JORNAL DOS
JORNALISTAS
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JANEIRO/2009
Órgão mensal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
número 314 FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
Filiado à
Acordo ortográfico:
uma preocupação a
mais para os jornalistas
a partir deste ano.
Pág. 4
Jornalistas de
Rádio e TV
tiveram acerto rápido
na negociação salarial.
Pág. 3
CIEE e Sindicato
discutem estágio
para estudantes
de Jornalismo
.
Pág. 3
Onde f
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ágs. 5 a 7
Justiça manda
arquivar inquérito
sobre a morte
do jornalista
Vladimir
Herzog.
Pág. 10
EXPEDIENTE
Diretor responsável: Wladimir Miranda (MTb 14.639/SP)
Editor: Carlos Ferreira Lima (MTb 15.791/SP)
Reportagem: Evelize Pacheco
(MTb 31.122/SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari
(MTb 27.183/SP)
Depto. Comercial: Fone (11) 3217-6299
Colaborador: Eduardo Ribeiro (Moagem)
Impressão: Prol Gráfica e Editora Ltda Fone (11) 2169-6199 Tiragem:10.000 exemplares
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente - José Augusto de Oliveira
Camargo (Guto); Secretária Geral -Lourdes Augusto (Lourdeca);
Secretário de Finanças - Moacir
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Secretário do Interior - Kepler Fidalgo
Polamarçuk; Secretário de Cultura e Comunicação - Wladimir Miranda;
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Secretário de Ação e Formação Sindical - Clélia Cardim (Telé);
Secretário de Sindicalização - JoséDonizeti Costa.
CONSELHO DE DIRETORES
Franklin Larrubia Valverde; Frederico Barbosa Ghedini (licenciado); Jaime Aparecido da Silva; Joel Scala; José Roberto Antonio; Manoel Bezerra Júnior; Mara Cristina Ribeiro; Rudinaldo Gonçalves e Terlânia M. T. Bruno
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Campinas - Márcia Regina Quintanilha
Oeste Paulista - Tânia Brandão
Piracicaba - Martim Vieira
Ribeirão Preto - Brás Aparecido Peripato
Santos - Nilson Regalado M. da Silva
S. José do Rio Preto - Daniele Jammal
Sorocaba - José Antonio Rosa
Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira - André Freire
COM. REG. E FISC. EXERC. PROF. (CORFEP)
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Neto
CONSELHO FISCAL
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Suplentes: José Aparecido dos Santos e Nataniel Honorato
DIRETORIAS DE BASE
Bauru: Angelo Sottovia Aranha, Jorge
Alberto da C. Arruda, Juliano Maurício de Carvalho, Luis Victorelli, Luiz Augusto Teixeira Ribeiro, Rita de Cássia Cornélio e Sandra Mara Faria Firmino.
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja
CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191 E-mail: unidade@sjsp.org.br - site: www.jornalistasp.org.br
Campinas: Agildo Nogueira Júnior, Hugo
Arnaldo Gallo Mantellato, Lílian Mary Parise, Maria Ap. dos Passos Ramos, Renata Maria Sanches, Suely Torres de Andrade e Vera Lúcia Longuini.
Oeste Paulista: Fernando Sávio e Sérgio Barbosa
Piracicaba: Adriana Nanias de Aro Pas-sari, Fabrice Desmonts da Silva, Marisa Wildner Benachio, Vanderlei Zampaulo, Noedi Monteiro, Poliana Salla Ribeiro, Ubirajara de Toledo.
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e Mantiqueira: R.Conselheiro Rodrigues
Alves, 203, Casa 2, Centro, S.José dos Campos. Tel.: (12) 3941.2686
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato
JANEIRO/2009
Editorial
UNIDADE2
Sindicato dos Jornalistas
Profis-sionais no Estado de São Paulo
iniciou o ano de 2008 com a
aber-tura da regional do Oeste
Paulis-ta, em 25 de janeiro, e encerrou
suas atividades com a
inaugu-ração de uma sala em Sorocaba
(3 de dezembro), única regional
que ainda não possuia sede física.
Além disso, todas as regionais e
a sede central foram
re-equipa-das materialmente. No meio do
período, em agosto, foi realizado
o Congresso Nacional da
catego-ria - a última vez que o
encon-tro havia ocorrido no Estado foi
em 1986. Nossa grande questão
nacional, a necessidade do
diplo-ma para o exercício profissional,
ainda não foi
resolvida e, nos
próximos meses,
voltará à pauta,
principalmen-te no Supremo
Tribunal
Fede-ral, onde
aguar-da julgamento.
Isto posto, será
preciso utilizar
essa estrutura
do
Sindicato
para continuar a
mobilização em
defesa de nossa
profissão.
Mas essa não é
a única questão
relevante neste ano que agora se
inicia, principalmente porque se
apresentam novos problemas que
afetam toda a classe
trabalha-dora, não apenas os jornalistas.
A crise econômica, cuja real
di-mensão - ao contrário da Europa
e dos EUA – parece ainda não
estar bem definida no Brasil, já
serve de mote para o
empresaria-do aprofundar a “flexibilização”
dos direitos trabalhistas. Nas
empresas de comunicação, com
uma tradição de “frilas fixos”,
PJs, falsas cooperativas e outras
coisinhas mais, isso pode
signifi-car um grande retrocesso nas
re-lações de trabalho. Isso sem falar
na grande desculpa que a crise dá
aos patrões para dificultar ao
má-ximo a negociação salarial, que
no caso de jornais e revistas e de
Compromissos renovados
e novos e velhos desafios
assessoria de imprensa têm
data-base em 1º de junho.
Assim, a luta dos jornalistas
será a mesma luta dos demais
trabalhadores. Para isso, o
Sin-dicato não pode se isolar e
pre-cisa estreitar laços com outras
organizações, principalmente
com os sindicatos do ramo da
comunicação.
Estes poucos exemplos servem
para demonstrar e simbolizar
um trabalho que tem o objetivo
de preparar a entidade para uma
atuação cada vez mais próxima
dos jornalistas. Apenas citamos
algumas questões. Os desafios
são muitos e os jornalistas
sa-bem disso. Portanto, não será
preciso enumerá-los todos, mas
apenas salientar que a solução
virá da organização, unidade da
categoria e solidariedade dos
de-mais trabalhadores.
Esta constatação, bastante
ób-via, serve para refletir sobre a
atuação e o papel de um
sindi-cato na vida dos trabalhadores.
Como o Sindicato dos Jornalistas
realizará, em breve, uma eleição
para substituir a atual diretoria,
cujo mandato se encerra em 15
de abril, data de fundação do
Sin-dicato, é importante que a futura
direção renove esse
compromis-so de lutar contra todas estas
ma-zelas que afligem a categoria.
Não é possível adivinhar o
fu-turo, tampouco fazer previsões.
Mas o processo eleitoral, com
certeza, será marcado pelo
deba-te de idéias e propostas visando
a melhor solução para superar os
problemas concretos do
dia-a-dia. E caberá aos associados
es-colher aqueles que melhor
repre-sentam os seus anseios, sonhos e
projetos de uma sociedade
me-lhor e mais justa.
Agindo dessa maneira não
ha-verá vencedores ou derrotados,
mas somente uma categoria que,
utilizando dos mecanismos
de-mocráticos, se aproxima cada
vez mais dos trabalhadores,
unifica suas ações e se fortalece
para enfrentar os desafios que o
ano apresenta.
