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Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

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Academic year: 2021

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Plano Municipal de Defesa da

Floresta Contra Incêndios

Município de Arruda dos Vinhos

Caderno II

Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

2007

(2)

Índice

Caderno 2 – Informação de Base

1 – Caracterização física 3

2 – Caracterização climática 8

3 – Caracterização da população 13

4 – Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas especiais 19 5 – Análise do histórico e da casualidade dos incêndios 25

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1 – Caracterização física

Enquadramento geográfico do concelho

Figura 1 – Mapa do enquadramento geográfico do concelho de Arruda dos Vinhos

O Município de Arruda de Vinhos, cuja sua sede é a vila com o mesmo nome, abrange uma

área com pouco menos de 78 Km2, faz parte da região de Lisboa e Vale do Tejo, integrando a

sub-região Oeste, no distrito de Lisboa, pertence ao Núcleo Florestal do Ribatejo e Oeste e Área Metropolitana de Lisboa, à Circunscrição Florestal do Sul e à Associação de Municípios do Oeste (AMO).

É limitado a Sul pelo Município de Loures, a Norte pelo de Alenquer, a poente pelos de Sobral de Monte Agraço e Mafra e a nascente pelo Município de Vila Franca de Xira. Caracteriza-se ainda, por ser um dos concelhos limítrofes à Área Metropolitana de Lisboa, localizando-se a cerca de 30 km da cidade de Lisboa – Figura 1.

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Arranhó, Arruda dos Vinhos, Cardosas e Santiago dos Velhos são as quatro freguesias que integram o Município de Arruda dos Vinhos cujas áreas são respectivamente, 2146.85 ha, 3437.13 ha, 602.25 ha, 1608.85 ha.

Hipsometria

Figura 2 – Mapa hipsométrico do concelho de Arruda dos Vinhos

O mapa hipsométrico do concelho de Arruda dos Vinhos apresenta-se na Figura 2.

Os valores de altimetria oscilam entre as cotas 30 metros, perto da Quinta da Bataca (freguesia de Cardosas) e os 395 metros na Carvalha (freguesia de Santiago dos Velhos). A área de relevo mais acentuada é na freguesia de Arranhó, perto de Vila Vedra.

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Declive

Figura 3 – Mapa de declives do concelho de Arruda dos Vinhos

No Município de Arruda dos Vinhos dominam os relevos acentuados e irregulares, vales apertados e sinuosos, onde correm linhas de água de regime torrencial, com excepção da zona do denominado Vale Quente (onde se situa a vila sede de concelho) com relevos mais aplanados – Figura 3.

As características peculiares do concelho dificultam o combate aos incêndios, devido à dificuldade de acessos e propagação mais rápida em áreas de relevo mais acentuado e irregular.

Os declives acentuados dificultam a realização operações mecânicas de silvicultura preventiva e agrícola, encarecendo as operações, levando a um progressivo abandono da propriedade, o plano prevê acções de sensibilização junto das populações e de intervenção nas zonas mais críticas por forma incentivar a manutenção dos espaços verdes nas zonas de encosta.

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Em casos de ocorrência de incêndios as zonas de encosta são prioritárias na intervenção, por forma, a evitar a existência de elevados danos provocados pela erosão, promovendo a reabilitação do ecossistema anteriormente existente.

Exposição

Figura 4 – Mapa de exposições do concelho de Arruda dos Vinhos

O concelho de Arruda dos Vinhos apresenta uma exposição predominantemente virada a Este e a Norte.

As zonas viradas a Norte e Este são zonas mais frias e húmidas nas quais são menos prováveis a ocorrência de ignições espontâneas.

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Hidrografia

Figura 5 – Mapa hidrográfico do concelho de Arruda dos Vinhos

O mapa hidrográfico do concelho de Arruda dos Vinhos apresenta-se na Figura 5.

O Município de Arruda dos Vinhos apresenta uma rede hidrográfica relativamente densa, em que a drenagem superficial assume maior importância. A bacia hidrográfica de maior expressão é a do Rio Grande da Pipa que corre de Oeste para Este e desagua no Rio Tejo.

Os cursos de água permanentes que atravessam o concelho são a Ribeira de A-do-Baço, Rio dos Matos, Rio da Louriceira, Rio Salema e Rio Grande da Pipa. No entanto, estes cursos de água não apresentam características que permitam a sua utilização como pontos de água de Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI).

A inexistência de pontos de água naturais para abastecer os meios terrestres e aéreos têm implicações no abastecimento e capacidade de resposta dos serviços de apoio ao combate dos incêndios, criando uma dependência excessiva das tomadas de água. No plano apresentado

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serão propostas a construção de pontos de água para minimizar as carências do Município nesse ponto.

2 – Caracterização climática

Para a elaboração da caracterização climática solicitou-se ao Instituto de Meteorologia os dados das normais climatológicas mais recentes, que à data, são as referentes ao período 1961-1990. Os dados reportam-se à estação meteorológica de Dois Portos.

O clima é um dos factores naturais de maior relevância para a formação de paisagens. No caso deste município o clima caracteriza-se por uma significativa variabilidade espacial provocada pelo relevo. O denominado Vale Quente, onde fica situada a vila de Arruda dos Vinhos atinge, durante o Verão, temperaturas mais elevadas que a restante área territorial do município, por outro lado as zonas de maior altitude são significativamente mais ventosas.

