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Fatores pessoais e contextuais associados ao desenvolvimento da excelência : estudo exploratório com atletas nacionais

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Ricardo Jorge Moreira Teixeira

Fatores pessoais e contextuais

associados ao desenvolvimento da

excelência: Estudo exploratório com

atletas nacionais

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Ricardo Jorge Moreira Teixeira

Fatores pessoais e contextuais

associados ao desenvolvimento da

excelência desportiva: Estudo

exploratório com atletas nacionais

Dissertação de Mestrado

Mestrado Integrado em Psicologia

Trabalho realizado sob a orientação do

Professor Doutor José Fernando Cruz

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outubro de 2014

Nome: Ricardo Jorge Moreira Teixeira

Endereço eletrónico: ricardo_jmt31@hotmail.com

Nº cartão de cidadão: 13760914 Validade:26/05/2015 Título dissertação de Mestrado:

Fatores pessoais e contextuais associados ao desenvolvimento da excelência: Jovens Atletas Orientador:

Professor Doutor José Fernando Cruz Ano de conclusão: 2014

Designação do Mestrado:

Mestrado Integrado em Psicologia

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTA TESE/TRABALHO, APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

Universidade do Minho, / /__

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ÍNDICE

Agradecimentos...v Resumo...vi Abstract...vii Introdução...1 Método...5 Participantes...5 Medidas...7 Procedimentos...10 Análise de Dados...11 Resultados...11 Discussão e Conclusão...18 Referências Bibliográficas...21

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Agradecimentos

Gostaria de agradecer ao meu orientador, Professor Doutor José Cruz, por toda a disponibilidade, feedback e tempo despendido no auxílio da progressão da minha aprendizagem, assim como a todo o restante grupo de investigação. Deixo também um agradecimento a todos os clubes e atletas que permitiram a realização desta dissertação.

Agradeço à minha família, por tudo o que fizeram por mim. Em especial aos meus pais, que ao longo dos cinco anos foram eles que estiveram sempre prontos a ajudar-me a ultrapassar todos os obstáculos. Claramente sem o seu apoio e suporte nunca conseguiria realizar o curso. Mantiveram-me sempre no caminho certo e antes de este sucesso me pertencer, pertence primeiramente a eles. Agradeço-lhes por tudo do fundo do coração e sei que ao alcançar mais esta etapa na minha vida estou a contribuir para o aumento da sua felicidade. Sei de todo o esforço que fizeram, fazem e farão pelo meu bem e portanto espero congratular sempre esse esforço.

Gostaria também de agradecer à minha namorada Débora Monteiro, porque também sem ela não conseguiria concluir o curso. A ela agradeço-lhe por todo o apoio quer a nível pessoal quer a nível profissional, pois além de ter de me aguentar a nível pessoal tem ainda de me auxiliar na realização de tarefas decorrentes do curso. Agradeço-lhe por tudo, nomeadamente pelos sacrifícios que faz pelo meu bem, que não são poucos. Também em relação a ela espero continuar a retribuir todo este amor da melhor forma que conseguir.

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Fatores Pessoais e Contextuais Associados ao Desenvolvimento de Excelência: Estudo Exploratório com Atletas Nacionais

Resumo

O presente estudo procurou explorar a importância de um conjunto de características pessoais e contextuais que contribuem para o desenvolvimento da excelência atletas. Para além disso, procurou também contribuir para a validação do “Psychological Characteristics of Developing Excellence Questionnaire” (MacNamara & Collins, 2011) para a população portuguesa. Para o efeito, participaram neste estudo 109 atletas dos escalões juvenil/júnior e sénior, sendo 88 (80.7%) do sexo masculino e 21 (19.3%) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 14 e os 36 anos (M = 20.77; DP = 4.91). Os participantes pertenciam a oito clubes nacionais reconhecidos nas respetivas modalidades pela qualidade dos seus praticantes e que competiam nas divisões principais dos respetivos escalões. Os resultados apontam um conjunto de variáveis pessoais (e.g., positividade, coping ativo) e contextuais (e.g., qualidade da relação treinador-atleta) como estando positivamente correlacionadas com as caraterísticas psicológicas para o desenvolvimento da excelência, ressalvando a importância que cada um destes fatores assume na compreensão do desenvolvimento e manutenção de desempenhos de alto nível no desporto.

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Personal and contextual factors associated with the development of excellence: Exploratory study with national Portuguese athletes

Abstract

This study aims to explore the importance of a set of personal and contextual characteristics that contribute to the development of excellence in young athletes. In addition, a contribution for the adaptation and validation of the "Psychological Characteristics of Developing Excellence Questionnaire" (MacNamara & Collins, 2011) in the Portuguese population was also intended. Toward this end, 109 athletes participated in this study of youth / junior and senior levels, 88 (80.7%) were male and 21 (19.3%) were female, aged between 14 and 36 years (M = 20.77, SD = 4.91). Participants were from eight national recognized clubs in the respective modalities for the quality of its practitioners and competing in major divisions of the respective groups. The results identify a number of personal variables (eg, positivity, active coping) and contextual (eg, coach-athlete relationship quality) as being positively correlated with psychological characteristics to the development of excellence, underlying the importance that each of these factors assumes understanding the development and maintenance high level of performance in sport.

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Fatores Pessoais e Contextuais Associados ao Desenvolvimento de Excelência: Estudo Exploratório com Atletas Nacionais

Ao longo da última década intensificou-se o interesse pelo estudo da excelência em vários contextos de realização (e.g., desporto e música). Apesar de subsistirem várias definições, não existe uma definição consensual do conceito de excelência, uma vez que a investigação tem sido realizada com recurso a uma diversidade de constructos referentes à temática (e.g., elite, expertise, talento), tendo subjacentes diferentes abordagens teóricas e metodológicas. No entanto, como refere Matos (2011) esta multiplicidade que tanto complexifica a definição deste conceito, é a mesma que contribui para a progressão da compreensão do mesmo. Regra geral, todas as operacionalizações têm subentendida a conceção de excelência como uma performance eminente e sólida num determinado domínio (Matos, Cruz, & Almeida, 2011). Salvaguarda-se que dentro de todas as abordagens, “mais

do que conhecer o que fazem os excelentes, importa sobretudo compreender como fazem, ou como são esses indivíduos”(Araújo, Cruz & Almeida, 2011, p. 256).

