Antes de prosseguirmos, temos de concordar em aceitar uma autoridade comum. Não poder-íamos concordar que “gato” se escreve com “g-a-t-o”, se primeiramente não concordássemos que o dicionário da língua portuguesa é nossa autoridade em ortografia. Para concordarmos na questão da religião, precisamos primeiro concordar em qual será nossa autoridade.
A PALAVRA DE DEUS É NOSSA AUTORIDADE
Qual seria nossa autoridade em assuntos religiosos? O mundo reconhece muitas autoridades religiosas, desde o Alcorão muçulmano até as proclamações dos evangelistas televisivos. Deus, porém, reconhece apenas uma autoridade: Sua Palavra, a Bíblia.
O apóstolo Paulo disse: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17). Ele também escreveu: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Timóteo 3:16, 17).
A palavra “Escritura” refere-se a “o que está escrito”. Em 2 Timóteo 3 “Escritura” refere-se à Palavra de Deus. As “Escrituras” incluem o Antigo Testamento (2 Timóteo 3:15) e o Novo Testamento (2 Pedro 3:15, 16). Outro termo que se refere às Escrituras é “a palavra” (Mateus 13:23; Atos 6:4). Um termo que nós usamos hoje é a “Bíblia”. “Bíblia” é basicamente uma palavra grega que significa “livro”. A Bíblia é “o Livro dos livros”. Muitas
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DEACORDOCOMAB
ÍBLIABíblias apresentam a inscrição “Bíblia Sagrada” na capa. A palavra “sagrada” significa “santa”1. A
Bíblia é o “Livro Sagrado” porque é inspirada por Deus.
A palavra “inspirado” significa literalmente “respirado”, “soprado”2. A expressão “inspirada
por Deus” significa “que Deus respirou, soprou”. Assim como Deus soprou nas narinas do homem e este tornou-se alma vivente (Gênesis 2:7), com efeito, Deus também “soprou” na Bíblia e esta tornou-se um livro vivo (veja Hebreus 4:12). Esta é uma forma figurada de dizer que a escrituração da Bíblia estava sob o controle de Deus. Ele se certificou de que a Bíblia contém exatamente o que Ele planejou – nem mais nem menos.
Releia 2 Timóteo 3:16, 17. Esses versículos esclarecem que a Bíblia contém tudo o que precisa-mos para agradar a Deus: é “útil para o ensino”; ela nos diz como devemos viver. É útil “para a repreensão”; ela nos avisa quando estamos errados; é útil “para a correção”; ela nos adverte a mudar de vida. É útil “para a educação na justiça”; ela nos ajuda a crescer espiritualmente. Observe que ela não nos capacita para algumas boas obras, mas “para toda boa obra”.
Muitos livros bons já foram escritos, muitos sermões grandiosos já foram pregados e muitos conselhos úteis já foram dados – mas a única autoridade religiosa é a Bíblia. Antes de con-tinuarmos este estudo, precisamos concordar quanto ao seguinte:
• Nossos pais não são a autoridade. • Nenhum pregador é a autoridade. • Nenhum líder religioso famoso é a
autoridade.
• David Roper não é a autoridade. • _____________ não é a autoridade.
(Preencha com seu nome)
como “sacerdotes” (Êxodo 28:41; 40:15); no Novo Testamento, todos os cristãos são chamados sacerdotes (1 Pedro 2:5, 9).
• No Antigo Testamento, o sétimo dia devia ser dedicado a Deus (Êxodo 20:8–11); no Novo Testamento, o dia especial de adoração é o primeiro dia (Atos 20:7)5, domingo.
• O Antigo Testamento proíbe que se comam certos alimentos, como porco (Levítico 11:7); tais proibições são abolidas no Novo Testamento (Atos 10:9–16).
Poderíamos continuar mostrando esses con-trastes ilimitadamente. Não há como seguir as instruções de ambos os testamentos. Qual, então, devemos seguir? O diagrama abaixo ajudará a responder a essa pergunta:
Primeiro, olhe para as palavras na base do diagrama: “Testamento = Aliança = Acordo”. A ERAB e a NVI geralmente usam a palavra “aliança” (2 Coríntios 3:14; Hebreus 8:6, 7, 13; 9:1; 12:24) e “nova aliança” (Mateus 26:28; 1 Coríntios 11:25; 2 Coríntios 3:6; Hebreus 9:15). Quando falamos no Antigo Testamento, estamos falando de uma antiga
aliança. Quando falamos no Novo Testamento,
estamos falando de uma nova aliança.