Valores m ensais da tem peratura média, média das máximas e valores m áxim os no concelho de Arruda dos Vinhos (1961-1990)

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 M édia M ensal 10.0 10.8 12.2 13.5 15.6 18.3 20.4 20.5 19.9 16.9 12.9 10.5 M édia das M áximas 14.2 14.9 16.8 18.1 20.3 23.4 25.9 26.2 25.8 22.3 17.6 14.7 Valores M áximos 20.0 27.0 26.0 28.0 35.5 42.0 39.5 40.0 38.0 33.0 28.5 23.5 JAN FEV M AR A BR M AI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Gráfico 1 – Valores mensais da temperatura média, média das máximas e valores máximos no concelho de Arruda dos Vinhos (1961-1990)

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A observação do gráfico n.º 1, permite constatar que os meses de Julho, Agosto e Setembro são aqueles em que se verificam as temperaturas mais elevadas. A temperatura média do ar ao longo do ano varia entre os 10 ºC e os 20.5 ºC, as médias das máximas varia entre os 14 ºC e 26 ºC, sendo que o valor máximo verificado foi 42ºC.

Valores m édios mensais da hum idade relativa do ar às 9 e 18 horas no concelho de Arruda dos Vinhos (1961-1990)

0 20 40 60 80 100 9 horas 86 85 80 78 77 77 76 77 78 82 84 85 18 horas 81 79 73 75 74 73 70 70 72 75 78 80

JAN FEV M AR A BR M AI JUN JUL A GO SET OUT NOV DEZ

Gráfico 2 – Valores médios mensais da humidade relativa do ar às 9 e 18 horas no concelho de Arruda dos Vinhos (1961-1990)

Fonte: IM – Estação Dois Portos

A análise e interpretação do gráfico n.º 2 permite perceber que os meses de Julho e Agosto são aqueles em os valores médios da humidade relativa do ar são menores e o que de certa coincide com as conclusões tiradas do gráfico anterior. A humidade relativa do ar é da ordem dos 80%, sendo que nos meses de Julho e Agosto os valores descem para os 70%.

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Precipitação mensal e máxima diária no concelho de Arruda dos Vinhos (1961-1990) 0 20 40 60 80 100 120 140 Total 94.9 91.7 64.3 64.7 49.8 24.2 5.2 6.6 22.4 78.3 105.5 92.3 M áx. (diária) 49.5 46.7 62.5 56.0 44.5 49.0 37.8 25.5 45.0 52.3 130.0 41.5 JA N FEV M A R AB R M AI JUN JUL A GO SET OUT NOV DEZ

Gráfico 3 – Precipitação mensal e máxima diária no concelho de Arruda dos Vinhos (1961-1990) Fonte: IM – Estação Dois Portos

A análise e interpretação do gráfico n.º 3 permite verificar que os meses em que existe menor precipitação são Julho e Agosto, o que conjugado com o aumento das temperaturas vai influenciar directamente a humidade relativa do ar (diminuindo-a) e consequentemente baixar a humidade dos combustíveis florestais.

A precipitação mensal varia entre os 5 e os 105mm, atingindo valores mais elevados em Novembro, Dezembro, Janeiro e Fevereiro.

Há uma redução gradual da precipitação desde os meses mais pluviosos (Novembro, Dezembro e Janeiro) até aos mais secos, pelo que o crescimento dos combustíveis florestais é considerado normal.

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N NE E SE S SW W NW C FR VM FR VM FR VM FR VM FR VM FR VM FR VM FR VM FR Janeiro 3.2 12.2 15.1 6.8 7.5 10.3 9.6 8.4 9.0 16.6 20.3 15.2 3.8 16.1 19.8 11.5 11.7 Fevereiro 6.7 15.4 14.1 8.5 6.6 8.1 8.9 10.8 8.0 18.6 18.5 18.9 4.6 15.5 25.0 12.4 7.4 Março 8.2 15.5 13.8 9.7 6.5 11.8 7.6 11.4 3.8 12.5 15.8 17.9 4.3 13.8 36.1 13.3 3.8 Abril 11.4 17.1 7.8 11.0 1.6 11.8 4.4 11.1 3.1 20.0 13.6 17.6 6.5 12.3 49.3 13.7 2.4 Maio 10.6 16.8 5.5 10.2 1.3 11.7 2.4 13.5 1.9 20.3 15.7 16.3 4.8 12.2 56.6 14.2 1.2 Junho 8.0 14.7 3.3 9.0 1.3 10.2 1.7 10.5 3.0 15.8 10.4 12.2 6.8 10.1 64.8 13.5 0.8 Julho 15.1 16.2 4.5 8.2 0.2 12.0 1.1 13.2 0.5 8.2 5.1 11.1 5.1 9.6 67.6 13.2 0.7 Agosto 11.9 17.5 3.6 7.6 0.7 13.2 1.6 8.6 0.7 12.0 3.2 11.3 4.5 8.3 72.4 13.1 1.3 Setembro 10.8 13.7 6.1 7.7 0.8 7.2 2.5 9.2 3.1 9.4 12.4 11.9 6.1 9.6 55.2 10.7 3.0 Outubro 8.6 12.2 13.1 7.9 2.9 8.5 9.2 11.1 5.6 11.9 15.3 11.7 3.7 6.8 33.0 8.3 8.5 Novembro 6.8 12.3 15.4 7.2 5.2 9.9 8.0 9.4 7.1 12.8 14.2 13.3 4.3 8.9 26.2 10.1 12.8 Dezembro 7.5 10.7 19.1 6.5 7.5 8.8 9.4 6.9 4.2 11.7 11.8 13.8 3.1 11.2 22.4 9.3 15.0

