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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE AGRONOMIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE AGRONOMIA

Manejo de culturas agrícolas anuais no setor

de Agricultura da UFSM

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

João Soares Antunes

Santa Maria, RS, Brasil.

(2)

2

Manejo de culturas agrícolas anuais no setor de

Agricultura da UFSM

Por

João Soares Antunes

Relatório apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade

Federal de Santa Maria, como parte das exigências da disciplina

FTT 1021 – Estágio Supervisionado em Agronomia

Orientador/ Supervisor: Prof. Dr. Thomas Newton Martin

Santa Maria, RS, Brasil.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE AGRONOMIA

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio

Manejo de culturas agrícolas anuais no setor de

Agricultura da UFSM

elaborado por

João Soares Antunes

como parte das exigências da disciplina

FTT 1021 –Estágio Supervisionado em Agronomia,

e como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.

COMISSÃO EXAMINADORA:

____________________________________________________________ Prof. Dr. Thomas Newton Martin

(Presidente/Orientador)

Prof. Dr. Cláudio Lovato

Mestre e Doutorando Marcos da Silva Brum

(4)

4

“O único lugar onde o sucesso

vem antes do trabalho

é no dicionário.”

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pelo milagre da vida. Apesar de não frequentar igrejas e não ousar dar um nome a tal divindade, a mim, sua existência se torna clara e admirável a cada dia, a cada conhecimento que adquiro sobre a natureza, sobre as menores e as mais complexas reações que permitem a existência e compreensão do ciclo da vida. Por esses e inúmeros outros motivos, obrigado.

Agradeço a meus pais, Maria Aparecida Soares e Derlin Ferreira Antunes, os quais desde o princípio me proporcionaram carinho, conforto e educação, sempre se esforçando ao máximo para que eu estivesse hoje aqui, e sempre da melhor maneira possível. Amo vocês, e estas simples palavras não podem expressar o que

sinto, e, fazendo uso das palavras do velho Nico Fagundes: “cada verso que eu

componho é o pagamento, de uma dívida de amor e gratidão”.

Agradeço a meus avós, Laura e Homero Soares, os quais desde que me entendo por gente, sempre foram meu porto seguro. Obrigado por estarem sempre ao meu lado, os amo muito.

Agradeço a Lidiane Mumbach, minha companheira, amiga e namorada. Todos os desafios que tive ficaram mais fáceis por tua simples presença ao meu lado. Eu te amo. Obrigado.

Agradeço ao amigo e professor Thomas N. Martin, por sua orientação, apoio e companheirismo durante esses últimos anos. Tua participação foi essencial em minha formação. Obrigado.

Aos amigos Eduardo Fredrich, Jânio Vieira, Joaquim Köller e Luis Gustavo Foresti, muito obrigado por serem meus amigos, e estarem comigo tanto nas melhores quanto nas mais difíceis horas. A coisa não foi fácil, e não teria conseguido sem a ajuda e apoio de vocês três. Meus amigos, muito obrigado.

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6

APRESENTAÇÃO

O estágio supervisionado tem como objetivo proporcionar aos graduandos do curso de agronomia um contato direto com as situações e problemas que poderão ser encontrados durante a vida profissional de engenheiro agrônomo, tanto nos aspectos técnicos e básicos quanto nos humanos, bem como promove o desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe, liderança, pró-atividade organização e companheirismo.

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7

RESUMO

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado em Agronomia

Curso de Graduação em Agronomia

Universidade Federal de Santa Maria

Autor: João Soares Antunes

Orientador: Prof. Dr. Thomas Newton Martin

Data: Santa Maria, janeiro de 2013.

Este relatório contém informações sobre as atividades realizadas pelo acadêmico João Soares Antunes durante o estágio curricular obrigatório, referente ao 9º semestre do curso de agronomia, no período de agosto/2012 a janeiro/2013, sob a supervisão e orientação do Prof. Dr. Thomas Newton Martin. São abordados tópicos relativos à implantação e o manejo de parcelas demonstrativas das culturas anuais de trigo, triticale, centeio, cevada, aveia preta, aveia branca, gorga, nabo forrageiro, trevo doce, ervilha, tremoço, soja, milho, feijão de porco, feijão-arroz, caupi, milheto, algodão, teosinto, mucuna anã, girassol e milho doce, estas com fins didáticos aos alunos e estagiários do curso de agronomia, conduzidas na área didática do setor de agricultura, como também a implantação e o manejo das culturas do feijão, batata, mandioca e melancia, conduzidas na área experimental do grupo de pesquisa em grandes culturas. São abordadas também as atividades práticas de organização e limpeza do ambiente de trabalho, e as atividades de manutenção e regulagens dos implementos e ferramentas utilizados para o manejo e implantação das culturas citadas acima, bem como também, o crescimento pessoal e profissional proporcionado pela realização do estágio em si.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 9

2. O SETOR DE AGRICULTURA ... 9

2.1 Localização ... 9

2.2 Clima ... 9

2.3 Solo ... 10

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...10

3.1 Planejamento ... 10

3.1.1 Plano de estágio ... 10

3.1.2 Reuniões e planejamento das atividades ... 10

3.2 Organização e Limpeza dos ambientes de trabalho ... 11

3.2.1 Galpões ... 11

3.2.2 Sala de estudos ... 11

3.2.3 Campo ... 12

4. INSTALAÇÃO E MANEJO DE PARCELAS DEMONTRATIVAS ...12

4.1 CULTURAS DE INVERNO ... 12

4.2 CULTURAS DE VERÃO ... 15

5. REGULAGEM DE PULVERIZADORES COSTAIS ...17

6. INSTALAÇÃO E MANEJO DE CULTURAS NA ÁREA DA COXILHA ...17

6.1 CULTURA DA BATATA ... 17

6.1.1 Contextualização ... 17

6.1.2 Morfologia ... 18

6.1.3 Instalação da cultura ... 19

6.1.4 Manejo da cultura ... 20

6.2 CULTURA DO FEIJÃO ... 22

6.2.1 Contextualização ... 22

6.2.2 Morfologia ... 23

6.2.3 Instalação da cultura ... 25

6.2.4 Manejo da cultura ... 26

6.3 CULTURA DA MANDIOCA ... 28

6.3.1 Contextualização ... 28

6.3.2 Morfologia ... 29

6.3.3 Instalação da cultura ... 29

6.3.4 Manejo da cultura ... 31

7. MANEJO DE EXPERIMENTOS JUNTO AO GRUPO DE PESQUISA EM GRANDES CULTURAS ...32

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...34

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...35

(9)

9

1. INTRODUÇÃO

Sendo o curso de agronomia, um dos mais ricos em relação à diversidades de áreas de conhecimento e atuação, o estágio em agricultura permite ao estagiário agregar experiências práticas aos conteúdos teóricos estudados em sua formação.

