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Saúde Mental e Cuidado de Enfermagem em Psiquiatria Aula 15: Cuidados Relacionados ao Uso de Drogas

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(1)

Saúde Mental e Cuidado de Enfermagem em

Psiquiatria

Aula 15: Cuidados Relacionados ao Uso de Drogas

LEILSON LIRA

2016.2

PROFESSOR

Faculdade Maurício de Nassau – FMN Curso de Graduação em Enfermagem

(2)

Conteúdos e objetivos explorados

nesta aula:

Epidemiologia, Tratamento e Intervenções

(5).

Desenvolver o cuidado de enfermagem em saúde mental ao

adulto com transtorno mental e em uso de crack, álcool e outras

drogas

Cui

dados

R

el

acionados

ao

Us

o

de Dr

og

as

(3)

O que veremos nesta aula?

História, drogas e cultura;

Conceitos e definições;

Conceitos e classificações;

Modelos de abordagem;

Tratamento e intervenções;

Tratamento e intervenções - perspectivas;

Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas;

Algumas substâncias;

(4)

1. Por que as pessoas usam drogas?

2. Trata-se de uma doença?

3. Por que algumas pessoas se tornam dependentes e outras não?

4. Quais são as principais drogas?

(5)

Drogas, História e Cultura

Droga - deriva do termo Holandês Droog - Produto seco, substância naturais

(6)

Drogas, História e Cultura

(7)
(8)

As drogas psicoativas podem agir como remédios ou venenos, alimentos ou bebidas, analgésicos ou anestésicos, eutanásicos ou instrumentos para sonhar, divindades ou demônios. Seus usos abrangem o nascimento e a morte, o prazer e a dor, o desejo e a necessidade, o vício e o hábito. Podem

despertar e estimular a vigília ou adoecer e acalmar o ânimo; abrem o apetite ou tiram a fome; são atiçadoras da sexualidade ou anuladoras da

excitação. Seus usos múltiplos alimentam e espelham a alma humana.

ALMEIDA; CALDAS, 2011

(9)

Todas as sociedades, todas as culturas;

Todas as épocas;

Grande custo social e financeiro;

Interesse clínico;

Século XIX e XX – evolução tecnológica.

Drogas, História e Cultura

Modelo Moral-Jurídico Modelo Clínico-Sanitário

(10)

Drogas – Conceitos e definições

Conceito de Droga: Qualquer substância, natural ou sintética, que tem a capacidade de alterar as funções fisiológicas ou de comportamento da pessoa, é considerada como DROGA, uma SUBSTÂNCIA PSICOATIVA.

“...substâncias químicas que se incorporam ao organismo humano, com a capacidade de modificar várias de suas funções (percepção, conduta,

motricidade etc.), mas cujos efeitos, conseqüências e funções são

condicionados acima de tudo pelas definições sociais, econômicas e culturais geradas pelos grupos sociais que as utilizam” (ROMANÍ, 1999, p. 53).

(11)

Drogas – Conceitos e classificações

Classficação:

(12)

Drogas – Conceitos e classificações

Conceitos utilizados:

Droga

Uso

 Uso de baixo risco / esportivo

 Uso Nocivo Abuso Dependência Tolerância Abstinência Intoxicação Conceitos em desuso: Vício Adição Dependência Física Dependência Psíquica

(13)

Anos pesquisados

Droga 2001 (N= 8,589) 2005 (N= 7,939)

% n (Em Milhares) % n (Em milhares)

Drogas 19,4 9,109 22,8 11,603 Maconha 6,9 3,249 8,8 4,472 Solventes 5,8 2,710 6,1 3,121 Cocaína 2,3 1,076 2,9 1,459 Estimulantes 1,5 704 3,2 1,605 Benzodiazepínicos 3,3 1,536 5,6 2,841 Orexígenos 4,3 2,015 4,1 2,078 Xaropes (Codeína) 2,0 931 1,9 958 Alucinógenos 0,6 295 1,1 552 Crack 0,4 189 0,7 381 Sedativos 0,5 220 0,7 360 Anticolinérgicos 1,1 495 0,5 275 Opiáceos 1,4 640 1,3 668 Heroína 0,1 25 0,09 47 Álcool 68,7 32,324 74,6 37,953 Tabaco 44,1 19,328 44,0 22,398

Fonte: Fonseca, Galduróz, Noto e Calini 2010 – Comparrison between two household surveys on psychotropic drug use in Brazil: 2001 and 2004.

