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A SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR RURAL EM UMA GRANJA DE SUÍNOS: SETOR GESTAÇÃO E MATERNIDADE

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MACÊDO, Dágma Batista1 GOUVÊIA, Josiane Barbosa2

RESUMO

O objetivo geral do estudo foi avaliar as condições de saúde e segurança do trabalhador rural no manejo de suínos no setor de gestação e maternidade. Buscou-se alcançar tal objetivo utilizando-se como base teórica o estudo realizado na área da saúde e segurança. Entretanto, são incipientes as pesquisas relacionadas à preocupação atual associada ao o ambiente laboral e as condições ambientais onde está inserido o trabalhador rural. Em termos metodológicos o estudo foi classificado como qualitativo e descritivo. As fontes primárias e secundárias foram à base da pesquisa. A coleta de dados se deu através de estudo in loco, com entrevista semi-estruturada com o proprietário e o gestor encarregado da granja de suínos localizada na linha Guaçu - Vila Nova - Toledo – Paraná. Em relação aos resultados constatou-se que através da pesquisa e das respostas obtidas com as entrevistas, que, existem, sim, alguns riscos no trabalho executado pelos trabalhadores. No entanto, há uma preocupação para que o trabalho seja realizado com segurança, mantendo e controle da saúde ocupacional dos trabalhadores, seguido do uso regular dos EPIs (equipamento de proteção individual). Desse modo, sugere-se mais ênfasugere-se nos treinamentos, com o apoio do sindicato rural em parceria com empresa especializada na medicina ocupacional que oferece treinamento e assessoria em geral.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão de Segurança, Trabalhador Rural, Gestão de Pessoas

1 INTRODUÇÃO

A finalidade dessa pesquisa é apresentar o estudo do sobre a saúde e segurança do trabalhador rural em uma granja de suínos no setor de gestação e maternidade. Esta pesquisa tem como tema “A saúde e segurança do trabalhador rural em uma granja de suínos: setor gestação e maternidade”. E pretende pautar seguinte problema: Quais as condições de saúde e segurança do trabalhador rural em uma granja de suínos no setor de gestação e maternidade?

O objetivo geral do estudo foi avaliar as condições de saúde e segurança do trabalhador rural no manejo de suínos no setor de gestação e maternidade. O estudo foi realizado em uma propriedade localizada na Linha Guaçu - Vila Nova – Toledo – Paraná, que

1 Pós-graduanda do curso de Especialização Lato Sensu em Gestão de Pessoas, do Programa de Pós-Graduação

da Faculdade Sul Brasil – Fasul. 2 Professora orientadora do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Sul

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atua no segmento de suínos há mais de 10 anos. A propriedade conta hoje com cinco colaboradores sendo três mulheres e dois homens todos com faixa etária acima de 25 anos de idade.

Atualmente, por estar em evidência à saúde e segurança dos trabalhadores em qualquer setor ou organização, a pesquisa propôs conscientizá-los sobre condições e qualidade de vida no ambiente do trabalho rural, em particular a exposição aos riscos ergonômicos, físicos, químicos, biológicos e acidentes, bem como do uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs). Isto se dá tendo em vista que conforme salienta Macedo (2012, p.10), “A abordagem quanto à saúde do trabalhador é feita por meio de anamnese clínica/ocupacional, de um exame clínico e de uma investigação laboratorial”. Esse contato é fundamental para poder conhecer o trabalhador seja ele rural ou urbano, bem como o ambiente de trabalho como um todo, e racionar os sintomas e queixas caso tenham o trabalhador. Dessa forma, é possível avaliar se o trabalhador está apto ou não para o cargo que ocupará.

2 Gestão de Pessoas

Gestão são as ações de coordenar esforços e interesses das organizações no que se refere a pessoas para atingir os seus objetivos. As necessidades e os objetivos das pessoas complementando com os objetivos da organização, somente serão alcançados se houver uma gestão eficiente e eficaz. Para Tachizawa (2006), numa visão geral na realidade de hoje no ambiente globalizado, surge uma nova era em termos de competição, não mencionando apenas concorrentes, mas todos os setores econômicos, quebrando as barreiras dando acesso aos mercados isolados e protegidos surgindo novos modelos de gestão.

