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Danieli Verônica Longo Benedetti

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Danieli Verônica Longo Benedetti

Projeto de Pós-Doutorado

As Sociedades Musicais Francesas do início do século XX: ideologias e

conseqüências.

Societé Nationale de Musique - SNM, Schola Cantorum, Societé Musicale

Independente - SMI, Journal de la Musique pendant la Guerre, Festival de La

Musique Française e Ligue Nationale pour la défense de la Musique

française.

Filiação acadêmica: Departamento de Música da Escola de Comunicação

e Artes da Universidade de São Paulo ECA/USP

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Resumo

Com a derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana em 1871, toda uma nação seria tomada pelo sentimento da revanche e o nacionalismo moveria cada cidadão francês até a declaração da Primeira Guerra Mundial.

A criação das sociedades musicais seria uma das formas encontradas pelos músicos da geração revanchista de se fortalecer para lutar pela valorização e pela criação de uma música dotada de uma identidade nacional, uma vez que o século XIX seria dominado por compositores do país inimigo. Dessa forma, logo após o conflito e no decorrer dos anos que precederam a Primeira Grande Guerra, seriam criadas a Societé Nationale de Musique - SNM, Schola Cantorum, Societé Musicale Independente - SMI, Journal de la Musique pendant la Guerre, Festival de La Musique Française e a Ligue Nationale pour la défense de la Musique française.

Esses agrupamentos seriam responsáveis pela criação de importantes obras musicais e por revelarem jovens compositores, entre eles Claude Debussy e Maurice Ravel. Seriam também responsáveis por deixarem impressas as marcas de um determinado período da História da Música em parte significativa da literatura musical.

O presente projeto pretende assim, fundamentado em material da época coletado sobremaneira nos arquivos da Biblioteca Nacional da França - BNF, realizar um histórico sobre as sociedades musicais do início do século XX e uma reflexão sobre suas ideologias e consequências.

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3 1.

Introdução

O longo processo para a unificação alemã teve o seu desfecho com o final da Guerra Franco-Prussiana, entre os anos de 1870 e 1871, marcados pela vitória das tropas prussianas sobre o exército francês na “Batalha de Sedan”, imediatamente seguida pelo cerco e capitulação de Paris. Os desacertos da política interna francesa, somados a esse fracasso externo, incentivaram os republicanos franceses a desencadearem um golpe de Estado em 4 de setembro de 1870. Esse golpe decretou o fim do Segundo Império, a burguesia assumiu diretamente o poder e proclamou a Terceira República na França.

O conflito teve ainda, como conseqüência, a capitulação da capital francesa que causaria o movimento conhecido como a “Comuna de Paris”. A derrota das tropas francesas na “Batalha de Sedan” selaria a sorte da guerra. Os prussianos continuaram avançando sobre o território francês, e o povo parisiense, percebendo que o governo, em um momento delicado de transição, pouco fazia para impedir a ocupação da capital, levantou barricadas, fechando a cidade. Apesar da resistência parisiense contra os invasores, o governo francês assina um armistício em 28 de janeiro de 1871, concordando com a rendição.

Humilhados pela capitulação, os parisienses tinham a impressão de haver sofrido por nada, sentindo-se traídos pela província e pelo governo, formado pela burguesia. O descontentamento do povo parisiense fez crescer a agitação na capital, precipitando a insurreição. Assim, em março de 1871, com a participação dos trabalhadores parisienses, foi organizada a “Comuna de Paris”, um governo revolucionário de tendências socialistas.

Pazzinato e Senise escrevem em sua “História Moderna e Contemporânea” (1999, p. 167) que, “muito embora os trabalhadores enfraquecessem suas posições com essa derrota, a Comuna tornou-se um símbolo para o proletariado francês e internacional. Ela demonstrou a capacidade de coesão e organização dos operários, anunciando a importância que essa classe social assumiria nas décadas seguintes.”