Diretoria do SindicatoO
O processo eleitoral
no Sindicato, com
certeza, será
marcado pelo
debate de idéias
e propostas
visando a melhor
solução para
superar os
problemas
concretos
do dia-a-dia
ABONO (em reais)
Capital
Interior
Até 25 jornalistas
15% do salário de 7 horas
De 26 a 100 jornalistas
20% do salário de 7 horas
Mais de 100 jornalistas
30% do salário de 7 horas
Mínimo
429,00
236,00
Máximo
536,00
536,00
Mínimo
558,00
354,00
Mínimo
965,00
965,00
Máximo
965,00
965,00
Máximo
4.181,00
4.181,00
JANEIRO/2009Ação sindical
UNIDADE3
FO TO: L UIZA SIGULEM
Conheça o
Conheça o
Conheça o
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Conheça o
Conheça o
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Conheça o
Brasil,
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seus
seus
seus
seus
personagens,
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histórias.
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CADÊO SANTO?A INCRÍVEL TRAJETÓRIA DO P ADRE QUE VIVE EM BUSCpor SILVIA E HSACRAS ROUBADASA DAS OBRAS EITOR REALI
BRASIL, A CRISE
REAL
E O QUE ELES TÊM A DIZER SOBRE ELA:
MIGUEL JORGE, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
LUCY SOUZA, presidente nacional da Associação dos Analistas e Profi ssionais do Mercado de Capitais
ROBERTO RODRIGUES, ex-ministro
da Agricultura
ZEINA LATIF, economista-chefe do Banco ING
por MARIA ANTONIETA DEL T EDESCO LINS
O MAGNÍFICO
CAUBY
ELE JÁ CANTOU COM NAT KING COLE E BING CROSBY E CONTINUA LEVANDO LEGIÕES DE FÃS AOS SEUS SHOWS PARA OUVIR SUA ETERNA CONCEIÇÃO por FERNANDO GRANATO
ISSN 1981-55909771981559009
00018
R$ 7,90 a dança de Milhazes |as “bundinhas” do Ofi cina de Agosto|
o documentário sobre o Lira|a edição sem cortes de On the Road |
a natureza de Araquém maisa EXCLUSIVO Olho no JANE IRO 2009 número 18 – janeiro de 2009
A REVISTA MENSAL DE REPORTAGENS
18 Silv io Luiz de olho n o lance | Ec onomia em crise – proteja seu bo lso | A viagem dos tropeiros | O padre qu
e resgata obras sacras
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FERNANDO FIGUEIREDO MELLO E HÉLIO CAMPOS MELLO FOTO J.R. DURAN
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MONTADO EM CAVAGRUPO REFAZ A VIAGEM QUEOS PRIMEIROS TROPEIROSLOS E MULAS, FIZERAM EM 1733
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TODAS AS HISTÓRIAS QUE VALE A PENA CONTAR
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Os diretores da regional Litoral Norte, Mantiqueira e Vale do Paraí-ba, André Freire e Neusa Melo e
re-presentantes do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) na região, Priscila Dalmas e Vanderléa Ronconi, estiveram reunidos em dezembro para uma discussão sobre estágios de jornalismo na região. Há regras específicas para o estágio acadêmico de jornalismo apro-vadas em congressos da categoria que não são cumpridas nas empresas. O artigo 19 do
Jornalistas de Rádio e TV
tiveram acerto rápido
A
campanhasalarial de rádio e TV 2008-2009 foi encer-rada no início de de-zembro com a parti-cipação de 400 jorna-listas em assembleias, quando aprovaram a
proposta de reajuste salarial do segmen-to. Estas reuniões foram organizadas na sede do Sindicato em São Paulo e em re-dações de Presidente Prudente, Bauru, Ribeirão Preto, Campinas, São José do Rio Preto, Sorocaba, Cachoeira Paulista, Aparecida, Taubaté, São José dos
Cam-A proposta orçamentária para 2009 apresentada pela diretoria do Sindicato foi aprovada em sessões de assembleia realizadas na sede e nas regionais da entidade no dia 16 de dezembro.
A peça discutida prevê um cenário conservador na arrecadação e nos gastos da entidade para este ano, considerando a inflação estimada em 7% e um ligeiro aumento no quadro de associados. As contas do ano passado apresentaram um déficit nominal de R$ 50.172,69 e neste ano está previsto um superávit de R$ 5.920,02. Apesar do déficit aponta-do, o Sindicato ainda dispõe de R$150 mil aplicados para fazer frente às des-pesas do primeiro quadrimestre deste ano, quando é registrada uma queda na receita da entidade.
O presidente José Augusto de Olivei-ra Camargo explicou que o déficit re-gistrado no ano passado se deve, prin-cipalmente, ao prejuízo acumulado em três grandes eventos organizados pelo Sindicato: o Congresso Nacional dos Jornalistas, o Congresso Estadual dos Jornalistas e o Prêmio Vladimir Her-zog de Anistia e Direitos Humanos.
Já as mensalidades – contribuição social – cobradas dos associados serão mantidas nos mesmos valores aplicados desde 2002, sendo R$ 16,00 para a re-gião metropolitana de São Paulo, Inte-rior e Litoral e R$ 30,00 para a Capital. A contribuição assistencial também foi mantida em R$ 10,00 para a região me-tropolitana, interior e litoral e R$ 20,00 para a Capital.
pos, Santos, Piracicaba, Rio Claro, Li-meira e Itapetininga.
Pela nova convenção, o jornalista que ganha o piso terá o reajuste de 7,2% (INPC) mais o aumento real de 1%. Para quem recebe mais que o piso, o reajus-te proposto é apenas o do INPC. Cabe
Orçamento para 2009
não mexeu no valor
das contribuições
CIEE e Sindicato debatem estágio
na região do Vale do Paraíba
PISO SALARIAL
Capital
Interior
5 horas
R$ 1.351,23
R$ 861,85
7 horas
R$ 2.365,52
R$ 1.508,17
Demais faixas salariais, reajuste pelo INPC (7,2%)lembrar que estes reajustes deveriam ser aplicados aos salários de dezembro, já que a data base do segmento é no dia 1º. Con-fira os valores na tabela.
Já o abono foi dividido em três faixas, entre Capital e Interior, e será pago con-forme apresentado abaixo.
Na avaliação do SJSP, houve um au-mento da participação dos colegas nas redações, mas as conquistas podem ser cada vez maiores com a mobilização da categoria. “Outro ponto positivo desta negociação é que pela primeira vez, nos últimos cinco anos, a discussão não pas-sou para o ano seguinte”, diz o presidente do Sindicato, Guto Camargo.
Decreto nº 83.284, de 13 de março de 1979, que regulamenta a profissão de jornalista, diz que “constitui fraude a prestação de serviços profissionais gratuitos, ou com pagamentos simbólicos, sob pretexto de estágio, bolsa de complementação, convênio ou qualquer ou-tra modalidade, em desrespeito à legislação
trabalhista e a este regulamen-to”. Uma nova reunião deverá ocorrer neste mês e o Sindica-to propõe, entre outros itens, a participação dos coordenadores de curso de jornalismo da região, além do próprio CIEE, para funda-mentar as especificidades do estágio da ca-tegoria. André Freire está otimista e afirma que essa discussão regional poderá servir para reestruturar uma política com o CIEE para todo o Estado.
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JANEIRO/2009Profissão
UNIDADE4
Grande imprensa
já abraçou o novo
português
P
alavras sem acento, fim dotre-ma e novos hífens. O correto pela nova regra, por exemplo, será re-escrever e não o antigo reescrever. O ano começou com mais uma preocupação para os jornalistas: o novo acordo ortográfico da Língua Portugue-sa, sancionado em lei em maio de 2008. O Brasil terá até 2012 para ajustar todas as publicações às novas regras, além do con-teudo ensinado nas escolas. De um modo geral a imprensa já procurou se ajustar. Por sinal, deveria ser bem mais afinado esse di-álogo profissional e ético entre aqueles que produzem conhecimentos em educação, educadores, especialistas e assessores de comunicação e os que levam informações à sociedade, jornalistas e articulistas. Mas este é outro debate.