Para além disso, a excelência tem sido entendida como um processo complexo, que depende da combinação de fatores inatos e ambientais. Desse modo, existem habilidades que fazem parte de cada um à nascença e outras que vão sendo desenvolvidas e reforçadas ao longo do desenvolvimento (Mills, Butt, Maynard, & Harwood, 2012). Porém, apesar de possuírem por vezes capacidades inatas, os indivíduos apenas conseguirão atingir os níveis de excelência se materializarem as oportunidades, que provêm de uma orientação adequada (Abbott & Collins, 2002). A questão central não se traduz assim no debate sobre qual dos dois é o principal, mas sim “what kind of interaction occurs between the two, and how this

influences development” (Mönks & Mason, 2000, p. 141).

Para além do esforço em operacionalizar o conceito, são muitos os autores que tentam delinear o caminho para a excelência, como Ericsson, Krampe e Tesch-Romer (1993) que num estudo com músicos ressalvam a necessidade de 10 anos ou 10 mil horas de prática deliberada, para o alcance de níveis de excelência. Entendendo-se prática deliberada como as atividades que têm como propósito melhorar os níveis de desempenho (Holt & Dunn, 2004; Barreiros, Côté, & Fonseca, 2013). O objetivo do desenvolvimento de talento deve ser o de

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identificar e desenvolver as capacidades dos atletas para o desempenho futuro (Abbott & Collins, 2004). O percurso para a excelência não é uniforme, pelo contrário, cada fase de desenvolvimento tem as suas próprias características e consequentemente as suas exigências específicas (MacNamara & Collins, 2011).

Este entendimento é corroborado pelo Modelo de Desenvolvimento da Participação Desportiva (MDPD; Côté, 1999) onde o desenvolvimento da “excelência” ocorre de acordo com três fases. A primeira fase corresponde à diversificação, isto é, manifesta-se na prática de diversos desportos que tem como finalidade extrair satisfação da sua participação, não sendo necessárias grandes condições para a sua realização. A segunda fase equivale à fase da especialização, nesta fase os atletas começam a entregar-se exclusivamente a um desporto, diminuindo presumivelmente o número de desportos praticados precedentemente, e aumentando o tempo de prática deliberada. Emergindo à última fase denominada fase de investimento, em que os atletas se aplicam de modo a atingir níveis de excelência no desporto elegido na fase anterior. Esta fase caracteriza-se por elevado tempo de prática deliberada, com o intuito de alcançar a elite (Barreiros, Côté, & Fonseca, 2013).

Interessa referir, que em termos de prevalência, de acordo com a teoria “do pouco-espaço-no-topo” (Gagné, 2007), do conjunto dos indivíduos que ambicionam alcançar a excelência, apenas 10% conseguem atingir essa mesma meta. Durante esse percurso para a excelência, as estratégias utilizadas pelos atletas são determinantes para o seu alcance. Lazarus e Folkman (1984)consideraram estas estratégias, denominadas estratégias de coping, como um conjunto de esforços cognitivos, comportamentais e afetivos, empregados para lidar com exigências particulares. Sendo que Lazarus (1991)definiu dois tipos de coping: o coping focado nas emoções, que se traduz no empenho para ajustar as respostas emocionais, e o coping focado no problema, que subsiste na tentativa de agir sobre o problema em questão (Folkman & Moskowitz, 2004; Cruz, 1996). Lazarus (2000) evidencia ainda que a utilização de coping adequado poderá influenciar os atletas a estarem mais motivados, levando-os a estarem mais centralizados para atingirem os seus padrões de excelência. Pensgaard e Duda (2003) num estudo com atletas olímpicos descrevem que o uso de estratégias de coping eficazes se traduz na vivência de emoções positivas por parte destes. No estudo de van Yperen (2009) foi reportado que os indivíduos bem-sucedidos recorriam regularmente a estratégias de coping focadas no problema, em oposição aos malsucedidos.

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No estudo da excelência importa ainda realçar um conjunto de fatores que têm sido encontrados para o seu desenvolvimento e manutenção, sendo estes de carácter contextual e pessoal. Mais recentemente, os estudos efetuados têm dado ênfase a uma interação dinâmica entre diversos fatores sociais, ambientais e psicológicos no caminho para a concretização do potencial (Ceci, Barnett, & Kanaya, 2003 cit in MacNamara, Holmes, & Collins, 2008).

Especificamente em relação aos fatores contextuais, a literatura tem estudado diversos fatores como estando associados ao desenvolvimento e manutenção da excelência: relação treinador-atleta, apoio de outros significativos, qualidade do treino, clima motivacional, entre outros. Quanto ao apoio recebido pelos atletas, Yperen (2009) menciona que os indivíduos bem-sucedidos procuram mais frequentemente apoio social (i.e., Taylor (2007) define-o como experiências onde se é prezado e enaltecido pelos outros), quando se deparam com algum tipo de contradição no seu caminho. Esse apoio muitas vezes é procurado junto das famílias e do treinador, dado que estas estimulam o interesse do atleta num determinado desporto, proporcionando apoio moral e financeiro. Contudo, a preponderância da família tende a atenuar à medida que os atletas vão crescendo (Bloom, 1985). Relativamente ao clima motivacional, Seligman, Steen, Park, e Peterson, (2005) sugerem que é importante promover climas difíceis e sustentáveis, que melhorem o desenvolvimento das habilidades psico-comportamentais.

De um modo geral, no que se refere às características psicológicas, estas são reconhecidas como centrais nos desempenhos excecionais, (Durand-Bush & Salmela, 2002; Gould, Dieffenbach, & Moffett, 2002), particularmente Tkachuck, Toogood e Martín (2003) numa revisão da literatura, nomearam alguns fatores psicológicos ligados à excelência no desporto, sendo estes o comprometimento, o estabelecimento de objetivos, a motivação, o planeamento de treinos e competições, entre outros. A literatura sugere que os atletas bem-sucedidos contêm características psicológicas, como autoconfiança, habilidade para lidar com a ansiedade e as adversidades, motivação intrínseca, capacidade de estabelecer objetivos e capacidade de desatender a distrações (Gould, Dieffenbach, & Moffett, 2002).Assim sendo, os atletas que conquistam sucesso empregam as capacidades psicológicas de forma a otimizar a aprendizagem e lutar com os desafios inevitáveis do desenvolvimento (MacNamara & Collins, 2013).

