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SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE, NOVAS DEMANDAS, DESAFIOS À ATUAÇÃO PROFISSIONAL

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Revista

INTERFACES

SAÚDE, HUMANAS E TECNOLOGIA

Vol. 3(11), pp. 134-138, 29 de Julho, 2016 DOI: 10.16891/2317-434X.379 ISSN 2317-434X Copyright  2015 http://www.interfaces.leaosampaio.edu.br * Autor Correspondente:

Kaline de Souza Barbosa. Centro Universitário Dr. Leão Sampaio- UNILEÃO.

SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE, NOVAS

DEMANDAS, DESAFIOS À ATUAÇÃO PROFISSIONAL

SOCIAL SERVICES IN CONTEMPORARY, NEW DEMANDS, CHALLENGES TO

PROFESSIONAL PRACTICE

BARBOSAa, Kaline de Souza; FELIXa, Anna Larissa Laurentino; ALMEIDAa, Maria Evangelista de;

BRITOa, Vanessa; DANTASa, Maridiana Figueiredo

Centro Universitário Dr. Leão Sampaio - UNILEÃOa

Recebido em: 18/03/2016; Aceito: 20/04/2016; Publicado: 29/07/2016 Resumo

O presente artigo trata das mudanças sociais ocorrida no contexto contemporâneo, circunscrito em uma trama de globalização sobre a hegemonia do grande capital financeiro, resultando em um expressivo aumento do objeto com o qual o Assistente Social trabalha. Caracterizando esse processo, tem o propósito de apresentar e analisar as novas demandas e desafios requisitados para a categoria profissional do Serviço Social e a sua mediação frente a estes paradigmas. A metodologia adotada foi análise e pesquisas em materiais bibliográficos. Obtendo-se como resultados o estudo, análiObtendo-se e interpretação das novas demandas e desafios à atuação profissional demarcando a complexa relação existente na sociedade capitalista e as requisições para a profissão.

Palavras-chave: Novas Demandas; Desafios; Exercício Profissional Abstract

This article deals with the social changes that took place in the contemporary context, circumscribed on a plot of globalization on the hegemony of big finance capital, resulting in a significant increase of the object with which the social worker works. Characterizing this process, it aims to present and analyze the new demands and challenges required for the professional category of Social Work and in front of mediation to these paradigms. The methodology adopted was analysis and research in bibliographic materials. Obtaining as a result the study, analysis and interpretation of the new demands and challenges to professional activities marking the complex relationship in capitalist society and the requests for the profession.

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Revista INTERFACES, p. 134 INTRODUÇÃO

O Serviço Social tem sua gênese marcada por aspectos filantrópicos, caritativos, ações clientelistas e na solidariedade religiosa, percorrendo uma longa trajetória. Desenvolve-se como uma profissão reconhecida na divisão sócio-técnica do trabalho, e é, portanto uma profissão histórica que comporta influências do contexto político, econômico e social de cada época, tomando para si a realidade social enquanto objeto de intervenção profissional.

As novas demandas, os desafios, o trabalho do Assistente Social e o seu exercício profissional tornam-se objeto desse artigo, a fim de proporcionar referidas reflexões sobre o contexto histórico atual, suas determinações, limites e novos requerimentos para o Serviço Social, resultado pela complexidade da questão social e cabe ao profissional está capacitado e atento à realidade na qual está inserto. Vale destacar que esse estudo teve

como referência a pesquisa bibliográfica

caracterizada pela investigação através de materiais já existentes.

Contudo, este artigo tem como objetivo contribuir para o conhecimento e compreensão de uma dada realidade social que se transforma, molda o sujeito e coloca o profissional frente a demandas contraditórias, onde o mesmo está inserido na participação do processo de reprodução das relações sociais, fazendo com que a mesma ação interventiva atenda aos interesses das duas classes sociais, assim como expor os desafios ao profissional para se alcançar uma prática efetiva. ARTICULANDO O SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORÂNEO E SUAS NOVAS DEMANDAS

Os Assistentes Sociais são desafiados aos tempos de crises, ao enfrentamento das expressões da questão social, sobretudo para a defesa do trabalho e para a organização dos trabalhadores em um processo de globalização do capital, que se configura como um movimento ideológico e que aparece como uma categoria fundamental, pois altera as funções do Estado que mesmo assim continua sendo o principal empregador da categoria profissional.

