• Nenhum resultado encontrado

A REFORMA PEREIRA PASSOS E SEUS IMPACTOS SOBRE A CIDADE DO RIO DE JANEIRO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "A REFORMA PEREIRA PASSOS E SEUS IMPACTOS SOBRE A CIDADE DO RIO DE JANEIRO"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

A REFORMA PEREIRA PASSOS E SEUS IMPACTOS SOBRE A

CIDADE DO RIO DE JANEIRO

David da Conceição1

Resumo: O presente artigo procura analisar as reformas urbanas empreendidas na capital federal brasileira durante o início do século XX, durante a administração de Francisco Pereira Passos, por meio de um diálogo entre a Literatura e a História, de modo a compreender a repercussão de semelhantes modificações no cotidiano da sociedade carioca da Belle Époque.

Palavras Chave: História – Reforma urbana – Pereira Passos – Cidade do Rio de Janeiro.

1 Docente da rede pública do Estado do Rio de Janeiro. Graduado em Letras (UERJ) e em História (UERJ).

(2)

Comecei por impedir a venda, pelas ruas de vísceras de reses expostas em tabuleiros, cercadas pelo vôo contínuo de insetos, o que constituía um espetáculo repugnante. Aboli, igualmente, a prática rústica de se ordenharem vacas leiteiras na via pública.

(Primeira Mensagem de Pereira Passos. Apud BENCHIMOL, 1990, p. 277.)

I - Introdução

A administração do Projeto Pereira Passos e suas melhorias para a Cidade do Rio de Janeiro se constituem no tema deste artigo, o qual não pretende, no entanto, esgotar o assunto.

Inicialmente, será feita uma análise do Cosmopolitismo que irá tornar singular a cidade do Rio de Janeiro no período da Bela Época. Através de uma abordagem sucinta desse período, poderemos compreender melhor como se processou essa passagem de Capital da Metrópole para Capital da República.

Em seguida, de forma objetiva, será realizada uma análise da cultura, tanto a aristocrática como a popular, enfatizando-se a influência de sua administração para a redefinição da realização sociocultural do Rio de Janeiro.

A função da Avenida Central na Reforma Pereira Passos será estudada, em seguida, de forma breve e objetiva, para que possamos avaliar o grau de modernidade de sua administração.

Finalmente, na conclusão, procuraremos evidenciar os aspectos mais marcantes de sua administração, em termos de modernidade e progresso.

II – Cidade e Cosmopolitismo

O aspecto cosmopolita do Rio de Janeiro não se restringe à administração de Pereira Passos (1903-1906), uma vez que, neste período, apenas se acentua

(3)

esse caráter presente desde a época colonial. É importante ressaltar a importância da Corte, ou seja, a sua vinda para o Rio de Janeiro, porque

embora fosse a capital do Vice-Reinado, a cidade era feia, cortada por ruas estreitas, escuras e sujas. Não havia remoção do lixo, sistemas de esgotos, qualquer noção de higiene pública. Foi nesse sentido que desembarcou a corte portuguesa, promovendo o que poderíamos denominar de reeuropeização (COSTA, 1972, p. 299)

Esse processo como um todo foge à análise deste estudo, por isso, far-se-á uma analogia entre as medidas da Corte e a de Pereira Passos, privilegiando o aspecto das construções e da importância do Porto do Rio de Janeiro para os dois períodos históricos.

No aspecto das construções podemos evidenciar que os dois períodos foram traumáticos, embora em graus diferentes. Na época de transferência da Corte, quando houve a necessidade de se alocar os portugueses, a população brasileira foi desalojada de suas propriedades. As residências desapropriadas levavam as iniciais PR significando “Propriedade Real”, o que, para a população, assumia a conotação pejorativa de “Ponha-se na Rua”. Nesta época, sempre visando dar à cidade do Rio de Janeiro um caráter europeu, foram realizadas obras visando o embelezamento e a remodelação da Cidade, segundo os valores europeus condizentes com a nova situação do Rio de Janeiro – sede da Corte. Com Pereira Passos e sua “fúria” de modernização, as transformações foram mais radicais:

O ataque é cerrado, impiedoso, incessante... Noite e dia, a picareta vibra e abate ávida de sepultar num ápice as plantas arcaicas e condenáveis, as deploráveis fachadas, os sórdidos esconderijos, os

estrangulados labirintos (BANDEIRA; ANDRADE, 1965, p. 408).2

2 Em concordância com o movimento intrépido de modernização, temos a observação de Marc Ferrez: “Trabalha-se dia e noite, com sol ou chuva”. In: O Álbum da Avenida Central: um documento fotográfico da construção da Avenida Rio Branco (1983, p. 4.).