FR - Frequência do vento (%) VM - Velocidade média do vento (km/h) C - Situação em que não há movimento apreciável do ar

N - Rumo Norte NE - Rumo Nordeste E - Rumo Este SE - Rumo Sudeste

S - Rumo Sul SW - Rumo Sudoeste W - Rumo Oeste NW - Noroeste

Quadro 1 – Médias mensais da frequência e velocidade do vento no concelho de Arruda dos Vinhos (1961-1990) Fonte: IM – Estação Dois Portos

É importante referir que sendo esta uma zona ventosa, os ventos predominantes são de Noroeste, pelo que a influência de ar marítimo introduz alguma massa húmida no ar. Condições estas que se por um lado dificultam as ignições (influência de ar do mar) por outro facilitam a propagação do fogo no terreno (intensidade e frequência do vento).

É ainda de salientar que é durante os meses de Verão que a frequência do vento de Noroeste mais se faz sentir- Quadro 1.

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3 – Caracterização da população

População residente por censo e freguesia e densidade populacional

Figura 6 – Mapa da população residente (1981/1991/2001) e densidade populacional (2001) do concelho de Arruda dos Vinhos

O mapa da população residente e densidade populacional do concelho de Arruda dos Vinhos apresenta-se na Figura 6.

A figura anterior representa a evolução da população residente no município por freguesia. Desde 1981 que a freguesia de Arruda dos Vinhos é aquela que regista maior número de residentes e o seu crescimento demográfico relativamente às restantes freguesias tem vindo a aumentar. Em 1981 esta freguesia registava 50% da população do concelho enquanto que nos últimos Censos esse valor aumentou para os 56%.

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As restantes freguesias apesar de apresentarem de forma geral um aumento de população residente, em relação ao peso que cada uma tem, em termos demográficos, têm vindo a perder importância para a freguesia de Arruda dos Vinhos.

Quanto ao total do município, nas últimas duas décadas, os valores da população residente aumentaram razoavelmente (1475 habitantes), sendo que nos últimos Censos atingiu o valor de 10350 habitantes.

Comparativamente com o distrito de Lisboa (2136013 hab.) e para o ano de 2001 este município representa uma pequeníssima parte do total do distrito (0,48%).

O concelho de Arruda dos Vinhos tem uma densidade populacional de 133 habitantes por quilómetro quadrado. Em comparação com os municípios limítrofes, verifica-se que Arruda dos

Vinhos apresenta valores bastante inferiores a Loures (1.185hab./Km2), mas muito similares a

Alenquer (129hab./Km2).

É possível verificar, através da figura anterior que a freguesia com maior área territorial é a freguesia de Arruda dos Vinhos, por outro lado a freguesia de Cardosas regista menor área territorial. Verifica-se ainda, que a freguesia com maior densidade populacional é a de Arruda

dos Vinhos com um valor superior à média do município (169hab./km2), seguindo-se a freguesia

de Cardosas cujo valor se apresenta muito próximo da densidade populacional de Arranhó.

Comparando estes valores com os do distrito de Lisboa (cerca de 762hab./km2), pode

acrescentar-se que o número de habitantes por quilómetro quadrado no município é muito reduzido relativamente ao do distrito.

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Índice de envelhecimento e sua evolução

Figura 7 – Mapa de índice de envelhecimento (1981/1991/2001) e sua evolução (1981-2001) do concelho de Arruda dos Vinhos

O mapa de índice de envelhecimento e sua evolução do concelho de Arruda dos Vinhos apresenta-se na Figura 7.

Tal como seria de esperar, já que é uma tendência sentida um pouco por todo o país, a população idosa deste concelho tem vindo a aumentar em relação ao número de jovens. No concelho de Arruda dos Vinhos é a freguesia de Cardosas que apresenta maior índice de envelhecimento desde 1981 (91.67 em 1981, 114.29 em 1991 e 145.95 em 2001). No entanto, Santiago dos Velhos foi a freguesia que ao longo destas décadas sofreu maior evolução do índice de envelhecimento (cerca de 75), em 1981 era a freguesia com menor índice (47.88) e em 2001 era a segunda mais envelhecida (122.86).

Comparativamente com os valores apresentados para o distrito de Lisboa e para o mesmo intervalo de tempo (1981 a 2001) as freguesias do concelho de Arruda dos Vinhos apresentam

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valores superiores (em 1981 o índice correspondia a 45.08, em 1991 correspondia 73.45 e em 2001 a 108.3).

Com estes dados conclui-se que todas as freguesias têm uma população bastante envelhecida, no entanto terá de se ter uma maior atenção relativamente às acções a desenvolver na freguesia de Cardosas, pelas razões que já foram apresentadas anteriormente.

População por sector de actividade

Na Figura 8 pode ver-se o mapa da população por sector de actividade do concelho de Arruda dos Vinhos.

