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Capacitação em Vigilância do Câncer
Relacionado ao Trabalho
A proposta do Grupo de Ensino e Pesquisa
em Epidemiologia do Câncer –
GEPEC/UERJ
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•A capacitação no SUS – Porque participar?
•A discrepância entre os protocolos e a prática
•Interesse ou mais uma tarefa?
•A ficção da vigilância e o apelo da assistência
•As peculiaridades da VCRT
•Possibilidades: Paradigma da Ecologia dos
Saberes
Capacitação em Vigilância do
Câncer Relacionado ao Trabalho
Capacitação no SUS -Porque participar?
• Gratificação no Salário
• Atualização de
procedimentos
• Certificados para
curriculo
Discrepância entre os protocolos e a
prática
• Intensa Capacitação desde 2006
• Aporte de recursos aos Cerest,
Universidades, Fiocruz, Fundacentro...
• Necessidade de articular
ações na rede SUS em
cronogramas complexos
• Com níveis hierárquicos complexos
Interesse ou mais uma tarefa?
1.Quem é o profissional do CEREST?
2.Porque veio para a Saúde do Trabalhador? 3.O que entende como Vigilância em Saúde do Trabalhador?
1.Formação em Saúde e Segurança do Trabalho
2. Por interesse... a ST se diferencia pela “perspectiva ampla na abordagem das relações entre processo de trabalho e
saúde”
Como a sua formação contribui nas atividades
interdisciplinares na ST? “Realização de ações específicas na área de formação”
3. Respostas mais próximas à noção de fiscalização ou da Saúde Ocupacional
A ficção da vigilância e o apelo da
assistência
A ruptura do modelo centrado na doença -> doutrina do SUS -> vigilância em saúde como principal estratégia de contra-hegemonia a um sistema em que a medicina e o hospital como a ‘solução final’ dos problemas de saúde.
(Vasconcellos, 2010)
Transformação do modelo de atenção => mudanças no
processo de trabalho em saúde (propósitos ou finalidades) e no objeto de trabalho, nos meios de trabalho, no perfil dos sujeitos e nas relações estabelecidas entre eles e a
A ficção da vigilância e o apelo da
assistência para o câncer
Modelo: Doença
Prevenção Comunicação
em Saúde
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Magnitude do câncer no Mundo
70% mortes por câncer vai ocorrer em países
subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento
10
11 48,80 27,10 7,40 9,00 7,40 0 10 20 30 40 50 60
Investigation Prevention Epidemiology Treatment Early detection
%
Câncer na mídia, Brasil 1997-2007
FONTE: Regina Castro, 2009
45% vacina HPV, 24% efeitos do tabaco 30% fatores de risco 34% historia natural 21% novas terapiaas 33% fatores de risco 5% novas tecnologías 45% drogas, 54% células tronco
12 Nome:
L.I.L.S
.
Ocupação:
Torneiro mecânico da
Metalúrgica Independência
de 1958 a 1975 (17 anos).
Perdeu o dedo mínimo da mão
esquerda em uma máquina no turno
da noite.
METALURGIA:
Cancerígenos para laringe: óleo mineral, chumbo,
níquel, HPA, sílica.
Original de Fatima Ribeiro e Renata Baldo -fatsuerj@gmail.com
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Prevenção
Longo período de latência – muitas exposições Estabelecimento de relação causal é complexa
Seu reconhecimento pode redundar em indenização ou processo contra a empresa
Câncer possui forte apelo social
Campanhas de saúde ignoram este fator de risco Pouco debatido nas Universidades
Relacionado com o modo de produção e de organização da sociedade
Doença que pressupõe causa na identificação
As peculiaridades da Vigilância do
Câncer Relacionado ao Trabalho
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Fatores ambientais e ocupacionais
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Perfil de saúde e de morte
Câncer: segunda causa de morte no Brasil –
depois das doenças cardiovasculares
Mortalidade vem aumentando, inclusive para
menores de 50 anos
Pelo menos 12% decorrente do trabalho, para
mesotelioma 100%
Causas evitável
Necessidade urgente de debater a questão
De enfrentar os casos
Don Pepe Mujica na UERJ- Brasil- 28/08/2015
Necessitamos de uma mudança
civilizatória
Reconhecimento
de que este modelo de
formação não atende à felicidade da sociedade,
mas a um
modelo econômico
definido.
Coragem
para romper valores e assumir a
condução
da Saúde da sociedade e do
Trabalhador
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Metodologia desenvolvida pelo Grupo de
Ensino e Pesquisa em Epidemiologia do
Câncer
Projeto do
Ministério de Saúde/UERJ
Londrina em 2011 20
Metodologia desenvolvida pelo Grupo de
Ensino e Pesquisa em Epidemiologia do
Câncer
Projeto do
Ministério de Saúde/UERJ
Londrina em 2011
Rio Grande do Sul/ Santa Maria em 2011
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Medotologia desenvolvida pelo GEPEC
Sergipe/Aracaju em 2013.
Ceará/Fortaleza em 2014 – 1º. Curso de multiplicadores Curso ampliado para a rede
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Pilares
da metodologia
1. Princípios do campo da Saúde do Trabalhador 2. Socialização dos conhecinemto técnicos e vividos
Ecologia dos Saberes 3. Debate contínuo da situação do território 4. Objetiva assumir metas
5. Pactua compromissos dos técnicos com a sociedade e vice versa
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Metodologia/ programação
Qual é a causa do Problema de Saúde?
