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Abordagens Bioéticas no Ensino de Biologia: um estudo de caso no ensino médio

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Academic year: 2020

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10.26843/rencima.v11i6.2525 eISSN 2179-426X Recebido em 20/02/2020 / Aceito em 26/09/2020 / Publicado em 01/10/2020

Abordagens Bioéticas no Ensino de Biologia: um estudo de caso no

ensino médio

Bioethical approaches in Biology Teaching: a case study in high school

Carla da Silva Ribeiro

Instituto Federal do Maranhão-IFMA, campus São Raimundos das Mangabeiras,

carlaribeiro1253@gmail.com http://orcid.org/0000-0003-1555-9088

Ronaldo Revejes Pedroso

Universidade Estadual Paulista-UNESP, Faculdade de Ciências e Letras, campus Araraquara,

ronal_rp@hotmail.com

http://orcid.org/0000-0002-1126-3338

Nerilson Marques Lima

Universidade Federal de Juiz de Fora-UFMJ, nerilsonmarques@gmail.com http://orcid.org/0000-0001-9669-0306

Teresinha de Jesus Aguiar dos Santos Andrade

Instituto Federal do Maranhão-IFMA, campus Presidente Dutra,

teresinha.andrade@ifma.edu.br http://orcid.org/0000-0002-2415-9222

Resumo

A abordagem da bioética em sala de aula abre novos horizontes para a percepção de responsabilidades morais e éticas, através da contextualização de normas sociais e científicas. Este estudo investigou o nível de compreensão de alunos da 3ª série do ensino médio sobre os diversos conceitos de Bioética. O estudo de natureza qualitativa teve como metodologia a aplicação de questionários e a realização de uma oficina sobre “Bioética e sua abordagem no ensino de Biologia”. Observou-se uma divergência de opiniões na aproximação entre bioética e educação básica entre os alunos, alguns com visões bem definidas sobre problematizações éticas na ciência outros com deformações conceituais que atrapalham o processo de aprendizagem no ensino da ciência e da educação científica. Acredita-se que a inserção de temas para reflexões éticas e/ou bioéticas nas práticas de ensino ainda no ensino médio contribuem para a construção do saber científico-tecnológico

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como para a formação de cidadãos críticos e participativos, visto que, são através delas que os estudantes são ensinados a opinar, a se posicionar e argumentar com consciência e criticidade.

Palavras-chave: Educação. Conexão. Bioética. Formação Científica. Ciências Abstract

The approach of bioethics in the classroom opens new horizons for the perception of moral and ethical responsibilities, through the context of social and scientific standards. This study investigated the level of understanding of students in the 3rd grade of high school about the different concepts of Bioethics. The qualitative study had the methodology of applying questionnaires and conducting a workshop on "Bioethics and its approach to teaching Biology". A divergence of opinions were observed in the approximation between bioethics and basic education among students, some with well-defined views on ethical problematizations in science, others with conceptual distortions that hinder the learning process in science teaching and scientific education. It is believed that the inclusion of themes for ethical reflections and / or bioethical in teaching practices still in high school contribute to the construction of scientific and technological know how for the formation of critical and participating citizens, as are through them that students are taught to give their opinion, to position themselves and argue with awareness and criticality.

Keywords: Education. Connection. Bioethics. Scientific Formation. Sciences

Introdução

A bioética através da contextualização de normas sociais e científicas unifica-se com a finalidade de proteger os seres e o meio ambiente, além de seu caráter trans, inter e multidisciplinar, a mesma é um elemento facilitador para a troca entre diferentes disciplinas e áreas do conhecimento (IANCU, 2014).

Ao saírem do Ensino Médio, os alunos serão cidadãos com consciência de sua influência perante a sociedade, podendo reconhecer seu papel diante de discussões que abrangem temas polêmicos e conflituosos ligados a descobertas ou novos experimentos científicos (CARVALHO et al. 2012), daí a importância de uma educação que ensine a fazer pensar ciência. Para Messias et al (2007)os conteúdos trabalhados em sala de aula devem contribuir para os educandos exercerem seu papel de cidadãos, através de compromissos individuais e sociais, atuando conscientemente na vida da comunidade à qual estão inseridos. O conhecimento científico dos alunos, deve estar para além das ações banais de memorização, mas associado transversalmente à formação ética com a formação pautada na construção do conhecimento (PEZARINI e MACIE, 2018).

A realização do trabalho educativo que tenha como objetivo instrumentar para a construção da cidadania traz os desafios de não aparecer de forma superficial e de não ser

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imposta de forma autoritária (DUMARESQ et al. 2009; MIRANDA e TONINI, 2013). Nesse contexto, é fundamental que o professor tenha habilidades em identificar quais práticas de ensino que melhor se adaptam as características dos alunos, fazendo-se necessário selecionar conteúdos que envolvam temas atuais e contextualizados na área da genética, tecnologias, biotecnologias, além de assuntos frequentemente discutidos no cotidiano relacionados a outras áreas de conhecimentos, como a ética e a social. O professor necessita estar preparado para discutir diversos temas oferecendo a orientação correta a seus alunos, respeitando seus valores, opiniões e crença (OLIVEIRA, 2011).

Valores morais e educacionais no ensino de biologia

A educação e a ética estão relacionadas desde os primórdios de nossa civilização. Para Platão, a figura de Sócrates incorpora o ideal de educador. Os ensinamentos e as posturas edificantes de Sócrates se destacam sobre a imagem negativa de outro tipo de educador que é a do sofista (aquele que manipula os conhecimentos dos jovens vendendo-os a troco de pagamento). Para Sócrates, há uma relação intrínseca entre ética e educação, porquanto o conhecimento ético deve orientar o agir. O educador não atua nem como exemplo nem como autoridade, mas como aquele que auxilia o educando a agir segundo suas virtudes (PLATÂO apud GOERGEN, 2005).

Considera-se que sendo a educação a formação do homem, entendida em seu conceito amplo, ela não é outra coisa senão o próprio processo de produção da realidade humana em seu conjunto. A educação em valores reside no fato de ser um componente indispensável da vida humana (SILVA, 2011; SAVIANI, 2001).

O reconhecimento da dimensão ética no aprendizado da biologia foi analisado na proposta curricular do ensino de Biologia no Estado de São Paulo, onde se destacou a importância da abordagem Bioética no Ensino Médio, como importante papel na contribuição da Biologia para o exercício da cidadania, possibilitando, assim, aos alunos uma postura mais crítica no mundo (SILVA & KRASILCHIK, 2013). Portanto, o ensino de Biologia é essencial ao desenvolvimento de valores podendo contribuir com uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida, sendo capazes de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões PCNEM (BRASIL, 2001).

Desta maneira, a partir de uma pedagogia problematizadora, a bioética torna-se uma importante ferramenta de ensino-aprendizagem, visto que seu objetivo de aprendizagem e de ensino é desenvolver a percepção ética e as habilidades com a ambiguidade de raciocínio analítico, adquirir um senso de responsabilidade pessoal e lidar com a ambiguidade moral (RAZERA & NARDI, 2006).

O sucesso dessa abordagem depende do preparo do educador para guiar o debate da turma, de modo que, o educando seja conduzido a expressar as questões e os valores por si mesmo e a pensar a respeito dos prós e contras de determinadas situações (SILVA, 2008). As estratégias de ensino relacionadas com esta abordagem são defendidas por

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inúmeros autores e aparecerem com outras designações tais como ensino por investigação, ensino reflexivo, entre outras (COSTA et al.2018).

A abordagem da Bioética nas aulas de Biologia no Ensino Médio contribui para a formação ética do discente por estar integrada de forma transversal ao ensino e também por se entender que o educando deve ser instrumentalizado na sua formação de cidadão, por meio dos compromissos individuais e sociais do Ser Humano (KAWASAKI, 2005).

Os desafios pedagógicos da bioética no ensino médio

Os profissionais da educação encontram grande dificuldade de aplicar e fazerem-se compreensíveis determinados temas de bioéticas que necessitam de um pensamento crítico. Com relação às responsabilidades éticas, neste caso os professores não conseguem lidar com questões controversas, com o desconforto em se expor e o medo em apresentar apenas suas opiniões (SCHEID, 2006; ZANCANARO, 2006).

A educação é uma precondição para o exercício da cidadania, tornando-se uma ferramenta de ensino, visto que ao se abordar Bioética na educação, promove-se também a aprendizagem para a cidadania. Portanto, a bioética pode ser uma porta para o exercício da cidadania por parte dos estudantes, que quando aberta, permite a construção de argumentos e oferece aos estudantes condição de “discutir” (SILVA e KRASILCHIK, 2013), de opinar, de se posicionar e argumentar com consciência e criticidade.

Metodologia

O estudo de natureza qualitativa, teve como procedimentos metodológicos a aplicação de questionários e a realização de uma oficina juntos aos estudantes com o tema “Bioética e sua abordagem no ensino de Biologia”. O questionário foi aplicado a 35 (trinta e cinco) estudantes do sexo feminino e masculino de 2 (duas) turmas de 3° (terceira) série do ensino médio matriculados no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), campus de São Raimundo das Mangabeiras MA da cidade de São Raimundo das Mangabeiras no estado do Maranhão.

A investigação foi realizada em 3 (três) etapas designadas A, B e C: (A) aplicação de questionário diagnóstico, contendo questões de natureza quali-quantitativas, objetivava verificar como os alunos se posicionam e expressam criticamente suas opiniões diante de assuntos que envolvem a Bioética. (B) realização de uma oficina dos pesquisadores junto aos estudantes sobre o tema “Bioética e sua abordagem no ensino de Biologia”, objetivou-se trabalhar alguns dos principais conceitos bioéticos e suas aplicações no ensino de biologia. Vale ressaltar, que nessa etapa abordaram-se diversos questionamentos dos alunos sobre dilemas da bioética que são vistos nas aulas de biologia, como: aborto, eutanásia, clonagem, transgênicos, organismos geneticamente modificados (OGMs), fertilização in vitro e transplante de órgãos. (C) aplicação de um segundo questionário, também contendo questões de natureza quali-quantitativas, agora considerando os conceitos trabalhados no desenvolvimento da oficina junto aos estudantes e buscou-se

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conferir se os alunos seriam capazes de se posicionarem e de expressar sua opinião de forma argumentativa e consciente.

Após a aplicação do segundo questionário foi possível comparar as respostas dos estudantes e assim, verificar se com o desenvolvimento da oficina, houve melhoria no posicionamento crítico dos discentes diante de questões envolvendo a bioética. Um dos principais interesses da pesquisa foi de se investigar a importância do ensino da bioética e sua percepção com os valores morais que podem ser abordados e favorecer a aprendizagem cidadã nas aulas de biologia.

Resultados e discussão

A análise dos dados ocorreu diante da avaliação das respostas dos questionários 1 e 2. Os dados quantitativos foram apresentados com suas frequências relativas, expressos em porcentagem e discutidos nos gráficos. Já os elementos qualitativos foram analisados através de um processo contínuo em que se buscou identificar dimensões, categorias, convergências e relações mostrando seus significados.

Com o questionário 1, buscou-se fazer uma sondagem diagnóstica com os alunos sobre conceito de bioética e suas abordagens na formação ético e moral. Os estudantes foram solicitados a indicar temas relevantes afim de provocar discussões sobre bioética, para a partir daí, pode-se identificar as principais dificuldades encontradas nas ocasiões de discussões dessa temática nas aulas de biologia. Os pontos abordados no questionário 2 foram direcionados para o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos. Partindo de uma reflexão acerca das ações humanas diante do desenvolvimento científico, instigou-se questionamentos sobre o agir diante de temas polêmicos da bioética, tendo como objetivo verificar as habilidades dos alunos em discutir dilemas éticos e analisar o processo de tomada de decisões.

Questionário 1

Na questão 1 solicitou-se aos alunos que marcassem a alternativa que mais se adequasse ao conceito de Bioética. Dos 31 estudantes, 74,29% demonstraram possuir uma concepção adequada sobre o que é Bioética, enquanto 25,71% acredita que a Bioética está relacionada apenas com DNA, como descrito na figura 1.

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Figura 1: O que é bioética?

Fonte: Elaborado pelos Autores

Na questão 2, adaptada de Silva (2011), solicitou-se aos alunos que escolhessem até cinco temas que pudessem gerar discussões éticas durante as aulas de biologia. Com a tabulação dos resultados realizou-se uma classificação dos principais temas indicados pelos estudante que podem ser visualizados na Tabela 1.

Tabela 1: Classificação dos temas mais citados pelos alunos.

ITENS QUANTIDADE %

Situações emergências

Pesquisas com animais 7 4.0

Organismos Geneticamente

Modificados (OMGs) 14 8.0

Pesquisa com humanos 10 5.71

Clonagem 14 8.0

Transgênicos 11 6.29

Aula Pratica com animais 5 2.86

Situações Pertinentes

Preconceitos (racial, gênero) 2 1.14

Corrupção 2 1.14 Pena de Morte 1 0.57 Greves 1 0.57 Desigualdade Econômica 0 0.0 Tópicos Evolução X Criação 11 6.29 Criacionismo (respeito às ideias dos outros)

1 0.57

Razão X Crença 0 0.0

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Liberdade da Ciência 6 3.43 Limite da Ciência 9 5.14 Direitos Humanos princípios e valores

Direitos individuais e coletivos 7 4.0

Valor da vida 6 3.43 Respeito às diferenças 7 4.0 O Eu na sociedade 5 2.86 Valores Morais 11 6.29 Meio Ambiente Reciclagem 2 1.14 Degradação 1 0.57 Meio ambiente 8 4.57 Transposição do rio 0 0.0 Escassez da água 3 1.71 Tratamento de efluentes 0 0.0 Situações do Cotidiano escolar Organização de Grupos (Socialização) 1 0.57 Conflitos entes alunos 2 1.14 Destruição do Patrimônio 1 0.57 Agressões físicas 1 0.57 Individualismo 0 0.0 Bullying 4 2.29 Comportamento Início da vida 8 4.57 Cotidiano 2 1.14 Atualidades 4 2.29 Religião 0 0.0 Palavrão 1 0.57

Fonte: Elaborado pelos Autores

Os temas classificados na tabela 1 são considerados assuntos tradicionalmente discutidos em bioética, como também em programas voltados à ética e à cidadania. Os temas mais mencionados pelos participantes pertencem à categoria das “situações emergenciais” que estão ligados a assuntos abordados com frequência pela mídia como: clonagem, organismos geneticamente modificados, transgênicos, pesquisas realizadas com animais e com humanos, temas que que estão diretamente relacionados aos avanços científicos.

Vale ressaltar, que tanto na disciplina específica de biologia, quanto transversalmente em outras disciplinas do currículo do ensino médio, os conteúdos científicos desses temas podem ser usados como exemplos concretos para se discutir aspectos éticos considerando a realidade dos estudantes e a realidade socioambiental das comunidades no entorno da escola onde estes vivem. A discussão destes conteúdos contribui significativamente para a construção nos alunos de princípios éticos como: precaução, igualdade, não maleficência, justiça, beneficência, argumentos racionais éticos para a defesa de determinadas atitudes em relação ao ambiente ou aos animais (VAZ e DELFINO, 2010).

A questão 3 questionava aos estudantes sobre o conceito de formação ética-moral. Os resultados indicaram que para 85,71% dos alunos a formação ético-moral está

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relacionada à participação do indivíduo na vida pública e social, através da consciência de realidades, conflitos e interesses individuais e sociais, o conhecimento de mecanismos de controle e defesa de direitos e a noção dos limites e das possibilidades de ações individuais e coletivas. Já para 11,43% dos alunos, a formação ética-moral consiste na construção de um comportamento antissocial, através da consciência de realidades, conflitos e interesses individuais, o conhecimento de mecanismos de controle sem noção dos limites de suas ações individuais. Apenas 2,86% desses alunos indicou que o conceito de formação ética-moral está relacionado a um comportamento com deformações intencionais sobre o verdadeiro, considerando as mudanças no comportamento ético decorrentes da intensificação do individualismo, em detrimento da efetiva valorização do sujeito e da interioridade, o culto ao corpo, que passa a ser indicador de sucesso individual.

Nas questões de 4-6 foram apresentadas algumas assertivas relacionadas ao ensino biologia, formação ética-moral no contexto de bioética e/ou ética e solicitados aos alunos que indicassem seu grau de concordância de acordo com a escala 1 (discordância total) e 4 (concordância total).

Na assertiva 4, os alunos analisaram se “a formação ética-moral (valores) dos

estudantes é de responsabilidade exclusivamente da família e não da escola Os dados

estão apresentados na figura 2.

Figura 2: A formação ética-moral (valores) dos estudantes é de responsabilidade exclusivamente da família e não da escola.

Fonte: Elaborado pelos Autores

Verificou-se que 1/3 dos alunos possui uma visão ultrapassada sobre a formação ético-moral, visto que considera-se que todas as instituições vinculadas aos estudantes podem contribuir para a sua formação ética-moral (SILVA, 2008).

Na assertiva 5: nos últimos anos vem ocorrendo um grande avanço nas ciências, por

exemplo, no conhecimento de ciência e biotecnologia que levam a inúmeros questionamentos, as discussões sobre estes temas ocupam espaço em sala, nas aulas de biologia? Apenas 8,57% dos alunos concordam plenamente com essa afirmação e 80%

concorda. Este posicionamento dos alunos indica que as discussões decorrentes de dilemas bioéticos está presente nas aulas de biologia. Ensinar ciências com o objetivo de proporcionar desenvolvimento moral e ético significa abrir o conhecimento integral de valores e ideologias. Segundo Zancanaro (2006), os reflexos dos avanços tecnológicos e

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biotecnológicos incidem na educação, pois apresenta novos desafios e a necessidade de discussões diante dos impactos e benefícios, que tais avanços contribuem para a ciência e consequentemente para a vida humana.

A assertiva 6 “Para você os debates sobre temáticas das ciências quando discutidos

em um contexto social, político, histórico, econômico colaboram para formação de um cidadão responsável e participativo quanto aos problemas da sociedade”, visava aferir a

opinião dos alunos sobre contribuição dos debates éticos na a formação do cidadão mais participativos com os problemas da sociedade no contexto social, ético, político, histórico e econômico. Os resultados apontam que dos 35 participantes um total de 65,71% concorda com tal afirmação, enquanto que 20% concordam plenamente. Portanto, pode-se dizer que os estudantes estão conscientes sobre a importância de discutir problemas sociais e mostram-se preocupados com os dilemas sociais envolvendo os campos da ciência, política e economia.

De acordo com Silva e Krasilchik (2013), os alunos de ensino médio estão em pleno desenvolvimento de sua personalidade moral. Para os autores, a disciplina de ciências e biologia como espaço de discussão e aprendizagem tem importante papel nesta formação. As transformações científicas e tecnológicas, que ocorrem de forma acelerada, exigem dos alunos novas aprendizagens (BRASIL, 2001). No entanto, se a educação científica não levar em consideração os valores éticos acaba distanciando-se da premissa relação entre o eu e o outro, como também das reflexões que motivam e fortalecem o exercício da cidadania.

Outro dado relevante do questionário 1 se refere a opinião dos alunos quando questionados sobre quais aspectos poderiam contribuir para sua formação ética-moral frente a discussões sobre manipulação genética. Os resultados podem ser conferidos na figura 3 abaixo.

Figura 3- Aspectos que poderiam contribuir para a formação ética-moral frente a discussões sobre manipulação genética.

Fonte: Elaborado pelos Autores

Observou-se que para 33% dos alunos as aulas teóricas possuem grande influência na sua formação, e para outros 25% os eventos científicos como seminários e

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palestras também contribuem de forma significativa na formação ética-moral. Portanto, considerando que estes dois aspectos juntos somam 58% dos respondentes, podemos dizer que para a maioria dos participantes as discussões sobre essa temática quando ocorrem nas aulas teóricas e em eventos científicos contribuem de fato com o processo de formação ética-moral no que se refere a discussões sobre manipulação genética.

As aulas teóricas para o ensino de ciências devem estar sempre associadas com outras atividades e práticas pedagógicas que venham enriquecer o ensino e auxiliar o desenvolvimento da aprendizagem do conteúdo abordado. Introduzir as novas tecnologias, diferenciar a pedagogia para melhor lutar contra o insucesso escolar, renovar os conteúdos e as didáticas buscando partir da vivência dos alunos são aspectos que podem contribuir com a melhoria das aprendizagens nas oficinas, seminários, palestras, debates entre outros que são de fundamental importância para a construção do conhecimento adquirindo um senso crítico (RIBAS, 2013).

A questão de número 11 foi aberta e teve como objetivo sondar os conhecimentos prévios dos alunos sobre as consequências da manipulação do DNA pelos cientistas. O mundo e o Brasil discutem a respeito da manipulação genética que tornou real a possibilidade de o homem entrar em um laboratório e interferir na natureza. Além de gerar várias dúvidas, esse assunto tem causado muitas discussões científicas e éticas sobre os limites e consequências da interferência do homem na natureza.

As respostas dos participantes foram organizadas e tabuladas por categorias e estão descritas na Tabela 2.

Tabela 2- Descrição das consequências negativas e positivas na manipulação do DNA

NUM. NEGATIVOS POSITIVOS

A1 Escolher características como, por exemplo, sexo do indivíduo, cor dos olhos, tipo de cabelo...O que impossibilita do feto ser do jeito que é para ser, de uma forma natural.

Tratamento de doenças.

A2 O homem está brincando de Deus, modificando a criação.

Cura de doenças crônicas. A3 Que os seres deixam de ser algo natural,

ou seja, com seu desenvolvimento sendo modificado pelo homem.

Prevenir doenças genéticas em geral e trazer mais saúde a cada indivíduo.

A4 Modificar a vida como conhecemos, tornando mais superficial e tratando os humanos como animais quaisquer.

No caso da manipulação de DNA dos vegetais, os efeitos positivos podem ser: maior produção, maior produtividade, etc.

A5 Essa manipulação esta envolvendo tanto ética e a moral da sociedade, quanto o processo de “criação humana” exemplo: Haverá um padrão de beleza.

A ciência a cada dia que passa vem evoluindo a cada dia e só a questão de os cientistas já conseguirem manipular o DNA pode ser de grande contribuição para a vida humana.

A6 Porque quando você manipula o DNA pode causar alguns riscos de deficiências.

Todos poderiam ter o filho dos sonhos.

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A7 Pode causar erros durante a manipulação, riscos e perdas movimentos durante o processo.

Pode ajudar a evitar doenças e até mesmo descobrir sua cura ajudando milhões de pessoas. A8 Pode se tornar uma verdadeira maneira de

“brincar de Deus” além de poder acabar excluindo certas pessoas pela manipulação de características desejada.

Pode ser feito melhorias, podendo nos levar a uma raça mais evoluída.

A9 A quantidade de racismo seria muito grande.

Pessoas que não podem ter filhos podem ter graças ao avanço tecnológico.

A10 A meu ver o único ponto negativo é uma grande parte da sociedade não lidar bem com esse fato, principalmente os cristãos, pois isso pra eles é uma ofensa.

Nos aspectos positivos isto é bom pois as pessoas podem escolher o sexo de seus bebes, e até algumas características.

A11 Que o DNA sendo manipulado e alterado pode ocorrer pequenas ou grandes deformações nos indivíduos, pois ao manipular o DNA é sabendo os riscos que estão ocorrendo.

Porque vai conseguir muitas inovações com o DNA.

A12 São quando os cientistas não sabem como eles vão dar efeito nas pessoas.

Cura de doenças. A13 A possibilidade de fazer uma experiência

que possa danificar toda a célula, pode ocorrer erros na formação.

Teria o filho perfeito.

A14 Muita tecnologia manipulada pode acabar acarretando malefícios que interrompe a vida humana.

Pode descobrir familiar. Avanço nas descobertas, resolução de problemas.

A15 A sociedade no início viria com “maus olhos” porque achariam que estava manipulando a vida o jeito de ser de cada um.

Pode trazer uma escolha do pai enquanto a cor dos olhos e tal.

A16 A quantidade de racismo é muito grande. É o poder de escolha pode ser explorado bastante maneiras. A17 Desrespeito a algumas religiões Haverá pessoas contentes com

seus filhos por estarem em um padrão de beleza esperado, será uma grande evolução na espécie humana.

Fonte: Elaborado pelos Autores

A maioria dos alunos descrevem pontos que interferem na abordagem bioética como sentimentalismo e religião, como também relacionam tais pontos com os avanços tecnológicos que trazem para a sociedade benefícios como a possibilidade de cura de doenças até então incuráveis, por exemplo. Contudo, acabam sempre ponderando em suas palavras, talvez pelo medo que esses avanços podem trazer ou por acreditarem que esses avanços não podem mais ser controlados.

Questionário 2

O questionário 2 foi aplicado após o desenvolvimento da oficina temática “Bioética e

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consciência crítica dos alunos. Durante a apresentação foram discutidos alguns dos principais temas relacionados à formação ético-moral que envolvem a bioética. Os temas discutidos durante a oficina e a porcentagem que teve maior impacto na visão dos alunos pode ser observado na figura 4.

Figura 4: Temas relacionados à bioética que tiveram maior impacto durante o desenvolvimento da oficina na visão dos alunos.

Fonte: Elaborado pelos Autores

As questões de 2-4 do questionário 2 apontavam algumas assertivas relacionadas a bioética nas aulas de biologia, com grau de concordância de acordo com a escala 1 (discordância total) e 4 (concordância total). Os resultados são apresentados a seguir:

Na assertiva 2: “Os avanços biotecnológicos devem ser ensinados e debatidos nas

aulas de biologia, para um melhor esclarecimento quanto aos seus pontos negativos e positivos”. Um quantitativo de 97,15% do alunos concordam com tal afirmação (62,86%

concordam e 34,29% concordam plenamente). Para Scheid (2006), é de suma importância que conceitos científicos a respeito das novas biotecnologias sejam discutidos nas aulas de biologia, por enfatizar que os aspectos positivos geralmente são ressaltados pela mídia, já que os aspectos negativos muitas vezes quando expostos são feitos de forma superficial. Pontuamos que o papel da educação não é competir com a mídia, mas sim proporcionar as pessoas condições de compreensão das informações vinculadas a ela.

Para a assertiva 3 a afirmativa foi: “O desenvolvimento da ciência é a base da

sobrevivência do ser humano e da melhoria da qualidade de vida, há uma grande discussão a respeito dos riscos e benefícios que esses avanços tecnológicos trouxeram para a sociedade. Portanto a ciência deve ser livre para que ocorra um melhor avanço com pesquisas cientificas”. As respostas dos participantes estão demonstradas na figura 5.

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Figura 5: O desenvolvimento da ciência é a base da sobrevivência do ser humano e da melhoria da qualidade de vida...

Fonte: Elaborado pelos Autores

Considerando as respostas dos participantes nessa afirmativa, observa-se que os estudantes compreendem que o conhecimento biológico usado de maneira inadequada põe a vida das pessoas em risco. Desse modo, refletimos juntos a eles buscando conscientizá-los sobre a participação responsável de todos os cidadãos no processo de desenvolvimento científico.

Na assertiva 4: “Com a descoberta da possibilidade de cientistas mudarem a

composição genética de células humanas, não deve ter limites éticos quanto a modificação do natural usando técnicas da engenharia genética.”, um total de 54,29% dos alunos

discordam que os cientistas não devem ter limites na manipulação genética do DNA, quanto a modificação do natural usando técnicas da engenharia genética. Especialmente no campo da ciência, não se pode negar as descobertas científicas, mas esses avanços e sua rapidez muitas vezes colocam à sociedade refém do capitalismo (IACOMINI, 2008).

A temática da clonagem foi abordada na questão 5 com a seguinte afirmação: “A

clonagem consiste em gerar um novo indivíduo que apresente o mesmo material genético do seu progenitor, obtendo assim uma cópia idêntica do organismo doador do material genético.” Diante dessa assertiva, um total de 48,57% dos alunos concordaram com a

afirmativa, indicando acreditar que a clonagem consiste em gerar um novo indivíduo que apresente o mesmo material genético do seu progenitor, obtendo assim uma cópia idêntica do organismo doador do material genético.

A questão 6 solicitou que os alunos opinassem sobre a possibilidade de usufruir do avanço cientifico no diagnóstico genético precoce de doenças, onde 48% dos alunos indicou que desejariam ter um diagnóstico precoce a partir da análise do seu código genético, enquanto que 26% não saber se gostaria de obter tal diagnóstico.

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Na questão 7, analisou-se a opinião dos alunos a respeito do dilema: “Uma clínica

dos Estados Unidos oferece aos casais que querem ter filhos à chance de escolher características como cor do cabelo ou dos olhos do bebê. Qual sua opinião sobre a possibilidade de os casais escolherem as características dos filhos em laboratório?” A partir

das respostas dos participantes pode-se verificar uma ampla diversidade de argumentos que são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3: Opinião dos alunos sobre a possibilidade de os casais escolherem as características dos filhos.

A1- Eu concordo, pois com essa possibilidade pode criar um filho até mais parecido com seus pais, dependendo da escolha.

A2- Concordo, porque os filhos podem nascer com as características desejáveis do casal, tanto no sexo, como na cor dos olhos, do cabelo e etc.

A3- Eu discordaria, pois, os filhos devem ser como realmente são e não como uma mercadoria que você escolheria como deve ser.

A4- Eu discordaria, pois, um ser humano não deve vir do jeito que nós queremos e sim do jeito que ele é.

A5- Eu particularmente acho interessante, mas não concordo, pois pode haver alguma anomalia, ou será algum desequilíbrio na criança. Pois ela vai nascer com características diferente dos pais.

A6- Não, pois iria trazer distúrbios psicológicos.

A7- Eu totalmente sou contra as mudanças genéticas das características de um indivíduo. Uma vez que o mesmo deveria vim com as "mesmas" características dos pais, sem sofrer quaisquer modificações em seu gene.

A8- Não concordo com isso, pois em minha opinião esta criança que foi geneticamente modificada poderá ter problemas no futuro, bem como seus filhos também podem nascer doentes.

A9- Sou contra, a única escolha que se poderia fazer em minha opinião era se o indivíduo vai ser saudável ou não, pois com essa escolha pode se criar uma tentativa de limpeza ética. A10- Eu discordo, pois todos têm que ter suas características que pertence e não criar em laboratório.

A11- Não concordo, acho que o ser humano deve aceitar o filho de qualquer jeito, desde ele negro de cor dos olhos pretos a um branco de olhos azuis.

A12- Tenham a possibilidade de sim escolher porque seu filho iria ter características que eles queriam.

A13- Que tratam as pessoas como um produto.

A14- Para começar acho uma palhaçada querer modificar uma criança mudando aspectos naturais. O homem está brincando de ser Deus, querendo ser o detentor de todos os conhecimentos e querer modificar a raça humana simplesmente para fins econômicos. A15- Acho antiético, isso é contra os meus princípios.