Interessante, nesse episódio, citar a participação ativa como soldado e capitão, sucessivamente, de Manuel Debussy, pai do compositor Claude Debussy. Uma vez derrotada a ‘Comuna’, ele seria capturado e condenado a quatro anos de prisão, deixando a família em condições de humilhação e miséria. Na época da Guerra Franco-Prussiana,

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4 Debussy era um garoto de nove anos e viveu intensamente esse clima de revolução. O envolvimento do pai neste conflito teve profundas repercussões no extremo sentimento de nacionalismo que tomou conta do compositor a partir desse momento e seria ainda mais radical durante os anos da Primeira Grande Guerra (1914-1918). Como exemplo, cito trecho de uma das cartas em que, o compositor coloca abertamente todo o seu sentimento de ódio em relação aos alemães. A carta foi endereçada ao compositor russo Igor Stravinski em 24 de outubro de 1915:

...Nestes últimos anos, quando senti os miasmas austro-germânicos se expandirem sobre a arte, eu desejaria ter mais autoridade para gritar minha inquietude, para advertir sobre o perigo que corremos, sem desconfiar. Como não adivinhamos que essas pessoas tentavam a destruição da nossa arte, como eles preparavam a destruição de nossos países? O ódio que sinto por esta raça vai até o último dos alemães! Existirá um último alemão? Pois estou convencido que os soldados se reproduzem entre eles. (LESURE, 1980, p. 266)

No plano externo, a França, que havia sido atacada e derrotada, seria humilhada ainda mais, por meio do “Tratado de Frankfurt”1, cujas cláusulas impunham uma pesada indenização à nação vencida, além da passagem das ricas províncias da Alsácia-Lorena para o Império Alemão.

O governo alemão, ciente de que eram cada vez mais amplos os setores que se movimentavam no sentido do revanchismo, decidiu isolar política e diplomaticamente sua rival, contraindo acordos com todos os eventuais aliados de Paris. Apesar de isolada no continente, a Terceira República Francesa conseguiu um desenvolvimento harmônico da agricultura e da indústria, modernizou seus exércitos e buscou algumas alianças. Em 1894 foi assinada a “Dupla Aliança” com a Rússia, união que permitiu importante intercâmbio cultural entre os dois países, e a “Tríplice Entente”, em 1907, com a Inglaterra e a Rússia.

Logo, a Terceira República Francesa renasceria do desastre de 1871 e teria de superar inúmeros obstáculos antes de sua consolidação, que aconteceria somente por volta

1 O tratado seria firmado em 10 de maio de 1871 entre a França e a Alemanha na cidade de Frankfurt e selaria

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5 de 1900. Durante esse processo de consolidação, a sociedade francesa seria abalada por uma série de violentas crises, destacando-se o Caso Dreyfus, envolvendo intelectuais e artistas - como os compositores Maurice Ravel, Claude Debussy e o escritor Emile Zola2 - no decorrer de toda a última década do século XIX, em um debate no qual o nacionalismo, a xenofobia e o anti-semitismo seriam o tema principal. O sentimento de medo e insegurança que o conflito de 1871 deixara ainda estaria presente.

Nesse sentido, desde a guerra Franco-Prussiana de 1871, toda uma nação iria cultivar forte sentimento de vingança em relação aos alemães, e o revanchismo influenciaria todo o universo político e cultural até a declaração da Primeira Guerra Mundial.

Conforme descreve a historiadora francesa Josette François, o sentimento de revanchismo deveria ser iniciado nas escolas e iria refletir-se na educação de toda uma geração de artistas e intelectuais:

Depois da humilhação de 1871, as crianças francesas passaram a ser educadas para um único fim: a vingança necessária. Todas as canções que se escutavam nas festas familiares falavam da Alsácia-Lorena. A escola primária ensinava a obrigação absoluta do jovem francês de aceitar o sacrifício pelo seu país, até mesmo o sacrifício de sua própria vida. Assim, a escola francesa cumpria sua função quando fazia do jovem um patriota, no sentido da revolução. Ou seja, um homem inteligente e consciente que mesmo sendo soldado, não se esqueceria de que antes de tudo é um cidadão. E assim sendo, quer no regimento, quer no campo de batalha, esse homem não se deixaria ultrapassar por ninguém em fidelidade, disciplina, heroísmo. Porém, fazendo a guerra, quando necessário, ao regressar ao lar, reivindicaria o direito de maldizê-la, lutando com todas as forças para fazer desaparecer esta atroz sobrevivência da barbárie. (FRANÇOIS, 1980, p. 8)

2 O escritor escreveu um importante artigo em defesa do capitão Alfred Dreyfus. Essa famosa matéria,

dirigida ao presidente da República, intitulado J´Accuse...! foi publicado em vários jornais cotidianos da época. Em razão disso, Zola foi processado e condenado, partindo para exílio em Londres.

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6 Como consequência da Guerra Franco – Prussiana e alimentando o sentimento de revanchismo francês em relação aos alemães, insere-se o surgimento de importantes sociedades musicais criadas durante e após esse conflito, constituindo um importante aparelho ideológico dentro do movimento nacionalista francês. Essas sociedades teriam como idealizadores e colaboradores importantes nomes do meio musical francês, dentre eles César Franck, Ernest Guiraud, Camille Saint-Saëns, Jules Massenet, Gabriel Fauré, Charles Koechlin, Henri Duparc, Théodore Dubois, Vincent d´Indy, Maurice Ravel e Claude Debussy.

Nesse contexto, e com um objetivo inicial de lutar pela criação de uma música dotada de um caráter autenticamente nacional, seriam criadas a Societé Nationale de Musique, Schola Cantorum, Societé Musicale Independente, Journal de La Musique pendant la Guerre, Festival de la Musique Française e a Ligue Nationale pour la défense de la Musique française.

Dentre as atividades realizadas pelas sociedades em questão menciono as inúmeras primeiras audições de obras que, selecionadas de acordo com os critérios de cada sociedade, revelariam jovens compositores franceses. Entre as audições da Societé Nationale de Musique pode-se citar a estréia de obras para piano solo de Claude Debussy - Pour le Piano, Estampes, Masques, L´Isle Joyeuse, Miroir, Images (Cahiers I et II) e seis dos doze Prelúdes – e Maurice Ravel - Sonatine, Pavane pour une infante défunte e Gaspard de la Nuit. No sentido de divulgar a nova música francesa, foi sob a égide da Schola Cantorum que em 23 de dezembro de 1894 seria executado pela primeira vez a obra Prélude á l´après midi d´un faune de Claude Debussy, sob a direção do maestro Gustave Doret.

Em busca de valorizar o importante passado musical, seria também por meio destas sociedades que os mestres franceses do século XVIII, esquecidos durante o século XIX, seriam redescobertos, levando importantes compositores do século XX a escreverem inspirados nos ancestrais Jean Philippe Rameau e François Couperin. Como exemplo, dentre as inúmeras obras inspiradas nos compositores em questão, menciono a suíte Le Tombeau de Couperin de Maurice Ravel.

Com as premonições e durante os anos da Primeira Grande Guerra a criação de sociedades fundamentadas em ideologias de extremo nacionalismo e xenofobia, entre elas o

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7 Journal de La Musique pendant la Guerre, o Festival de la Musique Française e a Ligue Nationale pour la défense de la Musique Française, mergulharia o mundo da música em um debate que se revelaria fundamental para o início de um novo pensar musical.

2.

Justificativa, com síntese da bibliografia fundamental;

O interesse em desenvolver essa pesquisa vem dar continuidade ao trabalho iniciado com a realização de minha pesquisa de mestrado e posteriormente de doutorado - ambas financiadas pela FAPESP - e aprofundar ainda mais sobre o contexto histórico, mais especificamente na França, do final do século XIX e início do século XX e as conseqüências deste impressas na produção musical do período em questão.