Atualmente ocorrem mudanças no espaço ocupacional do Serviço Social, onde é possível perceber o crescimento das demandas, ou seja, concebem-se novas imputações para o Serviço Social que paralelo a isso está à possibilidade de expansão de um mercado nacional de trabalho,

onde se configura um novo perfil profissional, novos métodos de seleção ao exercício profissional e o espraiamento da categoria profissional nos pontos de trabalho, entretanto, é possível enxergar esta expansão como uma nova estratégia do Estado na perspectiva do controle da Questão Social.

O desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo estabeleceu na sociedade a existência de duas classes fundamentais, os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores, através de relação social no processo de produção. Essas classes são, antes de qualquer coisa, antagônicas: possuem interesses diferentes, portanto, contraditórios. É nesta relação que se gesta a questão social, enquanto manifestação cotidiana da contradição de classes.

A questão social não é senão as

expressões do processo de

formação e desenvolvimento da classe operária e do deu ingresso no cenário da sociedade, exigindo

seu reconhecimento enquanto

classe por parte do empresariado e

do Estado (IAMAMOTO;

CARVALHO, 2007, p. 77). O profissional vai trabalhar com a Questão Social e suas diversas expressões por meio das

políticas sociais, públicas, empresariais, de

organizações da sociedade civil e movimentos sociais, passando a ser objeto de intervenção da profissão.

Dessa forma é importante conhecer as contradições da sociedade capitalista, da questão social e suas expressões, que trazem um desafio cotidiano para os profissionais. É preciso também, assimilar o processo de trabalho profissional, ao deparar-se com as demandas da população.

Como profissão, o Serviço Social, surge de uma demanda posta pelo capital, institucionaliza-se e legitima-se como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado, com a finalidade de atender as necessidades da classe burguesa, no entanto é necessário não perder de vista seu compromisso com a classe trabalhadora. Esse processo de institucionalização e legitimação do Serviço Social insere o mesmo na divisão sócio-técnica do trabalho e traz uma desvinculação com as origens da igreja, porém não supera o conservadorismo, pois o Estado cria e se associa a instituições fazendo com que a assistência deixe de ser um serviço prestado exclusivamente pelas instituições privadas.

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Revista INTERFACES, p. 135 mundo do trabalho que acontecem em uma

perspectiva global e trazem impactos no Serviço Social, tem-se no mercado profissional de trabalho

uma retração no que concernem as

responsabilidades e ações sociais do Estado, que vai acarretar em uma tendência a refilantropização social, filantropia empresarial, privatizações dos serviços públicos e entre outros.

Nota-se, portanto, uma ampliação das demandas profissionais para o Serviço Social, devido a precarização do trabalho que por sua vez, agrava a questão social gerando novas demandas para o profissional também inserido em um contexto precário. Entretanto, o Assistente Social é solicitado e busca conhecer a realidade em que atua, dispondo de um compromisso ético com a classe trabalhadora e a qualidade dos serviços prestados.

OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL

Refletir o Serviço Social na

contemporaneidade é antes de tudo perceber a realidade política, econômica, social e cultural da sociedade analisada. As mudanças típicas de um

novo ciclo de expansão do capitalismo,

especificamente a globalização impõe novos desafios ao Serviço Social, que no contexto desta nova realidade, implica ao profissional assumir uma postura de resistência e reflexão madura, que negue o estado das coisas como fatalistas e predestinadas historicamente.

O Serviço Social não atua apenas sobre a realidade, mas atua na realidade [...] a conjuntura não é pano de fundo que emolduram o

exercício profissional; ao

contrário são partes constitutivas da configuração do trabalho do

Serviço Social devendo ser

apreendidas como tais.

(IAMAMOTO; CARVALHO:

2007; p. 55).