(4)

Merece destaque um outro projeto do Prefeito Pereira Passos – o Teatro Municipal, o qual irá refletir os paradigmas da cultura aristocrática. Embora concluído em 1909, teve a decoração do restaurante idealizada por Pereira Passos, com “mosaicos e cerâmicas escolhidos pelo próprio ex-prefeito quando em sua viagem pelo estrangeiro” (CRULS, 1965, p. 457).

De acordo com a hipótese de Engels, “a organização do espaço-urbano numa sociedade capitalista ou em transição para o capitalismo seriam mecanismos de controle social e econômico” (CHALHOUB, 2001, p. 180). Nas palavras de Olavo Bilac, por sua vez, podemos perceber o drama da população pobre afetada pela Reformas de Pereira Passos: “não há quem ignore que com as demolições e reconstruções que o aforseamento da cidade exigiu, houve no Rio uma verdadeira ‘crise da habitação” (CHALHOUB, 2001, p. 128).

Dentro desta perspectiva surge as indagações para o autor: Quem enriqueceu? Quem empobreceu? Embora o número de prédios destruídos para o embelezamento e cosmopolitização da Cidade do Rio de Janeiro seja contraditório, mas significativo, constata-se que as consequências sociais desse processo foram intensas, como relata Eduardo Silva,

Os pobres foram expulsos do centro para os morros – onde vão engrossar as favelas até então, incipientes, mas agora visíveis – e para os distritos periféricos, este o traço mais marcante do período, o sentido da ocupação humana (SILVA, 1988, p. 89-90).

Se a Abertura dos Portos representou, para a Corte, uma forma de legitimidade externa (complemento do embelezamento da cidade) e interesse de alguns grupos internos (inserção no mundo / mercado mundial) e pressão inglesa, com Pereira Passos essa característica será exacerbada como uma das formas de reconhecimento do Estado Republicano brasileiro.

(5)

O estrangeiro, que chegava ao Rio de Janeiro pelo porto e seguia pela Avenida Central, não tinha oportunidade de conhecer realmente a cidade, apenas a sua artificialidade, ou seja, o cosmopolitismo, que não podia ser julgado pelos parâmetros das cidades européias. Era pura e simplesmente a necessidade que o Estado tinha de ser reconhecido internacionalmente como moderno, pois, “as obras do porto são fundamentais e aceleram a integração da cidade à modernidade” (MARTINS RODRIGUES, s/d, p. 5).

Dessa forma, o Porto favorece a circulação de novos valores e ideias do exterior. Em posição contrária, encontra-se Lia de Aquino Carvalho que entende o processo modernizador de Pereira Passos como a superação da burguesia comercial pela burguesia industrial carioca (CHALHOUB, 2001, p. 130 e segs.), uma vez que prioriza o caráter interno no tocante à modernização da Cidade.

O mesmo caráter cosmopolita chega à literatura, como pode ser observado no romance Helena que a personagem, mesmo não sendo representativa da elite, tocava piano e falava vários idiomas. Era o processo de aculturação européia, refletindo o peso da cultura externa na sociedade carioca.

II – Cultura Aristocrática e Cultura Popular

Embora o termo cultura admita várias interpretações, no caso presente, é melhor defini-la como a maneira de viver de uma sociedade, ou seja, tudo aquilo que uma sociedade faz ou pensa. Neste sentido, o termo cultura abrange dois tipos de relações: a dos homens com o mundo que o cerca e a dos homens entre si.

A cultura popular se integra perfeitamente na definição vista acima, como, por exemplo, os ambulantes (visto anteriormente) e os capoeiristas (que eram caso

(6)

de polícia). Aspectos intoleráveis para a Modernidade, pois como conciliá-la com os frequentadores dos quiosques.