Do tradicional departamento de pessoal da década de 1950, passando pela divisão

de relações industriais na década de 1960, a recente área de recursos humanos,

assistimos atualmente a significativas mudanças de paradigma que apontam para uma nova fase de gestão de pessoas. [...] Os novos tempos estão a exigir novos modelos de gestão e, consequentemente, novas formas de conduzir os interesses da organização e das pessoas. Pela análise da atuação dos gestores da organização pode-se chegar à atuação que se espera dos responsáveis pela gestão de pessoas.

(Tachizawa, 2006, p.11-12 Grifo do autor).

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passada, observando como está hoje, e onde queremos chegar. Segundo Dutra (2002, p.15) “historicamente, as pessoas vêm sendo encaradas pela organização como um insumo, ou seja, como um recurso a ser administrado”.

2.1 Saúde e Segurança do Trabalhador

Pelegrino (2003), fala sobre Segurança e Higiene do Trabalho, no art 12,1, ao abordar Outros Meios de Conscientização, recomenda que os empregadores se conscientizem e forneçam equipamentos de proteção gratuitos aos empregados para evitar acidentes e doenças na execução do trabalho.

A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, no Art. 162, destaca que, “As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho”. Porém, não depende mais da vontade do empregador, e sim uma exigência, é lei, toda empresa a partir de um funcionário registrado, devem submeter-se aos exames médicos ocupacionais, sendo estes obrigatórios na admissão, periódicos, retorno ao trabalho, troca de função e demissão descritas na NR 9. Conforme Guia Trabalhista (2016), a NR 9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Sendo que, os custos dos exames são de responsabilidade do empregador.

As empresas de medicina e segurança do trabalho prestam serviços de orientação e assessoria, aos empregadores quanto aos cuidados a serem tomados, priorizando a saúde e segurança do trabalhador. Assim, por conseqüência, as medidas de segurança tomadas, poderão reduzir danos e perdas para empregador e empregado.

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qualidade dos serviços em sua propriedade ou empresas rural. (PELEGRINO, 2003 p. 285).

Para Pelegrino, (2003) acidente de trabalho ocorre durante a prestação de serviço no âmbito rural ou qualquer organização em que o trabalhador está inserido. A doença profissional é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalhos repetitivos e constantes. E, a doença do trabalho, aparece em função de condições exclusivas das tarefas e relacionadas direto com trabalhador. Assim a maneira legal de prevenção de acidentes e doenças do trabalho é observar e seguir a legislação conforme normas regulamentadoras registradas no Ministério do Trabalho e Emprego.

Gestão com segurança em qualquer organização é fundamental. Diante disso, é necessário que, tanto o empregador como o empregado tenham conhecimento de seus direitos e deveres.

Compete ao empregador tomar as medidas adequadas em sua propriedade ou empresa rural, buscando meios de prevenção contra os acidentes e doenças do trabalho rural, quer na adoção de equipamentos de proteção individual, quer na

orientação tão necessária aos empregados, muitas vezes despreparados para determinados serviços de campo. (PELEGRINO, 2003, p. 275 grifo do autor).

O mercado atual conta com empresas prestadoras de serviços e assessoria na área Segurança, saúde e Medicina do Trabalho. Para cada atividade há uma norma regulamentadora que ampara o trabalhador dos riscos que ocorrem na função que desempenha dentro da organização.

A NR 31 Norma regulamentadora é importante e fundamental para as ações de fiscalização do ambiente de trabalho rural. Sendo ela avançada equiparando com as outras normas já existentes. A NR 31 foi estabelecida por reivindicação através do Grito da Terra Brasil. Na convenção 184 da Organização Internacional Trabalho – OIT sobre segurança e saúde na agricultura, foi usada como parâmetro, seguido de regras para a construção do texto.

Depois da apresentação da Convenção nº 184, em 05 junho de 2001, da Organização Internacional do Trabalho sobre a segurança e a saúde na agricultura em Genebra, foi possível adaptar vários alinhamentos na questão de segurança e saúde do trabalhador na agricultura e trabalho rural (GABINETE DE DOCUMENTAÇÃO E DIREITO COMPARADO, 2016).

