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GRUPO DE ESTUDOS: Possibilidades e desafios para atuação do PIBID MEETING A STUDY GROUP RESUMO

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Academic year: 2021

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GRUPO DE ESTUDOS:

Possibilidades e desafios para atuação do PIBID MEETING A STUDY GROUP

Autores: Sabrina Goulart OUTEIRO1; Natacha Morais PIUCO1; Anelise Grünfeld de LUCA2; Adalberto

Manoel da SILVA3.

Identificação autores: 1Bolsistas PIBID/CAPES. Licenciatura em Química - IFC/Campus

Araquari; 2Orientador(es) IFC/Campus Araquari; 3Supervisor IFC/Campus Araquari.

RESUMO

O presente trabalho foi realizado por bolsistas do Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, na intenção de coletar dados sobre o grupo de estudos (GE), suas atividades, possibilidades e desafios. Foi realizada uma entrevista direcionada aos responsáveis pelo GE. O GE do Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari, é uma proposta do Núcleo Pedagógico - NuPe, sendo este, formado por 3 pedagogas e 2 estagiários. Os dados mostram que existe um espaço para a atuação do PIBID, na relação teoria – prática e na proposição de atividades, favorecendo o processo de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Grupo de Estudos; Possibilidades; PIBID.

ABSTRACT

This work was made by schollarship student of the Institutional Project for Teaching Initiation Scholarships (PIBID), with the intention to colect data about Study Groups (GE), in yours activities, possibilities and challenges. Was made an interview directed to those responsible for GE. The GE of the "Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari" ia a proposal of the NUPE, formed by 3 pedagogues and 2 interns. The data show that exist a space for the PIBID, in relation to Teory, pratice and the proposition of the activities, favoring the teaching and learning process.

Keywords: Study Groups; Possibilities; PIBID.

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é uma ação da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC), se trata de uma iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos presenciais de licenciatura, coordenadores e supervisores, para que atuem nas

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escolas da rede pública, visando incentivar a formação de professores, inserindo os estudantes de licenciaturas nas escolas desde o início da sua formação acadêmica, com o fim de proporcionar oportunidades para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola (BRASIL, 2018).

Considerando que a aprendizagem é um processo contínuo e singular, sendo influenciada pelo meio e pela coletividade. Cada indivíduo aprende de forma diferente, e isto nos aponta para a necessidade de compreender o sujeito enquanto protagonista do seu processo de aprendizagem. Neste sentido é importante a utilização de metodologias ativas que estimulem e permitam que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem. No ensino de química em sala de aula a maioria dos conteúdos conceituais são abstratos, sendo indispensável a utilização de modelos e teorias na explicação e entendimento. Machado e Mortimer (2007) apontam que do ponto de vista didático é possível distinguir três aspectos do conhecimento químico: fenomenológico (fenômenos de interesse, são concretos e visíveis), teórico (informações de natureza atômico molecular) e representacional (informações referentes a linguagem química). E ainda constam que “a maioria dos currículos tradicionais e dos livros didáticos enfatiza sobremaneira o aspecto representacional, em detrimentos dos outros dois” (MACHADO; MORTIMER, 2007, p. 30).

Para que haja uma aprendizagem significativa dos conteúdos conceituais, é essencial desenvolvê-los de forma contextualizada para que tenha sentido aos estudantes. A aprendizagem significativa, que é uma abordagem cognitivista da construção do conhecimento desenvolvida por David Ausubel (1963), que de acordo com Moreira e Masini, [...] é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona, de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura cognitiva do indivíduo (MOREIRA e MASINI, p.7, 1982).

Considerando que a aprendizagem significativa visa à formação integral, o grupo de estudo, enquanto espaço de convivência apresenta como proposta estimular o processo de aprendizagem, a partir das trocas de experiências, deixando evidente que o trabalho em grupo e a troca de informações são de fundamental importância no desenvolvimento do trabalho coletivo, interação social e autonomia, favorecendo as relações sociais.

O grupo de estudos (GE) do Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari, aqui apresentado, é uma proposta do Núcleo Pedagógico - NuPe, sendo este, formado por 3 pedagogas e 2 estagiários de cursos de licenciatura. Os estagiários organizam o GE, sendo que esta, é uma atividade de ensino, apesar de suas particularidades. As atividades desenvolvidas no GE agregam tanto para a formação do docente quanto do estudante.