Miguel de Oliveira, jornalista
vete-rano e ex-diretor do Sindicato, é um que trabalhou na revisão e na alteração dos programas corretores usados pelos jorna-listas da Folha de S.Paulo, adaptando-os às novas regras. “Uma boa parte das pa-lavras foram corrigidas automaticamente pelo sistema, mas outras foram alteradas uma a uma”, conta. Foram 36 mil pala-vras alteradas. Oliveira se preparou para a tarefa ao longo do ano passado, ao prestar serviços para a editora Ática, compondo a equipe que estava analisando a aplicação do novo acordo nos livros didáticos e viu uma possibilidade de oferecer o trabalho a outras publicações. “Comecei a estudar aquilo, era um filão”, ressalta. Na Folha houve também o treinamento dos jorna-listas em aula teórica e há a previsão de um novo manual de redação para ser pu-blicado em março.
Na Editora Abril, editores, repórteres e
colaboradores tiveram palestras. Segundo a gerente de Serviços Editoriais da empre-sa, Bia Mendes, o processo foi iniciado em setembro do ano passado com os reviso-res. O departamento de Bia é responsável
pelo controle de qualidade dos textos pu-blicados pela Abril. “O revisor é a figura principal neste processo”, destaca ela. Dois professores de Língua Portuguesa foram contratados para as palestras. Além das au-las, os jornalistas da Abril contam com um guia rápido em dois formatos – impresso e eletrônico – para consultas diárias. A ver-são eletrônica está disponível no endereço www.abril.com.br/reforma-ortografica/ até mesmo para os internautas. A editora
também elaborou uma macro (série de
co-mandos e instruções agrupadas como um único comando para realizar uma tarefa automaticamente) instalada nos computa-dores para correção automática de acordo com as novas regras. Bia explica que todas as revistas da Abril que estão nas bancas este mês já apresentam as alterações. O treinamento para o novo acordo, segundo ela, foi oferecido também para professores de Língua Portuguesa das escolas vizinhas à Abril.
Os jornalistas do Grupo Estado têm
à disposição em seus terminais de compu-tador um corretor ortográfico eletrônico que foi desenvolvido pela Agência Estado há mais de dez anos, o que está facilitando bastante a adaptação às novas regras. “O programa tem cerca de 575 mil palavras, mas como foi desenvolvido pela própria empresa ficou fácil fazer as mudanças. Em cerca de 15, 20 dias com a ajuda de um
funcionário do arquivo do jornal, o Mar-celo Silveira, conseguimos inserir todas as palavras com acentuação nova, como alcaloide, assembleia. Ficaram faltando apenas aquelas que aguardam uma defi-nição da Academia Brasileira de Letras para sua utilização, caso das que a partir de agora levariam hífen, como reescrever, por exemplo”, diz Francisco Marçal dos Santos, que faz o controle e avaliação de erros do Estadão. E a implantação parece ter sido um sucesso. Segundo ele, os textos do dia 1º de janeiro já sairam com a nova ortografia e o nível de erro desse tipo foi zero. A empresa colocou uma cartilha para os jornalistas na Intranet. E no dia 11 de dezembro um professor do Curso Anglo fez duas palestras para os jornalistas. Mas não há previsão para lançamento de novo Manual de Redação do jornal.
No Diário de S. Paulo, escrever fora
das novas regras de ortografia já está sendo contado como erro, diz o editor executivo Nelson Nunes. Os editores e fechadores tiveram um curso de três horas com um professor de português em meados de de-zembro e foi elaborada uma cartilha para os repórteres, com o ‘beabá’ das mudan-ças. As medidas foram determinadas pelo Infoglobo, empresa à qual estão ligados também, além do Diário, entre outros jor-nais, O Globo e o Extra, do Rio. “Já temos um ‘filtro’, que é a secretaria gráfica, que
está ainda mais atenta a qualquer erro.” Todas as editorias receberam orientações de forma a encontrar formas adequadas de se enquadrar nas novas regras. “Um exem-plo que nos foi passado é que títulos do tipo ‘Chuva pára São Paulo’ não devem ser mais usados. Teremos de encontrar outro verbo, como paralisar, ou outro qualquer, já que o acento do verbo parar foi banido e usar a palavra dessa forma no título pode mudar todo o contexto do que se quer in-formar”, afirma Nunes.
O novo acordo, no entanto, não está totalmente consolidado. Existe uma sé-rie de dúvidas sobre o uso do hífen, por exemplo. Oliveira, que fez a mudança na Folha, aponta a contradição no caso do prefixo re. “Como a palavra reeleger. Nos jornais saiu sem hífen e nos livros didáti-cos com hífen”, explica. No Brasil, a Aca-demia Brasileira de Letras será o fiel da balança neste tipo de contradição – e está previsto para fevereiro a publicação do novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, que determinará o uso corre-to em cada caso.
Nas estantes das livrarias e na Internet já estão disponíveis algumas obras que aju-darão os colegas que precisam lidar com a ortografia diariamente. A editora Melhora-mentos editou o Michaelis - Guia Prático da Nova Ortografia e o exemplar em pdf pode ser “baixado” gratuitamente pela Internet (www.melhoramentos.com.br). O portal do Estadão (http://www.esta-dao.com.br/ext/especiais/2008/11/guia_ nova_ortografia.pdf) oferece um arquivo fartamente ilustrado com as principais mu-danças. Outro portal para consulta é o IG (www.ig.com.br), que antecipou a adoção das novas regras e está aplicando-as desde setembro do ano passado.
Nossa contribuição vem com o quadro nesta matéria. Um resumo das principais mudanças preparado pelo jornalista Mi-guel de Oliveira.
TREMA. O trema é suprimido em palavras
portu-guesas ou aportuguesadas. Mas será mantido em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: mülleriano, de Müller, hübneriano, de Hübner.
ACENTUAÇÃO. Não se acentuam os ditongos
abertos (sílabas tônicas) formados por EI e OI das palavras paroxítonas (só paroxítonas): Assembléia vira assembleia. Idéia vira ideia. Heróico vira heroi-co (diferente de herói que permanece o acento, pois o OI é oxítona, não paroxítona). Bóia vira boia. Mas atenção: mesmo incluídas nesse caso recebem o
acento gráfico, por se enquadrar em regra de acen-tuação, as paroxítonas terminadas em R. Exemplos: destróier, blêizer, contêiner; percebeu?
Principais mudanças do acordo ortográfico
Perde o acento gráfico a vogal tônica fechada dohiato OO em palavras paroxítonas, seguidas ou não de S. Enjôo vira enjoo, vôo vira voo.
Não se acentuam as formas gráficas verbais for-madas por EE e EEM dos verbos e seus derivados na 3ª pessoa do plural. Fica assim, por exemplo: deem (e não dêem).
HÍFEN. Vão passar, também, a se escrever sem
hífen compostos que perderam a noção de compo-sição, como o caso de girassol, pontapé e madres-silva. Ficam, agora, também sem hífen paraque-das, paraquedistas (e afins) e mandachuva. Outros compostos separados com a forma verbal PARA
seguem separados por hífen, conforme tradição le-xicográfica: para-brisa, para-choque.