No setor de Agricultura da Universidade Federal de Santa Maria, são realizadas diversas atividades práticas e manejos nas diferentes culturas anuais, as quais serão de grande utilidade na vida profissional do futuro engenheiro agrônomo, abordando conhecimentos de ecologia, entomologia, fitopatologia, plantas daninhas, climatologia, morfologia de plantas, ciência do solo, fisiologia de plantas, etc.

Tendo em vista que as atividades são planejadas e executadas em equipes, o estágio permite ao estagiário melhorar suas habilidades profissionais e pessoais, como confiança e coletividade, formando assim um profissional mais completo e melhor preparado para o mercado de trabalho.

2. O SETOR DE AGRICULTURA

2.1 Localização

O estágio foi realizado junto ao Setor de Agricultura do departamento de Fitotecnia, localizado no campus da Universidade Federal de Santa Maria, RS, região climática da Depressão Central, a uma altitude de 117m, latitude 29°42’24’’S e longitude 53°48’42’’W.

O setor de agricultura possui uma área didática para as disciplinas de agricultura,

conhecida popularmente como “Área da Madame” (Figura 01), esta área se localiza à aproximadamente 500 metros do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), e uma área de pesquisas, localizada a aproximadamente 2,3 km da área didática, ao lado do Jardim Botânico da Universidade Federal de Santa Maria, a qual é

conhecida como “Área da Coxilha” (Figura 02). 2.2 Clima

(10)

10

2.3 Solo

Os solos da área didática das disciplinas de agricultura e da área de pesquisa do setor de agricultura pertencem à unidade de mapeamento SÃO PEDRO (DALMOLIN, 2005), sendo classificados pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos como um Argissolo Vermelho Distrófico arênico, e um Argissolo Vermelho Distrófico típico (EMBRAPA, 2006), respectivamente.

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante a realização do estágio supervisionado, foram realizadas diversas atividades relacionadas ao manejo de culturas anuais, regulagens e manutenção de equipamentos e implementos utilizados para tais manejos, e atividades voltadas às melhorias no ambiente de trabalho. Atividades estas que serão descritas detalhadamente nos tópicos seguintes.

3.1 Planejamento

Saber o que, quando e como fazer. Um planejamento inteligente, visando o melhor aproveitamento possível do tempo, mão de obra e ferramentas disponíveis para a realização das atividades é sempre o primeiro passo rumo ao sucesso.

3.1.1 Plano de estágio

Previamente ao início das atividades do estágio, tais atividades foram planejadas e discutidas entre o orientador e o estagiário, o qual ficou responsável pela elaboração de um plano de estágio, contendo as atividades que seriam realizadas divididas em tópicos organizados.

No plano de estágio elaborado, também foram feitos croquis e planilhas, que permitissem uma melhor organização e eficiência no momento de controlar e anotar as atividades desenvolvidas a campo, tais como semeaduras e pulverizações, e assim, garantindo a segurança das informações do presente relatório.

3.1.2 Reuniões e planejamento das atividades

(11)

11 fertilizantes de cobertura e controle de plantas daninhas, cujos manejos deveriam ser feitos em momentos exatos do desenvolvimento das culturas, para garantir uma maior eficiência das operações.

As atividades foram planejadas em encontros informais na sala do Prof. Dr. Thomas, e também via e-mails e telefonemas. Houveram reuniões semanais juntamente com os demais estagiários bolsistas, voluntários, mestrandos e doutorandos, para que todos se colocassem a par das atividades realizadas pelo Grupo de Pesquisa em Grandes Culturas, o qual é também liderado pelo Prof. Dr. Thomas Newton Martin.

3.2 Organização e Limpeza dos ambientes de trabalho

Coube aos estagiários a responsabilidade de manter os ambientes de trabalho limpos e organizados, preocupando-se com a saúde e o bem estar das pessoas que ocupavam tais espaços, como também proporcionar uma maior eficiência na realização das atividades.

3.2.1 Galpões

Tais atividades de limpeza e organização foram desenvolvidas nos galpões da área

didática de agricultura, o “galpão da Madame”, e no galpão da área de pesquisa do setor de agricultura, galpão este construído durante o período do estágio, e em fase de conclusão, ficou sob a responsabilidade do estagiário João Soares Antunes no decorrer de seu estágio (Figura 3).

Nos galpões, as atividades de organização sempre tiveram o foco de melhor aproveitar o espaço físico, separando materiais por tipo, tamanho e função, como sacarias, sementes, fertilizantes, agroquímicos, ferramentas, EPIs, amostras (grãos, plantas e partes das plantas), e demais equipamentos, tais como pulverizadores costais, trenas, pás, enxadas, semeadoras, etc.

A limpeza era realizada semanalmente, visando sempre reduzir a quantidade de poeira e resíduos, que poderiam ser de natureza tóxica, ou atrativa para roedores e outras pragas de armazenamento (Figura 4).

3.2.2 Sala de estudos

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12 inverno, tais como a massa do hectolitro, a umidade em porcentagem, o rendimento da cultura em kg/ha, entre outras.

3.2.3 Campo

Foco principal das atividades no setor de Agricultura, as áreas de campo também representavam um ambiente de trabalho importante, o qual foi mantido limpo e organizado pelos estagiários.

Foram realizadas coletas de lixo, podas, dessecações de estradas, remoção de cercas, plantio de cercas vivas, além da produção, remoção e organização das estacas que demarcaram os limites das parcelas dos experimentos e das parcelas demonstrativas de todas as culturas.