Até à década de 60 o sector económico com maior relevância no concelho foi sem dúvida o primário. A produção da vinha sempre foi a actividade mais importante, e foi isso que de certa forma tornou o concelho conhecido.

Desde a década acima referida que é cada vez menor o número de activos neste sector de actividade, sendo que em 2001 esse número desceu para os 5% da população activa, o que se confirma pela quantidade de terrenos agrícolas que se encontram abandonados. O comércio e os serviços são actividades que predominam um pouco por todo o concelho mas apresentam maior expressão na vila de Arruda dos Vinhos e ultimamente tem-se verificado um aumento do sector secundário muito à custa da implantação de novas pequenas indústrias principalmente na freguesia de Arranhó (ligadas à reciclagem de sucatas e à metalomecânica).

A percentagem de população que ainda se encontra afecta ao sector primário (especialmente a actividades ligadas à agricultura) é muito semelhante nas freguesias do concelho com excepção da de Cardosas que apresenta um valor inferior (2.87%).

As freguesias com maior percentagem de população activa ligada ao sector secundário são a de Santiago dos Velhos e de Cardosas, com 33.23% e 32.17% respectivamente, apesar das actividades de maior relevo pertencentes a este sector se encontrarem localizadas nas freguesias de Arranhó e Santiago dos Velhos.

Nas quatro freguesias, a grande maioria da população activa, está afecta ao sector terciário (entre 61% e 74% na freguesia de Santiago dos Velhos e Arranhó, respectivamente), no entanto esta percentagem é ligeiramente inferior à percentagem relativa ao distrito de Lisboa.

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Taxa de analfabetismo

Figura 9 – Mapa da taxa de analfabetismo (1991/2001) do concelho de Arruda dos Vinhos

O mapa da taxa de analfabetismo do concelho de Arruda dos Vinhos apresenta-se na Figura 9.

Apesar da taxa de analfabetismo ter vindo a decrescer no concelho de Arruda dos Vinhos, verifica-se que mesmo assim os valores apresentados em 2001 ainda são significativamente superiores aos valores do distrito de Lisboa e do país (5.5% e 9% respectivamente).

A freguesia de Santiago dos Velhos reduziu para mais de metade a sua taxa de analfabetismo entre 1981 e 2001, no entanto, tal como o foi no passado, continua a ser a freguesia em que o número de analfabetos possui maior expressão.

As freguesias de Arruda dos Vinhos e Cardosas apresentam em 2001 uma taxa de analfabetismo de 11% e Arranhó 12.8%.

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A caracterização deste parâmetro é fundamental para a definição dos métodos a utilizar em termos de sensibilização da população para a problemática dos incêndios florestais.

4 – Caracterização do uso e ocupação do solo e zonas especiais

Uso e ocupação do solo

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Uso e ocupação do solo (ha)

Freguesia Sociais Áreas Agricultura Floresta Improdutivos Incultos Superfícies Aquáticas

Arranhó 235.07 1179.68 128.09 0.00 604.40 0.00

Arruda dos Vinhos 416.29 2580.22 211.81 0.00 164.53 64.14

Cardosas 74.88 399.46 99.85 0.00 18.57 9.47

Santiago dos Velhos 143.89 989.39 80.22 0.00 395.28 0.00

Total 870.12 5148.74 519.97 0.00 1182.79 73.61

Quadro 2 – Uso e ocupação do solo do concelho de Arruda dos Vinhos

O Município de Arruda dos Vinhos apresenta uma qualidade paisagística de inegável valor, com uma paisagem agrícola relativamente bem conservada e onde existem ainda vestígios dos carvalhais que em tempos terão coberto toda esta região.

Nas zonas mais elevadas, os terrenos são abertos e a vegetação é composta por matos rasteiros. Nos vales mais abrigados sobrevivem alguns pequenos bosques de carvalho. A paisagem é também marcada por algumas zonas florestais de pinheiro bravo ou manso. A agricultura nestas áreas é relativamente pobre sendo cultivados sobretudo cereais de sequeiro. Nas zonas menor cota, os terrenos agrícolas são por vezes divididos por sebes dando origem a uma paisagem compartimentada. Devido à sua geomorfologia algo acidentada, o Município possui um conjunto de excelentes vistas rurais e urbanas.

A paisagem encontra-se pontualmente descaracterizada devido à ocorrência de ignições de fogos florestais que contribuíram para a eliminação de alguns bosques “naturais” de vegetação autóctone.

No entanto, sendo o fogo um “regenerador natural” da vegetação, assiste-se a uma revitalização permanente das áreas ardidas, especialmente no que diz respeito a ervas e mato rasteiro, sem que tenha existido uma concertação ou planeamento na rearborização do local.

Como é possível ver pelos dados do quadro apresentado em cima grande parte da área do concelho é ainda utilizado para a agricultura e isto acontece principalmente na freguesia de Arruda dos Vinhos. Os incultos são outra grande fatia da ocupação do solo do concelho e da freguesia de Arranhó, derivado do abandono das terras agrícolas. A área ocupada por povoamentos florestais é cerca de 520 hectares sendo também a freguesia de Arruda dos Vinhos a que possui mais áreas destas (Figura 10 e Quadro 2).

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Povoamentos florestais

Figura 11 – Mapa dos povoamentos florestais do concelho de Arruda dos Vinhos

O mapa dos povoamentos florestais do concelho de Arruda dos Vinhos apresenta-se na Figura 11.