Emprega-se o hífen nos seguintes prefixos: a) quando o segundo elemento for iniciado por vogal igual à letra final do prefixo: b) segundo elemento iniciado por H. São eles (entre outros): acro, agro (“terra”), alfa, ante, anti, arqui, auto, beta, bi, bio, contra.
NOTA: Quanto ao prefixo RE, algumas
publica-ções vão adotar o hífen, outras não, até que a Aca-demia Brasileira de Letras defina pequenas novas regras omissas no sistema ortográfico, o que deve ocorrer neste início de 2009.
JANEIRO/2009
História
UNIDADE5
A
lternativa, nanica,popu-lar? Não há consenso na denominação do tipo de imprensa feito quatro déca-das atrás, reação ao autoritarismo político e econômico imposto pela ditadura. Mas todos concordam que, como em outros períodos, ela reaparece quando se escan-cara a brutalidade repressiva de regimes como o implantado com o golpe de 1964, na decretação do AI-5, em 1968. Será que o espírito que animava as publicações al-ternativas se mantém em jornais, revistas, sites e blogs editados 30 anos depois da efervescência dos anos 70?
A opção da esquerda pela luta arma-da foi o pretexto para um controle mais rígido dos meios de comunicação, para impedir a divulgação das torturas e assas-sinatos políticos pelo aparelho repressivo, como observa o jornalista e professor Gustavo Falcón no livro Os baianos que rugem. A imprensa alternativa na Bahia (Edufba, 1996). Não por acaso ele faz parte da história de Versus, ex e outros alternativos.
O endurecimento chega ao paroxismo no assassínio, sob tortura, do jornalista Vladimir Herzog, em outubro de 1975, no DOI-Codi paulista. O mesmo garrote que cerceia as atividades artísticas, im-pede a tentativa de abertura de espaços
Alternativa
ao arbítrio
Guerrilheira da informação,
nos anos 60/70, quando os
grandes jornais aderem ou
calam diante da ditadura, a
imprensa alternativa dá suas
estilingadas no regime no
período mais duro do arbítrio.
E ajuda a abrir brechas na
carapaça do sistema. Uma
Opinião progressista aqui, um
Movimento mais à esquerda
adiante, Em Tempo de
Resistência à mão pesada da
repressão, não são poucos os
que têm vida curta. Mas, se
ex é quem sai de cena, logo
aparece Mais Um. De Fato,
quando falta Argumento, ao
Desacato, o Beijo é a resposta
que desnorteia e disfarça
a Invasão dos espaços que
se apresentam. No embate
liberdade Versus arbítrio, os
alternativos não fogem da
Peleia. Contudo, minguam
quando, Afinal, as forças
democráticas
levam a ditadura à
Boca do Inferno.
para o exercício do jornalismo na im-prensa convencional e leva jornalistas, intelectuais e artistas a somar esforços para romper o cerco.
Produzir novos jornais diários é di-fícil, até porque exige grandes investi-mentos. A alternativa é um modelo de imprensa capaz de enfrentar a camisa de força da censura e ser um veículo adequado à circulação das novas idéias. Para superar a precariedade de recur-sos, ampliam e diversificam a rede de colaboradores, as formas de captação de recursos para a infraestrutura e lançam mão da enorme criatividade do brasilei-ro na execução do pbrasilei-rojeto e na hora de dar nome às publicações.
Frente fragmentada
Fernando Gasparian, empresário do setor têxtil e um dos remanescentes da outrora conhecida burguesia nacional, encabeça uma frente democrática, ao criar o semanário Opinião, em 1972. Raimundo Rodrigues Pereira, que tem passagem pela inovadora revista Rea-lidade e andava insatisfeito na grande imprensa, é convidado para comandar a equipe de jovens talentos.
Não tarda a que Opinião seja censura-do, receba pressões econômicas — cor-te de anúncios, apreensão de edições já liberadas pela censura e até atentados a bancas que vendem o semanário.
Dife-renças de enfoque político levam o edi-tor e sua equipe a deixar a publicação, três anos depois.
“Opinião foi um jornal de grande re-percussão, um jornal muito bom. O dono, Fernando Gasparian, uma figura extraordinária. Mas a luta contra a dita-dura foi dividindo o campo democrático, principalmente no governo Geisel”, diz Raimundo. “No campo popular, Opinião adotou uma postura de considerar que as manobras de Geisel eram mais democrá-ticas e tal, enquanto nós achávamos que o general organizou uma saída autoritária, de direita, cuja primeira tarefa foi liquidar a oposição mais radical. Liquidar fisica-mente e desaparecer com os corpos.” As divergências, diz, “levaram a que o patrão, no caso Gasparian, nos demitisse”.
“Toda a redação saiu comigo, gente como Tonico (Antonio Carlos Ferreira, seu companheiro em Amanhã, feito por estudantes, em 1967, e distribuído a ope-rários) e Marco Gomes, só para citar dois nomes”, afirma Raimundo. Profissionais extremamente competentes, jornalística e politicamente, de acordo com ele. Com os espaços bloqueados na grande imprensa, buscam um novo rumo, com o lançamen-to de Movimenlançamen-to.
Formato e estilo seguem o do anteces-sor, mas o conteúdo aponta outros rumos. “Fomos mais à esquerda do que Opinião. O nosso caminho, o caminho da
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sa popular é à esquerda”, diz Raimundo. No conselho editorial, nomes de peso: Fernando Henrique Cardoso, Audálio Dantas, Chico Buarque, Orlando Villas-Boas, Edgar da Mata Machado, Hermilo Borba Filho e Alencar Furtado. Mas, o que diferencia Movimento dos demais é a organização como empresa de jornalistas. “Fizemos uma empresa, com diretoria, conselho... Vendemos cotas para lançar o jornal. E as pessoas doaram 51% do valor da cota para um Conselho de Redação. O conselho é que era o dono. As crises no jornal foram resolvidas por este conse-lho”, afirma o editor.
Outros jornalistas insatisfeitos com a falta de espaço na imprensa convencio-nal, se organizam em cooperativas. A mais expressiva e duradoura delas, Coo-jornal, em Porto Alegre (1974 a 1983), para a prestação de serviços jornalísti-cos, é formada por experientes profissio-nais que saem da Folha da Manhã, em 1975, entre os quais José Antônio Viei-ra da Cunha, Osmar Trindade, Rosvita Saueressig, Euclides Torres, Elmar Bo-nes e Jorge Polydoro. Daí a lançar jornal próprio foi questão de tempo.
Riso ferino
Um pouco antes, em 1969, no Rio, jor-nalistas e humoristas lançam um sema-nário para circular apenas entre a patota do bairro de Ipanema e adjacências. Mas O Pasquim, que reúne uma turma caleja-da em outras experiências, como Millôr Fernandes (Pif-Paf, 64), Ziraldo, Jaguar, Tarso de Castro, decola e surpreende até mesmo os criadores. Ganha expressão nacional, dita moda no campo dos cos-tumes e cutuca o sistema pelo deboche e denúncia dos abusos autoritários. Chega a vender 250 mil exemplares e estabelece um jeito descontraído de fazer jornalismo. Nessa escrita, o hebdomadário sobrevive como o mais longevo dos alternativos. Continua aí, com algumas interrupções e mudança de mão, é verdade.
Em outra faixa, surgem alternativos ligados a outro grupo criativo e talento-so, com passagem por Realidade e outras publicações. É o time de Sérgio de Sou-za, integrado por Myltainho Severiano, Narciso Kalili, Hamilton Almeida Filho, o Haf, e Amâncio Chiodi, que cria Ex, Bondinho, Mais Um...