O que é uma aliança? É um acordo entre duas partes. A antiga aliança era o acordo entre Deus e o povo judeu (Deuteronômio 5:1–4). Ela nunca vigorou para ninguém mais além dos judeus6 (e os
prosélitos que abraçaram a religião judaica). O Novo Testamento é o acordo entre Deus e os cristãos (Hebreus 10:16).
Agora, olhe para o alto do diagrama. A cruz representa a cruz de Jesus. A área à esquerda da cruz representa o período vétero-testamentário (do Antigo Testamento), enquanto que a área à direita é o período neotestamentário (do Novo Testamento). Observe que a seta à esquerda aponta para a frente da cruz, e a da direita, para trás da cruz.
• Nenhum livro sem ser a Bíblia é a autoridade.
• Somente a Bíblia é a autoridade.
Se você não está cem por cento certo de que a Bíblia é a revelação especial de Deus ao homem, leia o artigo suplementar “O Desafio de Crer”. Se você ainda tiver perguntas sobre isso, fale com a pessoa que lhe deu este livro. É possível que você simplesmente precise de tempo para aprender mais sobre a Bíb-lia. Afinal, Paulo disse que a “fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17). Se este for o caso, continue a leitura.
O NOVO TESTAMENTO É NOSSO GUIA A pergunta: “O que é a nossa autoridade em religião” já foi amplamente respondida: “a Bíblia”. No entanto, precisamos restringir ainda mais essa resposta.
A Bíblia tem duas seções principais: o Antigo e o Novo Testamentos. Pegue uma Bíblia e localize o início do Novo Testamento. Algumas versões trazem o título “O Novo Testamento do Nosso Senhor Jesus Cristo” na página divisória. Observe que o Novo Testamento começa por volta dos três quartos da espessura total da Bíblia. O Antigo Testamento é aproximadamente três vezes maior do que o Novo Testamento. Há várias razões para isto3; uma é que o Antigo Testamento está repleto
de mandamentos específicos do tipo “farás isto” e “não farás aquilo”, enquanto que o Novo Testa-mento se concentra mais nos princípios4.
Ao estudar as duas seções das Escrituras, você achará que elas nem sempre dão as mesmas instruções:
• No Antigo Testamento, os adorado-res iam a um prédio físico chamado templo (Salmo 5:7; Habacuque 2:20); no Novo Testamento, o local não é importante, desde que a adoração seja em espírito e em verdade (João 4:21, 23, 24).
• No Antigo Testamento ofereciam-se ao Senhor animais em sacrifício (Levítico 1–5); no Novo Testamento, Jesus é nosso sacrifício perfeito (Efé-sios 5:2; Hebreus 10:12), enquanto nós devemos oferecer nossas vidas em sacrifício (Romanos 12:1; Hebreus 13:15).
• No Antigo Testamento, um grupo especial de homens eram designados
Testamento = Aliança = Acordo Antigo
Testamento
Novo Testamento
É importante entender que o Antigo Testa-mento aguardava por Jesus Cristo. Deus nunca planejou que a antiga aliança fosse permanente. Jeremias escreveu:
Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei
nova aliança com a casa de Israel e com a casa de
Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito (Jeremias 31:31, 32; grifo meu)7.
Por quanto tempo devia perdurar a antiga aliança? Paulo disse aos cristãos em Gálatas 3 que a velha lei foi “adicionada” à promessa feita a Abraão “até que viesse o descendente a quem se fez a promessa” (v. 19; grifo meu). O versículo 16 do mesmo capítulo fala quem era “o descendente”: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu
descendente, que é Cristo” (grifo meu). No versículo
24 Paulo disse: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo”. O Antigo Testa-mento deveria levar a humanidade até Cristo – e deveria perdurar até que Jesus viesse. É por isso que a seta da esquerda no diagrama aponta para a frente.
Por que, então, a seta aponta para a cruz? Em sua carta aos cristãos de Colossos, Paulo disse que a morte de Jesus “cancelou o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual era prejudicial” e “removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Colossenses 2:14). Figu-radamente, Jesus cravou certas ordenanças na cruz, anunciando que eles não tinham mais força de lei8.