O GE se organiza e funciona da seguinte maneira: tem-se 3 espaços disponíveis na instituição de ensino para o seu desenvolvimento, 1 sala com 2 computadores, principalmente para o acesso à internet, como também para aqueles que querem estudar para as provas, fazer trabalhos e tarefas. Este espaço é destinado para todos os estudantes do ensino médio, perfazendo 23 turmas entre Agropecuária, Química e Informática. Dentre estes os primeiros anos dos cursos de Informática e Química, são os que mais frequentam o GE, e a frequência varia conforme o período: final de trimestre e próximo às provas, são os períodos mais frequentes.

No trabalho do GE, há também o atendimento específico, que auxilia estudantes com dificuldade de organização e de estudo, estabelecimento de rotinas de estudos, ordenar as provas em uma pasta, fazer os trabalhos antecipadamente,

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aperfeiçoar os estudos, e na mediação professor-aluno, já que muitos apresentam dificuldade de comunicação. Neste sentido pode-se compreender a escola enquanto um espaço de socialização de culturas e saberes.

Entende-se aqui, que o GE se aproxima de aspectos evidenciados em dinâmicas de grupo que auxiliam no desenvolvimento de significados compartilhados, entendidos como conhecimento comum na sala de aula, se trata, portanto, da construção conjunta do conhecimento por meio de práticas interativas que propiciam a cooperação e as trocas de experiência e informações, por meio da construção conjunta do conhecimento científico. A Dinâmica Grupal abrange as interações entre os sujeitos enquanto grupos sociais, e é estudada por diversos campos de conhecimento sendo abordada com diferentes pensamentos. Entre os diversos estudiosos destaca-se Kurt Lewin, que é considerado um dos pioneiros a estudar as relações vinculadas a Dinâmica de Grupo, considera que todo grupo é sociológico. Para Lewin (1985)

A essência de um grupo não é a semelhança ou a diferença entre seus membros, mas a sua interdependência. Pode-se caracterizar um grupo como um "todo dinâmico"; isto significa que uma mudança no estado de qualquer subparte modifica o estado de todas as outras subpartes. O grau de interdependência das subpartes de membros do grupo varia desde a "massa" amorfa a uma unidade compacta. Depende, entre outros fatores, do tamanho, organização e intimidade do grupo (LEWIN, 1985, p. 100).

Sendo assim o GE possibilita a aprendizagem, por meio das trocas de experiências, de entendimentos, de explicações, sendo de fundamental importância no desenvolvimento da coletividade, da interação social e da autonomia. Pode-se então dizer que o GE enquanto um espaço de aprendizagem e interação, abriga sujeitos diversos e singulares constituindo forma de reconhecimento do próprio fazer e o fazer do outro, enquanto possibilidades conjuntas.

Nesse contexto, entende-se que GE são espaços de construção de conhecimentos que contribuem para aprendizagem, enquanto um processo de aprendizagem compartilhada, que se constitui como espaço de estudo, investigação e produção de saberes, a partir de objetos relacionados à temática, ou seja, um espaço de estudo, pesquisa e desenvolvimento de competências para a aprendizagem compartilhada, e da construção do conhecimento.

METODOLOGIA

O presente trabalho foi realizado por bolsistas do Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, na intenção de coletar dados sobre o GE, suas atividades, possibilidades e desafios. Para tal foi realizada uma entrevista direcionada a pedagoga responsável pelo Núcleo Pedagógico - NUPE e ao estagiário responsável. O NUPE tem como foco o acompanhamento do processo de ensino aprendizagem, e na época (segundo semestre de 2018) contava com dois estagiários do Curso de Licenciatura em Ciências Agrárias, sendo que um atua diretamente no NUPE e o outro trabalha diretamente com o GE. Os questionamentos apresentados na entrevista foram: Você que decidiu trabalhar no grupo de estudos ou foi direcionado através do estágio no NuPe?; Como o grupo de estudos, agrega na sua formação como professor?; Como funciona o grupo de estudos?; Quantos alunos em média

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frequentam o grupo de estudos?; Como os bolsistas podem estar auxiliando vocês no grupo de estudos?; Como é feita a divulgação do grupo de estudos?