O interesse foi ainda mais evidenciado durante a realização de minha pesquisa de campo de doutorado, na Biblioteca Nacional da França – BNF em período passado em Paris durante o ano de 2006.

A pesquisa, de minha autoria, defendida em dezembro de 2008 no Departamento de Música da ECA/USP, apresenta, por meio de uma análise tipificada, a suíte para piano solo Le Tombeau de Couperin do compositor francês Maurice Ravel, como sendo a obra que sintetiza os procedimentos de composição de um determinado período da história da música. Assim, durante pesquisa de campo foi possível o estudo e a coleta de material pertinente à pesquisa de doutorado, mas também, vislumbrando um trabalho posterior, selecionar um importante material para a realização da pesquisa que significa o foco deste projeto. Dessa forma foi possível a reprodução de documentos da época, como artigos de revistas e jornais especializados, entre eles alguns números da Revue Musicale, Le Parisien e La Musique pendant la guerre, programas de concertos, análise de uma significativa correspondência dos compositores que se revelou importante fonte de pesquisa, além de outros documentos que pretendo inserir no corpo deste trabalho.

Em relação à bibliografia fundamental, foi possível, em ocasião de pesquisa de campo em Paris, conhecer o trabalho de Michel Duchesneau, resultado de sua pesquisa de doutorado realizada na França e defendida pela Université Laval, no Canadá. Sob o título de Le rôle de la Societé National et de la Societé Musical Independente dans la création musicale à Paris de 1909 à 1935 a tese está centrada na criação da ‘Sociedade Nacional’ e da ‘Sociedade Musical Independente’ e sobre a fracassada tentativa de fusão entre elas.

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8 Essa tentativa movimentou a elite musical parisiense e foi responsável por uma grande polêmica documentada pela imprensa da época. Os artigos sobre o assunto, sobremaneira publicados pela Revue Musicale durante o ano de 1910, foram reproduzidos durante minha pesquisa de campo e fazem parte da bibliografia fundamental dessa pesquisa.

A realização deste trabalho dentro do Departamento de Música da ECA/USP se justifica, uma vez que pretende também contribuir junto ao projeto Vida e Arte na Coleção Clara e Edward Steuermann, financiado pela FAPESP e desenvolvido pelo Prof. Dr. Amílcar Zani Netto e pela Profa. Dra. Heloísa Zani, ele supervisor do projeto de pós-doutorado em questão. O trabalho de pesquisa dos Zani está diretamente ligado à Segunda Escola de Viena - liderada pelo compositor austríaco Arnold Schoenberg - e seus desdobramentos. Assim o trabalho que pretendo desenvolver interessa-se sobre o mesmo contexto histórico, porém focalizando o país inimigo.

Nesse sentido, ressaltando a contribuição que o desenvolvimento do projeto proposto pretende trazer junto ao grupo ao qual se realizará o pós-doutoramento, pretendo ainda realizar um paralelo entre a Societé Musical Independente, fundada pelo compositor francês Maurice Ravel em abril de 1910 e a ‘Sociedade de Execução Musical Privada’ - Verein für musikalische Privataufführungen, fundada em novembro de 1918, por Arnold Schoenberg. O objetivo seria o de confirmar uma espécie de comunhão ideológica em um momento em que as duas nações viviam em clima de guerra. Para o trabalho de pesquisa referente à Verein für musikalische Privataufführungen pretendo, como material de pesquisa, usar as publicações de Hans Heinz Stuckenschmidt, especialista referencial da obra de Schoenberg. Na biografia do compositor, de autoria de Stuckenschmidt, é possível encontrar capítulo dedicado à criação da sociedade germânica e as atividades desenvolvidas por esta.

