Parlamento Europeu
2019-2024TEXTOS APROVADOS
P9_TA(2021)0230
Mobilização do Fundo de Solidariedade da União Europeia para prestar
assistência à Grécia e a França em relação com catástrofes naturais; e à
Albânia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Chéquia, Espanha, Estónia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo,
Montenegro, Portugal, Roménia e Sérvia em relação com uma emergência
de saúde pública
Resolução do Parlamento Europeu, de 18 de maio de 2021, sobre a proposta de decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à mobilização do Fundo de
Solidariedade da União Europeia para prestar assistência à Grécia e a França em relação com catástrofes naturais; e à Albânia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Chéquia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Montenegro, Portugal, Roménia e Sérvia em relação com uma emergência de saúde pública (COM(2021)0201 – C9-0117/2021 – 2021/0077(BUD))
O Parlamento Europeu,
– Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento e ao Conselho (COM(2021)0201 – C9-0117/2021),
– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 2012/2002 do Conselho, de 11 de novembro de 2002, que institui o Fundo de Solidariedade da União Europeia1,
– Tendo em conta o Regulamento (UE) 2020/461 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de março de 2020, que altera o Regulamento n.º 2012/2002 do Conselho a fim de prestar assistência financeira aos Estados-Membros e aos países que estão a negociar a sua adesão à União gravemente afetados por uma emergência de saúde pública de grande dimensão2,
– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) 2020/2093 do Conselho, de 17 de dezembro de 2020, que estabelece o quadro financeiro plurianual para o período de 2021 a 20273, nomeadamente o artigo 9.º,
– Tendo em conta o Acordo Interinstitucional de 16 de dezembro de 2020 celebrado entre o Parlamento Europeu, o Conselho da União Europeia e a Comissão Europeia sobre a disciplina orçamental, a cooperação em matéria orçamental e a boa gestão financeira,
1 JO L 311 de 14.11.2002, p. 3. 2 JO L 99 de 31.3.2020, p. 9. 3 JO L 433 I de 22.12.2020, p. 11.
bem como sobre os novos recursos próprios, incluindo um roteiro para a introdução de novos recursos próprios1, nomeadamente o ponto 10,
– Tendo em conta a carta da Comissão do Desenvolvimento Regional, – Tendo em conta o relatório da Comissão dos Orçamentos (A9-0157/2021),
1. Congratula-se com a decisão, que constitui uma forma concreta, tangível e visível de solidariedade da União para com os cidadãos e as regiões da União afetadas por catástrofes naturais e pela emergência de saúde pública de grande dimensão, em 2020, causada pela pandemia de COVID-19;
2. Louva o alargamento do âmbito de aplicação do Regulamento (CE) n.º 2012/2002 a partir de março de 2020, de forma a incluir as emergências de saúde pública de grande dimensão, tais como a atual pandemia de COVID-19;
3. Manifesta empatia e solidariedade para com todas as vítimas de catástrofes naturais devastadoras e da pandemia de COVID-19;
4. Salienta a necessidade urgente de libertar assistência financeira através do Fundo de Solidariedade da União Europeia (o «Fundo») e a importância de assegurar que aquela chegue adequadamente às regiões e aos beneficiários dos países afetados;
5. Lamenta que a avaliação dos pedidos de assistência financeira devido à pandemia de COVID-19 em 2020, apresentados até ao final do prazo oficial de 24 de junho de 2020, tenha necessitado de um tempo considerável, o que levou a Comissão a apresentar a sua proposta de mobilização do Fundo apenas no final de março de 2021; sublinha a
importância de, no futuro, o Fundo ser rapidamente mobilizado, a fim de prestar a assistência tão necessária após grandes catástrofes naturais ou emergências de saúde pública de grande dimensão;
6. Salienta que, devido às alterações climáticas, as catástrofes naturais tornar-se-ão cada vez mais violentas e recorrentes; salienta que determinadas regiões, como as regiões insulares e costeiras, estão particularmente expostas ao risco de serem afetadas por catástrofes naturais; salienta que o Fundo é apenas um instrumento de mitigação e que as alterações climáticas requerem, antes de mais, uma política preventiva para evitar as consequências futuras das alterações climáticas, em consonância com o Acordo de Paris e o Pacto Ecológico Europeu; reitera a importância de investir na atenuação das
alterações climáticas e na adaptação às mesmas no que respeita às regiões particularmente vulneráveis e de assegurar sinergias eficazes entre o Fundo e os programas de financiamento pertinentes da União;
1. 7. Aprova a decisão anexa à presente resolução;
8. Encarrega o seu Presidente de assinar a decisão em referência, juntamente com o Presidente do Conselho, e de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União
Europeia;
9. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução e o respetivo anexo ao Conselho e à Comissão.