No estudo da relação entre caraterísticas psicológicas e o desenvolvimento da excelência em contextos desportivos, merece destaque o trabalho desenvolvido por

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Macnamara e Collins (2011) que desenvolveram o “Psychological Characteristics of

Developing Excellence Questionnaire” (PCDEQ), instrumento esse utilizado neste estudo,

procurando-se deste modo dar contributos para a validação do mesmo. Este questionário foi desenhado para avaliar a “posse” e implementação de várias caraterísticas psicológicas (e.g., estabelecimento de metas, uso da visualização mental) no desenvolvimento da excelência desportiva, permitindo aos atletas receberem feedback e identificarem áreas que necessitem de ser melhoradas ou mantidas. Para além disso, pode auxiliar na orientação de programas de treino, através dessa identificação de aspetos a melhorar, incorporando formação no trabalho desses campos menos desenvolvidos. Ao longo do desenvolvimento dos atletas este questionário torna-se relevante para os treinadores, na medida em que usufruem de um instrumento que lhes possibilita monitorizar o desenvolvimento e promover estas características psicológicas. Destaca-se que o questionário é sensível à variação do estabelecimento de características psicológicas de desenvolvimento da excelência, ao longo da progressão dos atletas (MacNamara & Collins, 2011).

O PCDEQ mede seis fatores ou processos psico-comportamentais presentes no desenvolvimento desportivo. O primeiro fator, “Apoio para o sucesso a longo prazo” está relacionado com o uso de características psicológicas, como o controlo da distração para atingir o sucesso a longo prazo. O segundo fator, “Uso da visualização mental durante o treino e competição”, menciona a relevância da imaginação como uma estratégia que otimiza a aprendizagem, bem como o desempenho. O terceiro fator, “Coping com as pressões de rendimento e de desenvolvimento”, caracteriza-se pela necessidade dos atletas lidarem com as pressões de desenvolvimento e desempenho. O quarto fator, “Capacidade de organização e envolvimento em treino de qualidade” consiste na importância da prática de qualidade durante o desenvolvimento dos atletas. O quinto fator, “Avaliação do rendimento e o trabalho nos pontos fracos”, este fator destaca a necessidade dos jovens atletas avaliarem justamente as suas performances, bem como progredir nos aspetos menos desenvolvidos. Por fim, o sexto fator, “Apoio dos outros para competir ao nível do potencial pessoal”, caracteriza-se pelo estímulo recebido por parte dos outros, de modo a sustentar a progressão do atleta. De salientar que os fatores um e seis compreendem itens associados com a forma como os outros significativos promovem e reforçam as características psicológicas do desenvolvimento da excelência, enquanto os restantes quatro fatores refletem a inserção independente de características psicológicas do desenvolvimento da excelência (MacNamara & Collins, 2011, 2012).

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No entanto, tendo em conta que a maioria dos estudos realizados sobre o desenvolvimento da excelência recorreu a designs retrospetivos e de natureza descritiva e transversal (Gould, Dieffenbach, & Moffett, 2002), torna-se necessária a realização de estudos com jovens atletas, de modo a conhecer melhor as etapas iniciais e a progressão no desenvolvimento de talentos (Durand-Bush & Salmela, 2001). Estes estudos são então essenciais na identificação e posterior amplificação dos fatores associados ao sucesso (Durand-Bush & Salmela, 2001). Assim, o presente estudo transversal tem como objetivo principal explorar quais os fatores pessoais e fatores contextuais que contribuem para o desenvolvimento da excelência nos atletas e analisar o padrão de relações das características da excelência em desenvolvimento com outros constructos teoricamente relevantes. Paralelamente, procurou-se verificar a possível existência de diferenças em função do escalão competitivo. Adicionalmente, atendendo à ausência de dados suficientes de validação do questionário “Psychological Characteristics of Developing Excellence Questionnaire” (MacNamara & Collins, 2011) para a população portuguesa, este estudo passa ainda por contribuir para a adaptação e validação desta medida específica do domínio (contextos desportivos), junto da população desportiva nacional, deste instrumento específico do domínio desportivo, aumentando assim o leque de medidas válidas disponíveis para o estudo do desenvolvimento da excelência desportiva no nosso país.

Método

Participantes

Este estudo recorreu a uma amostra de conveniência, sendo que participaram neste estudo 109 atletas, 88 (80.7%) do sexo masculino e 21 (19.3%) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 14 e os 36 anos (M = 20.77; DP = 4.91). Atletas esses que pertencem a oito clubes nacionais que competiam nas divisões principais dos respetivos escalões. Na tabela 1 encontram-se descritas as caraterísticas demográficas dos participantes, bem como a modalidade, escalão e nível competitivo, enquanto na tabela 2 encontram-se as informações relativas à prática da modalidade.

Tabela 1

Características dos Participantes

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N = 51 % Género Masculino 88 80.7 Feminino 21 19.3 Idade 14-18 anos 39 35.8 19-24 anos 48 44.0 25-36 anos 22 20.2 Habilitações 6ºano 2 3.9 9ºano 6 11.8 12ºano 29 56.9 Licenciatura 10 19.6 Mestrado 4 7.8 Modalidade Voleibol 31 28.4 Basquetebol 12 11.0 Kickboxing 8 7.3 Atletismo 3 2.8 Futebol 21 19.3 Canoagem 20 18.3 Andebol 14 12.8 Escalão Competitivo Júnior/Juvenil 38 34.9 Sénior 71 65.1 Nível Competitivo Regional 3 4.1 Nacional 53 71.6 Profissional 18 24.3 Tabela 2

Caraterísticas da prática da modalidade

Amostra total

Mínimo Máximo M (DP)

Idade de início da prática 4 28 11.86 (3.92) Nº anos de prática federada 1 25 10.03 (5.13)

Nº de internalizações 0 100 12.61 (22.05)

Nº médio de horas de treino por

semana 2 28 11.19 (5.24)

Nº médio de provas oficiais por ano

Competições nacionais 0 40 14.92 (14.72) Competições internacionais 0 50 1.67 (7.20) Nº títulos nacionais/internacionais

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Medidas

Questionário Sociodemográfico (Cruz, 2014). Este questionário teve como objetivo recolher informação acerca da identificação do participante (idade, género, altura, peso, estado civil e grau de escolaridade) e informação desportiva (clube, divisão/liga, modalidade, especialidade, escalão competitivo, nível competitivo, idade de inicio da prática da modalidade, número de anos da prática federada da modalidade, número médio de horas de treino por semana, número médio de provas oficias por ano em competições nacionais e competições internacionais e títulos nacionais e/ou internacionais conquistados).