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trabalho nas mais variadas áreas de trabalho. Sem elas, torna-se inviável a pratica e o exercício da Higiene e Segurança do Trabalho não só nas empresas, mas também no meio rural. As Nrs, são compostas por 33 normas regulamentadoras e 5 normas regulamentadoras rurais (NRRs). (MACEDO 2012, p. 81)

NR 31, conforme (Site Guia Trabalhista, 2016), “tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observadas na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança, saúde e ambiente do trabalho”. “As Normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança e saúde do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente”. (MTPS, Ministério do Trabalho e Emprego e Previdência Social, 2016).

2.2 O Trabalhador na Suinocultura

Na atividade de suinocultura, existem muitos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente (EMBRAPA, 2009). No entanto, os conhecimentos sobre os problemas relacionados à saúde e segurança do trabalhador rural em granjas de suínos, o estudo salienta que, existem alguns fatores como psicológicos, cargas de trabalho físico e mental, rotina e atitude de vida direcionada ao trabalhador e do meio ambiente de trabalho em geral.

Na criação de animais, o colaborador ao desenvolver seu trabalho, fica exposto no mesmo ambiente dos animais. Ainda que dependa de algumas peculiaridades como o nível de tecnologia empregado no confinamento processo de criação, quantidade de trabalhadores e atividades previstas é normal que os trabalhadores fiquem de quatro a oito horas por dia no mesmo ambiente de produção. Sendo assim, a saúde e segurança do trabalhador são elementos exigidos que devam ser ponderados no dia-a-dia da criação animal, pois permite que as atividades sejam desempenhadas de forma mais produtiva, adequada e sem riscos para a saúde e bem-estar dos trabalhadores (Ogilvie,1997 apud OLIVEIRA, 2012, p.64).

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aquele que aposta em si mesmo, na sua capacidade de realizar da melhor forma possível todo e qualquer trabalho por mais difícil que seja. (OLIVEIRA, 2012 p.64-65).

O trabalhador que está inserido no trabalho atividade de suinocultura precisa ter conhecimento básico sobre suinocultura, competência e capacidade de organizar seu tempo, analisar as prioridades, ser organizado e manter em dia os serviços de rotina. O trabalhador precisa ser proativo com conhecimento e controle sobre suas atividades, ser organizado com espírito de liderança. Na atividade produtiva da suinocultura, o proprietário da granja (ou o executivo gerenciador) em conjunto com os trabalhadores exerce um papel importante de grande responsabilidade pelo trabalho conduzido, tanto nos aspectos financeiros, como e de recurso humanos (OLIVEIRA, 2012, p.64-65).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nesta seção o objetivo foi descrever todos os procedimentos utilizados para obter a construção do estudo. Também tem a finalidade de classificar a pesquisa de acordo com os parâmetros adotados no universo científico contemporâneo.

Segundo Silva e Menezes (2005, p. 20), a pesquisa é classificada como de natureza aplicada, pois, “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”.

O problema foi abordado de forma a classificar a pesquisa como qualitativa, na qual “há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números”. (SILVA e MENEZES, 2005, p. 20). O fato é que a pesquisa abordou o estudo das práticas, teorias, características e qualidades.

A partir dos objetivos, esta pesquisa se classificou como explicativa. Na visão de Gil, (2006, p. 42). “Essas pesquisas têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas”. Assim, através do estudo em questão, os problemas podem ser identificados e esclarecidos com base nas informações diagnosticadas através de entrevista semi estruturada e observações direta no campo de trabalho.

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apresenta informações de segunda mão, isto é, retiradas de outras fontes” (MEDEIROS, 2000, p. 49). Todavia, o estudo se desenvolveu direto na propriedade com pesquisa de campo, observação do trabalho e entrevista. Hoje, a granja dispõe de cinco funcionários, sendo que quatro deles não se depuseram a responder nenhuma questão.

A entrevista foi semiestruturada, e ocorreu no próprio local de trabalho em uma conversa informal limitada apenas com o Gestor da granja. As perguntas foram direcionadas quanto ao uso e guarda dos EPIs, realização dos exames ocupacionais, treinamentos na érea de segurança e saúde, turnos, horários e os cuidados no manuseio dos animais priorizando a segurança dos trabalhadores.