Nesse sentido, compreender a realidade em toda a sua complexidade é um desafio apresentado ao assistente social, que tem sido convocado a dar

novas respostas no âmbito do exercício

profissional, não mais apenas na execução, mas também na formulação e gestão das políticas públicas, assim como na formulação de novas elaborações teóricas

Os desafios sociais agudos neste cenário destacam-se a forma de examinar e lidar com as

demandas impostas, como o desemprego estrutural, que constrói um dos maiores fantasmas da atualidade, o acirramento do racismo, das lutas éticas, religiosas e de fronteiras, acompanhado ao fenômeno de exclusão social, em que Pierre Rosavallon (1998) caracteriza como ―a nova questão social‖ e Robert Castel (1998) ―as metamorfoses da questão social‖. Assim constata-se como desafio à profissão, encontrar formas de resistência e enfrentamento à altura de tais demandas.

Para assumir uma postura de resistência madura e responsável à frente deste novo cenário é preciso partir de dois pressupostos. Segundo Pereira:

Primeiramente não podemos nos furtar de entender a lógica e o funcionamento do atual ciclo de expansão capitalista para que possamos conhecer não só os seus

dinamismos, forças,

determinações e influências, mas também suas contradições e mitos, que não são poucos. Neste

compromisso, tem-se que

recuperar um método de

compreensão da realidade que dê

conta de uma globalização

homogeneizadora, a existência de desigualdades profundas, classes sociais e antagônicas, exploração

do trabalho pelo capital,

diferenças de gênero, de raças, e de etnias, de religiões, de línguas, de territórios, de fronteiras e de formações locais, nacionais e regionais, que ainda existem e estão em ebulição. Tudo isso colocará em evidência que a atual fase de expansão capitalista gerou uma globalização que, ao mesmo tempo que integra e generaliza

fenômenos e processos,

fragmenta-os sob impactos de mudanças que não se dão de forma igual, homogênea e com mesma velocidade. [...] Em segundo lugar as contradições agudas geradas pela transição para o âmbito planetário dos processos de produção, troca, consumo, divisão do trabalho, estruturas de classes e poder vêm servindo de fermento para a ressurgência de movimentos -

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Revista INTERFACES, p. 136 não só locais, mas também

globais – portadores de propostas de sociedade e de civilização antiliberais. (PEREIRA: 2006; p. 21-22).

De acordo com a questão anterior, fica claro que para se chegar a uma postura crítica e consistente, em primeiro lugar não podemos deixar alheio o entendimento da lógica vigente e de seu funcionamento, podendo assim conhecer suas determinações e contradições, onde a partir de tal compreensão deixara evidente que a atual extensão do capital ao mesmo tempo em que integra e generaliza os processos, dividi-os de forma desigual. E em segundo lugar suas próprias contradições configuram um terreno fértil para o ressurgimento de movimentos, no qual estes defendem um projeto social coletivo e que é construído a longo prazo, porém não nos impede de agir no presente.

Na contemporaneidade destaca-se a

possibilidade de mudanças como desafio

fundamental inerente à categoria profissional e ainda a possível transformação do real, no qual a atuação do Assistente Social pautado em seu Código de Ética e Projeto Ético- Político, sem abrir

mão da crítica, se compromete com a

universalização do acesso aos direitos, onde a partir da defesa que da efetivação dos direitos ao profissional, torna-se capaz de criar caminhos estratégicos, objetivando meios de igualdade, levando sempre em consideração o modo de produção capitalista e suas determinações para a formação da sociedade.

De acordo com Iamamoto:

Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir das demandas emergentes do cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não executivo. (IAMAMOTO: 2007; p.20)

Sendo assim é desafio do profissional se capacitar participando ativamente de políticas públicas - não só na execução, mas também formulação e gestão das mesmas - criar novas estratégias junto às equipes e seus usuários, por meio de uma leitura critica da realidade, atentando a uma reflexão das mudanças que vem ocorrendo

nesta conjuntura, isto é, que seu raciocínio se dê através de uma visão macroscópica, considerando todas as dimensões do fato e não velando os aspectos mais profundos.

Hoje se pode fazer uma analise sobre a profissão, tanto a solidificação da formação profissional quanto ao trabalho do Serviço Social, como sendo um longo trajeto de relação de continuidade, no sentindo de manter as conquistas, e ruptura, em relação de rompimento com o

tradicionalismo e superação dos impasses

profissionais, como destaca Iamamoto (2007) em seu livro ―O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional‖.