Questionário das Características Psicológicas para Desenvolver a Excelência (Psychological Characteristics of Developing Excellence Questionnaire) (PCDEQ; MacNamara & Collins, 2011). Este questionário tem como intuito avaliar a posse e implementação de caraterísticas psicológicas no desenvolvimento da excelência. É constituído por 59 itens (tanto negativos, como positivos, de modo a minimizar o viés aquiescente) usando uma escala tipo likert de 6 pontos (1=não se aplica nada a mim; 6=aplica-se muito a mim). Mede ainda 6 categorias de características psicocomportamentais que influenciam o desenvolvimento eficaz no desporto. No presente estudo, foram obtidos os seguintes valores do Alpha de Chrobach nas seguintes subescalas: “apoio para o sucesso a longo prazo” .95; “uso da visualização mental durante treino e competição” .88; “coping com pressões de rendimento e desenvolvimentais” .83; “capacidade de organização e envolvimento em treino de qualidade” .78; “avaliação do rendimento e trabalho nos pontos fracos” .80; “apoio dos outros para competir ao nível do potencial pessoal” .87.

Escala Breve de Auto-Controlo (EAC; Tangney, Baumeister, & Boone, 2004). Recorreu-se à versão preliminar para investigação traduzida e adaptada para o português por Cruz (2008). Esta escala de autorrelato avalia as diferenças ao nível individual no traço de autocontrolo. Utilizando uma escala tipo likert de 5 pontos (1=de maneira nenhuma; 5= mesmo muito) são respondidos 13 itens (e.g., “eu sou bom a resistir tentações”, “as pessoas diriam que eu tenho uma autodisciplina forte” e “tenho dificuldades em concentrar-me”). O score total, obtido através da soma dos itens, pode variar entre 13 e 65, sendo que pontuações mais elevadas indicam uma maior capacidade de autocontrolo. No presente estudo, foi obtido um coeficiente Alpha de Cronbach de .76.

Escala da Positividade (EP; Caprara, Alessandri, Eisenberg, Kupfer, Steca, Caprara, Yamaguchi, Fukuzawa, & Abela 2012). Recorreu-se à versão para investigação autorizada,

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traduzida e adaptada por Cruz (2012). Questionário que avalia a orientação positiva dos indivíduos e que tem como objetivo avaliar o traço disposicional “positividade” e que tem subjacente a avaliação “partilhada ou combinada” de três construtos teóricos relacionados (autoestima, satisfação com a vida e otimismo). É composto por oito itens (e.g., “estou satisfeito com a minha vida”) respondidos através de uma escala tipo likert de 5 pontos (1=Discordo totalmente; 5=Concordo totalmente), podendo os scores totais (média do somatório dos itens) variar entre 1 e 5. Os dados psicométricos iniciais (Cruz & Ferreira, 2012) sugerem uma boa validade para a versão portuguesa. Nesta investigação, foi obtido um coeficiente Alpha de Cronbach de .72.

Inventário Abreviado de Estilos de Coping (Carver, 1997). Consiste num inventário sucinto de respostas de coping e é uma medida dispocional dos estilos de coping dos indivíduos em situações de stress. Tem uma versão traduzida e adaptada à língua portuguesa por Cruz (2003) na sua versão para contextos desportivos, e de seguida validada por Dias, Cruz, e Fonseca (2012; 2013). É composto por 28 itens distribuídos por 14 subescalas, com dois itens por escala: aceitação, coping ativo, desligamento comportamental, negação, humor, planeamento, reavaliação positiva, religião, auto culpabilização, auto distração, uso de substâncias, uso de apoio emocional, uso de apoio instrumental e ventilação de emoções. Os itens são respondidos numa escala tipo likert de 4 pontos (1=“nunca utilizo”; 4=“utilizo muitas vezes”). Os scores em cada subescala são calculados através da soma dos respetivos itens e variam assim entre 1 (mínimo) a 4 (máximo), em cada subescala. Neste estudo, foi encontrado um valor de .83 para o coeficiente Alpha de Cronbach.

Escala de Perfeccionismo Durante o Treino e a Competição (EPDTC-VP; Stoeber, Stoll, Pescheck, & Otto, 2008). Recorreu-se à medida traduzida e adaptada para português (Cruz, 2008) do “Inventário Multidimensional de Perfeccionismo no Desporto” (Stoeber, Stoll, Pescheck, & Otto, 2008), incluindo um total de 18 itens que avaliam quatro dimensões: a luta pela perfeição, reações negativas à imperfeição, pressão percebida do treinador, e pressão parental percebida. No presente estudo apenas se fez uso de 2 das subescalas, prescindindo-se das dimensões “pressão parental” e “pressão dos treinadores”. Os itens são respondidos numa escala do tipo likert de 6 pontos (1= “Nunca”; 6=“Sempre”). Sendo que, para cada escala, a scores mais elevados, correspondem a elevados níveis de perfecionismo na dada dimensão. Neste estudo, para a subescala “luta pela perfeição” foi conseguido um Alpha de Cronbach de .79, enquanto a subescala “reações negativas à imperfeição” foi conseguido .85.

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Escala de Satisfação com a Vida (ESV; Diener, Emmons, Larsen & Griffin, 1985). Recorreu-se à versão traduzida e validada, de forma consistente, para a língua Portuguesa por Neto (1993, 1999). O questionário é constituído por 5 itens (e.g., “as minhas condições de vida são muito boas”) e é respondido numa escala do tipo likert de 5 pontos (1=“Discordo muito”; 5=“Concordo muito”). O “score” final é calculado através da média do somatório dos itens, podendo variar entre um mínimo de 1 (=baixa satisfação) e um máximo de 5 (=alta satisfação com a vida). Foi obtido neste estudo um Alpha de Cronbach de .78.

