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Escola Guimarães Rosa

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO FINAL Jovem,

A Avaliação de Recuperação Final é um importante momento para repensar sua aprendizagem. Leia com atenção todas as questões e apresente respostas completas, bem elaboradas e que demonstrem, além do domínio do conhecimento, cuidado em relação à norma culta da língua. Prepare-se para solucionar todas as dúvidas no Plantão Pedagógico.

Torço pelo seu sucesso!! Abração! Romim  Para responder às questões 01 a 11, considere a leitura atenta do seguinte texto:

COMO SEREMOS AMANHÃ?

Lya Luft

Estar aberto às novidades é estar vivo. Fechar-se a elas é morrer estando vivo. Um certo equilíbrio entre as duas atitudes ajuda a nem ser antiquado demais nem ser superavançadinho, correndo o perigo de confusões ou ridículo.

Sempre me fascinaram as mudanças – às vezes avanço, às vezes retorno a caverna. Hoje andam incrivelmente rápidas, atingindo nossos usos e costumes, ciência e tecnologia, com reflexos nas mais sofisticadas e nas menores coisas com que lidamos. Nossa visão do mundo se transforma, mas penso que não no mesmo ritmo; então de vez em quando nos pegamos dizendo como nossas mães ou avós tanto tempo atrás: “Nossa! Como tudo mudou!”

Nos usos e costumes a coisa é séria e nos afeta a todos: crianças muito precocemente sexualizadas pela moda, pela televisão, muitas vezes por mães alienadas, por teorias abstrusas e mal aplicadas. Se antes namorar era difícil, o primeiro batom-rosa claro aos 15 anos, e não havia pílula anticoncepcional, hoje talvez amar ande descomplicado demais. O singular é que, com tanta informação disponível na internet, e pseudoaulas de vida sexual em algumas escolas, tantas meninas ainda engravidem ou, como os meninos, peguem doenças venéreas. Casamentos estão sendo atropelados pela incapacidade de fortalecer laços, construir juntos com alguma paciência. Não sou de sermos infelizes juntos pelo resto da vida, mas de tentarmos um pouco mais. Talvez a gente esteja num casa-separa muito rápido, frequentemente deixando filhinhos, que nem pediram para nascer, nem certamente queriam se separar de nada nem de ninguém. São simplesmente levados de um lado para o outro.

Na educação, cansei de falar. Cada dia uma nova notícia: não se reprova mais ninguém antes de tal série, os alunos entram na universidade sem saber escrever, coordenar pensamento, ler e entender. Não todos. Não sempre, mas cada vez com mais frequência.

Na saúde, acho que muito melhorou. Sou de uma infância sem antibióticos. A gente sobrevivia sob os cuidados devotados de mãe, pai, avó, médico de família, aquele que atendia do parto à cirurgia mais complexa para aqueles dias. Dieta, que hoje se tornou obsessão, era impensável, sobretudo para crianças, e eu, pré-adolescente gordinha, não podia nem falar em “regime” que minha mãe arrancava os cabelos e o médico sacudia a cabeça: “Nem pensar”.

Em breve estaremos menos doentes: células-tronco e chips vão nos consertar de imediato, ou evitar os males. Teremos de descobrir o que fazer com tanto tempo de vida a mais que nos será concedido. Nada de aposentadoria precoce, chinelo e pijama (isso ainda se usa?). Mas aprender sempre. Interrogar o mundo, curtir a natureza, saborear a arte, viajar para Marte, e outras rimas mais exóticas. Passear, criar, divertir-se, viajar (talvez por teletransporte, feito o pó de pirlimpimpim da boneca Emília do nosso Monteiro Lobato, que querem castrar).

Quem sabe nos mataremos menos, se as drogas forem controladas e a miséria extinta. Não creio em igualdade, mas em dignidade para todos. Talvez haja menos guerras, porque de alguma forma seremos menos violentos.