TABELA 1: Prevalência e população estimada para o uso na vida de diferentes drogas psicotrópicas, nas duas pesquisas domiciliares, nas cidades no Brasil com mais de 200.000

(14)

Modelos de abordagem

Combate às drogas

Puritanismo Norte-Americano;

Antipatia-cristã por algumas substâncias antigas; Antipatia pelos estados alterados de consciência;

Preocupação das elites com os excessos das classes ou raças vistas como inferiores ou perigosas (Álcool – Irlandeses, Maconha – Mexicanos, Negros – Cocaína, Chineses – Ópio);

Estímulo a determinados psicoativos em detrimento a outros; Legitimação pelos profissionais de saúde em pesquisas.

(15)

Abordagem Tradicional

Criminalização do uso;

Militar (Office of National Drug Control Policy – ONDCP); Redução da Oferta e da demanda;

Amedrontamento; Punitivo;

Encarceramento – Tolerância Zero; Abstinência Total;

Alta – Exigência;

Dicotomia: Dependente x Não-Dependente (Passivo).

Modelos de abordagem

(16)

Negligência do Estado;

O problema ficou nas mãos:

Comunidades religiosas, Grupos de autoajuda

(12 passos), clínica privadas, hospitais psiquiátricos, Comunidades terapêuticas, etc.;

Modelos de alta-exigência;

De caráter moralista e religioso.

(17)

A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas (2003)

Caps-ad – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e drogas;

Área de abrangência territorializada;

Serviços ambulatoriais;

Internação em HG;

Atendimento comunitário;

Equipe multiprofissional;

Leitos de repouso e observação;

Articulação com redes sociais;

Modelo de redução de danos.

(18)

Redução de Danos

Inevitabilidade do uso de Drogas;

Questão de Saúde Pública Controle/fiscalização;

Minimizar as Consequências do uso;

Não Exclui a Abstinência Total;

Humanitária;

Estratégias de Baixa – Exigência;

Responsabilidade Pessoal (Ativo);

Padrões de Consumo;

Redução de danos não é o mesmo que Legalização.

(19)

Modelos Integrativos; Abordagem Crítica;

Prevenção e Promoção da saúde;

Intersetorialidade – Escolas, Segurança pública, Cultura, Esporte, Inserção Social;

Controle Social – Fiscalização, Taxação de produtos que causem dependência, Elaboração e aplicação de Leis;

Narco-salas.

(20)
(21)
(22)
(23)

Maconha: efeitos agudos - psíquicos

Letargia e sonolência

Euforia, bem-estar e relaxamento

Risos imotivados

Aumento da percepção de cores, sons, texturas e paladar

Sensação de lentificação do tempo

 Afrouxamentos da associações

 Prejuízo da concentração e memória

Hiperemia das conjuntivas (olhos avermelhados)

 Aumento dos batimentos cardíacos

 Boca seca

 Retardo e incoordenação motora

(24)

Maconha: efeitos agudos - psíquicos

Broncodilatação

 Tosse

 Aumento do apetite (larica);

Prejuízos na atenção e cognição;

Quadros de natureza

esquizofreniforme, que algumas vezes permanecem mesmo após o período de desintoxicação;

Quanto ao aparelho reprodutor, há diminuição reversível no número de espermatozoides;

(25)

O uso na vida de álcool na população total foi de 68,7%.

 Essa proporção se mantém mais ou menos estável para as diferentes

faixas etárias, lembrando que entre os 12-17 anos, 48,3% dos entrevistado já usaram bebidas alcoólicas

A prevalência da dependência de álcool foi de 11,2%, sendo de 17,1% para o sexo masculino e 5,7% para o feminino;

Regiões norte e nordeste com prevalências maiores que o resto do Brasil

No mundo:

Uso crescente entre as mulheres

Maior ingestão entre latino-americanos e povos do leste europeu. Menos entre

japoneses e grupos judaicos.

.

(26)

Fatores que influenciam a ação do álcool:

A frequência da ingestão;

A quantidade de álcool ingerida;

A quantidade de álcool absorvida;

A distribuição pelos tecidos do organismo;

A sensibilidade individual dos diferentes tecidos e órgãos;

A velocidade de metabolização.