4. INSTALAÇÃO E MANEJO DE PARCELAS DEMONTRATIVAS

4.1 CULTURAS DE INVERNO

Foram semeadas nos dias 15 e 18 de maio de 2012, na área didática da disciplina de agricultura (área da Madame), parcelas demonstrativas de diversos cereais e outras culturas de inverno (Figura 5), parcelas essas que seriam utilizadas para as aulas da disciplina de Agricultura Especial, as quais são ministradas pelo professor Thomas Newton Martin. As parcelas possuíam largura de 1,53 metros, mas comprimentos variados, de 3 a 20 metros.

As operações realizadas em tais parcelas foram as seguintes:

 Tratamento de sementes;

 Inoculação com Azospirillum brasiliensis (Az Total ®);

 Semeadura;

 Controle de plantas daninhas (herbicidas e capinas);

 Aplicações de fungicida;

 Aplicações de inseticida;

 Adubações de cobertura (ureia);

 Colheita.

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13 Baytan® (TRIAZOL 150g/L) que foram depositados juntamente com as sementes em um cilindro misturador, ambos na dose de 300 ml para 100 kg de sementes (Figura 6).

A inoculação com bactérias Azospirillum brasiliensis (AzTotal ®), foi realizada momentos antes da semeadura, de acordo com as recomendações e de aplicação e dosagem do produto. A inoculação de sementes busca fornecer as plantas uma fonte a mais de Nitrogênio, o qual é fixado biologicamente da atmosfera, através da ação das bactérias.

As culturas do trigo, cevada, centeio, triticale e aveia foram semeados com uma densidade de 350 sementes/m², num espaçamento entre fileiras de 17 cm, e profundidade de semeadura de 3 a 4 cm. Todas as culturas receberam uma adubação de base de 320 kg por hectare da fórmula comercial 5-20-20, e o sistema de semeadura utilizado foi o de plantio direto.

O controle de plantas daninhas foi realizado, sempre que possível de maneira química, principalmente através da aplicação de Gliphosate, na dose de 3,5 L/ha em todos os cultivos. Porém, quando necessário, foram realizadas capinas, utilizando enxadas, e também remoção manual das plantas invasoras (Rouging).

As aplicações de fungicida foram realizadas tanto em momentos-chave para as culturas, como a antese dos cereais de inverno, quanto em momentos onde as plantas demonstrassem sintomas de doenças, como Mancha marrom (Bipolaris sorokiniana), mancha amarela (Drechslera tritici-repentis), mancha da gluma (Stagonospora nodorum), mancha salpicada (Septoria tritici), oídio (Blumeria graminis), Ferrugem (Puccinia recôndita) e giberela (Gibberella zeae Schw). Para

manter as parcelas demonstrativas sempre na melhor condição sanitária possível, foram realizadas cinco aplicações do fungicida Fox ®, um fungicida mesostêmico e sistêmico dos grupos estrobilurina e triazolinthione, na dose de 0,5 L/ha, não levando em consideração uma análise econômica que justificasse a aplicação ou não do produto (Figura 7).

Pela ocorrência de lagartas, pulgões, percevejos e formigas na área, foram feitas aplicações do inseticida Connect ® (Imidacloprido e Beta-ciflutrina) na dose de 0,75 L/ha, juntamente com o espalhante adesivo Aureo ®, e formicidas granulados.

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14 45%, na quantidade de 80 kg/ha, buscando sempre uma cobertura da forma mais homogênea possível.

As culturas e cultivares instalados foram as seguintes:

Trigo: Fundacep Campo Real, Fundacep Bravo, Fundacep horizonte, OR Mirante, OR Quartzo, BRS Guamirim, Fundacep 52, BRS Saturno, BRS Tarumã, BRS 327 e BRS 328.

Aveia: Aveia preta comum, aveia branca com tratamento de sementes (TS), aveia branca sem tratamento de sementes, Aveia preta 139 Neblina, Aveia Guaraciaba com inoculação, Aveia Guaraciaba sem inoculação, Aveia Xanxerê com inoculação, Aveia Xanxerê sem inoculação, Aveia Crioula Paraíso com inoculação e Aveia Crioula Paraíso sem inoculação.

Centeio: BRS Serrano com inoculação, BRS Serrano sem inoculação e Centeio Crioulo.

Foram cultivadas também a Cevada BRS Cauê, Gorga, Nabo Forrageiro, Ervilha Lindóia, Ervilhaca Peluda e Tremoço.

Como no período em que tais parcelas estavam instaladas a campo, a Universidade Federal de Santa Maria enfrentou uma greve de professores e funcionários, as culturas de inverno permaneceram a campo por mais tempo do que o ponto ideal de colheita das mesmas, com o intuito de oportunizar aos alunos um contato com as culturas de cereais de inverno, mesmo que apenas no fim de seus ciclos. Por tais razões, os dados de produtividade obtidos destas culturas não correspondem ao seu potencial, pois ocorreram perdas significativas por debulhas, ventos e chuvas.

A colheita das parcelas demonstrativas de inverno foi realizada de forma amostral, colhendo-se manualmente a área de 1 m² de cada parcela de permanecia no campo em condições de colheita, no dia 1 de novembro de 2012, com o uso de

foices, e removendo as plantas do campo e levando-as para o galpão da “Área da

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15

Quadro 1. Produtividade em kg por hectare das parcelas demonstrativas de inverno.

Cultivar Produtividade em kg / hectare

BRS Guamirim 2.238

Fundacep 52 3.618

OR Mirante 3.942

Fundacep Horizonte 2.502

OR Quartzo 4.038

BRS Saturno 3.162

BRS Tarumã 1.818

BRS 327 2.340

BRS 328 2.160

Cevada Cauê sem inoculante 1.842

Cevada Cauê com inoculante 1.998

Aveia Guaraciaba sem inoculante 1.410

Aveia Guaraciaba com inoculante 1.878

Aveia Branca sem TS 1.260

Apesar de os resultados terem sidos prejudicados pelo atraso na colheita, verificou-se um incremento na produtividade das parcelas de cevada cauê e aveia Guaraciaba que receberam a inoculação com as estirpes de Azospirillum, em relação às parcelas de mesmas cultivares e demais tratamentos idênticos, que não receberam tal inoculação. O aumento da produção se deve a dose extra de nitrogênio, fornecido pela ação das bactérias com o N atmosférico.