Contudo, segundo Iamamoto (2007), destaca-se como o grande desafio posto a categoria profissional, transitar da teoria acumulada ao enraizamento da profissão na realidade, com atenção as técnicas e estratégias do trabalho profissional, assim como desenvolver a capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas capazes de preservar e efetivar direitos, por meio de demandas emergentes no cotidiano. Dessa maneira fica claro compreender que é através de um respaldo teórico-crítico e reflexivo que os profissionais materializam o compromisso com o projeto Ético- Político.

ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

A discussão do exercício profissional, tendo em vista que, para esse profissional específico, sua matéria prima comumente são as múltiplas expressões da questão social que se apresentam em seu espaço de trabalho e tal atuação, será de caráter propositivo e interventivo na vida do sujeito, em que busca neste profissional a via de acesso aos serviços públicos e consequentemente sua inserção nas políticas sociais.

Considerado as transformações no qual o modelo de produção capitalista vem passando ao longo de sua trajetória - exemplo o processo de globalização ou mundialização do capital - que imprime uma concepção de progresso, crescimento econômico, porém em contraponto expressou uma verdadeira crise econômica e instabilidade para o mundo do trabalho e consequentemente percas sociais para a classe trabalhadora. Conforme assinala Silva (2008) ―Era necessário racionalizar ao máximo o trabalho, exaurindo qualquer forma de desperdício, reduzindo o tempo e aumentando- lhe o ritmo, em uma prática de intensificação das formas de exploração dos trabalhadores‖ (SILVA; 2008; p. 97).

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Tem-se, dessa forma, o trabalho

polivalente precarizado, como não basta às funções desenvolvidas por este trabalhador serão exauridas por ele mesmo, ou seja, um trabalhador que exerce determinada função em uma empresa por um determinado período sua própria condição de trabalho acarretará para este trabalhador sua saída do mercado, pois o grau de exaustão que sua atividade diariamente implicará no futuro bem próximo seu afastamento da função, devido suas condições de trabalho.

Para o Serviço Social esse universo se reflete desde a concepção da sua matriz teórica crítica, que apreendeu ao longo da história todas as relações presentes na sociedade, envolvendo as relações de trabalho e o modo de produção capitalista, que são questões concretas discutidas dentro do universo do Serviço Social, aprofundadas dentro de uma construção teórica, que está mais do que nunca consolidada dentro da profissão.

Nesse contexto, estabelece-se ―um paradoxo para o Assistente Social, posto que, por um lado está o projeto profissional da categoria voltado à defesa dos direitos sociais, da democracia, da universalidade no acesso aos bens e serviços e a defesa dos interesses da coletividade‖ (SILVA; 2008; p.106). Dessa forma o trabalho do Assistente Social na cena contemporânea consiste em garantir a efetivação dos direitos sociais, articular com o conjunto de forças políticas que há dentro do Serviço Social, tendo em vista que a trajetória histórica do Serviço Social vem sendo construída, em meio as lutas da classe trabalhadora articulada junto das forças políticas de esquerda, que fizeram história para o Brasil e para a profissão. Nas últimas décadas a profissão vem garantindo cada vez mais sua presença no que diz respeito, ao gerenciamento de políticas sociais para atender a população que demanda o serviço, como também este mesmo profissional vem enfrentando um desmantelamento nos direitos dos cidadãos

especialmente nos serviços sociais básicos

fundamentais para a população. A demanda que emerge para o Serviço Social na atualidade ―consiste na gestão social pública, que em consonância com as diretrizes apontadas por organismos internacionais, adquire uma nova perspectiva à gerência pública burocrática das formas de gerência desenvolvidas nas organizações privadas (SILVA; 2008; p.107). Esta, porém vem sendo as novas formas de governar do Estado brasileiro transferir sua responsabilidade para as organizações privadas, negando totalmente o que foi descrito e aprovado em nossa Constituição Federal.

O Serviço Social em toda sua trajetória afirma seu compromisso ético político no comprometimento em lutar na defesa dos direitos sociais, diante de uma corrente de pensamento marxista, que historicamente vem na defesa dos direitos da classe trabalhadora, esse momento para o Serviço Social e para os profissionais torna-se fundamental entender o sentido histórico da profissão, como Serviço Social emerge a evolução teórica crítica da profissão, e principalmente sua função real para sociedade, como esta profissão segue na contra mão do retrocesso dos direitos sociais.