Freguesia Carvalho (ha) Eucalipto (ha) Bravo (ha)Pinheiro Manso (ha)Pinheiro Povoamento Misto (ha) Área florestal total (ha)

Arranhó 3.012 87.93 0.00 17.14 20.00 732.48

Arruda dos Vinhos 0.000 17.93 8.35 32.94 152.59 376.34

Cardosas 0.000 2.76 0.00 3.64 93.45 118.42

Santiago dos Velhos 0.000 29.67 0.00 24.17 26.38 475.50

Total 3.012 138.29 8.35 77.89 292.42 1702.75

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No quadro anterior (Quadro 3) apresenta-se a distribuição das espécies florestais do concelho, mas na coluna da área florestal, para além das áreas de povoamentos florestais (520 ha) consideraram-se também as áreas de inculto (1183 ha).

A freguesia de Arranhó tem alguns núcleos florestais importantes de eucaliptos, nomeadamente na extrema Norte do concelho que faz ligação com o concelho do Sobral de Monte Agraço, e um outro núcleo importante de pinheiro manso (designado por Pinhal do Moinho do Custódio) localizado entre Arranhó e Alcobela.

Santiago dos Velhos possui uma reduzida área florestal, em que sobressai uma área de eucalipto (no Sul do concelho, perto do Casal de Fernandares) e de pinheiro manso no limite do concelho com o de Vila Franca de Xira.

Arruda dos Vinhos e Cardosas possuem principalmente áreas de povoamentos mistos.

Áreas protegidas, Rede Natura 2000 e regime florestal

O concelho de Arruda dos Vinhos não é abrangido por nenhuma da área protegida, Rede Natura 2000, Áreas Protegidas e Regime Florestal.

As áreas protegidas mais próximas do concelho são o Estuário do Tejo (Área Protegida e Rede Natura 2000) e as áreas protegidas de Campo de Lapiáz de Negrais e da Granja dos Serrões.

Instrumentos de gestão florestal

Embora o Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste – PROF Oeste (publicado no Decreto Regulamentar n.º 14/2006 de 17 de Outubro) preveja a constituição de uma Zona de Intervenção Florestal conjunta para os concelhos de Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, a mesma não foi ainda delimitada nem constituída.

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Zonas de recreio florestal, caça e pesca

Figura 12 – Mapa de zonas de caça do concelho de Arruda dos Vinhos

Na Figura 12 pode ver-se o mapa de zonas de caça do concelho de Arruda dos Vinhos. O concelho de Arruda dos Vinhos não possui zonas de recreio florestal, nem zonas de pesca. No entanto, ao longo dos últimos anos têm sido organizados alguns passeios pedestres e os percursos utilizados atravessam geralmente áreas de povoamentos florestais.

Na figura anterior é possível ver as zonas de caça associativa de Arranhó, de Santiago dos Velhos e de Arruda dos Vinhos, assim como a zona de caça municipal de Arruda dos Vinhos (que integra também áreas da freguesia de Cardosas).

É importante salientar que, nos últimos anos, o município de Arruda dos Vinhos tem contado com a colaboração dos Guardas das Associações de Caçadores do concelho para a vigilância dos incêndios florestais durante o período crítico.

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Romarias e festas

Mês de realização Dia de início/fim Freguesia Lugar Designação Observações

Maio

7 Arranhó Nossa Senhora da Ajuda Festa da Comunidade 13, 17/20 Arranhó Louriceira de Cima Festejos Anuais em Honra de S. Miguel

Móvel Arruda dos Vinhos Arruda dos Vinhos Quinta-feira da Ascensão – Feriado Municipal

Junho

3/17 Arruda dos Vinhos Arruda dos Vinhos Festejos de Sto. António 3, 9/10 Arranhó A-do-Baço Festejos em Honra de S. Geraldo

10 Arruda dos Vinhos Arruda dos Vinhos Bombeiros Voluntários Aniversário dos de Arruda dos Vinhos 10/17 dos VelhosSantiago Adoseiros Aniversário S.R.D.C. de Adoseiros 20, 23/24 Arruda dos Vinhos Mata Festejos Anuais em Honra de S. João

30 Arruda dos

Vinhos Arruda dos Vinhos

Encontro de Colectividades e Festival

do Caracol Julho

1

27/30 dos VelhosSantiago Santiago dos Velhos Honra do Apóstolo S. Festejos Anuais em Tiago Maior

Uso de foguetes

Agosto

3/5 dos VelhosSantiago Carvalha Nossa Sra. da Santa Ana Festas em Honra de

4/18 Arruda dos Vinhos Arruda dos Vinhos

Seculares Festejos em Honra de Nossa Sra. da

Salvação

10/13 Arranhó Arranhó Festejos em Honra de S. Lourenço foguetes Uso de 22/23 Arranhó Louriceira Aniversário da S.R. Louricense

25/26 dos VelhosSantiago A-do-Mourão Festas de A-do-Mourão

Setembro

1/3 Arruda dos Vinhos A-do-Barriga Comemoração do Clube Recreativo e Desportivo de A-do-Barriga

2, 7/10 Arranhó Nossa Senhora da Ajuda Festa de Nossa Sra. da Ajuda foguetes Uso de

14/16 Cardosas Cardosas Tradicionais Festejos em Honra de S. Miguel Arcanjo

Uso de foguetes Novembro 3/11 Arruda dos Vinhos Arruda dos Vinhos Festa da Vinha e do Vinho

Quadro 4 – Romarias e festas do concelho de Arruda dos Vinhos

Sendo este um concelho rural é nos meses de Verão (Junho a Setembro), que se concentram as festas e romarias, um pouco por todo o concelho, das quais advém naturalmente um acréscimo do perigo de deflagrações. Isto porque há maior concentração de pessoas e pela utilização de foguetes em algumas destas festas e romarias.