Se a primeira reação à ditadura, de pu-blicações como Pif-Paf, é pela galhofa, no golpe dentro do golpe do final de 1968, uma nova geração de ilustradores e car-tunistas também dá o ar da graça. Os ir-mãos Caruso, Luiz Ge, Jota, Angeli, Alcy, Laerte e outros cutucam o sistema com o bico de suas penas e a expressividade dos
traços, em publicações como Opinião, Movimento, Versus. Mas os estrategistas principais são jornalistas com nomes as-sociados a projetos de renovação da gran-de imprensa: Sérgio gran-de Souza, Raimundo Pereira, Marcos Faerman, entre outros.
A centelha que incendeia mentes e disposição para reagir ao arbítrio é o as-sassinato de Vladimir Herzog. Bernardo Kucinski, que faz parte dessa geração de jornalistas, escreve, na página 21 do livro Jornalismo e Revolução, nos tempos da imprensa alternativa (Edusp,
2003): como outros surtos, o fenômeno alternativo tem contornos nítidos no tempo. O apogeu foi no triênio 1975/77, “quando o padrão alternativo tornou-se dominante”. Em pouco mais de um ano sur-gem cerca de 40 publicações, a maior parte de vida efême-ra - caso de Invasão, de 1976, em Salvador, com apenas uma edição. Mas, qual hidra da mi-tologia, a cada cabeça decepa-da muitas se apresentam.
Bendita porralouquice
A turma de Sérgio de Souza cintila aqui e ali. Mas é com ex,
como lembra Myl-tainho Severiano — não por aca-so, substituto do saudoso “Serjão” em Caros Amigos — que esse pes-soal faz do medo o aditivo para en-fraquecer a besta-fera. Perguntamos a Myltainho qual o grande momento dos alternativos e ele nem pisca: “Acho que foi a morte do Vlado, que até gerou o prêmio do Hamil-ton. A nossa man-chete foi: ‘Liber-dade, liber‘Liber-dade, abre as asas sobre nós’, no ex-16.”
Desafiando o medo, passam por cima do excesso de cautela, inclu-sive do Sindicato
dos Jornalistas,
que manda uma
“comissão de uns cinco rapazes, que fo-ram à nossa redação (....) pedir para a
gen-te não publicar a matéria”, diz Myltainho. E botam o ex 16 na rua.
O argumento da comissão, de acordo com Myltainho, é este: a linha dura mi-litar “estaria vencendo a correlação de forças e estaria a sair caçando, de novo, a esquerda, desta vez para dizimar”. O pes-soal do Sindicato temia que a reportagem precipitasse algo do gênero. “Um erro de avaliação. Justamente essa reportagem contribuiu para acuar mais um pouco a direita, que já estava acuada, porque a
re-percussão da morte do Vlado foi enorme. A praça da Sé lotou na missa de sétimo dia, oficiada por D. Paulo.”
“Li em algum lugar que o medo pode ser paralisante ou
impulsionador”, prossegue
Myltainho, sem esconder que “o medo, a tensão, o pavor de ver chegar uma C-14” (modelo de veículo largamente usado pela repressão) provoca nele o ‘bruxismo’. “Eu arrebentei vá-rios dentes. Mas, a gente tam-bém sentia. Eu, pelo menos, sentia que botar aquele jornal na rua era salutar. Se não fizesse aquilo, iria me agachar pro resto da minha vida. Não sairia inteiro,
fisicamente
in-teiro. Voltar para trás, depois de 10, 15 dias, duas se-manas apurando uma reportagem, talvez a mais im-portante da nossa vida até hoje, e, de repente, atenden-do a um apelo, ce-der ao medo, não publicar?”
A Polícia Fe-deral comunica aos editores que o jornal estaria sob censura prévia. “A gente não se submetia jamais à censura. A gen-te fechava e abria outro, era o nosso padrão”. Dito e feito.
Mudam o títu-lo. E o ex-17, cuja edição já estava em andamento, vira Mais Um, com reportagem de Otávio Ribeiro sobre o Esquadrão da Morte. “Aí, o coronel Barreto nos
in-Ainda há espaço para o exercício do jornalismo alternativo? Algumas publicações caberiam no modelo. É o caso, entre outras, de Caros Amigos, de ViaPolítica, revista virtual que não es-conde seus laços com Versus, de Retratos do Brasil, revista com a marca de Raimundo Pereira, da Revista do Brasil e da Brasileiros, mais uma iniciativa de Ricardo Kotscho, Nilando Beirão e Hélio Campos Mello. Mas os pontos de vista diferem. Para o jornalista e professor da Ufba Gustavo Falcón, a imprensa alternativa era uma forma de produção jornalística de contestação ao sistema, de contracultura. Com o fim da ditadura, “o garrote da censura e da ameaça de prisão foi substituído pelo garrote do envolvimento com negócios, principalmente imobiliários, da indústria da construção”. Segundo ele, atualmente, algo que lembra a imprensa alternativa do período ditatorial são publicações como Caros Amigos, “mais à esquerda”, e Piauí, no que tange a pauta, texto e imagem.
Myltainho Severiano, editor de Caros Amigos, pergunta: “O que é alternativo?” No seu modo de ver, era uma expressão da época (anos 70/80). “Hoje a gente prefere não chamar uma revista como Caros Amigos de alternativa. É uma revista independente. Não deixa de ser alter-nativa, assim como, no mesmo sentido, a Carta Capital é uma alternativa às outras semanais, que são tudo farinha do mesmo saco. Da mesma forma, temos Piauí, Bravo e assemelhadas, um jornalismo que eu chamo de fofo”.
Raimundo Rodrigues Pereira afirma que ainda há espaço para a imprensa alternativa, que ele prefere chamar de popular. “O que veio depois da ditadura? Foi uma democratização ampla? Não foi. Primeiro entramos num ciclo liberal, com eleição de Collor, Fernando Henrique... E o que aconteceu com a chamada mídia, imprensa escrita e televisionada, falada, etc? Não vi progresso”. No campo tecnológico, ele admite que houve algum avanço. “Com a introdução do computador, as coisas ficaram mais rápidas num certo sentido: impressão, essas coisas técnicas, mas a qualidade caiu. Revista como Veja, que tinha capacidade de investigação política, hoje, eu acho, é uma revista dispensável”.
“Agora nosso clube da esquina está na internet”, diz Omar de Barros Filho. Revista virtual, ViaPolítica, que ele edita com Sylvia Bojunga, aborda a política em seu sentido mais amplo, tratando de suas interfaces com a cultura, as artes, a economia, a diplomacia, o meio ambiente, a responsabilidade social, as novas tecnologias, o comportamento e o humor. Essa, de acordo com ele, é uma das alternativas para o jornalista “contribuir com sua experiência renovada para enfrentar o desafio da web com novas utopias”.
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timou a comparecer na Polícia Federal e, para resumir, disse: ‘Ou vocês param com isso (brandindo o Mais Um) ou não respondo mais pela integridade de vocês”. Isso, somado ao prejuízo da apreensão de 50 mil exemplares de um número especial (Extra: O Melhor de ex), na distribuidora, leva a turma a paralisar Mais Um.
Em meados dos anos 70, os primeiros presos políticos com penas já cumpridas reintegram-se à vida civil, observa Ber-nardo Kucinski, no livro já citado. Uma das opções de trabalho é a imprensa alter-nativa. No plano nacional, pipocam jor-nais aqui e ali, como Versus e Movimento, e logo depois Em Tempo — com a turma que deixa Movimento, na qual predomi-na o ativismo político. Regiopredomi-nalmente, jornalistas de prestígio dão cria a publi-cações como De Fato (Minas), Coojornal (RS), Boca do Inferno (BA), Resistência
(PA), muitosde curta existência. A
cam-panha da anistia gera publicações como Maria Quitéria. Também surgem alguns ligados a movimentos populares e ao ati-vismo do movimento feminista (Brasil Mulher, Nós Mulheres, Mulherio). O vai-vém de jornalistas entre essas publicações é constante.
