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A EDUCAÇAO É A ARMA MAIS PODEROSA, ENQUANTO A COR DA PELE FOR MAIS IMPORTANTE QUE O BRILHO DOS OLHOS.SILVA, Rafaela Fvero MARINHO, Mirelly Salvino RIBEIRO, Marilia Camargo

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Academic year: 2020

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Ano II – Volume II – Número 1 – Mês Fevereiro/2019

A EDUCAÇAO É A ARMA MAIS PODEROSA, ENQUANTO A COR DA PELE FOR MAIS IMPORTANTE QUE O BRILHO DOS OLHOS.

SILVA, Rafaela Fávero1

MARINHO, Mirelly Salvino2

RIBEIRO, Marilia Camargo3

RESUMO

Este projeto analisa conceitos gerais sobre a assistência à saúde a quem recebe e a quem oferta (correlacionando profissional de saúde e paciente) de um ponto de vista legislatório e étnico, e discute sobre a desigualdade no atendimento. Consideramos que diferença cultural são os vários aspectos que representam a particularmente as diversas

culturas, como a linguagem, as tradições, a culinária, a religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras características próprias de um

grupo de seres humanos que habitam um determinado território. Todas as pessoas são dignas de respeito, de uma assistência em saúde humanizada e qualificada, independentemente da cor, sexo, idade, cultura, raça, religião, classe social, condição de saúde, orientação sexual, identidade de gênero ou grau de instrução.

Palavras chave: Humanização. Assistência. Discriminação. Etnias. Diversidade de culturas.

ABSTRACT

This project analyses general concepts about health care tothose who receive and who o ffer (correlating Health andpatient professionals) from a legislative and ethnicstandpoint , and discusses inequality in attendance. Weconsider that cultural difference are the vari ous aspects thatrepresent particularly the various cultures, such as language,traditions, c uisine, religion, customs, the model of familyorganization, politics, among other charact eristics of a groupof human beings who inhabit a particular territory. Allpeople are wort hy of respect, of a humanized and qualifiedhealth care, regardless of color, gender, age, culture, race,religion, social class, health condition, sexual orientation,gender identity or degree of instrução.de

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Keywords: humanization. Assistance. Discrimination. Ethnicities. Diversity of cultures.

1. Discente do curso de enfermagem Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral -FAEF. Marília-SP, Brasil. E-mail: luizao.val@hotmail.com

2. Discente do curso de enfermagem Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral -FAEF. Marília-SP, Brasil. E-mail: mirelly_miguxa@hotmail.com

3.Docente do curso de enfermagem Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral - FAEF. Marília-SP, Brasil. E-mail: ma_rebeirobtu@yhaoo.com.br

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1. INTRODUÇÃO

Este projeto analisa conceitos gerais sobre a assistência à saúde a quem recebe e a quem oferta (correlacionando profissional de saúde e paciente) de um ponto de vista legislatório e étnico, e discute sobre a desigualdade no atendimento.

A variedade étnica desencadeia uma desigualdade social que envolve fenômenos sociais de diversas extensões como o acesso à saúde em seus diferentes níveis, concepções e aceitação religiosa e cultural e racial o que faz com que atitudes discriminatórias prevaleçam entre a sociedade. Estes elementos refletem na assistência à saúde podendo ser manifestadas com raiva e hostilidade tanto ao profissional ou cliente.

É de fundamental importância que a Lei n°8080/90, “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.” Segundo Nobre (1999) o atendimento ao cliente consiste numa atitude de dar atenção a ele, permitindo que manifeste suas necessidades, ouvindo-o com interesse, dando solução aos seus problemas, ou, então, encaminhando-o a pessoa certa.

Conforme Filho, Guzzo (2009),

A desigualdade é muito grande porque muitos pais de colegas nossos que são ricos não aceita, por exemplo, a nossa presença no ambiente deles. Eles querem ter um cotidiano só pra eles. Não dá pra entender essa desigualdade se todos têm o mesmo direito de conseguir o que quiser.

Para o cliente o tratamento digno, solidário e acolhedor por parte do profissional da saúde, é prestar uma assistência humanizada independentemente da sua religião, cultura e da suas condições financeiras.

O acolhimento tem por essência é a escuta qualificada e a criação do vínculo, permitindo que o paciente expresse suas preocupações, ao mesmo tempo, colocando os limites necessários, o que possibilita atenção resolutiva ou preventiva na assistência quando necessário.

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Etnia significa grupo que é culturalmente homogêneo. Do grego ethnos, povo que tem o mesmo ethos, costume, e tem também a mesma origem, cultura, língua, religião, etc. O termo etnia não é sinônimo de raça.

Raça é uma categoria biológica. O uso do termo raça é usado para determinar

grupos étnicos a partir de suas características hereditárias. As "raças humanas" antes

seriam determinadas pela cor da pele e características físicas, associadas a linhagem dos indivíduos, mas que caiu em desuso pela comunidade científica.

Estudos genéticos já provaram que não existem subgrupos de humanos, sendo errado rotular negros, asiáticos, indígenas ou outros grupos. A abordagem antropológica e sociológica do assunto constitui em que os diferentes grupos entre humanos são etnias, e apresentam diferenças fenotípicas, como a cor de pele.

Há uma variedade de etnias espalhada por todo lugar cada uma com sua característica especifica, porem no Brasil a nossa realidade é fruto de uma mistura de elementos de quase todos os grupos étnicos do mundo, que pode ser definida como “miscigenação”, que se define como o processo ou resultado de mistura de raças, pelo casamento ou coabitação de um homem e uma mulher de etnias diferentes.

Definição

A miscigenação é o encontro de raças humanas diferentes. Esse processo também é conhecido como mestiçagem, pode-se afirmar que ele é uma evolução do homem. O mestiço é o pessoa que nasce de pais de raças diferentes, ou seja, que possuem traços genéticas diferentes.

De uma forma mais geral, a sociedade considera a miscigenação como uma união entre brancos e negros, brancos e amarelos, e entre amarelos e negros, como a união da cor da pele em que a classe humana se divide.

Hoje em dia não existe nenhum ser humano racialmente puro, pois a população é resultado de um extenso processo de miscigenação que se modificou com o passar dos ano.

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No Brasil

Quando pensamos e falamos da história do Brasil é impossível não falar da miscigenação. Os ancestrais indígenas do Brasil caracterizavam-se mais pela diversidade do que pela homogeneidade, já os portugueses vinham de um processo de mestiçagem secular e variado. Deste processo podemos destacar as contribuições dos fenícios, gregos, romanos, judeus, árabes, visigodos, mouros, celtas e escravos africanos.

Em 15 gerações aproximadamente, do século XVI ao XVIII, a estrutura genética da população brasileira foi formada, a partir da mistura entre africanos, portugueses e índios. Essa mistura deu origem a três tipos fundamentais de mestiços:

Os mulatos, que eram mestiços de negros e brancos, eles construíram a economia litorânea do Brasil. Os caboclos ou mamelucos, como são conhecidos, eram mestiços de brancos e índios, eles povoaram o interior. E os cafuzos, que eram mestiços de índios e negros, eram uma minoria e povoaram algumas partes das regiões Norte e Nordeste.

Os povos indígenas

Antes do descobrimento do Brasil, os índios já habitavam esse território. Haviam vários grupos indígenas espalhados por todo o Brasil. Entre os principais grupos temos: Karajá, Bororo, Kaigang e Yanomani. Antigamente a população indígena era de quase 2 milhões de pessoas.

Os povos africanos

Os povos africanos eram os negros escravos que sofreram migração involuntária, eram capturados e trazidos para o Brasil, principalmente entre os séculos XVI e XIX. Nessa época desembarcaram milhões de negros africanos, que vieram como escravos para trabalhar no cultivo da cana-de-açúcar e do café.

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Os imigrantes europeus e asiáticos

Os primeiros imigrantes a chegarem ao Brasil foram os portugueses, em seguida vieram italianos, espanhóis, alemães e japoneses. Estes representaram mais de oitenta por cento do total da população.

Pelo menos quatro milhões de imigrantes desembarcaram no território brasileiro na primeira metade do século XX. Grande parte deles eram imigrantes europeus, mas houveram também os asiáticos, onde podemos destacar os japoneses, sírios e libaneses.

É devido à miscigenação no Brasil que é possível dizer que nosso país possui uma identidade cultural muito variada. A cultura brasileira possui uma grande variedade e isso se ocorre por conta da miscigenação.

A diversidade cultural é um conceito criado para compreender os processos de diferenciação entre as várias culturas que existem ao redor do mundo que são as etnias, por isso no Brasil há uma variedade cultural, pois é resultado da miscigenação. Essa miscigenação apresenta um lado negativo pois abrange uma diversidade cultural, social, religiosa, o que pode gerar desigualdade e desrespeito, e será que toda etnia está disposta a aceitar a outra? porque o “diferente” parece ser tão estranho? São perguntas difíceis de se responder, porém uma coisa é fato, isso tem comprometido a forma que a assistência à saúde é ofertada e recebida.

2.1 Material e métodos

Trata-se de uma revisão de literatura, onde a escolha dos artigos eletrônicos foram realizadas em buscas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), tendo como base os periódicos da Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Acadêmico, TCCs, livros e conhecimentos na área da saúde.

2.2 Resultados e discussão

O que a lei preconiza na assistência à saúde: A lei n° 8080, de 19 de setembro de 1990 em seu segundo capítulo aponta que as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde

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(SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:

I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;

III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie {...}

A falta de empatia no atendimento faz com que estes princípios e diretrizes sejam desvalorizados, não sendo aplicados como deveriam. Importante ressaltar que a empatia deve ser praticada de profissional para paciente, de paciente para profissional e de profissional para profissional, pois este conjunto de relações que muitas vezes vem mesclado de hábitos, cultura diferentes, pode resultar em um “choque étnico” resultando em uma assistência desqualificada e não praticada de forma humanizada.

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3. CONCLUSÃO

Quando falamos de educação na saúde, pensamos em um campo de saberes e de práticas sociais, que encontra-se em pleno processo de constituição/construção. Existem tensões e disputas na definição de suas temáticas centrais e na maneira de abordá-las.

Apesar do Brasil ser um país formado por diferentes culturais, o preconceito e a discriminação racial, ainda estão presentes no cotidiano de todos os brasileiros, independentemente de serem brancos, negros, asiáticos, imigrantes europeus ou índios.

Muitas vezes, o desprezo por outras culturas, que não sejam comuns dentro da sociedade, fica camuflado por uma falsa ideia de igualdade. O preconceito surge quando a sociedade, os meios de comunicação e mesmo a escola defendem a ideia de que temos uma cultura uniforme, em lugar de reconhecer, valorizara enorme diversidade racial e étnica do pais.

Consideramos que diferença cultural são os vários aspectos que representam a particularmente as diversas culturas, como a linguagem, as tradições, a culinária, a

religião, os costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras

características próprias de um grupo de seres humanos que habitam um determinado território.

Todas as pessoas são dignas de respeito, de uma assistência em saúde humanizada e qualificada, independentemente da cor, sexo, idade, cultura, raça, religião, classe social, condição de saúde, orientação sexual, identidade de gênero ou grau de instrução.

A imagem que uma pessoa tem de si mesma e de seu mundo é construída a partir do jeito que sociedade se porta dentro de uma comunidade. E não é a sociedade que devemos seguir, mas sim a educação que recebeu tanto em casa e o que vem aprendendo e também descubra nos outros e melhore em si mesmo.

4. REFERÊNCIAS

A Revista Científica Eletrônica de Enfermagem é uma publicação semestral da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF e da Editora FAEF, mantidas pela Sociedade Cultural e Educacional de Garça. Rod. Cmte. João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça km 1, CEP 17400.000/TEL. (014)3407-8000 www.faef.br – www.faef.revista.inf.br –enfermagem@faef.br

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DICIONÁRIO AURÉLIO. Disponível em: <https://dicionariodoaurelio.com/etnia> Acesso em: 15 abril 2018.

FILHO, Antonio Euzébios. GUZZO, Raquel Souza Lobo. DESIGUALDADE SOCIAL E POBREZA: CONTEXTO DE VIDA E DE SOBREVIVÊNCIA. Pontifícia

Universidade Católica de Campinas. Psicologia & Sociedade; 21 (1): 35-44, 2009. NOBRE, J. A. Sua excelência o cliente. Porto Alegre: RH,1999.

Acesso em: 17 abril 2018.

Lei N° 8080. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm> Acesso em: 17 abril 2018.

IDE, C.A.C.; CHAVES, E.C. A questão da determinação do processo saúde-doença. Rev. JSsc. Enf. USP. v.24, n.l, p.163-7, 1990.

Acesso em: 16 abril 2018.

Portal da Educação. Disponível:

<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/definicao-de-educacao-em-saude/32334> Santos, 1988.

Acesso em: 19 abril 2018.

Estudo Pratico. Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/miscigenacao-no-brasil/>

Acesso em: 20 abril 2018.

IAMAMOTO, Marilda Villela. O Brasil das desigualdades: “questão social”, trabalho e relações sociais. SER social, Brasília, v.15, n. 33, p261-384, jul. / dez. 2013.

Acesso em: 21 abril 2018.

SCHWARCZ, LM. O espetáculo da miscigenação. In: DOMINGUES, HMB. SÁ, MR., and GLICK, T., orgs. A recepção do Darwinismo no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, pp. 165-180. 2003.

Acesso em: 21 abril 2018.

Gomes, Weslaine Wellida. A Diversidade Cultural E O Direito À Igualdade E À Diferença. Revista Observatório da Diversidade Cultural. Volume 01, nº 01. 2014. Acesso em: 21 abril 2018.

A Revista Científica Eletrônica de Enfermagem é uma publicação semestral da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF e da Editora FAEF, mantidas pela Sociedade Cultural e Educacional de Garça. Rod. Cmte. João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça km 1, CEP 17400.000/TEL. (014)3407-8000 www.faef.br – www.faef.revista.inf.br –enfermagem@faef.br

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BARROS, José Márcio. Diversidade cultural da proteção à promoção. Câmara

Brasileira do Livro, SP, Brasil. 2008.Acesso em: 22 abril 2018

A Revista Científica Eletrônica de Enfermagem é uma publicação semestral da Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral – FAEF e da Editora FAEF, mantidas pela Sociedade Cultural e Educacional de Garça. Rod. Cmte. João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça km 1, CEP 17400.000/TEL. (014)3407-8000 www.faef.br – www.faef.revista.inf.br –enfermagem@faef.br

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