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5 – Análise do histórico e da causalidade dos incêndios

Área ardida e n.º de ocorrências - Distribuição anual

Figura 13 – Mapa das áreas ardidas do concelho de Arruda dos Vinhos e de Alenquer, V. F. Xira, Loures, Mafra e Sobral de M. A. (1995-2006)

O mapa das áreas ardidas do concelho de Arruda dos Vinhos e de Alenquer, V. F. Xira, Loures, Mafra e Sobral M. A. (1995-2006) apresenta-se na Figura 13.

Sendo Arruda dos Vinhos um concelho cuja larga maioria das ocorrências tem uma área ardida inferior a 10 ha e tendo em conta que até 2005 a dimensão mínima das áreas ardidas cartografadas foi de 5 ha e em 2006 apenas foram delimitadas as ocorrências com área ardida superior a 50 ha (dados da Direcção-Geral dos Recursos Florestais), o referido mapa não reflecte correctamente a realidade do concelho.

(25)

Destacam-se, no entanto pela sua dimensão, as ocorrências em 1999 na freguesia de Arruda dos Vinhos, em 2002 e 2003 na freguesia de Arranhó e em 2005 na freguesia de Santiago dos Velhos.

Distribuição anual da área ardida e nº de ocorrências (1996-2006)

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250

Á rea ardida (ha) 82.12 50.23 105.64 57.82 193.16 42.33 36.11 53.07 80.11 171.17 70.45 Nº ocorrências 80 48 143 81 199 106 92 107 123 231 91

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Gráfico 4 – Distribuição anual da área ardida e do n.º de ocorrências (1996-2006) Fonte: DGRF

O gráfico n.º 4, mostra que, os anos 2000 e 2005 foram anos críticos para este município. Em 2000 (ano em que se verificou maior área ardida) arderam cerca de 193 ha, não tendo sido, este o ano em que se verificou maior número de ocorrências, ano esse (o de 2005) com 231 ocorrências. Em 2000 e 2005 arderam respectivamente, 21% e 18% do total de área ardida da última década no concelho de Arruda dos Vinhos. Pode concluir-se que embora não haja uma relação directa entre o número de ocorrências existe uma certa correspondência.

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Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no quinquénio 2001-2005, por freguesia

0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 Á rea ardida 2006 38.99 15.56 0.02 15.88

M édia área ardida 2001-2005 43.72 16.70 0.86 15.28

N.º ocorrências 2006 42 32 1 16

M édia n.º ocorrências 2001-2005 55 45 4 28

Arranhó A rruda dos

Vinhos Cardosas

Santiago dos Velhos

Gráfico 5 – Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no quinquénio 2001-2005, por freguesia Fonte: DGRF

No gráfico n.º 5, verifica-se que Arranhó é a freguesia com maior número de ocorrências e maior área ardida relativamente quer ao ano de 2006, quer à média do quinquénio 2001-2005. Relativamente ao número de ocorrências, no ano de 2006 todas as freguesias apresentaram valores abaixo da média do último quinquénio. O mesmo não acontece com os valores de área ardida, em que se verifica que a freguesia de Santiago dos Velhos apresentou um valor ligeiramente superior à média verificada para 2001-2005.

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Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no quinquénio 2001-2005 por espaços florestais em cada 100ha, por freguesia

0 2 4 6 8 Área ardida/ha

em cada 100ha (ha)

0 2 4 6 8 10 12

N.º de ocorrências/ha em cada 100ha

Área ardida em 2006/ha em cada 100ha 5.33 4.15 0.01 3.58 Média área ardida 2001-2005/ha em cada

100ha

5.97 4.46 0.73 3.45

N.º ocorrências 2006/ha em cada 100ha 6 9 1 4 Média n.º ocorrências 2001-2005/ha em

cada 100ha

7 11 1 7

Arranhó Arruda dos Vinhos Cardosas Santiago dos Velhos

Gráfico 6 – Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média no quinquénio 2001-2005, por espaços florestais em cada 100 hectares, por freguesia Fonte: DGRF

Do gráfico n.º 6, pode-se concluir que em todas as freguesias os valores de área ardida em 2006 por cada 100 ha são muito próximos aos valores de área ardida por cada 100 ha no quinquénio 2001-2005. A freguesia de Arranhó (freguesia com maior área florestal) é a freguesia com maior área ardida. Relativamente ao número de ocorrências o ano de 2006 é um ano típico relativamente ao quinquénio 2001-2005 pois os valores encontram-se muito perto da média. No entanto, a freguesia de Arruda dos Vinhos tem maior número de ocorrências por hectare em cada 100 ha.