Escola “Guimarães Rosa”

Aluno(a): _________________________________________________________ Nº: _________

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Leremos unicamente livros eletrônicos ou algo ainda mais moderno. As vastas bibliotecas de papel serão museus, guardando o cheiro da minha infância, quando – se eu aborrecia minha mãe com mil perguntas – meu pai me sentava numa de suas poltronas de couro e botava no meu colo alguma enciclopédia com figuras de flores, frutas, bichos, protegidas por papel de seda amarelado. Inesquecível, e delicioso sobretudo quando chovia.

As crianças terão outras memórias, outras brincadeiras, outras alegrias; os adultos, novas sensações e possibilidades – mas as emoções humanas, estas eu penso que vão demorar a mudar. Todos vão continuar querendo mais ou menos o mesmo: afeto, presença, sentido para a vida, alegria. Desta, por mais modernos, avançados, biônicos, quânticos, incríveis, não podemos esquecer… Ou não valerá a pena nem um só ano a mais, saúde a mais, brinquedinhos a mais. Seremos uns robôs cinzentos e sem graça.

Lya Luft é escritora e escreve para a revista Veja.

01. O título de um texto costuma conter uma síntese das ideias principais defendidas pelo autor. Em relação ao título do texto, pode-se concluir que apresenta uma:

I. Compreensão em relação a duas atitudes de comportamento citadas no texto. II. Perspectiva de futuro marcada exclusivamente pela forma verbal.

III. Perspectiva de futuro que está contrariada pelo termo “hoje” no segundo parágrafo.

Considerando as afirmações anteriores, pode-se afirmar que somente a) a I é coerente.

b) a II é coerente.

c) a III é coerente. d) I e II são coerentes.

02. Na construção de seu posicionamento, Lya Luft utiliza diferentes estratégias argumentativas. Só não se verifica em sua construção textual

a) análise comparativa. b) experiência vivida.

c) utilização de dados numéricos. d) linguagem dialogada.

03. “Estar aberto às novidades é estar vivo. Fechar-se a elas é morrer estando vivo.” As expressões destacadas permitem inferir que, na concepção atual de mundo e de acordo com as ideias da autora,

a) é preciso aderir a todas as inovações que surgem.

b) é fundamental ponderar nossas escolhas frente ao novo. c) não se pode ser muito avançado em qualquer situação. d) a postura tradicional é sempre mais coerente.

04. Não se pode negar que a autora seja otimista em algumas de suas considerações. Apesar disso, para evidenciar esse otimismo, a autora também

a) é irônica em suas considerações. b) procura ser detalhista.

c) demonstra ser ingênua. d) revela imaturidade.

05. O conector destacado em “Talvez haja menos guerras, porque de alguma forma seremos menos violentos.” expressa, entre as orações, uma relação de

a) conclusão. b) explicação.

c) comparação. d) causa.

06. Releia este período, em que se observa a correta aplicação do sinal grave:

Sabendo que o sinal grave é utilizado sempre que ocorre a contração da proposição a com o artigo definido a, assinale a frase em que se fez o uso equivocado do sinal grave.

a) Lya Luft referiu-se às diferentes visões que se pode ter sobre o futuro.

b) Se não fizermos nossa parte, assistiremos à cenas tristes em um futuro próximo.

c) O sonho de um futuro perfeito é idêntico à concepção de mundo apresentada por antigos filósofos. d) No artigo de opinião, há referência às pesquisas científicas que podem prolongar a vida do homem.

“A gente sobrevivia sob os cuidados devotados de mãe, pai, avó,

médico de família, aquele que atendia do parto à cirurgia mais complexa

para aqueles dias.”

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07. A autora faz algumas considerações relacionadas à educação. O que, especificamente, ela critica? ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________

08. Classifique sintaticamente as orações destacadas nos períodos:

a) “(...) não podia nem falar em “regime” que minha mãe arrancava os cabelos e o médico sacudia a cabeça: “Nem pensar”.

________________________________________________________________________________________

b) “(talvez por teletransporte, feito o pó de pirlimpimpim da boneca Emília do nosso Monteiro Lobato, que querem castrar).

________________________________________________________________________________________ c) “O singular é que (...) tantas meninas ainda engravidem”

_______________________________________________________________________________________

d) “Não creio em igualdade, mas em dignidade para todos.”