A clientela obrigatória dos quiosques se compunha de trabalhadores braçais, de carregadores de carrinho de mão, de soldados e guardas noturnos, de gente pobre e mal vestida que ali se alimentava frugalmente e tomava sua dose de caninha. (MAUL, 1967, p. 22)3

Outra característica da cultura popular é o seu apego ao curanderismo, o que ajuda a elucidar a resistência da população às medidas de saneamento empreendidas na prefeitura de Pereira Passos.

Osvaldo Cruz intensificou o serviço de vacinação, que, contudo, continuou a ser recebido com desconfiança. Pouca gente desejava vacinar-se ou concordava em vacinar-se. Proclamou ele então, uma lei que torna-se obrigatória a vacinação ... Depois de muitas discussões o congresso aprovou a lei, em fins de 1904. Começou, então, impressionante reação contra a medida, chegando-se a

organizar uma liga contra a vacinação (MACEDO, 1965, p. 86).4

De acordo com Nicolau Sevcenko (1983) a formação da nova cidade exigia a condenação da cultura popular e do tradicionalismo; a existência de uma política a serviço da cultura da classe dominante (perseguindo as manifestações populares, principalmente no centro da cidade) e a importação de valores culturais europeus (principalmente o modelo parisiense). Assim, dentro desta definição, fica fácil entender as palavras de Carlos Maul:

Em Paris obtinham sucesso as conferências sobre assuntos de vários gêneros, na Sorbonne, nas sociedades científicas, e uma revista de grande projeção – Les Annales Politiques et Litteraires – na sua Universite des Annales ... o Rio não fica alheio a esse processo de comunicação com um público seleto (MAUL, 1967, p. 23).

3 Sérgio D. T. Macedo (1964, p. 74) confere esse novo status à clientela dos quiosques, considerados “pontos de reunião dos malandros que ficavam encostados no seu balcão, o dia inteiro, bebericando, discutindo, brigando, provocando transeuntes e promovendo desordens”. 4 Em concordância, Gastão Cruls observa que a obra de Oswaldo Cruz foi realizada “ainda mesmo que fosse de uma maneira compulsória” (MAUL, 1967, p. 451).

(7)

Entretanto, essa cultura aristocrática não ficou restrita à classe dominante: ela saiu para as ruas, o que fica evidenciado pela mudança nos trajes e modas. Era a época do “podre de chique”, do “toilette”, “brodée en tule noir”, ou seja, era o domínio estético do “grand-monde” (MARTINS RODRIGUES, s/d, p. 5).

Em relação aos meios de comunicação de massa (imprensa e cinema), observa-se a preponderância da cultura aristocrática e o seu uso como arma ideológica do aparelho repressor do Estado, principalmente o cinema utilizado como veículo máximo de modernidade, sem esquecermos que a imprensa era utilizada, às vezes, como válvula de escape para a expressão dos anseios populares. Era um conchavo necessário para o controle social. Era no cinema que o habitante do Rio de Janeiro via a possibilidade de se identificar com a “realidade” projetada na tela, incorporando novos valores ao seu modus vivendi. Dessa forma, o Rio de Janeiro poderia reconhecer nessas cidades o futuro operacionalizado por Pereira Passos – visão de progresso contínuo, enquanto condição para a modernidade5.

Havia, obviamente, a dissociação entre cultura popular e cultura aristocrática. Assim, se entendermos a construção de uma nação como um povo sob leis comuns, perseguindo ideais também comuns, veremos que o Estado brasileiro (voltado para fora) estava longe de constituir-se em uma Nação. Desta forma, as palavras de Auguste de Saint Hilaire, ditas em 1833, ainda encontravam ressonância no período de Pereira Passos: “havia um país chamado Brasil; mas obviamente não havia brasileiros” (Apud MATTOS, 1990, p. 109).

5 O primeiro a formular o conceito de progresso foi Kant, onde “o fio condutor da natureza” levaria o homem a este progresso, independente da individualidade.