De quais ordenanças Paulo estava falando? Ele mencionou algumas delas nesse mesmo contexto: Ele disse aos cristãos colossenses que, abolidas as ordenanças, ninguém podia julgá-los (isto é, condená-los) “por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados” (Colossenses 2:16). O elemento distinto aqui é o sábado. Muitas ordenanças foram feitas a respeito de comida, bebida e festas, mas somente um conjunto de leis tinha instruções sobre o sábado: o Antigo Testa-mento, que se baseava nos Dez Mandamentos. O mandamento número quatro dizia: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8). Portanto (usando a terminologia de Paulo) o Antigo Testamento foi encravado na cruz.
Agora, vamos olhar para o lado direito da cruz no diagrama. A morte de Cristo não só assinalou o fim do Antigo Testamento (aliança), como também inaugurou o começo do Novo Testamento (aliança). Hebreus 9:15 refere-se a Jesus como “o Mediador
da nova aliança”9. A seguir, o texto explica: “Porque,
onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador” (9:16, 17). A “aliança” falada aqui é um acordo especial que chamamos “testamento”. (Este é um caso em que o uso da palavra “testamento” facilita a compreensão.) Quando o último desejo de um homem e seu testamento entram em vigor?
Quando ele morre. Igualmente, o último desejo de
Jesus e seu testamento entraram em vigor quando Ele morreu na cruz10.
Um mal-entendido comum consiste em datar o nascimento de Jesus como o começo do período neotestamentário; isto não é verdade. O Próprio Jesus viveu sob o Antigo Testamento. Ele foi um bom judeu e sempre guardou as leis do Antigo Testamento. (De fato, Ele foi o único que guardou a lei perfeitamente.) Isto confunde alguns. Por exemplo, alguns apontam para o fato de Jesus ter guardado o sábado (Marcos 1:21; Lucas 4:16) e insistem em que nós devemos adorar no sábado (o sétimo dia da semana). Porém, durante Sua vida na terra, Jesus encorajou a observância de todas as leis do Antigo Testamento (Mateus 19:17), incluindo a oferta de animais em sacrifício (Mateus 5:23; 8:4). O começo do Novo Testamento não se deu a partir do nascimento de Cristo, mas a partir da Sua morte. Estude o diagrama. Os judeus que viveram antes da morte de Jesus viveram sob o acordo do Antigo Testamento; nós que vivemos do lado de cá da cruz vivemos sob o acordo do Novo Testa-mento. A morte de Jesus é o ponto divisório.
Alguns cristãos primitivos, especialmente os que foram criados como judeus, relutaram com o fato de não estarem mais sujeitos às leis do Antigo Testamento. Alguns desses cristãos até tentaram persuadir cristãos gentios11 a guardarem
a Lei – ou, pelo menos, parte dela, como a circun-cisão12. Diversos livros do Novo Testamento tratam
deste problema, incluindo os Livros de Gálatas e Hebreus. Já mencionei algumas passagens de Gála-tas; deixe-me partilhar mais algumas.
Veja novamente Gálatas 3:24, 25: Paulo disse que “a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo à fé, já não permanecemos subordinados ao aio”. Como observamos ante-riormente, o supremo propósito da velha lei foi guiar a humanidade até Cristo. Alcançado esse propósito, as pessoas já não estão sob essa lei.
Em Gálatas 5, Paulo enfatizou isto ainda mais intensamente. No versículo 3 ele disse: “De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar
Alguém pode protestar: “Se não estamos sob os Dez Mandamentos, isto significa que podemos matar e roubar e fazer as outras coisas proibidas pelos mandamentos”. Não. Hoje, as pessoas não devem matar nem roubar porque isso é proibido no
Novo Testamento (Romanos 13:9; Efésios 4:28). Na
verdade, nove dos Dez Mandamentos são, efetiva-mente, repetidos no Novo Testamento.14 O único
dos Dez Mandamentos que não se repete no Novo Testamento é o quarto: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8). Hoje, nosso dia “especial” de adoração é o primeiro dia da semana, não o sétimo.15
Este princípio – de que estamos sob o Novo Testamento, e não o Antigo – responderá a muitas dúvidas religiosas. Alguém pode dizer: “A Bíblia fala de um lugar sagrado de adoração chamado templo. Por que não deve=os ter um prédio sagrado para ali adorar?” A resposta é: “Porque isso está no Antigo Testamento, não no Novo”. Uma outra pessoa pode dizer: “A Bíblia fala de um sacerdote separado trajando túnicas especiais. Por que não temos isso hoje?” A resposta é: “Porque isso está no Antigo Testamento, não no Novo”. Outro ainda pode dizer: “Li na Bíblia sobre queimar incenso e tocar instrumentos musicais como ato de adoração. Por que não devemos observar essas práticas?” A resposta é: “Porque isso está no Antigo Testa-mento, não no Novo”.