Caos criativo
Omar de Barros Filho, editor de Versus durante quatro anos, lembra que o jornal, “lançado poucos dias depois de anuncia-da a tragédia de Vladimir Herzog”, em outubro de 1975, tem semelhança com jeito de ser de Marcos Faerman, o Mar-cão, seu articulador, editor de ex, do nú-mero 6 ao 10. “Versus era desordenado, indisciplinado, inventivo.” Do jornalista e escritor Eduardo Galeano, veio o toque para a experiência da Crisis, revista argen-tina, que inspira “a temática da América hispânica que Versus incorporou de for-ma inédita no Brasil”, trazendo não só a realidade repressiva latino-americana a um público “mais acostumado e sensível aos assuntos e debates na moda em Paris ou Nova York”, mas, também trabalha “sobre os mitos, a história, as culturas do continente com emoção”.
As pontes que Marcão estabelece com a universidade, “que até então vivia cerce-ada pela ditadura”, contribuem para que
Versus venda 30 mil exemplares mensais e conquiste o Prêmio Vladimir Herzog pela publicação de um depoimento que denuncia a violência contra os presos po-líticos no País. Escrita no cárcere, traz o título: “Carta de um torturado ao presi-dente Geisel.”
Omar afirma que o espírito dos cola-boradores naquela época, amadurecido ao longo desses anos, continua presente, agora, na internet. O site ViaPolítica, reú-ne remareú-nescentes de Versus, reafirmando que “companheirismo, amizade e con-fiança são valores mais fortes que as dis-tâncias e as diferentes visões de mundo”.
Volta às bases
O repúdio ao assassinato de Vlado es-timula a criação do mineiro De Fato. O atual presidente do Sindicato dos Jorna-listas de Minas Gerais, Aloísio Morais Martins, trabalha no Diário de Minas, quando o proprietário do jornal, Afonso Paulino, “soltou editorial justificando o assassinato, rasgando a capa de liberal”. É a “gota d’água para a debandada geral” da redação. “Aí, surgiu a idéia de fazermos um jornal nosso”, o que se concretizou em 1976. “Arrecadamos o dinheiro neces-sário, fizemos o primeiro número e todos saímos vendendo”, diz Aloísio. O dinhei-ro apurado assegura o segundo númedinhei-ro, que viabiliza o terceiro, e por aí segue, até a edição 28, em 1978.
Dezenas de colaboradores passam por De Fato, alguns eventuais, outros mais ou menos fixos, mas todos participam do trabalho coletivo, da apuração das informações à feitura e venda do jornal. Nesse entra e sai, ora o jornal pende para a política, ora para o jornalismo. E revela muita gente, entre jornalistas e cartunis-tas que irão contribuir com outras publi-cações, nomes como Flaminio Fantini, Beth Cataldo, Charles Magno e Aroeira.
A redação, funciona na casa de Aloísio, “invadindo o meu quarto”. Certo dia, os esbirros da ditadura passam das ameaças telefônicas à invasão da casa. “Numa noi-te em que eu e Fernando dormimos fora,
entraram, quebraram máquina, telefone e outros objetos, largando uma garrafa com produto inflamável”, sinal da intenção de atear fogo no local.
De Fato, que já definha no ocaso da ditadura, com a debandada de colabora-dores para publicações sindicais e parti-dárias, organizações comunitárias, até mesmo para a imprensa tradicional, tem, naquela agressão, o empurrão que falta para encerrar sua oscilante trajetória, que começa com mil exemplares e tem pico em torno de cinco mil. Aloísio acredita que, “como ocorreu em outros pontos do País, com outros alternativos, De Fato foi fruto de uma época em que o desconten-tamento profissional e a falta de espaço para se manifestar eram enormes”.
Tiro de misericórdia
A censura prévia é uma das armas uti-lizadas para asfixiar jornais mais expres-sivos, como Opinião, Movimento e Pas-quim. Obrigados a mandar originais com dias de antecedência à Brasília, recebem de volta pedaços de matérias para serem remontados. Isto, mais a crônica inca-pacidade administrativa que caracteriza essas editoras, principalmente no quesi-to distribuição, acelera a decadência e o fechamento da maior parte dos alterna-tivos, num momento em que a imprensa convencional (“imprensa gorda”, no dizer de Myltainho), de um jeito ou de outro, acomodada ao sistema, dá uma arejada na pauta. Mas, aí, já estamos nos anos 80.
Atacados por diversos flancos — pri-são de dirigentes, apreenpri-são de edições, e pressão de militares contra os anunciantes — alternativos como Coojornal, de Porto Alegre, perdem gás no início da década de 1980. Ressalte-se que a receita deste jornal baseia-se na venda avulsa (68%) e publici-dade (25%).
As dissensões internas, somadas a erros administrativos, também fazem estragos. E não dá para esquecer o fortalecimento de jornais partidários (O Trabalho, Con-vergência Socialista, O Companheiro, Causa Operária, Hora do Povo, Tribuna da Luta Operária e Voz da Unidade, entre outros) que abrem o leque de oportunida-des a jornalistas militantes políticos.
Em Tempo é dos poucos alternativos que entram em 1980. Criado pela corrente que deixa Movimento em 1977, motivada pela rejeição à proposta de convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, entre outras divergências, apresenta-se como “espaço político para um conjunto de expressões que não estavam em ne-nhuma organização política, como um espaço para a militância”, nas palavras de Tibério Canuto, presidente do jornal até
1980. Com passagem pelos baianos Boca do Inferno e Invasão, e retorno a um Mo-vimento em estado terminal, ele admite que “a convivência era um pouco compli-cada em todas as publicações”. Mas o que temos em 1980, é um Em Tempo desfigu-rado na forma e conteúdo - órgão do gru-po trotskista Democracia Sindical (DS) já em 1979, adere ao formato tablóide.
Caso especial
Em Minas, surge, em 1976, o Jornal dos Bairros, que circula até 1983, “atrain-do jornalistas, estudantes e organizações populares”, de acordo com Nilmário Mi-randa, um de seus mentores, juntamente
com Tilden Santiago.
“Foi uma escola de jornalismo popular. Vinha gente de outros estados para ver esse trabalho”, observa o ex-preso políti-co e ex-ministro dos Direitos Humanos. Distribuído por mais de 100 moradores e colaboradores (a maior parte estudantes de comunicação ou profissionais da área) na região do Barreiro, Contagem, Betim e Ibirité, na Grande Belo Horizonte, alcan-ça quinzenalmente mais de 60 bairros.
Baseado no voluntariado, o Jornal dos Bairros contribui para mudar a forma de atuação das esquerdas, abri-gando militantes do MR-8, PCdoB, Centelha, diz Nilmário. Ele ressalta que o coletivo se envolve nas tarefas administrativas, de redação e venda.
Nilmário lembra das reuniões de pauta, que chegam a reunir 100 pessoas nas ple-nárias, para discutir temas relacionados a movimento ambientalista, transporte coletivo decente, moradia, sem jamais es-quecer que “para cumprir seu papel po-lítico, é preciso fazer bom jornalismo”. A criação do PT, que atrai cerca de 90% dos militantes, o novo sindicalismo que o jornal ajuda a moldar, e os mesmos fe-nômenos que solapam o encanto dos al-ternativos em geral, põe um ponto final na trajetória do Jornal dos Bairros e neste capítulo do jornalismo no País.