Os Assistentes Sociais vêm sendo

atingidos pelos efeitos da Reforma de Estado, que tem primado pela redução do campo de emprego e da precarização de trabalho, as relações de trabalho notavelmente estão fragmentadas através da redução de concursos públicos, da demissão de funcionários não estáveis, contenção salarial e a terceirização cada vez mais presente na pauta de decisões do governo. Este é o cenário de trabalho dos Assistentes Sociais e como é contraditório a profissão lutar pela garantia de direitos, sendo que seus próprios direitos estão sendo constantemente violados.

Por essa razão, tomamos como central a problematização as demandas e de como o Serviço Social dará respostas a essas demandas sociais, visto que esse fenômeno tem se multiplicado para o Serviço Social, para o Estado e principalmente para a população, o grande desafio ao profissional é o de manter o que se conquistou e ampliar a capacidade das políticas sociais, garantindo uma efetivação plena com qualidade, e não uma efetivação fragmentada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao compreendermos que o Serviço Social exerce seu fazer profissional no contexto de contradição e luta de classes fundamentais: burguesia e proletariados e que nos espaços sócio-ocupacionais o Assistente social participa do processo de reprodução das relações sociais, fazendo com que a mesma ação interventiva atenda aos interesses das duas classes sociais, entendemos que cabe ao profissional estar capacitado buscando estratégias de enfrentamento, sem perder de vista os princípios da ética profissional e a perspectiva da transformação da ordem social vigente.

O propósito principal deste trabalho foi de apresentar e analisar as novas demandas e desafios à atuação do profissional na contemporaneidade. Conforme sustentamos no decorrer dessa reflexão

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Revista INTERFACES, p. 138 que cada vez mais se torna desafiador a luta pela

hegemonia do projeto profissional vigente, tendo em vista as delimitações da sociedade capitalista.

É preciso ainda percebermos e analisarmos a complexa relação entre estado, sociedade civil e a profissão, demarcando as novas demandas que o nosso maior empregador nos solicita, assim como as da sociedade civil. Não obstante, analisar também a própria sociedade capitalista, os novos espaços de trabalho, suas representatividades e interesses.

Vale ressaltar que apesar das requisições que são postas a profissão pelo o aparato estatal e pelo próprio mercado de trabalho, o Serviço Social possui um projeto profissional que muitas vezes se confronta com o projeto institucional, isso devido à prática ter intenções e objetivos que são próprios da categoria profissional.

Sendo assim, é necessário um rigoroso estudo, ou melhor, embasamento teórico- crítico para que o profissional fortaleça sua natureza, a partir de um conhecimento, como consequências do seu amadurecimento intelectual e, assim torna-se possível uma prática efetiva. Desta forma no âmbito da intervenção o profissional trabalha em aspectos da realidade, que resulta de uma totalidade relativa e complexa.

REFERÊNCIAS

IAMAMOTO, Marilda, Vilela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2000.

MARÇAL, Rosana Beatriz Getúlio; GETÚLIO, Valquíria Aparecida. Os avanços e Desafios do Serviço Social na Contemporaneidade e a Importância da Instrumentalidade no Exercício da Prática Profissional.In

Revista Triângulo. Edição

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NASCIMENTO, Rafael Teixeira do; ROMERA, Maria Valderes. Serviço Social na Sociedade Contemporânea: Direção Social. p. 1 – 7. Disponível em:

<http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/E TIC/article/viewArticle/1588>

OLIVEIRA, Cirlene Aparecida HilanioSilda de; SOUZA, Tatiana Machiavelli Carmo. Formação Profissional do Assistente Social na Contemporaneidade: Aspectos da Interdisciplinaridade. In RevistaIbero – Americana de Estudos em Educação. Editora

Arca d‘água;

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1-6. Disponível

em:<http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/articl e/view/455/334>

PEREIRA, Potyara A. Pereira. Desafios e Demandas Contemporâneas para o Serviço Social. In Ser Social. Brasília. n. 19, Jul / dez, 2006.p. 11-29. Disponível em:<http://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social /article/view/161>

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