No decorrer deste estudo, buscaremos no Novo Testamento como agradar a Deus e como ir para o céu após a morte.
que está obrigado a guardar toda a lei”. A palavra “circuncisão” aqui se refere à circuncisão como um rito religioso, não como uma opção médica. Alguns cristãos judeus estavam ensinando aos cristãos gentios (como os da Galácia) que eles tinham de ser circuncidados como ensinava o Antigo Testamento. A questão para Paulo em Gálatas 5:3 é que se você é obrigado a guardar parte da velha lei, então também é obrigado a guardar toda a lei.
Não conheço ninguém que queira guardar todos os mandamentos do Antigo Testamento (ir a Jerusalém três vezes por ano, fazer sacrifícios de animais, guardar as dietas alimentares, etc.). Muitos, porém, querem “selecionar, escolher” certos mandamentos do Antigo Testamento, como a observância do sábado, ter um sacerdócio sepa-rado ou usar instrumentos na adoração. Paulo explicou que não podemos fazer isso. Se guardamos uma parte do Antigo Testamento como lei, temos de guardar toda a lei. Se nos vinculamos a uma parte dela, temos de nos vincular a toda ela.
Essa conseqüência de prender-se ao Antigo Testamento já é mau, mas o resultado mencionado a seguir em Gálatas 5 é ainda pior. No versículo 4 Paulo disse: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”. O Antigo Testamento basicamente era um sistema de lei-e-obras, enquanto que o Novo Testamento é basicamente um acordo de graça-e-fé. Paulo disse aos cristãos na Galácia que se eles se submetessem ao ritual de circuncisão do Antigo Testamento, isto os separaria de Cristo – porque ninguém pode sujeitar-se a dois sistemas religiosos diferentes ao mesmo tempo. Ou eles ficavam sob o sistema da lei ou ficavam sob o acordo da graça, mas não podiam sujeitar-se a ambos.
Deixe-me expor isto de outra maneira: se eles optassem pelo acordo da lei (aceitando o rito da circuncisão), não poderiam ser salvos. Ninguém pode ser salvo pela lei, porque ninguém é capaz de obedecer à lei perfeitamente (Romanos 3:23; 7:15, 18, 19). Nossa salvação só é possível através da graça e misericórdia de Deus (Efésios 2:8, 9; 1 Pedro 2:10). Se os gálatas escolhessem voltar para a velha lei, então “cairiam da graça”, estariam “separados de Cristo”. Que trágico!
É importante entender que hoje estamos sob o Novo Testamento, não sob o Antigo. Esclarecido este ponto, devo salientar que isto quer dizer que
já não estamos sob os Dez Mandamentos.13 Os Dez
Mandamentos (Êxodo 20; Deuteronômio 5) consti-tuíam o coração e o cerne da antiga aliança que foi encravada na cruz. Os Dez Mandamentos Novo Testamento Antigo Testamento Novo Testamento Sacerdotes Incenso Instrumentos Musicais Antigo Testamento Templo
O VALOR DO ANTIGO TESTAMENTO Após toda esta explicação, deixe-me salientar que isto não significa que o Antigo Testamento não tenha valor para o cristão. Em 1 Coríntios 10 Paulo lembra seus leitores de um evento do Antigo Tes-tamento, dizendo-lhes: “Estas coisas lhes sobre-vieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (v. 11). O Antigo Testamento está reple-to de exemplos que têm muito a nos ensinar. Por exemplo, no Novo Testamento, somos instruídos a “viver pela fé” (Romanos 1:17; Gálatas 2:20), mas o que isto significa? Uma maneira de descobrir é olhar para os exemplos de fé do Antigo Testamento, como o de Abraão (veja Hebreus 11:9, 17).
Paulo disse aos cristãos de Roma: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consola-ção das Escrituras, tenhamos esperança” (Romanos 15:4). O Novo Testamento compreende menos de cem anos de história e somente sessenta anos da Era Cristã. Ele tem poucos exemplos de registros instantâneos (para um exemplo negativo, veja Atos 5:1–11), mas, principalmente, ele nos ensina a viver e promete bênçãos se obedecermos a Deus. Pode-mos ficar pensando se Deus realmente cumpre suas promessas. O Antigo Testamento assegura que Ele cumpre. Já que o Antigo Testamento compreende milhares de anos de história, podemos ver claramente as conseqüências a longo prazo da obediência e da desobediência: quando o povo obedecia a Deus, era de fato abençoado; quando desobedecia a Deus, sofria as conseqüências. Portanto, os escritos do Antigo Testamento certifi-cam que “Deus é fiel” (1 Coríntios 1:9).