ANEXO: DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativa à mobilização do Fundo de Solidariedade da União Europeia para prestar assistência à Grécia e a França em relação com catástrofes naturais; e à Albânia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Chéquia, Espanha, Estónia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Montenegro, Portugal, Roménia e Sérvia em relação com uma emergência de saúde pública
O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,
Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 2012/2002 do Conselho, de 11 de novembro de 2002, que institui o Fundo de Solidariedade da União Europeia1, nomeadamente o
artigo 4.º, n.º 3,
Tendo em conta o Acordo Interinstitucional de 16 de dezembro de 2020 entre o Parlamento Europeu, o Conselho da União Europeia e a Comissão Europeia sobre a disciplina
orçamental, a cooperação em matéria orçamental e a boa gestão financeira, bem como sobre os novos recursos próprios, incluindo um roteiro para a introdução de novos recursos
próprios2, nomeadamente o ponto 10,
Tendo em conta a proposta da Comissão Europeia, Considerando o seguinte:
(1) O Fundo de Solidariedade da União Europeia (a seguir designado por «Fundo») visa permitir à União responder de forma rápida, eficiente e flexível a situações de emergência, a fim de manifestar a sua solidariedade para com a população de regiões afetadas por catástrofes naturais de grandes proporções ou regionais, ou por emergências de saúde pública graves.
(2) A intervenção do Fundo não deve exceder os limites máximos, conforme disposto no artigo 9.º do Regulamento (UE, Euratom) 2020/2093 do Conselho3. Em conformidade
com o artigo 9.º, n.º 2 e n.º 4, do Regulamento, o montante máximo que pode ser mobilizado pelo Fundo a partir da dotação de 2021 até 1 de setembro de 2021 ascende a 477 543 750 euros. Em conformidade com o artigo 4.º-A, n.º 4, do Regulamento n.º 2012/2002, o montante de 50 000 000 euros já foi inscrito no orçamento geral para o exercício de 2021 (em autorizações e pagamentos) para o pagamento de adiantamentos. Além disso, um montante de 47 981 598 euros da dotação de 2020 não foi utilizado até ao final desse ano e transita para 2021. Por conseguinte, o montante máximo disponível ao abrigo do FSUE nesta altura de 2021 é de 525 525 348 euros, o que é suficiente para cobrir as necessidades decorrentes da presente decisão.
1 JO L 311 de 14.11.2002, p. 3. 2 JO L 433 I de 22.12.2020, p. 28.
3 Regulamento (UE, Euratom) 2020/2093 do Conselho, de 17 de dezembro de 2020, que
estabelece o quadro financeiro plurianual para o período de 2021 a 2027 (JO L 433 I de 22.12.2020, p. 11).
(3) Em 29 de outubro de 2020, a Grécia apresentou um pedido de mobilização do Fundo, na sequência das inundações de agosto de 2020 em Sterea Ellada.
(4) Em 9 de dezembro de 2020, a Grécia apresentou um pedido de mobilização do Fundo, na sequência dos prejuízos causados pelo ciclone Ianos em setembro de 2020, que afetou as regiões das ilhas Jónicas, de Sterea Ellada, da Grécia ocidental, da Tessália e do Peloponeso.
(5) Em 22 de janeiro de 2021, a Grécia apresentou um pedido de mobilização do Fundo, na sequência do sismo de outubro de 2020 que afetou as ilhas de Samos, Icária e Quios. (6) Em 21 de dezembro de 2020, a França apresentou um pedido de mobilização do Fundo, na sequência dos prejuízos causados pela tempestade Alex na região da Provença-Alpes-Côtes d’Azur em outubro de 2020.