(8)

III – A Função da Avenida Central na Reforma Pereira Passos

Antes de analisarmos as funções específicas da Avenida Central, podemos evidenciar alguns aspectos no texto acima. O primeiro deles refere-se ao problema do tempo como uma questão básica da Modernidade. O Homem moderno não pode desperdiçar o tempo, ele “caminha” para o futuro, ou seja, não deve haver nenhum impedimento para a consecução dos seus objetivos. Por que a aliança tempo e beleza?

Uma avenida precisa de prédios bem construídos, elegantes e suntuosos. Casas tortas e feias, em ruas largas, são como vilões na Corte: todos os defeitos se lhe enxergam (BILAC apud FERREZ, 1983, p. 25)6

Para que tal intento fosse conseguido, foram criadas leis de ocupação do espaço na Avenida, e um concurso foi realizado para julgar e escolher as mais belas fachadas.

Outro ponto a destacar é a questão elaborada anteriormente sobre quem enriqueceu ou empobreceu com a Reforma de Pereira Passos. No primeiro ponto é óbvio que o setor ligado à construção civil, enquanto, no outro, fica evidente a situação da população expulsa dessas áreas. Nesse processo de remodelamento estava presente este caráter de demolição dos aspectos coloniais da cidade do Rio de Janeiro, já que era incompatível com os tempos modernos: “Era preciso eliminar o ranço colonial e aproximar o Brasil dos créditos da produção e do comércio da Europa e dos Estados Unidos” (MARTINS RODRIGUES, s/d, p. 5).

6 Embora haja discordância com relação à quantidade dos prédios destruídos, pode-se evidenciar que foram em número significativo, trazendo transtorno para a população envolvida. Segundo Sérgio D. T. Macedo, foram demolidos 641 prédios, enquanto para Marc Ferrez, totalizou-se 585 construções.

(9)

Na questão anterior fica evidenciado uma das funções da Avenida Central, qual seja: ligar o centro da cidade ao porto. Este porto era mais um lugar de entrada para abastecer a classe dominante daqueles produtos que a tornavam igual aos “irmãos” europeus. A questão era de circulação, e não de produção.

Como era óbvio que não só mercadorias passavam pela avenida, uma outra função para o seu traçado e ampliação era dar a este homem um sentido de progresso e de futuro. O futuro estava a seu alcance: “Aberta a avenida, que, em sua salutar e livre amplidão, fazia perdidos os protestos teimosos dos renitentes” (BANDEIRA; ANDRADE, 1965, p. 408). Essa característica fica melhor ressaltada quando observam as outras ruas do Rio de Janeiro. De acordo com Marc Ferrez (1983), a maioria das ruas tinha, no máximo, 6 metros de largura, e só as calçadas da Avenida Central tinham 7 metros. Era uma avenida para ser observada panoramicamente enquanto uma das características da Modernidade.

IV - Conclusão

A partir das análises e leituras realizadas neste artigo, conclui-se que as transformações efetuadas pela administração Pereira Passos provocaram a perda dos referenciais dos habitantes do Rio de Janeiro. Isto porque o homem que conhecia e entendia a cidade em que vivia anteriormente não mais a reconhece. Logo, deveria haver um processo de readaptação deste homem ao seu meio, após as mudanças ocorridas. Dessa forma, ao mudar o mundo externo, o que acontece com o mundo interno, ou seja, a cultura?

Não cabe aos historiadores julgarem a figura de Pereira Passos, mesmo porque ele é apenas um elo de uma engrenagem complexa e não toda ela. Podemos observar que no seu período de governo foram conjugados fatores

(10)

internos e externos que impulsionaram a chamada Modernidade. Porém, um aspecto negligenciador dessa Modernidade refere-se ao custo do processo de modernização do Rio de Janeiro:

Para financiar as obras de Pereira Passos, o governo conseguiu da Inglaterra um empréstimo de 136.000 contos (8.500.000 libras) quase metade da receita da União (312.000 contos, em 1903).

Recorreu-se também a empréstimos internos (NOSSO SÉCULO,

1980, p. 34).