4.2 CULTURAS DE VERÃO

(16)

16 foram semeadas as culturas do sorgo e do girassol, finalizando a instalação das parcelas demonstrativas de verão.

As culturas de verão semeadas no dia 27 foram cultivares de soja, algodão, feijão e milho, além de parcelas com as culturas do teosinto, milho-doce, milheto, trigo mourisco, mucuna-anã, caupi colorado, feijão arroz, crotalária e feijão de porco.

As parcelas possuíam as dimensões de 2 metros de largura por 4 metros de comprimento, sendo que as cultivares de algodão 523, 708, 707 e 704 foram semeadas em parcelas 50% menores, nas dimensões de 2 metros de comprimento por 2 metros de largura.

Na área onde estavam as culturas de inverno, foram semeadas as culturas do milho, milho doce, girassol, feijão vermelho, feijão preto e feijão rajado cinza divididos nos seguintes tratamentos:

Milho 30F53YH e Milho Doce:

 Espaçamento de 40 cm entre fileiras, sem inoculação;

 Espaçamento de 80 cm entre fileiras, sem inoculação;

 Espaçamento de 80 cm entre fileiras, com inoculação de Azospirillum brasiliensis;

 Inoculante Azospirillum brasiliensis aplicado no sulco de semeadura.

Soja cultivar Força:

 Sem inoculação;

 Com inoculação de Azospirillum brasiliensis (turfoso);

 Com inoculação de Azospirillum brasiliensis (turfoso) líquido no sulco de semeadura.

Feijão preto, Feijão cinza rajado e Feijão vermelho:

 Duas sementes por cova, sem inoculação de Azospirullum brasiliensis;

 Duas sementes por cova, com inoculação de Azospirillum brasiliensis.

Girassol:

 Duas sementes por cova;

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17 Operações de desbaste, ressemeadura e capina nas parcelas demonstrativas de verão também foram realizadas.

A colheita das parcelas demonstrativas de verão não pôde ser realizada, pois a área foi desapropriada e aterrada para a construção de novos prédios para os cursos da área da saúde da UFSM.

5. REGULAGEM DE PULVERIZADORES COSTAIS

Para as operações de pulverização, foram utilizados pulverizadores costais com 20 litros de capacidade (Figura 10), devidamente regulados pelos estagiários, da seguinte maneira:

• Um percurso de 30 metros lineares foi demarcado;

• O aplicador, fazendo uso de uma velocidade constante de seus passos, e um

ritmo constante de bombeadas no pulverizador, percorre os 30 metros, tendo seu tempo de percurso cronometrado;

• É realizado o cálculo da velocidade média do aplicador, e da área coberta pela aplicação (30 metros do percurso x 2 metros de barra);

• São coletadas amostras do volume de calda aplicado em cada um dos bicos

da barra de pulverização, durante o tempo X em que o aplicador percorreu a área X, medidos e calculados anteriormente.

• É realizado o cálculo do volume de calda total da barra x área, para descobrir

quando do produto X é necessário para tal quantidade de água.

6. INSTALAÇÃO E MANEJO DE CULTURAS NA ÁREA DA

COXILHA

6.1 CULTURA DA BATATA

6.1.1 Contextualização

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18 batata-inglesa. Por volta de 1620, foi levada Europa para a América do Norte, onde tornou-se alimento popular. Atualmente, a batata ocupa o 4º lugar entre os alimentos mais consumidos do mundo, sendo superada apenas pelo trigo, arroz e milho.

No Brasil, o cultivo mais intenso da batata, juntamente com outras hortaliças, iniciou-se na década de 1920, no cinturão verde de São Paulo. Hoje, a batata é considerada a principal hortaliça no país, tanto em área cultivada como em preferência alimentar. A área plantada anualmente está em torno de 170.000 ha, com produção superior a 2.500.000 t/ha. As Regiões Sul e Sudeste (PR, SC, RS, MG e SP) são as principais produtoras, contribuindo com aproximadamente 98% da área plantada com batata no Brasil. (RESENDE, 2012.)

6.1.2 Morfologia

Uma planta normal de batata é composta de tantas hastes quanto forem os brotos que emergirem da batata-semente, folhas compostas, flores, raízes, estolões e tubérculos. O caule aéreo da batata é normalmente oco na sua parte superior. Tem secção circular, quadrangular ou triangular, podendo apresentar asas, que são lisas ou onduladas. Quando o caule cresce diretamente do tubérculo-mãe ou próximo dele, é chamado de "rama", que pode ou não se ramificar.

As folhas são compostas, sendo formadas por um pecíolo com folíolo terminal, por folíolos laterais e, às vezes, por folíolos secundários e terciários. Dependendo da cultivar, as folhas têm tamanho, pilosidade e tonalidade de verde diferentes.

As flores da batateira apresentam a corola gamopétala com cinco pétalas, em cor que varia de branca a azulada. São distribuídas em inflorescência do tipo cimeira. O androceu e o gineceu amadurecem ao mesmo tempo, facilitando a autofecundação, que ocorre na maioria cultivares.

O sistema radicular da planta é relativamente superficial, com a quase totalidade das raízes permanecendo a uma profundidade não superior a 40 - 50 cm. Entretanto, em solos argilosos férteis e sem camadas de obstrução, podem alcançar até 1,0 m de profundidade. Quando o plantio é feito com batata-semente, as plantas desenvolvem raízes adventícias nos nós do caule subterrâneo, facilmente visíveis nas brotações dos tubérculos.

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19 estolões, que são caules modificados, subterrâneos, semelhantes a raízes. Entretanto, tubérculos aéreos podem se formar nas axilas das folhas quando o transporte de substâncias de reserva, sintetizadas nas folhas, é bloqueado por ação mecânica ou pelo ataque de doenças e pragas.

6.1.3 Instalação da cultura

Para a instalação da cultura da batata, foi previamente escolhida e demarcada uma área de 200 m², localizada na área experimental do setor de agricultura (Área da Coxilha).

No dia 24 de agosto de 2012, foram confeccionados doze camalhões, fazendo o uso de pás e enxadas. Tais camalhões possuíam um espaçamento de 0,85 metros entre eles, e um comprimento total de 19,6 metros cada (Figura 11).