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Moagem
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N T E R N E T
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S S E S S O R I A S
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N T E R I O R
E C A P I T A L
Este Moagem abre 2009 mostrando alguns lançamentos, como o
da revista Súmula, demissões na Gazeta Mercantil, e as novas
an-danças de Clayton Netz, Renato Essenfelder, Guilherme Evelin, Ivan
Martins, entre outros. Destaca ainda a renúncia de nosso
ex-presi-dente Audálio Dantas à Presidência da Representação São Paulo da
ABI e à Vice-Presidência Nacional da instituição, no que foi seguido
por todo o Conselho Consultivo. Entre as notas tristes, a morte de
Tide Hellmeister e Walmir Venturini. Boa leitura!
R
E V I S T A
J
O R N A L
C
o Estadão, Julia Duailibi deixou acoluna Direto da Fonte e foi para
Nacio-nal. E Gabriel Manzano Filho, que era
da Nacional, voltou para a coluna. Ainda
no jornal, Rodrigo Pereira deixou
Me-trópole para ser assessor de imprensa do Ministério Público Federal.
A
ndréia Fernandes saiu do Jornalda Tarde e está agora como analista de comunicação do Grupo Fleury Medicina e Saúde.
A
ngélica Nicoletti começou comoeditora dos Cadernos Especiais do Diá-rio do Grande ABC. Ainda por lá,
regis-tro para o retorno de Elaine
Grancona-to, na editoria de Política.
N
a Folha de S.Paulo, registro para achegada de Renato Essenfelder na
equi-pe do caderno Dinheiro.
U
ma reestruturação na GazetaMercantil provocou a demissão de 70 funcionários, 15 deles da redação.
Dei-xaram o jornal Ana Maria Géia,
Edil-son Coelho, Marcos Seabra, Fabiana Gitsio, Simone Cavalcanti, Elaine Bittencourt, Antonio Furtado, Shei-la Horvath, Márcia Maria, Fernando Taquari, Romualdo Ribeiro e Rubens Ribeiro da Silva.
M
iguel de Oliveira reforçou aequipe da Folha de S.Paulo que cuidou do programa de adaptação do jornal ao Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Ele trabalha atualmente na New West (11-3531-8761).
L
eilane Vasconcellos começou noJornal 100% Bairro, do Grupo Upper.
G
uilherme Evelin e Ivan Martinsforam promovidos, passando a compor, com André Fontenelle, o trio de
edito-res-executivos de Época.
L
ucas Amorim foi efetivado comorepórter da editoria de Gestão da Exame,
na vaga de Larissa Santana, que deixou
a revista.
N
atasha Madov deixou a Trip e acus-tomizada Dufry World e está agora como diretora de Redação da Tam Nas Nuvens,
no lugar de Thiago Lotufo. Para o lugar
de Natasha, a Trip escalou o editor Lino Bocchini.
R
obson Viturino está há algunsme-ses na Vistadivina.
C
layton Netz e João Paulo Nuc-ci deixaram a soNuc-ciedade na Totum, parafundar a Barravento (11-3031-9626), es-pecializada em publicações corporativas,
customizadas e outras. Nely Caixeta
se-gue à frente da Totum e da revista PIB.
O
Diário OnLine, site de notícias emtempo real do Diário do Grande ABC, estreou em 1º/12 o boletim Ronda da Madrugada, gravado diretamente da re-dação com as notícias policiais da região. A iniciativa surgiu de uma parceria entre
Marcelo Ruiz, do Diário OnLine, e o
repórter policial Evandro De Marco, do
Diário impresso.
E
duardo Reina, do Estadão, estreouo blog É tudo política, que pode ser
confe-rido no http://etudopolitica.blogspot.com.
F
abiano Candido deixou oInformá-tica Hoje, da Plano Editorial, e começou como editor-assistente da Info Online, respondendo pelo canal Downloads.
R
odrigo Rainho (ex-Art Press eatu-almente disponível para frilas) vai lan-çar no dia 25/1/09 o blog TV Realidade (www.tvrealidade.com.br), focado em re-ality show, documentário e teatro.
A
lfredo de Souza,ex-diretor-re-gional do nosso Sindicato em Santos, assumiu a Chefia do Departamento de Comunicação da Prefeitura de Praia
Grande, em substituição a Kátia
Giu-lietti, que se desincompatibilizou para
seguir assessorando o ex-prefeito
Al-berto Mourão em seu escritório
políti-co. A troca desencadeou outras
mudan-ças: Melchior de Castro, que ocupava
a Chefia de Redação, retornou à Pre-feitura de Cubatão. Em seu lugar ficou
Antonio Cassimiro. Edgar Dallác-gua passou a assessor do gabinete do
prefeito.
O
repórter fotográfico FredCasa-grande (fredcasagrande@gmail.com) deixou o Comércio da Franca para voltar à Baixada Santista. Ele assumiu a Foto-grafia da Prefeitura de Mongaguá, sua terra natal.
E
laine Silva, editora da FolhaRibei-rão, regional da Folha de S.Paulo, estreou no caderno a coluna Painel Regional, con-tando com a colaboração de José Benedi-to da Silva e George Aravanis.
E
m Araraquara, Jonas Gonçalvesdeixou a Folha da Cidade e começou na
Tribuna Impressa.
A
driana Silva, que dirigia o Institutode Pesquisa e Estudo de Ribeirão Preto, é a nova secretária da Cultura da cidade.
P
atrícia Penteado (ex-Record) estáagora no SBT Ribeirão Preto,
apresen-F
red Ghedini (fredghed@gmail.com), ex-presidente do nosso
Sindi-cato, deixou a assessoria do vereador petista Donato, na Câmara Municipal de São Paulo.
M
aysa Penna assumiu o posto dedi-retora-adjunta da CDN, com dedicação integral à conta da Odebrecht.
L
uiz Cegato Bertomeu ( luiz.cega-to@bt.com) começou como gerente de Comunicação Corporativa para a Améri-ca Latina na British Telecom.D
aniela Barbará (daniela@evcom. com.br) deixou a MVL para se associar à Evcom.J
ean-François Hue deixou o GrupoAccor.
C
omeçaram na S2 Esther Camara,Ronald Silva, Adelaine Nascimento, Ricardo Iunes e Alexsandro dos San-tos Pimenta.
P
atrizia d’Aversa assumiu a diretoriada Mass Media.
A
parecido Francisco (cidfrancis@ uol.com.br) deixou a WCA.JANEIRO/2009 UNIDADE
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T
E L E G R Á F I C A S
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A N Ç A M E N T O S
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G Ê N C I A
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I V R O S
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E G I S T R O
F
aleceu no último dia 27/11, aos 87anos, Walter Lacerda, que trabalhou no
final dos anos 40 e início dos 50 na Folha de S.Paulo, tendo depois passado por Ga-zeta Esportiva, Popular da Tarde, TV Re-cord e Rádio Panamericana (atual Jovem Pan), sempre cobrindo esportes. Depois atuou como assessor de imprensa, inclu-sive do São Paulo Futebol Clube. Deixou três filhos e cinco netos.
F
lávio Pedroso morreu, aos 73 anos,D
epois de quase oito anosviven-do e atuanviven-do em Piraju, no interior de
São Paulo, Otávio Bueno da Fonseca
está de volta à capital paulista,
associa-do a Joel Santos Guimarães e
Cláu-dia M. Abreu na Agência Meios.
C
laudia Rezende (claudia.rezende@ajato.com.br) deixou a Diretoria de Co-municação da McCann Erickson. O cargo foi extinto.
M
ariana Marçal (11-7682-7663)co-meçou na Ace.