Questionário da Relação Treinador-Atleta (CART-Q; Jowett & Ntoumanis, 2004). Questionário que avalia as perceções de qualidade de relação entre atletas e treinadores. É constituída por 11 itens medindo perceções de proximidade, compromisso e complementaridade na relação treinador-atleta, por exemplo, nos atletas, “eu como o meu treinador” (proximidade), “sinto-me comprometido com o meu treinador” (compromisso), e “quando estou a ser treinado pelo meu treinador, estou pronto para fazer o meu melhor'” (complementaridade). É usada uma escala de likert de sete pontos que vai desde 1 “discordo totalmente”, até 7 “concordo totalmente”, sendo que os scores mais altos representam perceções relacionais mais positivos. Neste estudo, foi obtido um coeficiente de fidelidade (Alpha de Cronbach) de .81 para a subescala “proximidade”, .84 para a subescala “compromisso” e .80 para a subescala “complementaridade”.

Escala de Avaliação Cognitiva da Competição Desportiva – Perceção de Ameaça e Perceção de Desafio (EACCD-PA-PD; Lazarus (1991); Lazarus & Folkman, 1984). Recorreu-se ao instrumento desenvolvido por Cruz (2009) derivado de um instrumento destinado a avaliar a perceção de ameaça, a Escala de Avaliação Cognitiva da Competição Desportiva – Perceção de Ameaça (Cruz, 1994, 1996, Dias, Cruz & Fonseca, 2009), juntamente com uma nova subescala de perceção de desafio, dado o cariz avaliativo da competição desportiva como desafio (Jones, Meijen, McCarthy, & Shefield, 2009; Lazarus, 1991, 2000). Assim, este instrumento visa medir a avaliação cognitiva primária e inclui um total de 15 itens distribuídos em duas subescalas: Perceção de Ameaça (PA) e Perceção de Desafio (PD). Os itens são respondidos numa escala tipo likert de 5 pontos (1=“Não se aplica”; 5=“Aplica-se muito”). Na presente investigação, para a subescala “perceção de ameaça” foi obtido um Alpha de Cronbach de .83, enquanto a subescala “perceção de desafio” obteve .77.

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Inventário da Qualidade do Treino (IQT; Woodman,, Zourbanos, Hardy, Beattie,, & McQuillan, 2010). Questionário de autorrelato que avalia a qualidade do treino. É constituído por 13 itens, à quais são respondidos através de uma escala tipo likert de 9 pontos (1=discordo totalmente; 9=concordo totalmente). composto por três subescalas: a) distratibilidade (conceptualizado como a propensão para se distrair no treino – 5 itens); b) coping com a adversidade (conceptualizado como a capacidade para lidar eficazmente quando o treino não está a correr como planeado – 4 itens); c) qualidade da preparação (conceptualizado a partir das estratégias e objetivos que são praticados no treino para o uso nas competições posteriores – 4 itens). Na presente investigação, para a subescala “distratibilidade” foi obtido o valor de coeficiente Alpha de Cronbach .73, na subescala “lidar com a adversidade” .70 e na subescala “qualidade da preparação” .74.

Autoavaliação do Rendimento Subjetivo (A-AREND; Cruz, 2008). A medida subjetiva do rendimento dos atletas foi obtida recorrendo a 6 itens, teórica e empiricamente formulados, refletindo diferentes critérios e índices usados para avaliação subjectiva e percebida do desempenho individual (e.g., sucesso na concretização de objetivos, desempenho comparativamente a épocas anteriores, grau de esforço e energia colocados no processo de rendimento, qualidade geral do rendimento ao longo da época). Esta medida, originalmente desenvolvida por Cruz (2008) baseou-se e recorreu a índices similares de perceção subjectiva de rendimento utilizadas por outros investigadores (e.g., Levy, Nicholls, & Polman, 2011; Mamassis, & Dogamis, 2004; Stravou, Jackson, & Zervas, 2007; Stravou, Jackson, & Zervas, 2007). O nível percebido de cada um dos critérios (itens) é respondido numa escala tipo likert que varia de 1 (nível mínimo) a 7 (nível máximo). No presente estudo foi obtido um Alpha de Cronbach de .91, para esta medida de qualidade geral do rendimento, superior ao obtido num estudo recente com jovens futebolistas (Ribeiro, Cruz, Cruz, Fonseca, 2014).

Procedimentos

Para a passagem dos questionários, todos os treinadores foram contactados através de intermediários próximos dos mesmos, de modo a garantir a devida autorização. Os questionários foram preenchidos nas próprias instalações de cada clube, num espaço calmo e privado, sem a presença dos treinadores na recolha de dados. Foram transmitidos a todos os

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participantes os objetivos do projeto de investigação e informação relativa à confidencialidade dos dados recolhidos, bem como o anonimato dos dados identificados.

Análise de Dados

Recorreu-se ao software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS; 22ª Versão) para a análise de dados. Foram calculadas as estatísticas descritivas das variáveis em estudo, permitindo a descrição dos mínimos, máximos, tendência central e de dispersão do conjunto de valores obtidos (Howell, 2010). De modo a testar a direção (positiva ou negativa) e magnitude (entre +1 e -1) das correlações entre as seis caraterísticas/qualidades da excelência avaliadas pelo QPCDE e as variáveis pessoais, bem como e as variáveis contextuais, calculou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson (Martins, 2011). E com o objetivo de avaliar possíveis diferenças entre as médias das qualidades/caraterísticas da excelência nos dois escalões competitivos em comparação, foram realizados Testes t para Amostras Independentes (Martins, 2011).

Resultados

Na tabela 3 estão presentes as estatísticas descritivas das variáveis em estudo, de modo a conhecer os scores mínimos, máximos, médias e desvios-padrões. Sendo que a partir da sua interpretação, pudemos verificar que das 6 caraterísticas/qualidades da excelência, “coping com pressões de rendimento e desenvolvimentais” foi a menos reportada junto dos atletas. Para além disso, verifica-se ainda que os estilos de coping mais adaptativos (“aceitação”, “coping ativo”, “planeamento”, “reavaliação positiva”, “uso de apoio instrumental” e “uso de apoio emocional) são as mais utilizadas pelos atletas, em oposto aos estilos de coping mais desadaptativos (“uso de substâncias”, “desinvestimento comportamental” e “negação”) (Dias, Cruz, & Fonseca, 2012).