Foram utilizadas batatas-semente (BSs) de tamanho mediano das cultivares

Asterix e Macaca, em um espaçamento de 25 cm entre BSs e 85 cm entre

camalhões. O espaçamento de 85 cm foi escolhido com o propósito de facilitar a operação de amontoa, sendo que a recomendação do espaçamento da cultura varia entre 60 e 90 cm, dependendo da cultivar e da finalidade dos tubérculos.

A cultivar Asterix é uma batata que possui alto teor de matéria seca, tubérculos grandes, oval-alongados, pele vermelha e áspera, polpa amarelo-claro e maturação meio tardia. Tais batatas-semente foram adquiridas já tratadas com acido giberélico, tratamento esse utilizado para a quebra da dormência das mesmas.

As BSs da cultivar Asterix foram utilizadas com dois diferentes tratamentos: adubação de 1500 e 3000 kg/ha, com a formulação NPK 5-20-20. Tais tratamentos representam as indicações T3 e T4 do croqui em anexo.

A cultivar Macaca produz tubérculos de formato oval-curto e achatado, com uma pele vermelha intensa e áspera, polpa branca e dormência curta, sem dominância apical. As BSs da cultivar Macaca foram produzidos pelo engenheiro agrônomo Júnior Henrique Milanesi, o então estagiário no período entre abril e julho do ano de 2012, na didática da disciplina de agricultura (área da Madame).

O tratamento de quebra de dormência aplicado nas BSs da cultivar Macaca,

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20 minutos. A emissão das hastes na cultivar Macaca foi apresentada no período de 14 a 20 dias após a emissão das hastes da cultivar Asterix.

A cultivar Macaca, tal como a Asterix, também recebeu dois diferentes tratamentos. O primeiro, e mais simples dos tratamentos, foi o plantio das BSs sem adubação de base, para servir de testemunha ao tratamento numero 2, no qual as BSs foram inoculadas com o inoculante liquido Azospirillum brasiliensis, da marca Az Total (Figura 12).

O croqui da área de instalação ficou organizado da seguinte maneira, onde:

 T1: Macaca sem adubação de base;

 T2: Macaca com Azospirilum brasiliensis, e sem adubação de base;

 T3: Asterix com 1500 kg/ha NPK 5-20-20;

 T4: Asterix com 3000 kg/ha NPK 5-20-20.

Croqui 1: Parcelas demonstrativas com a cultura da batata.

6.1.4 Manejo da cultura

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21

 Plantio;

 Aplicação de fungicidas;

 Aplicação de inseticidas;

 Capina;

 Adubação nitrogenada;

 Amontoa;

 Colheita.

O plantio das batatas foi realizado manualmente no dia 24 de agosto de 2012, onde as BSs foram dispostas a uma distância de 25 cm entre tubérculos e 85 cm entre camalhões, com o auxílio de uma régua graduada. As aplicações de fungicida e inseticida na cultura da batata foram realizadas após cada chuva, buscando manter a parte aérea das plantas livre do ataque de pragas, e de doenças comuns à cultura, principalmente a requeima. Foram totalizadas oito aplicações alternadas do fungicida FOX®, um fungicida mesostêmico e sistêmico dos grupos estrobilurina e triazolinthione, na dose de 0,5 L/ha, e de um fungicida TEBUCONAZOLE - 200,0 g/L, um fungicida sistêmico do grupo químico triazol, também na dose de 0,5 L/ ha. O inseticida utilizado nas aplicações foi o Connect ® (Imidacloprido e Beta-ciflutrina) na dose de 0,75 L/ha, juntamente com o espalhante adesivo Aureo®. Tais doses são a recomendação do produto para o controle do Pulgão-verde (Myzus persicae) e da Vaquinha-verde-amarela (Diabrotica speciosa).

Pelo fato da cultura da batata ser extremamente sensível à aplicação de herbicidas como o glifosato, o controle das plantas daninhas foi realizado pela capina, fazendo o uso de enxadas. Foram realizadas três operações de capina durante o ciclo da cultura, a fim de evitar ao máximo a competição com as plantas invasoras.

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22

Quadro 2. Produtividade dos diferentes manejos aplicados à cultura da batata.

Tratamento Produtividade em kg/ha

T1 T2

T3 14.848,73

T4 20.577,43

Os tratamentos T1 e T2 serão colhidos, pesados e anexados a este relatório, em sua versão final.

O tratamento T3 apresentou uma produção inferior à média do estado, que é de 20.000 kg por hectare. O tratamento T4 foi um pouco superior à produção média do Rio Grande do sul.

6.2 CULTURA DO FEIJÃO

6.2.1 Contextualização

Segundo DOURADO NETO, a cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) tem grande importância na alimentação humana, em vista de suas características proteicas e energéticas. É cultivado por pequenos e grandes produtores, em diversificados sistemas de produção e em todas as regiões brasileiras. Dependendo da cultivar e da temperatura ambiente, pode apresentar ciclos variando de 65 a 100 dias, o que o torna uma cultura apropriada para compor, desde sistemas agrícolas intensivos irrigados, altamente tecnificados, até aqueles com baixo uso tecnológico, principalmente de subsistência.

É possível explorar a cultura em três épocas distintas, divididas em três safras

consecutivas: Primeira safra ou “safra das águas”, Segunda safra ou “safra da seca” e Terceira safra ou “safra de inverno”.

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23 A safra da seca é normalmente semeada entre janeiro e março e colhida entre abril e julho. Essa safra abrange os estados das regiões Sudeste e Sul, com concentração na Região Nordeste que, em anos normais, contribui com mais de 50% da produção. Segundo a Embrapa Arroz e Feijão, a safra da seca, tanto no sistema solteiro quanto consorciado, representa a maior área de cultivo na produção nacional de feijão, cerca de 48% da área plantada. No entanto, apresenta a menor produtividade quando comparada às outras safras.

Na safra de inverno, cultiva-se o feijão irrigado. A plantação ocorre entre abril e julho e a colheita entre agosto e outubro. A decisão de plantio influenciada pelo comportamento dos preços na comercialização do feijão colhido na safra da seca. Atualmente, as duas primeiras safras são responsáveis por cerca de 80% da produção nacional, que provém de 3,5 milhões ha de lavouras de pequenos e médios produtores que utilizam na sua maioria, mão de obra familiar, com baixo nível tecnológico, o que reflete como consequência uma produtividade média de 752 kg/ha, considerada baixa.