(27)

Extraido de SUPERA, 2006

Álcool: efeitos agudos - psíquicos

(28)

Em quantidades moderadas:

Efeito sobre a temperatura corporal

Diminuição da temperatura

Vasodilatação periférica

Sudorese

Efeitos sobre o sistema cardiovascular

Aumento leve e transitório na Frequência cardíaca

Vasodilatação ( e consequente rubor)

 Trato gastrintestinal

Estimulo à secreção gástrica

Inflamação da mucosa do estômago (gastrite)

 Rins

Estimulo à diurese (volume ingerido + inibição do hormônio antidiurético)

(29)

Álcool: efeitos agudos - psíquicos

Intoxicação:

Efeito sobre a temperatura corporal

Hipotermia (alteração no sistema regular da temperatura no SNC)

Efeitos sobre o sistema cardiovascular

Redução do fluxo sanguíneo para o SNC

Diminuição da oxigenação

Trato gastrintestinal

Redução da motilidade ou paralisia do TGI

Sistema Respiratório

(30)
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(33)

Em quantidades moderadas o álcool age como ansiolítico, nos casos de intoxicação, tem ação sedativa (rebaixamento do nível de consciência) e anestésica, podendo, em casos extremos, induzir o coma e levar à morte

Transtornos Amnéstico-Alcoólicos (Black-outs)

Alucinose alcóolica

Sindrome de Wernicke

Sindrome de Korsakoff

Psicose Aguda

Psicose crônica (residual)

Outros Transtornos Psiquiátricos secundários;

Síndrome da abstinência alcoólica.

(34)

Recrudescimento do uso, com reputação de droga light.

Pico de consumo em 1985 nos EUA e por volta de 1990 no Brasil.

Uso entre artistas e pessoas de alto nível socioeconômico;

Ressurge em outra forma – CRACK, a “pedra do diabo”.

Hoje é a droga ilícita mais comumente mencionada nas admissões em prontos-socorros;

Pode ser:

Inalada (mucosa do nariz )

Ingestão oral (vilosidades intestinais)

Fumada (capilares pulmonares)

Injetada (circulação venosa)

(35)

Doses baixas (2-3 mg/kg)

 ↗ da Frequência Cardíaca e da PA ( modesto)

Não há alterações significativas na rede capilar e função pulmonar

Sudorese

Tremor leve de extremidades

Dilatação Pupilar

Euforia

 Sensação de bem-estar

 Sensação de plenitude cognitiva

 Aumento da libido

 Diminuição do apetite

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Cocaína: efeitos agudos - psíquicos

Complicações Pulmonares

Complicações Gastrintestinais

Complicações no Sistema Nervoso Central

Complicações Cardiocirculatórias

Associadas às vias de administração:

Uso endovenoso

Via Intranasal ( pó)

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A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas (2003)

Modelos de Atenção - CAPS e Redes Assistenciais:

Prestar atendimento diário aos usuários dos serviços, dentro da lógica de redução de danos;

Gerenciar os casos, oferecendo cuidados personalizados;

Oferecer atendimento (intensiva, semi-intensiva e não-intensiva) garantindo que os usuários de álcool e outras drogas recebam atenção e acolhimento;

Oferecer condições para o repouso e desintoxicação ambulatorial de usuários que necessitem de tais cuidados;

Oferecer cuidados aos familiares dos usuários dos serviços;

Obedece os Princípios (integralidade, equidade e Universalidade) SUS;

Reforma Psiquiátrica Brasileira – CAPS/Rede de Apoio Substitutiva;

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A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas (2003)

Modelos de Atenção - CAPS e Redes Assistenciais:

Descentralização das Ações;

Intervenções assistenciais, Prevenção e Promoção da Saúde, fiscalização;

Redução de Danos;

Promover, mediante diversas ações (que envolvam trabalho, cultura, lazer, esclarecimento e educação da população), a reinserção social dos usuários;

Trabalhar, junto a usuários e familiares, os fatores de proteção para o uso e

dependência de substâncias psicoativas, buscando ao mesmo tempo minimizar a influência dos fatores de risco para tal consumo;

Trabalhar a diminuição do estigma e preconceito relativos ao uso de substâncias psicoativas, mediante atividades de cunho preventivo / educativo.

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A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas (2003)

Modelos de Atenção - CAPS e Redes Assistenciais:

Responsabilidade de organizar a rede local de serviços de atenção a usuários de álcool e drogas de seu território de atuação, a saber:

Quando são a porta de entrada da rede de atenção a usuários de álcool e drogas, em sua área de atuação;

Quando o gestor local indica a unidade para coordenar as atividades de supervisão de serviços de atenção a usuários de drogas;

Devem ainda supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental, no âmbito de seu território;

Devem também Manter Listagem Atualizada dos Pacientes que, em sua Região de Abrangência, Utilizem Medicamentos para a Saúde Mental.

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A vida pulsa e vibra na Cracolândia, o que nos direciona a intensificá-la como lugar de cuidados, acolhimento e conforto, construindo coletivamente a liberdade e buscando a superação da culpa, punição e normalização do social.

Referências

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