(28)

Área ardida e n.º de ocorrências - Distribuição mensal

Distribuição m ensal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e m édia 1996-2005 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Área ardida 2006 0.00 0.00 0.00 0.00 0.63 0.02 1.32 27.88 38.54 2.07 0.00 0.00 M édia área ardida 1996-2005 0.42 0.83 0.89 0.72 0.52 0.88 8.43 26.76 27.58 18.15 0.97 1.02

N.º ocorrências 2006 0 0 0 0 5 1 10 33 37 5 0 0

M édia n.º ocorrências 1996-2005 1 2 2 1 2 4 14 32 36 23 4 1 Jan Fev M ar A br M ai Jun Jul A go Set Out Nov Dez

Gráfico 7 – Distribuição mensal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média (1996-2005) Fonte: DGRF

Da análise do gráfico n.º 7, verifica-se que os meses de Agosto, Setembro e Outubro são aqueles em que há maior área ardida na média dos últimos 10 anos. No que diz respeito a 2006, os valores de área ardida em Maio, Agosto e Setembro são superiores à média das áreas ardidas nos últimos 10 anos. Em relação ao número de ocorrências em 2006, tal como o verificado para as áreas ardidas, os meses de Maio, Agosto, Setembro registaram valores ligeiramente superiores à média de 1996 a 2005. Constata-se assim que os meses com maior área ardida e maior número de ocorrências são os meses mais quentes.

(29)

Área ardida e n.º de ocorrências - Distribuição semanal

Distribuição semanal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e m édia 1996-2005 0 5 10 15 20 0 5 10 15 20 25 Á rea ardida 2006 15.12 14.22 4.16 4.85 9.09 7.71 15.32 M édia área ardida 1996-2005 8.34 8.31 14.73 12.68 11.36 17.90 13.85

N.º ocorrências 2006 12 16 7 8 8 17 23

M édia n.º ocorrências 1996-2005 13 15 18 17 15 21 22 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

Gráfico 8 – Distribuição semanal da área ardida e do n.º de ocorrências em 2006 e média (1996-2005) Fonte: DGRF

Segundo o gráfico n.º 8, o número de ocorrências no concelho de Arruda dos Vinhos varia entre 8 e 23 ocorrências por dia da semana. Verifica-se um ligeiro aumento do número de ocorrências durante o fim-de-semana, quer na média de 1996-2005, quer para o ano de 2006, este facto justifica-se por serem principalmente, estes os dias que a população dedica para as actividades de ar livre no espaço rural (actividades de lazer e/ou agricultura complementar).

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Área ardida e n.º de ocorrências - Distribuição diária

Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do n.º de ocorrências (1996-2006)

0 5 10 15 20 25 30 35 0 5 10 15 20 25

Área ardida N.º ocorrências

Gráfico 9 – Distribuição dos valores diários acumulados da área ardida e do n.º de ocorrências (1996-2006) Fonte: DGRF

O gráfico n.º 9 mostra que, como já tinha sido referido anteriormente, relativamente às ocorrências no mês de Julho há um ligeiro aumento do seu número, sendo que este aumenta significativamente nos meses em que as temperaturas são mais elevadas e os combustíveis se encontram mais secos. Em relação à área ardida, da análise do gráfico, identifica-se 7 dias críticos que representam 19% do total da área ardida: 31 de Julho, 13 de Agosto, 27 de Agosto, 1 de Setembro, 11 de Setembro, 7 e 8 de Outubro em que os valores de área ardida estão entre os 21 e 30 ha.

7 Dias Críticos 19% do total da área ardida

7 e 8 Outubro 11 Setembro 1 Setembro 27 Agosto 13 Agosto 31 Julho

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Área ardida e n.º de ocorrências - Distribuição horária

Distribuição horária da área ardida e do n.º de ocorrências (1996-2006)

0 20 40 60 80 100 120 Ár ea ar di da (ha) 0 25 50 75 100 125 150 Nº ocorrências

Total área ardida (ha) 18.05 24.62 10.88 8.67 11.69 2.09 5.08 1.57 0.17 10.90 17.34 31.44 49.74 44.11 100.0 99.30 96.63 89.82 49.34 48.64 66.05 65.68 43.65 46.73 N.º total ocorrências 37 46 20 17 14 5 9 5 6 21 25 45 55 54 103 90 121 94 85 88 102 94 92 73 00:00-00:59 1:00-1:59 2:00-2:59 3:00-3:59 4:00-4:59 5:00-5:59 6:00-6:59 7:00-7:59 8:00-8:59 9:00-9:59 10:00-10:59 11:00-11:59 12:00-12:59 13:00-13:59 14:00-14:59 15:00-15:59 16:00-16:59 17:00-17:59 18:00-18:59 19:00-19:59 20:00-20:59 21:00-21:59 22:00-22:59 23:00-23:59

Gráfico 10 – Distribuição horária da área ardida e n.º de ocorrências (1996-2006) Fonte: DGRF

Da análise do gráfico n.º 10, verifica-se que o período crítico relativo ao número de ocorrências é das 14 horas às 22 horas e 59 minutos que representa cerca de 68% do número de ocorrências e 70% da área ardida. Relativamente à área ardida o período crítico é das 14 horas às 17 horas e 59 minutos e representa cerca de 41% da área ardida.