Era o Rio mais uma vez expressando a modernidade por meio da artificialidade e não do conteúdo. Em uma visão mais ampliada podemos associar a construção da Avenida Central e suas características à cultura aristocrática e ao caráter cosmopolita procurado pelo Estado brasileiro, uma vez que o Rio de Janeiro era Capital e deveria rivalizar com as outras capitais do mundo moderno.

Dessa forma, a preservação da cultura aristocrática implicava, até mesmo, na proibição de certos acontecimentos populares que passassem pelo centro do Rio. Sem esquecermos que a cultura dominante tentou, até mesmo, “esconder” os negros.

A necessidade de transformações radicais no aspecto físico da cidade acarretou profundas modificações na vida tradicional do habitante da Cidade do Rio de Janeiro. Tal acontecimento pode ser observado na seguinte citação: “O prefeito (...) estava abrindo novas avenidas, alargando ruas, jardinando praças, mudando com isso, usos e hábitos arraigados havia trezentos anos” (FERREZ, 1983, p. 31).

(11)

Referências Bibliográficas

BANDEIRA, Manuel e ANDRADE, Carlos Drummond de. O Rio de Janeiro em

prosa e verso. Rio de Janeiro: José Olympio, 1965.

BENCHIMOL, Jaime Larry. Pereira Passos: um Haussmann tropical; a renovação urbana da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes, 1990.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. Campinas: UNICAMP, 2001.

COSTA, Maria Odila. O Processo de Independência do Rio de Janeiro. In: MOTTA, Carlos Guilherme (org.) 1822: dimensões. São Paulo: DiFEL, 1972.

CRULS, Gastão. As aparências do Rio de Janeiro, 2 v. Rio de Janeiro: José Olympio, 1965.

CARVALHO, Carlos Delgado de. A história da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1988.

FERREZ, Marc. O álbum da Avenida Central. São Paulo: Ex Libris, 1983. MACEDO, Sérgio D. T. Memórias do Rio. Rio de Janeiro: Record, 1964.

MARTINS RODRIGUES, Antonio Edmilson. “Modernidade carioca: O Rio da bela época”. Revista PUC Ciência, n. 2. Rio de Janeiro: PUC, s/d.

MAUL, Carlos. O Rio da bela época. Rio de Janeiro: São José, 1967.

NOSSO SÉCULO. Memória fotográfica do Brasil do século XX. São Paulo: Abril Cultural, 1980

SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1983.

SILVA, Eduardo. As queixas do povo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

THE URBAN REFORM MADE BY PEREIRA PASSOS AND ITS

IMPACTS ON THE CITY OF RIO DE JANEIRO

Abstract: The present article analyses the Urban Reform undertaken in the city of Rio de Janeiro, the Federal District, carried out by the municipal administration of Francisco Pereira Passos in the beginning of the 20th century. From a dialogue between Literature and Social History, the objective of this article lies in understanding the unfoldings of such urban reform in daily life of the Carioca society of the Belle Époque.

Keywords: Urban Reform - Pereira Passos – History of the city of Rio de Janeiro. Recebido em 25/09/2017. Aprovado em 25/10/2017.

Referências

Documentos relacionados

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

En el ámbito del CPC/2015, las reglas sobre el ejercicio de la voluntad en la elección del foro nacional, o sea, cuanto a los efectos positivos de la elección del foro, o sea,

A primeira a ser estudada é a hipossuficiência econômica. Diversas vezes, há uma dependência econômica do trabalhador em relação ao seu tomador. 170) relata que o empregado

Portanto, conclui-se que o princípio do centro da gravidade deve ser interpretado com cautela nas relações de trabalho marítimo, considerando a regra basilar de

continua patente a ausência de uma estratégia de desenvolvimento sustentável, o que poderá ser consequência ser tão insignificante que tal preocupação ainda não se

A conceituação do que vem a ser Convenção Coletiva encontra-se no artigo 611 da CLT, (Brasil, 2017): que em síntese define ser a Convenção Coletiva de Trabalho um acordo de

O tema proposto neste estudo “O exercício da advocacia e o crime de lavagem de dinheiro: responsabilização dos advogados pelo recebimento de honorários advocatícios maculados

Este artigo objetiva analisar uma questão ambiental enfocando maximização de eficiência ambiental decorrente da produção na indústria automobilística brasileira Dentre as