A safra de inverno, de aproximadamente 800 mil ha, garante os 20% restantes da produção e tem como origem lavouras com alto nível tecnológico, onde a irrigação é essencial para alcançar produtividades médias de 1.546 kg/ha. A cultura de feijão, na safra de inverno, vem aumentando e existem previsões de que a produção dessa safra vai se equilibrar e superar as outras duas.

6.2.2 Morfologia

O feijão comum é uma planta anual herbácea, trepadeira ou não, com crescimento determinado ou indeterminado, pertencente à família Leguminosae, subfamília Faboideae, gênero Phaseolus. A planta de feijoeiro divide-se em raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.

(24)

24 nutrientes estejam próximos das raízes, em quantidades suficientes e no momento adequando.

Caule: é herbáceo (haste), constituído por eixo principal, formado por uma sucessão de nós e entre-nós. O primeiro nó constitui os cotilédones, o segundo corresponde à inserção das folhas primárias e o terceiro, das folhas trifolioladas; a porção entre as raízes e os cotilédones é o hipocótilo e entre os cotilédones e as folhas primárias, o epicótilo.

Folhas: são simples e opostas nas folhas primárias; e compostas, constituídas de três folíolos (trifolioladas), com disposição alterna, características das folhas definitivas. Quanto à disposição dos folíolos, um é central ou terminal, simétrico, e dois são laterais, opostos e assimétricos. A cor e a pilosidade variam de acordo com a cultivar, posição na planta, idade da planta e condições do ambiente.

Flores: São agrupadas em inflorescências do tipo racemo axilares (no hábito de crescimento indeterminado) e racemo terminal (no hábito determinado). É uma planta autógama, com taxa de cruzamento natural em torno de 2%. Apresentam cálice verde e a corola é composta por cinco pétalas: uma mais externa e maior, denominada estandarte; duas laterais menores, estreitas, chamadas asas, e duas inferiores, fusionadas, enroladas em espiral, envolvendo os órgãos reprodutores, denominadas de quilha. O androceu é constituído de nove estames soldados na base e um livre, denominado vexilar. O gineceu possui ovário comprido, é súpero, unicarpelar, pluriovulado; o estilete é encurvado e o estigma é lateral, terminal. Quanto à coloração, as flores podem ser branca, amarelada, rosada ou violeta.

Fruto: é um legume, deiscente, constituído de duas valvas unidas por duas suturas, uma dorsal e outra ventral; a forma pode ser reta, arqueada ou recurvada e o ápice, abrupto ou afilado, arqueado ou reto. A cor é característica da cultivar, podendo ser uniforme ou apresentar estrias e variar de acordo com o grau de maturação (imaturo, maduro e completamente seco): de verde, verde com estrias vermelhas ou roxas, vermelho, roxo, amarelo, amarelo com estrias vermelhas ou roxas, até marrom.

(25)

25 6.2.3 Instalação da cultura

Para a instalação da cultura do feijão, igualmente como na cultura da batata, foi previamente escolhida e demarcada uma área de 200 m², localizada na área experimental do setor de agricultura (área da coxilha). Primeiramente, a área foi dessecada no dia 28 de agosto com glifosato, na dose de 3,5 L/ha, utilizando-se um pulverizador costal com 20L de capacidade.

No dia 4 de setembro, foi realizada a primeira semeadura do feijão na área. Tal semeadura foi realizada utilizando-se uma semeadora manual de uma linha, da marca Knapik (Figura 13). A semeadora é constituída de um quadro, uma roda com função de apoio e transmissão da força para acionamento do mecanismo de distribuição de sementes. Possui disco duplo para incorporar a semente, roda em V com regulagens para fechamento da verga, e embreagem para acionar o sistema de plantio.

A germinação e o desenvolvimento das plantas foram severamente prejudicados pela ação de frequentes e intensas chuvas nas primeiras semanas após a semeadura. Em consequência de tais chuvas, foi necessária a realização de uma nova semeadura.

Foi decidido de comum acordo entre professor e estagiário, que a melhor opção seria a dessecação das poucas plantas de feijoeiro que se desenvolveram na área, juntamente com as plantas daninhas, as quais haviam praticamente dominado o local. Após a área estar novamente limpa de plantas invasoras, foi realizada uma nova semeadura, no dia 17 de outubro de 2012, porém desta vez manualmente, fazendo uso de enxadas e covas. Foram semeadas três diferentes variedades de feijão: feijão vermelho, feijão preto, e feijão rajado. Os espaçamentos utilizados no plantio foram de 40 cm entre linhas, e de 20 cm entre covas, sendo os tratamentos o uso de duas sementes por cova e quatro sementes por cova, para cada uma das diferentes variedades.

A área e os tratamentos da cultura do feijão são apresentados a seguir: T1: Feijão preto, duas sementes por cova, 250.000 plantas/ha;

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26 T6: Feijão vermelho, quatro sementes por cova, 500.000 plantas/ha.

Croqui 2. Parcelas demonstrativas da cultura do feijão. 6.2.4 Manejo da cultura

As operações realizadas na cultura do feijoeiro foram iguais, para os seis diferentes tratamentos, e foram as seguintes:

 Tratamento de sementes;

 Semeadura;

 Capinas;

 Aplicação de fungicidas;

 Aplicação de inseticidas;

 Aplicação de herbicidas;

 Adubação nitrogenada;

 Colheita;

(27)

27 O tratamento de sementes foi realizado com o auxílio de um cilindro misturador, onde foram depositadas as sementes e os produtos, e então girou-se o cilindro até atingir uma cobertura homogênea dos produtos sobre as sementes. Os produtos utilizados foram o inseticida Cropstar ® (IMIDACLOPRIDO 150g/L +TIODIOCARBE 450g/L) e o fungicida Baytan ® (TRIAZOL 150g/L), nas doses de 1L/100 kg de semente do inseticida Cropstar ®, e 0,2L/100 kg do fungicida Baytan ®, segundo a recomendação do fabricante (BAYER, 2012).

A semeadura, conforme foi descrita no item 6.2.3, foi realizada de forma manual, utilizando-se enxadas para a abertura das covas e cobertura das sementes.