1. Apresentação do Problema: Dimensão e localização dos fatores de riscos ocupacionais para o câncer
Carcinogênese, histórico, situação no Brasil
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Não existe níveis mínimos seguros para a exposição
nem equipamento de proteção !
Agentes Químicos,Físicos
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Metodologia/ programação
Muito Prazer, também sou SUS
2. Apresentação dos Serviços de Saúde envolvidos
Registro de Câncer Hospitalar e/ou Populacional – Fluxo e processo de trabalho
Hospital de Câncer – Assistência oncológica
SINAN – Instrumentos de vigilância
CEREST – Perfil Produtivo e ocupação na região
Vigilância sanitária – Ações de fiscalização
Sindicatos – Base territorial e demandas ao SUS
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Metodologia/ programação
Onde está o problema na vida real?
3. Trabalho em Grupo I –
Identificar nas atividades produtivas do território qual tipo de exposição e os prováveis casos de câncer, que os
trabalhadores poderão desenvolver Apresentação de Mapas Territoriais
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GEPEC - Curso de Vigilância do câncer relacionado ao trabalho Exercício
Identifique no seu TRABALHO a existência das seguintes atividades comerciais/ domésticas ou indústrias descritas abaixo.
Assinale com um X na primeira coluna apenas as que você identificou. Liste alguma outra atividade que você considere perigosa e que não esteja descrita.
Substâncias:
•Agrotóxico
•Alcatrão/ Asfalto •Amianto
•Aminas Aromáticas /Tintas •Benzeno
•Couro (poeira)
•Drogas antineoplásicas •Formaldeído
•Hidrocarboneto Policíclico Aromático – HPA •Negro de Fumo
•Poeira de Madeira
•Radiação não Ionizante •Radiação Ultravioleta •Sílica
•Solventes
•Substâncias químicas: Cromo, Chumbo
Boca – Ingestão Nariz - Aspiração Pele – Absorção
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Metodologia/ programação
O que fazer? Como Fazer?
4. Procedimentos e condutas a serem adotados ao se detectar caso de câncer
5. Prioridades Epidemiológicas: Exposição e Nexo
Epidemiológico
Suporte teórico sobre exposição ocupacional
Critérios epidemiológicos para o nexo: Plausibilidade Biológica, Temporalidade e Coerência.
6.Identificação de Câncer prioritário para a região/Estado:
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Metodologia/ programação
Dialogando com o Paciente/Trabalhador
7. A anamnese com vistas ao histórico ocupacional
Preparação para entrevista aos Pacientes - Conduta, Questionamento, Trajes, Tempo e Dificuldades
Material: Histórico ocupacional e ficha do SINAN Filme de Apoio
Trabalho em Grupo 2. Anamnese real com pacientes...
Muita dificuldade de não focar os fatores individuais e não culpabilizar !!!!!!!!!!!!!
30 Atividades Ocupacionais Setor Econômico
Histórico Ocupacional
Tempo de ExposiçãoOriginal de Fatima Ribeiro e Renata Baldo -fatsuerj@gmail.com.br
L. S. M.
31 Original de Fatima Ribeiro e Renata Baldo
32 Original de Fatima Ribeiro e Renata Baldo
33 Original de Fatima Ribeiro e Renata Baldo
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Metodologia/ programação
Decisões sobre a exposição e a relação
como trabalho
8. Apresentação dos casos e decisões para a Exposição Ocupacional
Casos e Dificuldades
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Metodologia/ programação
Como fazer este caso existir na Saúde
Pública?
11. Trabalho em Grupo III.
Fluxograma para a vigilância epidemiológica
Desencadeada por um caso, por uma exposição, pela Vigilância sanitária... etc
Fluxo de Informação para a Vigilância
Epidemiológica do Câncer Relacionado ao Trabalho
36 Original de Fatima Ribeiro e Renata Baldo
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Metodologia/ programação
Como tornar real o nosso sonhar?
10.Eleição de Prioridades – Quais tipos de câncer?
Metas – Quantos casos em 1 ano? Fluxos – Quem, onde e como?
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Metodologia/ programação
Validação Social
11.Debate em forma de Seminário Local ou Discussão com Conselho de Saúde
Vídeo – Introduzindo os riscos – Agrotóxico ou Postos de Combustíveis
Consultar à platéia .. Qual o tipo de câncer que mais impacta?
Incorporação do tipo de câncer sinalizado
Apresentação do risco ocupacional para câncer no território As prioridade e as metas
Compromissos do Conselho.. Pautar o tema anualmente, balanço dos casos e desencadear a vigilância no ambiente de trabalho
Suporte Bibliográfico
Resultados
O aumento da notificação no SINAN já é
perceptível, desde Londrina, Ceará e
Alagoas
Londrina já ampliou os tipos de câncer
notificados
41 Proibir o uso Substituir matriz e substâncias cancerígenas
Desenvolvimento baseado em saúde
e não em produtos
Campaña Cáncer Cero en el Trabajo
Australia
2007
Espanha
2010
Modelos Internacionais
43 É um fenômeno curioso:
O PAÍS ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado….
Come, bebe e diverte-se indignado….
MAS NÃO PASSA DISSO………
Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos socialmente uma coletividade
PACÍFICA de REVOLTADOS….
Miguel Torga
Adolfo Correia da Rocha
44
BRASIL!!!
Zero Câncer
Relacionado ao
Trabalho
Fátima Sueli Neto Ribeiro
fatsue@uerj.br fatsuerj@gmail.com