________________________________________________________________________________________

09. Analise a frase a seguir e explique por que ela obedece ao padrão culto, no que diz respeito à concordância. Considere, em sua resposta, as palavras em destaque.

“Talvez haja menos guerras, porque de alguma forma seremos menos violentos.”

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________

10. As frases a seguir não obedecem ao padrão culto da língua. Reescreva-as, de forma que os desvios sejam corrigidos.

a) Eduarda gostava de livros bastantes emocionantes para passar o tempo.

________________________________________________________________________________________

b) Trazia em sua mochila delicados fichário e agenda.

________________________________________________________________________________________

11. Indique a relação semântica estabelecida pelos conectores e, em seguida, classifique a oração subordinada que eles introduzem.

a) Pareciam todos bem calmos, embora houvesse ainda outras provas para fazer.

________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ b) Como não havia mais tempo, foi preciso deixar as respostas a lápis.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 12. Analise esta placa e explique se o texto verbal atende, quanto à concordância, ao padrão culto da língua.

_________________________________________________ _________________________________________________ ________________________________________________ _________________________________________________ _________________________________________________

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13. Explique por que as frases a seguir apresentam desvio quanto à concordância. I. Confiam-se em propostas feitas por pessoas honestas.

II. Avalia-se propostas feitas por pessoas honestas.

________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________

14. (IBGE) Assinale a frase em que há erro de concordância verbal: a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.

b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração. c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.

d) Deve existir problemas nos seus documentos. e) Choveram papéis picados nos comícios.

15. (IBGE) Assinale a opção em que há concordância inadequada: a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o problema. b) A maioria dos conflitos foram resolvidos.

c) Deve haver bons motivos para a sua recusa. d) De casa à escola é três quilômetros.

e) Nem uma nem outra questão é difícil.

16. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase que encerra um erro de concordância nominal: a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila.

b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas. c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.

d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos. e) Ela comprou dois vestidos cinza.

17. (BB) Verbo deve ir para o plural: a) Organizou-se em grupos de quatro. b) Atendeu-se a todos os clientes. c) Faltava um banco e uma cadeira. d) Pintou-se as paredes de verde. e) Já faz mais de dez anos que o vi.

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CHAVE DE CORREÇÃO 01.

a) a I é coerente.

02.

c) utilização de dados numéricos. 03.

b) é fundamental ponderar nossas escolhas frente ao novo. 04.

a) é irônica em suas considerações. 5. b) explicação.

06.

b) Se não fizermos nossa parte, assistiremos à cenas tristes em um futuro próximo.

07. A autora critica o fato de que, cada vez mais, os alunos são promovidos sem os pré-requisitos para isso. Em função dessa situação, não dominam leitura e escrita, por exemplo.

08. Classifique sintaticamente as orações destacadas nos períodos: a) Oração coordenada sindética explicativa.

b) Oração subordinada adjetiva explicativa.

c) Oração subordinada substantiva predicativa.

d) Oração coordenada sindética adversativa.

09. O verbo HAVER, com sinônimo de “existir”, é impessoal, não devendo ser flexionado – como ocorreu na frase em análise. Observa-se o mesmo fato em relação à palavra “menos” – não deve ser flexionada em hipótese alguma.

10. a) Eduarda gostava de livros bastante emocionantes para passar o tempo.

b) Trazia em sua mochila delicado fichário e agenda.

11. a) Relação de concessão. Oração subordinada adverbial concessiva. b) Relação de causa. Oração subordinada adverbial causa.

12. Não atende ao padrão culto. Como o substantivo “permanência” está precedido de um artigo, seria necessário fazer a flexão do adjetivo “proibido”.

13. Na primeira frase, por se tratar de sujeito indeterminado (verbo / partícula –se / preposição), o verbo não deveria ter sido flexionado no plural. Já na segunda frase, o núcleo do sujeito é “propostas” e está no plural; assim, o verbo deveria estar no plural.

14. d) Deve existir problemas nos seus documentos.

15. d) De casa à escola é três quilômetros.

16. a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila.

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