De acordo com pesquisa, foi realizada entrevista com o gestor da granja simultaneamente durante a visitação, assim foi possível conhecer o trabalho dos funcionários e o funcionamento dos vários setores da granja. A população pesquisada foi de cinco pessoas, os dados foram tratados por análise de conteúdo e analisados de forma descritiva “A pesquisa descritiva por sua vez, tem como objetivo a proposição de soluções, as quais fornecem uma resposta direta ao problema apresentado”. BONAT (2009) p.12

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste estudo foi possível conhecer melhor o trabalho realizado em uma granja de suínos no setor de gestação e maternidade, dois âmbitos relacionados à atividade rural no segmento da suinocultura bem como a identificação dos principais riscos ocupacionais neles presentes. Destacaram-se nesse artigo situações reais de interação com os trabalhadores em seu local de trabalho.

A pesquisa foi realizada em uma manhã de trabalho, buscando acompanhar cada trabalhador em ambientes diferentes e como são as variações de cada atividade. Hoje, a granja conta com cinco trabalhadores que atuam em jornada de trabalho das 7h às 18h de segunda a sexta, com turnos a noite e revezamento com folga a cada 15 dias.

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como, por exemplo, o aumento da carga de trabalho e riscos de acidentes no próprio ambiente, como estrutura física, ritmos e turnos, número reduzido de trabalhadores.

Conforme estudo realizado, verificou-se o uso dos EPIs (equipamento de proteção individual), os colaboradores usam roupas, botas adequadas, protetores de ouvido, luvas, e máscaras, mas isso não significa que não possam ocorrer imprevistos como contaminação e acidente no manuseio dos animais. Com todas as medidas de prevenção há riscos, Físico: ruído, intempéries da natureza e umidade; Químico: Contato com produtos químicos; Ergonômico:Exposição à condição ergonômica relacionada à postura inadequada; Acidente: Manuseio de objetos perfuro-cortantes, quedas de mesmo nível e arranjo físico; E Biológico: Contato com bactérias, vírus e protozoários; emissão de gases e vapores prejudiciais a saúde, com níveis altos de dióxido de carbono e amônia, resultantes das fezes dos animais, que podem danificar a saúde e o bem-estar do trabalhador. Estes riscos existem, pois, os trabalhadores manejam a criação extensiva e confinada de suínos, controlam a produção e a qualidade de animais.

Existe a qualificação de mão de obra, e quando necessário, participam de cursos e treinamentos previstas no P.P.R.A. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, denominada NR9, que através dessa NR, o próprio funcionário poderá ajudar a identificar os novos riscos, visando maior conforto durante o trabalho.

A aplicação das vacinas e medicação nos animais é realizada por um técnico credenciado responsável, sem a necessidade dos funcionários executarem este trabalho.

Há um controle na questão de entrada e saídas de pessoas da granja, todos precisam usar roupas e calçados adequados, isso se dá para a segurança das pessoas que trabalham e também dos animais.

A Empresa deverá garantir a elaboração e a implantação do P.C.M.S.O, bem como zelar pelo seu perfeito funcionamento. O P.C.M.S.O - Programa de Controle Médio de Saúde Ocupacional NR7, tem como finalidade responder as exigências técnicas e legais do Ministério do Trabalho, com base na NR-7, Portaria 24 SSST de 29/12/94, considerando as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando a relação saúde e trabalho (prevenindo acidentes de trabalho e restabelecendo a saúde de todos os trabalhadores).

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O estudo indica que os trabalhadores buscam o equilíbrio entre a segurança e a produtividade procurando agir favorável a melhorias de fatores que venham causar riscos e doenças ocupacionais.

Foi realizada entrevista semiestruturada, com o proprietário da granja, médico veterinário que atua na área da suinocultura há mais de 10 anos, segundo ele, “é de suma importância a questão da saúde segurança dos trabalhadores, mas há uma grande resistência entre os colaboradores quanto ao uso dos equipamentos de proteção, principalmente nos dias de calor em que preferem ir de chinelo e bermuda ignorando a própria segurança”.

O proprietário disse ainda que “acha importantíssimo os treinamentos de CIPATR Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural, pois a CIPATR tem o objetivo de prevenção de doenças e acidentes preservando a saúde do trabalhador”. Tem conhecimento da NRs, Normas Regulamentadoras, inclusive a NR 6, que dispõe sobre o uso e guarda dos EPIs. É favorável na contratação de empresas de assessoria na área de segurança saúde ocupacional. A entrevista finalizou com o proprietário dizendo, “tudo que for favorável para melhorar a saúde e segurança de meus empregados vou contribuir, e o mais importante é conscientizá-los da importância da própria saúde, e ficar atento se estão seguindo as exigências e normas da empresa”. Na visão ele, “quem faz a segurança no trabalho é o próprio trabalhador. Os atos deles no dia a dia são os maiores provocadores de acidentes e doenças, se eles souberem utilizar os EPIs com inteligência e consciência provável que não se machuque eliminando maiores riscos”.

