CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO / DIURNO PROGRAMA DE DISCIPLINA
DISCIPLINA: Fundamentação para o Projeto de Arquitetura e Urbanismo 1 CÓDIGO: PRJ 076
CLASSIFICAÇÃO: Obrigatória PRÉ-REQUISITO: não tem
CARGA HORÁRIA: TÉORICA : 165 horas
PRÁTICA: 165 horas
TOTAL: 165 horas – 11 créditos
EMENTA:
Sensibilização para prática de projeto de arquitetura e urbanismo.
Desenvolvimento da habilidade de percepção individual e compreensão do espaço. Introdução ao exercício de projeto pela problematização de situações, proposição e execução de idéias. Instrumentação e desenvolvimento da
capacidade para expressar e representar idéias por meios analógicos e digitais, visando ao desenvolvimento de linguagem própria.
OBJETIVOS:
Permitir aos alunos recém-ingressos no Curso de Arquitetura uma abordagem inicial e panorâmica das questões fundamentais inerentes à prática da
arquitetura e urbanismo. Juntamente a uma instrumentação básica nas áreas de representação gráfica, objetiva-se também enfatizar os processos criativos no uso destes instrumentos. Busca-se o desenvolvimento de postura crítica tanto para percepção quanto para proposição de espaços, além de desenvolvimento de linguagem própria de representação para lidar com projetos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
O curso é dividido em 4 módulos: percepção, imaginação, produção e representação conforme detalhado a seguir.
01 :: Percepção :: [o estranhamento - mudar o olhar sobre a arquitetura] Nesta etapa os alunos serão solicitados a trabalhar a percepção do meio ambiente construído, ou seja, o espaço arquitetônico e urbano. O objetivo é duplo, no sentido de instrumentalizar e através da aquisição de habilidades instrumentais específicas, adquirir também uma capacitação perceptiva. Esta compreensão crítica dos espaços visa capacitar os alunos a propor novos espaços e a intervir em espaços existentes.
02 :: Imaginação :: [criatividade - aguçar a imaginação]
Nesta etapa o aluno é solicitado a fazer uma interface híbrida (física e digital) na escala do objeto, explorando a ideia de interatividade. Esta interface deve ser desenvolvida para estimular a interatividade das pessoas com o objeto e, idealmente, das pessoas entre elas por meio do objeto. Tal interface servirá de estímulo para a proposição da intervenção urbana a ser desenvolvida na etapa posterior. No caso da intervenção urbana, ênfase especial deverá ser dada à questão da interatividade no espaço urbano e arquitetônico, buscando alterar, requalificando ou enfatizando, qualidades já existentes.
03 :: Produção :: [construção - exercitar a habilidade de experimentação] Nesta etapa os alunos serão solicitados a executar a intervenção proposta na etapa anterior. Ênfase especial será dada à re-elaboração da proposta em decorrência de fatores provenientes do próprio processo de produção, dos problemas encontrados e não previstos, das potencialidades descobertas no manuseio direto dos materiais e da montagem da intervenção.
04 :: Representação :: [escrever – registrar o objeto arquitetônico] Nesta etapa os alunos serão solicitados a representar a intervenção com
material de sua montagem final por meio de um caderno técnico (impresso ou digital). Os alunos são motivados pela demanda de re-montagem da
intervenção em um futuro não determinado com ênfase na legibilidade da informação e em sua autonomia (no sentido da mesma prescindir da presença dos proponentes para ser inteligível e remontada).
MÉTODOS DE ENSINO:
O curso baseia-se no engajamento dos alunos em todas as aulas por meio de workshops práticos e análise crítica coletiva dos trabalhos resultantes. Tais workshops práticos são permeados diariamente por pequenas seções teóricas (drops) que introduzem os assuntos a serem discutidos e trabalhados pelos alunos. A maioria dos trabalhos acontece em grupo.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO:
Um dos objetivos do curso é desenvolver a postura crítica dos alunos, por isso as avaliações são em sua maioria análises críticas coletivas dos trabalhos feitos ao longo do curso. Há uma prova escrita individual para exercitar a análise de espaços a partir dos conceitos do livro Lições de Arquitetura
(Herman Hertzberger) e uma série de trabalhos individuais e em grupo que são avaliados a partir das críticas coletivas. Todos os alunos mantém um blog, linkado ao blog da disciplina (onde o plano de curso é desenvolvido passo-a-passo ao longo do semestre), e postam todas as atividades idividuais e
coletivas. Ao final do semestre o conteúdo do blog de cada aluno é avaliado. Avaliamos também, com maior peso, o trabalho de intervenção, executado em grupo, e os cadernos técnicos (impresso e digital) representando a intervenção.
BIBLIOGRAFIA: Básica:
Livros:
Lições de Arquitetura – Herman Hertzberger OmemHobjeto – Guto Lacaz
Textos:
Por uma arquitetura virtual – Ana Paula Baltazar
Magia além da ignorância: virtualizando a caixa preta – Ana Paula Baltazar e José dos Santos Cabral Filho
Design: obstáculo para a remoção de obstáculo? – Vilém Flusser Apostila: Apostilas de computação física LAGEAR
Complementar:
Textos:
Arquitetura como instrumento ético frente as tecnologias de disjunção espaço-tempo - José Cabral Filho
Animação Cultural – Vilém Flusser
Computação arquitetural Pós-CAD - José Cabral Filho e Ana Paula Baltazar Architectural representation beyond perspectivism - Alberto Pérez-Gómez e Louise Pelletier
Referências de design de interação:
Arte cinética
Lygia Clark, Alexander Calder, Abraham Palatnik, O Grivo, Arthur Ganson, Theo Jansen, Guto Lacaz.
Christian Moeller
http://www.christian-moeller.com
Interactive Architecture
http://www.interactivearchitecture.org/
Rafael Lozano-Hemmer
http://www.lozano-hemmer.com/projects.php (principalmente as instalações "Relational Architecture")
Usman Haque
http://www.haque.co.uk/
Manual de LOW TECH SENSORS AND ACTUATORS
http://lowtech.propositions.org.uk/lowtech-sensors-and-actuators.pdf
Instructables
http://www.instructables.com/
Laboratórios e escolas de design de interação:
• Royal College of Art, Londers curso de design interactions
-http://www.interaction.rca.ac.uk/; pesquisar também IVREA
(Interaction Design Institute IVREA), TU Delft, IDEO (design and innovation consultancy);
• Interaction design IUAV, Veneza -
themes;
• Situated Technologies, University of Buffalo School of Architecture and Planning -http://www.ap.buffalo.edu/architecture/degrees/ST.asp; pesquisar também ZKM (Zentrum für Kunst und Medientechnologie, Centro de Artes e Mídias de Karlsruhe, na Alemanha) e os artistas Jeffrey Shaw (fundador do ZKM);
• Copenhagen Institute of Interaction Design, Copenhague
-http://ciid.dk/education/portfolio/;
• MIT media lab - http://www.media.mit.edu/research/groups-projects
• MIT media lab Fluid interfaces
-http://www.media.mit.edu/research/groups/fluid-interfaces; • MIT media lab HighLow Tech
-http://www.media.mit.edu/research/groups/high-low-tech; • MIT media lab ObjectBased Media
-http://www.media.mit.edu/research/groups/object-based-media; • MIT media lab Responsive Environment
-http://www.media.mit.edu/research/groups/responsive-environments; • MIT media lab Tangible Media
-http://www.media.mit.edu/research/groups/tangible-media; Interrogative Design Group - http://interrogative.org/about/(que era originalmente do MIT)