreto nº 50.895/09 e artigo 50 da Portaria SF n° 179/2016)

36.5.1. Requisitos do Pedido de Reforma:

a) deverá ser dirigido ao Presidente do Conselho Municipal de Tributos;

b) no caso de fundado em jurisprudência firmada será instruído com súmula, decisão do plenário, seção ou órgão especial, ou, no mínimo, cinco decisões do respectivo tribunal. (artigo 50, §1º, da Lei nº 14.107/05 e artigo 74, §1º, do Decreto nº 50.895/09 e artigo 50, §2º, da Portaria SF n° 179/2016)

Referências

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