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Tabela 3

Estatística descritiva das variáveis em estudo

Variáveis em estudo Mínimo Máximo M DP

Apoio para sucesso a longo prazo

1.88 6.00 4.56 .90

Uso da visualização mental durante o treino e a

competição 2.00 6.00 4.58 .73

Coping com pressões de rendimento e

desenvolvimentais 2.09 6.00 4.47 .78

Capacidade para organizar e envolvimento em

treino de qualidade 3.29 6.00 4.67 .66

Avaliação do rendimento e trabalho dos

“pontos fracos” 3.00 6.00 4.98 .71

Apoio de outros para competir ao nível do

potencial pessoal 2.00 6.00 4.80 .82

Autocontrolo

29.00 62.00 48.50 7.08

Positividade

2.88 5.00 3.98 .48

Luta pela perfeição

2.40 6.00 4.58 .85

Reações negativas à imperfeição

1.60 6.00 3.68 1.13 Perceção de ameaça 1.80 3.80 2.89 .63 Perceção de desafio 1.40 5.00 4.23 .62 Distratibilidade 1.00 8.00 3.90 1.48

Lidar com adversidade 3.50 7.25 5.92 .80

Qualidade da preparação 2.50 8.75 6.27 1.36

Proximidade 3.00 7.00 5.81 1.04

Compromisso 2.67 7.00 5.94 1.09

(21)

Autoavaliação do rendimento subjetivo 14.00 42.00 29.20 5.92 Aceitação 1.50 4.00 3.19 .72 Coping ativo 2.00 4.00 3.36 .60 Desinvestimento comportamental 1.00 4.00 1.70 .81 Negação 1.00 4.00 1.94 .79 Humor 1.50 4.00 2.80 .73 Planeamento 2.00 4.00 3.29 .54 Reavaliação positiva 1.50 4.00 3.19 .66 Religião 1.00 4.00 2.10 1.00 Auto-culpabilização 1.00 4.00 2.70 .81 Auto-distração 1.00 4.00 2.93 .72 Uso de substâncias 1.00 4.00 1.34 .73

Uso de apoio emocional 1.00 4.00 3.09 .65

Uso de apoio instrumental 1.00 4.00 3.18 .67

Ventilação de emoções 1.00 4.00 2.90 .74

Numa primeira análise da tabela 4 pode-se concluir que as características psicológicas do desenvolvimento da excelência se correlacionam significativamente com os fatores contextuais em estudo, à exceção do “Coping com pressões de rendimento e desenvolvimentais”, que não se correlaciona com nenhum desses fatores, excetuando a distratibilidade. Para além das características psicológicas se correlacionarem positivamente entre si, é de notar que também os fatores contextuais se correlacionam entre eles. De salientar ainda que a característica “Capacidade para organizar e envolvimento em treino de qualidade” é a única que se correlaciona significativamente com todos os fatores contextuais, sendo que com o fator “distratibilidade” se correlaciona negativamente.

(22)
(23)

Tabela 4

Correlações entre as variáveis da excelência e as variáveis contextuais em estudo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

1. Apoio para sucesso a longo prazo - .79*** .06 .65*** .52*** .87*** -.07 .25 .51*** .85*** .78*** .61***

2. Uso da visualização mental durante o

treino e a competição - .12 .76*** .67*** .80*** -.22 .53*** .72*** .69*** .66*** .55***

3. Coping com pressões de rendimento

e desenvolvimentais - .21* .15 .22* -.33* .23 .13 .07 .04 .17

4. Capacidade para organizar e

envolvimento em treino de qualidade - .76*** .68*** -.44** .54*** .70*** .57*** .63*** .60***

5. Avaliação do rendimento e trabalho

dos “pontos fracos” - .55*** -.23 .42** .65*** .43* .56*** .57***

6. Apoio de outros para competir ao

nível do potencial pessoal - -.10 .29* .53*** .74*** .70*** .52***

Variáveis contextuais:

7. Distratibilidade - -.31* -.36** -.15 -.26 -.35**

8. Lidar com adversidade - .66*** -.02 .37** .47***

9. Qualidade da preparação - .60* .53*** .46*** 10. Proximidade - .80*** .68*** 11. Compromisso - .74*** 12. Complementaridade -Nota. N = 109 *p < .05. **p < .01. ***p < .001.

(24)

Tabela 5

Correlações entre as variáveis da excelência e as variáveis pessoais em estudo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

1. Apoio para sucesso

a longo prazo -. 79* ** .06 . 65* ** . 52* ** . 87* ** .02 . 30* * .22 -.01 .31 . 45* * .26 . 40* * -.23 -.03 -.23 .04 .35* -.01 -.09 .22 -.10 .22 .29 .08 . 48* ** 2. Uso da visualização

mental durante o treino e a competição - .12 76*. ** . 67* ** . 80* ** .15 47*. ** .31* .05 -.23 71*. ** .37* 49*. * -.19 .19 -.21 .29 41** .11 .06 .33* -.06 .26 .34* .14 51*. ** 3. Coping com pressões de rendimento e desenvolvimentais - .21* .15 .22* . 66* ** . 27* * .14 -.38 ** -.54 .13 .04 .13 -.43** -.41** -.07 .16 .26 -.11 -.13 -.22 -.42** -.25 .00 -.14 .16 4. Capacidade para organizar e envolvimento em treino de qualidade -. 76* ** . 68* ** . 34* * . 51* ** . 41* * .15 -.12 . 65* ** .27 . 58* ** -.12 .20 -.07 .38* .29 .02 -.00 . 53* ** -.14 .11 .33* . 49* * . 60* ** 5. Avaliação do rendimento e trabalho dos “pontos fracos”

-. 55* ** . 26* * . 31* * . 45* ** .28* -.22 . 38* * .40* . 53* ** -.26 .26 -.11 .28 .37* .07 .10 . 47* * -.14 .23 .38* .33* . 46* ** 6. Apoio de outros para

competir ao nível do potencial pessoal Variáveis pessoais: - .15 . 38* ** .24 -.01 -.29 . 59* ** .23 . 56* ** -.35 * -.12 -.20 .08 .39* .04 -.11 .21 -.19 .18 . 48* * .08 . 38* * 7. Autocontrolo - .20 .21 -.14 -.43 .28 .22 .27 4**-.4 1**-.4 -.22 .30 .24 -.08 .43 -.11 -.37* .00 .13 -.06 .13 8. Positividade - -.10 -.27* -.46 . 56* ** .19 .88 .02 .02 .00 -.0 6 .12 .23 -.2 1 -.2 0 .04 .07 .17 -.0 3 .10

