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*Montemagno - Itália: Juiz de Fora - MG: anos

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Academic year: 2021

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*Montemagno - Itália: 04-03-1850 † Juiz de Fora - MG: 06-11-1895

45 anos

Dom Luiz Lasagna é o primeiro dos bispos salesianos a morrer na Terra de Santa Cruz, derramando seu sangue, quando ia iniciar uma nova obra salesiana.

Nasceu Dom Lasagna em Montemagno - Itália, aos 04/03/1850. Filho de Sebastião Lasagna e Teresa Bianco. "Glória da Igreja e da Pátria, decoro da Sociedade Salesiana de São João Bosco" (Assim está escrito na placa de mármore em sua sepultura, no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora de Niterói - RJ).

Recebeu o Sacramento da Crisma aos 02-10-1862, das mãos do bispo de Casale, Dom Luiz Nazari.

Aos 11 de outubro de 1865, recebeu a veste talar das mãos de Dom Bosco e começou a estudar a filosofia com o Pe. Celestino Durando.

Aos 07-06-1873, foi ordenado sacerdote pelo bispo de Casale Monferrato. No ano seguinte, fez exame de confissão.

Em 1876, Dom Bosco propõe a Dom Lasagna a abertura da casa de Vila Colon, no Uruguai.

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2 Faz parte da segunda expedição missionária enviada por Dom Bosco para a América Latina, em 1876. Na fotografia, Dom Lasagna está a esquerda de Dom Bosco.

Chega a Montevideu aos 26 de dezembro de 1876.

Aos 17 de novembro de 1876, Dom Bosco escreve uma carta ao bispo de Vila Colon, dizendo que "o Santo Padre ficou muito contente ao saber que vai ser aberto um instituto católico que levará o nome dele. Elogia V. Excia. e a todos que cooperaram nesta obra".

Logo no primeiro ano de trabalho, aparece a primeira vocação salesiana, Pedro Rodrigues, que começou o noviciado e já está no catálogo da Congregação.

Numa carta a Dom Bosco, Dom Lasagna diz: "Bendito seja Deus! Mil vezes bendita a Virgem Maria! Pelo brilho dos exames finais dos nossos alunos".

Aos 7 de fevereiro de 1878, falecia o saudoso papa Pio IX. Dom Lasagna comemorou a morte, com uma solene Missa exequial, em que participaram todos os alunos. No Colégio Pio IX sofreu muito, mas soube vencer com calma e resignação.

Despedindo-se de Dom Cagliero em 1877, diz-lhe sinceramente: "embora eu seja mais jovem, o precederei no caminho da eternidade". Em setembro do mesmo ano, é mais explícito: "estou cansado, abatido, o trabalho e o sofrimento não me deixam em paz. E necessário que eu me multiplique... mas não posso".

De Montevideu em data de 5 de agosto de 1881, escreveu a Dom Bosco: "Mons. Inocêncio diz que a Providência Divina, trouxe aqui seus filhos sale-sianos, que fazem um grande bem, porém são poucos e por isso deve aumentá-los, querido pai, e Deus Nosso Senhor haverá de recompensá-lo. Deixa aqui por muito tempo o querido Pe. Lasagna, que é a alma do Colégio Pio IX".

Volta a Europa. Numa carta escrita a Dom Cagliero com a data de 14-06-1881, narra um episódio interessantíssimo que lhe aconteceu durante a viagem.

"Era o mês de junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Durante a viagem pedi licença ao comandante do navio, para celebrar a Santa Missa no salão nobre. O comandante não permitiu. Fiquei muito triste ao pensar que deveria passar todos aqueles dias sem celebrar.

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3 Havia entre os passageiros, uma nobre senhora, que pelo modo de trajar, pelas jóias que levava e pelo modo de tratar, atraía os passageiros.

Uma vez estava na sala nobre, escutando as conversas de muitos pas-sageiros, mas fiquei o tempo todo calado. Terminada a conversa, aquela senhora falou comigo, perguntando o motivo do meu silêncio, se estava doente ou tinha alguma coisa. Contei o caso de não poder celebrar a Santa Missa, porque o comandante não permitiu. Ela no mesmo instante foi falar com o comandante... e tudo resolvido... deu licença! Daquele dia em diante, celebrei sempre a Santa Missa e com muita participação! O que é a intercessão!"

Chegado à Itália e falando com o Pe. Bonetti, diz: "Volto à Itália, para rever Dom Bosco e dar-lhe conta dos nossos Trabalhos Apostólicos. Volto para promover em maior escala outros trabalhos, outras missões, que redundam em benefício das almas e da religião... Volto também para cuidar um pouco da minha saúde."

Imediatamente foi ao Oratório, abraçou Dom Bosco, e reviveu suas antigas alegrias. Foi depois a Montemagno, lá se retiram as cenas de ternura com a mãe, padrinhos e amigos.