A
driana Bueno (ex-Comunicação daGol) reforça a área de projetos e consul-toria da Tree.
S
ob a batuta de Joaquim MariaBo-telho, começou a circular a revista
Súmu-la (Editora BruxeSúmu-las;
contato@revistasu-mula.com.br e 11-3141-0082), com tira-gem de 50 mil exemplares e periodicidade mensal. Ela é dirigida a operadores do Direito e sua função é explicar e esmiuçar questões relativas à aplicação da Lei e da
Justiça. Estão na equipe Daniel
Perei-ra, Antonio Marmo Cardoso e Renato Sant’Anna; e mais os colaboradores José Eustáquio de Freitas, que cobre a área
econômica, Ana Paula Galvão,
corres-pondente na Europa, Fernando de
San-tis, Marcos Zibordi, Jefferson Coppola
e Tanda Melo, os dois últimos na
foto-grafia. O site, que já está no ar, é www.
revistasumula.com.br.
C
om tiragem de 20 mil exemplares,periodicidade semestral e distribuição nacional, chega ao mercado a revista É Pique (Editora Manchete), filhote de Pais e Filhos, focada em festas de aniversário.
Na equipe estão Larissa Purvinni
(edi-tora-chefe), Magali Balloti (editora),
Fá-tima Liberatori (diretora de Arte), Ca-mila Toledo (projeto gráfico), Mariana Mirrha (repórter), Letícia Oliveira
(pro-dução), Daniel Japiassu (revisor), Paula
Dip e Sofia Benini (colaboradoras). A
versão online está a cargo de Claudia
Casanova (editora) e Bruno Pansarello
(webdesigner).
A
událio Dantas, ex-presidente donosso Sindicato, renunciou à Presidên-cia da Regional São Paulo e também à Vice-Presidência Nacional da ABI. Em carta que dirigiu ao presidente do
Conse-lho Deliberativo, Pery Cotta, ele alegou
profundas divergências com o presidente
Maurício Azêdo na condução da
insti-tuição. Com ele e em solidariedade, tam-bém renunciou o Conselho Consultivo da Representação São Paulo integrado, entre
outros, pelos professores José Marques
de Melo e Carlos Chaparro, Carlos Marchi, Alberto Dines, Sérgio Gomes, Laurindo Lalo Leal, Gioconda Bordon
e este colunista.
O
mesmo Audálio aceitou convitedo presidente da Câmara dos Deputados,
Arlindo Chinaglia, para integrar o
Con-selho Nacional de Comunicação, que está sendo reativado após período de inativi-dade. São 13 os membros, representando setores diversos do mercado e da socie-dade civil.
R
oberto Muylaert, da RMC,assu-miu no início de dezembro a Presidência da Associação Nacional dos Editores de Revistas – Aner, cargo que exercerá no biênio 2008-2010.
Q
uartim de Moraes (apquartim@dualtec.com.br) despediu-se da Ediouro, onde, desde maio de 2007, trabalhava como editor-associado.
O
cantor Roberto Carlos lançará emmarço de 2009 uma revista anual intitula-da Emoções. A publicação será produziintitula-da pela Editora Glamurama e dirigida por
Joyce Pascowitch.
L
uiz Carlos Ladeia ganhou o PrêmioCidade de Recife de Literatura, na cate-goria Teatro, pela peça Passos de Ontem, que retrata o drama dos moradores de rua que sobreviveram ao massacre da Sé.
A
Fundação Reuters abriu inscriçõespara seu Programa de Bolsas de Estu-dos, que permite a jornalistas estudarem de três a nove meses na Universidade de Oxford. Exige um mínimo de cinco anos de experiência e proficiência na língua
inglesa. Inscrições até 28/1 no http://
reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/fello-wships/applying.html.
C
hegaram às livrarias Mordaça noEstadão, de José Maria Mayrink; A casa
da minha infância (Agir), de Luís
Nas-sif; Folha Explica Roberto Carlos
(Pu-blifolha), de Oscar Pilagallo; Missão no
Reich – Glória e covardia dos diplomatas latino-americanos na Alemanha de Hitler
(Odisséia Editorial), de Bob Lopes; Veja
sob censura – 1968-1976 (Editora
Jabo-ticaba), de Maria Fernanda Lopes
Al-meida; É Câncer (Bei Editora), de Cami-lo Vanucchi e José Alberto Camargo;
Além do Silêncio – Peregrinação
Ecumê-nica por Mosteiros da Europa, de
Arce-lina Helena Públio Dias; Desvirando a
página: a vida de Olavo Setubal (Global
Editora), de Ignácio de Loyola Brandão
e Jorge J. Okubaro; Neoliberal, não.
Li-beral (Editora Globo), de Carlos Alberto
Sardenberg; Ping Pong – chinês por um
mês (Editora Arte e Paubrasil), de Felipe
Machado; A reconstrução do Timão – A
saga do Corinthians na segunda divisão, de Maurício Oliveira e Rodrigo Vesso-ni; A saga corintiana — A maior prova de
amor da Fiel ao Timão, de Luís Augusto
Simon; A Globalização e o Capitalismo
Contemporâneo (Expressão Popular), de Edmilson Costa; Paginas Ímpares
– Um jeito rio-pretense de olhar para Rio
Preto (THS Arantes Editora), de José
Luís Rey; Sujeito oculto e demais graças
do amor (Editora Record), de Luciana
Pinsky; Operação Condor: O seqüestro
dos uruguaios (LP&M), de Luiz Cláudio
Cunha.
no último dia 2/12, em Bauru, vítima de enfarte. Natural de Ourinhos, ele atuou em diversos veículos, como Rádio Auri-Verde, TV Bauru, Bauru Rádio Clube e Diário de Bauru. Desde 1997, escrevia colunas para o Jornal da Cidade, também de Bauru.
F
aleceu no último dia 19/12, aos 70anos, em São Paulo, Walmir
Venturi-ni, revisor aposentado do Estadão desde
1998. Um dos últimos profissionais for-mados nos moldes da antiga revisão, área hoje extinta, foi vitimado pela hemorra-gia de um tumor, mas sofria de peritonite, leucemia e aneurisma.
T
ambém em São Paulo, faleceu noúltimo dia 31/12, aos 66 anos, de parada
cardíaca durante um cateterismo, Tide
Hellmeister, considerado um dos
maio-res artistas gráficos do País e um mestre da colagem, que durante cerca de dez anos ilustrou a coluna Diário da Corte, de Paulo Francis, no Estadão e em O
Globo e que completaria este ano 50 anos de carreira. Havia vários anos dedicava-se exclusivamente à colagem, que classifica-va como a “verdadeira arte da liberdade”, à qual acrescentava uma forte e refinada caligrafia – sua marca registrada. Deixa os
filhos André, Tito e Alice.
Cursos
Cursos de Redação Criativa (Avan-çado) e Jornalismo Cultural estão agendados para o mês de fevereiro no Sindicato, oferecidos pelo Depar-tamento de Formação. Esses cursos são definidos a partir das sugestões dos próprios jornalistas e posterior-mente os conteúdos e a concepção estabelecidos mediante consultas a professores e profissionais.
Para ampliar esse trabalho, o De-partamento de Formação está aberto a várias parcerias. Atualmente conta com o apoio da UNICID – Universi-dade CiUniversi-dade de São Paulo e da Ação Educativa e já teve atividades com apoio da BM&F, da Escola de Comu-nicações e Artes da USP, da Funda-ção Escola de Sociologia e Política de São Paulo, do IPSUS – Instituto Pró-Sustentabilidade, da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econô-mico, entre outras. Informações: (11) 3217 6294 ou 3217 6297.