Para manter as plantas livres de danos por patógenos, foram realizadas três aplicações do fungicida Fox®, um fungicida mesostêmico e sistêmico dos grupos estrobilurina e triazolinthione, na dose de 0,5 L/ha.

As doenças identificadas no decorrer do ciclo da cultura foram a Ferrugem (Uromyces appendiculatus), o Oídio (Erysiphe polygoni) e manchas foliares. As aplicações do fungicida demonstraram eficiência no controle do desenvolvimento destas doenças.

Foram realizadas também duas aplicações do inseticida Connect ® (Imidacloprido e Beta-ciflutrina) na dose de 0,75 L/ha, juntamente com o espalhante adesivo Aureo ®. Os principais ataques de insetos à cultura do feijão foram de formigas, os quais se buscaram controlar também pelo uso de formicidas granulados, aplicados diretamente nos formigueiros da área e das proximidades.

Para o controle de plantas daninhas, foram realizadas duas operações de capina nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura, visando manter a cultura do feijão livre de competições com outras plantas, por espaço, luz, água e nutrientes. As capinas foram realizadas pela remoção manual de plantas invasoras, e pela remoção com o auxilio de enxadas.

Também para o controle de plantas invasoras, foram realizadas duas aplicações dos herbicidas seletivos Post® (folhas estreitas) na dose de 1,25 L/ha, e Flex® (folhas largas), na dose de 1L/ha. As aplicações destes herbicidas foram realizadas nos estádios de V3 e V5.

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28 aberta), e V4 (50% das plantas com a 3ª folha trifoliolada aberta), na dose de 60 kg de N/ha.

A colheita, debulha e limpeza dos grãos (Figura 14) está sendo realizada manualmente e em etapas, e os dados de produtividade serão posteriormente anexados à versão final deste relatório.

6.3 CULTURA DA MANDIOCA 6.3.1 Contextualização

A mandioca (Manihot esculenta Crantz), é uma planta perene, arbustiva,

pertencente a família das Euforbiáceas. A parte mais importante da planta é a raiz, rica em fécula, utilizadas na alimentação humana e animal ou como matéria prima para diversas indústrias. Originária do continente americano, provavelmente do Brasil, a mandioca já era cultivada pelos índios, por ocasião da descoberta do país.

O cultivo da mandioca é de grande relevância econômica como principal fonte de carboidratos para milhões de pessoas, essencialmente nos países em desenvolvimento. O Brasil possui aproximadamente dois milhões de hectares é um dos maiores produtores mundiais, com produção 23 milhões de toneladas de raízes frescas de mandioca.

É cultivada em regiões de clima tropical e subtropical, com precipitação pluviométrica variável de 600 a 1.200 mm de chuvas bem distribuídas e uma temperatura média de em torno de 25ºC. Temperaturas inferiores a 15°C prejudica o desenvolvimento vegetativo da planta. Pode ser cultivada em altitudes que variam de próximo ao nível do mar até mil metros. É bem tolerante à seca e possui ampla adaptação às mais variadas condições de clima e solo. Os solos mais recomendados são os profundos com textura média de boa drenagem. Devem-se evitar solos muito arenosos e os permanentemente alagados.

Normalmente se recomenda o plantio de maio a outubro. Entretanto o plantio pode ser recomendado em qualquer época, desde que haja umidade suficiente para garantir a brotação das hastes.

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29 gemas. Devido a multiplicação vegetativa a seleção das ramas e o preparo das manivas são pontos importantes para o sucesso da plantação.

O espaçamento é definido como a distância entre as fileiras de plantas e entre plantas na fileira e variam de 1,0m x 0,60m, em fileiras simples, e 2,0m x 0,60m x 0,60m em fileiras duplas.

6.3.2 Morfologia

De acordo com as características morfológicas externa do aipim, podemos descrevê-lo como sendo uma planta perene, arbustiva, que pode chegar a uma altura de até 3 metros. As folhas são palmadas de coloração verde quando adulta e em tons de roxo e verde quando a folha é jovem. O pecíolo pode estar na coloração verde, verde-avermelhado e vermelho-esverdeado. Já o caule é encontrado em tons de marrom-claro, marrom-escuro, róseo e ate mesmo prateado. Suas raízes que chegam a ter de 30 a 90 centímetros de comprimento possuem forma cônica e são recobertas por uma casca áspera de coloração marrom.

6.3.3 Instalação da cultura

Uma nova área de 200 m², semelhante às áreas onde primeiramente foram instaladas as culturas da batata e do feijão, foi previamente demarcada e dessecada, para o plantio da cultura da mandioca. O objetivo original, elaborado e descrito no plano de estágio, seria uma competição de cultivares, onde seriam instaladas duas linhas duplas de três diferentes cultivares de mandioca.

O ensaio de competição de cultivares planejado, não pode ser realizado a campo, por uma série de complicações que ocorreram no período de instalação da cultura, dentre os quais, cito:

 Dificuldades na compra de ramas de qualidade, e em quantidades suficientes; As condições climáticas adversas na safra de 2011/12 acarretaram em uma escassez de ramas de qualidade, direcionadas ao comércio. A maioria dos produtores optou por manter as ramas da colheita anterior, para utiliza-las na safra 2012/13.

 Ramas em estádios de brotação avançados;

(30)

30 garantir um numero suficiente de gemas por maniva, e assim, diminuindo a eficiência do aproveitamento das ramas.

 Deriva do herbicida glifosato;

Durante uma dessecação de plantas daninhas na área e nos entornos da área do onde foi plantada a mandioca, ocorreu certa deriva do produto, que ocasionou em necroses e morte em algumas plantas de mandioca.

 Formigas;

A ocorrência de formigueiros no entorno e dentro da área experimental foi um obstáculos ao desenvolvimento das plantas, tendo em vista que o controle de tais insetos por meio de inseticidas líquidos e granulados, não demonstrou grande eficiência.

 Chuvas em excesso.

A ocorrência de chuvas frequentes e intensas, proporcionou um solo com um continuo teor de umidade elevado, favorecendo o apodrecimento das brotações das manivas de mandioca.

Pelas razões citadas acima, e mais alguns complicadores de menor importância, a cultura da mandioca foi instalada à campo com cultivares diversas, e sem respeitar uma organização adequada na distribuição das manivas, que foram plantadas em 3 datas distintas.