(7) Em 24 de junho de 2020, a Albânia, a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a Chéquia, a Croácia, a Espanha, a Estónia, a França, a Grécia, a Hungria, a Irlanda, a Itália, a Letónia, a Lituânia, o Luxemburgo, o Montenegro, Portugal, a Roménia e a Sérvia tinham apresentado pedidos de mobilização do Fundo em relação com a grave emergência de saúde pública causada pela pandemia de COVID-19 no início de 2020. (8) Os pedidos desses Estados satisfazem as condições para a concessão de uma contribuição financeira do Fundo, como previsto no artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 2012/2002.
(9) Por conseguinte, o Fundo deve ser mobilizado para conceder uma contribuição financeira à Grécia e a França em relação com as catástrofes naturais; e à Albânia, à Alemanha, à Áustria, à Bélgica, à Chéquia, a Espanha, à Estónia, a França, à Grécia, à Hungria, à Irlanda, à Itália, à Letónia, à Lituânia, ao Luxemburgo, ao Montenegro, a Portugal, à Roménia e à Sérvia em relação com a grave emergência de saúde pública. (10) No caso da Croácia, sendo que o adiantamento já pago excede o montante final de auxílio, não é necessário mobilizar qualquer montante adicional e os adiantamentos pagos indevidamente serão recuperados, em conformidade com o artigo 4.º-A, do Regulamento (CE) n.º 2012/2002.
(11) A fim de reduzir ao mínimo o tempo necessário para a mobilização do Fundo, a presente decisão deverá ser aplicável a partir da data da sua adoção,
ADOTARAM A PRESENTE DECISÃO:
Artigo 1.º
No quadro do orçamento geral da União para o exercício de 2021, é mobilizado o Fundo de Solidariedade da União Europeia, em dotações de autorização e de pagamento, em relação com catástrofes naturais, do seguinte modo:
a) É concedido à Grécia um montante de 3 300 100 euros em relação com as inundações em Sterea Ellada, incluindo um montante de 330 100 euros a título de adiantamento; b) É concedido à Grécia um montante de 21 588 519 euros em relação com o ciclone
Ianos, incluindo um montante de 2 158 852 euros a título de adiantamento;
c) É concedido à Grécia um montante de 2 531 301 euros em relação com o sismo nas ilhas de Samos, Quios e Icária, incluindo um montante de 253 131 euros a título de adiantamento;
d) É concedido a França um montante de 59 325 000 euros em relação com a tempestade Alex, incluindo um montante de 5 932 500 euros a título de adiantamento.
Artigo 2.º
No quadro do orçamento geral da União para o exercício de 2021, é mobilizado o Fundo de Solidariedade da União Europeia, em dotações de autorização e de pagamento, em relação com uma grave emergência de saúde pública, do seguinte modo:
a) É concedido à Albânia um montante de 905 271 euros; b) É concedido à Áustria um montante de 31 755 580 euros; c) É concedido à Bélgica um montante de 37 298 777 euros; d) É concedido à Chéquia um montante de 17 373 205 euros; e) É concedido à Estónia um montante de 3 588 755 euros; f) É concedido a França um montante de 91 365 053 euros; g) É concedido à Alemanha um montante de 13 648 386 euros; h) É concedido à Grécia um montante de 3 994 022 euros; i) É concedido à Hungria um montante de 13 136 857 euros; j) É concedido à Irlanda um montante de 20 480 330 euros; k) É concedido à Itália um montante de 76 271 930 euros; l) É concedido à Letónia um montante de 1 177 677 euros; m) É concedido à Lituânia um montante de 2 828 291 euros; n) É concedido ao Luxemburgo um montante de 2 857 025 euros; o) É concedido ao Montenegro um montante de 199 505 euros; p) É concedido a Portugal um montante de 18 039 670 euros; q) É concedido à Roménia um montante de 13 926 870 euros; r) É concedido à Sérvia um montante de 11 968 276 euros; s) É concedido à Espanha um montante de 36 639 441 euros.
Artigo 3.º
A presente decisão entra em vigor no dia da sua publicação no Jornal Oficial da União
Europeia.
A presente decisão é aplicável a partir de … [data da sua adoção].
Feito em Bruxelas, em
Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho