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CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR DA HERPETOFAUNA DAS SERRAS ONÇA E PUMA, SUDESTE DO ESTADO DO PARÁ, BRASIL

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CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR DA HERPETOFAUNA DAS

SERRAS ONÇA E PUMA, SUDESTE DO ESTADO DO PARÁ,

BRASIL

Emil José Hernández-Ruz1 Bento Melo Mascaranhas2 Ronildon Miranda3

RESUMO

Com o objetivo de caracterizar a herpetofauna das Serras da Onça e Puma nos municípios de Ourilândia do Norte, Tucumã, São Félix do Xingu e Paraupebas, região sudeste do estado do Pará, realizamos buscas diurnas e noturnas nos diferentes microhábitats disponíveis: folhiço, solo, ervas e arbustos, em árvores e corpos de água, seguindo a metodologia de busca livre de trabalho com herpetofauna, com o intuito de garantir que fosse bem representada a herpetofauna da região. Para as capturas utilizamos os métodos manual e armadilhas de interceptação e queda "pitfall". A cada exemplar capturado eram tomados dados de forma e coloracão, sexo, dimensões, atividade, hora de captura, estrato e substrato onde foi encontrado. A herpetofauna das serras Onça e Puma foi caracterizada por apresentar 15 famílias, distribuídas em 4 de anfíbios e 11 de répteis. Os anfíbios estão representados somente pela subordem Anura. As famílias de anfíbios mais ricas em número de espécies foram, Hylidae e Leptodactylidae, a primeira com quatro gêneros e nove espécies e a segunda com um gênero e duas espécies. Os répteis estiveram representados pelas ordens Crocodylia, Squamata e Testudinata. Os Crocodylia estiveram representados apenas por uma família um gênero e uma espécie. Os Squamata por duas subordens e oito famílias, a família com maior número de gêneros e espécies Colubridae (Serpentes), com sete espécies e sete gêneros. As famílias Boidae, Elapidae (Serpentes), Scincidae e Iguanidae (Sauria) estiveram representadas por uma espécie somente. A Ordem Testudinata esteve representada pelas subordens Cryptodira e Pleurodira, das quais Cryptodira teve uma espécie e Pleurodira duas. Nenhuma das espécies foi endêmica para a região, provavelmente porque a área de estudo está localizada numa região de transição de dois grandes biomas, a floresta Amazônica e o Cerrado. Ainda é difícil fazer uma estimativa do número de espécies de répteis e anfíbios que podem ser encontradas na região de estudo, pois os resultados encontrados indicam que a curva de descobrimento de espécies parece estar longe de alcançar algum grau de equilíbrio. Portanto, somente é possível predizer que mais espécies de répteis e anfíbios serão encontradas nesta região. Palavras-chave: Anfíbios, répteis, Amazônia, diversidade, Estado do Pará.

ABSTRACT

Preliminar characterization of the herpetofauna of the Serras Onça and Puma in the Southeast of the Pará State, Brazil

The study aimed to characterize the herpetofauna in the Serra Onça and Puma in the municipalitys of Ourilândia do Norte, Tucumã, São Félix do Xingu and Paraupebas, southeast of the state of Pará, Brazil. We exhaustively searched, day and night, in leaf litter, herbs and shrubs, trees, bodies of water, areas of cultivation and grazing, following the methodology of seeking free to work with herpetofauna. Individuals were captured manually or with pitfalls. For each specimen we recorded the coloration, sex, size, activity prior to capture, time of capture, layer and substrate where it was found. The herpetofauna of the Serras Onça and Puma was characterized by 15 families, four of amphibians, and 11 of reptiles. The amphibians are represented only by the suborder Anura. Hylidae (four genera, nine species) and Leptodactylidae (one genus, two species) were the most specious families of amphibians. Reptiles were represented by the orders Crocodylia, Testudinata, and Squamata. The Crocodylia was represented by a single family (one genus, one species); Squamata by two suborders and eight families (Colubridae was the most specious family). The families Boidae, Elapidae (Serpentes), Scincidae and Iguanidae (Sauria) were represented by only one species. Testudinata was represented by the suborders Cryptodira (one species) and Pleurodira (two species). None of the species is endemic to the region, probably because that is an area of transition of two biomes, the Amazonian forest and the Cerrado. Although it is difficult to estimate the number of species of reptiles and Amphibians which can be found in the study area, our results indicate that the accumulation curve of species appears to be far from reaching a plateau, suggesting that more reptilian and amphibian species will be collected in future studies.

Key words: Amphibians, reptilians, Amazonia, Diversity, Pará State.

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1 Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Campus Universitário do Guamá. Rua Augusto Corrêa,

01-CEP 66075-900. Telefone 0055- 91- 32017931 ramal 31 ou 32. Caixa postal 8607. Bairro Guamá. Belém - Pará - Brasil. emilhjh@yahoo.com.

2 Museu Paraense Emílio Goeldi/CZO. C.P. 39966017-970 Belém, PA, Brasil. bmelo@museu-goeldi.br. 3 Museu Paraense Emílio Goeldi/CZO. C.P. 39966017-970 Belém, PA, Brasil. ronildon@yahoo.com

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INTRODUÇÃO

A transformação de áreas florestais em pasta-gens ou áreas de cultivo é uma problemática a nível mundial, que pouco a pouco reduz o hábitat natural de muitas espécies e aumenta o risco de extinção de outras em escala global ou local (Vargas-S. & Bolaños 1999). O desmatamento na Amazônia brasileira é cau-sado principalmente pelas atividades agrícolas e a extração de madeira (Veríssimo et al. 2000), as quais geraram um desmatamento bruto na Amazônia de 551.782 Km2 nas duas ultimas décadas (INPE, 2002),

sendo 188.372 Km2 pertencentes ao estado do Pará

(Aragão et al. 2001), onde o desmatamento se con-centra na região sul do estado.

O sul do Pará é uma região de grande fluxo migratório, dado que apresenta terras roxas apropri-adas para à agricultura; atualmente desenvolve uma pecuária com vastas áreas de pastagens e uma gran-de concentração gran-de rebanhos bovinos, rios com grande potencial energético, turístico e pesqueiro, e áreas com diversas espécies de madeira nobre e jazi-das minerais (AMAT [Associação dos Municípios do Araguaia Tocantins] 1996). As fortes pressões antrópicas exercidas hoje no sudeste do estado do Pará, principalmente nos municípios de Orilândia do Norte e Tucumã, em função da agricultura, pecuária, extração de madeira e extração mineral, fazem urgir a necessidade de estudos atualizados no sentido de gerar um melhor conhecimento sobre a diversidade da herpetofauna desta micro-região. Recentemente Avila-Pires et al. (2007) descreveram o conhecimen-to atual da herpeconhecimen-tofauna amazônica, ressaltando que tal conhecimento se tem gerado principalmente de estudos pontuais que trabalham com amostragens rápidas que permitem obter uma noção do que se pode esperar no local de coleta, mas nem sempre são representativos da fauna amostrada, o que não permite fazer comparações adequadas. A área aqui estudada contem algumas espécies referenciadas para a Região por Cunha & Nascimento (1993) e Avila- Pires (1995) mas dada a falta de informação de esforços amostrais não foi possível fazer compara-ções com esses trabalhos nem com o trabalho da serpentifauna da região oeste do estado do Pará por Frota et al. (2005). Biologicamente o sul do Pará re-veste-se de grande importância dado que concentra grande diversidade de espécies vegetais e animais e tem sido considerada um refúgio biogeográfico por Haffer (1969).

Atualmente, sabe-se que anfíbios e répteis re-gulam a abundância de artrópodes (Schoener & Spiller 1987, Pacala & Roughgarden 1984) ao mesmo

tempo que são presas para outros vertebrados (Greene, 1988). Desta forma os anfíbios e répteis desempenham um importante papel nas cadeias ali-mentares nos ecossistemas Neotropicais, principal-mente devido ao fato de que a ectotermia lhes permi-te uma eficienpermi-te conversão de energia alimentar em biomassa (Pough et al. 1998). Desta forma, estes animais podem oferecer importantes subsídios para a possível previsão dos efeitos antrópicos sobre suas comunidades, bem como ajudar na identifica-ção de ambientes e hábitats com maior necessidade de preservação e de áreas para planos de compen-sação ambiental.

MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo

Selecionamos áreas correspondentes aos hábitats representativos da região como: florestas de terra firme e hábitats aquáticos (igarapés e áreas alagadas) (ver detalhes das tipologias vegetais em BRANDT 2004).

Localidades de amostragem

As amostragens foram realizadas no estado do Pará, municípios de Orilândia do Norte, Tucumã, São Félix do Xingu e Paraupebas (Figura 1). Foram efetuadas duas viagens: uma no periodo seco, de 24 a 30 de março de 2003 e outra no período chuvoso, de 13 a 17 de setembro do mesmo ano. Os seguintes pontos de amostragem foram efetuados na Serra Puma:

1. Estrada do campo alto: S 6º15'53,185", W 51º1'32,989". Área com capoeira e pastagens.

2. Cultura de cacau S 6º16'33,053", W 55º2'32,704". Cultura de cacau (Theobroma cacao), na beira da estrada

3. Lagoa com Paleosuchus palpebrosus S 6º16'25,253", W 55º2'32,601". Lagoa com Paleosuchus palpebrosus nas proximiade de cultura de cacau.

4. Área de encosta com vegetação de Bambusa sp. S 6º16'29.686" W 51º2'35,835".

5. Acampamento S 7º7'29,280", W 51º25'0,000". Os seguintes pontos de amostragem foram efetuados na Serra Onça:

6. Floresta secundária S 6º19'51,538" W 55º2'39,565". Com dosel de aproximadamente 25m, apresentava intervenção antrópica pela abertura de estrada para manejo de sonda (exploração mineral).

7. Ponte do jacaré S 6º20'31,612", W 51º5'8,635". Área aberta, alagada ao sul da Serra Onça,

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apresen-tou Hypsiboas multifasciatus e Phyllomedusa hypochondrialis.

8. Base Serra Puma S 6º20'25.845", W 51º6'8,699". Obtencão da informação

Realizamos buscas, diurnas e noturnas nos diferentes microhábitats disponíveis: folhiço, solo, ervas e arbustos, em árvores, dentro e ao longo de corpos de água. Também procuramos nas constru-ções humanas e sítios alterados (zonas de cultivo e pastagens), seguindo a metodologia de busca livre de trabalho com herpetofauna, com o intuito de ga-rantir que fosse bem representada a herpetofauna da região. Todos os hábitats foram visitados por uma equipe de duas pessoas (um pesquisador e um auxiliar), em algum dos seguintes horários: 8:00 - 12:00 h, 14:00-18:00 h durante o dia e pela noite entre 19:00 e 22:00 h.

Para as capturas utilizamos os métodos manu-al e 30 armadilhas de interceptação e queda (pitfmanu-all). As armadilhas consistiram em baldes plásticos de 20 litros. Os baldes foram enterrados ao nível do solo e lonas plásticas fizeram a ligação entre eles, de modo a cruzar seu centro, funcionando como redes de direcionamento. Estas armadilhas tiveram forma de "Y", com ângulo de 120º e redes de 20m de com-primento para cada "ala" do "Y". As redes de

direcionamento tiveram 0,5 m de altura, e foram apoi-adas por estacas de madeira a cada 2 metros. Os baldes foram colocados a cada 10m nas alas e no eixo central do "Y", mas dado que somente foram operados durante a expedição no período úmido, estas não apresentaram capturas. A cada zona amostrada tomamos as coordenadas geográficas, além de anotações das características ecológicas. Representantes de algumas espécies encontradas foram sacrificados, fixados e etiquetados para a co-leção de herpetologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), seguindo técnicas recomendadas por Pisani & Villa (1974), e utilizando a autorização de coleta do IBAMA número 022/2002 a nome de Bento Melo Mascaranhas.

Preparação de coleções e identificação

Para a identifição dos exemplares seguimos as chaves de identificação de espécies propostas por Avila-Pires (1995) e Peters & Donoso-Barros (1970), para lagartos, Roze (1969, 1996), Campbell & Lamar (2004) e Peters & Orejas-Miranda (1986), para co-bras, Medem (1983) para jacarés, Ernest & Barbour (1989) para quelônios e Savage (1980), para anuros. A nomenclatura para os gêneros de Hylidae segue a Faivovich et al. (2005), para Rhinella a Chaparro et

al. (2007) e para Leptodactylidae e Leiuperidae a

Figura 1. Mapa de localização dos pontos de coleta nas Serras Onça e Puma, sudeste do estado do Pará,

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Grant et al. (2006).

Análises da informação: Riqueza de espécies. A riqueza de espécies foi expressa através de listas de espécies por local, que permite a visualização de uma forma rápida da riqueza biológi-ca dos lobiológi-cais de coleta, além de realizar inferências sobre seu status de conservação, em função do tipo de espécies localizadas.

A curva de acumulação de especies foi elabo-rada a partir dos dados da primeira expedição (perío-do umi(perío-do), ja que na segunda expedição não foram acrescentadas novas espécies.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A herpetofauna das serras Onça e Puma foi caracterizada por apresentar 15 famílias de herpetos, assim distribuídas: 11 famílias de répteis (Tabela 1) e quatro de anfíbios (Tabela 2). Os anfíbios estão re-presentados somente pela subordem Anura. As fa-mílias de anfíbios mais ricas em número de espécies foram, Hylidae e Leptodactylidae, a primeira com

quatro gêneros e nove espécies e a segunda com um gênero e duas espécies.

Os répteis estão representados pelas ordens Crocodylia, Squamata e Testudinata. A primeira subordem está representada por uma família, um gênero e uma espécie; a segunda por 2 subordens e 8 famílias, a família com maior número de gêneros e espécies foi Colubridae (Serpentes) com 7 espécies e 7 gêneros. As famílias Boidae e Elapidae (Serpen-tes) e Scincidae e Iguanidae (Sauria) estão represen-tadas por uma única espécie.

A ordem Testudinata está representada pelas subordens Cryptodira e Pleurodira, das quais Cryptodira têm uma espécie e Pleurodira duas.

Conforme observado nas Tabelas 1 e 2, a área que apresentou um maior número de espécies foi a Serra Onça, indicando um melhor estado de conser-vação desta Serra, provavelmente devido a que corresponde ao limite com a comunidade indígena, onde os terrenos estão em bom estado de conserva-ção. Já a serra Puma apresenta um maior grau de intervenção antrópica, porque está rodeada por áre-as com gado e sob uma forte pressão antrópica para extração de madeira e caça.

Tabela 1. Lista de Répteis encontrados na Serras Onça e Puma, sudeste do estado do Pará,

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Das listas de espécies (Tabelas 1 e 2) podemos observar um conjunto de espécies com ampla distribui-ção neotropical como Boa constrictor, Imantodes

cenchoa, Ameiva ameiva e Hypsiboas multifasciatus,

seguido por um conjunto de espécies amazónicas como

Coleodactylus amazonicus e Gonatodes eladioi, Tropidurus umbra, Mesoclemmys nasutus e Phyllomedusa hypochondrialis. Dentro dos répteis Colobosaura

mo-desta é a principal espécie com distribuição no cerrado. Nenhuma das espécies é endêmica na região, provavel-mente porque corresponde a uma área de transição de dois grandes biomas, a floresta Amazônica e o Cerrado. Por outro lado devemos ressaltar que nossos resultados coincidem com o padrão de distribuição registrado na literatura para o sudeste da Amazônia, onde se apresenta o menor número de espécies endêmicas do bioma (ver Avila-Pires et al. 2007 e Azevedo-Ramos & Galatti 2002)

Ainda é difícil fazer uma estimativa do número de espécies de répteis e anfíbios que podem ser encontrados na região de estudo, dada a dificuldade que existe para fazer comparações entre locais de coletas herpetológicas, já que muitas dessas pesquisas não incluem o esforço amostral nem condições climáticas no momento da inves-tigação. Por outro lado o observado pela pesquisa indica que a curva de descobrimento de espécies parece estar longe de alcançar algum grau de equilíbrio (assíntota) (Fi-gura 2), portanto, somente é possível predizer que mais espécies de répteis e anfíbios serão encontradas nesta região. Provavelmente seja necessário aumentar o esfor-ço amostral com armadilhas de interceptação e queda, utilizando baldes de maior capacidade, como tem sido sugerido por outros trabalhos (Ribeiro -Junior et al. 2006). As espécies de serpentes dos gêneros

Mastigodryas, Xenodon e Oxyrhopus são caçadoras

ati-vas, as primeiras em estratos terrestres, Chironius tanto em estratos terrestres como arborícolas, alimentam-se prin-cipalmente de pequenos vertebrados (Cunha & Nasci-mento 1993). Micrurus spixii é uma espécie encontrada em áreas de mata primária alterada e inalterada e em

capo-eiras altas (Cunha & Nascimento 1993), em uma extensa área da Amazônia da Venezuela, Peru, Brasil e Colômbia, alimenta-se de outras espécies de cobras, foi a única pécie de serpente peçonhenta encontrada na área de es-tudo e dados os requerimentos de hábitat pode estar sob ameaça de extinção no nível local.

Provavelmente a ausência de serpentes da familía Viperidae nas coletas pode ser uma conseqüência das queimadas constantes que interrompem o fluxo natural de nutrientes na floresta e possivelmente diminuindo as populações de consumidores primários, como pequenos mamíferos, que são presas destas serpentes. Este fato acompanhado com um grande temor que representam as cobras para a população local, pode ser um fator decisivo na sobrevivência e na conservação deste grupo de rép-teis.

As pequenas áreas florestadas no platô das Serras da região são de grande valor para a biodiversidade local de répteis e anfíbios. Urge a necessidade de se tomar medidas que detenham o desmatamento. Recomenda-se a recuperação natural de alguns destes remanescentes florestais com espécies da vegetação nativa, principal-mente aqueles que tenham algum grau de conectividade com florestas ciliares a fim de se estabelecer corredores que liguem as áreas florestadas, hoje representadas em formas de pequenas ilhas. Uma solução aparente seria delimitar zonas chaves para conservar e recuperar e por outro lado, implantar programas de conscientização às comunidades de agricultores e colonos para tentar pre-servar o que ainda existe de fauna e flora local.

Agradecimentos

Agradecemos a Ulisses Galatti do MPEG por sua colaboração na identificação das espécies de anfíbios, a dois revisores anónimos pelas valiosas observações. EJHR agradece a Isadora França pela leitura do documen-to em português e a Vicdocumen-tor González pela ajuda com o Abstract.

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Recebido em 10 de março de 2008. Aprovado em 12 de maio de 2008.

Referências

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