Foi ao médico, mas este decidiu deixar passar a estação do calor. Dom Bosco lhe sugeriu de visitar o observatório meteorológico do Colégio Alberto. Confiou-lhe depois de instalar observatório não somente no Colégio Pio IX, mas também nas outras obras salesianas americanas, e formar uma rede de estações.

Aos 13 de agosto está novamente na Europa.

Tem uma audiência com o Papa Leão XIII, de 45 minutos.

Aos 17 de março de 1893, é sagrado bispo na Basílica do Sagrado Coração em Roma, com o título de bispo titular de Tripoli.

Voltou ao Brasil, visitando as várias obras e animando a perseverar no apostolado, levando sempre a bandeira salesiana, conservando o genuíno espírito deixado por Dom Bosco.

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Morte

Após ter visitado as obras de São Paulo e Guaratinguetá, seguiu para Juiz de Fora e depois para Cachoeira do Campo para a fundação de uma nova obra.

Após ter feito todas as práticas de piedade, ter confessado e ter-se con-fessado, pegaram o trem. Chegando à estação de Mariano Procópio, ficaram sabendo, que devido a um grande temporal, as comunicações estavam inter-rompidas. Continuou a viagem, quando, numa curva, dois trens se chocaram.

O vagão do correio se chocou com o dos passageiros, e eis um terrível desastre. Morre Dom Lasagna, o secretário e quatro irmãs salesianas, futuras fundadoras da nova obra.

Dom Rua comunicou a triste notícia aos salesianos.

"Na idade de 45 anos, de temperamento firme, de virtude a toda prova, de zelo incansável, eminente piedade e uma cultura filosófica não comum, teologia e literatura. Faleceu quando nos dava tantas e belas esperanças para a missão que o Santo Padre Leão XIII lhe confiara. Quem pode avaliar as preocupações dos últimos momentos? Mesmo quando Deus Nosso Senhor prova a nossa amada Congregação, ele não deixa de amá-la. Portanto, faça-se a santa vontade de Deus. O Senhor no-lo tirou ... seja bendito o nome do Senhor".

Aos 5 de novembro de 1905, comemorando-se o vigésimo aniversário da tragédia, os bispos salesianos, irmãs FMA e benfeitores, se reuniram em Juiz de Fora (MG), para inaugurar o monumento que foi levantado no local do desastre, para lembrar Dom Lasagna e seus companheiros.

Trecho da carta de Dom Lasagna a Dom Bosco: Rio de Janeiro, 24 de maio de 1883.

"...Com agradável surpresa, hoje Festa de Maria Auxiliadora, Mons. Mocenni, apresentou as credenciais ao Imperador. Sempre foi para mim uma tarefa emocionante escrever a Dom Bosco, porém escrever da capital desta grande nação que a Divina Providência acaba de abrir-nos as portas, é por si um acontecimento importante que a minha alma se desdobra em afetos que nunca saberei expressar.

Hoje, Festa de Maria Auxiliadora, se completam 10 dias da minha chegada a esta cidade do Rio de Janeiro.

Devo protestar hoje a Maria Auxiliadora, a minha sincera e terníssima gratidão.

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5 Por intermédio do Senhor Núncio Apostólico, no dia de Pentecostes, se Deus quiser, em Petrópolis, me apresentarei ao Exmo. Senhor Imperador...".

Eis como Dom Aquino Corrêa, descreve suas impressões que teve aos nove anos, quando beijou o anel de Lasagna: "Era de fato, Dom Lasagna, naquele tempo, a mais fina flor da Congregação Salesiana, o mais fidalgo de seus prelados, o embaixador mais gentil do seu espírito. Onipotente figura de Bispo, atraía pela elegância do físico e do moral; cativando pelas maneiras, não raro originais, mas sempre cordialíssimas; arrebatava por não sei o que de inspirado nos planos gigantescos e na expressão do rosto e dos olhos fitos no alto, ao longe. Orador de extraordinários recursos, tinha na arte da palavra, o segredo de muitas de suas conquistas. Expansivo, entusiasta, sabia aproveitar habilmente o efeito das encenações e valorizar, perante a sociedade encantada, as ricas prendas, de que o dotara a natureza de mãos dadas com a graça".

Dom Lasagna alimentava sua vida interior com a leitura e meditação da vida dos Santos Padres e da Sagrada Escritura. Conhecia-lhes as obras e as manuseava constantemente. Costumava afirmar que, à medida que ha-lhes as obras, tanto menos era atraído pelos escritores modernos, pois nada mais encontrava de novo neles.

+Miguel D’Aversa, Bispo emérito de Humaitá (AM) 1999.

DADOS PARA O NECROLÓGIO LUIZ LASAGNA E.

*Montemagno - Itália: 04-03-1850 † Juiz de Fora - MG: 06-11-1895 com 45 anos de idade,

29 anos de vida religiosa salesiana 22 anos de presbiterado e

Referências

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