A16- Acho que vai da necessidade e particularidade do casal, pois várias vezes é casos de para enfeite, para beleza mesmo mas pode ser um caso que precise também: mas não concordo muito começa pois pode causar transtorno na vida da criança.

17- Eles até podem, porém eles não estarão pensando na criança, porque seus pais forem negros de olhos escuros sem ter a característica de olhos clara na família e o bebê nascer com os olhos verde ele vai sofrer com chacotas no futuro.

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A18- Muito interessante e muita tecnologia além de também contribuir para questão financeira. A19- Só acho que de acordo com decisão desse casal de ter esse filho questionamento

modifica estará correto em alguns aspectos um deles é se alguma dessas pessoas é exterior daí poderá ter o filho como querem, mas sim terá a possibilidade de gerar perguntas no futuro. A20- A minha opinião é que é quando o bebê se torna adulto ele vai quere saber de onde veio essas características que lhe permitiram ter os olhos claros e cabelos de cor diferente se eles forem diferentes dos pais, onde lhe vai causar indignação na maioria das vezes.

A21- Acho que se for escolher as características dos filhos, quando eles crescer, vão ficar se perguntando porque ele saiu com essas características que os pais não têm.

A22- Poderá ocorre problemas futuramente quando essa criança desenvolver seu senso crítico sobre os motivos que levaram a ela ter determinadas características que não são apresentadas que não são apresentadas em seu pais.

Fonte: Elaborado pelos Autores .

Considerando que os temas relacionados à bioética afetam a vida e o cotidiano das pessoas de maneira irreversível, assinalamos a importância do debate e da reflexão nas escolas a respeito dessas temáticas que são muito específicas. Tendo em vista às tecnologias de concepção e a genômica, por exemplo, a possibilidade de análise e escolha de um gene com melhor qualidade da prole permite ao casal um diagnóstico genético do embrião antes mesmo de ser implantado. Ao casal é possibilitado a escolha do sexo, da cor dos olhos, da cor do cabelo, dentre outras características físicas, que quando analisadas à luz de uma reflexão ética causa grande indignação nas pessoas (LUNA, 2004).

Outrossim, analisando as respostas dos questionários, observou-se que os alunos do Ensino Médio dão significativa importância ao debate ético sobre as temáticas lançadas em questão, ressaltando como são importantes as tecnologias para evolução da ciência e da humanidade. Constatou-se por meio das reflexões desenvolvidas pelos alunos nas questões abertas que há necessidade de introdução da bioética nas aulas de biologia, visto que esta temática ainda tem sido pouco abordada pelos professores. Acredita-se que além de contribuir para uma compreensão dos estudantes sobre o mundo em que vivem, a bioética pode proporcionar uma aprendizagem mais significativa sobre conceitos tecnológicos e científicos e consequentemente favorecer um clima de envolvimento dos alunos com o conhecimento cientifico.

Considerações finais

Com o estudo foi possível compreender a importância da abordagem dos dilemas bioéticos no Ensino Médio na disciplina de biologia. Os resultados apontam uma rica diversidade de opiniões entre os estudantes que após o desenvolvimento das atividades e da oficina compreenderam de que maneira a bioética afeta a vida e o cotidiano das pessoas. Considera-se, portanto, que o conhecimento gerado através de discussões educacionais sobre a bioética associada ao ensino de biologia contribui para formação do saber cientifico bem como para ampliar a noção de valores, considerando que a bioética como estudo interdisciplinar envolve também as problematizações éticas. Ao observarmos as interações entre os estudantes no contexto educacional, ficou evidente que as

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abordagens bioéticas possibilitaram a assimilação e consequente utilização dos conceitos éticos-morais no convívio social.

Sendo assim, assinala-se ser indispensável a viabilização de uma educação bioética baseada em valores morais que contextualizada na dimensão social da ciência e dos avanços tecnológicos favoreça o desenvolvimento das pessoas. É indispensável que de maneira eficiente os cidadãos sejam ensinados a tomarem decisões responsáveis no que se refere aos avanços tecnológicos e científicos.

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Figura 1: O que é bioética?
Figura 2: A formação ética-moral (valores) dos estudantes é de responsabilidade  exclusivamente da família e não da escola
Figura 3- Aspectos que poderiam contribuir para a formação ética-moral frente a  discussões sobre manipulação genética
Tabela 2- Descrição das consequências negativas e positivas na manipulação do DNA
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