Também foi aplicado um questionário com um total de 21 perguntas abertas e fechadas direcionadas a 33 estudantes integrantes do GE, em três momentos diferentes, as respostas foram analisadas e relacionadas a fim de se pensar uma proposta de trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Quanto a contribuição do PIBID no GE, os entrevistados, apontam contribuições para a divulgação da atividade, o desenvolvimento de recursos didáticos e metodologias diferenciadas e ativas buscando favorecer a aprendizagem, além de esclarecer possíveis dúvidas não só da disciplina de química como também de matemática, entre outras. Acredita-se que a relação entre bolsistas do PIBID e estudantes do Ensino Médio promova a troca de informações e experiências, além do próprio desenvolvimento pessoal.

Corroborando com Riess (2010) que retrata o trabalho em grupo como possibilidade de interação entre os estudantes, promovendo o compartilhar de ideias e as explicações sobre os fenômenos envolvidos. Além disso, o diálogo entre os integrantes do grupo possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais, facilita a comunicação e sua inclusão. Assim, os bolsistas do PIBID atuariam como agentes facilitadores da interação entre os estudantes no grupo, estabelecendo um vínculo que “possibilita a troca de experiências e informações, possuindo respostas inovadoras frente aos entraves surgidos na relação” (RIESS, 2010, p. 13).

Com o propósito de promover o GE, uma sugestão dos entrevistados, é de fazer um levantamento daqueles que têm mais dificuldade, que estão com rendimento mais baixo em química, por exemplo, marcar com esses estudantes, em horário que estejam livres. Isto já foi realizado para a disciplina de matemática e tem mostrado resultados positivos. A pedagoga esclarece que não precisa ter uma sala cheia para promover a aprendizagem, não é a quantidade e sim a qualidade do trabalho. O desafio é investigar as justificativas dos estudantes que não participam do GE, para entender suas dificuldades e também manter aqueles que buscam por conta própria. Quanto às respostas dos estudantes que responderam o questionário, a disciplina de Química se encontra em quarto lugar entre as matérias de maior dificuldade. Dentre as ferramentas didáticas indicadas pelos estudantes como próprias para promover a aprendizagem estão: a experimentação investigativa, pesquisa como princípio pedagógico e debates sobre controvérsias sociocientíficas. Os estudantes manifestaram a preferência pela disciplina de história, o que gera a possibilidade de trabalho voltado a uma abordagem CTS (ciência, tecnologia e sociedade) e da história da ciência, bem como recursos didáticos e abordagens metodológicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os aspectos abstratos inerentes ao ensino da química podem ser considerados como um impedimento e uma dificuldade que precisam ser superados no processo de ensinar e aprender. E nesse sentido iniciativas como GE vem ao encontro dos objetivos do PIBID, inserindo os licenciando no processo de ensino e aprendizagem:

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propondo abordagens metodológicas, visando uma aprendizagem significativa que compartilhe significados.

O processo de ensinar e aprender envolve situações desafiadoras, pois não se tem receitas prontas, mas sim, casos reais, que envolvem desmotivação, desinteresse e dificuldades de entendimento sobre os fenômenos estudados. Estes casos constituem-se como espaços/momentos para que os bolsistas do PIBID possam atuar vivenciando a relação teoria – prática, propondo atividades que viabilizem recursos didáticos para a sala de aula e consequentemente o favorecimento do processo de ensino e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Pibid - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. 2018. Disponível em: <http://capes.gov.br/educacao-basica/capespibid> Acesso em: 08 ago. 2019.

LEWIN, K. Problemas de Dinâmica de Grupo. São Paulo: Cultrix, 1985.

MALDANER, O.A. A formação inicial e continuada de professores de química: professores/pesquisadores. 3. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2006.

MASINI, E. F. S.; MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa: A teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.

MACHADO, A., MORTIMER, E. F.. Química para o ensino médio: fundamentos, pressupostos e o fazer cotidiano. In: ZANON, L. B., MALDANER, O. A. (orgs.). Fundamentos e Propostas de Ensino de Química para a educação Básica no Brasil. Ijuí: Ed. Unijuí, 2007.

RIESS, M. L. R. Trabalho em Grupo: instrumento mediador de socialização e aprendizagem. 2010. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2010. Disponível em:

Referências

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