9. Luta pela perfeição - 57*.

** .38 .41 .18 .14 -.24 -.02 -.00 .22 .09 -.14 43*. * -.2 4 .10 .11 .11 31*. .29 10. Reações negativas à imperfeição - .35 .16 .06 .09 .01 .16 -.04 .10 -.16 -.03 . 51* ** .51 .10 .10 .14 . 41* * -.0 2 11. Perceção de ameaça - .39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

(25)

13. Aceitação -. 48* * -.1 1 .14 .28 . 38* * . 57* ** .05 . 41* * .14 .01 . 51* ** . 42* * .14 .27 14. Coping ativo - 3**-.4 .17 .06 44*. * . 64* ** -.0 6 .15 .18 -.1 9 .28 . 59* ** .16 33*. 15. Desinvestimento comportamental -. 46* * . 35* -.3 1 -.2 9 .19 .01 .09 . 79* ** -.1 4 -.2 4 .16 .04 16. Negação - 35*. .01 .02 38*. .21 57*. ** . 51* ** .09 .06 .28 -.01 17. Humor - .03 .25 .27 .29 .20 .20 .03 .04 .27 -.02 18. Planeamento - .30 .00 .29 .19 -.30 .24 .25 .25 34*. 19. Reavaliação positiva - .23 .11 -.0 2 -.1 6 . 44* * . 50* ** -.0 5 .14 20. Religião - .01 .16 .31 .16 .19 -.16 -.27 21. Autoculpabilização - .29 .08 .26 .16 . 43* * -.0 8 22. Autodistração - .1 .10 .11 60*. ** .00 23. Uso de substâncias - -.05 -.19 .08 -.17 24. Uso de apoio emocional -. 66* ** .13 -.1 4 25. Uso de apoio instrumental - .20 .23 26. Ventilação de emoções - .05 27. Autoavaliação rendimento subjetivo -Nota. N = 109 *p < .05. **p < .01. ***p < .001.

(26)

Após a análise das correlações das características psicológicas do desenvolvimento da excelência com os fatores contextuais, na transição para a análise com os fatores pessoais denota-se visivelmente um menor número de correlações entre os fatores pessoais e as características psicológicas. Para além disso, ao contrário dos fatores contextuais, os fatores pessoais também possuem um número consideravelmente menor de correlações entre si. Numa análise mais pormenorizada é possível detetar que a característica psicológica “Avaliação do rendimento e trabalho dos pontos fracos” é a que constitui um maior número de correlações com os fatores pessoais (ver tabela 5).

A tabela 6 apresenta as diferenças entre os escalões competitivos relativamente às caraterísticas/qualidades da excelência. Os resultados do Testes t para Amostras Independentes apontam diferenças significativas entre o escalão competitivo júnior/juvenil e o sénior ao nível de três caraterísticas da excelência: a) apoio para sucesso a longo prazo, t (101) = -3.40, p = .001, sendo que os juniores/juvenis relatam maior apoio; b) uso da visualização mental durante o treino e a competição, t (101) = -2.88, p = .005, sendo que os séniores relatam menor uso da visualização mental; c) capacidade para organizar e envolvimento em treino de qualidade, t (103) = -2.02, p = .046, assim como os juniores/juvenis relatam uma maior capacidade e envolvimento em treino de qualidade.

Tabela 6

Diferenças no grupo júnior/juvenil vs sénior ao nível das 6 caraterísticas/qualidades da excelência Júnior/Juvenil (n = 38) M (DP) Sénior (n = 71) M (DP) t

Apoio para sucesso a longo prazo 4.95 (.83) 4.35 (.87) -3.40** Uso da visualização mental durante o treino e a

competição

(27)

Coping com pressões de rendimento e

desenvolvimentais 4.23 (.89) 4.57 (.70) 1.80+ Capacidade para organizar e envolvimento em treino

de qualidade 4.85 (.70) 4.58 (.63) -2.02*

Avaliação do rendimento e trabalho dos “pontos

fracos” 5.08 (.73) 4.92 (.70) -1.11

Apoio de outros para competir ao nível do potencial

pessoal 5.01 (.76) 4.69 (.83) -1.96+

Nota. +p< .10. * p< .05. ** p< .01.

De modo a comprovar a pesquisa efetuada nesta investigação, no gráfico 1 são apresentados os valores médios comparativos dos estudos de MacNamara & Collins (2013) e Castro (2013) com os do presente estudo.

(28)

Valores médios comparativos entre os três estudos Apoi o pa ra su cess o a long o pr azo Uso da vi sual izaçã o m enta l dur ante o tr eino e a com petç ão Copi ng co m p ress ões d e re ndim ento e d esen volvi men tais Capa cidad e pa ra o rgan izar e env olvim ento em trei no d e qu alid ade Aval iaçã o do rend imen to e trab alho dos “pon tos f raco s” Apoi o de out ros p ara com petr ao níve l do pote ncia l pes soal 0 1 2 3 4 5 6

MacNamara & Collins (2013) Castro (2013) Presente estudo

A partir da leitura do gráfico, é possível reter que os scores médios das 6 caraterísticas/qualidades da excelência foram semelhantes para os três estudos, com exceção do fator “coping com pressões de rendimento e desenvolvimentais” presente no estudo de Castro (2013). Esta diferença justifica-se na medida em que este autor codifica este fator através de uma visão de défice, quando no presente estudo o respetivo fator é conotado através de uma visão de competência. Os dados do presente estudo revelam uma semelhança na amostra vivente nesta investigação, quando comparada aos outros dois estudos.