Outra importante fonte de pesquisa, o livro La belle époque de la musique française 1871-1940, de François Porcille. O texto abrange todo o meio social e artístico francês entre os anos 1871 a 1940, evidenciando sobre a importância das invenções e progressos técnicos que trouxeram uma nova forma de divulgação da música com a chegada do disco, rádio e cinema sonoro. Porcille dedica ainda um capítulo ao polêmico projeto do compositor Maurice Ravel, junto à Societé Musical Independente no ano de 1914, de realizar a primeira audição parisiense da obra Pierrot Lunaire de Schoenberg, em um

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9 momento em que a execução de música germânica em território francês era proibida. O projeto de Ravel, porém, seria abortado e a primeira execução da obra só aconteceria após a Guerra.

Faz-se importante ainda justificar a realização desta pesquisa, pois, apesar da relevância da temática proposta, muito pouco foi encontrado sobre o assunto e no que diz respeito a trabalhos de cunho acadêmico produzidos no Brasil nada foi encontrado.

3.

Objetivos;

Realizar um histórico das Sociedades Musicais Francesas do início do século XX, conhecer as ideologias que motivaram cada uma dessas Instituições e suas consequências vem a ser o objetivo principal desta pesquisa.

O trabalho pretende ainda realizar um levantamento das atividades desenvolvidas pelas sociedades em questão, demonstrando de que forma cada atuação pode contribuir para a evolução da História da Música.

Assim, por meio de uma investigação fundamentada sobremaneira em documentação da época, coletada nos arquivos da Biblioteca Nacional da França – BNF, será possível observar e refletir sobre o surgimento dessas sociedades, suas atividades, ideologias, meios de atuação, e ainda relacionar as obras criadas e os compositores - muitos deles ainda hoje desconhecidos – nelas revelados.

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10 4.

Plano de trabalho e cronograma de sua execução;

Primeiro Semestre

- Estudo e organização de material já coletado;

- Levantamento de novo material e ser coletado em nova pesquisa de campo.

Segundo Semestre

- Pesquisa de campo na Biblioteca Nacional da França - BNF, com objetivo de uma nova coleta de documentos;

- Estudo e organização dessa nova documentação.

Terceiro Semestre

- Redação da pesquisa (ver sumário inicial da pesquisa no item que segue)

Quarto Semestre

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11 5.

Sumário Inicial da Pesquisa

Introdução

1. Contexto histórico, formador de agrupamentos e ideologias;

2. Societé Nationale de Musique - SNM, a precursora;

3. Schola Cantorum, formadora de uma nova música inspirada no passado;

4. Societé Musicale Independente - SMI e Verein für musikalische Privataufführungen - Sociedade de Execução Musical Privada, ideologias afinadas;

5. Nacionais e Independentes, uma tentativa de fusão;

6. Journal de la Musique pendant la Guerre, Festival de la Musique Française e Ligue Nationale pour la défense de la Musique française, radicalismo e xenofobia como sentimentos idealizadores;

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12 6.

Material e métodos;

A metodologia empregada estará sobremaneira fundamentada na investigação, estudo e reflexão dos registros da época a qual se remete esta pesquisa. Por meio de material coletado nos arquivos da Biblioteca Nacional da França – BNF, entre jornais, revistas especializadas, documentos específicos, correspondências, programas e textos de concertos será possível definir as propostas e ideologias que motivaram a criação das sociedades musicais francesas entre o final do século XIX e início do século XX, e assim traçar um histórico de cada uma das instituições abordadas, além de relacionar as atividades desenvolvidas pelas sociedades em questão.

Conforme mencionado, após estudo de material coletado por ocasião de minha pesquisa de doutorado, está prevista no segundo semestre dos trabalhos, uma nova visita à Biblioteca Nacional da França para coleta de documentos com objetivo de completar banco de dados e assim dar início à redação do trabalho.

7.

Forma de análise dos resultados;

O estudo e a reflexão da documentação mencionada tem como objetivo final a redação de um texto que pretende questionar de que forma a criação das sociedades musicais francesas do início do século XX contribuíram para a criação de um novo pensar musical. A publicação do texto, resultante desta pesquisa, pretende contribuir com a lacuna existente sobre o assunto e deve assim constituir uma forma de análise dos resultados obtidos com o trabalho em questão.

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13 8.

Bibliografia

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Referências

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