Muitos outros benefícios surgem do estudo do Antigo Testamento: se você quer saber sobre a origem do mundo e do homem, a fonte primária é o Antigo Testamento (Gênesis 1; 2). Grande parte do Novo Testamento (por exemplo, o Livro de Hebreus) pressupõe que o leitor tenha algum conhecimento do Antigo Testamento. O estudo do Antigo Testamento o ajudará a compreender o Novo Testamento. Encorajamos você, então, a incluir o Antigo Testamento em seu programa de estudo e leitura. Mas tenha sempre em mente que
hoje estamos sob a nova aliança de Jesus Cristo. É
no Novo Testamento que encontramos as instruções específicas de que precisamos para alcançar nosso alvo maior: a vida eterna.
CONCLUSÃO
A Bíblia é a autoridade religiosa. Especificamente,
o Novo Testamento é a aliança que está em vigor hoje. Por isso, o Novo Testamento deve ser para nós a fonte primária de informação e instrução. Você concorda com isto? Se concorda, então está pronto para a
próxima lição. ❖
1A palavra grega traduzida por “santo” ou “sagrado”
significa “colocado à parte para um propósito especial”. Quando ensino crianças, digo que “santo” significa “espe-cial”.
12Quando alguém morre, dizemos que “deu o último
suspiro” ou “expirou”. “Expirar” significar “respirar para fora”.
13Entre essas razões: o Antigo Testamento compreende
milhares de anos de história, enquanto que o Novo Testa-mento abrange menos de um século.
14Isto não quer dizer que não existam leis específicas no
Novo Testamento. Leis específicas – tanto positivas quanto negativas – são dadas no Novo Testamento, mas a ênfase está nos princípios que Deus espera que apliquemos em nossas vidas. Uma ilustração que uso é como lidamos com os filhos. Quando são pequenos, damos instruções específicas a eles quanto ao comportamento. À medida que crescem, dizemos: “Seja bom” e esperamos que apliquem o princípio geral àquilo que fazem.
15Discutiremos isto na lição 9.
16Os judeus eram (e são) os descendentes de Jacó, neto de
Abraão e Sara. Uma vez que o nome de Jacó foi mudado para Israel, a Bíblia também se refere a esse povo como israelitas. Ocasionalmente, por falarem a língua hebraica, são chamados hebreus na Bíblia.
17Veja também Jeremias 31:33, 34 e Hebreus 8:6–13.
18Sociedades diferentes têm maneiras diferentes de
publicar acordos legais. Em algumas, os acordos são lidos publicamente; em outras, são publicados nos jornais. Aparente-mente, a prática nos tempos bíblicos era afixar certos acordos num lugar público para anunciar a todos que o acordo fora cumprido e, portanto, não tinha mais força de lei. Essa parece ser a imagem usada por Paulo ao falar da dívida (do pecado) e das ordenanças ou decretos (que conscientizavam o homem do pecado), sendo “encravados na cruz”.
19O restante de Hebreus 9:15 explica que o sangue de
Jesus não somente salva os que estão sob a nova aliança, mastambém salvou os que estavam sob a velha aliança.
10A ilustração pode ser expandida. Por exemplo, depois
da morte de um homem, há geralmente “um período de prova” antes dos termos do testamento serem lidos e imple-mentados. Cinqüenta dias se passaram entre a morte de Jesus e a primeira vez que foram revelados os termos do Seu testamento. Jesus morreu durante a festa judaica da Páscoa (João 13:1). Cinqüenta dias depois, o primeiro sermão evangelístico foi pregado durante a festa judaica do Pentecoste (Atos 2:1, 14–40).
11“Gentios” são os não judeus. Por esta definição, sou um
gentio, e provavelmente você também.
12Os meninos judeus eram circuncidados como um rito
religioso ao oitavo dia de vida (Levítico 12:3).
13Veja 2 Coríntios 3:3, 7, 8; Romanos 7:4, 7.
14Alguns são repetidos palavra por palavra como no
Antigo Testamento; outros têm seus princípios citados. A maioria dos Dez Mandamentos envolvia valores básicos necessários em qualquer época. E nove foram incluídos na nova aliança que Deus fez com Seu povo.
15Discutiremos isto na lição 9.