(31)

31 6.3.4 Manejo da cultura

As operações realizadas na cultura da mandioca foram as seguintes:

 Seleção das ramas;

 Confecção das manivas;

 Plantio;

 Replantio;

 Capinas.

Primeiramente, foram selecionadas dentre as ramas armazenadas no galpão da Madame, quais ramas de mandioca seguiam viáveis ao plantio, por meio de uma rápida análise da coloração da epiderme das mesmas.

(32)

32

7. MANEJO DE EXPERIMENTOS JUNTO AO GRUPO DE PESQUISA

EM GRANDES CULTURAS

O grupo de pesquisa em grandes culturas, pertencente ao setor de Agricultura do departamento de Fitotecnia da UFSM, desenvolve a cada ano uma série de experimentos científicos relacionados às culturas dos cereais de inverno (Figura 13), e também de culturas de grande importância no verão, como soja, milho e feijão. Tais experimentos são conduzidos na área experimental do setor de agricultura, localizada ao lado do Jardim Botânico da UFSM, e tem como finalidade a publicação de artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado, contribuindo assim para o desenvolvimento da tecnologia nas diferentes culturas, e também para a formação acadêmica dos graduandos, mestrandos e doutorandos orientados pelo Prof. Dr. Thomas Newton Martin. O estágio em agricultura permitiu ao estagiário acompanhar o desenvolvimento de experimentos com as culturas do trigo, cevada, aveia branca e aveia preta, proporcionando aos estagiários um contato direto com todas as fases do desenvolvimento das plantas, desde a escolha e o tratamento das sementes, até a colheita. Como se tratam de experimentos, isso proporcionou ao estagiário a possibilidade de conhecer, entender e realizar operações de manejo, que nem sempre são do conhecimento dos produtores rurais, tais como a inoculação das sementes dos cereais de inverno com a bactéria Azospirillum brasiliensis, e o fornecimento de nutrientes via adubação foliar.

As operações realizadas nos experimentos foram as seguintes:

 Elaboração de croquis;

 Confecção de estacas;

 Demarcação de parcelas;

 Tratamento de sementes;

 Inoculação de sementes;

 Regulagem de semeadora;

 Semeadura;

 Contagem de plantas

 Desbaste de plantas;

 Contagem de colmos;

(33)

33

 Capinas;

 Roguing;

 Manutenção e limpeza da semeadora;

 Regulagem de pulverizadores costais;

 Manutenção de pulverizadores costais;

 Aplicações de herbicidas;

 Aplicações de fungicidas;

 Aplicações de inseticidas;

 Aplicação de fertilizantes foliares;

 Adubação de cobertura;

 Colheita;

 Armazenamento de plantas;

 Remoção de estacas.

A listagem das operações incluiu a totalidade dos experimentos. É importante frisar que nem todas as operações foram realizadas em todos os experimentos, e que o número de vezes em que certa operação foi realizada, ou a dosagem dos produtos X ou Y podem constituir diferentes tratamentos em um experimento.

As contagens do número de plantas, colmos e espigas, foram realizadas em todos os experimentos, e são dados importantes aos componentes do rendimento das culturas, sendo assim necessários para a avaliação dos tratamentos.

Em cada parcela de cada experimento, foram coletadas 10 plantas, nas quais foram realizadas medições de altura, contagem do numero de espiguetas e do número de grãos. As operações pós-colheita realizadas junto ao grupo de pesquisas foram as seguintes:

 Pesagem da massa total de grãos;

 Pesagem de três amostras de 100 grãos;

 Determinação da umidade das amostras;

 Determinação da massa do hectolitro;

 Anotação dos dados.

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34

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado no setor de agricultura proporcionou conhecer detalhadamente muitas culturas agrícolas e realizar diversas atividades de grande importância na vida profissional de um engenheiro agrônomo, possibilitando assim a formação de um profissional mais completo e capacitado para o mercado de trabalho.

O trabalho junto ao grupo de pesquisas colaborou para o conhecimento da realidade e das dificuldades de se manejar um experimento adequadamente, ensinando que um planejamento inteligente, o capricho e a atenção aos mínimos detalhes durante as operações e a capacidade de trabalhar em equipe, são habilidades fundamentais a serem trabalhadas e desenvolvidas na vida profissional do futuro engenheiro agrônomo.

(35)

35

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1991. 34p. (IAPAR Circular, 67).

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<http://bayer.com.br/scripts/pages/pt/produtos_negcios/divises/bayer_cropscien ce/index.php>. Acesso em: 28 dezembro 2012.

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em: <http://www.lpv.esalq.usp.br/LPV580/Aula%203.pdf> . Acesso em: 15 janeiro 2013.

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2000. 385 p.

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FANCELLI, A. L. Feijão: Tópicos Especiais de Manejo. Piracicaba: ESALQ/USP/LPV, 2009. 208p.

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KNAPIC. Semeadeira manual com dois distribuidores de grãos. Disponível em:

<http://www.knapik.com.br/produto/37-semeadeira-manual-com-caixa-de-sementes-graudas-e-miudas> Acesso em: 13 janeiro 2013.

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Brasília. ‘Revista Ciência Hoje’ vol .39 n.231, p. 30 -39,2006. Disponível em:

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Disponível em:

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Acesso em: 17 janeiro 2013.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO. Manual de Adubação e

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37 TEIXEIRA, I. R. Resposta do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L. cv. Pérola) a

diferentes densidades de semeadura e doses de nitrogênio. Ciência e

Agrotecnologia, v.24, n.2, p.399-408, 2000.

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10. ANEXOS

Figura 1. Vista aérea da área didática da disciplina de agricultura, destacadas as parcelas demonstrativas de inverno e verão em vermelho, e o galpão da área, em amarelo.

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Figura 3. Vista frontal do Galpão da área da coxilha.

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Figura 5. Parcelas demonstrativas das culturas de inverno.

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41

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42

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Figura 9. Parcelas demonstrativas de verão.

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Figura 11. Confecção dos camalhões para o plantio da batata.

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Figura 13. Semeadora manual de uma linha da marca KNAPIK, utilizada para a semeadura da cultura do feijão e dos experimentos de trigo e milho.

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Figura 15. Consórcio Mandioca x Melancia.

Referências

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