(29)

Dado que a maioria dos estudos realizados acerca do desenvolvimento da excelência recorre ao uso de relatos retrospetivos, este estudo representa uma oportunidade de explorar junto de jovens atletas, quais os fatores pessoais e contextuais que estão associados ao desenvolvimento da excelência e analisar padrão de relações das características da excelência em desenvolvimento com outros constructos teoricamente relevantes. Para além disso, verificou a possível existência de diferenças em função do escalão competitivo. Por fim, dada a ausência de dados suficientes de validação do questionário “Psychological Characteristics of Developing Excellence Questionnaire” (MacNamara & Collins, 2011) para a população portuguesa, este estudo passou ainda por contribuir para a adaptação e validação desta medida específica do domínio (contextos desportivos).

Quanto ao primeiro objetivo proposto, constatamos que as características psicológicas presentes no questionário da excelência apresentam um maior número de correlações significativas com as variáveis contextuais em estudo, quando comparadas com as correlações referentes às variáveis pessoais. Especificamente em relação aos fatores contextuais, verificou-se que as caraterísticas psicológicas para o desenvolvimento da excelência estão correlacionadas de forma significativa com vários fatores contextuais. Quanto à variável contextual distratibilidade, verificou-se que quanto menor a propensão dos atletas para se distrair no treino, maior a capacidade para organizar e envolver-se num treino de qualidade, caraterística essa presente no desenvolvimento da excelência. Resultado esse que está de acordo com Gould et al., (2002), onde indicam que os atletas de elite possuem a capacidade de bloquear as distrações. Relativamente à qualidade da preparação, qualidade essa conceptualizada a partir das estratégias e objetivos que são praticados no treino para o uso nas competições posteriores, esta foi correlacionada com várias caraterísticas psicológicas, destacando-se o uso da visualização mental durante o treino e competição. Sendo que MacNamara, Button & Collins já em 2010 identificaram a visualização mental como uma das caraterísticas psicológicas para desenvolver a excelência. Quanto aos fatores compromisso e lidar com a adversidade, verificaram-se correlações positivas e estatisticamente significativas com várias caraterísticas psicológicas no desenvolvimento do talento, confirmando os resultados obtidos por Ericsson (1993), Howe (1999) e Gould et al., (2002) em que destacam que para o alcance do sucesso é necessário compromisso, determinação e a capacidade de perseverança face às dificuldades.

(30)

Já em relação aos fatores pessoais, verificou-se que as caraterísticas psicológicas para o desenvolvimento da excelência estão correlacionadas de forma significativa com diversos fatores pessoais. De todos os fatores pessoais, destaca-se a variável positividade, dado que se correlaciona de forma positiva e estatisticamente significativa com as seis caraterísticas psicológicas para o desenvolvimento do talento. Estes resultados estão de acordo com Gould e colaboradores (2002), em que indicam que elevados níveis de confiança, discurso interno e uma elava orientação para o positivismo são variáveis centrais para a caraterização dos atletas excecionais. Para além da positividade, dentro dos fatores pessoais, destaca-se ainda a variável coping ativo como estando correlacionada positivamente com várias caraterísticas psicológicas presentes na excelência. Os resultados vão assim ao encontro daquilo que era esperado, pois tal como indicou van Yperen (2009), os indivíduos bem-sucedidos recorrem ativamente a estratégias de coping focadas no problema, em oposição aos malsucedidos.

Quanto ao segundo objetivo, verificar possíveis diferenças entre os escalões competitivos relativamente às caraterísticas/qualidades da excelência, os resultados apontaram diferenças significativas entre o escalão competitivo júnior/juvenil e o sénior ao nível de três caraterísticas da excelência: apoio para sucesso a longo prazo (maior apoio nos juniores), uso da visualização mental durante o treino e a competição (seniores usam menos) e capacidade para organizar e envolvimento em treino de qualidade (maior nos juniores). Estas diferenças entre juniores e seniores poderão ser explicadas através do maior apoio recebido pelos atletas mais novos, nomeadamente apoio parental, ou poderá ser explicado pelo treino, uma vez que recebe esse maior apoio o que poderá ter influência no atleta.

Relativamente ao terceiro objetivo deste estudo, contribuir para a adaptação e validação do questionário “Psychological Characteristics of Developing Excellence Questionnaire” (MacNamara & Collins, 2011), através da comparação dos scores obtidos em cada um dos seis fatores com os obtidos nos estudos de MacNamara & Collins (2013) e Castro (2013), pudemos constatar a semelhança entre os três estudos.

O presente estudo não está isento de limitações. A primeira limitação refere-se ao tamanho da amostra, uma vez que esta poderá ter impacto na generalização dos resultados. Para além disso, uma vez que estamos perante uma amostra tão heterogénea, tal não nos permite avaliar diferenças quer ao nível do género, uma vez que o sexo masculino é constituído por um número de participantes consideravelmente maior, quer ao nível do tipo de

(31)

modalidade, visto que existem várias modalidades com grandes quantidades de atletas, e outras modalidades com um número reduzido dos mesmos.

Por fim, tal como o próprio estudo tenta conhecer melhor as etapas iniciais do desenvolvimento de talentos, trabalhando com jovens atletas, é recomendado que investigações futuras também procedam do mesmo modo, permitindo assim identificar e trabalhar nos fatores associados ao sucesso, numa idade precoce do desenvolvimento. Por outro lado, poderá tornar-se interessante realizar um estudo com um número maior e mais equilibrado de participantes de diferentes géneros e tipos de modalidade, de forma a perceber quais as diferenças entre estes.

Na prática, este estudo permite avaliar a implementação de caraterísticas psicológicas durante o desenvolvimento dos atletas, ajudando a perceber que as características psicológicas alteram de importância ao longo da progressão dos atletas. Por sua vez, a contribuição para a validação do questionário em questão, permite que aos atletas receberem feedback, de modo a melhorar pontos menos fortes. Pode ainda colaborar na orientação de programas de treino, tornando-se relevante para os treinadores.

Em termos de conclusão, os resultados apontam um conjunto de variáveis pessoais e contextuais como estando positivamente correlacionadas com as caraterísticas psicológicas para o desenvolvimento da excelência, ressalvando a importância que cada um destes fatores assume na compreensão do desenvolvimento e manutenção de desempenhos de alto nível no desporto. Restritamente, a ideia de que o caminho para a elite passa exclusivamente pelas qualidades físicas dos atletas é plenamente errónea, destacando-se variáveis psicológicas, pessoais e contextuais com mais poder.

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Gráfico 1

Referências

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