Período Crítico - Ocorrências 14:00 - 22:59 66.8% das ocorrências

70 0% da área ardida Período Crítico - Área ardida

14:00 - 17:59 40 9% da área ardida

(32)

Quer a área ardida quer o n.º de ocorrências tem uma relação directa com a temperatura, sendo apenas assinalável como elemento divergente a existência de um crescimento entre a 1 hora e a 1 hora e 59 minutos, o que poderá indiciar a existência de actividades criminosas.

Área ardida em espaços florestais

Distribuição da área ardida por espaços florestais (1996-2006)

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Povoamentos 6.00 2.83 2.20 2.51 4.52 5.03 0.55 0.06 0.01 7.72 1.57 M atos 76.12 47.40 103.44 55.31 188.65 37.30 35.56 53.01 80.10 163.45 68.8829 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Gráfico 11 – Distribuição da área ardida em espaços florestais (1996-2006) Fonte: DGRF

Em todos os anos em análise no gráfico n.º 11 a área ardida de matos foi largamente superior à área ardida de povoamentos, o que de certa forma está de acordo com a relação existente no concelho entre matos e povoamentos (69.0% e 30.9% respectivamente).

(33)

Área ardida e n.º de ocorrências por classes de extensão

Distribuição da área ardida e do nº de ocorrências por classes de extensão (1996-2006) 0 100 200 300 400 500 600 700 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100

Área ardida (ha) 254.55 645.17 21.50 21.00 0.00 0.00

N.º ocorrências 1054 244 2 1 0 0

0 - 1 >1 - 10 >10 - 20 >20 - 50 >50 - 100 >100

Gráfico 12 – Distribuição da área ardida e do n.º de ocorrências por classes de extensão (1996-2006) Fonte: DGRF

O gráfico n.º 12 indica que o maior n.º de ocorrências se verifica para áreas ardidas inferiores a 1 ha (81%) seguido das áreas entre 1 e 10 ha com uma percentagem de 18%. As ocorrências superiores a 10 ha são absolutamente excepcionais tendo apenas ocorrido 3 (entre 1996 e 2006), 2 dos quais originaram áreas entre 10 e 20 ha e a restante entre 20 e 50 ha. É de referir que no concelho de Arruda dos Vinhos, até 2006, não existiram incêndios de grandes dimensões, por isso não elaborado o subcapítulo relativo a grandes incêndios.

(34)

Pontos de início e causas

Figura 14 – Mapa dos pontos de início e causas dos incêndios do concelho de Arruda dos Vinhos (2001-2006)

Na Figura 14 é possível ver-se o mapa dos pontos de início e causas dos incêndios do concelho de Arruda dos Vinhos (2001-2006).

Relativamente ao mapa dos pontos de início e causas dos incêndios, verificaram-se erros de localização dos pontos de início dos incêndios. A título de exemplo, os incêndios referenciados com início na Vila de Arruda dos Vinhos onde não existem espaços florestais.

Relativamente às causas, os dados obtidos da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) não têm discriminado as causas dos incêndios ocorridos, por isso mesmo não é possível apresentar o quadro com o número total de incêndios e causas por freguesia.

(35)

Fontes de alerta

Distribuição do nº de ocorrências por fonte de alerta (2001-2006)

117; 6 ocorr. 1% Populares; 461 ocorr. 61% P V; 42 o co rr. 6% Outros; 91 ocorr. 12% CDOS; 148 ocorr. 20% CNGF; 2 ocorr. 0%

Gráfico 13 – Distribuição do n.º de ocorrências por fonte de alerta (2001-2006) Fonte: DGRF

(36)

Distribuição do n.º de ocorrências por fonte e hora de alerta (2001-2006) 2 1 1 1 1 7 4 12 8 15 11 12 13 8 13 18 8 1 4 3 4 3 3 6 15 7 4 5 8 5 7 13 23 8 9 5 5 5 5 10 17 25 24 39 27 49 24 33 20 30 29 29 26 1 1 1 1 1 4 2 2 1 2 3 7 4 5 4 3 2 3 1 3 1 2 1 3 1 3 2 1 1 2 2 4 2 1 5 1 1 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 00:00-00:59 1:00-1:59 2:00-2:59 3:00-3:59 4:00-4:59 5:00-5:59 6:00-6:59 7:00-7:59 8:00-8:59 9:00-9:59 10:00-10:59 11:00-11:59 12:00-12:59 13:00-13:59 14:00-14:59 15:00-15:59 16:00-16:59 17:00-17:59 18:00-18:59 19:00-19:59 20:00-20:59 21:00-21:59 22:00-22:59 23:00-23:59 Horas N.º de ocorrências

117 CDOS CNGF Outros Populares PV

Gráfico 14 – Distribuição do n.º de ocorrências por fonte e hora de alerta (2001-2006)

(37)

No gráfico n.º 13, pode observar-se que na maioria das ocorrências detectadas o alerta é dado pelos Populares (61%), seguindo-se o Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) com apenas 20%, sendo a terceira maior fonte de alerta designada como Outros com 12% do número de ocorrências. Da análise do gráfico, pode concluir-se que como os populares são a fonte de alerta com maior importância neste concelho, os sistemas de detecção como os postos de vigia têm pouca relevância em concelhos mais povoados e/ou com menor cobertura de vigilância.

O gráfico n.º 14, não revela nenhum padrão divergente, sendo em todas as horas os populares a fonte de alerta com maior importância, seguido o Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS), sempre com uma grande diferença de valores.

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