O gestor da granja também foi entrevistado e as respostas das perguntas e ele direcionadas foram satisfatórias. Informou em sua fala na entrevista que “Há treinamento com os colaboradores de CIPATR-Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural e também sobre uso de guarda dos EPIs, os quais são oferecidos pelo empregador, com o apoio do Sindicato Rural de forma totalmente gratuita. Cabe a ele, contudo, zelar pela sua qualidade, fazer seu correto uso e não trabalhar sem utilizá-los”. “Como funcionário, sabemos da importância do uso dos mesmos, e que os equipamentos de proteção devem ser lavados e cuidados essenciais devem se tomados com eles” e “dependendo da função e da exposição ao qual ele fica alguns tipos precisam ser lavados todos os dias”. Sobre horários e turnos e sobrecarga de trabalho, são cumpridos horários normais, carga horário de oito horas diárias, plantão à noite e nos finais de semana, há revezamento entre os trabalhadores com folga a cada 15 dias.

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orientação seja em forma de conselho, treinamentos e capacitação, que sem duvida servirão pelo menos para conscientizá-los dos cuidados que devem ser observados durante o trabalho de campo, pois trabalho segura significa resultado positivo.

5 CONCLUSÃO

Em resposta a pergunta do estudo sobre as condições da saúde e segurança do trabalhador rural, os resultados obtidos foram satisfatórios, podendo haver algumas mudanças em alguns setores de forma a melhorar no quesito homem x trabalho.

Logo, a pesquisa realizada sobre a saúde, segurança do trabalhador no ambiente rural, serviu para obter conhecimento entre a comodidade e o desempenho do trabalhador em suas ocupações, pontuando somente a problemática do referido estudo, preocupando-se em sugerir soluções de melhoramento de forma que o ambiente de trabalho atenda as necessidades dos colaboradores e também das normas da legislação vigente.

Portanto, diante dos resultados apresentados através do estudo de campo, percebeu-se a importância da saúde e segurança do trabalhador no ambiente rural. O resultado do produto final seja ele em qualquer organização, depende das condições dos ambientes onde o trabalhador está inserido visto que, o trabalhador é peça chave de grande importância para o processo produtivo. Para isso, destaca-se que qualquer investimento com a saúde e segurança do trabalhador, reflete na qualidade de vida e na sua capacidade produtiva, além de impedir prováveis gastos com indenizações e demais contratempos para a empresa.

Assim, conforme o resultado das entrevistas, e análise do ambiente estudado, o proprietário da granja, admitiu que no momento não fará nenhum melhoramento em sua empresa, o que poderia ser realizado nesta questão de saúde e segurança foi feito. Diante disso, apenas treinamentos e trabalho de conscientização serão realizados, priorizar aos colaboradores o conhecimento dos direitos e deveres de cada um, e a fundamental importância que os programas de treinamentos têm para eliminar os riscos de acidentes no campo e garantir a preservação do bem estar dos trabalhadores rurais.

REFERÊNCIAS

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GABINETE DE DOCUMENTAÇÃO E DIREITO COMPARADO. Convenção nº 184 da

organização internacional do trabalho, sobre saúde e segurança do trabalho. Disponível em: http://direitoshumanos.gddc.pt/3_8/IIIPAG3_8_4_E.htm. Acesso em: 20 de julho de 2016.

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MACEDO, Rui Bocchino. Segurança, saúde, higiene e medicina do trabalho. Rui Macedo Bocchino. Curitiba-PR: IESDE Brasil. 2012. 160p.

MEDEIROS, João Bosco. Qualidade das fontes da pesquisa. In: MEDEIROS, João Bosco.

Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 45-52.

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http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras. Acesso em 05 de agosto de 2016.

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PELEGRINO, Antenor. TRABALHO RURAL Orientações Práticas ao Empregador.

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SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. A pesquisa e suas classificações. In: SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de Dissertação. 4. ed. Florianópolis: UFSC, 2005. p. 19-23.

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